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08 janeiro 2021

Precisão dos itens contábeis


Do Trueblood, relatório de 1973, que alterou os rumos da contabilidade mundial:

Em um situação financeira convencional, o caixa pode ser o único ativo com um grau relativamente alto de precisão e confiabilidade. Os valores mostrados para todos os outros ativos, bem como os passivos, são menos precisos. 

Rir é o melhor remédio

 

Preguiçoso

07 janeiro 2021

2021

2021 é produto de dois números primos consecutivos: 43 x 47. É a primeira vez que isto ocorre desde 1763 (41 x 43) e não ocorrerá de novo até 2491 (47 x 53).

Além disto, é a diferença entre dois números ao quadrado: 45 x 45 - 2 x 2.  

Fonte: aqui

Economias hiperinflacionárias



A norma sobre economias hiperinflacionárias, adotada no Brasil com a denominação de CPC 42, apresenta as características de uma situação onde um país está convivendo com este problema. Anualmente, o Centro de Qualidade de Auditoria (CAQ) apresenta a relação dos países com problemas com sua inflação. O principal critério é bem simples: inflação acumulada acima de 100% em três anos.

Eis a relação dos países que apresentaram esta taxa: Argentina, Irã, Líbano, Sudão do Sul, Sudão, Venezuela e Zimbábue. O Suriname é um país com projeção de inflação neste patamar. Além disto, Angola, Haiti, Libéria e Iémen apresentaram uma taxa entre 70% a 100%, com perspectiva de aumento. Há ainda países onde existe dificuldade com a coleta dos dados. É o caso da Síria. 

Imagem: aqui

Rir é o melhor remédio


 Bruce Lee em tempos de selfie

06 janeiro 2021

Esportes em tempos de Pandemia

Em tempos de pandemia, as atividades esportivas ficaram prejudicadas. Bom, nem todas. Parece que o tênis teve um grande boom em 2020:

Fonte: Aqui

Como escrever um verbete


Tenho visto diversos textos sobre como escrever um livro ou um artigo. Mas dicas sobre a construção de um verbete não é algo comum. Para os interessados, baseado em um texto do Economic Historian, um resumo das dicas:

1. É importante diferenciar entre o que é importante e aquilo que é interessante. Como quem acessa um verbete de uma enciclopédia é alguém que não sabe muito sobre um determinado assunto, o foco é o que é relevante. Ou seja, o que é necessário saber para ter um entendimento amplo sobre o assunto.

2. É importante indicar opções adicionais de leitura - O verbete é o ponto de partida. Para entender mais, quais os livros, outros verbetes e artigos o leitor deve consultar? De preferência o acesso deve ser fácil

3. Para começar a escrever, use a "escrita livre". Ou seja, abra um documento em branco ou use uma folha de papel e anote o que você sabe sobre o assunto. A partir daí, anote o que você não sabe ou tem dúvida. Depois disto, faça uma pesquisa, incluindo fatos e números gerais. 

4. Geralmente o verbete de uma enciclopédia obedece uma estrutura. Use esta estrutura para construir seu verbete. Veja a Wikipedia, por exemplo. Tem um primeiro parágrafo amplo sobre o assunto. Depois a apresentação do assunto em ordem cronológica (se for sobre uma pessoa, por exemplo) e sempre termina com outros verbetes relacionados e as citações. 

5. Faça uma síntese sobre o assunto. O verbete não deve ser tão amplo quanto uma artigo científico ou um livro. Mas deve ser suficientemente grande para compreender os principais pontos. Fatos secundários podem ser citados, mas não aprofundados. 

6. Não deixe de comentar os aspectos polêmicos, se forem relevantes. Comentar o time de preferência de um personagem talvez não seja relevante para um verbete. 

7. Se um  tópico do verbete estiver muito grande, talvez seja o caso de criar um verbete em particular. Se você está escrevendo sobre contabilidade de custos e o tópico "alocação" estiver grande, crie um verbete específico para o assunto. 

8. Procure ser simples e claro na linguagem. A pessoa que consulta um verbete que uma informação precisa e direta. Evite termos técnicos demais. Se ao fazer sua pesquisa, encontrar um exemplo que esclarece seu verbete, não deixe de usá-lo (e citá-lo). 

Presidente do Iasb faz um discurso sobre diversos temas relevantes


O presidente da Fundação IFRS, Hans Hoogervorst, participou de um evento no Japão (via remota), onde comentou alguns aspectos interessantes sobre a contabilidade, as normas contábeis e outros temas. O discurso completo pode ser encontrado aqui, mas o blog traz os principais pontos apresentados, com nossos comentários. 

Sobre o Covid e as normas internacionais:

Temos respondido ao Covid de duas maneiras principais. No início da pandemia, publicamos materiais educacionais para apoiar a aplicação do padrão de instrumentos financeiros, IFRS 9, e do padrão de arrendamento, IFRS 16 (1). Também trabalhamos rapidamente para alterar o IFRS 16 em relação às concessões de aluguel relacionadas a Covid-19. Esta alteração tornou a contabilização mais fácil para os arrendatários. Gostaria de agradecer aos reguladores, empresas, auditores, investidores e normatizadores que nos ajudaram a agir tão rapidamente (2).

Em segundo lugar, fizemos mudanças em nosso plano de trabalho para dar às partes interessadas mais tempo para se envolverem com nossas consultas em andamento e futuras (2). (...)

História recente da Fundação

Outra coisa que me impressionou ao relembrar discursos antigos, é que é reconfortante que outros comentários que fiz então ainda soem verdadeiros! (3) (...)

A Estrutura Conceitual revisada de 2018 deixou claro que não favorecemos um método de medição em relação a outros. De fato, uma norma importante como a IFRS 9 usa um modelo de mensuração misto e a maior parte da contabilidade de um banco permanece baseada no custo histórico. Claramente, o IASB está longe de ser obcecado pela contabilidade do valor justo.

