A evidência sobre a racionalidade de suicídio é persuasivo. Por exemplo, no Estado do Oregon, o suicídio é legal. (...)a partir de uma perspectiva econômica este comportamento é racional, porque representa uma clara preferência expressa.
O que isso tem a ver com os homens-bomba? Se for racional cometer suicídio, então é certamente racional atingir um objetivo no processo. Eliminando os inimigos é - a partir da perspectiva da economia - uma meta racional. Além disso, a pesquisa moderna em terroristas suicidas (ver Kix [2010]) mostra que eles apresentam exatamente as mesmas características de isolamento e depressão, que leva em muitos casos, ao suicídio sem a bomba.
Leia mais aqui
15 outubro 2012
14 outubro 2012
Teste da Semana
Será
que você está por dentro das principais notícias contábeis da semana? Tente
responder as questões abaixo. O resultado está nos comentários
1 -
A Venezuela, que recentemente reelegeu Chavez como presidente da República,
possui uma característica rara nos dias de hoje, que traz consequências na
contabilidade das empresas localizadas naquele país:
É
um dos três países do mundo considerados hiperinflacionários
Não
reconhece as normas internacionais do Iasb
Utiliza
somente o custo de reposição nas demonstrações contábeis
2-
Na semana tivemos um exemplo contábil do valor de liquidação. Trata-se de parte
do espólio do Banco Santos, em particular do seu antigo controlador, que está
indo a leilão. Os produtos que serão leiloados são:
Automóveis
antigos
Obras
de arte
Vinhos
3 –
Um conhecido guru de finanças pessoais perdeu uma causa judicial e teve
decretada falência. Ele é o autor de:
Casais
inteligentes enriquecem juntos
Os
Axiomas de Zurique
Pai
rico, pai pobre
4 –
Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos mostrou que 20% das empresas
manipulam os resultados. Deste total, qual a percentagem que reduz o lucro?
40%
60%
80%
5 –
Este setor perdeu 13 bilhões em valor de mercado em razão da redução de tarifas
e competição:
Bancos
Energia
elétrica
Telecomunicações
6 –
Foi criado o SASB, uma entidade voltada para regulação de normas contábeis nos
Estados Unidos
Governamental
Não
financeiras e sustentabilidade
Vinculado
ao terceiro setor
7 –
Esta semana foi solicitada a falência deste importante varejista brasileiro.
Por sinal, não é a primeira vez que esta empresa não paga seus fornecedores e
tem falência decretada. No passado uma dívida de menos de R$300 tirou as ações
de negociação da bolsa da
Lojas
Americanas
Lojas
Renner
Pão
de Açúcar
8 –
Nelson Tanure fez uma série de denúncias, como acionista minoritário da TIM.
Tanure, no passado, ficou conhecido por estar à frente da (s)
Casas
Pernambucanas
Gazeta
Mercantil e Jornal do Brasil
Lojas
Arapuã
9 –
Esta empresa de construção republicou seus balanços, com mudança no
reconhecimento da receita:
Camargo
Correa
MRV
Rossi
10 –
A BMW do Brasil foi condenada a pagar 13 milhões de reais para uma ex-concessionária
pela seguinte razão:
Concorrência
desleal
Defeitos
nos produtos vendidos
Lucros
Cessantes
Fato da Semana
Fato da Semana: Normatização do Ebitda
Qual a importância disto? O Ebitda é um índice de análise de balanço de empresas. As companhias com ações negociadas no mercado acionário gostam de divulgar este índice, pois o seu resultado é maior que o chamado “lucro operacional”. Ou seja, se uma empresa possui resultado operacional ruim, mesmo assim é possível que seu Ebitda seja positivo. O problema é que cada empresa estava calculando seu Ebitda de maneira diferente; alguns, como é o caso da empresa aérea Gol, que estavam sendo “criativas”, usando Ebitda realmente diferentes. Para acabar com esta confusão, a Comissão de Valores Mobiliários decidiu normatizar o cálculo deste índice.
O fato torna-se relevante em termos da discussão sobre a relevância de regular cálculo de índices. Isto torna-se mais grave quando se sabe que o Ebitda é um índice com pouca informação: é uma invenção de empresas com desempenho ruim. Além disto, que conhece realmente finanças não usa “isto”. Será que não existe assunto mais importante para atrair a atenção da CVM?
Positivo ou negativo? – Negativo. Perde-se tempo com um índice com pouca utilidade prática, exceto para remunerar executivos ruins (vide Vivendi, empresa francesa) ou justificar desempenho ruins das empresas (Gol). Além disto, cria um precedente perigoso: será que a CVM irá regular como calculamos a liquidez corrente ou o endividamento?
Desdobramentos – As empresas podem calcular sendo a normatização, mas isto não coíbe que “outros” Ebitdas sejam inventados pelo mercado substituir este índice na sua principal finalidade: esconder desempenhos ruins.
Qual a importância disto? O Ebitda é um índice de análise de balanço de empresas. As companhias com ações negociadas no mercado acionário gostam de divulgar este índice, pois o seu resultado é maior que o chamado “lucro operacional”. Ou seja, se uma empresa possui resultado operacional ruim, mesmo assim é possível que seu Ebitda seja positivo. O problema é que cada empresa estava calculando seu Ebitda de maneira diferente; alguns, como é o caso da empresa aérea Gol, que estavam sendo “criativas”, usando Ebitda realmente diferentes. Para acabar com esta confusão, a Comissão de Valores Mobiliários decidiu normatizar o cálculo deste índice.
O fato torna-se relevante em termos da discussão sobre a relevância de regular cálculo de índices. Isto torna-se mais grave quando se sabe que o Ebitda é um índice com pouca informação: é uma invenção de empresas com desempenho ruim. Além disto, que conhece realmente finanças não usa “isto”. Será que não existe assunto mais importante para atrair a atenção da CVM?
Positivo ou negativo? – Negativo. Perde-se tempo com um índice com pouca utilidade prática, exceto para remunerar executivos ruins (vide Vivendi, empresa francesa) ou justificar desempenho ruins das empresas (Gol). Além disto, cria um precedente perigoso: será que a CVM irá regular como calculamos a liquidez corrente ou o endividamento?
Desdobramentos – As empresas podem calcular sendo a normatização, mas isto não coíbe que “outros” Ebitdas sejam inventados pelo mercado substituir este índice na sua principal finalidade: esconder desempenhos ruins.
Ao formalizar a proposta para a oferta pública de suas ações na Bolsa de Valores (IPO, em inglês), o Facebook, a maior rede social da internet, fundada por Mark Zuckerberg, destacou a eficácia de anúncios vinculados aos amigos de clientes, citando uma pesquisa da Nielsen, firma de medição de audiência.
Barbara Jacobs, diretora-assistente de Finança Corporativa da Securities and Exchange Commission (SEC, o xerife americano do mercado financeiro), duvidou, e ela e sua equipe vetaram o pedido para garantir que o Facebook divulgasse toda informação potencialmente relevante para os investidores. Segundo um memorando de Barbara, dirigido ao diretor-executivo de Finanças do Facebook, David Ebersman, a afirmação da rede social parecia mais anúncio publicitário do que uma pesquisa da Nielsen.
A diretora da SEC deu um ultimato: “apresente o estudo e o consentimento da Nielsen para usar seus dados ou simplesmente não o use”, escreveu ela a Ebersman, em 28 de fevereiro. Após resistir, o Facebook desistiu de usar a referência.
O incidente foi apenas parte de uma intensa troca de mensagens, que durou dois meses e meio, entre autoridades da SEC e a firma de advocacia do Facebook, Fenwick & West LLP. Uma dúzia de cartas, publicadas um mês após o IPO do Facebook, ocorrido em 17 de maio, revelam uma diretoria não apenas relutante em revelar informações, mas ainda especulando sobre aspectos rudimentares de seu negócio, a apenas algumas semanas de a companhia realizar o maior IPO do setor tecnológico. Muitos dos questionamentos levantados pela SEC, que hoje atormentam investidores, foram vislumbrados na troca de correspondência entre a SEC e o Facebook.
— Deram a eles o benefício da dúvida quando os deixaram ofertar publicamente suas ações, considerando que estavam preparados para o novo momento — disse uma fonte da Wedbush Securities. — Eles (o Facebook) ainda não conseguiram provar que estão.
Uma das questões cruciais para a SEC, envolvendo o futuro do Facebook como empresa com ações na Bolsa, era se a companhia conseguiria converter em receita o número crescente de usuários que acessam a rede a partir de plataformas móveis, pois estes veem menos anúncios que os demais clientes. E as cartas mostram os executivos retendo detalhes importantes, levando a SEC a pressioná-los.
Ao perceber que o Facebook estava contando o número de alguns usuários móveis duas vezes, Barbara escreveu em 22 de março: “Por favor explique-nos como vocês garantiram que seus números não estão exagerados.” A apenas oito dias do IPO, no dia 9 de maio, o Facebook deixou claro num documento que o número de usuários móveis crescia mais rapidamente do que os anúncios, o que prejudicava a receita e o lucro. Foi o primeiro sinal público de que o IPO poderia ficar aquém das altas expectativas que despertara.
Cada vez mais desconfiados
A questão dos usuários móveis é ainda mais relevante hoje, na medida em que o Facebook anunciou no início do mês que tem um bilhão de usuários em todo o mundo, frente aos 845 milhões do início do ano. Mais da metade deles (600 milhões) acessa a rede por dispositivos móveis, com crescimento de 41% neste ano.
— Estamos nos tornando cada vez mais desconfiados de alguns dos métodos de obtenção de lucro (do Facebook) — disse Richard Greenfield, analista da BTIG Research, à TV Bloomberg na última segunda-feira, ao se referir à luta da companhia de Zuckerberg para extrair receita dos usuários móveis. Ele está sugerindo a seus clientes que se desfaçam das ações.
Fonte: O Globo
Barbara Jacobs, diretora-assistente de Finança Corporativa da Securities and Exchange Commission (SEC, o xerife americano do mercado financeiro), duvidou, e ela e sua equipe vetaram o pedido para garantir que o Facebook divulgasse toda informação potencialmente relevante para os investidores. Segundo um memorando de Barbara, dirigido ao diretor-executivo de Finanças do Facebook, David Ebersman, a afirmação da rede social parecia mais anúncio publicitário do que uma pesquisa da Nielsen.
A diretora da SEC deu um ultimato: “apresente o estudo e o consentimento da Nielsen para usar seus dados ou simplesmente não o use”, escreveu ela a Ebersman, em 28 de fevereiro. Após resistir, o Facebook desistiu de usar a referência.
O incidente foi apenas parte de uma intensa troca de mensagens, que durou dois meses e meio, entre autoridades da SEC e a firma de advocacia do Facebook, Fenwick & West LLP. Uma dúzia de cartas, publicadas um mês após o IPO do Facebook, ocorrido em 17 de maio, revelam uma diretoria não apenas relutante em revelar informações, mas ainda especulando sobre aspectos rudimentares de seu negócio, a apenas algumas semanas de a companhia realizar o maior IPO do setor tecnológico. Muitos dos questionamentos levantados pela SEC, que hoje atormentam investidores, foram vislumbrados na troca de correspondência entre a SEC e o Facebook.
— Deram a eles o benefício da dúvida quando os deixaram ofertar publicamente suas ações, considerando que estavam preparados para o novo momento — disse uma fonte da Wedbush Securities. — Eles (o Facebook) ainda não conseguiram provar que estão.
Uma das questões cruciais para a SEC, envolvendo o futuro do Facebook como empresa com ações na Bolsa, era se a companhia conseguiria converter em receita o número crescente de usuários que acessam a rede a partir de plataformas móveis, pois estes veem menos anúncios que os demais clientes. E as cartas mostram os executivos retendo detalhes importantes, levando a SEC a pressioná-los.
Ao perceber que o Facebook estava contando o número de alguns usuários móveis duas vezes, Barbara escreveu em 22 de março: “Por favor explique-nos como vocês garantiram que seus números não estão exagerados.” A apenas oito dias do IPO, no dia 9 de maio, o Facebook deixou claro num documento que o número de usuários móveis crescia mais rapidamente do que os anúncios, o que prejudicava a receita e o lucro. Foi o primeiro sinal público de que o IPO poderia ficar aquém das altas expectativas que despertara.
