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18 novembro 2012

Política e Desempenho de empresas

O desempenho de uma empresa pode ser explicado por diversas variáveis. Uma delas são as conexões políticas da empresa. Empresas que fazem doações aos candidatos possuem interesses econômicos: no futuro o dinheiro podem favorecer seus negócios com o governo, através da influência, de informação privilegiada, de acesso aos recursos do governo, entre outros benefícios.

As notícias dos jornais confirmam esta visão de diversas formas. Lemos que construtoras que fazem grandes doações aos políticos geralmente são beneficiadas nas obras públicas. Ou que empresas gostam de empregar antigos integrantes do governo nos conselhos.

Um estudo realizado com empresas brasileiras mostra que esta visão está correta. Utilizando o período de 1998 a 2009 três pesquisadores conseguiram mostrar que empresas com maiores conexões políticas possuem relação com o desempenho. Os autores usaram, como critério para medir a conexão política, as doações realizadas e laços corporativos dos administradores com a política. Para o desempenho, usou-se o Q de Tobin e a relação market-to-book.

Assim, empresas com vínculos políticos apresentam variação positiva no valor, indicando que estas ligações pode explicar o desempenho. O estudo mostrou que candidatos aos cargos de presidente, governador e deputado federal são os preferidos pelas empresas. Indicou também que o conselho de administração possui uma função adicional: os seus membros podem adicionar valor através das conexões políticas.

Para ler mais: CAMILO, Sílvio; MARCON, Rosilene; BANDEIRA-DE-MELO, Rodrigo. Conexões Políticas e Desempenho: um Estudo das Firmas Listadas na BM&FBovespa. RAC , v. 16, n. 6, p. 784-805, 2012

Petrobras e TCU

Com o objetivo prioritário de baixar os custos de empreendimentos bilionários, como o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), a Petrobras decidiu aliar-se ao Tribunal de Contas da União (TCU) na tentativa de identificar itens superfaturados ou com preço acima da tabela de mercado.

A parceria já apresentou pelo menos um resultado importante. Auditoria do TCU nas obras do Comperj em Itaboraí (município na região metropolitana do Rio) identificou o sobrepreço de R$ 162,96 milhões na construção da estrutura de tubulações, as chamadas tubovias.

As tubovias estão orçadas em R$ 731 milhões. Pela auditoria do TCU, o sobrepreço é de 22,16%, nível que surpreendeu os técnicos encarregados da análise da contabilidade do Comperj.

O levantamento do tribunal foi talvez o primeiro indicativo oficial de que as obras do complexo petroquímico podem ter tido um orçamento exagerado. Embora a Petrobras não informe o custo global do projeto, estima-se que seja algo em torno de US$ 20 bilhões, ante os cerca de US$ 8 bilhões previstos no lançamento do projeto, há sete anos.


Fonte: aqui

Captação de recursos no ensino superior

Prática corriqueira no exterior ainda é rara no Brasil. Entre os motivos apontados por especialistas estão a inabilidade ao pedir contribuições, o não acompanhamento da carreira dos egressos e a falta de uma lei de incentivos fiscais para a educação.


Todos os meses, a cobrança de R$ 150 já está programada para ser debitada da conta corrente do economista Pedro Albuquerque, de 27 anos. O crédito vai direto para o Insper, a instituição de ensino onde ele se formou, em 2009. Mas não se trata de pagamento de mensalidade atrasada nem de ressarcimento de bolsa de estudo. É uma doação voluntária. Simples assim.

"Comecei contribuindo com R$ 50. E, na medida em que o meu salário cresce, aumento a minha participação", conta ele, que atualmente trabalha em Curitiba numa empresa da área de infraestrutura. Assim como Pedro, outros 115 ex-alunos doam para o Fundo de Bolsas da instituição - desde que foi criado, em 2009, já foram arrecadados R$ 850 mil.

Todo o dinheiro é utilizado para subsidiar os estudantes oriundos de escola pública e que não têm condições de arcar com as mensalidades de cerca de R$ 3 mil - atualmente, dos 1,5 mil alunos do Insper, 100 são bolsistas.

A motivação dos doadores não é simplesmente caridade. "Quando contribuo, colaboro para a perenidade da instituição e ajudo a escola a se manter no topo, com os melhores alunos que poderia ter, o que inclui, obviamente, aqueles que não teriam condições de arcar com a mensalidade", diz Franco Veludo. Ele se formou em 2007 e, em todo início de ano, doa R$ 3 mil.

A prática, bem incomum no Brasil, é corriqueira mundo afora. Em especial nos EUA, onde só Harvard arrecada US$ 30 bilhões por ano. Mas a prática se difundiu. "Na Europa, Oxford e Cambridge estão muito fortes e, na América Latina, o México tem sido muito bem-sucedido nisso", elenca Custódio Pereira, autor do livro Sustentabilidade e Captação de Recursos na Educação Superior no Brasil.

O especialista diz que, tecnicamente, há três explicações para o Brasil ter uma atuação incipiente. "Aqui, não há essa visão da filantropia para a educação, as instituições de ensino não têm pessoas especializadas no trabalho de captação e o governo não oferece incentivo fiscal." Apesar disso, ressalva, o principal motivo do insucesso brasileiro é a falta de habilidade de quem pede. "Nós não sabemos pedir".

Nesse cenário, sobressai-se quem tem bons relacionamentos e sabe valorizar o doador, afirma o pró-reitor de ensino e pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Antonio Freitas. "Muitas de nossas salas e laboratórios foram doados por ex-alunos. Para a FGV, já doaram José Ermírio de Moraes, Moreira Salles e Abílio Diniz. Mas, no Brasil, as doações são frutos de amizade. Nos EUA, não. Lá, se qualquer um doa US$ 1 mil, ganha o nome no ladrilho."

Aos que doam muito, o agradecimento é mais explícito. A Universidade Yale, por exemplo, tinha outro nome até, no século 18, ser rebatizada com o sobrenome de um judeu que doou parte de suas riquezas para a instituição. Harvard também leva o nome de um doador generoso.

[...]Acordadas - Longe das discussões ideológicas do Largo São Francisco, outra unidade da própria USP já tem passado o chapéu. A Escola Politécnica, que congrega os cursos de Engenharia, criou, neste ano, o Amigos da Poli, com a meta de arrecadar R$ 10 milhões nos primeiros 12 meses de atividade.

Dentre as privadas, a FGV tem uma assessoria com funcionários dedicados exclusivamente para captação de recursos. E a Universidade Mackenzie, a pioneira da prática no Brasil, vai ressuscitar, em 2013, seu programa de patrocínio. "Será uma campanha motivadora e providenciaremos aos doadores um fluxo de informação sobre o beneficiado, imprimindo o caráter mais pessoal possível ao programa", explica Solano Portela, diretor de finanças da instituição.

[...]'Nós brasileiros não sabemos pedir direito'
Entrevista com Custódio Pereira, especialista em captação de recursos

Diz-se que o brasileiro não tem tradição de doar. Você concorda?
Discordo. Não é apenas uma questão cultural ou de falta de incentivo fiscal. Nos EUA não havia incentivo nos anos 1600 e os fazendeiros doavam legumes, ovos e terrenos. As pessoas doam por acreditar que é um ato nobre, que com isso está ajudando a comunidade, colaborando com o País.

E por qual razão o brasileiro doa pouco?
Porque não pedimos e, quando o fazemos, pedimos errado. Damos a impressão de que a pessoa está fazendo um favor, quando na verdade o tom deveria ser de que o ato é uma oportunidade de contribuir com a sociedade. Nos EUA, no primeiro dia de aula, o calouro já escuta: "Fulano, você está em uma das melhores universidades do mundo e sua responsabilidade é levá-la para frente". Depois de formado, a instituição não o esquece. Ela mantém contato, cria um vínculo perene. Isso, claro, faz com que esse aluno queira que seu filho estude na mesma instituição.

