10 agosto 2015
Curso de Contabilidade Básica: Imposto de Renda Positivo e Negativo
O imposto de renda e a contribuição social são calculados sobre o valor do lucro apurado da empresa. No Brasil nos dias de hoje o valor do lucro é multiplicado por 34%, que corresponde a alíquota.
Mas ao contrário da pessoa física, quando uma empresa apresenta um desempenho ruim durante um exercício isto pode ser compensado com o lucro de períodos posteriores. Lembrando que a pessoa física paga o imposto independente de estar numa situação boa ou não.
Vejamos o caso da empresa Electro Aço Altona que apresentou a seguinte demonstração do resultado:
Durante o segundo trimestre de 2015 a empresa teve um prejuízo de 2.202 mil. Aplicando a alíquota sobre o prejuízo, tem-se um valor positivo de $775 mil (a alíquota não é exatamente 34%, podendo existir variações sobre este valor). Observe que neste exercício o valor de Provisões IRPJ e CSLL terá um saldo credor. Já no período anterior, a empresa teve um lucro de 2.669. Com o lucro a empresa irá apurar um imposto a pagar, ou seja, uma despesa. Assim, o valor de $742 mil corresponde a um saldo devedor.
O valor positivo do segundo trimestre de 2015 da despesa de imposto de renda, de $775 mil, não significa que a receita irá devolver este dinheiro para a empresa. Este montante ficará registrado na empresa. Se no próximo trimestre a empresa apurar um lucro, na apuração do imposto a pagar isto será considerado.
Mas ao contrário da pessoa física, quando uma empresa apresenta um desempenho ruim durante um exercício isto pode ser compensado com o lucro de períodos posteriores. Lembrando que a pessoa física paga o imposto independente de estar numa situação boa ou não.
Vejamos o caso da empresa Electro Aço Altona que apresentou a seguinte demonstração do resultado:
Durante o segundo trimestre de 2015 a empresa teve um prejuízo de 2.202 mil. Aplicando a alíquota sobre o prejuízo, tem-se um valor positivo de $775 mil (a alíquota não é exatamente 34%, podendo existir variações sobre este valor). Observe que neste exercício o valor de Provisões IRPJ e CSLL terá um saldo credor. Já no período anterior, a empresa teve um lucro de 2.669. Com o lucro a empresa irá apurar um imposto a pagar, ou seja, uma despesa. Assim, o valor de $742 mil corresponde a um saldo devedor.
O valor positivo do segundo trimestre de 2015 da despesa de imposto de renda, de $775 mil, não significa que a receita irá devolver este dinheiro para a empresa. Este montante ficará registrado na empresa. Se no próximo trimestre a empresa apurar um lucro, na apuração do imposto a pagar isto será considerado.
Curso de Contabilidade Básica - Editora Atlas - César Augusto Tibúrcio Silva e Fernanda Fernandes Rodrigues (prelo)
Entrevista com Ricardo Paes de Barros: a crise da eduação
Um dos maiores especialistas do mundo em pobreza e desigualdade abraçou outra causa. Um dos formuladores dos programas de combate à pobreza, ainda nos tempos do governo Fernando Henrique, Ricardo Paes de Barros deixou o governo Dilma neste ano e agora se debruça sobre políticas públicas para a educação, como economista-chefe do Instituto Ayrton Senna.
[...]
Hoje usa suas habilidades com números e o conhecimento que adquiriu ao longo de 40 anos de estudos sobre a sociedade brasileira para avaliar as políticas de maior alcance, com menor custo, na educação brasileira. Na entrevista a seguir, fala sobre o Plano Nacional de Educação, o impacto da desigualdade no aprendizado e sobre quanto a ideologia atrapalha o país.
ÉPOCA – O problema da educação é falta de dinheiro ou de gestão?
Ricardo Paes de Barros – A meta é investir 10% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação até 2024. Nenhum outro país coloca tanto dinheiro na área. Mas o Brasil tem a educação típica de um país que tem metade da renda per capita brasileira; está 25 anos atrás do Chile e tem apenas metade dos jovens cursando o ensino médio na idade certa. São problemas graves. Então, se pedirem 10% do PIB para mexer na educação, acho que a sociedade brasileira deve dar. Mas deve dar sob a condição de garantir que a situação mudará, com um plano sério, bem explicado, com metas.
ÉPOCA – Esse seria o objetivo do Plano Nacional de Educação (PNE), que passou a vigorar neste ano. Qual sua opinião sobre ele?
Paes de Barros – As metas do PNE são muito pouco ambiciosas para quem quer realmente dar um salto na área. Elas não botam o Brasil no mapa do mundo da educação mesmo que consigamos cumprir todas. Faltam no PNE evidências sobre a eficácia das ações que mudarão para melhor o cenário do país. O MEC tem de dizer: “Pegaremos esse dinheiro, faremos isso com ele e entregaremos este resultado. E se, no meio do caminho, não chegarmos lá, acionaremos uma outra coisa, que funcionará assim, custará tanto e produzirá tal efeito”
POCA – O que o senhor faria se estivesse no Ministério da Educação?
Paes de Barros – Cuidaria da difusão de melhores práticas. Num mesmo bairro temos escolas com nota 6 do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que é uma boa nota, e outras com Ideb 3, que é péssima. Isso não faz sentido. Se uma empresa inventar uma coisa bacana, o que a concorrência fará? Copiará. Por que a escola de Ideb 3 não copia a vizinha de Ideb 6? A questão é que criamos um sistema de educação que não é público, é estatal, e não tem nenhuma dinâmica.
[...]
ÉPOCA – E quanto a condição social influencia nessas disparidades na educação?
Paes de Barros – Muito mais do que deveria. Essa é uma das coisas que a gente deveria cobrar do governo. Esse é um ponto que está muito pouco contemplado no Plano Nacional da Educação. É absurdo que o aprendizado de uma criança esteja condicionado ao lugar em que ela vive, ao fato de ela ser pobre ou rica, branca ou negra. O sistema educacional brasileiro permite que essas características tenham um impacto gigantesco no aprendizado do aluno. Isso é uma fonte de desigualdade de oportunidade absurda, que alimentará uma desigualdade ainda maior no futuro.
ÉPOCA – O que pode ser feito para resolver esse problema?
Paes de Barros – Se for bem planejada e bem implementada, a educação de tempo integral pode reduzir essa desigualdade. Ela pode dar ao aluno mais pobre aquilo que uma família em melhores condições oferece para uma criança e que tem tanto impacto positivo no aprendizado. Se numa família mais rica a criança tem acesso a um lugar iluminado e tranquilo para estudar, é isso que a escola tem de ter. A escola tem de desenhar mecanismos para tornar a educação mais independente do ambiente familiar. Tem de dizer para o pai: eu só preciso que o senhor faça a criança dormir cedo, faça ela se alimentar bem e seja carinhoso e encorajador. Não adianta pedir para o pai estudar com ele, para fazer pesquisas em livros a que ele não tem acesso. É preciso cuidar também da autoeficácia. O aluno bom é aquele que acredita que é capaz de aprender. O aluno confiante que tem um professor que acredita nele vai aprender muito mais.
[...]
ÉPOCA – Na criação do Bolsa Família, houve resistência de setores do governo Lula ao programa por se tratar de uma política focalizada, considerada neoliberal por eles. Ainda há preconceito contra as políticas de focalização?
Paes de Barros – Esse debate sobre a focalização foi superado. O que continua a existir é uma coisa discriminatória contra o setor privado. A educação claramente discrimina a universidade privada diante da pública, como se, por definição, algo estatal fosse melhor do que o privado. O programa nacional de alfabetização, por exemplo, tem de ser com as universidades públicas, e não com as privadas. Por quê? É pura discriminação – e ela tem de ser contestada. Há a ideia de que privatizar parte da educação é mercantilizar o setor. Esse é o grande nó dos serviços públicos do Brasil. Na educação essa mentalidade é brutal e representa um grande problema. Não se pode usar o Fundeb (fundo de financiamento para a educação básica) para contratar uma rede de escolas de educação média para prover os serviços de um Estado. Um Estado poderia gastar menos contratando uma rede de ensino particular. Ele não se preocuparia com infraestrutura, nem com o quadro de docentes. O foco do Estado seria o controle da qualidade do ensino. Isso economizaria dinheiro e dor de cabeça. Imagina isso no Estado de São Paulo, que tem mais de 200 mil professores. As Organizações Sociais (OS) deram certo na saúde. Mas não se pode usar OS na educação. Não podemos testar o modelo de charters schools no Brasil, que são escolas privadas pagas em parte pelo governo e gratuitas para a população. Na Colômbia estão fazendo isso. A Suécia está se livrando de todas as escolas públicas. O país paga para a rede privada prover o estudo. Para a família é gratuito – e só o que importa é a qualidade
[...]
Fonte: aqui
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Hoje usa suas habilidades com números e o conhecimento que adquiriu ao longo de 40 anos de estudos sobre a sociedade brasileira para avaliar as políticas de maior alcance, com menor custo, na educação brasileira. Na entrevista a seguir, fala sobre o Plano Nacional de Educação, o impacto da desigualdade no aprendizado e sobre quanto a ideologia atrapalha o país.
ÉPOCA – O problema da educação é falta de dinheiro ou de gestão?
Ricardo Paes de Barros – A meta é investir 10% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação até 2024. Nenhum outro país coloca tanto dinheiro na área. Mas o Brasil tem a educação típica de um país que tem metade da renda per capita brasileira; está 25 anos atrás do Chile e tem apenas metade dos jovens cursando o ensino médio na idade certa. São problemas graves. Então, se pedirem 10% do PIB para mexer na educação, acho que a sociedade brasileira deve dar. Mas deve dar sob a condição de garantir que a situação mudará, com um plano sério, bem explicado, com metas.
ÉPOCA – Esse seria o objetivo do Plano Nacional de Educação (PNE), que passou a vigorar neste ano. Qual sua opinião sobre ele?
Paes de Barros – As metas do PNE são muito pouco ambiciosas para quem quer realmente dar um salto na área. Elas não botam o Brasil no mapa do mundo da educação mesmo que consigamos cumprir todas. Faltam no PNE evidências sobre a eficácia das ações que mudarão para melhor o cenário do país. O MEC tem de dizer: “Pegaremos esse dinheiro, faremos isso com ele e entregaremos este resultado. E se, no meio do caminho, não chegarmos lá, acionaremos uma outra coisa, que funcionará assim, custará tanto e produzirá tal efeito”
POCA – O que o senhor faria se estivesse no Ministério da Educação?
Paes de Barros – Cuidaria da difusão de melhores práticas. Num mesmo bairro temos escolas com nota 6 do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que é uma boa nota, e outras com Ideb 3, que é péssima. Isso não faz sentido. Se uma empresa inventar uma coisa bacana, o que a concorrência fará? Copiará. Por que a escola de Ideb 3 não copia a vizinha de Ideb 6? A questão é que criamos um sistema de educação que não é público, é estatal, e não tem nenhuma dinâmica.
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ÉPOCA – E quanto a condição social influencia nessas disparidades na educação?
Paes de Barros – Muito mais do que deveria. Essa é uma das coisas que a gente deveria cobrar do governo. Esse é um ponto que está muito pouco contemplado no Plano Nacional da Educação. É absurdo que o aprendizado de uma criança esteja condicionado ao lugar em que ela vive, ao fato de ela ser pobre ou rica, branca ou negra. O sistema educacional brasileiro permite que essas características tenham um impacto gigantesco no aprendizado do aluno. Isso é uma fonte de desigualdade de oportunidade absurda, que alimentará uma desigualdade ainda maior no futuro.
ÉPOCA – O que pode ser feito para resolver esse problema?
