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25 março 2009

Dinheiro ou Cartão de Crédito

Mais uma pesquisa comprova que as pessoas gastam mais quando usam o cartão de crédito. E gastam menos quando elas olham suas despesas com detalhes.

Um estudo apresentado no Journal of Experimental Psychology com 114 participantes mostraram quando se gastaria usando caixa ou cartão de crédito numa refeição.

This fascinating study suggests that we are more emotionally attached to our cash when given the choice of paying with cash or with a credit card. Perhaps it is the burden of not knowing what will happen with the economy.
Here is an analogy that is akin to the researchers’ findings: When individuals play the game of Monopoly, one player may tend to spend like crazy buying properties, houses, and hotels while another player may reserve the money for those properties that will yield the highest return. It’s something to think about!
Fonte: Aqui

24 março 2009

Rir é o melhor remédio




Fonte: Aqui, aqui e aqui

Teste #42

1. Samuel Lowell Price, poderia ter lido Os três Mosqueteiros?
2. William Welch Deloitte poderia ter assistido Carlitos no cinema?
3. Sir William Barclay Peat poderia ter lido nos jornais sobre a primeira copa do mundo de Futebol?

Resposta do Anterior: Crédito

Links

Resumo da reação ao plano dos EUA

É divertido fazer previsão no mercado

Financial Times: Iasb e a mudança no valor justo nos EUA

A mudança nas regras contábeis dos EUA e a contabilidade internacional

Detalhamento das mudanças na marcação a mercado

A contabilidade pode resistir a pressão dos bancos?

Frase

A única função da previsão econômica é fazer a astrologia respeitável

John Kenneth Galbraith


Fonte: Aqui

Matem o mensageiro

Em We Need Honest Accounting, James S. Chanos, no The Wall Street Journal (24/3/2009, p. A17) discute o momento atual da contabilidade dos EUA. Por um lado, a contabilidade que usa a marcação a mercado (MTM), sob ataque dos bancos e outros lobistas. Mas a crise necessita de transparência. Segundo Chanos, já existe uma história contábil onde o setor financeiro influencia as mudanças. Mas não reconhecem a culpa dos executivos na crise (decisões relacionadas ao risco, estratégias de financiamento etc).

Eles agem com indiferença moral


afirma Chanos. No fundo, o texto de Chanos alerta para questão da responsabilidade do mensageiro (neste caso, o contador).

There is a connection between efforts over the past 12 years to reduce regulatory oversight, weaken capital requirements, and silence the financial detectives who uncovered such scandals as Lehman and Enron. The assault against MTM is just the latest chapter.


Para Chanos, a proposta de 16 de março do Fasb representa o reconhecimento da derrota.

Lei 11638 e Tributação

As novas normas contábeis e a MP nº 449
Valor Econômico - 23/3/2009

A novela brasileira da adoção de regras mundiais de contabilidade já dura nove anos e está longe de terminar. Em novembro de 2000, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) encaminhou à Câmara dos Deputados uma proposta de adequação das regras contábeis brasileiras aos padrões internacionais. O projeto, voltado às modificações da Lei nº 6.404, de 1976, foi protocolado sob o número 3.741. Após sete anos de ajustes e emendas, o que era um projeto foi transformado em lei e, em 28 de dezembro de 2007 o Diário Oficial da União publicou a Lei nº 11.638.

Por mais pertinentes que possam ser as críticas aos padrões internacionais de contabilidade, as novas disposições possuíam o mérito de alinhar as demonstrações contábeis das empresas brasileiras às exigências de um mundo globalizado. Além disso, outra qualidade do novo texto encontrava-se no estabelecimento de uma neutralidade das normas jurídicas de natureza contábil relativamente às normas de natureza tributária. A nova redação dada aos parágrafos 2º e 7º do artigo 177 da Lei nº 6.404 assegurava que, em princípio, aquelas mudanças não produziriam efeitos tributários. Com isso, o novo diploma legal resgatava o papel das ciências contábeis, ao mesmo tempo em que mantinha os fundamentos do direito tributário. Dessa forma, os registros contábeis passariam a retratar a essência econômica dos negócios jurídicos, ao mesmo tempo em que os ajustes em livros acessórios retratariam, para fins tributários, a natureza jurídica desses negócios.

No entanto, isso tudo caiu por terra com a edição da Medida Provisória nº 449, em 3 de dezembro de 2008. Inconformada, a Receita Federal do Brasil arquitetou a modificação do parágrafo 2º e a revogação do parágrafo 7º do artigo 177. Ao proceder dessa forma, o fisco acabou com a neutralidade atribuída à Lei nº 6.404 com a redação que lhe foi dada com a Lei nº 11.638. Em seu lugar, foi instituído um regime tributário de transição que apregoa uma neutralidade transitória e aparente da carga tributária e não mais das normas contábeis. Ironicamente, a medida resguardou ao contribuinte o direito de optar pela nova modalidade, a qual lhe garante que a carga tributária devida por sua empresa não será maior do que já é. A outra alternativa, que está sendo apresentada às empresas, é a de adotar os novos métodos e critérios contábeis instituídos pela Lei nº 11.638, os quais, tudo indica, ocasionarão aumento da carga tributária. Frise-se que essa situação, na verdade, não passa de uma suposição, pois o contribuinte não terá tempo hábil para analisar adequadamente sua situação frente a cada uma das alternativas. Logo, não haverá opção consciente.

E o pior, até agora o debate em torno da adoção dos padrões internacionais de contabilidade vinha sendo feito no âmbito das grandes corporações. A neutralidade das normas contábeis eximia as demais empresas das implicações resultantes do novo modelo. Por esse motivo, um grande número de empresas estava alheia a essas modificações. Entretanto, a revogação do parágrafo 7º e a nova redação dada ao parágrafo 2º restabeleceu os efeitos tributários das normas contábeis. Por força do inciso XI do artigo 67 do Decreto-lei nº 1.598, de 1977, o lucro líquido do exercício deve ser apurado de acordo com o previsto pela Lei mº 6.404, agora com a redação dada pela Lei nº 11.638. Isso significa que todas as empresas optantes pelo lucro real - qualquer que seja seu porte ou seu revestimento societário - estão sujeitas a um aumento em sua carga tributária. Em certas situações, face às omissões do Código Civil, isso também acontecerá com as empresas optantes pelo lucro presumido. O que é grave é que a maioria dessas empresas sequer sabe disso. Não estão atentas para o fato de que a Medida Provisória nº 449 obrigou-as a "optar" pelo regime tributário de transição, do contrário terão que arcar com mais tributos.

A rigor, o regime tributário de transição se assemelha a uma tentativa cômoda do fisco de postergar sua adaptação ao novo modelo para 2010, ou para as calendas gregas. Tentativa atabalhoada porque fez isso suprimindo os dispositivos que corporificavam o espírito da Lei nº 11.638 de neutralidade das normas contábeis - transferindo o caos para o meio empresarial.

E é aqui que se constata que, também no âmbito da produção das leis, é possível desmanchar com os pés aquilo que foi construído com as mãos ao longo de sete anos. É certo que, se não suprimidas pelo Congresso Nacional, as modificações da Medida Provisória nº 449 importarão em um aumento da carga tributária das empresas. Se isso ocorrer, os dispositivos da norma responsáveis por essa elevação serão considerados inconstitucionais, já que essa medida provisória não foi convertida em lei antes de 31 de dezembro de 2008, ferindo, assim, o parágrafo 2º do artigo 62 da Constituição Federal de 1988, que determina que uma medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos incisos I, II, IV e V do artigo 153 e no inciso II do artigo 154, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se tiver sido convertida em lei até o último dia do ano em que foi editada.

Atílio Dengo é advogado tributarista, doutor em direito e professor da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio Grande do Sul

História da Contabilidade

La contabilidad primitiva
La Verdad - 23/3/2009 - ALBACETE

El prestigioso matemático belga Dirk Huylebrouck impartió ayer una interesante charla en Albacete

Quince mil años antes de que la escritura apareciera en Mesopotamia, el ser humano ya hacía cuentas en África. Eso opinan algunos matemáticos que han estudiado dos huesos con muescas transversales, encontrados junto a la cabecera del Nilo en los años 50. Uno de los más prestigiosos defensores de esta teoría visitó Albacete ayer, invitado por el Instituto Bachiller Sabuco y por la Facultad de Humanidades de la Universidad de Castilla-La Mancha. Se trata del belga Dirk Huylebrouck, que ofreció una conferencia pública ante un puqueño grupo de alumos en el Salón de Grados de Humanidades. Según Huylebrouck, las muescas trazadas en los dos huesos equivalen a agrupaciones de cifras y realizarían la función de ábacos. La tesis, respaldada por otros especialistas, se basa en que algunas poblaciones africanas actuales, como los yasgua de Nigeria, hacen sus cuentas con una sola mano, llevando el pulgar a cada una de las falanges de los restantes cuatro dedos.

En definitiva, cuentan utilizando como referencia la docena, que es una de las interpretaciones posibles de las muescas trazadas en los dos huesos de Isangho. Nuestro invitado trabajó en el Congo y Burundi durante doce años, con lo que tuvo acceso directo a la información étnica que ahora desarrolla. En la actualidad, Huylebrouck trabaja como profesor de matemáticas de futuros arquitectos en las ciudades belgas de Gante y Bruselas. Suele presentarse como etnomatemático, pero sus inquietudes abarcan otras muchas facetas como el álgebra lineal, la teoría analítica de números o la proporción áurea. También cultiva la divulgación científica en la revista The mathematical intelligencer. Además fue organizador de congreso mundial que se celebró hace dos años en Bruselas con los huesos como motivo central de estudio.