No Brasil, são raras as instituições que sabem o paradeiro de seus ex-alunos...
Vivemos em uma caverna de Platão. A instituição não sabe sua história. Isso tem de mudar. É preciso construir um banco de dados com contatos e trajetória profissional dos egressos e convidá-los para os eventos institucionais. Afinal, mesmo que inconscientemente, todos querem o melhor para sua universidade. Se ela está bem, isso agrega valor ao currículo.

17 novembro 2012

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

Teste da Semana

Este é um teste para verificar se você acompanhou de perto os principais eventos do mundo contábil. As respostas estão nos comentários.

1 – Diante do que está ocorrendo no mercado acionário brasileiro nas últimas semanas, esta empresa deverá terminar o ano ocupando o primeiro lugar em termos de maior valor:

Ambev
JBS
Vale do Rio Doce

2 – A solução do problema societário entre o Grupo Pão de Açúcar, o ex-controlador Abílio Diniz e a família Klein pode ter um novo desfecho: Diniz entregaria suas ações no Grupo em troca do controle do:

Extra
Qualita
Via Varejo

3 – A França tenta aumentar a arrecadação de tributos de empresas multinacionais. Esta empresa, presente naquele país há oito anos, nunca pagou imposto de renda:

Amazon
Google
Starbucks

4 – O balanço da Petrobras permitiu uma constatação de manipulação de dados macroeconômicos no Brasil, mais especificamente com respeito aos dados de:

Arrecadação do CIDE
Comércio exterior
Número de empregos gerados

5 – Uma medida do governo poderá levar a um prejuízo nesta empresa de mais de 10 bilhões de reais em 2012:

Eletrobras
Petrobras
Vale do Rio Doce

6 – A divulgação das demonstrações contábeis dos Correios dos EUA revelou que aquela entidade, ao contrário do similar brasileiro,

Ainda consegue gerar caixa com as operações
Conseguiu conquistar novos clientes este ano
Possui sérios problemas de continuidade

7 – A empresa Wal-Mart está investigando problemas de corrupção em diversos mercados onde atua, entre os quais:

Brasil, China e Índia
Comunidade Européia
México, Estados Unidos e Canadá

8 – Algumas das razões para virada de mesa do governo no setor elétrico estão as seguintes, exceto:

Acumulo dos juros sobre os investimentos pré-operacionais
Falta de dinheiro no fundo que pagará as indenizações
Pouca participação como acionista minoritário

9 – Dia 10 de novembro é uma data importante para a contabilidade pois neste dia

A profissão foi reconhecida no Brasil
Foi organizada a primeira entidade de classe no mundo
Foi publicado a obra de Pacioli

10 – Esta empresa fez um acordo de 4 bilhões de dólares com respeito a um passivo ambiental

Apple
BP
Exxon

Fato da Semana


Fato: A proposta de evidenciação dos impostos pagos nos produtos e serviços adquiridos pelos brasileiros. 

Qual a relevância disso? A rigor não é um acontecimento contábil. Mas talvez tenha grandes implicações para a contabilidade. Aprovou-se uma proposta de que os produtos e serviços devem trazer evidenciados os tributos que estão sendo cobrados, assim como seu valor. A proposta ainda não é das melhores, pois exige também a evidenciação do imposto de renda.

Mas espera-se que isto desperte nas pessoas uma preocupação maior com o que se paga de imposto e o que os governos retribuem em termos de serviços públicos. Isto tornará mais difícil para os governos futuros aumentar as alíquotas cobradas de certos produtos. Uma possível consequência de longo prazo é uma maior justiça social, com a redução de tributos de certos produtos – como alimentação e bens essenciais – e uma ampliação da carga tributária. Em outras palavras, pessoas que hoje conseguem sonegar impostos serão “chamadas” a contribuir. Isto pode ter uma consequência sobre o mercado de trabalho dos contadores. Outro efeito é a possibilidade de redução da complexidade do sistema tributário, que também afeta diretamente o mercado de trabalho de contabilidade.

Positivo ou negativo? – Os efeitos serão positivos para sociedade.

Desdobramentos – Já existe uma pressão para que a lei não seja sancionada da forma como está. Realmente a inclusão do imposto de renda torna a implantação muito difícil e nisto teremos que concordar com o Ministro da Fazenda. Mas a questão do efeito sobre a nota fiscal eletrônica não deveria ser levado em conta: trata-se de custo perdido. 

Emulando Waren Buffet


É possível copiar a estratégia de investimento do lengendário Warren Buffet e usá-la num fundo mútuo?
A AQR Capital Management LLC, uma empresa que administra 16 fundos mútuos, publicou recentemente um artigo dizendo que criou um processo sistemático que seleciona ações como Warren Buffett. A publicação explica que o processo gerou retornos maiores que o da empresa de investimentos de Buffett, a Berkshire HathawayInc., entre 1976 e 2011. A firma de Greenwich, no Estado americano de Connecticut, não quis dizer se tem planos de lançar um fundo de investimento com base em seu simulador de Buffett.
Uma empresa britânica de investimentos, por sua vez, formou um fundo que segue os princípios de investimento de Buffett. Keith Ashworth-Lord é o gestor do fundo e encarregado de decifrar os segredos do investidor. "Eu sou o aprendiz e ele é o feiticeiro", diz Ashworth-Lord.
O Conbrio Sanford Deland UK Buffettology, fundo bastante ativo da Sanford DeLand Asset Management Ltd., do Reino Unido, peneira o mercado britânico em busca de ações baratas que normalmente atraem Buffett. Compras recentes incluem a Domino Pizza Group, empresa britânica que opera pizzarias da rede americana Domino na Grã-Bretanha e em alguns países europeus, e a gigante de bebidas Diageo PLC.
[...]Robert G. Hagstrom, autor de vários livros sobre Buffett, lançou em 1994 um fundo dedicado a investir como o guru. A Legg Mason Inc. comprou a operação em 1998. O fundo, chamado agora Legg Mason Capital Management Global Growth Trust, teve nos últimos anos desempenho inferior ao dos concorrentes e ao do índice Standard & Poor's de 500 ações. Este ano, a empresa cancelou a estratégia de investimento baseada no estilo de Buffett, e Hagstrom deixou o posto de gestor do fundo. Um porta-voz da Legg Mason disse que a empresa não comenta sobre "mudanças estruturais de seus portfólios". Hagstrom também não quis comentar.
[...]Apesar de pequeno, o Buffettology, com cerca de US$ 4,1 milhões em ativos, teve retorno de 29% de janeiro a outubro, em comparação com 6,1% de seu índice de referência, o FTSE All Share.
Ashworth-Lord, o gestor do fundo, diz que acompanha Buffett de perto no noticiário e que sua base operacional está localizada longe dos grandes grupos de investidores, como a de Buffett. "Eu trabalho em Manchester, não em Londres. É como ele, que trabalha em Omaha [no Estado de Nebraska], não em Wall Street. Você não é bombardeado com informação", diz ele.
O gestor tem um alerta Google intitulado "Warren Buffett" e lê o jornal Omaha World-Herald, de propriedade da Berkshire Hathaway, para ficar a par do que Buffett faz.
Fonte: aqui

Pronunciamentos

Três minutas em audiência pública:

CPC 36

A proposta de revisão do CPC 36 contempla substancialmente alterações no texto do IAS 27 – Consolidated and Saparate Financial Statements, que resultou na edição, pelo IASB - International Accounting Standards Board, do IFRS 10 – Consolidated Financial Statements, o qual para fins das IFRS tem sua adoção requerida a partir de 2013.

O objetivo do Pronunciamento Técnico CPC 36 é o de estabelecer princípios para apresentação e elaboração de demonstrações contábeis consolidadas quando uma entidade controla uma ou mais outras entidades.


