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30 junho 2008

O Valor justo é justo?

Esta é a pergunta que Liz Moyer faz num artigo para Forbes (How Fair Is Fair-Value Accounting? 25/junho/2008)

Depois de explicar a regra do valor justo, Moyer mostra como a volatilidade do mercado fez com que baixas contábeis nas instituições financeiras tornassem uma preocupação num momento que o mercado está ilíquido.
Com baixas de 350 bilhões de dólares como argumento, a discussão chegou a SEC. A conseqüência da mensuração contábil tem sido o anuncio de corte de empregos.

Rather than making things clearer, the fair-value accounting rules only point to the futility of pricing assets every day in highly volatile markets when the credit markets are frozen solid. The flip side to this? It's unlikely anyone would be complaining if asset values were rising and the markets weren't in crisis.
There many arguments in favor of fair-value accounting. Highly leveraged companies--a term that describes most of Wall Street--might temper their risks if they know the assets they are taking on have to be marked to market value every day. "It's a warning to stay away" from the most volatile assets, says Janet Tavakoli, a Chicago-based structured-finance consultant.

Blog sobre IFRS

Recebi um e-mail de Marcos Cesar Santos divulgando o blog sobre IFRS (www.ifrs.zip.net) . O blog é bom e merece uma visita freqüente. É muito importante o surgimento de blogs sobre contabilidade.

29 junho 2008

Rir é o melhor remédio

O homem lê uma pesquisa que informa sobre o fato de que a maioria das mulheres mentem. Pergunta para sua esposa se ela mente para ele. Ela diz que não e ao mesmo tempo pergunta se ele quer açúcar ou adoçante. "Açúcar" responde ele. Ela coloca adoçante.

Agrenco: o valor da governança

Segundo fontes ligadas aos fundos de investimento, além do suposto esquema, eles também estariam intrigados com a revelação feita pelo Wall Street Journal, publicada no dia da operação da PF. A reportagem diz que 60% do dinheiro captado no IPO foi para o caixa do Credit Suisse (entre pagamento de dívidas, bônus e comissões). A Agrenco levantou R$ 666 milhões na abertura de capital. (...)

O ex-presidente do Instituto Brasil de Governança Corporativa (IBGC), José Guimarães Monforte, é um dos conselheiros da Agrenco. Para investidores, seu nome funciona como um aval da credibilidade da companhia. Além de conselheiro, Monforte foi contratado como consultor para preparar a Agrenco para a abertura de capital. O acordo previa pagamento de R$ 75 mil, além de uma taxa de sucesso de 0,3% do valor da operação, o que dá quase R$ 2 milhões. Monforte não quis dar entrevista.

Fundos querem investigar o que aconteceu com a Agrenco
Patrícia Cançado
28/06/2008
O Estado de São Paulo

Custo em lojas virtuais

O Mercado Livre informa, por meio de sua assessoria de imprensa, que os preços dos produtos que anuncia podem estar menores porque podem ser seminovos ou porque o usuário que já tem um home theater, por exemplo, ganha outro de presente e, em vez de trocar por outro produto, decide vender por meio do site. (...)

Além do custo do espaço físico ou da locação dele, o site informa que, no comércio virtual, os custos com a contratação de pessoal, os estoques e a logística são inferiores e, por essa razão os produtos podem ser oferecidos por preços menores.

"As grandes redes varejistas empregam milhares de pessoas que atuam em suas lojas físicas. Quantas pessoas são necessárias para atuar numa loja virtual? Na web, você não sabe se aquela empresa é grande ou pequena, mas, sim, se é séria e cumpre com o prometido."

"No Mercado Livre, existem milhares de microempresas com um funcionário: o próprio dono. É ele que, muitas vezes, cuida de tudo: compra do produto, publicação do anúncio, negociação, venda e entrega. Com o crescimento dos negócios, esses microempresários acabam trazendo para a operação seus familiares e amigos."

Lojas virtuais dizem que têm custos menores
Folha de São Paulo - 29/06/2008

28 junho 2008

Efeito do combustível

"Enquanto o frete do quilo custa US$ 1,40, o adicional de combustível varia entre US$ 1,70 e US$ 1,90 em destinos de longo curso", diz Dulce Alves, diretora de operações da Ceva.
Segundo a DHL, multinacional de entregas expressas e serviços de logística em geral, as despesas com o combustível equivaliam a 10% da tarifa de frete e agora já representam 30% do valor. O impacto da sobretaxa de combustível é maior na importação de produtos para o Brasil. (...) O aumento dos preços está levando a DHL a estudar a substituição do transporte aéreo por rodoviário no mercado doméstico. "Avaliamos toda a cadeia de logística do cliente para mostrar as opções", diz Juliana Vasconcelos, diretora de marketing da DHL. A empresa de logística TNT informou, por e-mail, que também tenta "encontrar a composição certa" entre as diferentes opções de transporte, mas usa "o rodoviário sempre que possível". (...) "Com duas empresas aéreas dominando o mercado, simplesmente não há negociação da parte delas", afirma a executiva da DHL. A TAM e a Gol (inclui a Varig) controlam 95% do mercado aéreo de passageiros.