Cada vez mais desconfiados
A questão dos usuários móveis é ainda mais relevante hoje, na medida em que o Facebook anunciou no início do mês que tem um bilhão de usuários em todo o mundo, frente aos 845 milhões do início do ano. Mais da metade deles (600 milhões) acessa a rede por dispositivos móveis, com crescimento de 41% neste ano.
— Estamos nos tornando cada vez mais desconfiados de alguns dos métodos de obtenção de lucro (do Facebook) — disse Richard Greenfield, analista da BTIG Research, à TV Bloomberg na última segunda-feira, ao se referir à luta da companhia de Zuckerberg para extrair receita dos usuários móveis. Ele está sugerindo a seus clientes que se desfaçam das ações.
Fonte: O Globo
BVA
O banco BVA, que está sob pressão por não ter apresentado nenhum balanço auditado em 2012 e não ter efetivado a capitalização de R$ 300 milhões prometida para setembro, estuda tirar da presidência executiva Ivo Lodo, que também é sócio da instituição. O jornal O Estado de S. Paulo apurou que o acionista majoritário do BVA, José Augusto Ferreira dos Santos, avalia que a divulgação dos números oficiais do ano e a capitalização seriam insuficientes para acalmar o mercado financeiro. Por isso, defende que um novo executivo assuma a instituição. (...)
Em um ambiente marcado por desconfiança em relação aos bancos de pequeno e médio porte, o BVA entrou na mira dos investidores pelo atraso na divulgação dos balanços auditados. Assim como ocorreu com outras instituições financeiras, o BVA sofreu uma inspeção do Banco Central (BC) este ano. Após analisar os dados da instituição, a autoridade pediu cerca de R$ 150 milhões em provisões adicionais para créditos duvidosos, o que fez o BVA apurar prejuízo de aproximadamente R$ 100 milhões no primeiro semestre.
Como o prejuízo reduz automaticamente o patrimônio líquido, o BVA começou a trabalhar em uma capitalização. Lodo chegou a anunciar ao Estado que a instituição receberia R$ 300 milhões até o fim de setembro. Além disso, um plano de reorganização societária foi rejeitado pelo BC. O plano previa, entre outras coisas, a saída de Santos do bloco de controle.
Para piorar, duas agências de classificação de risco, a americana Moody's e a brasileira Austin Rating, reduziram a nota de crédito do BVA no fim de setembro. Pela Moody's, o BVA tem nota "E" - é um dos últimos degraus da escala da agência. Ontem, a Austin cortou a nota de três fundos de investimento em direitos creditórios (FDICs) do BVA por causa da piora da qualidade de crédito das carteiras. (...)
Fonte: Estado de S Paulo
Em um ambiente marcado por desconfiança em relação aos bancos de pequeno e médio porte, o BVA entrou na mira dos investidores pelo atraso na divulgação dos balanços auditados. Assim como ocorreu com outras instituições financeiras, o BVA sofreu uma inspeção do Banco Central (BC) este ano. Após analisar os dados da instituição, a autoridade pediu cerca de R$ 150 milhões em provisões adicionais para créditos duvidosos, o que fez o BVA apurar prejuízo de aproximadamente R$ 100 milhões no primeiro semestre.
Como o prejuízo reduz automaticamente o patrimônio líquido, o BVA começou a trabalhar em uma capitalização. Lodo chegou a anunciar ao Estado que a instituição receberia R$ 300 milhões até o fim de setembro. Além disso, um plano de reorganização societária foi rejeitado pelo BC. O plano previa, entre outras coisas, a saída de Santos do bloco de controle.
Para piorar, duas agências de classificação de risco, a americana Moody's e a brasileira Austin Rating, reduziram a nota de crédito do BVA no fim de setembro. Pela Moody's, o BVA tem nota "E" - é um dos últimos degraus da escala da agência. Ontem, a Austin cortou a nota de três fundos de investimento em direitos creditórios (FDICs) do BVA por causa da piora da qualidade de crédito das carteiras. (...)
Fonte: Estado de S Paulo
Previsão Nobel de Economia
A figura mostra uma pesquisa de opinião sobre eventuais vencedores do Nobel de Economia. Conforme postado anteriormente, a Thomson Reuters aposta em Atkinson/Deaton, Ross e Shiller. Atkinson e Ross aparecem na relação, mas não Deaton e Shiller. Hart e Tirole são candidatos que foram lembrados como potenciais vencedores em anos anteriores.
Frase
“People always ask me, 'Were you funny as a child?' Well, no, I was an accountant.”
― Ellen DeGeneres
― Ellen DeGeneres
13 outubro 2012
Entrevista com Joseph Stiglitz
O 'sonho americano' se tornou um mito, afirma economista Prêmio Nobel
Alexander Jung e Thomas Schulz
Der Spiegel
O setor financeiro é responsável pela crescente desigualdade entre ricos e pobres nos Estados Unidos, diz o professor de economia ganhador do Prêmio Nobel, Joseph Stiglitz. Em uma entrevista para a “Spiegel”, ele acusa o setor de rapinar os pobres e comprar políticas do governo que o ajuda a ficar mais rico. Na Universidade de Colúmbia, que fica localizada a apenas quadras do Harlem, no oeste de Manhattan, riqueza e pobreza estão mais próximas do que em muitos lugares em Nova York. Aqui é onde o economista americano e ganhador do Prêmio Nobel de 2001, Joseph Stiglitz, trabalha como professor.
Natural de Gary, Indiana, ele passou anos examinando a desigualdade social. Sua primeira experiência pessoal com a questão ocorreu na infância, quando perguntou por qual motivo sua babá não estava cuidando de seus próprios filhos. Posteriormente, como economista-chefe do Banco Mundial, ele estudou o fenômeno em um nível global. Em junho, ele publicou um livro sobre o assunto, intitulado “The Price of Inequality: How Today's Divided Society Endangers Our Future” (O preço da desigualdade: como a sociedade dividida de hoje coloca nosso futuro em risco, em tradução livre), que foi lançado recentemente em alemão. Em uma entrevista para a “Spiegel”, Stiglitz discute como a disparidade de renda está dividindo os Estados Unidos e como a Europa poderia superar a crise do euro.
[...]
Spiegel: Os Estados Unidos sempre se viram como sendo uma terra de oportunidade, onde as pessoas podem sair da miséria para a riqueza. O que aconteceu ao sonho americano?
Stiglitz: Essa crença ainda é poderosa, mas o sonho americano se tornou um mito. As chances na vida de um cidadão americano jovem dependem mais da renda e da educação de seus pais do que em qualquer outro país industrializado avançado para o qual existem dados. A crença no sonho americano é reforçada por casos, por exemplos dramáticos de indivíduos que ascenderam do fundo ao topo –mas o que mais importa são as chances na vida do indivíduo. A crença no sonho americano não é apoiada por dados.
Spiegel: O que os números sugerem?
Stiglitz: Não houve nenhuma melhoria no bem-estar da família típica americana por 20 anos. Por outro lado, o 1% no topo da pirâmide da população ganha 40% mais em uma semana do que o quinto mais baixo recebe em todo um ano. Resumindo, nós nos transformamos em uma sociedade dividida. A América criou uma máquina econômica maravilhosa, mas a maioria dos benefícios vai para o topo.
Spiegel: Entretanto, restando mais cinco semanas de campanha presidencial, a desigualdade ainda não teve um papel sério.
Stiglitz: Ela é um assunto, mas geralmente apenas sob a superfície. Não se pode esperar um debate científico sobre o coeficiente Gini, a medição estatística de desigualdade. Mas quando os democratas dizem que apoiam a classe média, eles estão falando sobre a desigualdade. E eles acentuam o contraste com o candidato republicano, Mitt Romney, que é emblemático do 1% superior da população. O fato de Romney ter denegrido os 47% dos americanos que não pagam imposto de renda provocou uma reação enorme, em parte porque mostrou quão fora de contato as pessoas no topo estão do restante do país.
[...]
Spiegel: O movimento Ocupe não conseguiu se tornar um fator poderoso. Por que ele fracassou?
Stiglitz: Ele se transformou em um movimento antiestablishment, e um aspecto de ser antiestablishment é ser antiorganização. Não é possível ter um movimento que não seja organizado. De qualquer modo, a frustração ainda está lá. Eu vou contar uma história: eu assisti recentemente “A Ópera dos Três Vinténs”, de Bertolt Brecht. Quando chegou a frase “O que é roubar um banco comparado a fundar um banco?”, a plateia inteira começou a aplaudir.
Spiegel: Quatro anos atrás, nós citamos essa frase em uma capa da “Spiegel”, sobre a crise bancária.
Stiglitz: É mesmo? Não era uma plateia demagoga naquela noite no teatro, mas para mim disse algo sobre até que ponto isso penetrou na psique dos americanos.
Spiegel: O que há na mente deles?
Stiglitz: As pessoas temem perder seu emprego. Mesmo as que estão empregadas, elas não sabem se o manterão. O que é certo é que se perderem o emprego, será difícil conseguir outro. Todo mundo conhece alguém que não consegue encontrar um emprego...
Spiegel: ...ou que perdeu sua casa.
Stiglitz: Essa é outra fonte de ansiedade. Mais de um quarto de todos os proprietários de imóveis residenciais deve mais do que o valor de suas casas. Nós precisamos de uma estratégia de crescimento para estimular a economia. Nós não investimos o suficiente por 30 anos –em infraestrutura, tecnologia, educação.
Spiegel: Com um fardo da dívida de US$ 16 trilhões, não há muito espaço para manobra.
Stiglitz: Os Estados Unidos podem tomar empréstimos com taxa de juro próxima de 0%, de modo que seríamos estúpidos se não investíssemos mais dinheiro e criar empregos. E também poderíamos fazer esforços para assegurar que os super-ricos paguem sua parcela justa. Nós poderíamos levantar mais dinheiro de uma série de formas. Olha para as empresas de mineração: o governo lhes concede o direito de extrair recursos por muito menos do que deveria, mas leilões poderiam assegurar que paguem o apropriado.
Spiegel: Então, sua resposta para o problema da desigualdade é transferir dinheiro do topo para a base?
Stiglitz: Primeiro, transferir dinheiro do topo para a base é apenas uma sugestão. Mais importante é ajudar a economia a crescer de modo que beneficie tanto as pessoas na base quanto no topo, e o fim dos “privilégios”, que transferem muito dinheiro dos cidadãos comuns para aqueles no topo.
[...]
Spiegel: O senhor presume que o governo sabe melhor onde criar empregos. O senhor não está superestimando essa habilidade?
Stiglitz: Nós precisamos de estradas, pontes e aeroportos. Isso é óbvio. Os retornos do investimento público em tecnologia são, na média, muito altos –pense na Internet, no Projeto Genoma Humano e no telégrafo.
Spiegel: Também há muitos exemplos de dinheiro público desperdiçado. O programa espacial americano custa uma fortuna, e os resultados são questionáveis.
Stiglitz: Mas mesmo esses gastos ainda são menores do que o dinheiro desperdiçado pelo setor financeiro privado dos Estados Unidos, e os bilhões gastos para resgatar as empresas do setor financeiro. Apenas uma corporação, a AIG, recebeu mais de US$ 150 bilhões –mais do que foi gasto em bem-estar social para as famílias necessitadas de 1990 a 2006.
Spiegel: Mas o governo também se tornou proprietário dessas empresas e até mesmo conseguiu vender partes delas com lucro. O senhor não teme que essa estratégia de pacotes de estímulo cada vez maiores possa levar a inflação?
Stiglitz: Não necessariamente. O banco central tem a capacidade de tirar liquidez do sistema.
Spiegel: Mas é muito mais difícil diminuir a liquidez do que aumentá-la.
Stiglitz: Um banco central bem administrado conta com muitas ferramentas. Ele pode aumentar os juros ou as exigências de depósito compulsório para os bancos privados. Logo, acho que o risco é relativamente pequeno. A fraqueza na economia europeia apresenta um risco muito maior do que qualquer risco de inflação moderada. É melhor algum emprego onde o salário perde em termos reais em poucos pontos percentuais do que nenhum emprego.
Leia a entrevista completa aqui.
Alexander Jung e Thomas Schulz
Der Spiegel
O setor financeiro é responsável pela crescente desigualdade entre ricos e pobres nos Estados Unidos, diz o professor de economia ganhador do Prêmio Nobel, Joseph Stiglitz. Em uma entrevista para a “Spiegel”, ele acusa o setor de rapinar os pobres e comprar políticas do governo que o ajuda a ficar mais rico. Na Universidade de Colúmbia, que fica localizada a apenas quadras do Harlem, no oeste de Manhattan, riqueza e pobreza estão mais próximas do que em muitos lugares em Nova York. Aqui é onde o economista americano e ganhador do Prêmio Nobel de 2001, Joseph Stiglitz, trabalha como professor.
