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28 outubro 2011

Viés da imprensa


O fato de um filme ser criticado por um jornal do mesmo grupo que o produziu afeta a sua crítica? Uma pesquisa recente mostra que isto pode ocorrer ocasionalmente (por exemplo, ocorre com a Fox e os jornais da News Corp, ambos do mesmo grupo). Mas aparentemente não ocorre com a Warner e a Time. Neste caso, a relevância da reputação é um limite para o eventual conflito de interesse.

Esta questão é interessante, pois as empresas de auditoria possuem na reputação um ativo relevante. (No livro de Teoria da Contabilidade, de Niyama e Silva, isto é apresentado) Mas será que a existência de um oligopólio no setor reduz este impacto?

27 outubro 2011

Pesquisa com Auditores

Prezado leitor auditor,

peço a gentileza de contribuir com uma pesquisa sobre o rodízio das empresas de auditoria. Trata-se de uma pesquisa acadêmica, realizada no programa de Doutorado em Ciências Contábeis da UnB/UFPB/UFRN. Não existe resposta certa ou errada e sua participação será de grande valia.

Agradecemos desde já a sua colaboração.

Lílian Perobon Mazer / Antônio Firmino da Silva Neto / César Augusto Tibúrcio Silva

Clique aqui: http://bit.ly/urYXwp

Charles Horngren

Faleceu Charles T. Horngren. Nascido em 1926, Horngren era conhecido pelos livros de contabilidade e de custos. Alguns destes livros foram traduzidos para o português e serviram de objeto de estudo de muitos alunos brasileiros.

Entre os títulos, Horngren estava no Accounting Hall of Fame (1990).

No livro The History of Accounting, Horngren é reconhecido como o mais influente contador de custo e gerencial da segunda metade do século XX. Sua obra Cost Accounting é de 1962.

Horngren apresentou duas ideias importantes para o ensino e prática nos dias de hoje. A primeira é o conceito de que precisamos de "diferentes custos para diferentes propósitos". Isto o levou a desenvolver o conceito de "custos relevantes", que foram a base do ensino de custos nos dias de hoje. O segundo legado é que os sistemas de custos são produtos econômicos sujeitos ao critério de custo-benefício. Isto significa que ao adotar um sistema de custo precisamos confrontar os benefícios das melhores decisões em relação ao custo da informação.

Estas ideias mudaram a visão da contabilidade de custos, de uma "verdade absoluta" para um "produto econômico".

Horngren foi doutor por Chicago (1955), membro do AICPA, do Fasb e FAF. Foi presidente da AAA.


Rir é o melhor remédio


Ciclo Ganância/comprar, medo/vender, repetindo até quebrar

Teste 530


É de se esperar que façamos o teste sobre assunto que conhecemos. Este teste é diferente, pois trata de uma área que, confesso, sou leigo: a contabilização de operações no setor público. Mas estou com a expectativa que algum leitor (Diana, C Cruz, Romildo, ...) saberá solucionar o teste (ou propor uma solução). Vamos lá.

Conforme publicado no dia 24 de outubro neste blog:

(...) o governo de Alagoas, que descontava os empréstimos consignados da folha dos seus funcionários, mas não repassava as instituições financeiras.

Como seria a contabilização no governo de Alagoas:

a) no momento do desconto do empréstimo consignado
b) no (não) repasse do dinheiro para instituição financeira
c) na transformação da dívida em precatório judicial

Resposta do Anterior: a) a rigor deveria ser “a pior DRE da sua história”; b) a depreciação seria de cerca de 3 milhões de euros, para um déficit de 95,4 milhões. Provavelmente deve existir outro motivo; c) D - Prejuízo Acumulado; C - Resultado do Exercício, no valor de 95,4 milhões e D - Bancos; C - Capital. no valor de 120 milhões.

Links


Mercado financeiro

Maiores empresas de energia do mundo

O significado do valor para os acionistas

História em gráfico das 500 maiores empresas da Fortune

Recompra de ações

Crise européia: gráfico

O papel dos bancos nos países emergentes

Contabilidade

Patente do Viagra foi extendida por mais oito anos

Os problemas da proposta do IASB para pensões

Crime

90% do corpo humano dos banqueiros tem origem bacteriana

Executivos acusados de evasão de divisas

Panamericano buscou políticos para salvação

Rússia: Não pagou imposto, bloqueia o uso do toilete

Arte e Beleza

Replica em palito da Igreja Sagrada Família (Barcelona)

Qual a renda mediana de uma modelo nos EUA? 27 mil dólares

Retrato de Jobs com 3500 maçãs

Bandeiras de diversos países usando comida

Tudo se copia: Kill Bill  (vídeo)

Ciência

A correlação entre obesidade e endividamento

Universidade de Yale segue Harvard e ganha 22% (ou 19 bilhões)

Todos os números chegam a um

Crianças que dormem cedo e acordam cedo provavelmente são menos obesas

Após um desastre natural, aumentam as chances de terrorismo

Estatais e a Lei das S. A.

