Translate

Mostrando postagens com marcador custo de capital. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador custo de capital. Mostrar todas as postagens

21 junho 2021

Mídia Social e Custo do Capital

Este artigo investiga se as empresas que comunicam informações nas mídias sociais têm um custo menor de capital. Usando um conjunto de dados coletados à mão que compreende o universo completo de todas as empresas listadas na NYSE, AMEX e NASDAQ, desde o início do Twitter, eu mostro que as empresas que usam o Twitter têm um custo menor de capital. Além disso, as empresas que enfrentam as maiores assimetrias de informação (ou seja, empresas menores, empresas com poucos acompanhamentos de analistas e empresas com menos participação institucional), se beneficiam particularmente de twittar informações financeiras. 

Corporate Twitter use and cost of equity capital - MohamedAl Guindy - Jornal of Corporate Finance, junho de 2021. Imagem aqui

24 maio 2013

IFRS e custo de captação

Não foram só os leitores de balanços que se beneficiaram do claro salto de qualidade no nível informações prestadas ao mercado depois da adoção do padrão contábil IFRS no Brasil.

O custo de capital próprio das companhias brasileiras diminuiu em sete pontos-base como decorrência da mudança do padrão usado para elaboração das demonstrações financeiras.

A conclusão consta da tese de doutorado do pesquisador Ricardo Luiz Menezes da Silva, recém-defendida pelo Programa de Pós-Graduação em Controladoria e Contabilidade da FEA-USP. O trabalho contou com a orientação do professor Alexsandro Broedel, ex-diretor da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e atual diretor de controle financeiro do Itaú.

Além dessa conclusão, o estudo confirmou indicações anteriores de que o IFRS aumentou a relevância e a tempestividade da informação contábil, o que significa que os balanços têm uma relação maior com o valor de mercado e as cotações das ações na bolsa.

Não é preciso nenhum cálculo sofisticado para saber que a transição para o padrão contábil IFRS tirou o sono de inúmeros executivos no Brasil nos últimos anos, além de ter custado caro. Agora o estudo mostra que, ao menos, as horas de trabalho também beneficiaram as próprias empresas.

"Muita gente assume que as coisas são verdade, mas eu prefiro testar. E essa é uma evidência empírica de que um efeito contábil afeta a realidade", afirma Broedel, ao comentar que tanto a teoria como estudos realizados em outros países indicavam que um padrão contábil mais transparente teria como consequência a redução do custo de capital.

O professor reconhece que a queda de sete pontos-base não tem um efeito "revolucionário" para as empresas, mas considera o resultado "importante". "Sempre que a gente consegue mostrar que algo contábil tem efeito no mundo não contábil, isso é relevante", afirma Broedel.

Para medir a diferença no custo de capital, o estudo conduzido por Silva usou um banco de dados com informações contábeis e de mercado do período entre 2000 e 2011, considerando os anos de 2010 e 2011 como pós-adoção.

Para cálculo do custo de capital foi usado o método que leva em consideração o crescimento estimado do lucro por ação, conhecido pela sigla em inglês PEG (Price Earnings Growth).

Silva comparou então o comportamento do custo de capital de 30 companhias abertas que adotaram o IFRS completo voluntariamente antes de 2010 e outras 93 (integrantes do IBrX, mas sem sobreposição e excluindo instituições financeiras) que fizeram a migração de padrão apenas naquele ano - como era exigido pela CVM.

"Eu não poderia apenas comparar a variação do custo de capital entre 2009 e 2010 e dizer que o IFRS explicava a diferença", afirma o pesquisador, ao justificar o uso da metodologia, que seguiu um padrão usado em trabalhos acadêmicos publicados no exterior. A principal base foi um estudo da pesquisadora Siqi Li, feito com empresas europeias, que apontou queda de 48 pontos-base no custo de capital próprio com base em metodologia semelhante.

Na visão de Silva, entre os motivos que podem explicar a diferença de impacto está o fato de a adoção no Brasil ter ocorrido em etapas. "Não fiz nenhum tratamento para considerar a antecipação das normas de 2008 e 2009. Talvez o efeito pudesse ser maior", afirma o pesquisador.