Natural de Gary, Indiana, ele passou anos examinando a desigualdade social. Sua primeira experiência pessoal com a questão ocorreu na infância, quando perguntou por qual motivo sua babá não estava cuidando de seus próprios filhos. Posteriormente, como economista-chefe do Banco Mundial, ele estudou o fenômeno em um nível global. Em junho, ele publicou um livro sobre o assunto, intitulado “The Price of Inequality: How Today's Divided Society Endangers Our Future” (O preço da desigualdade: como a sociedade dividida de hoje coloca nosso futuro em risco, em tradução livre), que foi lançado recentemente em alemão. Em uma entrevista para a “Spiegel”, Stiglitz discute como a disparidade de renda está dividindo os Estados Unidos e como a Europa poderia superar a crise do euro.
[...]
Spiegel: Os Estados Unidos sempre se viram como sendo uma terra de oportunidade, onde as pessoas podem sair da miséria para a riqueza. O que aconteceu ao sonho americano?
Stiglitz: Essa crença ainda é poderosa, mas o sonho americano se tornou um mito. As chances na vida de um cidadão americano jovem dependem mais da renda e da educação de seus pais do que em qualquer outro país industrializado avançado para o qual existem dados. A crença no sonho americano é reforçada por casos, por exemplos dramáticos de indivíduos que ascenderam do fundo ao topo –mas o que mais importa são as chances na vida do indivíduo. A crença no sonho americano não é apoiada por dados.
Spiegel: O que os números sugerem?
Stiglitz: Não houve nenhuma melhoria no bem-estar da família típica americana por 20 anos. Por outro lado, o 1% no topo da pirâmide da população ganha 40% mais em uma semana do que o quinto mais baixo recebe em todo um ano. Resumindo, nós nos transformamos em uma sociedade dividida. A América criou uma máquina econômica maravilhosa, mas a maioria dos benefícios vai para o topo.
Spiegel: Entretanto, restando mais cinco semanas de campanha presidencial, a desigualdade ainda não teve um papel sério.
Stiglitz: Ela é um assunto, mas geralmente apenas sob a superfície. Não se pode esperar um debate científico sobre o coeficiente Gini, a medição estatística de desigualdade. Mas quando os democratas dizem que apoiam a classe média, eles estão falando sobre a desigualdade. E eles acentuam o contraste com o candidato republicano, Mitt Romney, que é emblemático do 1% superior da população. O fato de Romney ter denegrido os 47% dos americanos que não pagam imposto de renda provocou uma reação enorme, em parte porque mostrou quão fora de contato as pessoas no topo estão do restante do país.
[...]
Spiegel: O movimento Ocupe não conseguiu se tornar um fator poderoso. Por que ele fracassou?
Stiglitz: Ele se transformou em um movimento antiestablishment, e um aspecto de ser antiestablishment é ser antiorganização. Não é possível ter um movimento que não seja organizado. De qualquer modo, a frustração ainda está lá. Eu vou contar uma história: eu assisti recentemente “A Ópera dos Três Vinténs”, de Bertolt Brecht. Quando chegou a frase “O que é roubar um banco comparado a fundar um banco?”, a plateia inteira começou a aplaudir.
Spiegel: Quatro anos atrás, nós citamos essa frase em uma capa da “Spiegel”, sobre a crise bancária.
Stiglitz: É mesmo? Não era uma plateia demagoga naquela noite no teatro, mas para mim disse algo sobre até que ponto isso penetrou na psique dos americanos.
Spiegel: O que há na mente deles?
Stiglitz: As pessoas temem perder seu emprego. Mesmo as que estão empregadas, elas não sabem se o manterão. O que é certo é que se perderem o emprego, será difícil conseguir outro. Todo mundo conhece alguém que não consegue encontrar um emprego...
Spiegel: ...ou que perdeu sua casa.
Stiglitz: Essa é outra fonte de ansiedade. Mais de um quarto de todos os proprietários de imóveis residenciais deve mais do que o valor de suas casas. Nós precisamos de uma estratégia de crescimento para estimular a economia. Nós não investimos o suficiente por 30 anos –em infraestrutura, tecnologia, educação.
Spiegel: Com um fardo da dívida de US$ 16 trilhões, não há muito espaço para manobra.
Stiglitz: Os Estados Unidos podem tomar empréstimos com taxa de juro próxima de 0%, de modo que seríamos estúpidos se não investíssemos mais dinheiro e criar empregos. E também poderíamos fazer esforços para assegurar que os super-ricos paguem sua parcela justa. Nós poderíamos levantar mais dinheiro de uma série de formas. Olha para as empresas de mineração: o governo lhes concede o direito de extrair recursos por muito menos do que deveria, mas leilões poderiam assegurar que paguem o apropriado.
Spiegel: Então, sua resposta para o problema da desigualdade é transferir dinheiro do topo para a base?
Stiglitz: Primeiro, transferir dinheiro do topo para a base é apenas uma sugestão. Mais importante é ajudar a economia a crescer de modo que beneficie tanto as pessoas na base quanto no topo, e o fim dos “privilégios”, que transferem muito dinheiro dos cidadãos comuns para aqueles no topo.
[...]
Spiegel: O senhor presume que o governo sabe melhor onde criar empregos. O senhor não está superestimando essa habilidade?
Stiglitz: Nós precisamos de estradas, pontes e aeroportos. Isso é óbvio. Os retornos do investimento público em tecnologia são, na média, muito altos –pense na Internet, no Projeto Genoma Humano e no telégrafo.
Spiegel: Também há muitos exemplos de dinheiro público desperdiçado. O programa espacial americano custa uma fortuna, e os resultados são questionáveis.
Stiglitz: Mas mesmo esses gastos ainda são menores do que o dinheiro desperdiçado pelo setor financeiro privado dos Estados Unidos, e os bilhões gastos para resgatar as empresas do setor financeiro. Apenas uma corporação, a AIG, recebeu mais de US$ 150 bilhões –mais do que foi gasto em bem-estar social para as famílias necessitadas de 1990 a 2006.
Spiegel: Mas o governo também se tornou proprietário dessas empresas e até mesmo conseguiu vender partes delas com lucro. O senhor não teme que essa estratégia de pacotes de estímulo cada vez maiores possa levar a inflação?
Stiglitz: Não necessariamente. O banco central tem a capacidade de tirar liquidez do sistema.
Spiegel: Mas é muito mais difícil diminuir a liquidez do que aumentá-la.
Stiglitz: Um banco central bem administrado conta com muitas ferramentas. Ele pode aumentar os juros ou as exigências de depósito compulsório para os bancos privados. Logo, acho que o risco é relativamente pequeno. A fraqueza na economia europeia apresenta um risco muito maior do que qualquer risco de inflação moderada. É melhor algum emprego onde o salário perde em termos reais em poucos pontos percentuais do que nenhum emprego.
Leia a entrevista completa aqui.
Taxa de juros e fundos de pensão
Fundos de pensão: a escolha de sofia
Fábio Giambiagi
Fonte: Valor Econômico, 09/10/2012
A queda da taxa Selic era uma antiga aspiração nacional, por várias razões, pelo fato de estimular a produção, melhorar o nível de emprego, mitigar a apreciação da taxa de câmbio e reduzir a despesa de juros.
Contudo, é necessário atentar para o outro lado da moeda, associado a aspectos em relação aos quais a redução da Selic pode causar problemas potenciais, como resultado da inércia dos agentes negativamente afetados por esse fenômeno. Um desses aspectos, com repercussões significativas sobre a economia, é a saúde dos fundos de pensão. Para entender isso, peço ao leitor um pouco de paciência para desenvolver um raciocínio matemático, ainda que simples.
Imaginemos uma situação em que não haja inflação, a taxa de juros real seja nula e um homem solteiro autônomo comece a trabalhar aos 20 anos, aposentando-se aos 55 anos e vivendo até os 80 anos de idade. Se ele separar todos os meses R$ 500 de contribuição, no final de 35 anos terá na sua conta o valor de R$ 500 x 12 x 35 = R$ 210 mil. Esse valor acumulado, gasto posteriormente ao longo dos últimos 25 anos de vida da pessoa (300 meses) possibilitará a esta uma renda mensal de R$ 210 mil / 300 = R$ 700. No mundo real, porém, a taxa de juros costuma ser positiva, de modo que com seus depósitos sendo remunerados, o juro faz parte do trabalho que, na ausência de remuneração financeira, seria feito apenas pelo esforço de poupar.
Em outras palavras, para um assalariado que quiser ter uma aposentadoria complementar, quanto maior for a taxa de juros, menor precisará ser a parcela poupada do salário. Pela mesma razão, dada uma taxa de juros que gera uma necessidade de contribuição para ter uma certa aposentadoria complementar, quanto maior for a queda dos juros, maior terá que ser o aumento da contribuição.
É arriscada a ideia de que a redução dos juros pode ser compensada com uma exposição maior na renda variável
Com Felipe Vilhena Amaral, tentamos mensurar as consequências de uma redução dos juros sobre a alíquota de equilíbrio de planos de pensão. O artigo, bastante técnico, publicado na “Revista Brasileira de Direito Previdenciário” (número 6, 2011), refere-se aos planos de Benefício Definido (BD), mas o pano de fundo é o mesmo que afeta os planos de Contribuição Definida (CD), com a diferença de que aquilo que nos planos BD gera a necessidade de medidas compensatórias para preservar o benefício, nos planos CD implica uma redução deste.
Em qualquer caso, uma menor remuneração das aplicações afeta os participantes, aumentando a alíquota requerida para o plano continuar equilibrado ou exigindo uma redução dos benefícios ou ainda um aumento do período contributivo, para que o plano não se torne insolvente. É uma escolha difícil.
Na tabela, extraída do citado artigo, apresentam-se as alíquotas de contribuição sobre o rendimento para o caso de um indivíduo solteiro que começa a trabalhar com 20 anos de idade, contribui 35 anos e se aposenta com 55, recebendo uma renda complementar igual ao último salário por outros 25 anos, renda essa indexada à inflação. A tabela apresenta resultados para diferentes combinações de taxas de desconto e de incremento da remuneração real na data-base.
A flexibilidade para escolher a taxa de desconto pode permitir inicialmente que alguns fundos agravem a situação futura dos mesmos caso resolvam “driblar” a necessidade de medidas corretivas (como aumento da contribuição ou elevação da idade de aposentadoria), mas não há dúvidas de que todos os participantes terão que se ajustar, cedo ou tarde. É bom ressaltar que quanto mais demorar o ajuste, mais drástico ele terá que ser depois.
A simples redução da taxa de desconto de 6% para 5% gera uma necessidade de elevação da alíquota de equilíbrio entre 4 e 6 pontos percentuais. A ideia de que a redução dos juros poderá ser compensada mediante uma maior exposição na renda variável é arriscada, porque é improvável que tenhamos outro ciclo de prosperidade da Bolsa como o do pós-Real ou o de 2003/2008. Os fundos serão obrigados a se adaptar à realidade de juros menores e fazer a sua “escolha de Sofia”..
12 outubro 2012
Evidenciação
Aparentemente melhorar a evidenciação traz benefícios para o
mercado acionário de diversas formas. A quantidade de pesquisas sobre o assunto
é enorme. Observe o leitor o gráfico abaixo:
Este gráfico foi construído a partir de milhares de
observações obtidas em quarenta países, inclusive o Brasil. Em cada país foi
calculado o nível de evidenciação do mercado (dados do Global Competitiveness
Report) e o risco do mercado, obtido pelo desvio padrão anualizado do mercado acionário.
É possível perceber que mercados com níveis elevados de risco possuem baixa
evidenciação: a correlação estatística é de -0,43, significativa a 5%. Dos
países que participaram da amostra, o Brasil é o sétimo de maior risco no
período analisado e o 31o em evidenciação.
O gráfico seguinte relaciona o índice M/B pela evidenciação.
O índice M/B traduz a relação entre o preço da ação
ordinária no mercado e o valor contábil. Mercados que evidenciam melhor tendem
a ter uma valorização maior dos papéis: neste caso, a correlação foi de 0,569,
também significativa. O Brasil, que ocupa a 31o posição na evidenciação é 47º no
índice.