Estos ejemplares, los primeros, los primeros instrumentos matemáticos de los que existe noticia, son conocidos como Los huesos de Isangho, miden entre diez y catorce centímetros, tienen veinte mil años de antigüedad y se conservan en el Instituto Real de Ciencias Naturales de Bélgica.

Contabilidade e Crise

Uma entrevista publicada no Cinco Dias, da Espanha, sobre o valor justo, a crise e as incertezas na pesquisa contábil. (Grifo meu)

"El valor razonable no es la panacea de la contabilidad"
Arantxa Corella Madrid
Cinco Días - 24/3/2009 - Nacional - 016

El valor razonable se ha convertido en el gran protagonista de la contabilidad internacional. Sin embargo, los expertos aún analizan la conveniencia de su aplicación. "El valor razonable o de mercado va a estar en la agenda de los investigadores durante mucho tiempo", señala el profesor de contabilidad del IE Business School, Marco Trombetta. Este experto acaba de mantener en la IE University de Segovia un encuentro organizado por la European Accounting Review con otros miembros de la comunidad académica para abordar los cambios que supone la aplicación de las nuevas normas contables internacionales.

Pregunta. ¿A qué conclusiones han llegado durante la celebración del encuentro de la European Accounting Review en el que se han analizado las normas contables internacionales?

respuesta. El tema general de la reunión han sido los problemas de medición de la contabilidad. Hemos hablado de valor razonable, de los efectos de la introducción de las normas internacionales de contabilidad y de los que han tenido sobre los mercados. Se puede decir que se han puesto sobre la mesa algunas precisiones sobre los efectos del uso del valor razonable. Este ha sido, sin duda, el tema que más se ha debatido. En muchos ámbitos existe la idea de que el valor razonable no puede tener nada más que beneficios. Sin embargo, las investigaciones presentadas durante el congreso han evidenciado posibles problemas que puede crear su utilización. En resumen, han surgido en el mundo académico algunas dudas respecto a los beneficios sin cuestión de la aplicación del valor razonable. Y se ha puesto de manifiesto que no hay evidencia clara de que haya habido un efecto claro de su aplicación con la introducción de las normas contables internacionales.

P. ¿Puede ser que al haber coincidido la aplicación generalizada del valor razonable con la crisis sea difícil analizar si resulta beneficiosa o no su aplicación?

r. La crisis está tomando un curso tan excepcional que es verdad que es difícil aislar los efectos de la aplicación de la nueva contabilidad del resto de los problemas. A lo mejor esto es verdad.

P. ¿La foto fija que es la contabilidad habría sido más favorable para las empresas con otros modelos contables distintos al internacional con su valor de mercado?

r. Saber si las cosas podrían haber sido mejor o peor sin valor razonable es un tema muy interesante, tanto desde el punto de vista de los reguladores como de los académicos. No hay una conclusión clara. No podemos decir contundentemente si el valor razonable ha empeorado las cosas o no. Hay posibles argumentos teóricos para sostener la idea de que el valor razonable podría haber amplificado los problemas. Seguramente no causarlos, pero sí amplificarlos en términos de estabilidad del mercado, porque el valor razonable no es la panacea. Hay argumentos teóricos defendibles en este sentido, aunque aún no están testados científicamente porque no ha habido tiempo. La investigación académica siempre va más despacio, pero ya hay publicados estudios en ese sentido.

P. ¿La nueva contabilidad, que es más interpretativa, ha podido incentivar algunos fraudes contables?

r. No creo que exista relación entre la introducción de las normas internacionales y el surgimiento de algunos escándalos. El único problema es que los números contables se basan sobre estimaciones y siempre existe cierta subjetividad. Y si eso se utiliza con efectos perversos, será malo. Pero el problema no está entonces en la contabilidad, sino en la ética con la que se aplica. De hecho, y en hipótesis, dos empresas totalmente iguales podrían ofrecer cuentas diferentes eligiendo opciones distintas entre las que ofrecen las normas internacionales sin necesidad de cometer ningún fraude. La ecuación de que una norma más estricta es una norma mejor, no es cierta.

Hedge

Fundos de hedge beneficiam-se de dinheiro para AIG
Serena Ng, The Wall Street Journal
19/3/2009 - The Wall Street Journal Americas
1


(...) Os documentos mostram a maneira com que os bancos de Wall Street funcionaram como intermediários em transações com fundos de hedge e com a AIG que deixaram a seguradora com a carga de bilhões de dólares em ativos lastreados em hipotecas de alto risco. A AIG separou pelo menos parte do dinheiro, como garantia de contrato, para o Deutsche Bank AG, cujos clientes fundos de hedge apostaram contra o mercado imobiliário, de acordo com uma pessoa familiarizada com a questão. O dinheiro será pago ao banco se a inadimplência das hipotecas atingir determinado patamar.

Em resumo, enquanto o governo dos EUA está ocupado tentando estimular o mercado de habitações — com a tentativa de frear as retomadas judiciais dos imóveis, entre outras providências — está ao mesmo tempo desembolsando dinheiro que pode ser usado para pagar investidores que apostaram na queda dos preços dos imóveis e na inadimplência de um grande número de mutuários.

(...)

Neuroeconomia

Aquiles Mosca tem escrito muitos textos sobre Finanças Comportamentais. Possui inclusive um livro sobre o assunto. Guardei o texto abaixo para uma postagem especial, pois com o passar do tempo surgiram diversas citações que complementam as afirmações de Mosca. Primeiro o texto:

Investimentos
De que forma a mente influencia as decisões futuras?
Valor Econômico – 18/2/2009


Com os avanços da neurociência, abriu-se uma empolgante forma de estudar a mecânica mental por trás do processo decisório. Cientistas são capazes de mapear em tempo real quais regiões do cérebro são estimuladas quando somos colocados diante de diversas situações. Profissionais de marketing têm recorrido a isso para identificar que tipo de mensagem tem maior probabilidade de ficar registrada de forma positiva no cérebro para criar estratégias de comunicação para influenciar consumidores. O mesmo pode ser feito quando lidamos com investidores. Que parte do cérebro reage ao observarmos ganhos e perdas? De que forma ficam registradas em nossa mente e como influenciam decisões futuras?

Sempre que uma região do cérebro é estimulada, ela é irrigada por um fluxo adicional de oxigênio. Ao monitorar esse fluxo de oxigênio - e sabendo que regiões são responsáveis por quais sentimentos (prazer, medo, frustração etc) -, podemos saber o efeito que determinado estímulo causa sobre nós.

Além disso, a descoberta dos marcadores somáticos permitiu compreender de que forma tais impressões ficam registradas e como são recuperadas quando precisamos tomar novas decisões. Os marcadores somáticos são relevantes se lidamos com estímulos que causam sentimentos de recompensa e punição. Por exemplo, se você alguma vez retirou um bolo recém-preparado do forno e queimou seu dedo, essa experiência ativará seus marcadores somáticos, que gravarão uma impressão duradoura em seu cérebro que será recuperada sempre que você precisar lidar com um forno. Esse tipo de influência sobre o processo decisório é mais relevante quanto mais complexa, conflitante e ambígua for a decisão. Desnecessário dizer que o mercado financeiro está repleto de decisões desse tipo.

A teoria financeira comportamental tem bem registrado que o desprazer associado à perda é superior à sensação de recompensa quando há ganho da mesma proporção. Registramos de forma mais significativa experiências de perdas - a atividade cerebral no hemisfério que reage à sensação de punição e perdas é mais intensa - do que em situações de ganhos. Essa assimetria explica porque temos aversão a perdas e não ao risco. O problema ocorre quando o risco se materializa, traduzindo-se em prejuízo.

Foi exatamente isso que observamos na segunda metade do ano passado, quando as bolsas recuaram ao redor do mundo. Contudo, de 2003 à primeira metade de 2008, observamos um mercado acionário em alta contínua. Nesse período, o Ibovespa acumulou alta superior a 450%. O investidor que tinha ações experimentou uma sensação de acerto e satisfação. Viu seu patrimônio subir e, contagiado pelo entusiasmo com tais retornos, elevou ainda mais a parcela de sua poupança aplicada na bolsa. Não foi raro vermos aplicadores com mais de 80%, ou até mesmo todos os recursos aplicados na Bovespa, em um claro sinal de excesso de confiança e diversificação deficiente.

Como consequência da crise internacional, a bolsa brasileira teve queda na segunda metade do ano passado. Em 2008, o recuo do Ibovespa foi superior a 44%. Essa queda pegou parte dos aplicadores com mais recursos investidos em bolsa do que seria recomendado para seu perfil de risco. Naquele instante, o investidor passou a registrar aumento na atividade no hemisfério do cérebro responsável pela sensação de perda e punição. Os marcadores somáticos entram em ação, gravando a impressão de perda em sua mente de maneira intensa, duradoura e mais do que proporcional ao prazer que sentia durante períodos de alta.

Foi muito comum vermos investidores que, observando a queda da bolsa na segunda metade de 2008, resolveram zerar suas posições no final de novembro, quando os maiores movimentos de saques foram registrados na bolsa brasileira. Ao agir dessa forma, venderam suas ações após uma queda, isto é, venderam barato. E pior, observaram a bolsa retomar o movimento de alta nos meses de dezembro e janeiro.