O governo quer enquadrar todas as 147 estatais na Lei das Sociedades Anônimas (S.A.), que impõe regras de controle e governança mais rígidas. A ordem é criar condições para que elas se tornem mais eficientes e sejam instrumentos de política pública, investindo mais no país. São alvos imediatos das mudanças estatais como Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), as Companhias Docas, Valec, Conab e Infraero - que comandam investimentos bilionários em aeroportos, grandes ferrovias, dragagem e ampliação de portos de Norte a Sul, transporte urbano de massa (metrôs, trens, trens elétricos) e a construção de armazéns para melhorar a capacidade de estocagem e reduzir custos de produção.

Regras de mercado
Atualmente, apenas dois grupos, considerando o conjunto de subsidiárias, investem em peso no país: Petrobras, que responde por 90% de todos os investimentos das estatais, e Eletrobras. O governo quer que todas deem sua cota, indo além dos projetos que cada uma comanda dentro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Mesmo aquelas que já seguem a Lei das S.A. e são de economia mista, como Petrobras, Eletrobras e Banco do Brasil (BB), terão de passar por pequenos ajustes e adotar um marco jurídico padrão - o que inclui estatuto, regras claras de comando, normas de responsabilização de dirigentes, avaliação de desempenho, divulgação de salários, entre outras medidas.

A Caixa Econômica Federal, empresa fechada e totalmente estatal, que já segue as regras do Banco Central (BC), será obrigada a dar maior publicidade aos atos de seus dirigentes, além do balanço que já é divulgado.

Novas regras para contratar e punições
As mudanças constam de um projeto de lei, elaborado em 2009 pelas pastas do Planejamento e da Casa Civil, mas adiado no ano passado devido às eleições. Agora, a equipe da presidente Dilma Rousseff quer colocá-lo em prática, dentro da concepção de que estatal é importante para o país, mas tem que dar resultado e investir.

(...)

O primeiro passo da futura legislação será eliminar a natureza jurídica de fundação, autarquia ou departamento e transformar as estatais em empresas de fato, explicou uma fonte. Os outros vão no sentido de dar a essas empresas condições de se tornarem mais eficientes, com mudanças drásticas na gestão.

Cada uma terá de adotar uma cadeia de comando mais clara, com funções e regras bem definidas para cada ponto da estrutura (presidente, diretoria, Conselho de Administração, conselho fiscal, assembleia de acionistas), inclusive com punições: dirigentes passarão a responder individualmente por atos irregulares, ou seja, pelo seu CPF.

Com a mudança, por exemplo, as nomeações feitas pelo presidente da empresa terão que ser aprovadas pelo Conselho de Administração, que é corresponsável; a remuneração dos diretores não poderá ser mais um ato do ministro ao qual a estatal é subordinada, mas os valores terão que ser aprovados pela assembleia de acionistas.

Balanço, auditoria e metas serão exigidos
A publicação dos balanços será obrigatória, bem como a aprovação de um plano de auditoria independente, que avalia se todos os atos estão dentro das normas previstas. A proposta determina também a divulgação de informações completas sobre todos os contratos das companhias em meio eletrônico. Serão fixadas ainda metas de produtividade e redução de custos.

O projeto de lei incorpora algumas das exigências de duas resoluções baixadas no início deste ano pela Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR): a redução do poder do presidente da empresa e o fortalecimento do Conselho de Administração (ele não pode acumular a função de presidente do conselho, nem interinamente); a avaliação de desempenho da diretoria e a divulgação, nas demonstrações financeiras dos balanços, dos valores da maior e da menor remuneração dos funcionários e dirigentes.

Por outro lado, as estatais deverão ganhar mais autonomia para executar orçamentos, ampliar serviços e quadro de pessoal, por exemplo, sem ter de passar pela aprovação de várias instâncias. A Caixa, por exemplo, enfrenta dificuldades para modernizar o sistema de informática (tudo tem que passar pela Lei de Licitações, a 8.666).

- Nem tudo precisa ser autorizado por decreto presidencial - explicou a fonte.

Para ganhar tempo, a Casa Civil avalia aproveitar um projeto do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-PB), que regulamenta o artigo 173 da Constituição e que trata das estatais. A ideia é aproveitar esse projeto, considerado fraco pelo governo, para incluir as medidas de maior controle.

Enquanto isso, o governo vem fazendo uma minirreforma nas estatais. O exemplo são os Correios, cujo estatuto foi reformulado recentemente, ganhando poderes para competir melhor no mercado (criar subsidiárias e comprar participações em empresas), financiar projetos de infraestrutura, como o trem-bala, e receber autorização para contratar fora dos quadros.

A Infraero caminha na mesma direção, com vistas à abertura de capital. O mesmo já foi adotado com o IRB, que enfrenta forte concorrência internacional no mercado de resseguros.

Fonte: Publicado pelo blog
Informação Contábil

Divulgação de informações não-financeiras

Durante as últimas duas décadas, o aumento da divulgação de informações não- financeiras é nítido e exponencial.Uma das razões para o crescimento na divulgação dessas é que, o percentual do valor de mercado de uma empresa, do S&P 500 , que pode ser atribuído aos ativos tangíveis, caiu de 80% ,em 1975, para menos de 20% em 2009.