Nosso projeto de Demonstrações Financeiras Primárias (PFS) , um dos nossos projetos mais importantes, deixa muito claro que o IASB não é fixado no balanço patrimonial. Muito pelo contrário; o projeto tem muito foco na demonstração de resultados e nas divulgações das notas que a acompanham. Sabemos que, na maioria dos casos, os investidores baseiam suas avaliações na demonstração do resultado e é por isso que nos concentramos nisso no projeto PFS. (4)

(...) Todas as grandes e importantes Normas foram concluídas - IFRS 9, IFRS 15, IFRS 16 e IFRS 17. Todas, exceto uma, foram implementadas. Temos dedicado muito esforço para apoiar sua implementação. Mudamos nossa atenção de melhorar o reconhecimento e mensuração para melhorar a apresentação e comunicação de informações financeiras. Fizemos muito trabalho para melhorar a eficácia das divulgações.  (...) Por último, mas não menos importante, nosso trabalho para atualizar a Declaração de Prática de Comentários da Administração é muito importante. Ele dará mais e melhor orientação às empresas sobre como escrever a narrativa que complementa as demonstrações financeiras. (5) 

Adoção da IFRS pelos Estados Unidos

A propósito, ainda acho que o caminho japonês de adoção voluntária das normas IFRS também seria o caminho mais provável para os Estados Unidos. Tenho certeza de que algum dia, no futuro, se as empresas americanas tivessem liberdade de escolha, muitas multinacionais americanas optariam por uma linguagem contábil que possam usar em todo o mundo, assim como fizeram suas contrapartes japonesas. Não parece estar nas cartas agora, mas nunca perdi a esperança de que isso acontecerá um dia ...

Sustentabilidade

Eu admito que há 10 anos eu não previa isso [a discussão sobre a sustentabilidade]. Mas, nos últimos cinco anos, gradualmente tornou-se óbvio para mim que as questões em torno da sustentabilidade, e dos intangíveis em um sentido mais amplo, exigiam mais da nossa atenção.

(...) Cada vez mais os investidores desejam e precisam de informações não financeiras, ou antes, pré-financeiras, que podem afetar o desempenho financeiro de uma empresa no longo prazo.

Esta é uma das razões pelas quais o IASB tem trabalhado em uma atualização da Declaração de Prática de Comentário da Administração que mencionei anteriormente. Nossa minuta de exposição - a ser publicada na primavera do próximo ano - fornecerá orientação sobre como incluir informações sobre sustentabilidade e intangíveis nos comentários da administração às demonstrações financeiras.

Freqüentemente, recebemos perguntas sobre as normas IFRS em relação às mudanças climáticas e sustentabilidade. A realidade é que a palavra 'clima' não é mencionada em nossa literatura. No entanto, como nossas Normas são baseadas em princípios, as empresas ainda podem precisar considerar questões relacionadas ao clima ao preparar suas demonstrações financeiras.[6] 

Um ano atrás, o membro do IASB Nick Anderson escreveu um artigo  voltado para a comunidade de investidores, que explicou como os requisitos existentes nas normas IFRS tratam de questões relacionadas aos riscos das mudanças climáticas e outros riscos emergentes. Não acrescentou ou mudou os requisitos das Normas. O feedback das partes interessadas foi que consideraram o artigo informativo. Eles queriam mais informações sobre o assunto.

É por isso que publicamos recentemente um material educacional sobre os efeitos dos assuntos relacionados ao clima  nas demonstrações financeiras destinadas a empresas que aplicam as normas IFRS. O material destaca que as empresas devem considerar o efeito dos assuntos relacionados ao clima em suas demonstrações financeiras ao aplicar as Normas - se esses assuntos forem relevantes para as demonstrações financeiras vistas como um todo. O material educacional [7] complementa o artigo de Nick e adiciona referências a parágrafos específicos nas Normas IFRS. Eu encorajo você a procurá-lo em nosso site.

Separados, mas complementares ao trabalho do IASB nessas questões, os curadores da Fundação IFRS estão atualmente prestando consultoria em relatórios de sustentabilidade . Eles estão buscando feedback sobre se a Fundação deve desempenhar um papel no desenvolvimento de padrões de relatórios de sustentabilidade. Há uma demanda mundial para a consolidação da multiplicidade de estruturas e padrões de sustentabilidade existentes, e muitos gostariam que a Fundação IFRS desempenhasse um papel nisso. [8]

Goodwill

(...) o tratamento do goodwill é uma das questões mais difíceis na contabilidade. As opiniões estão muito divididas, mas provavelmente todos concordamos que não existe uma solução completamente satisfatória.

Você deve estar ciente de que o IASB está atualmente prestando consultoria  sobre possíveis maneiras de ajudar os investidores a responsabilizar as empresas pelas aquisições - e na contabilidade do ágio. Entre nossas melhorias sugeridas estão melhores divulgações sobre aquisições. (...)

(1) Bom, isto não tem nada a ver com a doença

(2) Veja como é interessante as duas frases juntas. Na primeira parte, elogia a todos por agirem rapidamente. Depois, elogia a Fundação por dar mais tempo para as pessoas atuarem nas normas. 

(3) Lembro de um comentário, que ele falou sobre a não criação de novas normas. Isto registramos aqui no blog. 

(4) Bom, desculpe, mas não concordo. Há duas abordagens na estruturação de um Framework Contábil. Uma parte da DRE, da definição da receita e despesa. Outra parte da definição de ativo e passivo. Todas as estruturas conceituais são originárias da segunda abordagem (vide, por exemplo, aqui). Depois de décadas, o Iasb começou a trabalhar nos conceitos de lucro, algo que nunca existiu na sua estrutura conceitual. Além disto, enquanto o Fasb está estudando a questão de perdas e ganhos, este tópico ainda não mereceu a devida atenção do Iasb. 

(5) Parece que regulador contábil não rima com liberdade de expressão. O relatório da administração deveria ser o espaço livre que a gestão deveria ter para apresenta sua posição sobre o desempenho da empresa. Agora o Iasb decide que isto deve estar sujeito as normas. 

[6] Aqui o fato de ser uma norma baseada em "princípios" justifica a ausência do tema clima nas normas. 