CPC 45

A proposta de emissão do CPC 45 contempla substancialmente a convergência com o texto da IFRS 12 – Disclosure of Interests in Other Entities, emitida pelo IASB - International Accounting Standards Board, o qual para fins das IFRS tem sua adoção requerida a partir de 2013.

O objetivo do Pronunciamento Técnico CPC 45 é orientar quanto à divulgação de informações que permitam aos usuários das demonstrações contábeis avaliar as informações de uma entidade quanto à natureza da participação em outras entidades, os riscos associados a tais participações, os efeitos dessas participações sobre a sua posição patrimonial e financeira, o desempenho financeiro e respectivos fluxos de caixa.


CPC 46

A proposta de emissão do CPC 46 contempla substancialmente a convergência com o texto da IFRS 13 – Fair Value Measurement, emitida pelo IASB - International Accounting Standards Board, o qual para fins das IFRS tem sua adoção requerida a partir de 2013.

O objetivo do Pronunciamento Técnico CPC 46 é de : (a) definir valor justo; (b) estabelecer em um único Pronunciamento uma estrutura para a mensuração do valor justo; e (c) estabelecer divulgações sobre mensurações do valor justo.

Petrobras

Sobre a empresa, segundo a The Economist:

a Petrobras é um modelo de empresa estatal de petróleo e o governo do Brasil tem utilizado como uma ferramenta política para todos os fins, como manter os preços baixos e ajudar a economia, como construir refinarias no Nordeste pobre para promover o desenvolvimento regional.

Mapa

O mapa destaca, em branco, as nações que não sofreram nenhum tipo de intervenção inglesa durante sua história. São 22 países somente.

16 novembro 2012

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

Imposto

Clique na imagem para ver melhor

Evidenciação Fiscal

Com respeito a divulgação dos impostos inclusos na venda de produtos, o ministro da Fazenda informou:

o ministro disse que não será possível incluir tributos que são cobrados a posteriori, como, por exemplo, o Imposto de Renda. (...) "Por exemplo, o Imposto de Renda, que é cobrado sobre o resultado das operações das empresas. Como é que uma empresa vai colocar na nota fiscal o Imposto de Renda se ela só sabe isso [depois]... Ela pode até nem pagar se não tiver lucro", afirmou Mantega. (...)

"Existe um problema operacional também, pois nós acabamos de implementar a nota fiscal eletrônica e nós teremos que modificar todo o programa de nota fiscal eletrônica para incluir um novo item. Isso parece fácil, mas é uma dor de cabeça operacional", argumentou.


Ele tem razão. Mas a proposta ainda é válida com os outros impostos.

Elétricas

Um texto que explica um pouco a razão da adoção das medidas do governo com respeito as elétricas:

A MP 579, em discussão no Congresso Nacional e com a qual o país pretende reduzir a tarifa de energia em 20% a partir de janeiro, fez o governo rasgar os manuais de contabilidade adotados até hoje por todas as usinas hidrelétricas do país.

Ao usar o VNR (Valor Novo de Reposição) como critério para indenizar investimentos não amortizados, o governo resolveu abandonar um critério que ele próprio instituiu como poder concedente.

A presidente Dilma não fez isso por acaso. O Ministério de Minas e Energia, a EPE (Empresa de Pesquisa Energética) e a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) não dizem com todas as letras, mas não confiam nos números das usinas [1].

A Eletrobras informou que esperava R$ 30 bilhões em indenizações por ativos não amortizados. O governo, segundo seu critério, publicou portaria dizendo que o valor era de apenas R$ 14 bilhões. Diferença de R$ 17 bilhões.

Outro caso é o da Cesp (Companhia Energética de São Paulo). Segundo o secretário de Energia de São Paulo, José Aníbal, o valor registrado em balanço a ser amortizado ainda é de R$ 8 bilhões. A oferta do governo foi de R$ 1 bilhão.

Eletrobras, Cesp e outras geradoras usaram o manual de contabilidade do setor elétrico, o mesmo que agora não vale mais. Está aí o ponto central da discórdia.

Nos bastidores, o governo revela as três razões pelas quais abandonou o modelo contábil de amortização que recomendou ao setor.

São elas: as contas foram afetadas por vários planos econômicos; houve acúmulo de juros na conta de investimento de usinas que levaram anos para serem construídas; e, por fim, o fundo que pagará as indenizações não teria recurso para desembolsar valor acima de R$ 20 bilhões.


[1] Caso típico de informação assimetria. Mas isto sempre irá ocorrer em setores regulados. O que o governo precisa fazer é criar os incentivos corretos.

Fonte: Folha de S Paulo

BP

O vazamento de petróleo no Golfo do México irá render uma indenização de 4 bilhões de dólares durante cinco anos para a BP. Um acordo entre a empresa e o Departamento de Justiça dos EUA evita que o caso chegue aos tribunais. Em 2010 uma plataforma da empresa explodiu, matando 11 trabalhadores e provocando um grande vazamento de petróleo.

O acordo também inclui a solução de um processo da Securities and Exchange Comission (SEC, a CVM dos EUA), com indenizações de US$ 525 milhões a serem pagas ao longo de três anos. Os acordos dependem de aprovação por um tribunal.

Wal Mart e Corrupção

A Wal-Mart foi acusada de prática de suborno no México recentemente. Agora a Reuters informa que tal acusação inclui também China, Índia e Brasil.

O escândalo eclodiu após a publicação de um artigo do jornal The New York Times no dia 22 de abril, no qual o jornal apontou que a empresa escondeu práticas de subornos em grande escala para expandir suas atividades no México.

As autoridades federais e locais mexicanas também iniciaram suas próprias investigações, e vários de seus diretores atuais e anteriores foram alvos de processos por parte dos acionistas da empresa.No início de 2000, em meio à rápida expansão no México do número um mundial da distribuição varejista, o Wal-Mart pagou 24 milhões de dólares em subornos a autoridades mexicanas, ainda segundo o jornal.

Segundo o New York Times, o anúncio pode afetar as operações mundiais da empresa. Mas é importante destacar que a empresa não está dizendo que ocorreu suborno no Brasil, mas que existe evidência suficiente para que seja comunicado ao acionista. Para conduzir as investigações, a empresa contratou a KPMG e uma empresa de advocacia.

A empresa possui mais de dez mil lojas, sendo 2230 no México e 534 no Brasil .

Correios


Os Correios dos Estados Unidos anunciaram um prejuízo de quase 16 bilhões de dólares no exercício findo em 30 de setembro, conforme notícia do New York Times (Postal Service reports loss of 15 billion, Ron Nixon, 16 de Nov de 2012). Além do aumento de algumas despesas contábeis, ocorreu uma redução nas receitas. Apesar de ser um serviço vinculado ao governo daquele país, o resultado obtido deixa dúvidas sobre a continuidade daentidade. A própria agência alertou sobre a possibilidade de uma crise de liquidez.

Para resolver a crise, a agência quer autorização do legislativo para cortar certos custos e entrar em novos negócios.

Enquanto isto no Brasil o nosso serviço postal apresenta um bom desempenho. Em 2011, em relação a 2010, aumentou as receitas e os lucros, gerou fluxo de caixa e transferiu dividendos para o acionista. (é bem verdade que são demonstrações sem o parecer do auditor)

Investidores Institucionais e Boas Práticas de Governança

O estudo objetiva analisar a relação entre a participação acionária dos investidores
institucionais e a adoção de boas práticas de governança corporativa nas maiores empresas brasileiras listadas nos diversos setores econômicos da BM&FBovespa. Realizou-se pesquisa descritiva, conduzida por meio de análise documental, com consulta ao balanço patrimonial; notas explicativas; relatórios de administração; IANs - relatórios de informações anuais disponíveis no site da BM&FBovepa e websites das organizações. A amostra compreendeu as maiores empresas de cada setor econômico da BM&FBovespa que possuíam investidores institucionais como acionistas, totalizando 38 empresas. Para a análise dos dados, foram usadas medidas de estatísticas descritivas (médias, mínimos, máximos e desvio padrão) e análise de correlação de Pearson. Os resultados indicaram um ambiente com possibilidade de conflitos, pois existe concentração de capital. Verificou-se uma proporção média de 23% de investidores institucionais no capital social das empresas. Em relação às práticas de governança corporativa, captadas de acordo com o índice elaborado por Silveira (2004), obteve-se um índice médio de 72%. Os dados também demonstraram uma relação positiva e significativa entre investidores institucionais e boas práticas de governança corporativa, sinalizando que, entre as empresas analisadas, aquelas que possuíam maior participação acionária dos investidores institucionais foram as que apresentaram melhores práticas de governança corporativa.