Os dados foram obtidos do artigo Why Are US Stocks More
Volatile?, publicado no Journal of Finance de agosto de 2012, de autoria de
Bartram, Brown e Stulz.
Hiperinflação
A Venezuela é um dos três países atualmente considerados "hiperinflacionários" sob normas de contabilidade dos EUA e internacionais, o que significa que as empresas têm de converter as demonstrações financeiras de suas operações na Venezuela em dólares americanos, e refletir as perdas e ganhos da taxa de câmbio em seus ganhos atuais.
Venezuelan Hyperinflation Accounting Hassles to Persist - Emily Chasan - WSJ
Venezuelan Hyperinflation Accounting Hassles to Persist - Emily Chasan - WSJ
Vinhos 2
Ainda sobre Os vinhos do Banco Santos:
O ex-banqueiro Edemar Cid Ferreira [foto] não é reconhecido apenas por falir o Banco Santos, liquidado em 2004, com um rombo de R$ 2,3 bilhões, e por ficar preso por 15 dias na época. Ele se tornou famoso também por ser uma combinação de mecenas das artes e de bon vivant (uma de suas empresas, a Brazil Foundation, organizou a mostra do Redescobrimento, em 2000, em São Paulo), que reuniu em sua faraônica residência mais de 1,8 mil obras, entre quadros, esculturas, uma alentada biblioteca e uma adega de vinhos finos. Trata-se de um conjunto avaliado em pouco mais de R$ 40 milhões. O valor é quase suficiente para comprar a mansão — de R$ 50 milhões — que abriga o acervo, da qual Ferreira foi despejado há sete anos. Para desgosto do banqueiro, a Justiça resolveu começar a leiloar parte do seu patrimônio pessoal, como uma forma de pagar pelo menos parte dos credores lesados pela quebra do Santos.
A primeira a sofrer a investida dos leiloeiros será a adega, com 1.200 rótulos. O vinho mais caro é o Petrus magnum (1,5 litro), safra 1988, cujo lance inicial será de R$ 5 mil – uma pechincha. O leilão, realizado apenas pela internet, começa no dia 22 e termina em 24 de outubro. “A adega está avaliada em R$ 430 mil, mas a expectativa é de que esse valor dobre ao final do leilão”, afirma Alexandre Travassos, gerente operacional da Superbid Judicial, entidade que organiza o evento. Segundo Travassos, serão vendidos 143 lotes, mas, no caso de não haver a liquidação do total, será realizado um segundo leilão, entre 25 de outubro e 15 de novembro, para os itens restantes.
“Nesse caso, pode haver um desconto de 40% no preço de avaliação.”
A ressaca do Banco Santos - Por Fernando TEIXEIRA - Isto é Dinheiro
Um exemplo de custo histórico, valor de mercado e valor de liquidação.
O ex-banqueiro Edemar Cid Ferreira [foto] não é reconhecido apenas por falir o Banco Santos, liquidado em 2004, com um rombo de R$ 2,3 bilhões, e por ficar preso por 15 dias na época. Ele se tornou famoso também por ser uma combinação de mecenas das artes e de bon vivant (uma de suas empresas, a Brazil Foundation, organizou a mostra do Redescobrimento, em 2000, em São Paulo), que reuniu em sua faraônica residência mais de 1,8 mil obras, entre quadros, esculturas, uma alentada biblioteca e uma adega de vinhos finos. Trata-se de um conjunto avaliado em pouco mais de R$ 40 milhões. O valor é quase suficiente para comprar a mansão — de R$ 50 milhões — que abriga o acervo, da qual Ferreira foi despejado há sete anos. Para desgosto do banqueiro, a Justiça resolveu começar a leiloar parte do seu patrimônio pessoal, como uma forma de pagar pelo menos parte dos credores lesados pela quebra do Santos. A primeira a sofrer a investida dos leiloeiros será a adega, com 1.200 rótulos. O vinho mais caro é o Petrus magnum (1,5 litro), safra 1988, cujo lance inicial será de R$ 5 mil – uma pechincha. O leilão, realizado apenas pela internet, começa no dia 22 e termina em 24 de outubro. “A adega está avaliada em R$ 430 mil, mas a expectativa é de que esse valor dobre ao final do leilão”, afirma Alexandre Travassos, gerente operacional da Superbid Judicial, entidade que organiza o evento. Segundo Travassos, serão vendidos 143 lotes, mas, no caso de não haver a liquidação do total, será realizado um segundo leilão, entre 25 de outubro e 15 de novembro, para os itens restantes.
“Nesse caso, pode haver um desconto de 40% no preço de avaliação.”
A ressaca do Banco Santos - Por Fernando TEIXEIRA - Isto é Dinheiro
Um exemplo de custo histórico, valor de mercado e valor de liquidação.
Robert Kiyosaki falido
Robert Kiyosaki está falido! Quem é Kiyosaki? Já citamos ele no blog, num teste, na relação dos livros de negócios superestimados e nas dicas de leitura. Quando ministrei a disciplina de Finanças Pessoais recebi a recomendação de ler o "Pai Rico, Pai Pobre": detestei.A notícia é que o famoso escritor de conselhos financeiros perdeu um julgamento e por isto entrou com um pedido de proteção Chapter 7. O julgamento deverá levar 24 milhões de dólares de uma fortuna estimada em 80 milhões, segundo o Business Insider. Kiyosaki não repassou parte do dinheiro que ganhou para a empresa Learning Annex, que era responsável por suas palestras e publicação dos primeiros livros.
Antes do pedido, o livros de Kiyosaki já eram criticados pela superficialidade, conselhos questionáveis, entre outros aspectos.
Sustentabilidade
Um modelo preliminar preparado pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) sobre os relatórios integrados "que unem dados de sustentabilidade ambiental e social com números econômico-financeiros" deve ficar pronto até outubro do ano que vem. (...)
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) está discutindo o assunto com o CPC. No entanto, não há ainda qualquer sinalização de que se publicará uma instrução que padronize as práticas (...)
Fonte: UOL Economia
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) está discutindo o assunto com o CPC. No entanto, não há ainda qualquer sinalização de que se publicará uma instrução que padronize as práticas (...)
Fonte: UOL Economia
Disney e o dever de pagar impostos
No espírito do dia das crianças (a parte da Disney e não a da guerra...), um desenho com o Pato Donald vinculado na época da Segunda Guerra, ressaltando a importância do pagamento de impostos.
"Não é apenas um dever, mas também um direito".
O rádio ainda ensina Donald a preencher o formulário de renda simplificado.
"Funded and approved by the US Department of Treasury in 1943, this Disney featurette called "The New Spirit" was to encourage every good American to do his "duty" and pay his taxes, which, at this time, were at an all time high. Those who do not wish to pay or don't pay it gladly are depicted as friends of Hitler and enemies of liberty and democracy."
"Não é apenas um dever, mas também um direito".
O rádio ainda ensina Donald a preencher o formulário de renda simplificado.
"Funded and approved by the US Department of Treasury in 1943, this Disney featurette called "The New Spirit" was to encourage every good American to do his "duty" and pay his taxes, which, at this time, were at an all time high. Those who do not wish to pay or don't pay it gladly are depicted as friends of Hitler and enemies of liberty and democracy."
Frase
Leia a frase a seguir:
"Transparência nos dados é o rei; mas transparência nos dados, juntamente com conteúdo é ainda maior"
O mais surpreendente é quem disse a frase. Três possibilidades:
Arnold Schwarzenegger, ator e ex-governador
Cesc Fabregas, jogador de futebol
Will.i.am, cantor de rapper do Black Eyed Peas
(A resposta nos comentários)
"Transparência nos dados é o rei; mas transparência nos dados, juntamente com conteúdo é ainda maior"
O mais surpreendente é quem disse a frase. Três possibilidades:
Arnold Schwarzenegger, ator e ex-governador
Cesc Fabregas, jogador de futebol
Will.i.am, cantor de rapper do Black Eyed Peas
(A resposta nos comentários)
11 outubro 2012
Cozinhando os livros 2
Abaixo uma mensagem do Twitter de Jack Welch:
Welch foi ex-presidente da GE durante muitos anos, quando a empresa aumentou suas receitas em 385% e o valor de mercado em 4000%. É um gestor admirado por muitos. Mas vejam a figura a seguir:
Na primeira parte da figura, o resultado da GE durante a gestão de Welch. E a seguir o resultado obtido pelo sucessor. É visível a mudança no padrão. Se você não sabia o que é "cozinhar os livros", agora sabe.
Welch foi ex-presidente da GE durante muitos anos, quando a empresa aumentou suas receitas em 385% e o valor de mercado em 4000%. É um gestor admirado por muitos. Mas vejam a figura a seguir:
Na primeira parte da figura, o resultado da GE durante a gestão de Welch. E a seguir o resultado obtido pelo sucessor. É visível a mudança no padrão. Se você não sabia o que é "cozinhar os livros", agora sabe.
Cozinhando os livros
Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos por professores de finanças chegou a uma constatação preocupante: pelo menos 20% das empresas "gerenciam resultados", usando técnicas contábeis agressivas. O gerenciamento de resultados pode ser feito fazendo escolhas contábeis mais agressivas, que mudar o resultado. E estas escolhas são perfeitamente legais. Em muitas empresas (40%), a mudança é no sentido de reduzir o lucro para que, no futuro, possa fazer o contrário.
O importante da pesquisa é que o questionário garantiu o anonimato.
Bancos perdem 13 bi
Os bancos tiveram mais um dia de perdas na bolsa ontem, com desvalorizações que chegaram a 3,07% no caso do Bradesco,após os concorrentes Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal anunciarem na véspera redução de tarifas. Com quedas consequentes nas cobranças, as quatro maiores instituições financeiras — BB, Bradesco, Itaú e Santander — perderam R$ 13,8 bilhões em valor de mercado no ano.
Daqui para frente, no entanto, a expectativa de analistas é de que os papéis ainda caiam um pouco, para então sofrerem uma acomodação. “O viés para o setor na bolsa não é positivo”, afirma o analista da Futura Investimentos, Adriano Moreno. Ele acredita que as quedas de ontem foram causadas não pela redução das tarifas em si por parte dos bancos públicos, mas pela sinalização do governo de uso destas instituições financeiras no sentido de redução de custos da economia, a exemplo do que ocorreu com tarifas elétricas.(...)
Luis Miguel Santacreu, analista de instituições financeiras da Austin Rating, ainda justifica a queda das ações de bancos na bolsa com o maior volume de provisões para fazer frente à inadimplência em meio a um cenário em que as carteiras de crédito não têm crescido como no ano passado. “Além disso, a queda da Selic em si também remunera menos os ativos das aplicações financeiras”, pondera. “Aqueles que estavam aplicando em ações de bancos podem estar eventualmente realizando lucros.”
Neste ambiente de maior competição, os próximos trimestres vão ser claros quanto às estratégias de cada instituição financeira em relação à adesão ao modelo de gestão bancária voltada para a redução de tarifas e juros. “O mercado reage com mais impulsividade, mas pode ser que os balanços surpreendam com sinalização de aumento do volume de crédito que compense a queda do juro”, diz Santacreu. (...)
Fonte: Aqui
Daqui para frente, no entanto, a expectativa de analistas é de que os papéis ainda caiam um pouco, para então sofrerem uma acomodação. “O viés para o setor na bolsa não é positivo”, afirma o analista da Futura Investimentos, Adriano Moreno. Ele acredita que as quedas de ontem foram causadas não pela redução das tarifas em si por parte dos bancos públicos, mas pela sinalização do governo de uso destas instituições financeiras no sentido de redução de custos da economia, a exemplo do que ocorreu com tarifas elétricas.(...)
Luis Miguel Santacreu, analista de instituições financeiras da Austin Rating, ainda justifica a queda das ações de bancos na bolsa com o maior volume de provisões para fazer frente à inadimplência em meio a um cenário em que as carteiras de crédito não têm crescido como no ano passado. “Além disso, a queda da Selic em si também remunera menos os ativos das aplicações financeiras”, pondera. “Aqueles que estavam aplicando em ações de bancos podem estar eventualmente realizando lucros.”
Neste ambiente de maior competição, os próximos trimestres vão ser claros quanto às estratégias de cada instituição financeira em relação à adesão ao modelo de gestão bancária voltada para a redução de tarifas e juros. “O mercado reage com mais impulsividade, mas pode ser que os balanços surpreendam com sinalização de aumento do volume de crédito que compense a queda do juro”, diz Santacreu. (...)