Companhias de logística começam a usar mais transporte rodoviário
24 June 2008 - Valor Econômico

Sony está perdendo a Guerra com o PS3

Conforme a Forbes (via bloggingstocks Sony and the debacle known as PlayStation 3, Steven Mallas, 25/06/2008) a Sony perdeu 3,3 bilhões com o console PlayStation 3. O vencedor hoje é o Nintendo Wii, inovativo, divertido e com preço mais adequado. (aqui links sobre a guerra do console neste blog). A Microsoft, com o Xbox 360, também está perdendo, com um hard em torno de 280 dólares nos países onde os impostos são mais razoáveis.

27 junho 2008

Rir é o melhor remédio

Fumantes



The New Yorker

Links

1. Capas do Olé (jornal argentino) e a rivalidade entre Brasil e Argentina no Futebol

2. As fotos dos índios isolados foram forjadas

3. IFRS nos Estados Unidos e o ensino de Contabilidade

4. Jornalistmo básico: o que é relevante

5. O significado de Bill Gates para Microsoft (The Economist) e aqui

6. Microfinanças

7. Detalhamento sobre a sentença da Exxon (Valdez)

Inbev e Bud 4

Segundo o WS Journal (InBev & Anheuser-Busch: Set Your Weapons to ‘Coup’, Heidi N. Moore) , a Inbev contratacou fazendo um questionamento a Delaware Chancery Court sobre os diretores que foram eleitos em 2006. Apesar de ser uma consulta, é um claro sinal de que a Inbev está pronta para guerra.

Analista com novas regras

Analistas de ações não precisarão mais de registro na CVM
26 June 2008
Valor + News

Os analistas de valores mobiliários devem ser dispensados da exigência de registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). É o que prevê, entre outras determinações, a minuta de instrução sobre o tema divulgada hoje pela própria autarquia. A proposta de regulamentação ficará em audiência pública até o próximo dia 25 de julho.

De acordo com o documento em que apresenta a minuta, com o fim da exigência de registro a CVM quer estimular a auto-regulação no setor e reduzir os "custos atualmente inerentes ao exercício da atividade de analistas". Pelos termos da minuta, bastará então a pessoa se registrar em uma entidade credenciadora de analistas, como é o caso hoje da Apimec. Atualmente, existe um duplo registro, tanto na entidade quanto na CVM.

Ao mesmo tempo em que transfere essa responsabilidade de controle cadastral para auto-regulação, a CVM deve aumentar a supervisão indireta sobre o trabalho dos analistas, seja via entidade credenciadora, ou por meio da instituição financeira que contratar o analista.

Entre as exigências para os credenciadores estão a existência de código de conduta e a fiscalização e punição dos analistas, a submissão dos testes de qualificação à autarquia e a criação de um programa de educação continuada para averiguar periodicamente a capacidade técnica dos profissionais.

Para as gestoras de recursos e distribuidoras de valores que contratarem analistas, haverá a obrigação de manter o cadastro de cada profissional atualizado, de segregar fisicamente as instalações onde a equipe de análise trabalha das demais atividades da empresa, além de identificar, administrar e eliminar, formalmente, eventuais conflitos de interesses que comprometam a imparcialidade do analista.(...)



Aqui a regra

MasteCard paga para Amex

A MasterCard Worldwide concordou em pagar 1,8 bilhão para a American Express em virtude de lei a favor da concorrência.

Há sete meses a Visa pagou 2,1 bilhão por reclamação semelhante.

Para MasterCard o pagamento resolve um litígio que impedia um maior crescimento do preço da sua ação.

Os pagamentos são resultantes de uma sentença da Suprema Corte dos Estados Unidos que condenou a Visa e o MasterCard por violar leis, barrando os bancos de oferecer cartão de crédito que poderiam ser usados pela Amex e pela Discover Financial.

Obviamente o acordo torna mais plausível acordo similar com a Discover Financial.

June 26, 2008
MasterCard Pays $1.8 Billion to Amex - Eric Dash

Pessoas Ricas e Tempo Gasto

“O economista e Prêmio Nobel Daniel Kahneman encontrou que ser rico é muitas vezes um poderoso preditor que as pessoas gastam menos tempo fazendo coisas agradáveis, e mais tempo fazendo coisas obrigatórias e sentindo estressados”.
Kahneman e os seus colegas consideram que existe uma ilusão mental, onde os pobres pensam que ser rico é ter condições de assistir uma televisão de forma mais confortável, quando na realidade isso significa mais tempo de trabalho e menos lazer passivo.

