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09 junho 2014

Trabalho tem que dar trabalho

Como todo semestre, solicito aos meus alunos um artigo. Neste semestre não foi diferente. Aprendo muito lendo estes trabalhos, com seus acertos e erros. Em geral os alunos acreditam que as notas dos trabalhos devam ter uma distribuição assimétrica à direita. Mas numa avaliação honesta, as notas de artigos deve ter uma distribuição mais próxima a normal: algumas poucas notas boas, a maioria mediana (entre 4 e 6) e alguns trabalhos ruins.

Um dos aspectos que um avaliador se leva em consideração é se o trabalho “deu trabalho”. Se um artigo usou o exemplo de uma empresa, calculando cinco índices, entre dois anos provavelmente o artigo não “deu trabalho”. Agora imagine um texto que usou muitas empresas, com mais anos, este artigo certamente “deu trabalho”.  É bem verdade que existem artigos onde os autores deixam de valorizar o trabalho que tiveram na pesquisa.

Talvez por este motivo o estudo de caso seja uma opção inadequada em muitos casos. Um estudo de caso deve ser bem escrito e aprofundado. Parece fácil, mas não é. E para que isto seja possível é preciso muito suor.


Voltando a questão dos artigos que estou terminando de corrigir, as minhas notas refletem um pouco a vontade de ler bons trabalhos. Ou a frustação de ler trabalhos não bons. Talvez isto explique por que não sou chamado para participar de comissões examinadoras de trabalhos de conclusão de curso. Menos mal: antes ser conhecido por ler cuidadosamente os trabalhos e valorizar os melhores do que ser o “queridinho” do TCC. 

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