INVESTIDORES INSTITUCIONAIS E BOAS PRÁTICAS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA: UMA ANÁLISE DAS MAIORES EMPRESAS BRASILEIRAS LISTADAS NA BOVESPA
Geovanne Dias de Moura; Francisca Francivânia Rodrigues Ribeiro Macêdo; Nelson Hein

V Congresso ANPCont

Quem é classe média?


[...]As it happens, Mr Pinheiro’s finely-tuned sense of social class fits neatly with the definitions deployed by the World Bank in a ground-breaking new study. Having crunched the numbers from household surveys across the region, it reckons that Latin America’s middle class expanded by 50%, from 103m to 152m, between 2003 and 2009. That represents extraordinarily rapid social progress. But it means that only 30% of the region’s population is middle class (see chart). A larger group has left poverty, but only just, as have many of those in Brasília Teimosa.
What it means to be middle class is a matter of definition and debate. Sociologists and political scientists define the middle class according to education, occupational status and ownership of assets. Economists, by contrast, tend to see income as determining class.
The bank’s economists nod in the direction of sociology by defining the middle class in terms of economic security. They reckon that for a Latin American household to have no more than a 10% chance of falling back into poverty over a five-year period requires an income of at least $10 per person per day (at purchasing-power parity exchange rates). They define those with an income of over $50 per day—just 2% of Latin Americans—as rich. The bank calls those with a daily income of between $4 and $10, “the vulnerable” or the “lower-middle class”. They make up the largest group. The proportion of Latin Americans living in poverty—defined as a daily income of less than $4—has fallen from 41.4% in 2000 to 28% in 2010.



This social progress is the result of a rare combination of faster economic growth, low unemployment and falling income-inequality. Income per person in Latin America grew at an annual average rate of 2.2% between 2000 and 2010, a step up from the previous two decades. And income inequality fell in the same period in 12 of the 15 countries for which data are available (though Latin America continues to rival southern Africa as the world’s most unequal region). Re-distribution, through conditional cash-transfer schemes and other social programmes, has helped to reduce poverty. But most of the expansion in the middle class has come from faster growth.


In all, the bank reckons that two in five Latin Americans were upwardly mobile between 1995 and 2010, though few made the leap directly from poverty to the middle class. Those who moved up tended to have more years of schooling. But the bank cautions that Latin America remains a land of unequal opportunity: children whose parents had few years of schooling tend similarly to be less educated than their middle-class peers.
One ray of hope is that over the past 15 years, the average number of years of school attendance among young Latin Americans has increased sharply, reducing the educational gap generated by social class. But the difference in the quality of the schools attended by the rich and the poor is bigger in Latin America than anywhere else. Higher education is expanding, too, and tends to be a passport to the middle class. But its cost—not least in job income foregone—deters poorer students, making student loans vital.
Fonte: Class in Latin America: The Expanding Middle - The Economist

Dinheiro

O valor da moeda corrente é o próprio valor de face, correto? Nem sempre, sobre a questão da retirada da expressão "Deus seja louvado", o texto a seguir mostra que o valor de face de uma nota pode ser superior:

As primeiras séries da nova moeda antes mesmo de sua circulação, iniciada em 1.° de julho de 1994, saíram sem a frase "Deus seja louvado" no anverso. A frase só voltou a ser impressa na gestão de Rubens Ricupero na Fazenda. Ele assumiu em 30 de março de 1994. A maioria das cédulas sem a expressão é assinada por seu antecessor Fernando Henrique Cardoso e por Pedro Malan, presidente do Banco Central. O restante tem assinaturas de Ricupero, substituto de Cardoso, e Malan.

E aí que os colecionadores ficam atiçados, explica o numismata e autor do livro Cédulas do Brasil. Claudio Amato. A pouca quantidade de notas de R$ 100 sem a expressão e com assinatura de Ricupero mexe com o mercado numismático. Uma dessas notas em perfeito estado, sem dobras e marcas de uso, chega a valer até R$ 2.800, segundo Amato. O valor se explica também pela pouca quantidade de séries impressas com assinatura de Ricupero - apenas 3, ante 1.198 por Fernando Henrique. Cada série tem 100 mil notas.

Aqui uma situação inversa.

14 novembro 2012

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

Música e Contabilidade


As artes expressam de certa maneira o sentimento das pessoas comuns. Se a sociedade considera uma profissão positiva, isto deverá estar expresso nos filmes, nas músicas, nas peças de teatro e nos romances. No passado, pesquisas foram feitas verificando como o contador aparecia em filmes, por exemplo.

Dois pesquisadores australianos resolveram investigar como a contabilidade e os contadores apareciam nas letras das músicas. Talvez a mais famosa música relacionada com a contabilidade seja Taxman, de George Harrison, para o álbum Revolver dos Beatles, que protestava contra a grande quantidade de impostos que ele pagava. Ou seja, não é uma imagem muito positiva da contabilidade.

As outras músicas investigadas mostram que a contabilidade – e o contador – é apresentada de maneira negativa: seja como servo do capitalismo ou como opressor ou associado a um escândalo. Este seria o estereotipo que a música passa sobre este assunto. Para os autores, ao contrário da imagem de algo “chato”, a visão das letras é que contabilidade é algo do “mal”.

A pesquisa foi realizada em língua inglesa. Em português não conhecia nenhuma letra que tivesse os dois termos até escrever este artigo. O mais próximo seria uma letra do Ópera do Malandro, de Chico Buarque. Mas pesquisando sobre o assunto encontrei a música Pra se sentir melhor , de LS Jack, com a seguinte letra:

Mas as pessoas não precisam ter ilusões
Pra se sentir melhor
Pra dentista é muito candidato
História não dá status
Contabilidade não dá prestígio

Para ler mais: SMITH, David; JACOBS, Kerry. “Breaking up the Sky” The characterisation of accounting and accountants in popular music. Accounting, auditing & Accountability Journal. V. 24. N. 7, 2011, p. 904-931.

Percepção do Valor Justo

Os usuários das demonstrações financeiras podem tomar decisões econômicas corretas se possuírem informações contábeis de qualidade. No entanto, a obtenção da qualidade da informação não é um processo simples. Seus atributos essenciais, a relevância e representação fiel, podem ser mensurados por meio da análise diferencial e do efeito da utilização de diferentes modelos de mensuração, como custo histórico e valor justo. Assim, o objetivo geral do presente trabalho é analisar a opinião dos contadores e professores, de graduação e pós-graduação em Ciências Contábeis, acerca da mensuração a valor justo, conforme normas do FASB e do IASB. Através da estatística descritiva, foram analisados 258 questionários respondidos por profissionais de todas as regiões do Brasil, os quais continham 9 questões objetivas. Os principais resultados obtidos foram as sugestões de novas expressões para substituir a atual “valor justo”, como Valor de mercado corrigido, Valor intrínseco, Valor equivalente, Valor adequado de mercado ou Valor agregado; a constatação de que, para 60,1% da amostra pesquisada, a contabilidade deve utilizar múltiplus critérios de mensuração de seus itens, mesmo que isso prejudique a homogeneidade da classificação; e a verificação da existência de uma predominância de respostas coletadas que corroboram com a visão do IASB e FASB nos seguintes pontos: o valor justo é o critério de mensuração que gera as informações mais relevantes, mesmo sacrificando a objetividade e verificabilidade e a mensuração a valor justo deve utilizar os 3 níveis previstos para mensuração.