Paes de Barros – Se for bem planejada e bem implementada, a educação de tempo integral pode reduzir essa desigualdade. Ela pode dar ao aluno mais pobre aquilo que uma família em melhores condições oferece para uma criança e que tem tanto impacto positivo no aprendizado. Se numa família mais rica a criança tem acesso a um lugar iluminado e tranquilo para estudar, é isso que a escola tem de ter. A escola tem de desenhar mecanismos para tornar a educação mais independente do ambiente familiar. Tem de dizer para o pai: eu só preciso que o senhor faça a criança dormir cedo, faça ela se alimentar bem e seja carinhoso e encorajador. Não adianta pedir para o pai estudar com ele, para fazer pesquisas em livros a que ele não tem acesso. É preciso cuidar também da autoeficácia. O aluno bom é aquele que acredita que é capaz de aprender. O aluno confiante que tem um professor que acredita nele vai aprender muito mais.
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ÉPOCA – Na criação do Bolsa Família, houve resistência de setores do governo Lula ao programa por se tratar de uma política focalizada, considerada neoliberal por eles. Ainda há preconceito contra as políticas de focalização?
Paes de Barros – Esse debate sobre a focalização foi superado. O que continua a existir é uma coisa discriminatória contra o setor privado. A educação claramente discrimina a universidade privada diante da pública, como se, por definição, algo estatal fosse melhor do que o privado. O programa nacional de alfabetização, por exemplo, tem de ser com as universidades públicas, e não com as privadas. Por quê? É pura discriminação – e ela tem de ser contestada. Há a ideia de que privatizar parte da educação é mercantilizar o setor. Esse é o grande nó dos serviços públicos do Brasil. Na educação essa mentalidade é brutal e representa um grande problema. Não se pode usar o Fundeb (fundo de financiamento para a educação básica) para contratar uma rede de escolas de educação média para prover os serviços de um Estado. Um Estado poderia gastar menos contratando uma rede de ensino particular. Ele não se preocuparia com infraestrutura, nem com o quadro de docentes. O foco do Estado seria o controle da qualidade do ensino. Isso economizaria dinheiro e dor de cabeça. Imagina isso no Estado de São Paulo, que tem mais de 200 mil professores. As Organizações Sociais (OS) deram certo na saúde. Mas não se pode usar OS na educação. Não podemos testar o modelo de charters schools no Brasil, que são escolas privadas pagas em parte pelo governo e gratuitas para a população. Na Colômbia estão fazendo isso. A Suécia está se livrando de todas as escolas públicas. O país paga para a rede privada prover o estudo. Para a família é gratuito – e só o que importa é a qualidade
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Fonte: aqui
09 agosto 2015
Resolvendo a escassez num mercado sem preço: o caso da doação de sangue
Shortage is common in many markets, such as those for human organs or blood, but the problem is often difficult to solve through price adjustment, given safety and ethical concerns. In this paper, we investigate whether market designers can use non-price methods to address shortage. Specifically, we study two methods that are used to alleviate shortage in the market for human blood. The first method is informing existing donors of a current shortage via a mobile message and encouraging them to donate voluntarily. The second method is asking the patient’s family or friends to donate in a family replacement (FR) program at the time of shortage. We are interested in both the short-run and long-run effects of these methods on blood supply. Using 447,357 individual donation records across 8 years from a large Chinese blood bank, we show that both methods are effective in addressing blood shortage in the short run but have different implications for total blood supply in the long run. Specifically, we find that a shortage message leads to significantly more donations among existing donors within the first six months but has no effect afterwards. In comparison, a family replacement program has a small positive effect in encouraging existing donors (who donated before the FR) to donate more blood voluntarily after their FR donation, but discourages no-history donors (whose first donation is the FR) from donating in the long run. We compare the effect and efficiency of these methods and discuss their applications under different scenarios to alleviate shortage.
Fonte: Solving Shortage in a Priceless Market: Insights from Blood DonationTianshu Sun, Susan Feng Lu, and Ginger Zhe JinNBER Working Paper No. 21312July 2015
História da Contabilidade: Professor de Contabilidade na regência
Já comentamos aqui que antigamente era comum se aprenderem contabilidade juntamente com as primeiras letras. Também mostramos que mesmo após a independência, permaneceu no Brasil a Aula de Comércio, uma herança na vinda da Família Real para o Brasil. Na postagem de hoje iremos mostrar como era o professor durante os anos de 1830s.
Naquela época os profissionais eram ecléticos. Eis um anúncio publicado no Correio Mercantil de 1831, onde um profissional oferecia seus préstimos:
Um mosso portuguer, que sabe ler, escrever, e contar, também coze de Alfaiate, que deseja-se arranjar em uma casa particular, ou em alguma casa para tratar de toda a roupa, e fazer toda a mais que fôr precisa tambem offerece o seu prestimo para alugma escrituração (1)
É isto mesmo. O moço português trabalha como alfaiate e também faz contabilidade. A vantagem do profissional é a possibilidade de servir como professor e ao mesmo tempo fazer a contabilidade. Um profissional deste tipo anunciava-se naquele mesmo ano:
Qual quer Sr. de Engenho que precizar de hum mestre de primeitas letras para ensinar a seus filhos e ao mesmo tempo para á escrituração da mesma fazenda procure, na rua de S. Pedro n. 267 (2)
José Francisco de Souza também anunciou-se de maneira bem eclética: ensinava a ler, escrever, gramática, aritmética, escrituração mercantil (partidas simples e dobradas). Além disto, poderia arrumar professores para inglês, francês, geografia, latim, lógica e retórica. Também ensinava a escrituração no período noturno. (3)
(1) Correio Mercantil, 20 de abril de 1831, n. 83, p. 3.
(2) Diário do Rio de Janeiro, 14 fev de 1831, n. 11.
(3) Lembrando que na época não existia iluminação elétrica. Diário do Rio de Janeiro, 31 de janeiro de 1831, n. 23.
Naquela época os profissionais eram ecléticos. Eis um anúncio publicado no Correio Mercantil de 1831, onde um profissional oferecia seus préstimos:
Um mosso portuguer, que sabe ler, escrever, e contar, também coze de Alfaiate, que deseja-se arranjar em uma casa particular, ou em alguma casa para tratar de toda a roupa, e fazer toda a mais que fôr precisa tambem offerece o seu prestimo para alugma escrituração (1)
É isto mesmo. O moço português trabalha como alfaiate e também faz contabilidade. A vantagem do profissional é a possibilidade de servir como professor e ao mesmo tempo fazer a contabilidade. Um profissional deste tipo anunciava-se naquele mesmo ano:Qual quer Sr. de Engenho que precizar de hum mestre de primeitas letras para ensinar a seus filhos e ao mesmo tempo para á escrituração da mesma fazenda procure, na rua de S. Pedro n. 267 (2)
José Francisco de Souza também anunciou-se de maneira bem eclética: ensinava a ler, escrever, gramática, aritmética, escrituração mercantil (partidas simples e dobradas). Além disto, poderia arrumar professores para inglês, francês, geografia, latim, lógica e retórica. Também ensinava a escrituração no período noturno. (3)
(1) Correio Mercantil, 20 de abril de 1831, n. 83, p. 3.
(2) Diário do Rio de Janeiro, 14 fev de 1831, n. 11.
(3) Lembrando que na época não existia iluminação elétrica. Diário do Rio de Janeiro, 31 de janeiro de 1831, n. 23.
08 agosto 2015
Fato da Semana: Balanço da Petrobras
Fato da Semana: A empresa Petrobras divulgou o balanço do segundo trimestre. Lucro menor, mais endividamento, informação discreta sobre os eventos políticos. Sente ainda os efeitos dos anos recentes, onde recursos vultuosos foram desviados. Um texto do Valor Econômico revela que recentemente o governo “trabalhou” duas medidas que afetaram o resultado da empresa.
Qual a relevância disto? É bem verdade que a semana não apresentou muitas novidades, mas o balanço da Petrobras é sempre uma novidade. O mercado não gostou, já que as ações caíram.
Positivo ou Negativo? Neutro. Apesar de a empresa estar recuperando sua credibilidade, a ausência de fatos novos nas demonstrações, apesar de muitos fatos novos na Polícia, cria uma ideia negativa que a baixa realizada foi precisa e suficiente. Será?
Desdobramentos – A empresa continuou fazendo amortizações, mas será que já chegou ao fundo do poço? Apesar dos problemas, creio que a tendência é pela recuperação da imagem e eficiência antigas.
Qual a relevância disto? É bem verdade que a semana não apresentou muitas novidades, mas o balanço da Petrobras é sempre uma novidade. O mercado não gostou, já que as ações caíram.
Positivo ou Negativo? Neutro. Apesar de a empresa estar recuperando sua credibilidade, a ausência de fatos novos nas demonstrações, apesar de muitos fatos novos na Polícia, cria uma ideia negativa que a baixa realizada foi precisa e suficiente. Será?
Desdobramentos – A empresa continuou fazendo amortizações, mas será que já chegou ao fundo do poço? Apesar dos problemas, creio que a tendência é pela recuperação da imagem e eficiência antigas.
Governo e Petrobras
Fernando Torres fez um belo texto mostrando como o governo trabalhou recentemente para ajudar a Petrobras. Foram duas medidas:
a) Instrução Normativa 1576 da SRF que prorrogou o pagamento com desconto das dívidas, o chamado Refis da Copa. Este Refis teve o encerramento no final do ano. Conforme notou Torres, a Petrobras aproveitou para pagar o IOF sobre operações de empréstimos. (É claro que isto também ajudou a reforça o caixa atual do Tesouro em quase 3 bilhões, mas com prejuízo de receitas no futuro)
b) Portaria Interministerial para pagamento de débitos em atraso relacionado com a venda de combustíveis para distribuidoras de energia.
a) Instrução Normativa 1576 da SRF que prorrogou o pagamento com desconto das dívidas, o chamado Refis da Copa. Este Refis teve o encerramento no final do ano. Conforme notou Torres, a Petrobras aproveitou para pagar o IOF sobre operações de empréstimos. (É claro que isto também ajudou a reforça o caixa atual do Tesouro em quase 3 bilhões, mas com prejuízo de receitas no futuro)
b) Portaria Interministerial para pagamento de débitos em atraso relacionado com a venda de combustíveis para distribuidoras de energia.
Petrobras e Lava Jato
Veja a seguir o texto que a empresa preparou sobre o efeito da Lava Jato:
O mais importante é que a empresa acredita que desde a divulgação do terceiro trimestre nenhuma informação nova alterou a convicção que a metodologia da empresa está correta.Nem mesmo a crença do Juiz de Nova Iorque que o percentual de "comissão" pode ter atingido a 5%.
O mais importante é que a empresa acredita que desde a divulgação do terceiro trimestre nenhuma informação nova alterou a convicção que a metodologia da empresa está correta.Nem mesmo a crença do Juiz de Nova Iorque que o percentual de "comissão" pode ter atingido a 5%.
07 agosto 2015
Correção Monetária
Segundo o Valor Econômico (Correção monetária não vale para balanço de 1989, Beatriz Oliveira, 6 de agosto de 1989) o Supremo decidiu finalmente sobre a aplicação da correção monetária nas demonstrações contábeis conforme a Lei 7799 de 1989. O argumento contrário ao governo era de que a lei feria os princípios da anterioridade e irretroatividade. O julgamento tinha sido suspenso em 2006 e somente recentemente retornou ao Supremo para julgamento.
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu ontem que a correção monetária estabelecida pela Lei nº 7.799 não deve ser aplicada aos balanços referentes ao exercício social de 1989, ano em que a norma foi publicada.
(...) A Lei nº 7.799 já havia sido analisada pelos ministros do Supremo, que consideraram inconstitucional o artigo 30, que desindexou as demonstrações financeiras do índice de inflação oficial – o Índice de Preços ao Consumidor (IPC). O dispositivo foi analisado em conjunto com o artigo 30 da Lei nº 7.730, do mesmo ano, que fixou a OTN (Obrigação do Tesouro Nacional) como índice da correção monetária, também declarado inconstitucional.
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu ontem que a correção monetária estabelecida pela Lei nº 7.799 não deve ser aplicada aos balanços referentes ao exercício social de 1989, ano em que a norma foi publicada.
(...) A Lei nº 7.799 já havia sido analisada pelos ministros do Supremo, que consideraram inconstitucional o artigo 30, que desindexou as demonstrações financeiras do índice de inflação oficial – o Índice de Preços ao Consumidor (IPC). O dispositivo foi analisado em conjunto com o artigo 30 da Lei nº 7.730, do mesmo ano, que fixou a OTN (Obrigação do Tesouro Nacional) como índice da correção monetária, também declarado inconstitucional.