[7] O material educacional seria uma forma de "norma"? (Eu particularmente acho que sim, apesar de não ter a legitimidade)

[8] Nós já notamos, aqui no blog, a surpreendente pressão para a criação de uma norma sobre o assunto. Ele tem razão: parece que há uma demanda para que o Iasb tenha um papel mais ativo na discussão. 

05 janeiro 2021

Rir é o melhor remédio

 

Planilha e conhecimentos matemáticos

Luckin faz acordo com a SEC


Em abril do ano passado surgiu um dos casos mais bizarros de fraude contábil. A empresa Luckin Coffee, fundada em 2017, com mais de 3.500 lojas, tinha divulgado que suas receitas, em 2019, tinham sido de 730 milhões de dólares. Brigando com a Starbucks na China, a Luckin obteve recursos para sua expansão, anunciava a abertura de dez mil novas lojas até dezembro de 2021 e expandia seus produtos. No ritmo, abriu seu capital. 

Mas metade da receita era ficção. As despesas também eram fraudes. Em fevereiro de 2020 a empresa tinha negado irregularidades, mas o preço da ação caiu de 50 dólares para 7. 

Depois de uma rápida investigação, a empresa concordou em pagar uma multa de 180 milhões de dólares para retirada das acusações de fraude nos dados contábeis. A entidade que fiscaliza o mercado de capitais dos Estados Unidos, a SEC, indicou que entre abril de 2019 a janeiro de 2020 a empresa produziu mais de 300 milhões de dólares de receitas inexistentes. Para que o valor não fosse percebido, os funcionários aumentaram as despesas em 190 milhões. Fazendo as contas, a empresa subestimou o prejuízo que teve em 2019. 

A descoberta da fraude ocorreu por meio de sua auditoria anual e depois disto a empresa fez uma investigação interna. 

Tintura de cabelo e Normas


Um jogo de futebol feminino entre duas universidades chinesas (Fuzhou e Jimei) foi cancelado recentemente por um motivo bizarro: as jogadores apresentavam o cabelo tingido e isto é proibido pelas normas locais. As equipes tentaram resolver a situação, procurando tintura de cabelo preto em locais próximos. 

"Na prática, o tingimento simples ou parcial é aceitável, mas cores 'estranhas' não são permitidas." A Campus Football Alliance disse no Weibo que as regras dos organizadores da liga determinam que os atletas serão desqualificados se "pintarem o cabelo, crescerem cabelo comprido (para meninos), use penteados estranhos ou use quaisquer acessórios. " […]

A razão da regra: jogadores são modelos para a sociedade e devem ter um comportamento adequado. 

Contabilidade? - As profissões precisam de conhecer a fundo das regras, mesmo que sejam absurdas. O regulador deveria também ser mais flexível, com regras absurdas como esta. 

General Electric - Saga continua

 


Em 2019 surgiu uma notícia sobre a possibilidade de falência da General Electric (aqui, aqui e aqui). A denúncia originou de um relatório preparado por Harry Markopolos, um analista que tinha descoberto o esquema de Madoff. A empresa reagiu, mas as ações caíram substancialmente. 

A GE é uma empresa bastante tradicional, que durante algum tempo foi a maior empresa do mundo em valor de mercado. A decadência começou ainda na gestão de Jack Welch e continuou nos anos seguintes. Mas a empresa sobreviveu ao relatório feito por Markopolos, mas não escapou de levar uma grande multa da SEC: US$200 milhões por problemas contábeis em algumas das suas unidades. 

Em 2016 e 2017, o resultado da empresa com a unidade de energia foi decorrente de mudanças nas estimativas de custos. Além disto, parte do resultado atual de caixa era decorrente de uma transação interna, entre unidades da própria GE. E para finalizar, a empresa modificou os custos dos sinistros de longo prazo, entre 2015 a 2017. 

04 janeiro 2021

Rir é o melhor remédio

 

Departamento de Contabilidade, antes de começar o encerramento do exercício social de 2020. (Pelo que foi o ano, haja reza)

03 janeiro 2021

Ano 2021, no ano de 1926

 

O Malho, de 1926, edição 1235, trazia uma propaganda de um livro com o título "Daqui a Cem Anos" de Eduardo Bellamy. Um romance de um homem que dorme dezenas de anos, por efeito de catalepsia. No novo mundo

todos eram obrigados a trabalhar e não existia dinheiro [moeda digital?]. Cada um trazia consigo a caderneta do seu activo e passivo. O que comprava ou consumia era-lhe debitado, em vez de pagar e assim viviam todos felizes. Havia refeitorios comuns em que se almoçava e jantava e consumia tudo o mais a debito de caderneta. Que beleza! É para o anno de 2021. Um volume de 300 páginas, 4$000.

A leitura do verbete de Wikipedia mostra que o livro foi importante em uma determinada época:

De acordo com Erich Fromm, Looking Backward é "um dos mais notáveis livros publicados na América". Foi o maior best-seller de sua época depois da Cabana do Pai Tomás.[5] No livro, publicado em português com o título Daqui a cem anos: revendo o futuro, um homem da classe alta de 1887, acorda no ano 2000 após um transe hipnótico e encontra-se em uma utopia socialista. Este livro, traduzido para vinte línguas e lido por intelectuais em diversos países, influenciou e apareceu nas listas bibliográficas de muitos dos escritos marxistas na atualidade. Os Clubes Bellamy se espalharam por toda a América do Norte para discutir e propagar as idéias do livro. Esse movimento político veio a ser conhecido como Nacionalismo.[6] Sua novela inspirou várias comunidades utópicas.

2020 no twitter

 

Gráfico construído no site Hedonometer, com palavras positivas e negativas, ao longo de 2020. A Pandemia em março representou o mínimo em termos de negatividade. E a alegria do Natal, o ponto máximo. 

31 dezembro 2020

O ano que não teve fim

 

Melhores livros de 2020

Fonte da imagem: aqui

Separamos alguns dos livros premiados em 2020:

Prêmio Jabuti:
O livro do ano é Solo para Vilarejo, de Cida Pedrosa. A obra é um livro de poesias publicado pela da Editora e não é disponibilizada em e-book. O vencedor de melhor romance entretenimento foi Uma Mulher no Escuro, do Raphael Montes, mesmo autor de Bom dia, Verônica, obra adaptada pela Netflix. O prêmio melhor romance literário foi para Torto Arado, de Itamar Vieira Júnior.