Várias empresas já estão divulgando informações não- financeiras de forma mais robusta. De acordo com CorporateRegister.com, um banco de dados com mais de 35.000 relatórios de 8.220 diferentes empresas em 168 países. Em 2010, quase 5.400 relatórios divulgaram informações sobre sustentabilidade e outros não financeiras. No entanto, não nenhuma estrutura de divulgação de informações não-financeiras foi criado pelo IASB ou FASB.

O Global Reporting Initiative’s (GRI), mais conhecido como G3, é um dos modelos mais utilizados para a divulgação voluntária de informações não - financeiras.O G3 fornece orientações sobre elaboração de relatórios sobre desempenho econômico, ambiental e social. As diretrizes são projetados para uso por qualquer tipo de organização, independentemente do tamanho, localização ou setor. Além de inciativas para divulgação de forma voluntária, já existem outras voltadas para o desenvolvimento de relatórios mais rigorosos e sistemáticos de divulgação de informações não-financeiras.

Por exemplo, a África do Sul obrigou a divulgação de relatórios integrados, que combinam informações sobre o desempenho financeiro da empresa com informações sobre desempenho não-financeiro . Em 2010, a Johannesburg Stock Exchange (JSE), divulgou a King III recommendations, alterando a lista de regras para cerca de 450 empresas listadas na bolsa. A partir dessa data,no lugar relatório financeiro anual e relatório de sustentabilidade ,as empresas são obrigadas a produzir um relatório integrado ou explicar por que não fizeram isso.

Um dos entraves para a ampla aceitação e uso de informações não-financeiras por parte de investidores é a falta de normas e de framework robustos. Normas trariam consistência à comunicação e permitiriam a comparabilidade da informação, pelo menos dentro de setores. Além disso, a norma seria uma referência na qual os relatórios poderiam ser avaliados.

Desde 2008, pelo menos 18 organizações emitiram frameworks e orientações para relatórios não-financeiros .Esse número de modelos cria uma percepção de frameworks concorrentes e causa confusão no mercado sobre qual deve ser utilizado. Uma iniciativa que pode levar a convergência desses frameworks, é semelhante a integração que ocorre entre as IFRS e o USGAAP, é o International Integrated Reporting Committee (IIRC).

Derivativos de condições climáticas

A Bombardier Inc., sedida em Montreal e fabricante de moto-esqui, veículo para viagem sobre o gelo, sempre tentou controlar os riscos. Entretanto, os lucros desse tipo de veículo dependem de um risco que, notoriamente, é difícil de controlar: as condições climáticas. Os primeiros sinais de inverno rigoroso e com neve conduzem a uma venda rápida, enquanto temperaturas mais quentes formça a Bombardier a reduzir os preços para desovar o excesso de estoque.

Já que a Bombardier não pode mudar as condições climáticas, fez o melhor que pôde para administrar seus risco relativos a essas condições. Por exemplo, recentemente, a empresa ofereceu um desconto de 1000 dólares para os compradores de moto-esqui, em 16 cidades do meio oeste, se a quantidade de neve naquele inverno fosse menor que a metade da média da queda de neve durate os 3 anos anteriores. O desconto teve um efeito forte e positivo sobre as vendas - naquelas 16 cidades, a Bombardier experimentou um aumento de 38% acima das vendas de suas motos-esqui Ski-Doo no ano anterior.

Além disso, a Bombardier deu outro importante passo para restringir seus riscos - ela comprou opções de quantidade de neve da Enron Corporation, importante forncedor de gás natural. Para cada moto-esqui vendidade, a empresa pagou à Enron entre 45 e 400 dólares, dependedo da cidade na qual os veículos foram comprados. Por sua vez a Enron reembolsou totalmente a Bombardier todas as vezes que teve de dar ao clinte um desconto de 1000 dólares.

Essas opções de quantidade de neve são apenas um exemplo de derivativos de condições climáticas, um mercado pequeno que a Enron ajudou a desenvolver, mas que está crescendo rapidamente. Até pouco tempo,os derivativos de condições atmosféricas eram negociados negociados exclusivamente no mercado de balcão, e os participantes eram principalmente as empresas de eletricidade e de gás cujos lucros sofreriam se houvesse um vrão ou inverno mais brando que o esperado. Só recentemente, no entanto, a Bolsa de Mercantil de Chicago estabeleceu os primeiro contratos futuros embasados em condições climáticas. Esses contratos foram lastreados na temperatura média mensal de quatro cidades dos EUA: Atlanta, Chicago, Cincinatti e Nova York..

De modo semelhant a todos os contratos futuros, cada contrato de condições climáticas tem um comprador e um vendendor. Um lado aposta que as temperaturas mensais serão mais altas que as esperadas, enquanto o outro lado aposta que as condições atmosféricas serão relativamente mais severas. Por exemplo, um fabricante de sorvete sediado em Atlanta pode comprar um contrato de derivativo de condições climáticas totalmente rentável se as temperaturas do verão em Atlanta forem mais baixas que o esperado. Ao fazer isso, os lucros de sua posição do derivativo de condições atmosféricas servem para compensar o declínio ns vendas de sorvete por causa das temperaturas mais baixas.