06 agosto 2015
Petrobras
A empresa Petrobras acabou de divulgar – parcialmente – seu resultado do primeiro semestre de 2015. A informação mais aguardada mostra que a empresa teve quase 6 bilhões em lucro. Parece muito, mas quando se compara com o mesmo período do ano anterior, o resultado é 43% menor. Segundo a empresa as causas da redução do lucro líquido é o aumento das despesas financeiras e o reconhecimento de uma despesa tributária com o IOF.
O esforço da atual gestão em melhorar o resultado, com o aumento na margem de comercialização de derivados, parece que não surtiu efeito. É interessante notar que a empresa não deu o devido destaque ao resultado líquido do trimestre: 0,5 bilhão. Os problemas da empresa também tiveram reflexo na redução dos investimentos e no aumento do endividamento.
Finalmente, a única menção a Lava Jato é o fato da empresa ter recebido 157 milhões de reais de valores repatriados.
O esforço da atual gestão em melhorar o resultado, com o aumento na margem de comercialização de derivados, parece que não surtiu efeito. É interessante notar que a empresa não deu o devido destaque ao resultado líquido do trimestre: 0,5 bilhão. Os problemas da empresa também tiveram reflexo na redução dos investimentos e no aumento do endividamento.
Finalmente, a única menção a Lava Jato é o fato da empresa ter recebido 157 milhões de reais de valores repatriados.
Melhoria na Evidenciação
O Financial Executives Research Foundation (ferf) e empresa de auditoria EY estão conduzindo uma pesquisa, que pode ser respondida aqui, sobre as iniciativas que as empresas estão fazendo para melhorar as demonstrações. A pesquisa iniciou no dia 10 de julho e já apresenta alguns resultados interessantes, parcialmente divulgados aqui
Os respondentes indicaram que existe um esforço no sentido de melhorar as informações. A figura apresenta alguns destes resultados.Observe o destaque para três pontos: redução de informações desatualizadas, redução de redundâncias e de informação pouco expressiva. Também é interessante notar que 31% das empresas estão trabalhando na redução das narrativas; em seu lugar, mais figuras.
Os respondentes indicaram que existe um esforço no sentido de melhorar as informações. A figura apresenta alguns destes resultados.Observe o destaque para três pontos: redução de informações desatualizadas, redução de redundâncias e de informação pouco expressiva. Também é interessante notar que 31% das empresas estão trabalhando na redução das narrativas; em seu lugar, mais figuras.
Links
Governo dos EUA reembolsou o astronauta Aldrin em $33 dólares por "despesas de viagem" (e ele teve que declarar a alfândega o que trouxe do espaço)
Imagens do Bigfoot e da Terra e da Lua no espaço
Ensino de contabilidade: tecnologia e concepções
Fotos premiadas do National Geographic (ao lado o primeiro lugar !!)
Recessão produz bons professores
Imagens do Bigfoot e da Terra e da Lua no espaço
Ensino de contabilidade: tecnologia e concepções
Fotos premiadas do National Geographic (ao lado o primeiro lugar !!)
Recessão produz bons professores
05 agosto 2015
Cenário Econômico Brasileiro e as Demonstrações Contábeis
No momento em que o Brasil enfrenta uma recessão na economia, com aumento no desemprego, redução na taxa de crescimento e perspectivas sombrias sobre sua nota de crédito seria bom verificar como isto está aparecendo nas demonstrações contábeis. É sabido que o ambiente econômico influencia pesadamente no desempenho das empresas. Como estas podem usar o relatório de administração para informar estes efeitos, fizemos uma breve pesquisa neste documento de diversas entidades que recentemente divulgaram seus resultados para saber como a crise chegou às empresas brasileiras.
A escolha do Relatório de Administração é proposital. Neste documento a gestão da empresa tem uma liberdade para expor suas opiniões e apresentar fatos que não estão contemplados nas informações trimestrais tradicionais. Na década de oitenta do século passado, Salvador Arena, um italiano que fundou e dirigiu a empresa Termomecânica, ficou conhecido pelos comentários que assinava e divulgava juntamente com as demonstrações da sua empresa. A sinceridade de Arena é uma grande exceção num mundo onde as empresas, e os gestores, preferem não adotar uma postura de pretensa neutralidade ou omissão.
Na pesquisa que fizemos muitas das empresas não apresentaram o relatório de administração. Isto, obviamente, é uma praxe do setor, já que as empresas preferem guardar seu fôlego para o relatório anual. Outras empresas também limitaram a divulgar os dados numéricos sobre a realidade da economia, como foi o caso do Laboratório Fleury. Esta empresa apresentou as projeções do PIB, baseada na pesquisa Focus do Banco Central, e uma projeção da inflação, tendo como base os valores acumulados de doze meses. Isto também foi a atitude do Santander, que desfilou diversos índices econômicos. Outras empresas foram sintéticas na análise, como foi o caso da Multiplan, que escreveu sobre o “frágil ambiente econômico”. A BRF associou o momento econômico ao desempenho da empresa, ao afirmar que terminou o primeiro semestre bem, mesmo com o “momento adverso e igualmente desafiador”. Mais adiante a empresa comentou sobre a desaceleração do consumo, aumento da taxa de juros, inflação e desemprego, sem entrar em detalhes. O mesmo cenário desafiador fazia parte das demonstrações da Ambev.
Mas existem as exceções. O Bradesco, depois de três parágrafos referentes à economia internacional, afirma, na demonstração recém-divulgada, que ocorreu “avanços na reorientação da política econômica”. Depois de diversas frases, o Bradesco mostra-se otimista ao afirmar que “mantém uma visão positiva em relação ao País, vislumbrando perspectivas favoráveis nos segmentos em que [o Bradesco] atua”. O otimismo do Bradesco inclui uma projeção de crescimento no crédito a taxas e risco sustentáveis, com inadimplência controlada. Para quem tem feito diversos empréstimos à Petrobras, a análise do Bradesco é até coerente.
Talvez a empresa mais pessimista seja a Souza Cruz. Diante da elevada carga tributária, redução do consumo do seu principal produto, o cigarro, e o elevado contrabando, a empresa aproveitou o Relatório de Administração para ressaltar o baixo desempenho da economia brasileira, informando que “o cenário econômico é mais negativo do que era esperado no início do ano”. Mesmo quando apresenta dados, a empresa é pessimista: “dados recentes do Instituto Nielsen apontam que o índice de confiança do consumidor brasileiro é o mais baixo desde 2009. Neste contexto, o cenário de negócio tem se mostrado extremamente desafiador para as indústrias de consumo no país.”
Mas será que devemos esperar de uma empresa uma posição sobre a crise econômica? Um argumento contra uma postura mais clara sobre a crise é que esta posição é do gestor, que não deve ser confundido com os outros participantes da empresa. Além disto, num ambiente de negócios, a ambiguidade, ou a imparcialidade, pode ser útil, numa economia onde o Estado possui uma grande participação no financiamento das empresas, por exemplo. Falar que o governo não consegue dar conta da economia pode despertar a ira de burocratas, mesmo numa democracia. Ou de parceiros, que podem não concordar com a posição da empresa. E como uma empresa é um conjunto de pessoas, talvez não exista um “consenso interno” na sua posição. Finalmente, a contabilidade sempre passou uma imagem de tecnicidade, que pode significar, para alguns, imparcialidade. Em outras palavras, a contabilidade deveria ficar longe do jogo da política.
Entretanto, o posicionamento da empresa diante do cenário da economia é uma informação útil. Saber que uma empresa está confiante no futuro, como é o caso do Bradesco, pode ser importante na projeção dos investimentos, por exemplo. Além disto, no jogo dos altos e baixos da economia, e da política também, saber a posição da empresa pode ser importante. Mesmo que a empresa apoie claramente, até com dinheiro, um governo, isto deveria ser evidenciado.
Os argumentos favoráveis e contrários ao posicionamento da empresa mostra que este é um assunto que merece mais reflexão. Vamos começar?
A escolha do Relatório de Administração é proposital. Neste documento a gestão da empresa tem uma liberdade para expor suas opiniões e apresentar fatos que não estão contemplados nas informações trimestrais tradicionais. Na década de oitenta do século passado, Salvador Arena, um italiano que fundou e dirigiu a empresa Termomecânica, ficou conhecido pelos comentários que assinava e divulgava juntamente com as demonstrações da sua empresa. A sinceridade de Arena é uma grande exceção num mundo onde as empresas, e os gestores, preferem não adotar uma postura de pretensa neutralidade ou omissão.
Na pesquisa que fizemos muitas das empresas não apresentaram o relatório de administração. Isto, obviamente, é uma praxe do setor, já que as empresas preferem guardar seu fôlego para o relatório anual. Outras empresas também limitaram a divulgar os dados numéricos sobre a realidade da economia, como foi o caso do Laboratório Fleury. Esta empresa apresentou as projeções do PIB, baseada na pesquisa Focus do Banco Central, e uma projeção da inflação, tendo como base os valores acumulados de doze meses. Isto também foi a atitude do Santander, que desfilou diversos índices econômicos. Outras empresas foram sintéticas na análise, como foi o caso da Multiplan, que escreveu sobre o “frágil ambiente econômico”. A BRF associou o momento econômico ao desempenho da empresa, ao afirmar que terminou o primeiro semestre bem, mesmo com o “momento adverso e igualmente desafiador”. Mais adiante a empresa comentou sobre a desaceleração do consumo, aumento da taxa de juros, inflação e desemprego, sem entrar em detalhes. O mesmo cenário desafiador fazia parte das demonstrações da Ambev.
Mas existem as exceções. O Bradesco, depois de três parágrafos referentes à economia internacional, afirma, na demonstração recém-divulgada, que ocorreu “avanços na reorientação da política econômica”. Depois de diversas frases, o Bradesco mostra-se otimista ao afirmar que “mantém uma visão positiva em relação ao País, vislumbrando perspectivas favoráveis nos segmentos em que [o Bradesco] atua”. O otimismo do Bradesco inclui uma projeção de crescimento no crédito a taxas e risco sustentáveis, com inadimplência controlada. Para quem tem feito diversos empréstimos à Petrobras, a análise do Bradesco é até coerente.
Talvez a empresa mais pessimista seja a Souza Cruz. Diante da elevada carga tributária, redução do consumo do seu principal produto, o cigarro, e o elevado contrabando, a empresa aproveitou o Relatório de Administração para ressaltar o baixo desempenho da economia brasileira, informando que “o cenário econômico é mais negativo do que era esperado no início do ano”. Mesmo quando apresenta dados, a empresa é pessimista: “dados recentes do Instituto Nielsen apontam que o índice de confiança do consumidor brasileiro é o mais baixo desde 2009. Neste contexto, o cenário de negócio tem se mostrado extremamente desafiador para as indústrias de consumo no país.”
Mas será que devemos esperar de uma empresa uma posição sobre a crise econômica? Um argumento contra uma postura mais clara sobre a crise é que esta posição é do gestor, que não deve ser confundido com os outros participantes da empresa. Além disto, num ambiente de negócios, a ambiguidade, ou a imparcialidade, pode ser útil, numa economia onde o Estado possui uma grande participação no financiamento das empresas, por exemplo. Falar que o governo não consegue dar conta da economia pode despertar a ira de burocratas, mesmo numa democracia. Ou de parceiros, que podem não concordar com a posição da empresa. E como uma empresa é um conjunto de pessoas, talvez não exista um “consenso interno” na sua posição. Finalmente, a contabilidade sempre passou uma imagem de tecnicidade, que pode significar, para alguns, imparcialidade. Em outras palavras, a contabilidade deveria ficar longe do jogo da política.
Entretanto, o posicionamento da empresa diante do cenário da economia é uma informação útil. Saber que uma empresa está confiante no futuro, como é o caso do Bradesco, pode ser importante na projeção dos investimentos, por exemplo. Além disto, no jogo dos altos e baixos da economia, e da política também, saber a posição da empresa pode ser importante. Mesmo que a empresa apoie claramente, até com dinheiro, um governo, isto deveria ser evidenciado.