Fonte: Aqui
SASB
O SASB é Sustainability Accounting Standards Board, uma entidade criada para cuidar da comunicação da informação não-financeira das empresas. Seu campo de atuação é a padrões contábeis de sustentabilidade.
Já existem em Londres o International Integrated Reporting Council. Outro grupo é o Global Reporting Initiative. O SASB tem sede em São Francisco. Seu foco é complementar o trabalho realizado pelo Financial Accounting Standards Board. Ou seja, tem um foco local.
O primeiro trabalho do SASB é produzir o "mapa da materialidade", com as prioridades sobre as questões de sustentabilidade em dez setores.
Leia mais aqui
(Observe o leitor a grande quantidade de entidades contábeis com ASB no nome: Fasb, Iasb, Gasb e, agora, SASB. Falta o BASB, Brazilian ...)
Já existem em Londres o International Integrated Reporting Council. Outro grupo é o Global Reporting Initiative. O SASB tem sede em São Francisco. Seu foco é complementar o trabalho realizado pelo Financial Accounting Standards Board. Ou seja, tem um foco local.
O primeiro trabalho do SASB é produzir o "mapa da materialidade", com as prioridades sobre as questões de sustentabilidade em dez setores.
Leia mais aqui
(Observe o leitor a grande quantidade de entidades contábeis com ASB no nome: Fasb, Iasb, Gasb e, agora, SASB. Falta o BASB, Brazilian ...)
Aposta do Nobel
Perto da escolha do Nobel de Economia, eis as apostas da Thomson Reuters:
1. Sir Anthony Atkinson (inglês) e Angus Deaton (EUA) por pesquisa sobre salários, estado do bem-estar social, pobreza etc
2. Stephen Ross - finanças
3. Shiller - finanças, com estudos sobre dinâmica de preços e volatilidade.
Será confiável? Nos três casos anunciados até agora, a Thomson Reuters errou todos.
1. Sir Anthony Atkinson (inglês) e Angus Deaton (EUA) por pesquisa sobre salários, estado do bem-estar social, pobreza etc
2. Stephen Ross - finanças
3. Shiller - finanças, com estudos sobre dinâmica de preços e volatilidade.
Será confiável? Nos três casos anunciados até agora, a Thomson Reuters errou todos.
Concorrência em auditoria
A Comissão de Concorrência da Grã-Bretanha, que está analisando o oligopólio do setor de auditoria, divulgou documentos preliminares sobre a investigação. Nestes documentos a Comissão afirma que a competição do setor seria restringida pelos envolvidos na escolha dos auditores. Pesquisando os presidentes de comitê de auditoria, a maioria deles já havia trabalhado para uma das grandes empresas. Ou seja, os envolvidos na escolha dos auditores possuem antecedentes que pode revelar a preferência por uma das Big Four.
Leia também aqui
Dedicação
![]() |
| Trabalho árduo supera o talento, quando o talento não trabalha arduamente. |
Da mesma forma, se você quiser construir uma relação amiga com seus filhos, terá de se dedicar a isto, superar o cansaço, arrumar tempo para ficar com eles, deixar de lado o orgulho e o comodismo. Se quiser um casamento gratificante, terá de investir tempo, energia e sentimentos nesse objetivo. O sucesso é construído à noite! Durante o dia você faz o que todos fazem. Mas, para conseguir um resultado diferente da maioria, você tem de ser especial. Se fizer igual a todo mundo obterá os mesmos resultados.
Não se compare à maioria, pois, infelizmente, ela não é o modelo de sucesso. Se você quiser atingir uma meta especial, terá de estudar no horário em que os outros estão tomando chope com batatas fritas. Terá de planejar, enquanto os outros permanecem á frente da televisão. Terá de trabalhar, enquanto os outros tomam sol à beira da piscina.
A realização de um sonho depende da dedicação. Há muita gente que espera
que o sonho se realize por mágica. Mas toda mágica é ilusão. E ilusão não tira ninguém do lugar onde está.
Roberto Shinyashik
10 outubro 2012
Lojas Americanas: Falência?
O fornecedor "Athenabanco Fomento Mercantil" pediu a falência das Lojas Americanas na 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro. O pedido foi divulgado ontem (9/10/2012) na seção 'Falências Requeridas' do jornal Valor Econômico.
“A BM&FBovespa está consultando a empresa sobre requerimento de falência veiculado na imprensa em 09/10/2012”, informou a bolsa em nota.
Procurada, a Lojas Americanas informou que o Tribunal de Justiça do Rio ainda não disponibilizou acesso ao processo. Em nota, a empresa esclarece ainda que “todos os valores, negociados por fornecedores da companhia com a factoring Athenabanco, que a empresa tem conhecimento, estão pagos. Além disso, os valores não são significativos e não comprometem a saúde financeira da empresa”.
Minoritário e Tim
Uma noticia destaque na imprensa é que um acionista minoritário da Tim, a JVCO, processa a empresa por abuso de poder da controladora. Entre as acusações, problemas relacionados ao reconhecimento contábil de passivos.
Um aspecto pouco divulgado na notícia é que a JVCO é uma empresa de Nelson Tanure. Quem é Tanure? Na Wikipédia mostra que este empresário gosta de situações complicadas. No seu currículo, Tanure foi o último gestor do jornal Gazeta Mercantil e do Jornal do Brasil. Deixou dívidas enormes. Seria um minoritário injustiçado ou somente uma pessoa interessada em aproveitar da situação?
Um aspecto pouco divulgado na notícia é que a JVCO é uma empresa de Nelson Tanure. Quem é Tanure? Na Wikipédia mostra que este empresário gosta de situações complicadas. No seu currículo, Tanure foi o último gestor do jornal Gazeta Mercantil e do Jornal do Brasil. Deixou dívidas enormes. Seria um minoritário injustiçado ou somente uma pessoa interessada em aproveitar da situação?
Rossi
Com 49 dias de prazo na apresentação do balanço do segundo trimestre, a Rossi Residencial divulgou, no fim da noite de quarta-feira, uma revisão dos dados do resultado prévio do período, entregue em 15 de agosto. O novo balanço teve alterações em praticamente todas as linhas contábeis e ainda não passou pela auditoria independente, assim como a prévia apresentada há um mês e meio.
Em comunicado enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a empresa afirmou que modificou suas práticas contábeis para um padrão mais "conservador". A adoção de tais práticas levou a empresa a revisar os resultados não apenas do segundo trimestre, mas todos desde 2009, já que o ciclo da construção é, em média, de três a cinco anos.
As informações trouxeram alguma luz, mas levantaram ainda mais dúvidas entre analistas e investidores sobre a real situação das finanças da Rossi. A incorporadora informou ter realizado ajustes totais de R$ 715,3 milhões em 30 de junho. O grosso dessa revisão, 85%, veio de uma mudança cobrada pela Deloitte, sua nova auditoria. Até o período anterior, a Rossi era auditada pela Ernst & Young Terco.
O prejuízo líquido do segundo trimestre, de R$ 9,06 milhões, virou lucro de R$ 51,3 milhões
A apropriação dos resultados e custos da parte do terreno e da incorporação de um mesmo empreendimento eram feitas de forma separada. Os números das duas etapas entravam em momentos distintos no balanço e elas tinham até margens operacionais diferentes, por serem registradas por SPE's (Sociedades com Propósitos Específicos) diferentes. Agora, as receitas e custos presumidos de um mesmo empreendimento passam a entrar juntos. A nova regra é retroativa aos últimos três anos.
Com isso, a empresa melhorou os resultados da primeira metade deste ano, mas piorou os dados referentes a 2011, 2010 e 2009. "Na prática, eles tiraram receita do passado e jogaram mais receita no presente", afirma Flávio Conde, analista da CGD Securities.
(...) O impacto negativo dos reajustes foi sentido diretamente no patrimônio líquido. Os lucros contabilizados em anos anteriores, partindo de receitas presumidas, foram estornados. Em 30 de junho, o patrimônio líquido, de R$ 2,79 bilhões na prévia de agosto, caiu para R$ 2,075 bilhões, queda de 25%. "A conclusão é que a empresa vale R$ 700 milhões a menos", afirma Conde.
Esse é o ponto mais grave também na visão de Eduardo Silveira, analista da BES Securities. "Essa baixa no PL foi maior do que a gente esperava". O analista comparou com empresas que passaram por problemas financeiros semelhantes recentemente e que estão fazendo operações de aumento de capital em valores equivalentes aos impactos dos estouros de orçamentos. A Brookfield faz uma capitalização de R$ 400 milhões, enquanto a PDG realiza uma operação de R$ 800 milhões. Como a Rossi anunciou que prepara um aumento de capital de R$ 500 milhões, o mercado esperava, no máximo, reajustes dessa ordem.
Outro índice que chamou a atenção do analista foi a alavancagem (endividamento líquido sobre patrimônio líquido). Como as dívidas foram ajustadas para cima e o patrimônio líquido para baixo, esse índice subiu. No segundo trimestre, foi revisado de 108% para 148,5%.
Rossi Residencial muda balanço e adota "padrão mais conservador" - 5 de Outubro de 2012 - Valor Econômico - Ana Fernandes
Ainda segundo o Valor Econômico (De olho no futuro se esquece o passado - Fernando Torres)
Tudo indica que não foi a Rossi que escolheu mudar suas práticas contábeis. Afinal, ter de republicar balanços não é algo desejável para nenhuma companhia. Se ela fez isso, portanto, foi por conta de pressão do auditor. (...)
Nos últimos anos, a empresa usou um sistema de reconhecimento de receita que a favoreceu. Ela divulgou margens brutas compatíveis com a das concorrentes, mas usando um critério que a favorecia perante as rivais.
Como os terrenos são registrados no balanço pelo custo histórico, a margem ligada a eles já costuma ser maior que a do serviço de incorporação. Com o salto recente no valor de mercado dos terrenos nas grandes cidades, e com a queda nas margens de incorporação por conta da elevação dos custos de mão de obra, essa diferença foi duplamente acentuada nos últimos anos.
Enquanto as rivais amargavam quedas de margem por conta de estouro de orçamento na incorporação, a Rossi tinha no reconhecimento antecipado dos terrenos, com margem maior, um fator que sustentava seus resultados na parte superior da média do mercado.
Agora que se aproxima o período da entrega da maior parte dos empreendimentos, em que a tendência das margens era diminuir (para abaixo da média do setor, para compensar o efeito positivo anterior), já que o peso da incorporação seria maior no resultado total, em detrimento dos terrenos, ela muda a prática contábil.
Fazendo o ajuste retroativo, quem olhar o passado verá que as margens da empresa não eram tão boas quanto pareciam. Mas passado é passado. Daqui para frente, chamarão mais atenção as novas margens que serão divulgadas.
Outro texto explora a questão da bolha (A bolha estourou e acabou a folia contábil no setor - Nelson Niero)
Não se sabe ainda se existe uma bolha no setor imobiliário brasileiro, mas uma coisa parece certa: existia uma bolha contábil e ela já estourou. (...)
Um auditor se abstém de dar opinião quando não obteve comprovação suficiente para fundamentar seu parecer. Ou seja, depois de quase 50 dias, a Deloitte não sabia ainda o que fazer dos números da Rossi.
Em comunicado enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a empresa afirmou que modificou suas práticas contábeis para um padrão mais "conservador". A adoção de tais práticas levou a empresa a revisar os resultados não apenas do segundo trimestre, mas todos desde 2009, já que o ciclo da construção é, em média, de três a cinco anos.
As informações trouxeram alguma luz, mas levantaram ainda mais dúvidas entre analistas e investidores sobre a real situação das finanças da Rossi. A incorporadora informou ter realizado ajustes totais de R$ 715,3 milhões em 30 de junho. O grosso dessa revisão, 85%, veio de uma mudança cobrada pela Deloitte, sua nova auditoria. Até o período anterior, a Rossi era auditada pela Ernst & Young Terco.
O prejuízo líquido do segundo trimestre, de R$ 9,06 milhões, virou lucro de R$ 51,3 milhões
A apropriação dos resultados e custos da parte do terreno e da incorporação de um mesmo empreendimento eram feitas de forma separada. Os números das duas etapas entravam em momentos distintos no balanço e elas tinham até margens operacionais diferentes, por serem registradas por SPE's (Sociedades com Propósitos Específicos) diferentes. Agora, as receitas e custos presumidos de um mesmo empreendimento passam a entrar juntos. A nova regra é retroativa aos últimos três anos.