HOW RICH PEOPLE SPEND THEIR TIME
Washington Post, 23/06/2008 A02
Aqui e Aqui

Celebridade vende


“Nesses dias, é praticamente impossível surfer na internet, abrir um jornal ou revista ou escutar televisão sem ver uma celebridade vendendo algo como guardas-chuvas, soda, carros, telefones, medicamentos, cosméticos, jóias, roupas ou até mesmo fundos mútuos. (...) As estrelas estão em quase 14 por cento dos anúncios do ano passado, segundo a Millward Brown, uma agência de investigação de marketing. Embora o número mais do que duplicou na última década, está abaixo do máximo de 19 por cento em 2004. (Ei, poderia ser maior: Personagens aparecem em 24 por cento dos anúncios na Índia e 45 por cento em Taiwan.)

Estrelas e roqueiros envelhecidos continuam em anúncios por uma razão muito simples: celebridade vende. Se o consumidor acreditar que certa estrela ou cantor pode efetivamente utilizar o produto, as vendas podem decolar. (...)

o Índice Davie Brown, um sistema de avaliação independente on-line que foi iniciado há dois anos para poder acompanhar a comercialização de celebridades(... ) O índice baseia a sua pontuação em oito métricas (...) Os cinco principais [artistas] são Tom Hanks, Will Smith, Michael Jordan, Morgan Freeman e George Clooney.


Nothing Sells Like Celebrity – Julie Creswell – 22/06/2008

Conselho Fiscal


(...) menos de 30% das empresas que fizeram seu IPO (oferta pública inicial de ações, na sigla em inglês) em 2007 e 2008 e negociam ações no Novo Mercado - mais exigente dos graus de listagem da bolsa paulista - instalaram Conselhos Fiscais em suas estrutura. (...)

Conselho Fiscal perde espaço nas empresas - Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados – 23/06/2008 - Pág. 4)(Luciano Feltrin)

Casamentos mais caros

1. Liza Minnelli e David Gest – 3,5 milhões
2. Paul McCartney e Heather Mills – 3 milhões
3. Elizabeth Hurley & Arun Nayar - 2 milhões de dólares.
4. Christina Aguilera & Jordan Bratman – 2 milhões de dólares
5. Elizabeth Taylor e Larry Fortensky – 2 milhões
6. Tom Cruise e Katie Holmes - 2 milhões de dólares.
7. Madonna e Guy Ritchie – 1,5 milhão - 2000
8. Eva Longoria e Tony Parker – 1,5 milhão de dólares. 2008
9. Michael Douglas & Catherine Zeta-Jones - 1,5 milhão de dólares
10. Elton John e David Furnish – 1,5 milhão
11. Donald Trump e Melania Knauss – 1 milhão
12. Eddie Murphy e Nicole Mitchell – 1 milhão
13. Brad Pitt e Jennifer Aniston - 1 milhão - 2000
14. David e Victoria Beckham - 800 mil dólares. 1999
15. Ashley Judd e Dario Franchitti – 750 mil dólares
16. Mariah Carey e Tommy Mottola – 500 mil dólares (1993)
17. Nicole Kidman e Keith Urban - 250 mil dólares. Junho 2006

Fonte: Aqui

26 junho 2008

Rir é o melhor remédio


Roda gigante de Wall street

Anheuser rejeitará a oferta da Inbev

Como já era previsto, e segundo o NY Times (26/06/2008, Anheuser to Reject InBev Offer, ANDREW ROSS SORKIN) o board da Anheuser-Busch deverá rejeitar a proposta de 46 bilhões da Inbev.

Como isso abre-se a possibilidade de uma luta menos amigável pelo controle da empresa. A empresa justifica a rejeição pela possibilidade de reorganização, corte de custos e outras medidas.

Espera-se uma reação da Inbev. As ações da Anheuser-Busch fechou em 61,76 dólares.

Exxon e Valdez


A Suprema Corte decidiu reduzir a punição da empresa Exxon Mobil pelo desastre do navio Exxon Valdez (foto). Esse acidente significou a morte de milhares de animais (250.000 pássaros marinhos, 2.800 lontras marinhas, 250 águias, 22 orcas, e bilhões de ovos de salmão, segundo a Wikipedia) no Alasca, em 1989.

Inicialmente a punição era de 5 bilhões de dólares. A decisão da Suprema Corte reduziu esse passivo para $500 milhões. A decisão foi por 5 votos a 3 e baseou-se na justificativa que o valor está acima do que usualmente é cobrado em casos marítimos.