A dinâmica mental descrita é um argumento a favor da disciplina. A forma como nosso cérebro registra, armazena e recupera experiências que envolvem perdas e ganhos nos induz a um excesso de iniciativa que é prejudicial à boa gestão. Impele-nos a vender na baixa e comprar na alta. Leva-nos a superestimar nossa propensão ao risco durante a alta e a subestimá-la nas quedas. Ganha mais quem define uma alocação em ativos de risco compatível com sua tolerância e as mantem com disciplina. O investidor precisa estar disposto a enfrentar flutuações e eventualmente perdas em horizontes mais curtos para que não esteja fora da bolsa nos momentos de recuperação que, via de regra, ocorrem de maneira concentrada no tempo.

Aquiles Mosca é estrategista de investimentos pessoais e superintendente de vendas da Santander Asset Management. É autor dos livros "Investimento sob medida" e "Finanças Comportamentais"


Aqui uma pesquisa prática sobre a neuroeconomia Calendário de mulher nua torna mais provável o homem tratar a mulher como objeto.

Outra pesquisa é a neurociência da jogatina

Com respeito a bolsa de valores, uma interessante explicação está no livro Nudge, de Thaler e Sunstein, onde os autores explicam o comportamento sob a ótica da contabilidade mental. [Embora não recomende o livro, não pela qualidade do assunto e dos autores, mas pelo estilo, árido demais.]

Outra pesquisa mostra a influência das redes sociais no cérebro das crianças.

23 março 2009

Rir é o melhor remédio




Fonte: Aqui

Teste #41

Usando a chave abaixo, encontre a palavra a partir das pistas fornecidas:


1. Possui sete letras e a soma é 74;
2. A soma da primeira, que é um número primo, com a última é igual a segunda letra. Todas são diviseis por três.
3. O resultado da terceira letra vezes a quarta corresponde a sexta letra.
4. A raiz da quinta letra é três.

Resposta do Anterio
r: Ativo – Baixa – Caixa – Circulante – Competência – Continuidade – Credito – Debito – Despesa – Diferido – Entidade – Equivalência – Essência – Iasb – Material - Passivo – Provisão – Prudência – Reconhecimento – Sociedade - Veículos

Mudanças no Fasb

Decisão do Fasb abre portas para festa dos bancos
Valor Econômico - 23/3/2009

Os bancos pediram aos auditores mais liberdade de movimento na forma como divulgam seus prejuízos para os investidores. Os auditores responderam cedendo-lhes até a alma.

Nesta semana, o Conselho de Padrões de Contabilidade Financeira (Fasb) dos Estados Unidos revelou o que pode ser a proposta mais tola e falha em seus 36 anos de história. Caso siga adiante, o Fasb deveria trocar seu nome para Conselho de Padrões de Contabilidade Fraudulenta. É ruim assim.

Aqui está o que o conselho apresentou: a partir deste trimestre, as companhias dos Estados Unidos terão permissão para registrar os números do resultado líquido ignorando declínios profundos e de longo prazo no preço dos valores mobiliários que possuam. Não apenas títulos de dívidas, preste atenção, mas até ações ordinárias (ON, papéis com direito a voto) e outros papéis de renda variável.

Tudo que uma empresa teria de fazer é informar que não pretende vendê-los e que provavelmente não precisaria fazê-lo. Na maioria dos casos, não importaria quanto o valor caiu ou por quanto tempo. De fato, uma companhia teria de admitir estar em seu leito de morte antes que as regras a obrigassem a ter os lucros atingidos.

Portanto, se essas normas tivessem vigorado em 2008, uma empresa com ações da American International Group (AIG) ou da Fannie Mae, por exemplo, poderia excluir inteiramente o declínio do valor dessas ações de seu lucro líquido. Não faria diferença alguma que as empresas tivessem sido arrebatadas pelo governo no ano passado ou que ambas as cotações valessem pouco. A perda ficaria enterrada fora da demonstração de resultados, em uma linha no balanço patrimonial chamada "outros lucros amplos acumulados".

Estes são os resultados que temos quando as pessoas que escrevem os padrões contábeis cedem ante executivos de banco desesperados. E não é mistério por que motivos os três integrantes do Fasb que votaram pela mudança - Leslie Seidman, Lawrence Smith e o presidente Robert Herz - o fizeram. Os dois que se opuseram foram Tom Linsmeier e Marc Siegel.

Desde o início da crise de crédito, os membros do conselho estão sob fogo cerrado do setor bancário e dos membros que este controla integramente no Congresso. A mostra mais recente veio na semana passada, na Comissão de Serviços Financeiros da Câmara dos Deputados, onde o deputado democrata Paul Kanjorski e outros parlamentares surraram Herz como a um cachorro. Herz declinou de meu pedido para ser entrevistado. Uma porta-voz do Fasb, Chandy Smith, confirmou a forma como compreendi que a mudança de regra funcionará.

Os bancos querem licença irrestrita para avaliar seus ativos da forma que entenderem adequada e manter as explosivas perdas fora de seus resultados e das exigências de capital. O Fasb vinha mantendo seu terreno, durante a maior parte do tempo. Agora, no entanto, o conselho colocou-se em posição fetal.

Pelas atuais regras, os valores mobiliários recebem diferentes tratamentos contábeis dependendo de como são classificados no balanço patrimonial. Quando rotulados como valores negociáveis, precisam ser registrados com marcação a mercado a cada trimestre, com todas as mudanças fluindo até o resultado líquido. Fora isso, as mudanças de valor não atingem a demonstração de resultados, a menos que os papéis tenham sofrido o que os auditores chamam de "deteriorações que não sejam temporárias".

Embora o termo possa ser incômodo, a ideia é que as empresas tenham de mostrar as perdas no resultado líquido quando não consigam mais fingir que o declínio no valor dos ativos é apenas passageiro. Imagine um homem que recebe pena de 20 anos de prisão. Não é uma sentença permanente. No entanto, definitivamente, não é temporária.

A proposta do conselho joga o antigo princípio de lado. Mesmo se um prejuízo não é considerado temporário, as companhias ainda terão permissão para mantê-lo fora do resultado líquido. Há uma exceção: se uma companhia com títulos de dívidas concluir que parte do declínio deve-se a perdas de crédito, esta porção terá de ser incluída na demonstração de resultados. De outra forma, as perdas ficam de fora.

Vocês sabem como isto vai acabar: os que tiverem dívidas dirão que suas perdas quase sempre decorrem de alguma outra coisa que não perdas de crédito, como risco de liquidez, por exemplo, porque é impossível provar se sua abordagem está certa ou não. Então, os golpes ao resultado líquido serão mínimos. E é exatamente isso o que o Fasb tenta conseguir.

Há algo que os investidores podem fazer para proteger-se: ignorar o resultado líquido e começar a centrar-se no verdadeiro resultado, um termo chamado de "resultado amplo" (comprehensive income, em inglês), que se encontra na conta do patrimônio líquido. A General Electric (GE), por exemplo, divulgou lucro líquido de US$ 17,4 bilhões em 2008 - e um prejuízo amplo de US$ 12,8 bilhões.

Por anos, o Fasb usou o resultado amplo como um aterro para perdas que considerava politicamente radioativas para incluir na demonstração de resultados. Entre estas perdas estavam mudanças no valor dos planos de pensão empresariais, moedas estrangeiras, certos instrumentos de derivativos e valores classificados como disponíveis para venda. É por isso que os investidores deixaram de confiar no lucro líquido.

Já o fizeram com o chamado "Tier One", principal medida do governo para a solvência dos bancos, que ignora montes de perdas e trata alguns tipos de dívidas como se fossem ativos.

Atualmente, os acionistas de bancos estão obcecados com um referencial de capital sem firulas, chamado "capital ordinário tangível" (TEC, na sigla em inglês). O dado deixa de fora ativos intangíveis, como ágio de aquisições passadas, e ações preferenciais, que funcionam como dívidas e precisam ser pagas antes que os acionistas ordinários possam reclamar qualquer participação nos ativos da companhia.

O que é bom para o balanço patrimonial também é bom para a demonstração de resultados. Chega de erros. O resultado líquido está morto.

O Fasb também pode estar, caso siga adiante com isso.

(Jonathan Weil é colunista da Bloomberg News. As opiniões expressas neste artigo são pessoais.)

SPED

Empresas retardam uso de contabilidade digital
Valor Econômico - 23/3/2009

Apesar de ser uma das prioridades na agenda das empresas, cerca de um terço das companhias ainda está nos estágios iniciais em relação à implantação do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped). A conclusão é de pesquisa da Ernst & Young , realizada com 44 empresas entre 21 de janeiro e 6 de fevereiro.

O Sped Contábil é um sistema que permitirá a substituição dos registros contábeis em livros para equivalentes em arquivos digitais, o que viabilizará um melhor acompanhamento da fiscalização e deverá alterar a forma de prestação de informações dos contribuintes ao fisco. As empresas enquadradas no acompanhamento econômico-tributário diferenciado precisam entregar até junho deste ano arquivos magnéticos com as informações contábeis de 2008 já inseridas no Sped.

O acompanhamento diferenciado alcança, no geral, as maiores empresas, segundo critérios que levam em conta arrecadação, faturamento e regime de apuração do IR. Para as demais empresas, a transmissão de arquivos do Sped Contábil começa em 2010.

Wilson Gellacic, sócio de serviços de assessoria e gerenciamento de riscos da Ernst & Young, explica que muitas empresas acreditam que o Sped é uma mera informatização de dados e, por isso, ainda não possuem equipes próprias para o sistema e também não contrataram serviços de terceiros. "Essa contratação costumar ser necessária, a menos que a empresa seja da própria área de tecnologia."