MENSURAÇÃO A VALOR JUSTO: UM ESTUDO SOBRE A PERCEPÇÃO DOS PROFESSORES E PROFISSIONAIS CONTÁBEIS
Clayton Levy Lima de Melo, Edzana Roberta Ferreira da Cunha Vieira Lucena, Jorge Katsumi Niyama, Anderson Luiz Rezende Mól
Revista Ambiente Contábil, v. 4, v. 1, 2012.

Prejuízo bilionário

Podemos ter um prejuízo recorde no Brasil:

A proposta do governo para a renovação das concessões do setor elétrico definida na MP 579 tem efeitos devastadores sobre a Eletrobras, a principal empresa no setor no Brasil. Em documento obtido pelo Valor e datado de 5 de setembro, a empresa informa ao governo que a proposta, nos moldes oferecidos, levaria a um prejuízo de R$ 11,146 bilhões já em 2012 devido ao não reconhecimento, no balanço, da diferença entre o valor contábil dos ativos afetados e os valores reconhecidos para indenização.

(...) Nessa condição, informou a Eletrobras ao governo no documento, a companhia ficará incapacitada de "fazer a contrapartida dos seus investimentos, cumprir com o pagamento das dívidas e dos dividendos".

Os efeitos da proposta sobre a estatal são tão relevantes que um dos membros do conselho fiscal da Eletrobras, Manuel Jeremias Leite Caldas, disse ao Valor que aceitar a proposta será uma irresponsabilidade dos administradores da Eletrobras. Caldas representa os acionistas minoritários detentores de ações ordinárias.

Pelos cálculos de Caldas, que é engenheiro elétrico, se aceitar a proposta do governo, a Eletrobras perderá cerca de R$ 41,8 bilhões. (...)

A conta do conselheiro mostra que a empresa teria de fazer uma baixa bruta de R$ 30,5 bilhões de ativos não amortizados e abriria mão de R$ 20,6 bilhões em receitas com as tarifas nos níveis atuais, totalizando uma perda de R$ 51,1 bilhões. Para chegar nos R$ 41,8 bilhões, ele desconta R$ 9,3 bilhões, que é o efeito da indenização de R$ 14 bilhões que será paga pelo governo, após Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Ele destaca que há tributação sobre a indenização recebida, mas não o benefício fiscal imediato pela baixa contabilizada, já que isso só ocorreria se a concessão acabasse e começasse uma nova, o que não é o caso. (...)


Eletrobras alerta sobre prejuízos bilionários - 13 de Novembro de 2012 - Valor Econômico - Cláudia Schüffner

Contabilidade e Economia

Eis um exemplo de como a contabilidade pode ser útil na análise do panorama econômico. A partir das informações do balanço da Petrobras, a reporter descobriu que está ocorrendo manipulação nas contas externas:

As importações brasileiras estão subestimadas em cerca de US$ 6 bilhões este ano por causa de compras de petróleo e derivados realizadas pela Petrobrás que ainda não foram contabilizadas na balança comercial. A discrepância ajuda a melhorar o superávit do País, que vem sendo duramente afetado pela crise global.

Se essas importações já tivessem sido computadas, o saldo comercial estaria em US$ 11,4 bilhões, em vez dos US$ 17,4 bilhões apurados de janeiro a outubro. No período, o superávit registra recuo de 31,6% em relação ao ano passado. Sem a "ajuda" do petróleo, essa queda poderia chegar a 55,2%.

Uma comparação entre os dados do balanço da Petrobrás e os registros da balança comercial mostra o tamanho do descompasso. A quantidade de petróleo e derivados importada cresceu 13,5% no terceiro trimestre em relação ao segundo trimestre, conforme o balanço da estatal, mas recuou 38,8% segundo a Secretaria de Comércio e Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento. Exclusivamente na gasolina, a diferença é maior: alta de 90% segundo a Petrobrás e queda de 35,8% pela Secex.

(...) A Petrobrás contabiliza a importação quando tira o produto do navio, enquanto a Secex no momento em que a estatal entrega a documentação completa para a Receita. Publicada em 16 de julho, a instrução normativa 1.282 mudou as regras para o desembaraço de petróleo e derivados.

Na prática, o prazo para a Petrobrás entregar os documentos à Receita aumentou em 50 dias.


Petrobrás adia registro de importação e infla saldo comercial do País em US$ 6 bi - 13 de Novembro de 2012 - O Estado de São Paulo - Raquel Landim

Multinacionais e impostos

As multinacionais adeptas da otimização fiscal, praticada pelos grandes grupos para reduzir seus impostos, estão na mira do fisco francês, que avalia em até 1 bilhão de euros o rombo para os cofres públicos deixados pela sonegação dessas companhias.

O site de pesquisas Google, por exemplo, apresentou volume de negócios entre 1,250 e 1,4 bilhão de euros em 2011, segundo estimativas. Contudo, os ingressos declarados na França para 2011 pela companhia seriam de 138,4 milhões de euros, considerado pouco pelos especialistas.

A Microsoft, por sua vez, pagou 21,6 milhões em impostos para um volume de negócios de 493 milhões, enquanto Apple e Facebook pagaram respectivamente 6,7 milhões e 117.241 euros de impostos para um volume de negócios de 52 milhões e 4,9 milhões.

"Estas cifras são muito surpreendentes quando se conhece o volume de negócios real" destas empresas da era digital, estima Eric Vernier, investigador associado do Instituto de Relações Internacionais e Estratégicas e especialista em lavagem de dinheiro. "Estimamos algo entre 500 milhões e 1 bilhão de euros em perdas fiscais por ano para a França", completou.

Implementando uma série de montagens financeiras, batizadas de "sanduíche holandês", o Google estaria pagando uma porcentagem de impostos inferior à devida.

O Tesouro francês exige ainda 252 milhões de dólares da líder mundial de comércio eletrônico Amazon em impostos e multas correspondentes aos anos de 2006 a 2010, segundo um documento oficial do grupo que pode ser consultado no site das autoridades da bolsa americanas SEC.

A Amazon diz estar em "desacordo" com a estimativa da administração fiscal francesa e advertiu que lutará para defender suas posições, segundo o texto, que figura em um anexo dos resultados trimestrais do grupo e que foi colocado no site no fim de outubro.

Contudo, os gigantes da internet não são os únicos que pagam pouco ou nada em termos de imposto.

Presente na França há oito anos, a rede de café Starbucks jamais pagou impostos. O grupo alega que não ganha dinheiro no país e por isso não paga impostos sobre os lucros.

A empresa, com sede em Amsterdã, emprega "mais de 200 pessoas" e serve "enormemente em serviços de apoio financeiro, contabilidade e design", explica Olivier de Mendez, diretor de comunicação do grupo.

"Nosso objetivo não é reter os lucros rapidamente e se isso significa que depois teremos de pagar os impostos sobre os lucros, teremos prazer em fazê-lo", disse à AFP.

A investigação francesa indica que a alocação dos recursos entre diferentes jurisdições estrangeiras, onde os grupos estão presentes.

Os diretores de Starbucks, Amazon e Google explicaram na segunda-feira por que as grandes multinacionais norte-americanas pagam poucos impostos também no Reino Unido, diante de deputados visivelmente pouco convencidos de suas explicações.