Os argumentos favoráveis e contrários ao posicionamento da empresa mostra que este é um assunto que merece mais reflexão. Vamos começar?
Links
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Edital do Mestrado e Doutorado
04 agosto 2015
Rir é o melhor remédio
Seu orçamento da viagem: passagem, hotel, alimentação e alimentação no aeroporto.
Fatos sobre a crise da dívida em Porto Rico
On August 3rd, the island of Puerto Rico officially went into default on its $72 billion in debt. The announcement is the culmination of several years of economic woes, but the island's debt has now become an urgent problem for the US territory — and therefore, for the US.
The problem is especially tricky because US bankruptcy laws don't allow government institutions in Puerto Rico to declare bankruptcy, as those in US states can. US policy did a lot to create the problem, and people on both sides of the debate — Puerto Ricans and the creditors who own their bonds — are Americans.
The worst news: The island's fate is in the hands of Congress.
1) Puerto Rico is sinking under $72 billion in debt
2) Puerto Rico's economy has been struggling since 2006, when the federal government stopped offering business incentives
3) People kept buying Puerto Rican bonds because of a quirk in the tax code
4) Hundreds of thousands of Puerto Ricans moved to the mainland, worsening the economic crunch
5) Puerto Rico is caught in a "death spiral" of emigration, tax hikes, and benefits cuts
6) An obscure federal law from 1920 makes everything more expensive
7) It's not just the central government that owes money — it's also utilities and other public corporations
8) Puerto Rico can't declare bankruptcy. Neither can its cities or utilities.
9) Democrats are pushing to allow limited bankruptcy; Republicans say it isn't enough
10) Creditors argue that changing the bankruptcy laws is unfair
11) But if nothing changes, Puerto Rico is looking at a slow, rolling fiscal disaster
Fonte: aqui
Toshiba
A Reuters informou que a filial japonesa da Ernst Young está fazendo uma investigação interna em razão dos problemas com a auditoria da Toshiba. Recentemente a empresa japonesa de produtos eletrônicos comunicou que seus resultados estavam superestimados. Ainda segundo a Reuters, a EY constituiu uma equipe de 20 pessoas para a investigação. A mesma EY era a auditora da Olympus, que em 2011 esteve envolvida numa fraude contábil.
A entidade de regulação contábil do Japão, a Japan Institute of Certified Public Accountants, também está fazendo uma investigação do ocorrido na Toshiba.
A entidade de regulação contábil do Japão, a Japan Institute of Certified Public Accountants, também está fazendo uma investigação do ocorrido na Toshiba.
Curso de Contabilidade Básica Despesa com Professor
Este texto nasceu de uma reportagem publicada no jornal Estado de S Paulo com o título “Receita de universidade privada cresce; peso do gasto com professor diminui”. O título é um bom resumo do conteúdo do texto. Um dos parágrafos afirma:
A Kroton, por exemplo, gastou no ano passado 29% da sua receita com professores – em 2010 esse percentual era de 52%
Com base nesta afirmação, nós decidimos verificar a veracidade dos dados. E fomos atrás das demonstrações contábeis da Kroton disponíveis na internet. No início da frase temos que a empresa “gastou”. Isto significa dizer que esta informação estaria disponível na Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC), local onde se encontra as entradas e desembolsos da empresa. Entretanto, a DFC da empresa é pelo método indireto. Logo, não é possível obter esta informação. Mas como a imprensa muitas vezes confunde “gasto” com “despesa”, nós vamos observar a Demonstração do Resultado com mais detalhe. Um extrato encontra-se a seguir:
Observe que a informação não detalha o “gasto com professor”, apesar de ter informação sobre despesas gerais de administrativas e custos dos serviços prestados. A nota 32 faz um detalhamento da estrutura de custos e despesas da empresa:
O montante de salários e encargos sociais é de R$1,4 bilhão. Como a receita da empresa foi de 3,8 bilhões, isto representa 37%, um valor bem superior ao informado na reportagem. Mas aqui tem um aspecto importante: estão contemplados nos “salários e encargos sociais” todos os valores, incluindo o de professor. De qualquer forma, esta parcela representa 52% da estrutura dos custos da empresa.
Fomos buscar mais informação mais informação na Demonstração do Valor Adicionado. Esta demonstração apresenta a distribuição da riqueza gerada na empresa, incluindo os salários pagos. Eis um resumo da DVA da empresa:
Ou seja, a empresa “distribuiu” 1,047 bilhão da receita gerada em remuneração direta ao pessoal ou 27%. Novamente, este valor está superestimado já que contempla todas as remunerações de todas as pessoas que trabalham na empresa.
Assim, temos quatro formas de calcular o “gasto com professor” da empresa. Primeira, pela DFC, se a mesma fosse apresentada pelo método direto, o que não é verdadeiro. Segundo, pelas despesas e custos da DRE. Só conseguimos obter esta informação através da nota explicativa da empresa e chegamos a um valor de 37%, percentual este superestimado já que inclui todas as pessoas que trabalham na empresa. Terceiro, pela DVA, com o mesmo problema do método anterior, onde chegamos a 27%.
Como o texto do jornal afirma que o peso do gasto diminuiu, vamos calcular os valores acima para o exercício de 2010:
Método 1 = A DFC é pelo método indireto, que inviabiliza o cálculo
Método 2 = Não é possível calcular, já que a empresa não fez esta evidenciação em 2010. Mas usando os dados de 2011 temos que o valor é de R$328 milhões para uma receita de 711 ou 46%
Método 3 = Usando a DVA temos R$328 milhões por 586 milhões ou 56%.
Conclusão: Não podemos afirmar categoricamente que o “gasto com professor” diminuiu já que os dados não estão segregados desta forma. Mas tudo leva a crer que o texto tem razão já que os valores que mais se aproximam dos calculados pelo texto mostram uma redução nas despesas.
A Kroton, por exemplo, gastou no ano passado 29% da sua receita com professores – em 2010 esse percentual era de 52%
Com base nesta afirmação, nós decidimos verificar a veracidade dos dados. E fomos atrás das demonstrações contábeis da Kroton disponíveis na internet. No início da frase temos que a empresa “gastou”. Isto significa dizer que esta informação estaria disponível na Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC), local onde se encontra as entradas e desembolsos da empresa. Entretanto, a DFC da empresa é pelo método indireto. Logo, não é possível obter esta informação. Mas como a imprensa muitas vezes confunde “gasto” com “despesa”, nós vamos observar a Demonstração do Resultado com mais detalhe. Um extrato encontra-se a seguir:
Observe que a informação não detalha o “gasto com professor”, apesar de ter informação sobre despesas gerais de administrativas e custos dos serviços prestados. A nota 32 faz um detalhamento da estrutura de custos e despesas da empresa:
O montante de salários e encargos sociais é de R$1,4 bilhão. Como a receita da empresa foi de 3,8 bilhões, isto representa 37%, um valor bem superior ao informado na reportagem. Mas aqui tem um aspecto importante: estão contemplados nos “salários e encargos sociais” todos os valores, incluindo o de professor. De qualquer forma, esta parcela representa 52% da estrutura dos custos da empresa.
Fomos buscar mais informação mais informação na Demonstração do Valor Adicionado. Esta demonstração apresenta a distribuição da riqueza gerada na empresa, incluindo os salários pagos. Eis um resumo da DVA da empresa:
Ou seja, a empresa “distribuiu” 1,047 bilhão da receita gerada em remuneração direta ao pessoal ou 27%. Novamente, este valor está superestimado já que contempla todas as remunerações de todas as pessoas que trabalham na empresa.
Assim, temos quatro formas de calcular o “gasto com professor” da empresa. Primeira, pela DFC, se a mesma fosse apresentada pelo método direto, o que não é verdadeiro. Segundo, pelas despesas e custos da DRE. Só conseguimos obter esta informação através da nota explicativa da empresa e chegamos a um valor de 37%, percentual este superestimado já que inclui todas as pessoas que trabalham na empresa. Terceiro, pela DVA, com o mesmo problema do método anterior, onde chegamos a 27%.
Como o texto do jornal afirma que o peso do gasto diminuiu, vamos calcular os valores acima para o exercício de 2010:
Método 1 = A DFC é pelo método indireto, que inviabiliza o cálculo
Método 2 = Não é possível calcular, já que a empresa não fez esta evidenciação em 2010. Mas usando os dados de 2011 temos que o valor é de R$328 milhões para uma receita de 711 ou 46%
Método 3 = Usando a DVA temos R$328 milhões por 586 milhões ou 56%.
Conclusão: Não podemos afirmar categoricamente que o “gasto com professor” diminuiu já que os dados não estão segregados desta forma. Mas tudo leva a crer que o texto tem razão já que os valores que mais se aproximam dos calculados pelo texto mostram uma redução nas despesas.
Game como profissão
Felix Kjellberg (foto) nasceu na Suécia em 1989 e é muito conhecido na internet como PewDiePie. Possui verbete na Wikipedia, inclusive em Português. Nada mal para quem abandonou o curso de Economia Industrial e Gestão da Tecnologia. Kiellberg já apareceu em dois episódios de South Park.
A popularidade de Kjellberg deve-se ao seu canal do YouTube, que possui a maior quantidade de inscritos: 38 milhões. O segundo colocado tem 22 milhões, enquanto Taylor Swift possui 15 milhões. Kjellberg faz algo pouco usual por muitas pessoas: jogar games. O canal mostra Kjellberg fazendo comentários com games variados.
O número de pessoas que se dedica a assistir outra jogando cresce a cada dia. Um dado diz que 125 milhões nos Estados Unidos fazem isto. E que no mundo pode atingir a mais de 400 milhões. As razões para que uma pessoa assista alguém jogar games são as mesmas de alguém que assiste a uma partida entre Federer e Djokovic: diversão e dicas para melhorar seu próprio nível de jogo. As competições de games estão sendo transmitidas por canais de esportes e já existe programas específicos na TV aberta brasileira. E os jogadores também possuem treinadores, como informa Needleman, com salários que chegam a 50 mil dólares por ano, que pode incluir bônus por desempenho. Kjellberg ganhou 4 milhões de dólares em 2013, mas este valor certamente é reduzido em relação ao que ele ganha hoje ou ao seu potencial na internet. Algumas “equipes” de jogadores possuem contratos de marketing, como é o caso da Team Liquid, que é apoiada pela Nissan e HTC.
A popularidade de Kjellberg deve-se ao seu canal do YouTube, que possui a maior quantidade de inscritos: 38 milhões. O segundo colocado tem 22 milhões, enquanto Taylor Swift possui 15 milhões. Kjellberg faz algo pouco usual por muitas pessoas: jogar games. O canal mostra Kjellberg fazendo comentários com games variados.
O número de pessoas que se dedica a assistir outra jogando cresce a cada dia. Um dado diz que 125 milhões nos Estados Unidos fazem isto. E que no mundo pode atingir a mais de 400 milhões. As razões para que uma pessoa assista alguém jogar games são as mesmas de alguém que assiste a uma partida entre Federer e Djokovic: diversão e dicas para melhorar seu próprio nível de jogo. As competições de games estão sendo transmitidas por canais de esportes e já existe programas específicos na TV aberta brasileira. E os jogadores também possuem treinadores, como informa Needleman, com salários que chegam a 50 mil dólares por ano, que pode incluir bônus por desempenho. Kjellberg ganhou 4 milhões de dólares em 2013, mas este valor certamente é reduzido em relação ao que ele ganha hoje ou ao seu potencial na internet. Algumas “equipes” de jogadores possuem contratos de marketing, como é o caso da Team Liquid, que é apoiada pela Nissan e HTC.
03 agosto 2015
Cálculo dos juros
O governo anunciou hoje alteração no FIES. No DOU apareceu um nova fórmula de cálculo dos juros, que reproduzo abaixo:
Entendeu?
Entendeu?
XXII Congresso de Custos
[...]
Informamos que estamos no período para submissão de trabalhos científicos para o XXII Congresso Brasileiro de Custos, até o dia 17/08/2015.
O XXII CBC será realizado de 11 a 13 de novembro de 2015, nas dependências de Itaipu.