Cerca de 30% do universo pesquisado não tem equipe própria para a implementação do Sped. E 32% das empresas não sabem ou não planejam contratar serviços de terceiros para entrar no novo sistema. "Provavelmente essas são as cerca de 30% das empresas que ainda não começaram nenhum procedimento ou estão em estágios muito iniciais, como o início da mobilização de pessoal e a análise das exigências do fisco para o Sped", diz Roberto de Paiva, gerente-sênior de impostos da Ernst & Young. Para ele, a experiência mostra que é fundamental a formação de um grupo dedicado ao projeto Sped, composto por especialistas em TI e tributação, além de integrantes que conheçam os processos negociais da empresa.

Para Gellacic, as empresas que já estão com a aplicação do Sped em estágio mais avançado já percebem que o novo sistema deve ser tratado como mudança de cultura importante. Passar de um processo manual para um automatizado, diz, vai além das questões de sistema, porque resulta em mudanças de procedimentos e de fluxo de dados dados, com impacto na administração da empresa.

Importância do Texto na Contabilidade - 2

CAPITAL ABERTO: Release tem de ser claro e acessível, diz Codim
5/3/2009
Gazeta Mercantil News

SÃO PAULO, 5 de março de 2009 - O conteúdo de um release deve ser explicativo e de linguagem acessível para qualquer público, seja acionista, investidor e público em geral", afirmou Helio Garcia, subcoordenador do comitê do Instituto Brasileiro de Relações com Investidores (IBRI) e um dos relatores do pronunciamento de Orientação n° 6 sobre Releases, anunciado pelo Comitê de Orientação para Divulgação de Informações ao Mercado (Codim), esta manhã.

"A divulgação de um release deve ser feita à comunidade financeira, às agências de notícias e à imprensa em geral", confirmou Alexande Oliveira, membro do comitê pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), e também relator do evento que focou a importância da ferramenta no auxílio de divulgação de informações.
O documento contém 16 itens que propõem as melhores práticas para que as companhias abertas preparem seus releases. "Vale ressaltar que os releases não devem substituir os procedimentos de publicação e arquivamento de informações na forma exigida pela legislação", ressaltou Oliveira.

Dentre os pontos contidos no documento e mencionados por ambos os relatores estão as informações merecedoras de divulgação imediata através de releases - resultados financeiros, fusões, aquisições, guidance, parcerias, prêmios, desdobramento de ações e mudanças importantes na direção da companhia, entre outras. "Ou seja, todo fato relevante e notícia tida como importante dentro da empresa", disse Garcia.
Ainda de acordo com os executivos, a abrangência e simultaneidade das divulgações são fundamentais para que todos os grupos financeiros estejam dentro de uma equidade. "Além disso, os desdobramentos das informações também devem ser divulgadas", afirmou Oliveira.

Um assunto bastante frisado pelos executivos foi a divulgação de informações desfavoráveis. "Esse tipo de informação também deve ser divulgada ao mercado com a mesma presteza e franqueza que as informações consideradas", completou Garcia.
(Vanessa Correia - InvestNews)

Importância do Texto na Contabilidade 1

(...) Uma pesquisa entre os membros do Chartered Institute of Management Accountants (CIMA) revelou que 93% acreditam que a complexidade das demonstrações aumentou nos últimos cinco anos. (...)

Demonstrações contábeis devem ir além de números prescritos pela legislação. (...) Embora seja muito difícil provar seu impacto positivo no rating da empresa diretamente, a PricewaterhouseCoopers (PwC) produziu uma evidencia interessante do seu efeito muitos anos atrás. Dois grupos de analistas tiveram acesso a níveis diferentes de informação sobre a mesma empresa. O primeiro grupo, que recebeu somente números, mas não narrativas, recebeu uma menor avaliação que o segundo grupo, que foi dado relatórios de narrativas contextuais.

(…) Minha paixão é a narrativa. Este estilo apresenta uma oportunidade vital para administração explicar sua estratégia para os investidores, discutindo o ambiente e informando como eles implementam sua estratégia. (...)

O ambiente em que nós operados é tão dinâmico que como a informação é apresentada pode ser muito diferente de dois anos atrás.


Corporate reports in narrative style give better impression
Charles Tilley - chief executive of the CIMA e autor de Complexity, Relevance and Clarity of Corporate Reporting; Views of CIMA FTSE350 Directors - 3 March 2009 - The Times – 1 – 52


Tenho realizado em conjunto com meus orientandos uma série de pesquisa na área de narrativa contábil. Isto inclui tanto o Relatório de Administração quanto as Notas Explicativas. Algumas destas pesquisas resultaram em dissertações de mestrado. Neste momento estou trabalhando em duas pesquisas sobre o assunto.

Racionalidade

Uma proteção contra nossos próprios impulsos irracionais
17/3/2009 - Valor Econômico

(...) A crise atual é, portando, uma grande oportunidade para que organismos de supervisão, analistas e investidores incorporem os conceitos ligados aos estudos de finanças comportamentais como complemento à Teoria Moderna de Finanças, que atualmente rege o campo das finanças. As finanças comportamentais explicam exatamente como a irracionalidade e o desconhecimento dos aspectos comportamentais podem ter fomentado a crise por meio do agravamento das perdas das carteiras.

Esses fatos, vistos inicialmente como cotidianos no ambiente de bolsa de valores, decorrem, por exemplo, da tendência dos investidores de movimentarem seus ativos na mesma direção que os demais investidores, o que produz o denominado efeito manada e a tendência à sobrerreação de quedas e subidas.

(...) Esta cegueira dos analistas é explicada na área comportamental por vários conceitos. Em um deles, o excesso de otimismo, pesquisadores comportamentais, verificaram que os analistas financeiros tendem a não acertar sobre a ocorrência de momentos de baixa dos investimentos. Além disso, verifica-se que, à medida que o mercado cai, os erros de previsão vão aumentando proporcionalmente, o que indica um viés de alta nas previsões destes profissionais.

Outro conceito é a sabedoria "ex-post", que consiste no fato de o profissional acreditar, depois de um evento já ter acontecido, que ele o previu com antecedência. A teoria comportamental mostra que quando o analista financeiro acredita que tinha previsto o resultado da crise anterior, ele pode ser levado a subestimar os demais resultados que poderiam ter ocorrido, ou seja, os cenários alternativos, o que provoca um despreparo para as situações futuras. (...)


Eduardo Camilo-da-Silva & Claudio Henrique Barbedo

22 março 2009

Rir é o melhor remédio



P.S. Infelizmente não tenho a fonte.

Contabilidade Pública

Outro leitor pergunta:

Por que a contabilidade pública não segue a lei aplicada às demais empresas?

As razões estão no capítulo do livro de Teoria da Contabilidade. Ou leia esta postagem. Mas existe uma tendência para uma “convergência” entre estas normas. A longo prazo.

Benefícios da Lei 11638

Um leitor pergunta,

“GOSTARÍA DE SABER DE UMA FORMA CLARA NUM ASPECTO AMPLO DA SITUAÇÃO, QUAL É REALMENTE O BENEFÍCIO DESTA LEI 11638/07.”

Existem controvérsias, mas um primeiro benefício claro é a modernização na contabilidade brasileira. Um exemplo disto é a substituição da DOAR pela DFC. A DFC já deveria ter sido adotada no País há anos. Um segundo aspecto é a questão da normatização contábil no Brasil, com o reconhecimento do CPC e a adoção das normas internacionais de contabilidade. Este aspecto é mais controverso que o anterior, apesar da maioria dos pesquisadores brasileiros serem favorável a adoção das normas do Iasb.

Mas não podemos confundir a postagem onde foi colocada a pergunta (aqui), pois existe ali uma ironia: como toda lei, existe um processo de transferência de riqueza. No caso, a implantação da Lei trouxe um benefício para as empresas de auditoria. Mas quem está pagando por isto? As empresas que precisam se adequar a nova norma.

Banco Brasileiro é exceção

Banco brasileiro é exceção, diz ''Economist''

Evitam risco tolo pois lucram muito?

Os bancos brasileiros estão seguros e seriam uma "exceção" no setor em meio à crise, segundo reportagem publicada pela revista britânica Economist que chegou às bancas ontem.

Ao comentar o corte de 1,5 ponto porcentual da taxa de juros Selic na semana passada que reduziu a taxa básica para 11,25% ao ano, a revista afirma que o Banco Central conseguiu cortar as taxas "dura e rapidamente", e que mais cortes são esperados para os próximos meses.

"Esta é uma novidade bem vinda: no passado, a frágil moeda e a alta inflação impediam que o país adotasse medidas anticíclicas como esta", afirma a reportagem.

Mas a revista destaca que os cortes nas taxas não estão sendo repassados para os clientes, alimentado a discussão sobre os altos lucros dos bancos com seus spreads (a diferença entre as taxas cobradas sobre o dinheiro que o banco toma emprestado e que ele empresta aos seus clientes).

"Os bancos brasileiros podem ser caros, mas pelo menos eles estão seguros", diz a Economist. "Até agora, nenhum deles teve problemas com a crise financeira mundial. Isso pode ser porque seus lucros com as atividades diárias são tão altos que eles não precisaram assumir riscos tolos." Os números da Economática (veja quadros acima) sobre rentabilidade mostram que a revista está certa sobre a lucratividade dos bancos brasileiros.

A Economist afirma que, segundo cálculo do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI), o Brasil tem os spreads bancários mais altos do mundo.

O cálculo, no entanto, é contestado pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), que alega que os spreads são inflados pelos impostos cobrados sobre as transações bancárias.