A resposta inicial da Bolsa Mercantil de Chicago foi indiferente.Porém, os executivos dessa Bolsa estimama que 20% da economia dos EUA é sensível às condições atmosféricas e esperam negociar esses contratos, ao longo do tempo, aumentar mais o conhecimento que as empresas têm sobre eles.


Fonte: Mark Golden e Ed Silliere, Wheather Derivatives Are Becoming a Popular Hedge, The Wall Street Journal, pp.B9A,2 fev. 1999.

CEO's envolvidos em fraude


Neste último mês, notícias de que CEOS de grandes companhias estariam envolvidos em corrupção, como desvio de dinheiro, foram recorrentes.

No início de outubro, Adilson Primo, ex-CEO da Siemens no Brasil, foi demitido por ser suspeito de desviar 6 milhões de euros da empresa.

Ernst Lieb, da ex-CEO da Mercedes-Benz nos Estados Unidos, também é investigado por usar dinheiro do caixa da empresa para pagar despesas pessoais, como a compra de uma casa.

Neste mês também, o ex-presidente do PanAmericano, Rafael Palladino, voltou a ser notícia na mídia. Isso porque, a Justiça bloqueou bens que o executivo possivelmente adquiriu com dinheiro desviado da instituição.

Rafael Palladino – ex-PanAmericano
Desde o final do de 2010, Rafael Palladino, ex-presidente do Banco PanAmericano, é suspeito de ter desviado cerca de 77 milhões de reais em três anos, desde 2008.

O empresário é agora investigado pela Justiça por ter usado a quantia na compra de imóveis e outros bens, como embarcações e carros de luxo. Há a possibilidade também de Palladino usar empresas laranja para lavagem de dinheiro.

Depois do escândalo, que envolveu também uma fraude contábil que gerou um rombo de 4,3 bilhões de reais, o banco do Silvio Santos foi vendido ao BTG Pactual, de André Esteves. O grupo, desde então anda na corda bamba e precisou de desfazer de outros ativos para superar a crise.

Adilson Primo – ex-Siemens


O ex-CEO da Siemens no Brasil, Adilson Primo, foi demitido da companhia no início do mês. Primo é investigado de participar de um esquema de corrupção que envolve outros executivos da companhia no mundo.
Segundo informações publicada na imprensa internacional, o ex-CEO brasileiro pode ter desviado até 6 milhões de euros da Simens antes de 2007. Ele se defende, no entanto, negando o desvio de dinheiro.

Ernst Lieb – ex-Mercedes-Benz
O ex-CEO da Mercedes-Benz nos Estados Unidos, Ernst Lieb, sempre foi visto com bons olhos pelos demais executivos da companhia. É atribuído a ele, por exemplo, o mérito de colocar a montadora alemã entre as maiores do segmento luxo no mercado americano.

Mas, na última semana, Lieb foi demitido do cargo por ser suspeito de usar o caixa da Mercedes para pagar despesas pessoais. Uma das façanhas do executivo foi ter comprado uma casa com dinheiro da companhia.

O executivo era investigado pela Daimler, controladora da Mercedes, desde o ano passado.

Tsuyoshi Kikukawa – Olympus

Há duas semanas, a notícia de que Michael Woodford, ex-CEO da Olympus, tinha sido demitido após 15 dias no cargo causou grande comoção no mercado. Sem dar muitas explicações, a companhia apenas disse que o desligamento tinha a ver com conflitos de gestão, pois o executivo não respeitava a cultura da empresa japonesa.

Dias depois, no entanto, a verdade veio à tona e a demissão de Woodford passou a fazer mais sentido. O fato é que o executivo descobriu irregularidades dentro da Olympus e o conselho administrativo da companhia resolveu então afastá-lo.

Alguns executivos da casa, como Tsuyoshi Kikukawa, presidente do conselho de administração, estão sendo investigados por uma alta comissão paga a consultoria que esteva à frente das negociações entre a Olympus e a Gyrus, em 2008.

Woodford de vilão voltou a ser o mocinho da história e agora até o FBI está envolvido no caso.

Gerentes com má conduta, da Novartis
Em maio deste ano, a Novartis demitiu vários de seus gerentes por má conduta. A decisão foi anunciada por Joe Jimenez, CEO da empresa.

Em um breve comunicado, na ocasião, a farmacêutica suíça afirmou que não iria tolerar comportamento incompatível com os valores e normas da companhia.

A Novartis, no entanto, não divulgou até hoje o número de funcionários envolvidos no caso, nem os motivos reais das demissões.

Fonte: Daniela Barbosa, Exame.com

Custos


Enquanto muitas fábricas americanas e europeias transferiram a produção para países com mão de obra barata na Ásia e na América Latina nos últimos anos, a gigante industrial britânica Rolls-Royce PLC foi na direção contrária. A empresa é atraída para locais com altos salários. (...)


A Rolls-Royce aposta que seus cérebros podem se equiparar aos músculos de competidores de baixo-custo. Mas a expansão agressiva da fabricante de turbinas enfrenta uma ameaça crescente. A empresa está com dificuldades para manter empregados altamente qualificados. Mesmo pagando muito bem, a Rolls-Royce tem de disputar talentos com muitos empregadores, entre bancos e empresas de software, muitos dos quais pagam até melhor. (...)