Informações podem ser obtidas em http://cbc2015.emnuvens.com.br/
Contamos com sua participação.
Comissão Organizadora do XXII CBC
Discurso de Executivo
Lucy Kellaway comentou o comunicado do executivo Satya Nadella de 1.500 palavras para os funcionários da Microsoft. Destaca o tamanho, mas a análise mais interessante é a confusão no texto. (Você pode ter acesso ao texto aqui, que foi publicado originalmente no Financial Times e em português no Valor Econômico)
Trata-se da confusão habitual de "plataformas", "motivadores", "ecossistemas", "alinhamento", "DNAs" e "seguir em frente" - além de algumas combinações mais ambiciosas como "ampliar nossa pegada de experiência".
Segundo Lucy, a novidade é que isto originou-se de um executivo de uma grande empresa.
O terceiro executivo-chefe da história da Microsoft estava tentando convencer o mundo e lembrar os funcionários de que a empresa tem um plano. Mesmo assim, o que surgiu disso é ininteligível, em grande parte pelas hipérboles sem sentido - e ninguém ficou perturbado.
Muitos leitores deixaram passar em branco a primeira palavra. "Equipe", começa o comunicado. Os funcionários da Microsoft não são uma equipe, ou não deveriam ser. Estudos vêm mostrando que o número ideal de integrantes de uma equipe é quatro ou cinco, e não 120 mil. "Toda grande empresa tem uma missão permanente", continua Nadella. Isso soa bem, só que não é verdade. Gosto de pensar que o "Financial Times" é uma grande companhia; temos persistido há 127 anos sem uma missão oficial.
Fantástico. As entidades são quase que “obrigadas” a ter uma missão oficial. Kellaway diz que isto não é necessário para uma empresa ter sucesso. A missão anunciada da Microsoft é "habilitar cada pessoa e cada organização do planeta a conquistar mais."
O primeiro sinal de problema é a palavra "planeta". Há uma regra que diz que sempre que essa palavra é usada como substituta de "mundo", a sentença em que ela aparece é uma tolice completa. Se a ressonância cósmica é gratuita, o autor está escrevendo uma besteira.
(...) Conquistar mais o quê? Quanto a essa dúvida vital, Nadella mantém silêncio. Na verdade, a melhor maneira de habilitar as pessoas do planeta a conquistar mais seria convencê-las a amar um pouco menos seus dispositivos móveis e desligá-los ocasionalmente, para cuidar de algo real para variar.
Não satisfeito em anunciar sua nova missão, Nadella se habilita a conquistar ainda mais: "Hoje, quero compartilhar mais sobre o contexto geral e o tecido conjuntivo entre nossa missão, visão de mundo, estratégia e cultura". Ter uma missão e uma visão de mundo é algo ganancioso. Mas ter tantas coisas abstratas com muito tecido conjuntivo entre elas é de dar náusea.
Em seu parágrafo final, Nadella insere duas palavras que finalmente significam alguma coisa. "Escolhas difíceis", alerta ele, em breve terão de ser feitas - usando as mesmas palavras que Lord Hall da BBC escolheu na semana passada ao anunciar a eliminação de mil empregos.
Esse é o mais novo eufemismo de CEO para a demissão de pessoas e um dos mais dissimulados. "Escolhas difíceis" implica em "isso vai doer mais em mim do que em você", sugerindo ao mesmo tempo que o CEO automaticamente fez a escolha certa e a opção da não demissão seria ainda pior. (...)
02 agosto 2015
Análise Bibliométrica em Finanças
Resumo
Bibliometrics is a research field that analyzes the bibliographic material quantitatively. It provides efficient methodologies for classifying the information of a scientific discipline. This paper presents an overview of the most productive and influential authors and institutions in finance by using bibliometric indicators. The information is classified by using several global rankings that consider a wide range of indicators including number of papers, citations and the h-index. In general, the results are in accordance with the common knowledge and confirm the results obtained in previous studies providing updated information and more general representations. The USA is the most influential country in finance and the majority of influential authors and institutions are working there.
Fonte:
Computational Intelligence for Financial Engineering & Economics (CIFEr), 2104 IEEE Conference on
Bibliometrics is a research field that analyzes the bibliographic material quantitatively. It provides efficient methodologies for classifying the information of a scientific discipline. This paper presents an overview of the most productive and influential authors and institutions in finance by using bibliometric indicators. The information is classified by using several global rankings that consider a wide range of indicators including number of papers, citations and the h-index. In general, the results are in accordance with the common knowledge and confirm the results obtained in previous studies providing updated information and more general representations. The USA is the most influential country in finance and the majority of influential authors and institutions are working there.
Fonte:
Computational Intelligence for Financial Engineering & Economics (CIFEr), 2104 IEEE Conference on
História da Contabilidade: Devedores Duvidosos em 1831
No século XIX não existiam mecanismos aperfeiçoados de cobrança ou de análise de crédito. Entretanto, as pessoas tomavam dinheiro emprestado. Como as instituições financeiras não eram sólidas e a atividade econômica reduzida, os empréstimos geralmente eram feitos entre pessoas físicas. O que permitia que o dinheiro fosse emprestado entre as pessoas era a reputação. Naquela época, as cidades eram pequenas e o nome sujo era um forte impeditivo. Se o individuo não efetuasse o pagamento de uma dívida, o fato seria comentado entre as pessoas e a divulgação poderia causar estrago na reputação das pessoas.
Durante as minhas pesquisas encontrei diversas situações interessantes onde devedores de má qualidade tiveram sua reputação manchada em razão de dívidas não pagas. Todos os três casos apresentados a seguir ocorreram em 1831 e foram publicados nos classificados do Diário do Rio de Janeiro. O primeiro exemplo é de um holandês que contraiu uma dívida e deu como garantia seus bens:
Roga-se segunda vez ao Sr. Nicoláo Voelker, de Nação Hollandeza, queira apresentar se na rua da Guarda Velha n. 27, no praso de 8 dias, para levar os dois bahús com fato, e outras miudezas, e pagar o que deve, no caso que o não fizer aquelles effeitos serão vendidos em leilão publico com licença do Sr. Consul Hollandez, para pagamento. (1)
O mesmo jornal publicou um apelo de um Alferes em razão de uma dívida:
Roga-se ao Sr. João Monteiro de Lacerda, Tenente do extincto segundo Batalhõa de Caçadores de primeira Linha, haja de fazer a graça de declarar por esta folha o motivo porque não saptifaz ao Alferes Antonio José Fernandes Braga, a quantia de 62$340rs, que ha-de saber lhe he devedor do rancho do Batalhão de que ele tomou conta. (2)
O mesmo anúncio prossegue, indicando que o Tenente tinha sérios problemas em pagar suas dívidas:
O mesmo obzequio lhe pede o Alferes João Manoel Dias, relativamente aos 6 patacões que lhe ficou restando dos 16 que lhe veio devendo do Sul. O mesmo lhe roga o Ajudante de Cirurgia João Duarte de Oliveira, (todos estes do referido Batalhão) a menor quantia que o mesmo Sr. lhe deve (...)
O terceiro exemplo é mais radical:
Manoel Affonso Lima, annuncia ao Publico que pessoa alguma faça negocio, nem transação alguma com Antonio Joaquim Basto, com humas casas que este possua na rua Nova do Livramento (...) (3)
O motivo foi a compra de escravos, além de outros bens, onde Manoel não efetuou o pagamento. O anúncio era uma forma deixar registrado a dívida e, posteriormente, anular qualquer transação futura com os “ditos bens”.
(1) Diário do Rio de Janeiro, 7 de dezembro de 1831, p. 5.
(2) Diário do Rio de Janeiro, 10 de outubro de 1831, p. 6. O anúncio é assinado por “hum que não gosta de Lacerdinhages”.
(3) Diário do Rio de Janeiro, 21 de outubro de 1831, p. 4. Lembrando que os escravos eram, infelizmente, considerados “bens”.
Durante as minhas pesquisas encontrei diversas situações interessantes onde devedores de má qualidade tiveram sua reputação manchada em razão de dívidas não pagas. Todos os três casos apresentados a seguir ocorreram em 1831 e foram publicados nos classificados do Diário do Rio de Janeiro. O primeiro exemplo é de um holandês que contraiu uma dívida e deu como garantia seus bens:
Roga-se segunda vez ao Sr. Nicoláo Voelker, de Nação Hollandeza, queira apresentar se na rua da Guarda Velha n. 27, no praso de 8 dias, para levar os dois bahús com fato, e outras miudezas, e pagar o que deve, no caso que o não fizer aquelles effeitos serão vendidos em leilão publico com licença do Sr. Consul Hollandez, para pagamento. (1)
O mesmo jornal publicou um apelo de um Alferes em razão de uma dívida:
Roga-se ao Sr. João Monteiro de Lacerda, Tenente do extincto segundo Batalhõa de Caçadores de primeira Linha, haja de fazer a graça de declarar por esta folha o motivo porque não saptifaz ao Alferes Antonio José Fernandes Braga, a quantia de 62$340rs, que ha-de saber lhe he devedor do rancho do Batalhão de que ele tomou conta. (2)
O mesmo anúncio prossegue, indicando que o Tenente tinha sérios problemas em pagar suas dívidas:
O mesmo obzequio lhe pede o Alferes João Manoel Dias, relativamente aos 6 patacões que lhe ficou restando dos 16 que lhe veio devendo do Sul. O mesmo lhe roga o Ajudante de Cirurgia João Duarte de Oliveira, (todos estes do referido Batalhão) a menor quantia que o mesmo Sr. lhe deve (...)
O terceiro exemplo é mais radical:
Manoel Affonso Lima, annuncia ao Publico que pessoa alguma faça negocio, nem transação alguma com Antonio Joaquim Basto, com humas casas que este possua na rua Nova do Livramento (...) (3)
O motivo foi a compra de escravos, além de outros bens, onde Manoel não efetuou o pagamento. O anúncio era uma forma deixar registrado a dívida e, posteriormente, anular qualquer transação futura com os “ditos bens”.
(1) Diário do Rio de Janeiro, 7 de dezembro de 1831, p. 5.
(2) Diário do Rio de Janeiro, 10 de outubro de 1831, p. 6. O anúncio é assinado por “hum que não gosta de Lacerdinhages”.
(3) Diário do Rio de Janeiro, 21 de outubro de 1831, p. 4. Lembrando que os escravos eram, infelizmente, considerados “bens”.
01 agosto 2015
Fato da Semana: Balanços do Semestre (semana 30 de 2015)
Fato da Semana: Começaram a safra dos balanços semestrais. E as notícias incluem a grande dívida que o governo tem com a Embraer, a baixa contábil da Anglo com o projeto de minério no Brasil, a surpresa favorável dos Magazines Luiza, o aumento do lucro do Bradesco e assim por diante.
Qual a relevância disto? Os resultados refletem os problemas e as vantagens comparativas das empresas. Em alguns casos, como é o da Embraer, os problemas da economia possuem reflexo nas demonstrações.
Positivo ou Negativo? Positivo. Este é um momento em que o “blá-blá-blá” dos analistas é trocado pela mensuração contábil.
Desdobramentos? Apesar de alguns pesquisadores insistirem na irrelevância da contabilidade como informação para o mercado, esta possui importância pela confirmação (Bradesco, por exemplo) ou pela surpresa (Magazine Luíza).
Qual a relevância disto? Os resultados refletem os problemas e as vantagens comparativas das empresas. Em alguns casos, como é o da Embraer, os problemas da economia possuem reflexo nas demonstrações.
Positivo ou Negativo? Positivo. Este é um momento em que o “blá-blá-blá” dos analistas é trocado pela mensuração contábil.
Desdobramentos? Apesar de alguns pesquisadores insistirem na irrelevância da contabilidade como informação para o mercado, esta possui importância pela confirmação (Bradesco, por exemplo) ou pela surpresa (Magazine Luíza).