De acordo com a revista, a segurança também se deve ao fato de a regulamentação do sistema bancário do país ser mais dura desde que vários bancos quebraram quando a inflação foi domada, em meados dos anos 90.

A revista se refere ao sistema bancário depois da adoção por medida provisória do Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Sistema Financeiro Nacional (Proer). A medida utilizada para para responder à nova realidade advinda com o Plano Real e promover o enxugamento do sistema financeiro através de fusões entre bancos, bem como aquisições, reorganizações societárias, e reestruturações.

A Economist comenta ainda que os bancos HSBC e Citibank, que enfrentam problemas no resto do mundo, vão bem no Brasil.

"De uma maneira ou de outra, o sistema bancário do Brasil parece que vai continuar a ser a lucrativa exceção aos desastres em outros lugares", conclui a reportagem.BBC

21 março 2009

Rir é o melhor remédio

Impostos: O vídeo a seguir mostra o Cúpido e o Cobrador de Impostos. Muito bom. Fonte: Funny Place

General Eletric


O texto a seguir faz uma análise muito interessante sobre os efeitos da crise imobiliária sobre a General Eletric. Esta empresa possui um volume expressivo de ativo imobiliário, mas anunciou perdas de 500 milhões de dólares, somente. A justificativa da empresa é que os imóveis não são destinados a venda (negrito meu, no texto).

O gráfico (fonte aqui) mostra a cotação da empresa nos três últimos anos.


WSJ: ¿Cuál es el estado real del imperio inmobiliario de GE?
Dow Jones en Espanol - 18/3/2009

Los inversionistas de General Electric Co. tendrán una visión más detallada de lo que el mayor arrendatario del mundo tiene en su portafolio de propiedades comerciales cuando el brazo financiero de GE los ponga al día el jueves sobre sus negocios y finanzas.

No obstante, la información podría no eliminar las dudas sobre si el conglomerado admitirá las pérdidas potenciales que enfrenta por esas inversiones.

Otras compañías han sido golpeadas por los marcados declives en el valor de sus oficinas, apartamentos, tiendas, hoteles y otras propiedades comerciales. El índice Dow Jones REIT se ha desplomado 60% en los últimos 12 meses. Las firmas de capital privado que se especializan en bienes raíces están reportando pérdidas de hasta 60% por fondos invertidos recientemente.

Pero GE ha sido mucho más generosa en cómo ha manejado sus activos. Hasta ahora, ha dicho que US$35.000 millones en propiedades podrían perder el 1,5% de su valor este año, generando una pérdida antes de impuestos de hasta US$500 millones.

Cuando los valores de las propiedades estaban subiendo, los bienes raíces solían ser una importante máquina de ganancias para el brazo de finanzas de GE. Al vender algunos edificios, la compañía podría percibir ganancias inmediatamente. Pero, con el mercado prácticamente congelado, las ganancias se están desplomando y el riesgo de pérdidas va en aumento.

Ejecutivos de GE declinaron formular comentarios sobre los activos inmobiliarios de la compañía antes de la presentación del jueves. Pero en el pasado han dicho que, según la normativa de contabilidad, la compañía no tiene que contabilizar sus activos inmobiliarios al precio del mercado, como deben hacer otros inversionistas. En otras palabras, la compañía no tiene que valorar sus propiedades al precio que tendrían en caso de ser vendidas hoy.


¿Por qué? GE dice que dado que sus propiedades son inversiones de largo plazo, la compañía debería contabilizar pérdidas en términos de reducciones potenciales en el flujo de liquidez y su esperada devaluación a largo plazo. Asimismo, cerca de 80% de sus propiedades inmobiliarias fueron compradas en efectivo y no están hipotecadas. Eso significa que, a diferencia de otros inversionistas en bienes raíces con un alto nivel de apalancamiento, GE corre poco riesgo de tener que vender propiedades para pagar a sus acreedores.

Sin embargo, muchos en Wall Street creen que el método de GE no reconoce lo suficientemente el daño que la recesión está provocando en las propiedades comerciales, la cual se espera que empeore. La semana pasada, GE perdió la calificación de crédito de "AAA" que ganó por primera vez hace más de cinco décadas. S&P redujo su valoración a AA+. La agencia citó, entre otras cosas, "la gran exposición" de GE a los bienes raíces comerciales.

GE podría aún ser demasiado optimista, incluso usando su método más conservador para estimar pérdidas, dicen los analistas. De considerar el flujo de efectivo y los declives de valor de largo plazo, GE podría haber perdido mucho más que US$500 millones, aseguran.

El flujo de liquidez es un gran problema hoy en día para los dueños de inmuebles, incluido GE, porque hay más propiedades vacantes y los alquileres están cayendo a tasas sin precedentes.

El portafolio de GE también es vulnerable a mayores pérdidas en parte porque la firma compró mucho cuando el mercado estaba en su cima. Según Real Capital Analytics, una firma de investigación de Nueva York, GE vendió US$7.000 millones de bienes inmobiliarios en todo el mundo en 2007 pero compró US$16.600 en ese mercado al rojo vivo. Por ejemplo, en julio de ese año, GE compró nueve complejos de oficinas en Chicago que pertenecían a Blackstone Group LP por US$1.050 millones. Las vacantes están aumentando en la mayoría de esas propiedades, según firmas de bienes raíces.

En su carta anual a los accionistas, el presidente ejecutivo de GE, Jeffrey ‐Immelt, discutió el tema de las propiedades inmobiliarias. "Hoy, desearía que tuviéramos menos exposición a los bienes raíces comerciales", dijo.

20 março 2009

Rir é o melhor remédio



Fonte: Aqui


Fonte: Aqui



Apropriando da idéia alheia
Fonte: Aqui

Teste #40

Grau de Dificuldade: **

Encontre no quadro abaixo 21 termos contábeis.



Resposta do Anterior
: André – aumento de receita – P; Elza – falsificação de documentos – D; Marcelo – pagamentos ilegais- K; Vinícius – conflito de interesses – E.

Contabilidade e Crise

O efeito da crise nos balanços de Gol e TAM
Valor Econômico - 20/3/2009

Não há consenso sobre o impacto da atual crise sobre o setor aéreo, mas o primeiro atestado de como as empresas estão se saindo no novo contexto econômico virá com a publicação dos balanços do quarto trimestre de 2008 da Gol, hoje, e da TAM, em 31 de março.

O novo cenário já mexeu com pelo menos três variáveis: demanda (desaceleração), dólar (aumento) e preço do petróleo (queda). No caso das duas primeiras, a alteração foi negativa para as empresas, porque elas precisam de expansão da demanda após terem ampliado suas capacidades e têm nada menos do que 60% dos custos de operação atrelados à moeda americana. Mas o tombo na cotação do petróleo - de US$ 145 o barril em julho para menos de US$ 50 em dezembro - deve gerar um alívio importante. O combustível representa de 30% a 40% dos custos.

Levando em conta essas variáveis, analistas projetam resultados operacionais positivos para TAM e Gol. Para Caio Dias, da corretora do Santander, ambas devem ter margens operacionais melhores do que no terceiro trimestre. "Acreditamos que a Gol continuou tendo avanços no processo de integração das operações da Varig e, além disso, ela se aproveitou muito da queda do petróleo", diz eles. A TAM teve crescimento das demandas doméstica e internacional acima da média de mercado no último trimestre do ano. Além disso, sua receita com voos ao exterior em dólar compensa parte da valorização da moeda americana e é uma "força competitiva", segundo Dan McGoey, analista do Deutsche Bank.

Mas são as linhas seguintes do balanço que podem fazer investidores arregalarem os olhos quando virem os números da TAM. As projeções indicam prejuízo financeiro bilionário - R$ 1,6 bilhão, para o Santander, e R$ 2 bilhões, para Goldman Sachs - gerado principalmente por um hedge de combustível desmedido e efeitos da variação cambial. No terceiro trimestre, a companhia aérea tinha 50% do consumo do combustível para os próximos 12 meses "protegido" a US$ 104, mas desde então a cotação do barril de petróleo só diminuiu.

Dias, do Santander, estima que o prejuízo líquido da TAM no último trimestre de 2008 será de R$ 747 milhões, bem maior que os R$ 474 milhões do terceiro trimestre. McGoey diz que é "imperativo" que a companhia gere fluxo de caixa suficiente para pagar as perdas com hedge sem reduzir seu caixa.
A Gol teve a melhor política de hedge em relação a outras empresas latino-americanas listadas em bolsa - TAM, Lan e Copa -, diz Daniela Bretthauer, do Goldman Sachs. Suas perdas com essa operação, segundo ela, devem ser de R$ 87 milhões no quarto trimestre.

O Deutsche Bank projeta um prejuízo líquido de R$ 33 milhões para a Gol. O Santander prevê um lucro líquido de R$ 51 milhões. Todas as estimativas foram feitas segundo os preceitos da contabilidade americana. Ninguém se arrisca a projetar os resultados pela nova regra contábil brasileira. TAM e Gol vão reportar os resultados do quarto trimestre conforme a nova lei. Os analistas ainda não entendem por completo os efeitos das mudanças, que prometem ser significativos.

Com a nova regra, aumenta a influência do câmbio e dos juros. As aéreas passam a ser obrigadas a registrar no balanço patrimonial os aviões comprados por leasing financeiro (em média, representam um terço da frota). Isso elevará a conta dos ativos e também as dívidas, que são em dólar, no passivo. O valor dos ativos quase não muda, mas o das dívidas flutua conforme dólar e juros. A diferença entre ativo e passivo vai para a conta de resultados como despesa de depreciação, e sobe ou desce, conforme a variação de dólar e juros.