Fonte: Aqui

Evidenciação dos Impostos

O consumidor brasileiro deverá ser informado do montante de impostos pagos na compra de mercadorias e serviços. Projeto nesse sentido foi aprovado nesta terça-feira no plenário da Câmara obrigando a discriminação do valor do projeto e dos impostos na nota fiscal. Apresentada ao Congresso em 2006 com mais de um milhão de assinaturas, a proposta já foi aprovada pelo Senado e agora vai à sanção da presidente Dilma Rousseff para entrar em vigor.

Pelo projeto, as novas regras passarão a valer daqui a seis meses. A proposta prevê que sejam computados globalmente nove tributos que incidem sobre produtos e serviços. Estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) revela que a carga tributária incidente sobre a gasolina, por exemplo, chega a 53%. O sabão em pó tem 41% de impostos, enquanto sabonete e pasta de dente chegam a 37%. Ao comprar uma camisa ou um vestido, o consumidor paga 35% de impostos, taxas ou contribuições.


A evidenciação da quantidade de impostos poderá tornar as pessoas mais críticas quanto a crescente participação do governo na economia.

13 novembro 2012

Rir é o melhor remédio

Serviços para Cães: Pet Motel. É verdade. Deu no New York Times.

Aquecimento Global e Mercado Acionário

No século dezenove os Rothschild construíram o sistema de correios mais eficiente da época. Mais até que o do rei inglês. Em junho de 1815 os londrinos esperavam a notícia sobre quem tinha vencido a batalha de Waterloo, entre ingleses e franceses. A família Rothschild sabia que a notícia teria influencia sobre seus negócios: se fossem os franceses os vencedores, a queda seria inevitável; caso fossem os ingleses, o mercado reagiria positivamente.

Quando o mensageiro chegou com a notícia, os outros corretores perceberam que a reação dos Rothschild sinalizaria o que teria ocorrido no mercado. Assim que o mercado abriu, a família começou dando ordens de venda. Os outros investidores deduziram que a Inglaterra tinha perdido a batalha.  E todos começaram a vender seus títulos, antecipando uma perda maior com a vitória dos franceses. Passado o primeiro momento, com uma grande queda no mercado, os Rothschild retornaram ao mercado comprando. Afinal, a Inglaterra tinha vencido a batalha contra Napoleão.

Esta história ilustra bem o poder da informação. Saber uma notícia antes dos outros traz grandes vantagens nos negócios. Esta lógica tem sido aplicada ao mercado de capitais.

Num mundo em que a informação chega às pessoas com uma enorme rapidez, ainda existem situações onde é possível lucrar com isto. Trata-se das operações de alta frequência (aqui também) (high frequência trading).

E o aquecimento global com isto? A elevação da temperatura tornou possível explorar as regiões mais geladas do planeta. Mas além de explorar a riqueza destas regiões, empresas estão interessadas em gastar uma grande fortuna para colocar cabos de comunicação entre os principais mercados financeiros. Passando os cabos pelo ártico, será possível economizar cinco mil quilômetros de cabo. Mas mais do que isto: será possível que a informação chegue antes que os concorrentes.

É bem verdade que a diferença de tempo entre a situação atual e os novos canais de comunicação será de partes de segundo. Mas no mercado financeiro uma pequena diferença temporal pode ser uma grande vantagem.

Algo como receber, antes de todas as pessoas, o comportamento do mercado japonês. E poder usar a informação para ganhar dinheiro. Como fizeram os Rotschild.

Leia mais em: The problem with high frequency trading ; Felix Salmon


Pecking Order Theory

Você sabe o que é "Pecking Order Theory"? Ou Teoria do Equilíbrio das Fontes?

É uma teoria de estruturação de capital que defende que as empresas devem dar prioridade às fontes de financiamento com um "nível de esforço menor".

A teoria foi desenvolvida em 1984 por Myers e teve início ao partir-se do pressuposto que há assimetria informacional entre gestores e investidores. Em sua dissertação, Nascimento (2012) explana:

A Pecking Order Theory não impõe um nível alvo de capital a ser idealizado pelas empresas - as entidades seguem uma ordem hierárquica, preferencialmente por tipos de financiamentos de suas atividades.

Hierarquização das fontes de financiamento:
1. Autofinanciamento: reversão de reservas de lucros.
2. Recursos de terceiros captados por meio de dívidas: emissão de debêntures e títulos conversíveis.
3. Recursos captados por meio de emissão de novas ações.

Enquanto na Trade-Off Theory a obtenção de maiores lucros está relacionada a um maior nível de endividamento, acarretando em uma maximização do benefício fiscal; na Pecking Order Theory, os lucros acumulados reduziriam a necessidade da utilização de capitais de terceiros, pois as empresas mais lucrativas são as menos endividadas.

Custo de Capital numa empresa fechada

Uma das grandes dificuldades no processo de determinação do valor presente de ativos para diversas finalidades (avaliação de projetos de investimentos, determinação do valor em uso num teste de imparidade, por exemplo) é o custo de capital. A dificuldade torna-se maior quando a empresa não possui ações negociadas na bolsa. Nestas situações, os cálculos usando o modelo de precificação de ativos, conhecido como CAPM, não funciona adequadamente.

Existem alguns atalhos possíveis para obter esta informação. Iremos comentar hoje um destes atalhos. Usando indicadores obtidos na análise de balanço é possível prever qual ser o rating de uma empresa. Neste caso o analista pode buscar pesquisas acadêmicas que conseguiram construir expressões matemáticas que traduzem as notas dadas pelas agencias de rating. Observe a expressão abaixo, obtida num trabalho de Horrigan de 1966  (The Determination of Long-Term Credit Standing with Financial Ratios, Journal of Accounting Research):

Z = 1,197 X0  + 0,034 X1 + 0,272 X2 – 0,501 X3 + 4,519 X4 – 0,203 X5

Sendo X0 se a dívida é subordinada (igual a zero) ou não (igual a 1); X1 = total dos ativos; x2 = ações ordinárias / dívida; x3 = capital de giro / vendas; x4 = lucro operacional / vendas; x5 = vendas / patrimônio líquido. Os valores de cada índice são divididos pela média do setor. Após o cálculo, se o valor de Z for maior que 2,855, isto corresponde a uma nota AAA e assim por diante. Com a nota do rating, o custo de capital pode ser transformado por tabelas que associam notas de rating com taxas de descontos.

O método apresentado possui alguns inconvenientes fortes. Em primeiro lugar, é necessário ter um estudo anterior que determine a associação entre os ratings das empresas e os índices. Em segundo lugar, a aplicação deve levar em consideração características similares: por exemplo, em geral são as grandes empresas que possuem notas das agências de ratings; aplicar o método para pequenas empresas pode ser temeroso; Em terceiro, mesmo após obter a nota do rating é necessário outra conversão, da nota para o valor em percentual. Isto significa dizer que a obtenção do custo de oportunidade do capital é feita em dois estágios, aumentando o risco de erros. 

Casino e Abílio

A novela societária mais acompanhada nos últimos dois anos, a convivência na maior companhia de varejo do país, Pão de Açúcar, entre o grupo francês Casino e o sócio Abilio Diniz, da família fundadora, está mais próxima de um desfecho.

(...) Está na mesa uma estrutura em que Abilio Diniz, agora minoritário na empresa, entregaria ao controlador Casino suas ações ordinárias de Pão de Açúcar e as lojas físicas que possui - cerca de 60 pontos, pelos quais recebe um aluguel anual de R$ 165 milhões ao ano - para ficar com o controle da empresa de eletroletrônicos Via Varejo e a companhia de comércio eletrônico Nova Pontocom.

Já parte das preferenciais que o empresário tem na empresa seriam usadas para uma oferta à família Klein, minoritária na Via Varejo, com 47,5% do capital. Contudo, essa fase da negociação não começou, pois depende do passo inicial - um acordo com o Casino. No passado, porém, o tema já foi alvo de conversas.