31 julho 2015
TCU contrata matemáticos do IMPA para análise de contas
Diante da gigantesca quantidade de contas públicas para serem analisadas por uma equipe pequena, o Tribunal de Contas da União (TCU) pediu ajuda a um grupo de matemáticos para encontrar uma forma mais rápida e eficaz de realizar esse processo. O tribunal firmou nesta quarta-feira um acordo de cooperação com o Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa). O objetivo é desenvolver operações matemáticas que identifiquem contas com indícios de irregularidades - e necessitem, portanto, de investigação.
O diretor-geral do Instituto, César Camacho, selecionou um grupo de estudiosos das mais diversas áreas da matemática para auxiliar os auditores. Juntos, eles desenvolverão uma operação capaz de agilizar o processo. "Nossa contribuição será no sentido de desenvolver modelos matemáticos destinados a identificar determinados padrões em bancos de dados utilizados pelo TCU em seus processos de auditoria. A análise destes padrões pode sugerir a necessidade, em alguns casos, de uma investigação mais aprofundada", explica.
[...]
Fonte: aqui
Então caros leitores... Parece que usar matemática em auditoria não faz sentido nenhum, né?
Pelo contrário, talvez no futuro os computadores sejam capaz de realizar as tarefas dos auditores de forma bem mais barata e eficiente. Segue um artigo bem recente de pesquisadores da Universidade de Brasília acerca uso da matemática (neste caso, a lei de Benford, que já foi alvo de várias postagens neste blog) em auditoria pública:
Auditing of public works is a time consuming task because budget worksheets are often long and difficult to analyze. The present work illustrates the application of Newcomb-Benford Law (NB Law) to detecting overpricing in worksheets of public works. That law suggests that the frequency of the first digit in a multitude of non-manipulated numerical databases is decreasing from digit 1 to digit 9. The paper describes the relevant statistical tests of NB Law and applies these tests to the work of Brazil's Maracanã Soccer arena renovation for the 2014 FIFA World Cup. Next, it compares NB Law's results with those obtained with the analysis of prices conducted by the Brazilian Court of Accounts (TCU). The tests identified 17 items in the worksheet that did not comply with the Law and corresponded to 71.54% of the total overpricing uncovered by TCU.
Fonte: aqui
Então caros leitores... Parece que usar matemática em auditoria não faz sentido nenhum, né?
Pelo contrário, talvez no futuro os computadores sejam capaz de realizar as tarefas dos auditores de forma bem mais barata e eficiente. Segue um artigo bem recente de pesquisadores da Universidade de Brasília acerca uso da matemática (neste caso, a lei de Benford, que já foi alvo de várias postagens neste blog) em auditoria pública:
Auditing of public works is a time consuming task because budget worksheets are often long and difficult to analyze. The present work illustrates the application of Newcomb-Benford Law (NB Law) to detecting overpricing in worksheets of public works. That law suggests that the frequency of the first digit in a multitude of non-manipulated numerical databases is decreasing from digit 1 to digit 9. The paper describes the relevant statistical tests of NB Law and applies these tests to the work of Brazil's Maracanã Soccer arena renovation for the 2014 FIFA World Cup. Next, it compares NB Law's results with those obtained with the analysis of prices conducted by the Brazilian Court of Accounts (TCU). The tests identified 17 items in the worksheet that did not comply with the Law and corresponded to 71.54% of the total overpricing uncovered by TCU.
30 julho 2015
Delação premiada
Um novo acusado aceitou o acordo de delação premiada e vai colaborar com Polícia Federal e Ministério Público Federal. Na última sexta-feira (24), em uma entrevista coletiva, o Ministério Publico Federal tinha dito que a Operação Lava-Jato tem no total 22 delatores e que seis nomes eram mantidos em sigilo.
Um desses delatores é Mário Góes, apontado como um dos operadores do esquema de corrupção. Ele foi preso acusado de ter repassado dinheiro de propina das construtoras Odebrecht e Andrade Gutierrez.
[...]
Na 16ª fase da Operação Lava-Jato, dois depoimentos importantes são aguardados. Um será com o presidente licenciado da Eletronuclear, Othon da Silva, e o outro com o executivo da Andrade Gutierrez Flavio Barra. [...] Os dois são acusados de participação também no repasse de propina, envolvendo contratos de obras e serviços na construção da usina de Angra 3.
O Ministério Público Federal informou que ofereceu denúncia a mais cinco nomes envolvidos na 14ª fase da Operação Lava-Jato. O ex-diretor da Petrobras Renato Duque, a advogada Cristina Maria da Silva Jorge e os empresários João Antônio Bernardi Filho, Antônio Carlos Bernardi e Julio Gerin Almeida Camargo foram denunciados pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção. O juíz Sérgio Moro vai decidir se aceita essa denúncia.
Fonte: Aqui
Leia mais sobre depoimentos de Mário Góes: Aqui
Um desses delatores é Mário Góes, apontado como um dos operadores do esquema de corrupção. Ele foi preso acusado de ter repassado dinheiro de propina das construtoras Odebrecht e Andrade Gutierrez.
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Na 16ª fase da Operação Lava-Jato, dois depoimentos importantes são aguardados. Um será com o presidente licenciado da Eletronuclear, Othon da Silva, e o outro com o executivo da Andrade Gutierrez Flavio Barra. [...] Os dois são acusados de participação também no repasse de propina, envolvendo contratos de obras e serviços na construção da usina de Angra 3.
O Ministério Público Federal informou que ofereceu denúncia a mais cinco nomes envolvidos na 14ª fase da Operação Lava-Jato. O ex-diretor da Petrobras Renato Duque, a advogada Cristina Maria da Silva Jorge e os empresários João Antônio Bernardi Filho, Antônio Carlos Bernardi e Julio Gerin Almeida Camargo foram denunciados pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção. O juíz Sérgio Moro vai decidir se aceita essa denúncia.
Fonte: Aqui
Leia mais sobre depoimentos de Mário Góes: Aqui
O poder secreto do tempo
The Secret Powers of Time
A palestra apresentada no TED está com legendas melhores:
O psicólogo Philip Zimbardo afirma que a felicidade e o sucesso são originados numa característica que a maioria de nós ignora: o jeito como nos orientamos em relação ao passado, presente e futuro. Ele sugere que a calibração da nossa perspectiva sobre o tempo é o primeiro passo para melhorar nossas vidas.
A palestra apresentada no TED está com legendas melhores:
O psicólogo Philip Zimbardo afirma que a felicidade e o sucesso são originados numa característica que a maioria de nós ignora: o jeito como nos orientamos em relação ao passado, presente e futuro. Ele sugere que a calibração da nossa perspectiva sobre o tempo é o primeiro passo para melhorar nossas vidas.
Dados contábeis, valores do mercado e retorno esperado
Resumo:
Under fairly general assumptions, expected stock returns are a linear combination of two firm fundamentals―book-to-market ratio and return on equity. This parsimonious relation is pervasive, producing expected return proxies (ERP) that predict the cross section of out-of-sample returns in 26 of 29 international equity markets. The average slope coefficient on the ERP is a highly significant 1.05. In contrast, factor-model-based proxies fail to exhibit predictive power worldwide. Integrating the model with a dynamic information structure, we show analytically, and verify empirically, that the importance of return on equity in forecasting future stock returns depends on the quality of the accounting information. This extension also reconciles our model with alternative characteristic-based forecasters. These findings suggest that a tractable accounting-based valuation model provides a unifying framework for obtaining reliable proxies of expected returns worldwide.
Chattopadhyay, Akash, Matthew R. Lyle, and Charles C.Y. Wang. "Accounting Data, Market Values, and the Cross Section of Expected Returns Worldwide." Harvard Business School Working Paper, No. 15-092, June 2015.
Under fairly general assumptions, expected stock returns are a linear combination of two firm fundamentals―book-to-market ratio and return on equity. This parsimonious relation is pervasive, producing expected return proxies (ERP) that predict the cross section of out-of-sample returns in 26 of 29 international equity markets. The average slope coefficient on the ERP is a highly significant 1.05. In contrast, factor-model-based proxies fail to exhibit predictive power worldwide. Integrating the model with a dynamic information structure, we show analytically, and verify empirically, that the importance of return on equity in forecasting future stock returns depends on the quality of the accounting information. This extension also reconciles our model with alternative characteristic-based forecasters. These findings suggest that a tractable accounting-based valuation model provides a unifying framework for obtaining reliable proxies of expected returns worldwide.
Chattopadhyay, Akash, Matthew R. Lyle, and Charles C.Y. Wang. "Accounting Data, Market Values, and the Cross Section of Expected Returns Worldwide." Harvard Business School Working Paper, No. 15-092, June 2015.
29 julho 2015
Denúncia contra executivos ligados à Odebrecht
A Justiça Federal aceitou, nesta terça-feira (28), a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra o presidente da Odebrecht S.A., Marcelo Odebrecht, e outras 12 pessoas investigadas na Operação Lava Jato.
O grupo foi denunciado pelo MPF na sexta-feira (24). Com o recebimento da denúncia pela Justiça, a partir de agora eles são réus na ação penal que vai apurar os supostos crimes cometidos por eles, como organização criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro nacional e internacional.
Segundo a denúncia, os envolvidos participariam de um esquema de corrupção na Petrobras. [...]
No despacho em que aceita a denúncia, o juiz federal Sérgio Moro considerou que as provas apresentadas pelo MPF até o momento justificam a abertura do procedimento contra os acusados.
"Portanto, há, em cognição sumária, provas documentais significativas da materilidade dos crimes, não sendo possível afirmar que a denúncia sustenta-se apenas na declaração de criminosos colaboradores", pontuou o magistrado.
[...]
Lavagem de dinheiro
Para o MPF, a Odebrecht montou uma sofisticada rede de lavagem de dinheiro. Com isso, a companhia pôde pagar propinas a executivos da Petrobras para fechar contratos com a estatal.
As denúncias partiram de depoimentos de ex-funcionários da Petrobras, como o ex-diretor de Abastecimento, Paulo Roberto Costa, que firmou um acordo de delação premiada com a Justiça e detalhou o funcionamento do esquema.
A Odebrecht é uma entre as várias empresas investigadas no âmbito da Operação Lava Jato, deflagrada em março de 2014 e que tem apurado desvios de dinheiro da Petrobras.
A 14ª fase da operação, deflagrada em junho deste ano, culminou na prisão de Marcelo Odebrecht e de outros executivos ligados à empresa. Atualmente, apenas Marcelo, filho do fundador da companhia, tem vínculo direto com a empreiteira. Os demais réus já foram desligados da empresa.
[...]
Em entrevista coletiva na sexta-feira (24), em Curitiba, o procurador Deltan Dallagnol disse que são 13 denunciados de cada empresa.
Um dos esquemas envolvendo a Odebrecht ocorreu na construção do Centro Administrativo da Petrobras em Vitória, no Espírito Santo.
Outro envolveu a Braskem, empresa do grupo Odebrecht, em um contrato com a Petrobras para compra de nafta, que teria dado um prejuízo de R$ 6 bilhões à estatal petroleira.
Nesta transação, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa teria recebido propinas de R$ 5 milhões por ano e passado parte do dinheiro para o ex-deputado José Janene (PP), já falecido, e depois ao próprio Partido Progressista, afirmou o procurador.
De acordo com o MPF e a Polícia Federal, a Odebrecht e a Andrade Gutierrez formavam um cartel para fraudar licitações da Petrobras, obtendo preços favoráveis e, com isso, lucros extraordinários. Parte desse lucro excedente era usada para pagar propina a agentes públicos e partidos políticos, conforme os procuradores.
[...]
Segundo Dallagnol, documentação obtida nas investigações mostra que a Odebrecht e denunciados no esquema tinham contas e valores em empresas offshore, fora do país.
Uma investigação das autoridades suíças apontou que empresas do Grupo Odebrecht utilizaram contas bancárias naquele país para pagar propina a ex-diretores da Petrobras.
Fonte: Aqui
O grupo foi denunciado pelo MPF na sexta-feira (24). Com o recebimento da denúncia pela Justiça, a partir de agora eles são réus na ação penal que vai apurar os supostos crimes cometidos por eles, como organização criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro nacional e internacional.
Segundo a denúncia, os envolvidos participariam de um esquema de corrupção na Petrobras. [...]