Se a nova regra estivesse em vigor no terceiro trimestre de 2008, a TAM teria registrado uma perda líquida adicional de R$ 274 milhões sobre o resultado no período.

Links

Modelando multidões: Tecnologia usada para fazer monstros no filme Senhor dos Anéis está sendo usada para prever como a multidão se comporta dentro de prédios. Isto pode salvar vidas em caso de incêndios

Métodos de Avaliação não ajudam o investidor

Proposta de criação do FAOB, que retira parte do poder da SEC

Transparência, XBRL e excesso de informação

Momentos "estranhos" - Esportes

Iasb e Fasb e novas normas para Leasing

Será o Brasil uma nova Arábia Saudita?

Xadrez

O blog Não Posso Evitar... é muito bom. Em algumas postagens passo minutos lendo e refletindo. Ou deixo marcado no Reader para ler com calma. Rodolfo Araújo faz textos de dar inveja.

Recentemente ele encaminhou um e-mail (não tão recentemente, nestes tempos de internet: início de fevereiro). Propositalmente deixei o e-mail na caixa de mensagem, aguardando, pois sabia que seria algo muito interessante. Fala sobre competição e inclui um tema de meu interesse: xadrez. E Kasparov.

Xadrez é um jogo onde as informações são simétricas. Onde não existe blefe. Mesmo com os computadores, ainda hoje é comum encontrar pessoas apaixonadas pelo xadrez.

Mas mesmo quem não goste do xadrez, mas se interessa por uma boa leitura, não deixe de ver. Clique aqui

19 março 2009

Rir é o melhor remédio

Uma série sobre remuneração de executivos responsáveis pela quebra de empresas e um governo desatento.









Clique nas imagens para ver melhor

Fonte, com adaptações: Aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui

Teste #39

Numa cela da prisão de segurança máxima quatro executivos (André, Elza, Marcelo e Vinícius) estão presos por problemas contábeis diferentes (aumento de receita, falsificação de documentos contábeis, pagamentos ilegais e conflito de interesses). As demonstrações contábeis de suas empresas eram auditadas por quatro empresas diferentes: E, P, D e K.
Com base nas três pistas a seguir, descubra quem é quem:

1. A executiva falsificou documentos contábeis, mas não foi auditada nem por K nem por E.
2. André, que inflou receitas, não teve a oportunidade de conhecer os serviços das empresas D e K.
3. Vinícius contratou os serviços de E, mas não fez pagamentos ilegais.

Resposta do Anterior: O Caixa é o Rei

Receita e RTT

Solução da Receita trata de regime de transição contábil
Valor Econômico - 19/3/2009

A Receita Federal publicou uma solução de consulta, destinada às empresas que possuem contratos de arrendamento mercantil, pela qual confirma que a opção pelo regime tributário de transição (RTT) neste ano, não alterará a base de cálculo do imposto de renda (IR) e da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL). O esclarecimento está na Solução de Consulta nº 5 de 2009, da 10ª Região Fiscal da Superintendência Regional da Receita Federal.

O regime tributário de transição - regulamentado pela MP nº449 para reduzir os impactos da nova lei contábil nº 11.638, de 2007 - pretende garantir a neutralidade tributária para as empresas que aderirem ao regime, válido pelos próximos dois anos. O regime de transição deve valer para a apuração do lucro real das pessoas jurídicas para os anos-calendário de 2008 e 2009. Essas empresas podem optar ou não pelo regime até o fim de junho - prazo limite para a entrega da declaração de imposto de renda de pessoa jurídica (DIPJ).

Além de oferecer maior segurança aos contribuintes em relação à interpretação do fisco sobre a neutralidade tributária aos que aderirem ao RTT, a solução de consulta também confirma que aqueles que não aderirem não podem fazer os ajustes extracontábeis para fins fiscais. Isso pode gerar uma diferença nos impostos recolhidos, para menos ou mais- já que terão impacto direto da Nova Lei Contábil na parte fiscal da empresa. O problema nesse caso, segundo o advogado Sérgio André Rocha, do Barbosa, Müssnich & Aragão (BMA), é que as diferenças geradas nem sempre terão um tratamento claro na legislação fiscal. "Por isso, a insegurança das empresas em relação ao RTT", diz.

Na prática, em relação ao arrendamento mercantil, as empresas que optarem pelo RTT poderão continuar a lançar, para fins fiscais, o valor do pagamento parcelado no arrendamento como se fossem despesas, e assim, fazer a dedução desses valores. Já as empresas que não aderirem, terão de optar pelas regras da Nova lei Contábil. Nesse caso, o bem arrendado deve constar como ativo - como se o bem já pertencesse à empresa - e como passivo - , amortizando essas parcelas a medida que forem sendo pagas. Neste sentido, não haverá mais dedução de imposto de renda sobre essas parcelas que não são mais lançadas como despesas. Há apenas uma dedução com relação à depreciação do bem arrematado, segundo o consultor tributário Luciano Nutti, da ASPR Consultoria Empresarial. Para Nutti, neste caso, se for analisada isoladamente a operação de arrendamento mercantil, tende a ser benéfico para as empresas aderirem ao RTT. Assim, afirma, pagarão menos imposto de renda com relação a essa operação no regime.

Apesar de muitas empresas ainda analisarem qual seria a melhor opção de regime a se aderir, já que o prazo só vence no fim do primeiro semestre, os dois tributaristas afirmam que as consultas em geral têm sido para aderir-se ao regime de transição.

Prisão do Contador

Sobre a prisão do Contador de Madoff:

Contador de Madoff é preso
Da agência Bloomberg
Jornal do Commércio do Rio de Janeiro - 19/3/2009

David Friehling, o contador de Bernard Madoff, foi preso e acusado de fraude com valores mobiliários, tornando-se o primeiro cúmplice acusado a ser nominalmente citado pelas autoridades norte-americanas em conexão com o esquema piramidal de US$ 65 bilhões desenvolvido pelo gestor de recursos.

Friehling era o único proprietário da empresa de contabilidade Friehling & Horowitz. A companhia ocupava um espaço de 51 metros quadrados na New City, um bairro periférico de Nova York no condado de Rockland, e atuava como auditor da Bernard L. Madoff Investment Securities desde 1991, segundo a Justiça norte-americana.

Friehling, de 49 anos, não é acusado de ter conhecimento do esquema piramidal. Em vez disso, ele teria, supostamente, enganado os investidores ao certificar mentirosamente que tinha auditado os informes de resultados financeiros da empresa de Madoff.

“Friehling não realizou as auditorias de acordo com os princípios e padrões de auditoria geralmente aceitos”, disse o procurador-geral do Ministério Público federal, Lev Dassin, num comunicado. “Ele não fez testes, ou fez poucos, não fez a verificação dos ‘fatos’ que certificou. Sua tarefa não era simplesmente assinar balanços cuja veracidade não confirmou.”

O advogado de defesa Andrew Lankler preferiu não comentar. Friehling, que se defronta com um máximo de 105 anos de prisão, se entregou às autoridades na manhã de ontem.

Keith Kelly, agente do Federal Bureau of Investigation (FBI), disse, em queixa-crime, que não há indícios de que Friehling tenha realizado uma auditoria significativa da Madoff Securities. Ele não examinava as fontes relevantes de receita da empresa, as contas bancárias pelas quais passavam bilhões de dólares de recursos dos clientes nem os ativos, compromissos financeiros ou supostas compras de ações, disse Kelly.

Acusan de fraude a contador de Madoff
Por LARRY NEUMEISTER
AP Spanish Worldstream - 18/3/2009

NUEVA YORK (AP) - El contador de Bernard Madoff fue detenido el miércoles y acusado de ayudar al financiero que ha reconocido haber estafado a miles de inversionistas por millones de dólares durante 20 años.

Las autoridades acusan al contador por no haber realizado las auditorías más básicas que podrían haber descubierto el enorme fraude.

David Friehling es la primera persona que detenida en el escándalo desde que Madoff se entregó, y su acusación señala que el gobierno tiene la intención de llevar ante la justicia a otros socios de Madoff a medida que descubra quién más le ayudó a realizar el fraude.

Los fiscales indicaron que Friehling, de 49 años, simplemente se limitó a dar el visto bueno a los libros contables de Madoff a lo largo de 17 años, mientras trabajaba como su auditor de 1991 al 2008 en un pequeño edificio de los suburbios de Nueva York.

Las autoridades indicaron que si Friehling hubiese hecho su trabajo, los estados financieros de Madoff habrían mostrado que su compañía le debía millones de dólares a sus clientes y que no tenía capital.

"El engaño del señor Friehling ayudó a crear la ilusión de que el señor Madoff había invertido legalmente el dinero de sus clientes", señaló el fiscal federal Lev L. Dassin.

La relación entre ellos era tan buena que Friehling y su familia retiraron 5,5 millones de dólares de cuentas con Madoff desde el 2000, y tenían un total de más de 14 millones de dólares hasta noviembre. Pero tener tanto dinero invertido con sus clientes representa un conflicto de interés para los contadores, según indicaron los fiscales.

Friehling no hizo ningún comentario al salir de la corte después de que fue liberado bajo fianza. Su abogado Andrew Lankler también se negó a hacer comentarios.

Los fiscales creen que Madoff contó con la ayuda de Friehling para realizar su fraude, pero el contador no está acusado de conocer el ardid de pirámide que creó su cliente.El gobierno lo acusa de auditar erróneamente los negocios de Madoff y de no confirmar que las acciones que supuestamente invertía a nombre de sus clientes existieran en verdad.