Com isso, a empresa melhorou os resultados da primeira metade deste ano, mas piorou os dados referentes a 2011, 2010 e 2009. "Na prática, eles tiraram receita do passado e jogaram mais receita no presente", afirma Flávio Conde, analista da CGD Securities.
(...) O impacto negativo dos reajustes foi sentido diretamente no patrimônio líquido. Os lucros contabilizados em anos anteriores, partindo de receitas presumidas, foram estornados. Em 30 de junho, o patrimônio líquido, de R$ 2,79 bilhões na prévia de agosto, caiu para R$ 2,075 bilhões, queda de 25%. "A conclusão é que a empresa vale R$ 700 milhões a menos", afirma Conde.
Esse é o ponto mais grave também na visão de Eduardo Silveira, analista da BES Securities. "Essa baixa no PL foi maior do que a gente esperava". O analista comparou com empresas que passaram por problemas financeiros semelhantes recentemente e que estão fazendo operações de aumento de capital em valores equivalentes aos impactos dos estouros de orçamentos. A Brookfield faz uma capitalização de R$ 400 milhões, enquanto a PDG realiza uma operação de R$ 800 milhões. Como a Rossi anunciou que prepara um aumento de capital de R$ 500 milhões, o mercado esperava, no máximo, reajustes dessa ordem.
Outro índice que chamou a atenção do analista foi a alavancagem (endividamento líquido sobre patrimônio líquido). Como as dívidas foram ajustadas para cima e o patrimônio líquido para baixo, esse índice subiu. No segundo trimestre, foi revisado de 108% para 148,5%.
Rossi Residencial muda balanço e adota "padrão mais conservador" - 5 de Outubro de 2012 - Valor Econômico - Ana Fernandes
Ainda segundo o Valor Econômico (De olho no futuro se esquece o passado - Fernando Torres)
Tudo indica que não foi a Rossi que escolheu mudar suas práticas contábeis. Afinal, ter de republicar balanços não é algo desejável para nenhuma companhia. Se ela fez isso, portanto, foi por conta de pressão do auditor. (...)
Nos últimos anos, a empresa usou um sistema de reconhecimento de receita que a favoreceu. Ela divulgou margens brutas compatíveis com a das concorrentes, mas usando um critério que a favorecia perante as rivais.
Como os terrenos são registrados no balanço pelo custo histórico, a margem ligada a eles já costuma ser maior que a do serviço de incorporação. Com o salto recente no valor de mercado dos terrenos nas grandes cidades, e com a queda nas margens de incorporação por conta da elevação dos custos de mão de obra, essa diferença foi duplamente acentuada nos últimos anos.
Enquanto as rivais amargavam quedas de margem por conta de estouro de orçamento na incorporação, a Rossi tinha no reconhecimento antecipado dos terrenos, com margem maior, um fator que sustentava seus resultados na parte superior da média do mercado.
Agora que se aproxima o período da entrega da maior parte dos empreendimentos, em que a tendência das margens era diminuir (para abaixo da média do setor, para compensar o efeito positivo anterior), já que o peso da incorporação seria maior no resultado total, em detrimento dos terrenos, ela muda a prática contábil.
Fazendo o ajuste retroativo, quem olhar o passado verá que as margens da empresa não eram tão boas quanto pareciam. Mas passado é passado. Daqui para frente, chamarão mais atenção as novas margens que serão divulgadas.
Outro texto explora a questão da bolha (A bolha estourou e acabou a folia contábil no setor - Nelson Niero)
Não se sabe ainda se existe uma bolha no setor imobiliário brasileiro, mas uma coisa parece certa: existia uma bolha contábil e ela já estourou. (...)
Um auditor se abstém de dar opinião quando não obteve comprovação suficiente para fundamentar seu parecer. Ou seja, depois de quase 50 dias, a Deloitte não sabia ainda o que fazer dos números da Rossi.
Lucros Cessantes
A BMW do Brasil foi condenada a pagar a uma antiga concessionária indenização por lucros cessantes no valor de R$ 13,1 milhões. A decisão favorece a Nett Veículos, que atuava na cidade de São Paulo. A concessionária decidiu ir à Justiça depois de a montadora cancelar contrato para revenda exclusiva de veículos da marca. Depois de 14 anos de tramitação no Judiciário, o processo transitou em julgado no dia 13 de setembro.
De acordo com os advogados da Nett, o valor já foi penhorado na conta bancária da BMW. "Estamos esperando o levantamento do dinheiro", diz Ronaldo Vasconcelos, sócio do Lucon Advogados. Firmado em janeiro de 1996, para vigência de cinco anos, o contrato foi rescindido em abril de 1998. "A loja teve que fechar de um dia para outro."
(...) Segundo o acórdão do TJ-SP, a lei proíbe a rescisão unilateral. "Essa vedação é compreensível em pactos dessa natureza, eis que se cuida de negócio que exige vultoso investimento, cujo retorno não ocorre em curto prazo", afirma na decisão o relator do processo, desembargador Arantes Theodoro, acrescentando ainda que a BMW teria descumprido a cláusula que estabelecia prazo de doze meses para o aviso prévio da rescisão ao concessionário. Com isso, o TJ fixou indenização de 4% sobre o faturamento da concessionária projetado até o término do contrato, ou seja, até 2001. (...)
Montadora é condenada em R$ 13 milhões - 9 de Outubro de 2012 - Valor Econômico - Bárbara Pombo
De acordo com os advogados da Nett, o valor já foi penhorado na conta bancária da BMW. "Estamos esperando o levantamento do dinheiro", diz Ronaldo Vasconcelos, sócio do Lucon Advogados. Firmado em janeiro de 1996, para vigência de cinco anos, o contrato foi rescindido em abril de 1998. "A loja teve que fechar de um dia para outro."
(...) Segundo o acórdão do TJ-SP, a lei proíbe a rescisão unilateral. "Essa vedação é compreensível em pactos dessa natureza, eis que se cuida de negócio que exige vultoso investimento, cujo retorno não ocorre em curto prazo", afirma na decisão o relator do processo, desembargador Arantes Theodoro, acrescentando ainda que a BMW teria descumprido a cláusula que estabelecia prazo de doze meses para o aviso prévio da rescisão ao concessionário. Com isso, o TJ fixou indenização de 4% sobre o faturamento da concessionária projetado até o término do contrato, ou seja, até 2001. (...)
Montadora é condenada em R$ 13 milhões - 9 de Outubro de 2012 - Valor Econômico - Bárbara Pombo
Novo Doutor
O blogueiro Orleans Silva Martins é o doutor mais fresco em contabilidade do Brasil. Na segunda-feira (8/10/2012), sua tese, denominada, "Relações entre a Assimetria de Informação e as Características das Empresas no Mercado Acionário Brasileiro" foi aprovada no Programa Multi-institucional e Inter-regional de Pós-graduação em Ciências Contábeis UnB/UFPB/UFRN.
Bom gestor sabe arrecadar e aplicar recursos
Segundo José Matias Pereira, na hora de escolher um candidato, eleitor deve levar em consideração a situação financeira da cidade e a forma como os políticos envolvidos na disputa vão aplicar a verba.
Fonte: CBN
Fonte: CBN
Vinhos
O ex-dono do Banco Santos, Edemar Cid Ferreira, desencadeou nesta terça-feira uma batalha pessoal para tentar evitar a venda das quase 1,2 mil garrafas de vinho que colecionava na adega de sua mansão. (...)
A peça fundamental da acusação é o laudo de um perito, contratado pelo gestor da massa falida, que diz que “garrafas de vinho da adega, algumas de alto valor, apresentam redução do líquido, enquanto outras já se encontram vazando e mais outras apresentando início de deterioração”. O documento, assinado por Oliver Smith, segue sugerindo a venda o mais rápido possível da bebida, sob pena de perda de qualidade e de valor da coleção.
O especialista em vinhos, por sua vez, diz que das 1192 garrafas que avaliou, menos de 15 garrafas apresentam problemas de conservação. E que o problema não foi necessariamente causado após a saída de Ferreira da casa. Em alguns casos, trata-se de rolhas com décadas, que se deterioraram naturalmente e já deveriam ter sido trocadas. Há o caso de uma garrafa com duas rolhas. Porém, na maior parte dos casos, o vinho permanece em perfeito estado, afirma Smith. Segundo ele, além disso, a adega é bem protegida do sol e, nos cinco dias em que levou para avaliar o lote, o ar-condicionado esteve sempre ligado. (...)
Fonte: aqui
A peça fundamental da acusação é o laudo de um perito, contratado pelo gestor da massa falida, que diz que “garrafas de vinho da adega, algumas de alto valor, apresentam redução do líquido, enquanto outras já se encontram vazando e mais outras apresentando início de deterioração”. O documento, assinado por Oliver Smith, segue sugerindo a venda o mais rápido possível da bebida, sob pena de perda de qualidade e de valor da coleção.
O especialista em vinhos, por sua vez, diz que das 1192 garrafas que avaliou, menos de 15 garrafas apresentam problemas de conservação. E que o problema não foi necessariamente causado após a saída de Ferreira da casa. Em alguns casos, trata-se de rolhas com décadas, que se deterioraram naturalmente e já deveriam ter sido trocadas. Há o caso de uma garrafa com duas rolhas. Porém, na maior parte dos casos, o vinho permanece em perfeito estado, afirma Smith. Segundo ele, além disso, a adega é bem protegida do sol e, nos cinco dias em que levou para avaliar o lote, o ar-condicionado esteve sempre ligado. (...)
Fonte: aqui
O que o seu "rastro" diz sobre você?
Um vídeo que me surpreendeu pelas pessoas realmente acreditarem e se assustarem com o médium. Saber o número da sua conta é um tanto exagerado né?
Com as faturas de cartão de crédito (que talvez você jogue fora sem rasgar) é possível saber seu estilo de vida: se você mora sozinho ou tem filhos, tem carro, viaja (fica em hotel cinco estrelas?), compra muitas roupas ou vai a bares e boates. Com as redes sociais ficou ainda mais fácil traçar o seu perfil – o que você compartilha? Quais fan pages (ou contas no twitter, instagram, pinterest)“curte” ? Quantos “amigos” tem? Como é a sua interação nesse ambiente?
Isso pode ser usado para o seu “bem” – com base no seu perfil, são direcionados anúncios que possam te interessar, ou para o seu mal – um médium tirando o seu dinheiro ou a orientadora que te adiciona para saber se você está terminando o trabalho ou se está na festa é o mais simples. Tenho certeza que coisas mais elaboradas virão à sua mente...
Indicado por Ednilto Tavares Júnior, a quem agradecemos.
BM&FBovespa: Horário de Verão
A BM&FBOVESPA informou o horário de negociação dos segmentos Bovespa e BM&F que irão vigorar a partir de 22 de outubro, devido ao início do horário brasileiro de verão, em 21 de outubro.
Principais destaques em relação aos horários de negociação:
- Não haverá alteração do pregão regular no mercado Bovespa, ou seja, permanece em sessão contínua das 10h às 17h;
- Será estendido o call de fechamento para todo o mercado de balcão organizado e para todos os Fundos de Investimento Imobiliário de Bolsa;
- Será criado o call de fechamento para opções de IBOVESPA a partir das 16h50, com encerramento estendido em dois minutos a partir do encerramento do último call de ação;
- A negociação de contratos de Índice Bovespa Futuro, que começa às 9h, será estendida até as 17h55;
- O call de fechamento será das 17h55 até as 18h;
- A partir de 5 de novembro, deixa de existir o pregão After Hours para o contrato futuro de soja com liquidação financeira.
Confira os horários de negociação: aqui.
Fonte: BM&FBovespa
Principais destaques em relação aos horários de negociação:
- Não haverá alteração do pregão regular no mercado Bovespa, ou seja, permanece em sessão contínua das 10h às 17h;
- Será estendido o call de fechamento para todo o mercado de balcão organizado e para todos os Fundos de Investimento Imobiliário de Bolsa;
- Será criado o call de fechamento para opções de IBOVESPA a partir das 16h50, com encerramento estendido em dois minutos a partir do encerramento do último call de ação;
- A negociação de contratos de Índice Bovespa Futuro, que começa às 9h, será estendida até as 17h55;
- O call de fechamento será das 17h55 até as 18h;
- A partir de 5 de novembro, deixa de existir o pregão After Hours para o contrato futuro de soja com liquidação financeira.