Investir em treinamento e ao mesmo tempo controlar os custos "é como andar numa corda bamba", disse o diretor-presidente, John Rishton, em entrevista recente. "Enfrentamos esses problemas a todo momento."


(...) a empresa está entre um pequeno grupo de companhias, incluindo a Whirlpool Corp. e a Caterpillar Inc., que está levando cargos qualificados de volta à matriz ou mantendo em países ocidentais. A maioria desses fabricantes dá ênfase ao know-how e à eficiência de produção em vez do custo trabalhista.


Fabricar em casa evita um crescente problema para a maioria das grandes empresas na China e em outros mercados em desenvolvimento: a proteção da propriedade intelectual. 


(...) em 4 de novembro do ano passado, quando uma turbina da Rolls-Royce em um Airbus A380 explodiu num voo saindo de Cingapura. O superjumbo da Qantas Airways, com 466 pessoas a bordo, pousou sem problemas. Investigadores colocaram a culpa num pequeno defeito de fabricação. Um porta-voz da Rolls-Royce disse que "as lições foram aprendidas" e destacou que um incidente como esse ocorreu pela última vez em uma de suas turbinas em 1994. A Rolls-Royce informou que o incidente custou US$ 88,5 milhões.


Para ampliar sua competitividade, a Rolls-Royce está aumentando tanto a eficiência de suas fábricas como o valor de seus produtos. Na Noruega, por exemplo, a divisão marítima da Rolls-Royce está buscando oportunidades lucrativas na indústria de petróleo em alto mar, que precisa cada vez mais de equipamentos avançados para ajudar a encontrar e extrair petróleo escondido em águas ultra-profundas. (...)


Rolls-Royce vai contra a maré e prefere países de alto custo - Por DANIEL MICHAELS de Alesund, Noruega - Wall street Journal - 24 out 2011

KPMG

(...) No mês passado, veio à tona que a Comissão Europeia está preparando novas e duras regras para tornar as auditorias mais independentes de seus clientes. Bruxelas está "cutucando" as firmas de auditoria supostamente por elas não terem conseguido alertar os investidores para o colapso do setor bancário, que começou em 2007.


Mais notavelmente, Bruxelas está flertando com a ideia de proibir as firmas de auditoria de prestar serviços extras de consultoria para seus clientes - por exemplo, em tributação -, ao mesmo tempo em autenticam sua contabilidade. Bruxelas poderá até mesmo obrigar grandes redes de auditoria a se dividir em firmas independentes de auditoria e de consultoria.


No Reino Unido, por outro lado, as agências regulamentadoras de concorrência estão investigando o predomínio das Quatro Grandes no mercado de auditoria. A regulamentação está sendo apertada também nos EUA.


Qualificando a posição da Comissão Europeia como uma "surpresa total", Andrews insiste em que a KPMG manterá juntas suas atividades de auditoria e de consultoria, mesmo que isso signifique abandonar oportunidades de trabalho. Não é de surpreeender que ele defenda mudanças mais superficiais, como fazer com que agências regulamentadoras e auditorias conversem mais entre si.


Ele nega que as quatro grandes estejam pagando por sua recusa arrogante a fazer concessões às agências competentes: "Eu não acho que haja arrogância. Acho que estamos muito abertos a discussões em torno de mudanças."


Mas seu apoio, mesmo a pequenas reformas, pode parecer relutante. Ele diz que os critérios de divulgação e transparência nos relatórios de auditoria podem ser melhorados, mas Andrews é bastante seletivo sobre quais informações adicionais são necessárias: "Nós só não queremos algum modelo repleto de 'disclaimers'."


Na mesma veia, um eventual mea culpa relacionada à crise financeira, que vitimou, entre outras, a New Century Financial, a Countrywide Financial e a HBOS, todas auditadas pela KPMG, limita-se à observação de que a KPMG, como outras auditorias, poderia ter feito mais para alertar as pessoas para níveis perigosos de endividamento.

KPMG faz da Ásia seu diferencial para ganhar espaço das rivais Por Adam Jones | Financial Times, de Londres - Publicado no Valor Econômico - 25 out 2011

Groupon

O gráfico abaixo mostra a receita de empresas de tecnologia selecionadas nos primeiros anos de atuação. (Fonte: Felix Salmon). De vermelho, o desempenho do Groupon, que obteve o maior aumento na receita no primeiro ano de atuação. 
É preciso tomar cuidado para não fazer conclusões apressadas, pois o Google, por exemplo, foi criado num outro período de tempo. Ademais, as empresas apresentadas sofrem o viés de sobrevivência; ou seja, Salmon só considerou as empresas que sobreviveram ao teste do tempo. 