Segundo o NY Times (Damages Cut Against Exxon in Valdez Case, ADAM LIPTAK, 26/06/2008), a Exxon já pagou 507 milhões para compensar os 32 mil nativos, pescadores e donos de terra.

O valor de 500 milhões significa 15 mil dólares por reclamante.

Agrenco e Política


No mês de maio de 2008 postei um link sobre o uso de um indicador na análise das empresas: Um contra-indicador - quando uma empresa começa a fazer doações para políticos é tempo de alerta (Nos Estados Unidos!)

E a Agrenco fez doações para políticos em Santa Catarina. O indicador parece funcionar o Brasil:

Agrenco doou R$ 1,2 milhão a políticos de Santa Catarina
Valor Econômico - 26/06/2008

O grupo Agrenco aparece nas últimas duas eleições em Santa Catarina como um dos principais doadores de recursos para campanhas políticas. Somando as duas campanhas mais recentes, os pleitos de 2004 (eleições municipais) e 2006 (eleições para governo do Estado e deputados estadual e federal), a empresa doou cerca de R$ 1,2 milhão para candidatos a prefeito e a deputado pelo PT, PSDB e PMDB de Santa Catarina. A maior parte dos recursos foi doada na disputa eleitoral de 2004: R$ 655 mil.De acordo com as contas prestadas pelos candidatos ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi o atual prefeito de Itajaí, Volnei Morastoni (PT), então candidato, que recebeu a maior quantia doada pela empresa: R$ 440 mil, o equivalente a 35% do total de despesas da campanha. O porto de Itajaí é administrado pela prefeitura.Morastoni, que atualmente é candidato à reeleição, não concedeu entrevista.

O chefe de gabinete, Adiel Truppel, argumentou que não há como saber o que ocorre dentro de uma empresa, e que desde que "ela tenha CNPJ e esteja em situação regular, ela pode ser doadora de campanhas". Além do prefeito de Itajaí, outros candidatos de cidades vizinhas receberam recursos da Agrenco, caso do atual prefeito de Balneário Camboriú, Rubens Spernau (PSDB), do prefeito de Camboriú, Edson Olegário (PSDB), o prefeito de São Francisco do Sul, Odilon Ferreira (PMDB) e o prefeito de Imbituba, Beto Martins (PSDB). Nem todos deram entrevistas. Spernau disse que foi apresentado a Francisco Ramos, executivo do grupo, por amigos. Ramos morava em Balneário Camboriú na época. Segundo Spernau, não era possível prever que poderia haver operações irregulares. "Meus amigos pediram ajuda dele e ele contribuiu. Como poderia sonhar que a pessoa teria esse envolvimento todo? Imaginava que estava interessada no abatimento de Imposto de Renda com a doação."De acordo com o delegado da PF, Airton Takada, à frente da Operação Influenza, há indícios de que a Agrenco trabalhava nas campanhas com "a política do toma lá dá cá". "As pessoas que financiaram as campanhas costumavam dizer isso. Temos nos autos essa frase. Não falavam nomes de políticos, mas deixavam claro o lema", disse o delegado.Cerca de R$ 170 mil foram recebidos pelo ex-superintendente do Porto de Itajaí, Décio Lima (PT), na campanha de 2006. Ele foi superintendente de janeiro de 2005 a março de 2006 e atualmente é deputado federal. Lima diz que "doador ninguém escolhe" e comenta que àquela época, a Agrenco era "acima de qualquer suspeita, tinha feito acordo com o grupo japonês Marubeni, atua nos mercados europeu e americano e que se trata uma sociedade anônima, que recebe uma fiscalização rigorosa da bolsa de valores", disse. Lima afirma que não houve má-fé de partido algum que recebeu recursos da empresa. "Quem declarou os recursos não pode ser rotulado como conivente com as irregularidades da empresa."A vice-prefeita de Itajaí, Eliane Rebello (PMDB), e que também foi superintendente do porto, de fevereiro a junho deste ano, concorda com Lima e diz que a Agrenco não levantava suspeitas, especialmente por ter ações listadas na bolsa. Ela afirma que não conhecia pessoalmente ninguém do grupo, tendo sido a doação feita para membros do seu partido.Para a deputada estadual, Ana Paula Lima (PT), esposa de Décio, sua imagem está sendo prejudicada, assim como a de todas as pessoas que receberam recursos da Agrenco e foram transparentes, declarando-os. "O Brasil inteiro acreditou nessa empresa. Ela lesou não só a nós, como também a imagem da cidade de Itajaí e do porto". Além de candidatos de SC, a empresa doou R$ 20 mil para a candidatura de Rosa Lopes (PTB) à prefeitura de Barra de São Miguel, em Alagoas.