Prêmio Sesc de Literatura:
Encontro Você no Oitavo Round – romance de Caê Guimarães
Terra nos Cabelos – livro de contos de Tônio Caetano

Prêmio São Paulo de Literatura:
Melhor romance de ficção: O Corpo Interminável, de Claudia Lage.

Pulitzer:
Ficção: O Reformatório Nickel, de Colson Whitehead. Não tive a oportunidade de ler esse ainda, mas “The Underground Railroad: Os Caminhos Para a Liberdade” é sensacional e venceu o Pulitzer em 2017.

Não Ficção: Um dos vencedores foi a obra The Undying: Pain, Vulnerability, Mortality, Medicine, Art, Time, Dreams, Data, Exhaustion, Cancer and Care, de Anne Boyer, e a outra foi The end of the myth: from the frontier to the border wall in the mind of America, de Greg Grandin.

Nobel de literatura: Louise Glück. Aqui uma reportagem sobre ela publicada na Superinteressante.


Outros:

Confira também a lista dos 100 livros notáveis de 2020, do The New York Times. Entre os 10 primeiros está o livro de memórias de Barack Obama, Uma Terra Prometida, que também venceu o Goodreads Choice Awards na categoria Memórias e Autobriografias.

Rir é o melhor remédio

 

Fonte: aqui

30 dezembro 2020

Mercado editorial nacional na pandemia

Em maio de 2020, de acordo com a Publishnews, o varejo de livros no Brasil perdeu quase 50% do seu faturamento. Isso ocorreu devido ao fechamento das lojas causado pela pandemia do novo coronavírus. Passado o choque inicial, o mercado foi se recuperando e após as promoções da Black Friday alcançaram valores similares ao mesmo período em 2019.

Em números absolutos, de janeiro a novembro, foram vendidos 36,92 milhões de unidades e os estabelecimentos apuraram faturamento de R$ 1,51 bilhão. Em termos de faturamento, a variação ainda é negativa em 1,14%

Segundo o Painel do Varejo de Livros no Brasil:

“Esse ano de 2020 tem apresentado grandes desafios. A pandemia afetou frontalmente a economia e o mercado livreiro. Mas estamos recuperando o ‘tempo perdido’, nos aproximando do ponto zero em termos de valor”, afirmou Ismael Borges, gestor da Nielsen Bookscan, ferramenta que monitora o varejo de livros no Brasil. “Ainda estamos negativos por conta do altíssimo nível de desconto que chega a quase 30% entre os livros mais vendidos”, analisou.

Talvez valha a pena reexplicar a metodologia do Painel. A Nielsen captura a venda de produtos que tenham ISBN em um conjunto de estabelecimentos – físicos e virtuais. A lista dos estabelecimentos aparece no fim dessa matéria. Os dados são processados e dão origem ao relatório. Portanto, o que o Painel mostra é um panorama geral do varejo de livros no Brasil. Por questões contratuais da Nielsen com as varejistas, o documento não esmiúça o que foi realizado em lojas de argamassa e tijolo e aquilo que foi vendido em lojas exclusivamente virtuais, mas, livreiros e editores ouvidos pelo PublishNews apontam que a grande parte dessas vendas foram realizadas em e-commerces, mostrando que este segmento é o que tem sustentado essa recuperação apontada pelo Painel.

Marcos da Veiga Pereira, presidente do SNEL, fala da necessidade da “reinvenção do varejo físico no Brasil”. “Em todos os mercados mundiais temos observado o mesmo fenômeno: a pandemia resgatou o hábito da leitura, mas permanece o desafio da introdução de novos títulos no mercado. Este será o principal tema para 2021, com a reinvenção do varejo físico no Brasil”, disse.


Mercado editorial norte-americano na pandemia

O mercado editorial norte-americano em 2020 foi excelente, segundo reportagem do The New York Times. Com eventos presenciais cancelados, as pessoas têm lido bastante – ou ao menos comprado bastante livros. Madeline McIntosh, a diretora executiva da Penguin Random House disse que acredita que a indústria teve o melhor ano dos últimos tempos.

O mercado de áudio livros, ainda pouco explorado por aqui, teve um aumento de mais de 17% quando comparado ao mesmo período em 2019. Os e-books, por sua vez, apresentaram um acréscimo em torno de 16% e os livros físicos de cerca de 8%.

Quando as livrarias foram fechadas em março houve uma queda nas vendas, mas não durou. Enquanto algumas partes da indústria continuam a sofrer, como as livrarias e as editoras educacionais, os executivos das editoras reportaram que as vendas voltaram a crescer por volta de junho. Muitas das vendas foram feitas pela Amazon, mas como os hipermercados puderam continuar abertos por lidarem com itens essenciais, também se saíram bem, com o destaque indo para o Target.

Os executivos de editoras descrevem o seu negócio como a prova de recessões. Nos Estados Unidos o mercado se manteve estável após a recessão de 2008, caindo apenas 4% quando o desemprego alcançou o topo em 2009, retomando terreno no ano seguinte. Os desafios dessa vez pareciam maiores, com o distanciamento social, as restrições em armazéns, os isolamentos amplos e o rápido declínio da economia.

Mas as dificuldades da cadeia de suprimentos, como problemas de capacidade em grandes gráficas - que têm sido difíceis de gerenciar e são contínuos - não paralisaram o sistema. As restrições da pandemia, enquanto isso, eliminaram parte da competição. Segundo eles, uma pessoa só pode assistir uma quantidade limitada de Netflix, e não havia muitas outras opções.

“A competição pelo tempo de lazer, essa equação mudou com a pandemia”, disse Don Weisberg, o presidente-executivo da Macmillan. “A maneira como isso voltará será um forte indicador do futuro.”

Partes do mundo dos livros têm lutado. Com muitas igrejas e outras casas de culto fechadas, a venda de livros religiosos caiu, de acordo com a BookScan, e a categoria de viagens despencou em mais de 40% na impressão. (Ficção para jovens adultos, por outro lado, e livros sobre casa e jardinagem aumentaram mais de 20%.)