No despacho em que aceita a denúncia, o juiz federal Sérgio Moro considerou que as provas apresentadas pelo MPF até o momento justificam a abertura do procedimento contra os acusados.
"Portanto, há, em cognição sumária, provas documentais significativas da materilidade dos crimes, não sendo possível afirmar que a denúncia sustenta-se apenas na declaração de criminosos colaboradores", pontuou o magistrado.
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Lavagem de dinheiro
Para o MPF, a Odebrecht montou uma sofisticada rede de lavagem de dinheiro. Com isso, a companhia pôde pagar propinas a executivos da Petrobras para fechar contratos com a estatal.
As denúncias partiram de depoimentos de ex-funcionários da Petrobras, como o ex-diretor de Abastecimento, Paulo Roberto Costa, que firmou um acordo de delação premiada com a Justiça e detalhou o funcionamento do esquema.
A Odebrecht é uma entre as várias empresas investigadas no âmbito da Operação Lava Jato, deflagrada em março de 2014 e que tem apurado desvios de dinheiro da Petrobras.
A 14ª fase da operação, deflagrada em junho deste ano, culminou na prisão de Marcelo Odebrecht e de outros executivos ligados à empresa. Atualmente, apenas Marcelo, filho do fundador da companhia, tem vínculo direto com a empreiteira. Os demais réus já foram desligados da empresa.
[...]
Em entrevista coletiva na sexta-feira (24), em Curitiba, o procurador Deltan Dallagnol disse que são 13 denunciados de cada empresa.
Um dos esquemas envolvendo a Odebrecht ocorreu na construção do Centro Administrativo da Petrobras em Vitória, no Espírito Santo.
Outro envolveu a Braskem, empresa do grupo Odebrecht, em um contrato com a Petrobras para compra de nafta, que teria dado um prejuízo de R$ 6 bilhões à estatal petroleira.
Nesta transação, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa teria recebido propinas de R$ 5 milhões por ano e passado parte do dinheiro para o ex-deputado José Janene (PP), já falecido, e depois ao próprio Partido Progressista, afirmou o procurador.
De acordo com o MPF e a Polícia Federal, a Odebrecht e a Andrade Gutierrez formavam um cartel para fraudar licitações da Petrobras, obtendo preços favoráveis e, com isso, lucros extraordinários. Parte desse lucro excedente era usada para pagar propina a agentes públicos e partidos políticos, conforme os procuradores.
[...]
Segundo Dallagnol, documentação obtida nas investigações mostra que a Odebrecht e denunciados no esquema tinham contas e valores em empresas offshore, fora do país.
Uma investigação das autoridades suíças apontou que empresas do Grupo Odebrecht utilizaram contas bancárias naquele país para pagar propina a ex-diretores da Petrobras.
Fonte: Aqui
Resultados do 2o trimestre: Lucro da BP despenca
O lucro da petroleira BP no segundo trimestre caiu quase dois terços em comparação ao ano passado, com preços menores do petróleo, uma baixa contábil na Líbia e um encargo de 10,8 bilhões de dólares pelo vazamento de óleo de 2010 no Golfo do México.
Esperando um período prolongado de preços baixos de petróleo, a companhia britânica de óleo e gás também cortou seus planos de investimento para este ano pela segunda vez, levando o valor para menos de 20 bilhões de dólares, ante 22,9 bilhões anunciados no ano passado. A rival norueguesa Statoil também anunciou mais cortes de gastos.
O vice-presidente financeiro da BP, Brian Gilvary, disse que espera que os preços do petróleo continuem fracos no médio prazo devido ao excesso de oferta no mundo todo.
A BP fechou um acordo de 18,7 bilhões de dólares com o governo federal e cinco Estados norte-americanos no começo deste mês para resolver a maioria das reinvindicações ligadas ao vazamento de petróleo há cinco anos, o maior acordo corporativo na história dos Estados Unidos.
Os lucros também foram atingidos por uma baixa contábil de 600 milhões de dólares em exploração na Líbia devido a questões de segurança.
No geral, o lucro da companhia alcançou 1,3 bilhão de dólares, abaixo da projeção de 1,64 bilhão entre analistas e dos 3,6 bilhões registrados no mesmo período do ano anterior.
Fonte: Aqui
Informações sobre o resultado do segundo trimestre da BP: Aqui e aqui (em inglês).
Esperando um período prolongado de preços baixos de petróleo, a companhia britânica de óleo e gás também cortou seus planos de investimento para este ano pela segunda vez, levando o valor para menos de 20 bilhões de dólares, ante 22,9 bilhões anunciados no ano passado. A rival norueguesa Statoil também anunciou mais cortes de gastos.
O vice-presidente financeiro da BP, Brian Gilvary, disse que espera que os preços do petróleo continuem fracos no médio prazo devido ao excesso de oferta no mundo todo.
A BP fechou um acordo de 18,7 bilhões de dólares com o governo federal e cinco Estados norte-americanos no começo deste mês para resolver a maioria das reinvindicações ligadas ao vazamento de petróleo há cinco anos, o maior acordo corporativo na história dos Estados Unidos.
Os lucros também foram atingidos por uma baixa contábil de 600 milhões de dólares em exploração na Líbia devido a questões de segurança.
No geral, o lucro da companhia alcançou 1,3 bilhão de dólares, abaixo da projeção de 1,64 bilhão entre analistas e dos 3,6 bilhões registrados no mesmo período do ano anterior.
Fonte: Aqui
Informações sobre o resultado do segundo trimestre da BP: Aqui e aqui (em inglês).
28 julho 2015
Golpes Bilionários
[...]
No livro “Golpes Bilionários – Como os maiores golpistas da história enganaram tanta gente por tanto tempo”, o finlandês Kari Nars elenca dez trapaças financeiras de grandes proporções, começando com a bolha da South Sea Company no século XVIII e terminando com o caso Madoff em 2008. Os tipos de fraudes variam desde escândalos corporativos como o da própria South Sea Company, o da companhia elétrica Enron e o da líder mundial em fósforos na década de 30 Swedish Match Company (STAB) a esquemas financeiros sustentados por pirâmides como o do pioneiro Carlos Ponzi, o do fundo de investimento International Overseas Service (IOS) de Bernard Cornfeld, o do clube de investimento finlândes WinCapita e o da empresa Bernard L. Madoff Investment Securities.
O livro ainda conta casos bizarros como o da venda de terras em um país fictício na América Central em 1820 e a tentativa de venda da Torre Eiffel por um golpista que se passava por representante do governo francês a negociantes de ferro-velho.
As fraudes corporativas têm como características realçar os aspectos positivos e mitigar os riscos. Assim, receitas são infladas, dívidas, camufladas e despesas, reduzidas. A Enron se utilizou de firmas offshore para escamotear prejuízos. No caso da South Sea Company, a administração alardeava contratos de monopólio com as colônias espanholas na América do Sul, embora efetivamente apenas um navio britânico de porte médio poderia fazer o comércio com México, Chile e Peru uma vez ao ano. A STAB falsificou um título do governo italiano para fazer parte do seu ativo, cujo valor hoje corresponderia a 1,3 bilhão de libras.
[...]
O Center for Financial Research & Analysis (CFRA) listou sete estratégias usadas por fraudadores corporativos: (i) registrar lucros prematuramente ou de qualidade questionável; (ii) registrar lucros falsos; (iii) reforçar a receita com ganhos obtidos em uma única operação; (iv) transferir despesas atuais para um período anterior ou futuro; (v) deixar de registrar ou reduzir impropriamente passivos financeiros; (vi) transferir receita atual para um período futuro e (vii) transferir despesas futuras para o período atual como um custo especial.
Já as fraudes relacionadas ao esquema de pirâmides têm outros atributos. O golpista alardeia que possui o conhecimento de uma operação financeira complexa, o que acaba por dar credibilidade. Carlo Ponzi, por exemplo, dizia que realizava operações de arbitragem com cupom-resposta, valendo-se do diferencial de câmbio entre os Estados Unidos e a Itália. Mas essas operações são apenas fachada, pois o dinheiro arrecadado não é aplicado em qualquer ativo. Logo o investimento não possui qualquer lastro. O dinheiro dos novos aplicadores serve para pagar o resgate dos investidores anteriores. O esquema se sustenta, porque a rentabilidade atrativa mantém os investidores, reduzindo o número de resgates. Mas, em situações de restrição de liquidez, como ocorreu durante a quebra do banco Lehman Brothers, o esquema entra em colapso, pois os pedidos de resgate superam as entradas, o que causou a quebra do fundo de Bernard Madoff e do clube de investimento WinCapita.
O livro pouco menciona o Brasil. Contudo, aparecem duas curiosidades. Após ter seu esquema descoberto, Carlo Ponzi foi contratado por uma companhia aérea que fazia o trajeto entre Brasil e Itália. Assim, ele veio morar no Rio de Janeiro onde acabou falecendo em janeiro de 1949 após ter sofrido um derrame. A segunda curiosidade é que entre os bens pertencentes a Bernard Madoff havia um jato particular da brasileira Embraer, avaliado em US$ 24 milhões.
No livro “Golpes Bilionários – Como os maiores golpistas da história enganaram tanta gente por tanto tempo”, o finlandês Kari Nars elenca dez trapaças financeiras de grandes proporções, começando com a bolha da South Sea Company no século XVIII e terminando com o caso Madoff em 2008. Os tipos de fraudes variam desde escândalos corporativos como o da própria South Sea Company, o da companhia elétrica Enron e o da líder mundial em fósforos na década de 30 Swedish Match Company (STAB) a esquemas financeiros sustentados por pirâmides como o do pioneiro Carlos Ponzi, o do fundo de investimento International Overseas Service (IOS) de Bernard Cornfeld, o do clube de investimento finlândes WinCapita e o da empresa Bernard L. Madoff Investment Securities.
O livro ainda conta casos bizarros como o da venda de terras em um país fictício na América Central em 1820 e a tentativa de venda da Torre Eiffel por um golpista que se passava por representante do governo francês a negociantes de ferro-velho.
As fraudes corporativas têm como características realçar os aspectos positivos e mitigar os riscos. Assim, receitas são infladas, dívidas, camufladas e despesas, reduzidas. A Enron se utilizou de firmas offshore para escamotear prejuízos. No caso da South Sea Company, a administração alardeava contratos de monopólio com as colônias espanholas na América do Sul, embora efetivamente apenas um navio britânico de porte médio poderia fazer o comércio com México, Chile e Peru uma vez ao ano. A STAB falsificou um título do governo italiano para fazer parte do seu ativo, cujo valor hoje corresponderia a 1,3 bilhão de libras.
[...]
O Center for Financial Research & Analysis (CFRA) listou sete estratégias usadas por fraudadores corporativos: (i) registrar lucros prematuramente ou de qualidade questionável; (ii) registrar lucros falsos; (iii) reforçar a receita com ganhos obtidos em uma única operação; (iv) transferir despesas atuais para um período anterior ou futuro; (v) deixar de registrar ou reduzir impropriamente passivos financeiros; (vi) transferir receita atual para um período futuro e (vii) transferir despesas futuras para o período atual como um custo especial.
Já as fraudes relacionadas ao esquema de pirâmides têm outros atributos. O golpista alardeia que possui o conhecimento de uma operação financeira complexa, o que acaba por dar credibilidade. Carlo Ponzi, por exemplo, dizia que realizava operações de arbitragem com cupom-resposta, valendo-se do diferencial de câmbio entre os Estados Unidos e a Itália. Mas essas operações são apenas fachada, pois o dinheiro arrecadado não é aplicado em qualquer ativo. Logo o investimento não possui qualquer lastro. O dinheiro dos novos aplicadores serve para pagar o resgate dos investidores anteriores. O esquema se sustenta, porque a rentabilidade atrativa mantém os investidores, reduzindo o número de resgates. Mas, em situações de restrição de liquidez, como ocorreu durante a quebra do banco Lehman Brothers, o esquema entra em colapso, pois os pedidos de resgate superam as entradas, o que causou a quebra do fundo de Bernard Madoff e do clube de investimento WinCapita.