Casino e Abilio, alinhados para negociar - 12 de Novembro de 2012 - Valor Econômico - Graziella Valenti

Ambev

A boa fase para a Ambev, que viu seu valor de mercado subir 23,2%, para R$ 228,61 bilhões neste ano, parece estar longe do fim. Se seu desempenho na bolsa continuar no mesmo ritmo, em 5 de julho estará valendo R$ 260,60 bilhões, segundo cálculos do BRASIL ECONÔMICO. Se, da mesma forma, a Petrobras mantiver o ritmo de queda verificado neste ano, a companhia chegaria na mesma data valendo R$ 260,40 bilhões, cedendo a liderança na bolsa à Ambev. A empresa, que era a quinta maior em 2007, com R$ 78,8 bilhões em valor de mercado, tirou o segundo lugar da Vale neste ano.

Fonte: Aqui

Ilusão



Fonte: aqui, aqui e aqui

12 novembro 2012

Rir é o melhor remédio


Entenda sua contabilidade

Você sabe a diferença entre Simples Nacional, Lucro Presumido, Arbitrado ou Lucro Real? Se a sua resposta for não, saiba que não há do que se envergonhar. Apesar de representar um dos pontos cruciais para a gestão do negócio, são raros os empresários que conseguem escolher sem ajuda um dos modelos tributários previstos pela lei.

Tema espinhoso, a verdade é que o assunto faz parte daqueles campos praticamente intransponíveis da contabilidade – o que por si só já é motivo de careta para muitos empreendedores. No entanto, segundo especialistas em gestão tributária, é fundamental que o empreendedor compreenda as diferenças entre os modelos, os prós e contras de cada uma das quatro alternativas de apuração de impostos. Conhecer sobre o assunto faz diferença para o plano de negócios e, principalmente, para a conta bancária da empresa.

“Ao virar as costas para os modelos contábeis, o empresário comete um erro que pode lhe ser caro”, afirma o advogado tributarista Miguel Silva, sócio do escritório Miguel Silva & Yamashita Advogados. “O empreendedor simplesmente pode pagar mais em impostos do que realmente precisa ou se expõe demais aos fiscais”, afirma.

Outro problema apontado por Silva diz respeito aos custos operacionais de cada um dos modelos, além do impacto da decisão nas estratégias de crescimento. “O Simples é válido para empresas com faturamento de até R$ 3,6 milhões. É uma alternativa excelente, mas pode tolher o crescimento. O empreendedor precisa, aos poucos, ir preparando-se para migrar para outros modelos tributários”, afirma o advogado Miguel Silva.

Para o especialista, a alternativa imediata ao Simples é a do Lucro Presumido, que não exige receita bruta mínima, mas um teto de faturamento, que é atualmente de R$ 48 milhões por ano. Segundo Vicente Sevilha, do escritório Sevilha Contabilidade, o modelo é indicado para empresas com margens brutas e líquidas altas. “Para o caso de margens baixas, (negócios que faturam com escala) o sistema não compensa”, diz.

A opção para o seu negócio pode estar no Lucro Real, que contabiliza as receitas e abate as despesas no cálculo final. É a opção indicada para negócios com faturamento robusto – acima de R$ 48 milhões – e margens apertadas. Mas não se trata de um modelo muito utilizado. Das 4,6 milhões de empresas que constam no banco de dados da Receita Federal, apenas 3,5% (164 mil) adotam atualmente esse modelo de tributação.

A última opção, Lucro Arbitrado, é tida como uma espécie de solução imposta para empresas que não mantiveram em dia sua gestão contábil. Para Miguel Silva, porém, não é bem assim. O empresário pode optar pelo modelo, que imputa multa de 20% além do que pagaria no Lucro Presumido, se quiser por conta e risco reduzir seus custos operacionais. Ainda assim, é importante ressaltar que haverá cobrança de multa.

Simples Nacional
Para empresas que faturam até R$ 3,6 milhões ao ano. Em geral, especialidades da área de serviços (médicos, corretores e consultores) não podem optar pelo Simples. Consulte um especialista ou veja a lista no site do Ministério da Fazenda (www.fazenda.gov.br).

Lucro Presumido
Nenhuma empresa é obrigada a usar, mas todas podem utilizar o modelo desde que obedeçam o teto de faturamento anual, que é de R$ 48 milhões. Segundo a Receita Federal, trata-se de uma opção para pouco mais de 1 milhão de empresários atualmente.

Lucro real
Estão obrigadas a essa modalidade os negócios com receita bruta acima dos R$ 48 milhões. No entanto, o empreendedor deve estar atento: empresas com bom lucro pagam impostos mais elevados. A proporção ideal é alto faturamento e baixa lucratividade.

Lucro arbritado
Normalmente, é aplicado pelo fisco como uma punição para quem não conseguiu manter em dia seus controles contábeis. Para o tributarista Miguel Silva, é uma opção a ser analisada como forma de baratear os custos operacionais envolvidos no empreendimento.


Publicado no Estadão, via A Alcantara

Valor da Burocracia

A burocracia é um grande entrave aos negócios. Entretanto, em certas situações, ter conseguido driblar os processos burocráticos pode agregar valor. Um texto sobre a demora que a Anvisa leva para liberar os registros de remédios no Brasil (Indústria pega fila na Anvisa, Estado de S Paulo, 5 de novembro de 2012, Marina Gazzoni) mostra este fato:

As únicas que levam algum tipo de vantagem com lista de espera para o registro de medicamentos são fabricantes que querem ser vendidas, conclui o consultor da Alvarez & Marsal. A demora é uma espécie de barreira para a entrada de novos players no mercado brasileiro e favorece as aquisições. "Multinacionais que querem entrar no Brasil podem levar três anos para lançar seus produtos aqui. É mais rápido comprar um concorrente que já tem uma boa carteira de registros na fila da Anvisa."

Salários

Sobre a greve dos juízes brasileiros, um texto faz um comparativo interessante:

Causa perplexidade que, em um país cujo salário médio é de R$ 1.345, um magistrado venha a público afirmar que a paralisação estaria ocorrendo porque "com R$ 15 mil líquidos não é possível viver com estabilidade financeira" e, por causa disso, muitos juízes "estão vivendo com créditos consignados". (...)

Os juízes brasileiros estão entre os mais bem pagos do mundo. Um juiz federal brasileiro ingressa na carreira ganhando R$ 21.766,16 - o que, levando-se em conta o 13º, equivale a uma remuneração anual de cerca de € 109 mil. Comparado aos subsídios dos colegas europeus, os magistrados brasileiros ganham valores significativamente superiores. Na França um juiz em início de carreira ganha por ano € 40.660, e na Alemanha € 41.127 (dados de 2010 do Relatório de Avaliação dos Sistemas Judiciais Europeus da Comissão Europeia para a Eficácia da Justiça). (...)

o primeiro subsídio de um juiz já é quase o dobro do de um professor titular de universidade pública em final de carreira. E do professor se exige no mínimo o mestrado e o doutorado, o que implica pelo menos seis anos de estudos além da graduação.

Há quem alegue que os subsídios dos magistrados precisam ser altos para evitar que eles desistam da carreira e optem por advogar. Em qualquer país do mundo, porém, os melhores advogados ganham bem mais que juízes. Um escritório de advocacia é um investimento de risco que exige um capital inicial e anos de trabalho para consolidar o nome do profissional no mercado. A magistratura, por outro lado, é uma carreira bem diferente, que oferece estabilidade, aposentadoria com proventos integrais e um rendimento mensal inicial que dificilmente um advogado vai obter nos primeiros anos de atividade. Cada carreira tem suas vantagens e cada bacharel vai optar entre elas conforme seu perfil de risco e sua vocação profissional.


Julgando de barriga cheia - TÚLIO VIANNA (PROFESSOR DA UFMG) - O Estado de S.Paulo - 11 de novembro de 2012

A lei da oferta e procura informa: cada concurso para magistratura existem inúmeros candidatos. Se o emprego não fosse bom, isto não ocorreria, correto?