Grandes livrarias, acostumadas com o varejo online, se saíram bem pois no início da pandemia a Amazon ficou sobrecarregada com encomendas e deu baixa prioridade aos livros, o que ajudou o desempenho da Barnes&Noble, por exemplo. As livrarias independentes também sofreram devido ao isolamento, com algumas reportando cerca de 40% no declínio de vendas, e para driblar a crise tiveram que se adaptar às vendas online.

Mesmo as editoras que se saíram bem estão preocupadas com as livrarias, já que os leitores têm mais chances de descobrir bons livros em uma loja física do que em uma online, devido a disposição dos livros ou a dicas da equipe.



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Ah, você acha que merece $600? Você deveria trabalhar pelos seus $600 da mesma forma que eu -investindo $800 no mercado acionário e perdendo $200 quase que imediatamente. 

28 dezembro 2020

As 20 postagens mais lidas em 2020


1. CCL
2. Grau de alavancagem operacional
3. Margem bruta
4. Margem operacional
5. Giro do ativo
6. Prazo médio de pagamento a fornecedores
7. Patrimônio de referência
8. Composição do endividamento
9. Endividamento
10. Curso de contabilidade básica: dívida liquida
11. Deseconomias de aglomeração
12. O que deve ter uma “conclusão” de um trabalho científico
13. Provisão, contingência e accruals
14. Comparabilidade das informações
15. ROI
16. Margem líquida
17. 600 demitidos na PWC Brasil
18. Você sabe a diferença entre incerteza e risco?
19. Pró-forma
20. Depreciação acelerada

O resultado das 10 primeiras colocações foi bem similar ao de 2019. A postagem “600 demitidos na PWC Brasil" foi a única publicada em 2020 que entrou na lista.

Essa forma de divulgação considera apenas os cliques diretos em cada postagem. As que foram lidas por meio da página principal não são consideradas.

Para acompanhar as postagens com mais facilidade, você pode acrescentar o seu e-mail na caixa “inscreva-se” que fica no nosso menu, na lateral direita da página. Ou você pode acompanhar as postagens do blog pelo Twitter ou pela nossa página no Facebook. Nos acompanhe também no Instagram!

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Fonte: aqui

27 dezembro 2020

7 frases mágicas em tempos de lives

Usamos cada vez mais Zoom, Meet, Teams e outros instrumentos de comunicação não presencial. Michael Thompson sugere utilizarmos 7 frases mágicas para melhorar nossa interação com outras pessoas. Obviamente, algumas das frases possuem variações, embora a essência continue a mesma. O texto a seguir é inspirado no texto de Thompson.


1. Você pode dizer isto de novo? Eu quero anotar - isto mostra que você está interessado. Outras frases parecidas: "nunca pensei nisso dessa forma, eu quero escrever isso" ou "eu amo essa ideia e vou anotar para não esquecer". 

2. Obrigado por perguntar - quando alguém faz uma pergunta, esta frase transmite gratidão. Pode estar acompanhada de outra frase como "eu tive uma experiência disto no projeto", "eu aprendi isto com meu melhor amigo". 

3. Desculpe interromper, estou animado. Continue - é muito comum falarmos muito nas lives. Ao mesmo tempo que reconhece que a interrupção pode atrapalhar, destaca que ocorreu em razão do interesse no assunto. 

4. Adoraria sua opinião sobre - Esta é uma boa forma de quebrar o gelo em uma conversa. Depois de expor a situação, esta frase convida a outra pessoa para a conversa. Pode também ser algo como: "como alguém com uma boa experiência no assunto, o que você aconselha?" 

5. Eu sei que não devo reclamar - Em tempos de pandemia, nem sempre sabemos a situação do outro. Em muitos casos estamos desabafando sobre as medidas sanitárias, quando o nosso interlocutor sofreu uma perda por conta da doença. Você pode conquistar alguém com: "eu não devo reclamar, mas gostaria de estar dando esta aula de maneira presencial". 

6. Tenho enjoado de lives, mas está foi divertida - No início das lives eram novidades e todos gostaram. Depois, viraram obrigação. Nunca sabemos se o compromisso que estamos tendo é algo agradável ou não. Esta frase funciona e conquista a simpatia.

7. Importa de desligar o vídeo - Em muitos casos, não estamos preparados para uma chamada. Ou precisamos fazer outra coisa enquanto conversamos. A ausência do vídeo pode melhorar a qualidade da conversa. 

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Planejamento Anual: devemos levar a sério?

 

26 dezembro 2020

Razões para não usar Word e algumas alternativas

Um editor de texto do tipo “bloco de notas” pode ser um boa opção para quem deseja escrever. Não somente textos simples, mas também artigos científicos. Em lugar de usar o popular Word, que certa vez alguém chamou de “ordinário”, há um grande número de opções e algumas boas justificativas. 

Diferença - O Word, e outros programas semelhantes, baseia-se na filosofia WYSIMYG, do inglês “o que você vê é o que você obtém”. Um editor de texto simples tem outra filosofia: WYSIWYM ou o que você vê é o que você quer dizer. Ou seja, para formatar o texto, utiliza uma sintaxe que diz ao computador o que fazer. 

Para muitas pessoas, parece estranho que você tenha optado por digitar sua formatação semanticamente, quando poderia apenas vê- la. É como deixar seu Tesla na garagem e escolher dirigir um Modelo T.

Razões para abandonar o Word

1. Word é confuso - há muitas opções na barra de ferramentas e em cada nova versão algumas destas funções mudam de lugar. Se o usuário do computador muda a configuração default - poucos fazem isto, é verdade - isto pode ser mais complicado ainda.

2. Word distraí a escrita - Há uma tendência a prestar atenção nas opções de formatação do Word quando você escreve. As opções de formatação terminam por distrair quem deseja escrever muito e rápido. Alguns editores de texto, como este onde este artigo foi redigido, não possuem os botões de formatação à mostra. E eles são poucos. Em outras palavras, são minimalistas. 