La Comisión de Valores y Cambio indicó que Friehling simulaba realizar un mínimo de auditoría en algunas cuentas, con lo que aparentaba una verdadera revisión, además de que no documentó sus resultados y conclusiones como es requerido. Incluso omitió la revisión de una cuenta bancaria por la que pasaban miles de millones de dólares.

Expertos en contabilidad consideran absurdo que una firma tan pequeña como la de Friehling pudiera llevar las cuentas de una operación de semejante magnitud.

Pero el contador cobraba por ello una buena suma: entre 144.000 y 174.000 dólares al año del 2004 al 2007.

De ser culpable, podría ser condenado a 105 años de prisión. Se le acusa de fraude con valores, complicidad en fraude y la presentación de auditorías fraudulentas a la Comisión de Valores y Cambio.

Madoff se declaró culpable de fraude financiero el jueves. En sus declaraciones dijo que comenzó el esquema piramidal en la década de 1990 tras una recesión, aproximadamente al mismo tiempo que Friehling comenzó a hacerse cargo de sus cuentas. Madoff señaló que nunca logró recuperar el dinero y que sabía que la cárcel sería su destino.

Contador de Madoff se entrega e pode pegar até 105 anos de prisão
Agencia EFE - Serviço em português - 18/3/2009

Nova York, 18 mar (EFE).- O contador de Bernard Madoff, David Friehling, entregou-se hoje às autoridades americanas, que o acusam de ter cometido vários crimes de fraude e pedem para ele uma condenação de até 105 anos de prisão, anunciou a Procuradoria de Nova York.

Além do próprio investidor americano, que já está preso, esta é a primeira detenção de outra pessoa vinculada à fraude comandada por Madoff durante as duas últimas décadas, que poderia chegar a US$ 50 bilhões e ser a maior na história de Wall Street.

Friehling, de 49 anos, tem uma companhia de contabilidade em Nova York chamada Friehling & Horowitz, e supostamente era a responsável por auditar os estados financeiros da Bernard L. Madoff Investment Securities, incluindo suas folhas de balanço e contas de resultados.

"Friehling certificou de forma falsa que tinha ajustado esses estados financeiros aos stardards de auditoria geralmente aceitos (GAAS) e aos princípios de contabilidade geralmente aceitos (GAAP)", que são as normas contábeis que regem nos EUA, explicou a Procuradoria, em comunicado.

Acrescentou que "esses estados financeiros foram enviados à SEC (comissão da bolsa de valores dos EUA) e a clientes da Bernard L. Madoff Investment Securities".

Madoff, que está há quase uma semana preso, pagou a Friehling entre US$ 12 mil e US$ 14,5 mil ao mês pelos serviços prestados entre 2004 e 2007.

"Embora Friehling não seja acusado de estar a par do esquema ponzi de Madoff, é acusado de enganar os investidores com certificações falsas que ele mesmo auditou dos estados financeiros dos negócios de Madoff", disse o procurador federal interino do Distrito Sul de Nova York, Lev Dassin.

Além disso, disse que "o engano de Friehling alimentou a ilusão de que Madoff investia legitimamente o dinheiro de seus clientes", quando, na realidade, pagava com esses fundos os juros que prometia a outros investidores, sem que houvesse um verdadeiro negócio que respaldasse suas atividades.

O responsável do caso no FBI, Joseph Demarest, indicou em comunicado à imprensa que, "como suposto auditor independente, Friehling tinha uma responsabilidade fiduciária com os investidores e uma obrigação com os reguladores de informar sobre a verdade".

"As acusações apresentadas hoje deixam claro que Friehling não cumpriu essas obrigações: fez pouco ou nada para comprovar e verificar os 'fatos' que certificou. Seu trabalho não era só colocar um selo no que verificava. Para dizer de forma simplificada, falhou em seu trabalho e mentiu a investidores e reguladores", acrescentou. EFE

Contador de Madoff é preso por fraude
Gazeta Mercantil - 19/3/2009

Nova York, 19 de Março de 2009 - O contador que ofereceu serviços de auditoria à companhia de Bernard L. Madoff por mais de uma década, operando a partir de um minúsculo escritório em Rockland County, foi acusado ontem de fraudes - envolvendo valores mobiliários e consultoria para investimentos - relacionadas ao gigantesco esquema de pirâmide financeira de Madoff.

O contador, David G. Friehling, que tornou-se o principal auditor de Madoff no início da década de 1990, quando seu sogro se aposentou e ele assumiu a empresa Friehling & Horowitz que contava com apenas dois sócios, entregou-se às autoridades federais e à promotoria pública na manhã desta quarta-feira.

Estas foram as primeiras queixas registradas publicamente desde que Madoff, 70, confessou ser culpado das acusações de fraude financeira na última quinta-feira e deverá aguardar em um presídio federal a sua condenação, que poderá ser o equivalente à prisão perpétua. Fontes familiarizadas com o andamento do processo acreditam que outros casos devem vir à tona uma vez que os promotores públicos e agentes de FBI estão investigando membros da família de Madoff e seus funcionários, embora ele tenha afirmado que agiu sozinho na fraude de pirâmide financeira.

A prisão de Friehling aconteceu alguns dias após a morte de seu sogro e ex-sócio, Jeremy Horowitz, que tinha 80 anos de idade e sofria de câncer. A morte de Horowitz aconteceu no estado da Flórida na mesma manhã em que Madoff admitiu sua culpa na corte distrital de Lower Manhattan, mesmo tribunal onde, ontem, Friehling foi levado à juízo. Horowitz havia sido interrogado recentemente por investigadores federais que buscavam juntar informações acerca do esquema fraudulento de Madoff, informou uma fonte. Se Friehling for considerado culpado, ele poderá ser condenado a até 105 anos de detenção. O advogado de Friehling, Andrew M. Lankler, recusou-se a comentar o assunto. O pequeno escritório de Friehling agora está fechado e há uma placa de "aluga-se" na janela.

(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4)(The New York Times)

Valor justo

As propostas dos Estados Unidos para relaxar as normas contábeis do valor justo dos ativos poderão alterar as práticas no mundo, depois que o órgão que define os padrões internacionais disse que também discutirá as mudanças.

A contabilidade pelo valor justo exige que as empresas divulguem a maior parte das posições financeiras pelos preços de mercado. Os críticos dizem que a queda dos preços reduziu o lucro dos bancos e minou as reservas de capital.

O Financial Accounting Standards Board dos EUA preparava anteontem a divulgação de um documento que dará a bancos e outras empresas mais liberdade na avaliação dos ativos financeiros.

Mais títulos serão avaliados por modelos de computador, em vez e por preços de mercado, e muitos deverão aumentar de valor. Uma mudança de regra poderá ser implementada já no mês que vem.

O International Accounting Standards Board (Iasb) concordou ontem em submeter os documentos aqueles que seguem suas regras - mais de cem países. Tanto o Iasb como seu congênere americano vinham resistindo às mudanças. Mas as pressões políticas nos EUA levaram às alterações, enquanto o Iasb foi forçado pela Comissão Europeia a amenizar as próprias regras no fim de 2008.

A mudança de regra iminente está atraindo críticas e elogios. "Vinha me perguntando há cerca de dois anos por que eles ainda não haviam feito isso", disse Ed Yardeni, da consultoria Yardeni Research. "A marcação a mercado implica que existe um mercado que fornece informações precisas, mas essa suposição foi por água abaixo."

Mas Shyam Sunder, professor da Universidade de Yale e crítico do valor justo, acha que a decisão foi mal avaliada. "Quando se olha o mercado para decidir as regras, é a mesma coisa que não ter regra nenhuma."

Lynn Turner, ex-diretora da comissão de valores mobiliários americana (SEC), disse: "Eles estão fazendo os padrões contábeis regredir quatro décadas".

Europa também avalia mudança no valor justo
Valor Econômico - 19/3/2009

Psicologia do desconto do Caixa

Considere isto. Você caminha para uma loja e compra guloseimas. Quando você tira o seu cartão de crédito, o caixa informa a você que terá um desconto de 2% se você pagar em dinheiro. O que você faz? Se você é um típico consumidor, você ainda usará o seu cartão de crédito. Por que?

(…) 2% é muito pouco para pagar a conveniencia de usar o cartão de crédito. Então você usa o “plástico”.

Mas em lugar de oferecer um desconto em dinheiro, se o caixa falar para você que você irá ter que pagar 2% a mais no valor como uma despesa adicional pelo uso do cartão de crédito? Você deve então escolher pagar em dinheiro. Por que?
A razão é por causa do que os psicólogos comportamentais chamam de framing bias. (...)


B. Venkatesh - Psychology of cash discount - 15/3/2009 - Business Line (The Hindu) - 14

Oposição a Marcação a Mercado

Segundo Tracy Alloway (A mark-to-market history lesson, 13/3/2009), os membros do partido Republicano dos EUA são contrários a marcação a mercado e afirmam que:

Marcação a mercado (valor justo) é a maior causa do desastre financeiro atual. Ele acelerou o declínio do valor do ativo. (...) Ironicamente, a marcação a mercado não é nova. Desde 1930, contadores e reguladores bancários reconheceram a fraqueza inerente da contabilidade marcada a mercado. Datando de 1938, o Federal Reserve recomendou que os princípios contábeis fossem revistos. Presidente Franklin Delano Roosevelt (FDR) usou este conselho e rapidamente repeliu a marcação a mercado.