O livro pouco menciona o Brasil. Contudo, aparecem duas curiosidades. Após ter seu esquema descoberto, Carlo Ponzi foi contratado por uma companhia aérea que fazia o trajeto entre Brasil e Itália. Assim, ele veio morar no Rio de Janeiro onde acabou falecendo em janeiro de 1949 após ter sofrido um derrame. A segunda curiosidade é que entre os bens pertencentes a Bernard Madoff havia um jato particular da brasileira Embraer, avaliado em US$ 24 milhões.
Fonte: Aqui
Formatação e Compreensão do Texto
A pesquisa acadêmica na área de compreensão da leitura já demonstrou que adicionar espaço num texto aumenta a sua compreensão (vide STEVENS, Kathleen. Chunking Material as an Aid to Reading Comprehension, Jornal of Reading, v. 25, n. 2, nov 1981, p. 126-129, mas a origem deste tipo de pesquisa é bem mais antiga).
Os leitores ruins geralmente possuem um movimento dos olhos diferente dos bons leitores (aqui uma explicação). Uma empresa, Asymmetrica, desenvolveu uma ferramenta para melhorar a disposição gráfica do texto, permitindo que estímulos no espaço entre as palavras possa melhorar a compreensão em até 40%. O software insere, automaticamente, espaçamento assimétrico nos documentos, permitindo uma leitura mais rápida também. O interessante é que a ferramenta pode ser adicionada a um browser, como o Chrome ou Firefox.
Os leitores ruins geralmente possuem um movimento dos olhos diferente dos bons leitores (aqui uma explicação). Uma empresa, Asymmetrica, desenvolveu uma ferramenta para melhorar a disposição gráfica do texto, permitindo que estímulos no espaço entre as palavras possa melhorar a compreensão em até 40%. O software insere, automaticamente, espaçamento assimétrico nos documentos, permitindo uma leitura mais rápida também. O interessante é que a ferramenta pode ser adicionada a um browser, como o Chrome ou Firefox.
27 julho 2015
I Seminário de Ciências Contábeis e Atuariais da UFPB
Vamos apoiar os bons eventos contábeis? Em novembro ocorrerá o primeiro seminário organizado pela Universidade Federal da Paraíba.
Mais informações no site ou no Facebook.
Mais informações no site ou no Facebook.
Submissão de artigos:
2 de julho a 16 de agosto
Divulgação do resultado dos artigos:
30 de setembro
Inscrições:
6 de julho a 4 de novembro (quanto mais perto do evento, mais caro)
Reunião Técnica CPC/IASB: Estrutura Conceitual
O International Accounting Standards Board (IASB), em associação com o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e a Fundação de Apoio ao CPC (FACPC), realizarão um encontro técnico com o objetivo de destacar os principais aspectos do projeto sobre Estrutura Conceitual, além de abordar questões importantes da minuta de documento.
Nesse sentido, IASB, CPC e FACPC têm o prazer de convidá-lo para apresentações seguidas de debates com representantes senior do staff do IASB.
Informações detalhadas sobre a proposta acima podem ser obtidas no seguinte endereço eletrônico: http://www.ifrs.org/Current-Projects/IASB-Projects/Conceptual-Framework/Pages/Conceptual-Framework-Summary.aspx
O evento acontecerá no dia 11/08/2015 (terça-feira), das 10:30 às 12:30, no Auditório da FIPECAFI (Rua Maestro Cardim, 1170 – Sobreloja – São Paulo / SP).
As apresentações serão feitas em inglês com tradução simultânea. Para efetuar sua inscrição no evento, enviar solicitação pelo e-mail eventos@facpc.org.br
As inscrições são gratuitas, porém os lugares são limitados seguindo a ordem de inscrição, que apenas serão efetivadas mediante e-mail de confirmação da FACPC.
Nesse sentido, IASB, CPC e FACPC têm o prazer de convidá-lo para apresentações seguidas de debates com representantes senior do staff do IASB.
Informações detalhadas sobre a proposta acima podem ser obtidas no seguinte endereço eletrônico: http://www.ifrs.org/Current-Projects/IASB-Projects/Conceptual-Framework/Pages/Conceptual-Framework-Summary.aspx
O evento acontecerá no dia 11/08/2015 (terça-feira), das 10:30 às 12:30, no Auditório da FIPECAFI (Rua Maestro Cardim, 1170 – Sobreloja – São Paulo / SP).
As apresentações serão feitas em inglês com tradução simultânea. Para efetuar sua inscrição no evento, enviar solicitação pelo e-mail eventos@facpc.org.br
As inscrições são gratuitas, porém os lugares são limitados seguindo a ordem de inscrição, que apenas serão efetivadas mediante e-mail de confirmação da FACPC.
Quanto custa estudar em Hogwarts?
Estudar é caro. Mas estudar magia em Hogwarts talvez não seja tão proibitivo, já que a família dos pobretões Weasley conseguiu enviar seus sete filhos para esta escola. Para quem não entendeu o que estamos falando, trata-se da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, situada na Escócia, que possui cerca de 280 alunos. Esta escola foi criada na série Harry Potter, por JK Rowling.
Para ingressar na escola é necessário ser bruxo. Mas quanto custa? A autora revelou num tweet que não existe taxa de matrícula e que o Ministério da Magia cobre o custo da educação. Mas existe o custo do material: livros, caldeirões, varinhas mágicas. A estimativa é que estes itens custam em torno de 1.031 dólares.
Para ingressar na escola é necessário ser bruxo. Mas quanto custa? A autora revelou num tweet que não existe taxa de matrícula e que o Ministério da Magia cobre o custo da educação. Mas existe o custo do material: livros, caldeirões, varinhas mágicas. A estimativa é que estes itens custam em torno de 1.031 dólares.
Diminuição do custo de envio de satélites
Uma equipe de pesquisadores alocados na Escape Dynamics (ED), uma empresa que desenvolve tecnologias para melhorar o transporte até o espaço, afirma que é possível dar partida em naves espaciais usando micro-ondas disparadas a partir do solo. Se a ideia realmente evoluir, as economias de custos para o envio de satélites (ou talvez até de humanos) para o espaço poderão ser consideráveis.
Os foguetes de hoje são todos baseados na mesma ideia. Cada parte da nave é preenchida com um propulsor que empurra o foguete para o espaço conforme ele entra em combustão. Esse método é muito caro porque o propulsor é extremamente pesado.
Os foguetes de hoje são todos baseados na mesma ideia. Cada parte da nave é preenchida com um propulsor que empurra o foguete para o espaço conforme ele entra em combustão. Esse método é muito caro porque o propulsor é extremamente pesado.
Na Wikipédia lemos que:
Todas as atuais naves espaciais usam foguetes químicos no arranque, ainda que alguns tenham usado motores consumidores de oxigénio atmosférico no seu primeiro estágio. A maior parte dos satélites têm simples, mas confiáveis, propulsores químicos (geralmente foguetes monopropulsores) ou propulsores resistojet na manutenção de órbita e alguns usam rodas de reação (também conhecidos como volantes de inércia) para controle de atitude. Os satélites soviéticos fizeram uso, por décadas, da propulsão elétrica. Naves recentes, de órbita geoestacionária, têm também utilizado este tipo de propulsão para manutenção de estações de órbita polar. Os veículos interplanetários também usam principalmente foguetes químicos, ainda que em alguns tenham utilizado experimentalmente propulsores iónicos (uma forma de propulsão elétrica) com sucesso.A ideia da ED é, então, procurar uma abordagem mais eficiente, como as micro-ondas emitidas do solo para aquecer o hidrogênio levado pelo avião espacial para empurrar a "embarcação" até o espaço, um método mais eficiente, segundo eles.
A primeira bateria de testes envolveu a construção de um propulsor que opera no chão e, em seguida, um teste para ver quanto de impulso é gerado pela engenhoca. A equipe relatou ter alcançado um impulso específico de 500 segundos usando hélio, e acreditam que quando trocarem este gás por hidrogênio, o número deve saltar para 600 segundos – o suficiente, dizem eles, para empurrar uma pequena embarcação para o espaço.
Com uma espaçonave real, as micro-ondas atingiriam o escudo de calor na parte inferior da nave, alimentando um motor eletromagnético que, por sua vez, iria aquecer o hidrogênio conforme ele fosse liberado no tanque. O resultado seria um grande impulso.
Uma vez em órbita, a nave deve permanecer no ar o tempo suficiente para implantar um satélite e fazer o caminho de volta para a Terra. O truque aqui é que o sistema todo não tem de ser eficaz, apenas a própria nave. A matriz de micro-ondas seria alimentada por eletricidade, gerada por qualquer meio, para baixo aqui na Terra.
Há ainda, naturalmente, uma série de obstáculos para superarmos antes que a ideia possa ser considerada viável. A matriz das micro-ondas, por exemplo, teria que se provar suficientemente forte e capaz de manter a embarcação ao longo do caminho, principalmente quando ele tiver alcançado o espaço. Também pode haver problemas de segurança em torno do disparo de uma quantidade tão grande de micro-ondas para o espaço. Por outro lado, se bem-sucedida, a ideia pode baratear significativamente os custos para o envio de satélites ao espaço.
Com uma espaçonave real, as micro-ondas atingiriam o escudo de calor na parte inferior da nave, alimentando um motor eletromagnético que, por sua vez, iria aquecer o hidrogênio conforme ele fosse liberado no tanque. O resultado seria um grande impulso.
Uma vez em órbita, a nave deve permanecer no ar o tempo suficiente para implantar um satélite e fazer o caminho de volta para a Terra. O truque aqui é que o sistema todo não tem de ser eficaz, apenas a própria nave. A matriz de micro-ondas seria alimentada por eletricidade, gerada por qualquer meio, para baixo aqui na Terra.
Há ainda, naturalmente, uma série de obstáculos para superarmos antes que a ideia possa ser considerada viável. A matriz das micro-ondas, por exemplo, teria que se provar suficientemente forte e capaz de manter a embarcação ao longo do caminho, principalmente quando ele tiver alcançado o espaço. Também pode haver problemas de segurança em torno do disparo de uma quantidade tão grande de micro-ondas para o espaço. Por outro lado, se bem-sucedida, a ideia pode baratear significativamente os custos para o envio de satélites ao espaço.
26 julho 2015
Placar da Auditoria
Se existisse um placar da auditoria, quem estaria vencendo? Usando os dados do Fato da Semana, que este blog publica regularmente todo sábado, selecionamos as entidades que foram destaque pelos problemas na sua contabilidade em 2015. Por uma questão de critério, mesmo que o problema contábil tenha ocorrido em exercício anterior, como foi o caso da Petrobrás, está sendo considerado. Não fizemos distinção entre os problemas nacionais ou não, empresas ou outros tipos de entidade. Para evitar inconsistência, tomamos o último auditor, como foi o caso da Petrobras: apesar dos problemas serem originados em 2004, considerou-se somente uma empresa de auditoria, a última, como responsável. Isto é obviamente injusto, mas resolvemos adotar um critério. Também não foi levado em conta o tamanho da falha ou sua relevância: certamente o problema da Moldávia é muito mais grave que da Toshiba.
No final, até agora, tivemos oito casos de escândalos contábeis. Eis a relação:
1º. Lugar – KPMG – 3 pontos: BVA, BNDES e FIFA
2º. Lugar – PwC – 2 pontos: Petrobras e Satyam
3º. Lugar – EY, Deloitte e GT – 1 pontos por Toshiba, CSN e Moldávia, nesta ordem.
No final, até agora, tivemos oito casos de escândalos contábeis. Eis a relação:
1º. Lugar – KPMG – 3 pontos: BVA, BNDES e FIFA
2º. Lugar – PwC – 2 pontos: Petrobras e Satyam
3º. Lugar – EY, Deloitte e GT – 1 pontos por Toshiba, CSN e Moldávia, nesta ordem.
Bel Pesce: Cinco maneiras de matar os seus sonhos
Todos queremos inventar um produto divisor de águas, abrir uma empresa de sucesso, escrever um livro que atinja recordes de venda. Porém, pouquíssimos de nós alcançam esses objetivos. A empresária Bel Pesce desfaz cinco mitos, fáceis de acreditar, que fazem com que os projetos dos seus sonhos nunca se realizem.
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