3. É difícil de colocar tabelas e figuras - Experimente colocar uma tabela ou uma figura em um documento Word. E dado que muitas normas de textos científicos exigem formatação diferente da tabela para o texto (exemplo: tamanho da fonte), isto torna a tarefa mais ingrata. Quantas vezes você parou de escrever para arrumar uma figura ou tabela por conta de quebra de página. 

4. O Word não serve para documentos grandes - Quando você deseja escrever uma tese ou um livro, a melhor alternativa é evitar o Word. Torna-se lento lidar com os problemas de um editor de texto. 

5. Word não é código aberto - A Microsoft é dona do Word. Antigamente você comprava um pacote Office por uns 200 reais e ficava com ele por anos. A Microsoft vende agora uma licença anual, pelo preço do antigo pacote. 

Um meio termo

Uma forma de evitar isto é usar um editor mais limpo. Eu uso em muitos textos o Focus (figura). Ele é uma tela em branco, com algumas poucas funções, que ficam escondidas enquanto você digita. Tenho usado o Doc do Google, principalmente em situações onde compartilho um documento. O livro Fundamentos Básicos de Contabilidade foi escrito no Google pois facilitou muito eu redigir um texto e a co-autora, Fernanda, alterar e acrescentar coisas. 


Alternativas radicais

Latex é uma boa alternativa para quem deseja unir um processador de texto com um resultado de boa qualidade. Nele é possível fazer um texto com cara de um artigo de periódico; ou produzir uma tese que parece um livro. A dissertação da Thais Crabbi foi escrita em Latex, mas é uma exceção na área de contabilidade. Há algumas opções onde é possível integrar o Latex com arquivos Doc. Ele foi criado em 1984 e este é um problema: há alternativas mais simples. A opção recente é o Markdown, cujos comandos são mais fáceis. 

Baseado na minha experiência e na leitura de um artigo do Economicsfromthetopdow

Rir é o melhor remédio

 

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25 dezembro 2020

Pressão pelo padrão de sustentabilidade

Isto é algo que carece de uma boa explicação. Em tempos de uma grande pandemia, um grupo de entidades voltadas para a produção de normas passaram a dar uma grande atenção para a questão da governança, ambiente e sustentabilidade. Gostaria de tentar entender a razão para este grande interesse, quando a lógica indicaria que estas entidades deveriam estar preocupadas em estabelecer normas para informações neste novo ambiente. Qual a razão? Realmente não consigo encontrar uma justificativa razoável para isto que está ocorrendo agora. Recomendo o texto postado aqui onde tentamos uma explicação. 

A cronologia recente provisória dos acontecimentos é a seguinte. Em maio, durante a conferência do GRI, são definidas diretrizes de relatórios de sustentabilidade que seriam adotados pelas empresas. O assunto começa a fazer parte da agenda de jornais, com poucos artigos críticos sobre o tema. A maioria tece loas ao tema. 

Em setembro constata-se a presença de 50 padrões sobre ESG (ambiente, sustentabilidade e governança). Isto levou a entidade que congrega a profissão contábil, o Ifac, lança um documento denominado Enhancing Corporate Reporting: The Way Forward, ainda em setembro. O IFAC propunha um novo conselho para definição de padrões para um relatório corporativo que tratasse da questão. O IFAC solicita à Fundação IFRS pensar sobre o assunto. 

Também em setembro, cinco entidades (Carbon Disclosure Project, Climate Disclosure Standards Board, Global Reporting Inititative, International Integrated Reporting Council e Sustainability Accounting Standards Board) lançam um declaração conjunto para um alinhamento das normas. A ideia seria criar um conselho para tratar da questão da sustentabilidade. As Big Four lançaram um documento sobre o assunto, o que é realmente mais estranho. E em um mês movimentado, a Fundação IFRS lança uma consulta sobre o tema. (tudo isto aqui)

Esta consulta está recebendo comentários agora, em dezembro. A cinco entidades citadas no parágrafo anterior soltaram, em dezembro, um documento sobre o tema. O IFAC também encaminhou uma carta de comentários no sentido de se criar um sistema global para informações de sustentabilidade, sob liderança da Fundação IFRS. Na visão do IFAC

A profissão de contador, por sua vez, deve desempenhar um papel ativo em ajudar as empresas, economias e sociedades a alcançar um futuro mais sustentável. Acreditamos que a padronização de informações de sustentabilidade de alta qualidade trará uma nova relevância ao nosso trabalho em relatórios e garantias corporativas e promoverá o interesse público. A IFAC está pronta para se envolver com a Fundação IFRS, bem como com nossas organizações membros e outras partes interessadas, para garantir o sucesso desta importante iniciativa.

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Rir é o melhor remédio

 

Líder, chefe e presidente de uma comissão

24 dezembro 2020

23 dezembro 2020

Everest está mais alto


O Monte Everest é a maior montanha da Terra. Localizado na fronteira do Nepal com o Tibete (hoje China), o monte foi escalado somente em 1953. 

A primeira vez que alguém mediu o Everest em meados do século XIX. Uma equipe, comandada por Sir George Everest, calculou que o monte teria 29.000 pés de altitude. Para dar mais "precisão" à medida, Sir George adicionou 2 pés na medida, registrando 29.002 pés como a altura oficial, que corresponderia a 8.840 metros.

Outra pesquisa, feita no final do século XIX e início do século XX registra uma altura de 8.882. Em 1955, outra altura é calculada: 8.848 metros. Esta foi a altura aceita oficialmente, apesar de existirem medidas realizadas por outros países: Itália (8.872, em 1987; 8.846, em 1992), Estados Unidos (8.850, em 1999) e China (8.844,43 m, em 2005).

É estranho esta variação, mas justificável. Se a medida da altura for feita no inverno, há a neve acumulada no topo. Outro fato que afeta o resultado da medida é a movimentação da terra, que pode alterar a altura de uma montanha. Em 2015, por exemplo, ocorreu um terremoto na região que poderia ter afetado o tamanho da montanha. 

Recentemente, um comunicado conjunto do governo do Nepal e Chinês aumentou o tamanho do Everest em 86 cm. A montanha tem agora 8.848,86 cm. E isto já esta registrado na Wikipedia

Contabilidade? - Gostei de ler  sobre o assunto, pois mostra que se a ciência tem dificuldade de chegar a um consenso sobre a altura de uma montanha, o que dizer do valor de um ativo ou a medida de resultado de uma empresa. 