Evidenciação: Precificação de Ações

Os gestores conhecem mais sobre o desempenho da organização do que os investidores, o que torna a divulgação de informações uma possível estratégia de diferenciação competitiva, minimizando a seleção adversa. Este trabalho tem como principal objetivo analisar se o nível de divulgação de informações de uma entidade pode impactar a percepção de risco dos indivíduos e o processo de avaliação de suas ações. A pesquisa foi realizada em um estudo experimental por meio de um mercado de capitais simulado com 456 participantes, sendo 353 no experimento principal e 103 no experimento modificado. Investigou-se a precificação das ações de duas empresas com diferentes níveis de divulgação de informação em quatros momentos distintos. A cada momento, informações adicionais sobre o desempenho eram apresentadas aos participantes. A análise dos resultados evidenciou que, mantendo outras variáveis constantes, o nível de divulgação de informações de uma entidade pode impactar as expectativas dos indivíduos e o processo de avaliação de suas ações. Maior nível de divulgação apresentado por uma entidade impactou tanto o valor de sua ação quanto o da outra empresa.

Impacto do Nível de Evidenciação de Informações Contábeis sobre a Precificação de Ações no Contexto de Seleção Adversa: uma pesquisa experimental
Diogo Henrique Silva de Lima, Jomar Miranda Rodrigues, César Augusto Tibúrcio Silva, José Dionísio Gomes da Silva
Revista Brasileira de Gestão de Negócios, v. 14, n. 43, 2012.

Resenha

Ketz é um dos autores do blog Grumpy Old Accountants, um dos bons blogs existentes na área de contabilidade. Em Hidden Financial Risk, Ketz tenta procurar justificativa para alguns dos problemas que passa a contabilidade.

O livro foi publicado em 2003, logo após a crise da Enron e outros escândalos contábeis. E por este motivo parece datado em alguns trechos.

São onze capítulos divididos em quatro partes. A primeira parte é uma contextualização do assunto. A segunda trabalha os principais pontos controversos na contabilidade da época: equivalência patrimonial, leasing, pensão e sociedades de propósito específicas. A questão do valor justo, tão relevante na crise financeira de 2008, não era tão importante quanto o livro foi publicado. A terceira parte busca os responsáveis pelos problemas contábeis: os gestores, os auditores, os reguladores e os investidores. O livro finaliza com uma proposta de solução para os problemas.

Para os interessados em conhecer os problemas ocorridos na contabilidade após a falência da Enron este pode ser um livro interessante. Mas realmente a leitura não evita o ranço de uma obra datada.

KETZ, J. EDWARD. Hidden financial risk. Hoboken: wiley, 2003.

Gênero, Poupança e Dívida

Duas cidades do estado da Georgia, Macon, com 155 mil habitantes, e Columbus, com quase 200 mil, são muito parecidas. Mas em Columbus a dívida das pessoas é de 3,5 mil dólares per capital maior que de Macon. O que justificaria esta disparidade? Uma das poucas diferenças entre as duas cidades é a diferença na quantidade proporcional de mulheres: em Macon o número de mulheres é muito maior que os de homem. Em Macon para cada mulher existem 0,78 homens; em Columbus, a relação é de 1,18 homens para cada mulher. Pesquisas anteriores já mostraram que as mulheres são mais avessas ao risco. E parece que também gastam menos e poupam mais.

Uma possível explicação é que num ambiente com poucas mulheres, os homens gastam mais buscando uma parceira; por exemplo, os gastos de conquistas (flores, joias etc) são maiores nesta situação.

É interessante que esta situação se inverte na China. Em razão do controle populacional, existe uma maioria de homens naquele país: os pais preferem o filho homem, que garante a aposentadoria na velhice, do que uma mulher. Mas para conseguir uma esposa, o homem deve ter um bom dote. E isto incentiva a economia, não o gasto.

Leia Mais em The Surprising Economics of Sex Ratios, Eric Jaffe, The Atlantic Cities

11 novembro 2012

Rir é o melhor remédio




Programe-se para o VII Congresso ANPCONT

O VII Congresso Anpcont será realizado em fortaleza no período de 03 a 05 de junho de 2013 na cidade de Fortaleza/CE.

O Congresso ANPCONT, com conceito E1 no Qualis CAPES, é um evento de importante significado acadêmico-científico da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Ciências Contábeis. Este evento proporciona a interação da comunidade acadêmica, pesquisadores, professores e estudantes, representando um meio de divulgação da produção técnico-científica na área das Ciências Contábeis.

Concentra discussões relativas à Controladoria e Contabilidade Gerencial; Contabilidade para Usuários Externos; Mercados Financeiro, de Crédito e de Capitais; Educação e Pesquisa em Contabilidade. Portanto, o evento busca estabelecer uma ligação entre estudos acadêmicos e aplicações em organizações, possibilitando aos participantes conhecer mais profundamente os diversos enfoques dos estudos nas Ciências Contábeis.

A sétima edição do Congresso está programada para o período de 03 a 05/06/2013, organizada pela Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Ciências Contábeis – ANPCONT.

VII Congresso ANPCONT
Período - 03 a 05 de junho de 2013
Local - Fortaleza/CE
Número estimado de participantes - 200 pessoas
Abrangência do evento - Nacional

Comissão organizadora
Ilse Maria Beuren, Dra.
Edgard Bruno Cornachione Jr., Dr.
Jorge Katsumi Niyama, Dr.
Márcia Martins Mendes de Luca, Dra.

Objetivos do evento
A realização do VII Congresso ANPCONT tem como principais objetivos:
a) Debater os temas relevantes das Ciências Contábeis, abordando aspectos referentes aos temas do evento;
b) Divulgar a produção técnico-científica da área;
c) Fortalecer a produção científica e o intercâmbio dos Programas de Pós-Graduação em Ciências Contábeis do País.

Tema central
O tema central do VII Congresso ANPCONT será “Contabilidade e desenvolvimento organizacional frente às dinâmicas sociais”.

Público-alvo
O público alvo do VII Congresso ANPCONT são estudantes, professores, pesquisadores e profissionais. Tendo em vista o número de Programas de Pós-Graduação em Ciências Contábeis existentes no Brasil, espera-se que o evento conte com cerca de 200 participantes.

Atividades previstas

Para atingir os objetivos especificados, há uma série de atividades previstas para o VI Congresso ANPCONT: a) palestras; b) sessões temáticas (apresentação de trabalhos); c) painéis; e d) workshops.

a) Palestras
Estão previstas três palestras relacionadas ao tema central do Congresso a serem proferidas por palestrantes nacionais e internacionais

b) Sessões temáticas
Deverão ser aceitos 96 trabalhos, sendo que 48 serão apresentados em sessões temáticas interativas e 48 serão apresentados em sessões temáticas convencionais. No total, estão previstas 16 sessões temáticas. Cada uma dessas sessões irá se desenvolver por um período de aproximadamente uma hora e meia e será constituída pela apresentação e discussão de trabalhos afins.

c) Painéis
Estão previstos quatro painéis, que contemplarão assuntos relacionados com o tema central do Congresso.

d) Workshops
Estão previstos dois workshops: um que abordará sobre o sistema de avaliação dos Programas pela CAPES e outro que contemplará assuntos relacionados ao fomento da pesquisa pelo CNPq.

Serviços incluídos
Conforme as necessidades comuns a qualquer evento, a organização e realização do V Congresso ANPCONT deverão incluir os seguintes serviços:
a) ambiente com privacidade e conforto reservado para autoridades e convidados;
b) serviço de hospedagem, alimentação e translado aos palestrantes e convidados;
c) pacotes promocionais de hotéis;
d) equipamentos audiovisuais;
e) internet;
f) avaliação de satisfação dos participantes.

Fonte: ANPCont