26 outubro 2011

Rir é o melhor remédio

Crise na Europa. (Veja Portugal embaixo) Fonte: Aqui

Eficiência energética da computação

Em 1975 Gordon Moore, co-fundador da Intel, estimou que os circuitos integrados, mais conhecidos como chips de silício, seguiam uma lei:desde de 1958,a densidade de cada chip dobra a cada dois anos. Em termos práticos, o resultado é que o desempenho de computadores pessoais dobra a cada 18 meses, isso ocorre há décadas, essa previsão é comumente conhecida como Lei de Moore.Como os computadores se tornaram dispositivos móveis, seus usuários estão cada vez mais preocupados com a vida da bateria, bem como o desempenho.

Não obstante, Jonathan Koomey e seus colegas da Universidade de Stanford, descobriram algo mais profundo acerca da eficiência energética da computação. Os pesquisadores afirmam que eficiência eléctrica da computação tem dobrado a cada 1,6 ano desde meados dos anos 1940. "Isso significa que para uma quantidade fixa de força computacional, a necessidade de capacidade da bateria cairá pela metade a cada 1,6 ano", observa Dr. Koomey. Esta tendência, diz ele, "é um bom sinal para o crescimento explosivo da computação móvel, sensores e controles." Alguns pesquisadores já estão construindo dispositivos que funcionam com energia "ambiente" proveniente de luz, calor, vibração, ou transmissores de TV. Como a eficiência energética da computação continua a melhorar, esta abordagem torna-se mais comum. Inevitavelmente, os observadores da indústria já estão chamando esta nova descoberta de Lei de Koomey.


Veja a regressão :




Fonte: aqui

Getty Images

A Getty Images é a empresa com o maior acervo de fotos do mundo - possuindo direitos sobre mais de 70 milhões de imagens e 30.000 horas de filme. A empresa gera suas receitas com o licenciamento do uso dessas imagens. O mercado de ações está impressionado com o potencial desse mercado- a despeito de prejuízos de 63 milhões de dólares no primeiros seis meses do ano, o valor total das ações da empresa era de 1,8 bilhão de dólares. " O que há de se faalr no caso de uma empresa em crescimento quando seus lucros são ruins? Nada além de lucros... A Getty Images declarou vitória em se fluxo de caixa das operações, que dise haver sbido para robustos 17,1 milhões no segundo trimestre,de um déficit de 2,6 milhões no primeiro. Isso significa que a Getty conseguiu receber o pagamento de suas vendas e reduiu seus estoque? Não. Tanto contas a receber quanto os stoques estão aumentando. O fluxo de caixa das operações vem , na verdade, do não pagamento de contas."

Fonte: Elizabeth MacDonald," Image Problem,' Forbes, 16 de outubro de 200, pp.104-106.

Ensino e Desenvolvimento


Um estudo mostrou que a forma de ensinar afeta o capital social. Existem diferenças entre sociedades onde ensina-se verticalmente (professor apresenta o conteúdo) e sociedades onde o ensino é horizontal (os estudantes trabalham em grupo).

No primeiro caso estão os países da escandinávia e anglo-saxões. Já os países da europa oriental e do mediterrâneo adotam o ensino vertical.

Veja mais aqui

Mestrado e Pensão


A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) desonerou pai da obrigação de prestar alimentos à sua filha maior de idade, que está cursando mestrado. Os ministros da Turma entenderam que a missão de criar os filhos se prorroga mesmo após o término do poder familiar, porém finda com a conclusão, pelo alimentando, de curso de graduação.

No caso, a filha ajuizou ação de alimentos contra o seu pai, sob a alegação de que, embora seja maior e tenha concluído curso superior, encontra-se cursando mestrado, fato que a impede de exercer atividade remunerada e arcar com suas despesas.

A sentença julgou o pedido improcedente. O Tribunal de Justiça de São Paulo acolheu a apelação da filha, considerando que a pensão deve ser fixada em obediência ao binômio necessidade/possibilidade.

No recurso especial, o pai afirma que a obrigação de sustentar a prole se encerra com a maioridade, estendendo-se, excepcionalmente, até a conclusão do curso superior, não podendo subsistir a partir de então, sob pena de servir de “incentivo à acomodação e à rejeição ao trabalho”.


Fonte: STJ (dica de Alexandre Alcântara, grato). Grifo do Blog.

25 outubro 2011

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

Corrupção

Começou ontem na Alemanha um dos maiores julgamentos envolvendo corrupção da história. No centro, a Fórmula 1 e seu proprietário, Bernie Ecclestone. O julgamento deverá durar três meses e a história, resumida, é a seguinte:

Gerhard Gribokowsky, ex-gerente de risco da Beyern LB está sendo acusado de receber propinas de 44 milhões de dólares referente a venda de ações da Fórmula 1 em 2006. Bernie Ecclestone (foto), atual dono, já admitiu que pagou este valor como "chantagem", não suborno. Gerhard nega e afirma que os valores referem-se a consultoria.

No momento que ocorreu o pagamento existia dúvida sobre a capacidade da Fórmula 1 continuar existindo, já que existia ameaça por parte de outras equipes.

O julgamento poderá colocar em risco a continuidade da Fórmula 1, já que a imagem de Bernie poderá levar os donos das equipes questionarem a condução do negócio.