Confira os horários de negociação: aqui.
Fonte: BM&FBovespa
09 outubro 2012
Contabilidade criativa e os repasses do BNDES
Editorial O Estado de S.Paulo
04 de outubro de 2012
O Tesouro Nacional deverá liberar entre R$ 20 bilhões e R$ 25 bilhões nos próximos dias para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a fim de que este possa prosseguir nas suas operações com empresas, inclusive do governo.
É um expediente que já foi denunciado, no passado, pela economista do Fundo Monetário Internacional (FMI) que acompanhava a economia brasileira. No entanto, é apresentado pelas autoridades monetárias brasileiras como "contabilidade criativa".
No fundo, trata-se de uma operação de triangulação em que o Tesouro empresta recursos ao BNDES sem que, pelas normas contábeis, isso represente aumento da dívida líquida, pois são recursos repassados pelo banco de desenvolvimento a empresas controladas direta ou indiretamente pelo governo, que pagam dividendos ao Tesouro e, portanto, ajudam a elevar de modo sensível o superávit primário.
Fugindo das normas da transparência, nunca se explicou com clareza o custo dessas operações para o Tesouro. Na realidade, este paga juros mais elevados pela dívida que contrai do que os praticados pelo BNDES, e os dividendos que recebe parecem inferiores aos juros que paga. Os repasses ao BNDES não aparecem como despesas do governo, enquanto os dividendos que o Tesouro recolhe são incluídos nas receitas - um dos pontos altamente criticados.
Num momento em que o governo reconhece que não poderá alcançar a meta cheia de superávit primário do governo central - e terá de emitir mais títulos da dívida pública, sobre os quais incidirão mais juros -, essa "contabilidade criativa" apresenta graves inconvenientes.
É somente por causa de convenções contábeis que a dívida pública não está aumentando. Na realidade, ela cresce e exige o pagamento de juros, que é feito com emissão de novos papéis da dívida. Serão juros sobre os quais incidirão mais juros.
Por outro lado, desde que começou a campanha eleitoral, os governos estaduais foram autorizados a aumentar seus empréstimos, o que representa nova fonte de juros a pagar.
Por enquanto, a dívida pública está num nível administrável, mas poderá chegar a um ponto em que o País será forçado a pagar juros mais altos por sua rolagem, especialmente se a liquidez internacional - que vem sendo objeto de alertas pela presidente Dilma Rousseff - voltar a se estreitar.
De qualquer maneira, o fato de a equipe econômica estar anunciando que o superávit primário não será atingido já deve levar a um aumento dos juros que o Brasil está pagando.
04 de outubro de 2012
O Tesouro Nacional deverá liberar entre R$ 20 bilhões e R$ 25 bilhões nos próximos dias para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a fim de que este possa prosseguir nas suas operações com empresas, inclusive do governo.
É um expediente que já foi denunciado, no passado, pela economista do Fundo Monetário Internacional (FMI) que acompanhava a economia brasileira. No entanto, é apresentado pelas autoridades monetárias brasileiras como "contabilidade criativa".
No fundo, trata-se de uma operação de triangulação em que o Tesouro empresta recursos ao BNDES sem que, pelas normas contábeis, isso represente aumento da dívida líquida, pois são recursos repassados pelo banco de desenvolvimento a empresas controladas direta ou indiretamente pelo governo, que pagam dividendos ao Tesouro e, portanto, ajudam a elevar de modo sensível o superávit primário.
Fugindo das normas da transparência, nunca se explicou com clareza o custo dessas operações para o Tesouro. Na realidade, este paga juros mais elevados pela dívida que contrai do que os praticados pelo BNDES, e os dividendos que recebe parecem inferiores aos juros que paga. Os repasses ao BNDES não aparecem como despesas do governo, enquanto os dividendos que o Tesouro recolhe são incluídos nas receitas - um dos pontos altamente criticados.
Num momento em que o governo reconhece que não poderá alcançar a meta cheia de superávit primário do governo central - e terá de emitir mais títulos da dívida pública, sobre os quais incidirão mais juros -, essa "contabilidade criativa" apresenta graves inconvenientes.
É somente por causa de convenções contábeis que a dívida pública não está aumentando. Na realidade, ela cresce e exige o pagamento de juros, que é feito com emissão de novos papéis da dívida. Serão juros sobre os quais incidirão mais juros.
Por outro lado, desde que começou a campanha eleitoral, os governos estaduais foram autorizados a aumentar seus empréstimos, o que representa nova fonte de juros a pagar.
Por enquanto, a dívida pública está num nível administrável, mas poderá chegar a um ponto em que o País será forçado a pagar juros mais altos por sua rolagem, especialmente se a liquidez internacional - que vem sendo objeto de alertas pela presidente Dilma Rousseff - voltar a se estreitar.
De qualquer maneira, o fato de a equipe econômica estar anunciando que o superávit primário não será atingido já deve levar a um aumento dos juros que o Brasil está pagando.
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Que tipo de financiamento para a sua empresa?
"Em recente matéria, a revista Exame lista Seis motivos para desconfiar de um investidor-anjo. O texto tem ótimas dicas para quem considera atrair um sócio-investidor para o seu negócio, mas os alertas focam questões de cunho basicamente jurídico e societário. Não há uma análise sob a ótica estratégica.
Minha dica vem de The Innovator's Solution: Creating and Sustaining Successful Growth, (Harvard Business School Press, 2003), de Clayton Christensen. Segundo o professor de Harvard, há que se diferenciar o Dinheiro bom do Dinheiro ruim.
Para o autor, Dinheiro bom é impaciente por lucro e paciente por crescimento, ao passo que o Dinheiro ruim é o paciente por lucro e impaciente por crescimento.
A explicação é bem direta: nas start-ups, especialmente aquelas focadas em Inovações Disruptivas, o lucro da operação é o melhor indicador de que um modelo de negócio é viável e sustentável. Já o crescimento, por sua vez, não ocorre da noite para o dia quando se persegue novos mercados, ou quando o público-alvo é formado por não-consumidores.
Se a empresa demora a atingir seu break even - e ainda cresce rapidamente, acelerando o aumento do rombo - ela corre o risco de transformar-se numa máquina de moer dinheiro e esgotar seus recursos, antes mesmo de ter a chance de tornar-se efetivamente sólida.
Por este motivo, até, Christensen sugere que o preço de um produto inovador deve ser determinado antes mesmo de se saber seu custo - e não o contrário. Se o preço que seu cliente está disposto a pagar pelo seu produto (você pesquisou isso, certo?) não cobre seus custos, então esqueça, pois seu negócio não é viável. E não é cobrando mais caro que você vai consertar isto."
Dinheiro Bom e Dinheiro Ruim - Rodolfo Araújo em "O Líder Acidental".
Imagem: Yonil
Minha dica vem de The Innovator's Solution: Creating and Sustaining Successful Growth, (Harvard Business School Press, 2003), de Clayton Christensen. Segundo o professor de Harvard, há que se diferenciar o Dinheiro bom do Dinheiro ruim.
Para o autor, Dinheiro bom é impaciente por lucro e paciente por crescimento, ao passo que o Dinheiro ruim é o paciente por lucro e impaciente por crescimento.
A explicação é bem direta: nas start-ups, especialmente aquelas focadas em Inovações Disruptivas, o lucro da operação é o melhor indicador de que um modelo de negócio é viável e sustentável. Já o crescimento, por sua vez, não ocorre da noite para o dia quando se persegue novos mercados, ou quando o público-alvo é formado por não-consumidores.
Se a empresa demora a atingir seu break even - e ainda cresce rapidamente, acelerando o aumento do rombo - ela corre o risco de transformar-se numa máquina de moer dinheiro e esgotar seus recursos, antes mesmo de ter a chance de tornar-se efetivamente sólida.
Por este motivo, até, Christensen sugere que o preço de um produto inovador deve ser determinado antes mesmo de se saber seu custo - e não o contrário. Se o preço que seu cliente está disposto a pagar pelo seu produto (você pesquisou isso, certo?) não cobre seus custos, então esqueça, pois seu negócio não é viável. E não é cobrando mais caro que você vai consertar isto."
Dinheiro Bom e Dinheiro Ruim - Rodolfo Araújo em "O Líder Acidental".
Imagem: Yonil
Ebitda
A Comissão de valores mobiliários (CVM) editou ontem instrução que uniformiza (1) o cálculo do lucro operacional antes de juros, impostos, depreciação e Amortização (Ebitda, na sigla em inglês) entre as empresas abertas brasileiras. A medida foi bem recebida pelo mercado, e poderá facilitar a análise de investimento, já que atualmente cada companhia tem sua própria metodologia, afirmaram gestores ouvidos pelo Valor. (...)
"Existe um cálculo tradicional para o Ebitda, que está nos livros de finanças (2), e ele tem de ser atendido", explicou o superintendente. A empresa está autorizada a divulgar um Ebitda ajustado, calculado pela metodologia que achar mais adequada, desde que também publique o tradicional.
Ao escolher publicar os dois indicadores, a companhia também deve informar a metodologia. "Tem que divulgar tudo o que for necessário para que o investidor entenda como o Ebitda foi ajustado e possa refazer a conta se achar necessário", disse.
A instrução foi elogiada por gestores de investimentos (3), que consideraram a regra positiva e necessária para pôr fim à "bagunça" quando se refere ao cálculo usado pelas companhias para chegar a esse indicador.
Segundo André Querne, analista da Rio Gestão, o Ebitda é relevante para a análise de investimentos (4). "É coerente [a nova regra], pois se cada empresa fizer um ajuste diferente no Ebitda, acaba sendo um indicador não comparável", explicou.
O analista lembra que um dos métodos mais utilizados por gestores é o chamado "valor da firma", que é o FV/Ebitda - a soma do valor de mercado da companhia com sua dívida líquida sobre o Ebitda. Esse cálculo substituiu o P/L, a razão entre o patrimônio e o lucro líquido, indicador utilizado no mercado em meados dos anos 1990 (5).
Querne indica que, atualmente, cada empresa adiciona indicadores ao Ebitda para melhor refletir as características do negócio em que atua. "Existem ajustes inerentes de cada empresa e de cada setor. A maior parte das empresas só divulga o ajustado, e não o tradicional", disse.
"A medida é positiva, porque não impede a empresa de divulgar o ajuste. Por outro lado, mostra qual é o padrão", completou. Além disso, a padronização também facilita a comparação com empresas estrangeiras.
Para um analista de gestora que não quis se identificar, hoje o cálculo do Ebitda é "uma bagunça, pois cada empresa calcula da maneira que lhe convém".
Por outro lado, na opinião de Reno Azevedo, analista da JGP Gestão de Recursos, a instrução editada pela CVM não terá impactos. "Não faz muita diferença. O que importa são as informações divulgadas pela empresa, pois nós mesmos fazemos o cálculo do Ebitda, com a nossa própria metodologia (6)", disse.
A mudança passou por extenso debate no mercado. Segundo a CVM, a discussão foi bem recebida a colaboração dos interlocutores "influenciou muito a minuta final".
Fonte: Aqui
(1) É interessante que esta uniformização já era discutida desde 2006. Veja para isto o livro Teoria da Contabilidade, Niyama e este blogueiro, página 27, exercício 8.
(2) Livro de finanças decente não possui cálculo do Ebitda. Possui uma crítica feroz a este índice.
(3) É triste imaginar que estes gestores tomam decisão de investimento baseado nesta "coisa" chamada Ebitda. O leitor deveria aproveitar e anotar estas empresas para não ser clientes delas.
(4) Como este índice pode ser relevante para análise de investimento? Não faz sentido: não é caixa, não é lucro, não é nada.
(5) O P/L tem um suporte teórico, frágil é verdade, mas possui.
(6) Por um lado este gestor afirmou que acha isto tudo uma bobagem. E é. Mas afirmou que usa o índice.
"Existe um cálculo tradicional para o Ebitda, que está nos livros de finanças (2), e ele tem de ser atendido", explicou o superintendente. A empresa está autorizada a divulgar um Ebitda ajustado, calculado pela metodologia que achar mais adequada, desde que também publique o tradicional.
Ao escolher publicar os dois indicadores, a companhia também deve informar a metodologia. "Tem que divulgar tudo o que for necessário para que o investidor entenda como o Ebitda foi ajustado e possa refazer a conta se achar necessário", disse.
A instrução foi elogiada por gestores de investimentos (3), que consideraram a regra positiva e necessária para pôr fim à "bagunça" quando se refere ao cálculo usado pelas companhias para chegar a esse indicador.