De acordo com o professor Broedel, o resultado da tese sobre IFRS vai na mesma linha de outro estudo acadêmico que provou que as empresas mais transparentes tem um custo de capital próprio inferior às demais. O trabalho, assinado pelo próprio Broedel e por Roberta Carvalho de Alencar, foi publicado em 2010 pelo The International Journal of Accounting.

Os autores partiram da hipótese de que a baixa associação entre transparência e redução de custo de capital verificada em estudos realizados nos EUA se devia ao ambiente regulatório americano, que já exige, como divulgação mínima, um grande volume de informações.

E consideraram que em ambientes com nível de transparência mínimo menor, como no Brasil, a divulgação adicional de informações poderia ter um impacto relevante no custo de capital.

Os autores construíram, então, com base em uma amostra de 50 empresas mais líquidas da BM&FBovespa, um índice de transparência com base em 47 itens que as empresas divulgaram ou não entre 1998 e 2005.

A conclusão do trabalhou foi de que quanto maior o índice de transparência menor o custo de capital próprio das companhias.

Para as empresas com menor cobertura de analistas de mercado e para aquelas com controle difuso, os resultados foram os mais pronunciados, com reduções de 26 e 27 pontos base no custo de capital, respectivamente.

"Esse discurso de que transparência nem sempre é bom merece atenção", diz o ex-diretor da CVM, que acredita que a abertura de informações beneficia as empresas especialmente no longo prazo.


IFRS reduziu custo de capital, diz estudo - Fernando Torres - Valor Econômico - 23/05/2013

13 novembro 2012

Custo de Capital numa empresa fechada

Uma das grandes dificuldades no processo de determinação do valor presente de ativos para diversas finalidades (avaliação de projetos de investimentos, determinação do valor em uso num teste de imparidade, por exemplo) é o custo de capital. A dificuldade torna-se maior quando a empresa não possui ações negociadas na bolsa. Nestas situações, os cálculos usando o modelo de precificação de ativos, conhecido como CAPM, não funciona adequadamente.

Existem alguns atalhos possíveis para obter esta informação. Iremos comentar hoje um destes atalhos. Usando indicadores obtidos na análise de balanço é possível prever qual ser o rating de uma empresa. Neste caso o analista pode buscar pesquisas acadêmicas que conseguiram construir expressões matemáticas que traduzem as notas dadas pelas agencias de rating. Observe a expressão abaixo, obtida num trabalho de Horrigan de 1966  (The Determination of Long-Term Credit Standing with Financial Ratios, Journal of Accounting Research):

Z = 1,197 X0  + 0,034 X1 + 0,272 X2 – 0,501 X3 + 4,519 X4 – 0,203 X5

Sendo X0 se a dívida é subordinada (igual a zero) ou não (igual a 1); X1 = total dos ativos; x2 = ações ordinárias / dívida; x3 = capital de giro / vendas; x4 = lucro operacional / vendas; x5 = vendas / patrimônio líquido. Os valores de cada índice são divididos pela média do setor. Após o cálculo, se o valor de Z for maior que 2,855, isto corresponde a uma nota AAA e assim por diante. Com a nota do rating, o custo de capital pode ser transformado por tabelas que associam notas de rating com taxas de descontos.

O método apresentado possui alguns inconvenientes fortes. Em primeiro lugar, é necessário ter um estudo anterior que determine a associação entre os ratings das empresas e os índices. Em segundo lugar, a aplicação deve levar em consideração características similares: por exemplo, em geral são as grandes empresas que possuem notas das agências de ratings; aplicar o método para pequenas empresas pode ser temeroso; Em terceiro, mesmo após obter a nota do rating é necessário outra conversão, da nota para o valor em percentual. Isto significa dizer que a obtenção do custo de oportunidade do capital é feita em dois estágios, aumentando o risco de erros. 

25 fevereiro 2010

Custo de Capital

O custo de capital é definitivamente um dos conceitos chaves de finanças. Surpreende não existe uma definição deste termo que possa ser encontrado na literatura que seja precisa o suficiente para se usado em operações lógicas em equações de avaliação, em particular em contexto de vários períodos

Kruschwitz, Lutz; Loeffler, Andreas. Discounted Cash Flow: a Theory of the Valuation of Firms. John Wiley,2006, Introdução