Um belo comercial de Natal


Este comercial já tinha mais de 13 milhões de visualizações. Começa com um senhor idoso fazendo exercícios físicos. Isto desperta a curiosidade das pessoas e uma vizinha chega a ligar para filha deste senhor (1:30 m do vídeo). Somente no final ficamos sabendo a razão disto tudo (2:10 m). 

Uma explicação sobre a beleza do comercial pode ser encontrada aqui

Imprensa pode melhorar a qualidade da contabilidade


A imprensa pode melhorar a qualidade da informação contábil. Um estudo (via aqui), da Universidade do Arkansas, descobriu que notícias da imprensa (The Wall Street Journal, The New York Times , o Washington Post, o Chicago Tribune, Forbes, The Economist, Economic Times, Kiplinger, Accounting Today, Wired e CFO Magazine) podem ajudar na qualidade da auditoria das empresas. 

Quando uma auditoria é questionada no seu trabalho, que inclui notícias de fraudes, por exemplo, estas empresas aumentam a atenção dada às auditorias. Basicamente, nenhuma Big Four quer estar na primeira página do The Wall Street Journal. 

A pesquisa também encontrou que as empresas de auditoria tentam gerenciar a reputação, pois notícias negativas possuem custos de crescimento e retenção de clientes. 

“Coletivamente, nossa evidência sugere que a mídia de notícias funciona como um mecanismo de supervisão informal eficaz das firmas de auditoria, ao direcionar a atenção do auditor e melhorar a qualidade da auditoria”, disse o estudo.

(...) As descobertas sugerem que “a mídia de notícias funciona como um mecanismo de supervisão informal eficaz de firmas de auditoria ao direcionar maior atenção do auditor e melhorar a qualidade da auditoria.

Rir é o melhor remédio

 

Filmes e árvore de natal

22 dezembro 2020

Petróleo e baixa contábil

Recentemente, duas das mais tradicionais empresas de petróleo anunciaram baixa contábil. A Exxon anunciou que irá reduzir o valor dos ativos entre 17 a 20 bilhões de dólares. Isto deverá incluir os ativos adquiridos em 2010 de uma produtora de xisto, a XTO Energy. Em 2010 a decisão de comprar uma produtora de xisto parecia acertada, com o preço do petróleo em alta e a possibilidade de ter acesso a uma fonte de energia alternativa. A redução no preço do petróleo, em razão de uma guerra de preços e da demanda reduzida, motivou a amortização da empresa. Apesar do prejuízo registrado recentemente, a empresa manteve o pagamento de dividendos. Além disto, a Exxon mantem a aposta no petróleo e na recuperação dos preços.  

A Shell também seguiu a Exxon e anunciou ontem uma redução no ativo, entre 3,5 a 4,5 bilhões. A empresa também anunciou que outros efeitos contábeis serão reportados em 2021. Em outubro, a empresa já tinha realizado uma baixa de 1 bilhão, depois de outra baixa de quase 17 bilhões, no segundo trimestre. 

A Aramco, a produtora estatal da Arábia Saudita, também está sob pressão. Depois de realizar uma grande oferta inicial de ações, a estratégia da empresa parece que enfrenta uma série de problemas. Para colocar suas ações no mercado com sucesso, o governo saudita concedeu facilidades aos súditos, mas evitou um fracasso da oferta, concentrando o lançamento no mercado acionário do país. Apesar de ter atingindo um valor de mercado de 2 bilhões, parte da estratégia incluía uma farta distribuição de dividendos. E para garantir esta distribuição, a empresa está tomando empréstimo. A guerra de preço decretada pela Aramco no primeiro trimestre provocou efeito não somente nos concorrentes: mesmo obtendo lucro, pois o custo de produção é reduzido, a Aramco não está conseguindo dinheiro suficiente para novos investimentos e pagamento de dividendos. 

Crime contra o ambiente


O jornal The Guardian trouxe uma discussão sobre a criação de um tipo de crime contra a humanidade: o crime contra o ambiente. O jornal britânico afirma que o ecocídio corresponde a um crime internacional, assim como crimes contra humanidade, crimes de guerra e genocídio. Parlamentares suecos solicitaram que a Fundação Stop Ecocide elaborasse um projeto sobre o assunto, para coincidir com o 75o. aniversário do julgamento de Nuremberg, em 1945. 

A proposta interessa de perto nações como Vanuatu e Maldivas, que podem desaparecer se ocorrer um aumento no nível do mar em razão do aquecimento global. Segundo o jornal, o Tribunal Internacional, com sede em Haia, teria prometido priorizar os crimes contra o ambiente, a exploração de recursos naturais e a desapropriação ilegal de terras. Em 2016, o ICC já tinha indicado que avaliaria os crimes contra a humanidade em um contexto mais amplo. 

Contabilidade? - Se o ecocídio for criado, as nações devem incorporar na sua legislação. Isto pode criar possibilidades de processar as empresas infratoras em todo o mundo. Uma empresa que promova uma destruição em massa, sistemática ou generalizada poderia ser processada. Isto inclui desmatamento de floresta em grande escala, pesca ilegal ou derramamento de óleo. Além do passivo criado por tais crimes, a condenação por um tribunal internacional pode colocar em risco a sobrevivência de uma empresa. 

Poluir compensa?


Shapira e Zingales (2017) usam o caso da DuPont (discutido abaixo) para mostrar que uma decisão de poluir tem valor presente líquido positivo para os acionistas por causa do descompasso de tempo entre o momento em que a poluição ocorreu e a remediação. (...)

Primeiro, vemos que as decisões de poluir podem ter valor presente líquido positivo em comparação com o custo de redução. Em segundo lugar, as empresas podem se beneficiar de melhorias de reputação, separando-se das atividades poluidoras. Terceiro, a administração que conclui uma cisão tem oportunidade de ganhos, evitando perdas patrimoniais (...). Quarto, as assimetrias informacionais limitam a capacidade dos acionistas de precificar com precisão os passivos. Quinto, o estatuto de limitações sobre transporte fraudulento apresenta o potencial de que reservas inadequadas não serão descobertas até que tenha expirado.