Segundo André Querne, analista da Rio Gestão, o Ebitda é relevante para a análise de investimentos (4). "É coerente [a nova regra], pois se cada empresa fizer um ajuste diferente no Ebitda, acaba sendo um indicador não comparável", explicou.
O analista lembra que um dos métodos mais utilizados por gestores é o chamado "valor da firma", que é o FV/Ebitda - a soma do valor de mercado da companhia com sua dívida líquida sobre o Ebitda. Esse cálculo substituiu o P/L, a razão entre o patrimônio e o lucro líquido, indicador utilizado no mercado em meados dos anos 1990 (5).
Querne indica que, atualmente, cada empresa adiciona indicadores ao Ebitda para melhor refletir as características do negócio em que atua. "Existem ajustes inerentes de cada empresa e de cada setor. A maior parte das empresas só divulga o ajustado, e não o tradicional", disse.
"A medida é positiva, porque não impede a empresa de divulgar o ajuste. Por outro lado, mostra qual é o padrão", completou. Além disso, a padronização também facilita a comparação com empresas estrangeiras.
Para um analista de gestora que não quis se identificar, hoje o cálculo do Ebitda é "uma bagunça, pois cada empresa calcula da maneira que lhe convém".
Por outro lado, na opinião de Reno Azevedo, analista da JGP Gestão de Recursos, a instrução editada pela CVM não terá impactos. "Não faz muita diferença. O que importa são as informações divulgadas pela empresa, pois nós mesmos fazemos o cálculo do Ebitda, com a nossa própria metodologia (6)", disse.
A mudança passou por extenso debate no mercado. Segundo a CVM, a discussão foi bem recebida a colaboração dos interlocutores "influenciou muito a minuta final".
Fonte: Aqui
(1) É interessante que esta uniformização já era discutida desde 2006. Veja para isto o livro Teoria da Contabilidade, Niyama e este blogueiro, página 27, exercício 8.
(2) Livro de finanças decente não possui cálculo do Ebitda. Possui uma crítica feroz a este índice.
(3) É triste imaginar que estes gestores tomam decisão de investimento baseado nesta "coisa" chamada Ebitda. O leitor deveria aproveitar e anotar estas empresas para não ser clientes delas.
(4) Como este índice pode ser relevante para análise de investimento? Não faz sentido: não é caixa, não é lucro, não é nada.
(5) O P/L tem um suporte teórico, frágil é verdade, mas possui.
(6) Por um lado este gestor afirmou que acha isto tudo uma bobagem. E é. Mas afirmou que usa o índice.
Certificação Digital
Aos poucos, livros de centenas de páginas com a contabilidade das empresas são substituídos por arquivos digitais assinados e transmitidos digitalmente. Isso desde o início do Sped, (Sistema Público de Escrituração Digital), que começou em 2005 com a nota fiscal eletrônica.
Uma nova etapa de transição começa em outubro para cerca de 40 mil empresas paulistas. Elas terão de enviar arquivos digitais com informações de ICMS e IPI.
Não há uma regra para saber qual empresa está obrigada. A lista completa está disponível no site da Secretaria Estadual da Fazenda.
A transição é complexa, mas aponta para resultados positivos, segundo Roberto Dias Duarte, professor de gestão contábil eletrônica na PUC-MG. O mais óbvio é a economia com impressões e encadernações.
"É como comparar um computador com uma máquina de escrever", diz Duarte. Porém, ele diz que nem sempre o computador é mais rápido, pois a pessoa tem de aprender a usá-lo, compara.
Entre as vantagens do Sped, Duarte aponta a obrigatoriedade de uma melhora na gestão que a digitalização obrigará. Na escrituração digital, informações como controle detalhado do estoque, cadastro de produtos e fornecedores --informações que ficavam em livros de contabilidade-- estarão à disposição do Fisco instantaneamente.
Geuma Nascimento, sócia da Trevisan Gestão Consultoria diz que o Sped é uma realidade irreversível, da qual não adianta reclamar. Pelo contrário, o importante é se preparar e perceber as vantagens futuras que podem vir da implantação, como a diminuição da sonegação.
Folha de S Paulo, 8 de outubro de 2012
Uma nova etapa de transição começa em outubro para cerca de 40 mil empresas paulistas. Elas terão de enviar arquivos digitais com informações de ICMS e IPI.
Não há uma regra para saber qual empresa está obrigada. A lista completa está disponível no site da Secretaria Estadual da Fazenda.
A transição é complexa, mas aponta para resultados positivos, segundo Roberto Dias Duarte, professor de gestão contábil eletrônica na PUC-MG. O mais óbvio é a economia com impressões e encadernações.
"É como comparar um computador com uma máquina de escrever", diz Duarte. Porém, ele diz que nem sempre o computador é mais rápido, pois a pessoa tem de aprender a usá-lo, compara.
Entre as vantagens do Sped, Duarte aponta a obrigatoriedade de uma melhora na gestão que a digitalização obrigará. Na escrituração digital, informações como controle detalhado do estoque, cadastro de produtos e fornecedores --informações que ficavam em livros de contabilidade-- estarão à disposição do Fisco instantaneamente.
Geuma Nascimento, sócia da Trevisan Gestão Consultoria diz que o Sped é uma realidade irreversível, da qual não adianta reclamar. Pelo contrário, o importante é se preparar e perceber as vantagens futuras que podem vir da implantação, como a diminuição da sonegação.
Folha de S Paulo, 8 de outubro de 2012
Jogadores mais bem pagos
Eis a lista dos jogadores de futebol mais bem pagos do mundo:
10. Cristiano Ronaldo - Real Madrid - 12,9 milhões de dólares
9. Messi - Barcelona - 13,6 milhões
8. Conca - Guangzhou - 13,7 milhões
7. Torres - Chelsea - 14 milhões
6. Drogba - Shanghai Shenhua - 15,6 milhões
5. Aguero - Manchester City - 16,2 milhões
4. Yaya Toure - Manchester City - 16,8 milhões
3. Wayne Rooney - Manchester United - 17,9 milhões
2. Ibrahimovic - PSG - 18,8 milhões
1 - Eto´o - Anzhi Makhachkala - 25,9 milhões
É interessante que os dois melhores jogadores do mundo são 9o. e 10o. colocados. Parte da lista pode ser explicada por jogadores que atuam em países com pouco espaço na mídia internacional e abrem mão da fama pelo dinheiro. É o caso de Conca, Drogba e Eto´o. Aguero e Yaya vestem a camisa do City, que pagou um bom dinheiro para reforçar o time para ganhar o campeonato inglês. O PSG, o clube que mais contratou na temporada, possui o segundo lugar, com o sueco Ibrahimovic.
10. Cristiano Ronaldo - Real Madrid - 12,9 milhões de dólares
9. Messi - Barcelona - 13,6 milhões
8. Conca - Guangzhou - 13,7 milhões
7. Torres - Chelsea - 14 milhões
6. Drogba - Shanghai Shenhua - 15,6 milhões
5. Aguero - Manchester City - 16,2 milhões
4. Yaya Toure - Manchester City - 16,8 milhões
3. Wayne Rooney - Manchester United - 17,9 milhões
2. Ibrahimovic - PSG - 18,8 milhões
1 - Eto´o - Anzhi Makhachkala - 25,9 milhões
É interessante que os dois melhores jogadores do mundo são 9o. e 10o. colocados. Parte da lista pode ser explicada por jogadores que atuam em países com pouco espaço na mídia internacional e abrem mão da fama pelo dinheiro. É o caso de Conca, Drogba e Eto´o. Aguero e Yaya vestem a camisa do City, que pagou um bom dinheiro para reforçar o time para ganhar o campeonato inglês. O PSG, o clube que mais contratou na temporada, possui o segundo lugar, com o sueco Ibrahimovic.
Likes
Recentemente o Facebook deletou os Likes falsos na rede social, gerados por malwares e contas falsas. Eis a lista de quem mais perdeu:
1. Kit Kat perdeu 3,012,539 Likes em 1 dia
2. Facebook perdeu 124,919 Likes em 1 dia
3. Red Bull perdeu 117,780 Likes em 1 dia
4. MLB perdeu 116,119 Likes em 1 dia
5. Dell perdeu 107,889 Likes em 1 dia
6. Coca-Cola perdeu 96,445 Likes em 1 dia
7. Farmville perdeu 61,225 Likes em 1 dia
8. CityVille perdeu 58,214 Likes em 1 dia
9. Samsung Mobile perdeu 52,717 Likes em 1 dia
10. Twitter perdeu 51,123 Likes em 1 dia
Fonte: Business Insidere, via aqui
1. Kit Kat perdeu 3,012,539 Likes em 1 dia
2. Facebook perdeu 124,919 Likes em 1 dia
3. Red Bull perdeu 117,780 Likes em 1 dia
4. MLB perdeu 116,119 Likes em 1 dia
5. Dell perdeu 107,889 Likes em 1 dia
6. Coca-Cola perdeu 96,445 Likes em 1 dia
7. Farmville perdeu 61,225 Likes em 1 dia
8. CityVille perdeu 58,214 Likes em 1 dia
9. Samsung Mobile perdeu 52,717 Likes em 1 dia
10. Twitter perdeu 51,123 Likes em 1 dia
Fonte: Business Insidere, via aqui
Lehman Brothers
O banco norte-americano Lehman Brothers anunciou na sexta-feira que chegou a um acordo de princípios que põe fim ao seu litígio com seu braço europeu, o Lehman Brothers International (Europe), por ações que somam US$38 bilhões.
"James Giddens, que supervisiona a liquidação do Lehman Brothers e Tony Lomas, o liquidador do Lehman Brothers International (Europa) anunciaram o acordo para resolver todos os conflitos entre suas respectivas entidades", diz o comunicado.
Falta agora a aprovação do juiz de falências dos Estados Unidos, James M. Peck, assim como da Alta Corte Inglesa.
"Caso (o acordo) seja aprovado, os ativos poderão ser distribuídos aos clientes e credores do Lehman", aos quais já foram distribuídos mais de US$90 bilhões, diz o comunicado.
As duas entidades disputam uma grande quantidade de ativos, que devem ser distribuídos aos investidores que perderam dinheiro com a maior quebra bancária na história dos Estados Unidos.
O Lehman Brothers declarou falência no dia 15 de setembro de 2008, dando início a uma crise mundial sem precedentes.
Fonte: aqui
"James Giddens, que supervisiona a liquidação do Lehman Brothers e Tony Lomas, o liquidador do Lehman Brothers International (Europa) anunciaram o acordo para resolver todos os conflitos entre suas respectivas entidades", diz o comunicado.
Falta agora a aprovação do juiz de falências dos Estados Unidos, James M. Peck, assim como da Alta Corte Inglesa.
"Caso (o acordo) seja aprovado, os ativos poderão ser distribuídos aos clientes e credores do Lehman", aos quais já foram distribuídos mais de US$90 bilhões, diz o comunicado.
As duas entidades disputam uma grande quantidade de ativos, que devem ser distribuídos aos investidores que perderam dinheiro com a maior quebra bancária na história dos Estados Unidos.
O Lehman Brothers declarou falência no dia 15 de setembro de 2008, dando início a uma crise mundial sem precedentes.
Fonte: aqui
08 outubro 2012
Skol no Vale do Silício
A Ambev mantém desde maio uma operação avançada em Palo Alto, no Vale do Silício norte-americano, voltada para projetos de inovação relacionados à marca Skol. Batizada de Garagem Skol, a estrutura funciona dentro de um centro de desenvolvimento de tecnologia da Anheuser-Busch Inbev e tem como missões criar projetos inovadores para a comunicação da marca, indicar novas tecnologias que podem ser aplicadas no Brasil e fazer ponte entre profissionais da companhia com empresas da região, como Google e Twitter.
À frente da unidade está Harry Lewis, que antes ocupava a gerência de marketing da plataforma jovem da marca no Brasil. O trabalho resultou em novos formatos, como um pocket show virtual na campanha de lançamento da nova embalagem da cerveja.
Fonte: Eduardo Duarte Zanelato
À frente da unidade está Harry Lewis, que antes ocupava a gerência de marketing da plataforma jovem da marca no Brasil. O trabalho resultou em novos formatos, como um pocket show virtual na campanha de lançamento da nova embalagem da cerveja.
Fonte: Eduardo Duarte Zanelato
07 outubro 2012
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