O jornal The Telegraph fez uma cobertura interessante na edição de ontem: aqui, aqui, aqui e aqui

O poder de um ‘bip’ de hora em hora

Daniel Pink, o autor de Motivação 3.0 (ed. Campus. Título original: Drive) publicou a postagem intitulada “o poder de um ‘bip’ de hora em hora” com base num livro de Peter Bregman, consultor estratégico que aconselha alguns dos top CEOs da América do Norte e escreve um blog para o Harvard Business Review.

No mês passado Bregman publicou seu segundo livro –18 Minutes: Find Your Focus, Master Distraction, and Get the Right Things Done. O título em português seria algo como “18 minutos: encontre o seu foco, controle a distração e termine as tarefas corretas”. (Se bem que “Drive” foi traduzido como “Motivação 3.0”... sabe-se lá a regra desse jogo) que vem acompanhado de conselhos inteligentes e práticos para impulsionar o desempenho individual.

Leia um trecho muito interessante do livro, destacado por Pink:

Eu começo todos os dias com um plano. A cada manhã eu olho para a minha lista de afazeres e me pergunto: o que tornará esse um dia de sucesso? Então eu transfiro as tarefas corretas da minha lista de afazeres para o meu calendário e começo a trabalhar.

É raro que eu atenha a cada minuto do meu plano. Chegam e-mails, o telefone toca, soam bips de mensagens e a minha própria inclinação para a distração me surpreende. Não me leva muito tempo para me desvairar do meu horário. E, às vezes, como em uma recente troca de farpas com um representante de uma empresa de telefone, eu me distancio de mim também.

Costumeiramente eu encerrava cada dia desapontado, imaginando porque não havia sido o sucesso que visionei.

Mas tudo acabou quando comecei com os “bips de hora em hora”.

A cada hora, quando meu relógio, computador ou celular toca um bip eu paro o que quer que esteja fazendo, respiro profundamente e me pergunto duas coisas:

1. Eu estou fazendo o que mais preciso estar fazendo neste momento?
2. Eu estou sendo quem mais quero ser agora?

Inicialmente parecia contraintuitivo me interromper a cada hora. As interrupções não são exatamente o que tentamos evitar? Mas essas interrupções horárias são interrupções produtivas. Elas nos trazem de volta para que façamos o que precisamos e sejamos quem devamos ser para que façamos deste, um dia produtivo.

Isto não é exatamente sobre se manter em um plano. Às vezes o bip toca e eu percebo que, apesar deu ter me desgarrado do meu calendário, no que quer que esteja trabalhando é o que mais preciso estar fazendo naquele momento. Nessas situações eu simplesmente altero os itens do meu calendário, de forma com que as minhas prioridades mais importantes ainda sejam cumpridas, e faço escolhas intencionais do que deixarei inacabado.

Para mim, um lembrete de hora em hora, uma respiração profunda e duas perguntas fizeram a diferença entre encerrar o meu dia frustrado e encerrá-lo me sentindo realizado.

Petrobras, Cide e Preço

Um texto interessante do Estado de São Paulo (Petrobrás [sic] quer Cide para reforçar Caixa) mostra o problema da defasagem do preço interno do combustível.

O governo pressionou a Petrobras para não repassar aos consumidores o aumento do preço internacional do petróleo. Isto naturalmente tem reflexo no resultado e no caixa da empresa. A proposta é que o governo reduza uma contribuição presente no preço interno, denominada Cide, e mantenha o preço atual.

Segundo cálculos feitos pelo Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), em oito anos a estatal deixou de ganhar R$ 9 bilhões apenas por causa da defasagem nos preços. Internamente, entretanto, fontes da Petrobrás dizem que o rombo é ainda maior. A conta do CBIE é feita com base nas cotações do mercado à vista do Golfo, mas a Petrobrás teria contratos prefixados, alguns com preços maiores.


No mercado, os analistas veem poucas chances de parte do prejuízo ser compensada pela Cide - como deseja a Petrobrás - e já começam a se preocupar com o tamanho da queda no lucro da estatal no balanço do terceiro trimestre. A alta de quase 20% do dólar no período pode representar uma queda entre R$ 2 bilhões e R$ 4 bilhões no resultado da empresa, de acordo com Maurício Pedrosa, sócio da gestora de recursos Queluz. No último trimestre, a estatal registrou lucro recorde de R$ 10,9 bilhões, sendo R$ 2,8 bilhões decorrentes da desvalorização do dólar na época.

(imagem, aqui)

Pequenas empresas


James Surowiecki, autor do livro Sabedoria das Multidões, escreveu um artigo muito interessante na sua coluna semanal do New Yorker: Big is Beautiful (Grande é belo, 31 out 2011) .

Nos Estados Unidos, os políticos dos dois partidos concordam que as pequenas empresas devam receber algum tipo de proteção contra as grandes empresas. No passado, o governo impôs regras que aumentaram o preço dos produtos para o consumidor. Nos tempos recentes, esta política talvez não seja popular, escreve Surowiecki. (É interessante notar, e Surowiecki não se lembra disto, que a rede Walmart já foi considerada, por alguns estudiosos, como uma fonte relevante pela baixa inflação naquele país, ao pressionar os fornecedores por produtos mais baratos)

Existiria uma “fetichização”  do pequeno negócio baseado em algumas vantagens, como diversidade de escolha e relacionamento com a comunidade local. Mas para a economia como um todo, as grandes empresas são os reais direcionadores de crescimento.