Fonte: aqui

Rir é o melhor remédio

 


21 dezembro 2020

Explorando o espaço


Clive Thompson, autor de Coders: The Making of a New Tribe and the Remaking of the World, faz um interessante artigo sobre a monetização da fronteira espacial. É um texto bem longo, mas que vale uma leitura. 

Sobre contabilidade (afinal este é um blog de contabilidade) destaco o seguinte:

1. Ao relatar a história do espaço, sob a ótica dos Estados Unidos, Thompson destaca que nos primórdios a Nasa, a agência espacial, fazia contratos do tipo "custo mais". Ou seja, a Nasa pagaria todo o custo mais uma margem de lucro. Este tipo de contrato, comum na área militar e de espionagem, é propício para os incentivos perversos. A empresa contratada não tem interesse em ser eficiente e rápida. Na época de ouro, a Nasa chegou a ter 4,4% do orçamento do governo federal ou US$135 bilhões em moeda de hoje. 

2. A opção da Nasa pelo ônibus espacial, nos anos 80, foi uma opção cara e ao mesmo tempo modesta. O ônibus só voava até a órbita baixa da Terra. Os custos elevados e a falta de interesse político reduziu o orçamento da Nasa. 

3. Tudo isto muda com o interesse do setor privado. Até a década de 80 o satélite era um monopólio da Intelsat, um consórcio de governos. Mas em 1988 um empresário, René Anselmo, quebrou esse acordo e lançou um satélite privado. A explosão da Challenger em 1986 mostrou a decadência da Nasa e isto piorou ainda mais com outra explosão, em 2003. Assim, ao mesmo tempo que há um interesse privado pelo espaço, a agência do governo dos Estados Unidos perde sua força. Para resolver o problema de financiamento, o governo dos EUA incentiva a indústria espacial com fins lucrativos. 

4. Alguns empresários usam recursos próprios - caso de Elon Musk - ou conseguem captação de recursos para financiar novas empresas. Musk criou a SpaceX em 2002 e lançou seu primeiro foguete em 2008. Ao mesmo tempo que firmou um contrato com o governo dos EUA para venda de foguetes, a SpaceX fazia progressos tecnológicos: seus engenheiros conseguiram trazer um foguete de volta para Terra. Em outras palavras: redução de custo. Somente em 2019, investidores colocaram 5,8 bilhões de dólares em empresas espaciais. 

5. Enquanto discutimos a questão ambiental na Terra, Thompson alerta que o problema ambiental espacial é preocupante. Um dos planos de Musk é construir uma rede satélites de rápido acesso à Internet em todo o mundo. Em janeiro de 2020, a Space X colocou 60 satélites; em março, 120. Seu plano é ter 12 mil satélites circulando nosso planeta em 2027. Antes da Space X eram 2 mil satélites. Isto significa, também, lixo espacial. 

Tendo destruído o meio ambiente da Terra, a atividade comercial parece prestes a destruir a próxima fronteira: a órbita baixa da Terra.

E isto já está ocorrendo. 

Em 2009, um satélite de propriedade da empresa americana Iridium colidiu com um satélite do governo russo desativado a mais de 42.000 mph. A queda produziu 2.300 pedaços de destroços, espalhando-se em todas as direções. E os destroços são um problema particularmente difícil no espaço, porque quando está viajando a milhares de milhas por hora, até mesmo um pedaço do tamanho de uma bola de gude é como uma bala, capaz de tornar um satélite danificado inoperável e sem direção - o proprietário não pode mais disparar seus propulsores para guiá-lo em uma órbita superior ou inferior. Existem atualmente cerca de 500.000 pedaços do tamanho de mármore lá em cima. Décadas de viagens espaciais feitas por governos deixaram muito lixo, desde peças de propulsores de foguetes até fragmentos perdidos de experimentos científicos.

Isto corresponde ao que ficou conhecido como Síndrome de Kessler. Uma colisão poderia produzir tanto lixo espacial que iria desencadear uma reação em cadeia, com centenas de satélites destruídos e que formaria um anel de destroços que impediria o lançamento de novos satélites. 

Frases: CEO da GM


Recentemente Mary Barra , presidente e CEO da General Motors, deu uma entrevista para o Freaknomics. Ela foi a primeira mulher CEO de uma montadora mundial. Duas amostras do pensamento de Barra:

Uma das coisas que fizemos quando eu estava no RH foi, mudamos nosso código de vestimenta de 18, 20 páginas para duas palavras: “vista-se adequadamente”. E eu acho que dar poder às pessoas e saber que você confia nelas - mas você também vai responsabilizá-las por fazer a coisa certa - acho que apenas cria uma mentalidade diferente.

Mas para mim, é a diversidade mais ampla. Você tomará melhores decisões quando tiver pensamentos, contribuições e debates diversos. E eu já vi isso por ter experiências de gênero, raça, origem, nacionalidade e experiências diferentes. Acho que ajuda a criar estratégias melhores que são, francamente, mais equilibradas para o que pode dar errado ou quais oportunidades você pode aproveitar. 

Felicidade medida no Twitter

 Fazendo contagem de palavras positivas e negativas, o ano mostrou dois momentos de "infelicidade":

a pandemia e a reação policial aos protestos (Clique na imagem para ver melhor). A figura acima é em língua inglesa. Em língua portuguesa, para 2020:


Quanto maior o valor, maior seria as emoções positivas. É muito claro março, onde o gráfico mostra uma grande redução, por conta da pandemia. Também destaca-se a morte de Soleimani (inicio do ano), a violência policial e as eleições dos EUA. 

Emoções positivas nos dias das mães, dos namorados (ponto máximo do ano) e das crianças. 

Eis as palavras com maior escore de "felicidade":

Fonte dos dados: aqui

P.S. Eis o resultado de contabilidade: nem positivo, nem negativo. Neutro, como deve (?) ser. 

P.S.2 - contador teve nota 5. Não 5,01 ou 4,99.