(...) O Financial Accounting Standards Board (FASB) reintroduziu caprichosamente a marcação a Mercado em 2007 no esforço de crier mais transparencia.


Aqui um hiperlink sobre a marcação durante o governo FDR.

Fonte: aqui

Previsão pela multidão

Sobre o uso do mercado para o processo de previsão, a revista The Economist, em An uncertain future (28/2/2009) discute alguns dos problemas de sua utilização.

No livro O Poder das Multidões, Howe faz uma defesa deste uso. O mesmo ocorre na obra Sabedoria das Multidões, de Surowiecki).

A constatação da revista é que o método não é mainstream dentro das ferramentas gerenciais, apesar das notícias de acurácia. Alguns acreditam que a técnica é complementar a outras existentes na previsão, mas não substitutos. Outras questões estão vinculadas a implantação da metodologia, como a inexistência de pessoas suficientes para “negociar” os contratos, inclusive por desinteresse das pessoas. Algumas empresas encorajam as rivalidades internas e outras oferecem pequenos prêmios. Outra razão apontada para os problemas de uso refere-se a dificuldade que o participante tem em ver os resultados e, por isto, a perda de interesse.

Já a dificuldade dos chefes em aceitar que não especialistas façam palpites sobre assuntos de sua responsabilidade também pode ser considerada. O texto conclui que talvez a maneira de saber como encontrar as soluções para os problemas de uso da técnica seja perguntar aos empregados, usando a previsão de mercado.

Salário do segundo homem mais rico do mundo

Warren E. Buffett, o Segundo homem mais rico do mudo, recebeu 175 mil dólares no ultimo ano pela sua empresa, Berkshire Hathaway. O salário anual do Sr. Buffett permanece em 100 mil dólares, o mesmo valor de 25 anos. (...)

Fonte: Aqui

Promovendo a Universidade através do Blog

A Universidade George Mason parece ter desenvolvido uma vantagem comparativa em blogar. A The Economist e a American Spectator fazem a constatação:

THE ECONOMIST -- Compared to other economics departments, George Mason appears to have developed a comparative advantage in blogging. Lots of top departments produce good research and competition for talent (both new professors and graduate students) is fierce. Anecdotally, it sounds as if George Mason may actually be attracting more quality students and faculty because of the higher profile it gained from blogging.

AMERICAN SPECTATOR -- What is clear, though, is that not only does George Mason have a comparative advantage in blogging, but also that it's to everyone's advantage to have these economists sharing their thoughts in an approachable format. In fact, I'm almost tempted to say that I've learned more reading Marginal Revolution, Econlog, Cafe Hayek, and Overcoming Bias than I did getting a degree in economics from a top-20 university. By maintaining these blogs GMU economists have raised the level of discourse with non-economists from basically zero.


Fonte: Aqui

Sinalização

A certificação da Apimec (CNPI - Certificado Nacional do Profissional de Investimento) atingiu em fevereiro de 2009 a quantidade de 1043 profissionais certificados, sendo que 902 já estão registrados na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e aptos a exercer a atividade de analista de valores mobiliários. A Instrução CVM 388 permitiu um período de transição em que o profissional era certificado por experiência, para não travar o mercado. Essa fase foi chamada de "certificação do estoque" e requeria que todos os profissionais já certificados fizessem o enquadramento em conformidade com a instrução, por meio da manutenção de seu cadastro e reafirmando sua adesão ao código de ética. Muitos deles acabaram perdendo sua certificação por não atentarem para a necessidade do enquadramento ou da renovação do cadastro, cuja perda foi considerada irreversível.

Posteriormente, a certificação passou apenas a ser concedida através de exames. De início, a Apimec optou por importar os exames aplicados na Suíça para o programa de certificação do analista internacional, da ACIIA (Association of Certified International Investment Analysts), associação da qual a Apimec é sócia-fundadora.
Como o rigor das provas e do conteúdo programático ser muito amplo, acima dos requerimentos da profissão de analista, a Apimec solicitou e obteve da CVM autorização para flexibilizar a certificação nacional. Para completar o processo, a Apimec fez parceria com a FGV (Fundação Getúlio Vargas) para a aplicação de exames on-line que podem ser feitos em diversos locais espalhados pelo Brasil. Essa é uma prática também adotada por outras instituições certificadoras, podendo-se destacar a Anbid (Associação Nacional dos Bancos de Investimento), que já atingiu o status de autorregulador na certificação, uma vez que além de certificar, também exerce a supervisão. A Apimec é membro do Conselho de autorregulação da certificação Anbid, o que além de contribuir para a governança da certificação Anbid, é importante para a harmonização das atividades das certificadores, além de trazer a experiência de um processo mais avançado.

O avanço na certificação de analistas
16/3/2009 - Gazeta Mercantil
(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 2)(Lucy Sousa - Presidente da Apimec Nacional (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais))


Será que a forma como está sendo conduzida a certificação dá segurança ao mercado? Certificação on-line pode criar problemas futuros?

18 março 2009

Rir é o melhor remédio

Sua Excelência o Cliente!

No aeroporto o pessoal estava na sala de espera aguardando a chamada para embarcar. Nisso aparece o co-piloto, todo uniformizado, de óculos escuros e de bengala branca, tateando pelo caminho. A atendente da companhia o encaminha até o avião e assim que volta, explica que, apesar dele ser cego, é o melhor co-piloto da companhia.

Alguns minutos depois, chega outro funcionário também uniformizado, de óculos escuros, de bengala branca e amparado por duas aeromoças. A atendente mais uma vez informa que, apesar dele ser cego, é o melhor piloto da empresa e, tanto ele quanto o co-piloto fazem a melhor dupla da companhia.

Todos os passageiros embarcam no avião, preocupados com os pilotos. O comandante avisa que o avião vai levantar vôo e começa a correr pela pista, cada vez com mais velocidade.

Todos os passageiros se olham, suando, com muito medo da situação. O avião vai aumentando a velocidade e nada de levantar vôo. A pista está quase acabando e nada do avião sair do chão. Todos começam ficar cada vez mais preocupados.

O avião correndo e a pista acabando. O desespero toma conta de todo mundo.

Começa uma gritaria histérica no avião. Nesse exato momento o avião decola, ganhando o céu e subindo suavemente.

O piloto vira para o co-piloto e diz:

-Se algum dia o pessoal não gritar, a gente tá ferrado !

MORAL DA HISTÓRIA:

OUVIR OS CLIENTES É FUNDAMENTAL!!!


Enviado por Matias

Links

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Sobre a validade das Normas Internacionais para as PME

CVM coloca em audiência pública minuta de instrução sobre a obrigatoriedade de envio pelas companhias abertas das suas escriturações mercantis ao Sistema Público de Escrituração Digital – SPED


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Pesquisa

Na última pesquisa foi perguntado se o leitor do blog olha as demonstrações contábeis da empresa quando compra um automóvel. Sendo um investimento de elevado valor, com vida útil prolongada, seria de esperar que a decisão fosse tomada com cuidado, após muita pesquisa. Para um público leitor do blog, de Contabilidade Financeira, também seria razoável que o mesmo olhasse qual a situação financeira da empresa. Em especial numa situação atual, onde a possibilidade de continuidade é questionável. Entretanto, a grande maioria disse não (18 respostas) ou afirmou que “acompanha as notícias” (12 respostas), o que é um termo, propositalmente muito vago. (Dois leitores afirmaram que olham as demonstrações)

Isto é interessante já que queremos sempre destacar a relevância da contabilidade para o usuário. Além disto, tem sido continuamente defendido no Brasil a necessidade de que as grandes empresas fechadas, incluindo aqui as multinacionais montadoras de automóveis, publiquem suas demonstrações. Mas será mesmo relevante?

Uso de Probabilidade

Uma leitora pergunta : “Oi, gostaria que o sr. citacesse duas situações dentro da contabilidade em que a probabilidade seja considerada indispensável, aguardo sua resposta,”

Pensei em duas situações realmente relevantes.

A primeira, a estimativa da provisão para devedores duvidosos, onde se faz necessário ter uma estimativa da probabilidade default por parte dos clientes.

Uma outra situação é a estimativa do passivo atuarial da empresa. É necessário estimar, por exemplo, qual a probabilidade da estimativa de vida do funcionário/aposentado para determinar o tamanho do passivo.

Destino do Lucro

Questão interessante feita pelo Alvaro Caldas: “como fica a área de “utilização (destinação) do lucro líquido” (SANVICENTE, Antonio Zoratto. Administração Financeira. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1997, p. 17) como sendo uma das problemáticas da Administração Financeira? Este problema ainda persiste ou é agora seguido com as possibilidades da Lei 11.638, que alterou a Lei das S/A”

A Lei 11.638 acabou com a conta de Lucros Acumulados. Em minha opinião o problema ainda continua por duas razões. Em primeiro lugar, ainda existem dúvidas sobre a aplicabilidade da Lei para todos os tipos de entidade, em especial as PME, que representam a maioria das entidades. Mas este talvez não seja o melhor ponto da questão. Destaco que apesar do fim da conta de Lucros Acumulados, (1) nada impede que a empresa “acumule” lucros durante o exercício e somente decida sua destinação no final do exercício social. Ou seja, a conta de lucros acumulados poderia continuar existindo ao longo do exercício, para fins internos; (2) a empresa ainda tem que decidir se os lucros irão compor o capital, as reservas ou serão distribuídos. A questão da utilização do lucro líquido, apontada por Sanvicente, está mais próxima de uma das três decisões financeiras: distribuição de dividendos. Esta decisão ainda continua existindo