“Nós podemos ver isto olhando os dados das economias mundiais. Os países desenvolvidos com a mais elevada percentagem de trabalhadores empregados nos pequenos negócios inclui Grécia, Portugal, Espanha e Itália, isto é, os quatro países cujos problemas econômicos estão causando estragos no mercado financeiro. E os países com menor percentagem de empregados nos pequenos negócios são Alemanha, Suécia, Dinamarca e Estados Unidos, algumas das economias mais fortes do mundo.”

Esta correlação não seria coincidência, já que as grandes empresas são mais produtivas que as pequenas.

No Brasil a proteção para pequenas empresas inclui a contribuição obrigatória para uma entidade que cuidaria dos seus interesses, o Sebrae. Apesar de receber uma grande quantidade de recursos públicos, não existe ainda uma pesquisa isenta mostrando os benefícios (ou não) desta distribuição dos recursos. Até por que os órgãos de controle têm uma grande dificuldade em ter acesso as contas do Sebrae. E o poder de pressão do sistema S, ao qual se inclui o Sebrae, impede que saibamos se estes recursos estão beneficiando o consumidor final.

(Imagem: aqui)

O sistema ABC muda o foco

A Euclid Egineering fabrica peças e componentes para momtadoras de automóveis. Em decorrência de seu estudo de custeio baseado em atividades, os administradores da Euclid "descobriram que a empresa estava gastando mais com o lançamento de novos produtos do que com mão-de-obra direta na fabricação de novos produtos existentes. As despesas de desenvolvimento e lançamento de produtos existentes chegavam a 10% do total de despesas, ao passo que os custos de mão-de-obra direta representavam somente 9%. Evidentemente, no sistema anterior de custeio de mão-de-obra direta, oda atenção estava concentrada na redução de custos de mão-de-obra direta...Os custos de desenvolvimento e lançamento de produtos estavam misturados na taxa de custos gerais de produção aplicados aos produtos com base no custo de mão-de-obra direta. Agora, os administradores da Euclid reconhecem que tinham uma oportunidade de realizar uma substancial redução de custos por meio do ataque ao custo de lançamento de produtos diretamente".

A Euclid compartilhou a nova informãção produzida pela estudo ABC com clientes . A decomposição detalhada dos custos de projeto e das atividades de engenharia ajudou os clintes a analisar que certas atividades de engenharia ajudou os clientes a aalisar melhor suas escolhas, fazendo co que muitas vezes pedissem que certas atividades fossem deixadas de lado, quando seus custos superavam seus benefícios.

Fonte: Robert S. Kaplan e Robin Cooper, Cost and Effect: Using Integrated Cost Systems to Drive Profitability and Performance.

Custeio por absorção na Rússia

O custeio por absorção é a norma de elaboração de relatórios financeitos externos pelo mundo. Após a queda do comunismo, os métodos contábeis foram alterados na Rússia pra que se tornassem mais compatíveis com os métodos contábeis utilizados no Ocidente. Um dos resultados foi a adoção do custeio por absorção.

Fonte: Adolf J. H. Enthoven, "Russia's Acounting Move's West," Strategic Finance, julho de 1999,pp. 32-37

"Perdi US$ 5 milhões hoje de manhã"

diz James Altucher, investidor e escritor de livros de autoajuda financeira. Ele estava limpando a caixa de entrada do e-mail quando encontrou uma mensagem de 2009 convidando-o a se tornar sócio minoritário de um certo Foursquare. Não deu atenção. E hoje o aplicativo está avaliado em US$ 300 milhões.

Fonte: Superinteressante, ed. 297

História

Há muito os historiadores notaram a conexão entre o florescimento artístico e científico do Renascimento e a formação do capitalismo mercantil na região, que obviamente envolveu seu próprio conjunto de inovações nos negócios bancários, na contabilidade e nos seguros. Não há dúvida de que o capitalismo acelerou o crescimento das cidades italianas e criou excedentes de riqueza que foram depois utilizados para patrocinar artistas e arquitetos como Michelangelo e Brunelleschi. Mas relação entre capitalismo e inovação é mais sutil do que muitas vezes supomos. Sim, livres mercados introduzem novas formas de competição e acumulação de capital que podem impelir a criação e a adoção de novas ideias. Mas os mercados não deveriam ser definidos apenas em termos de motivação de lucro. Considere a invenção de uma das ferramentas conceituais fundamentais do capitalismo: a contabilidade de dupla entrada, que Goethe chamou de uma das “mais admiráveis criações do espírito humano”. Ora, a pedra angular de toda contabilidade financeira, a inovação da dupla entrada, que consiste em registra todo evento financeiro em dois livros (um refletindo débito, o outro, crédito), permitiu aos comerciantes acompanharem a saúde financeira de seu negócio com uma precisão sem paralelo. Codificada pela primeira vez pelo monge franciscano e matemático Luca Pacioli em 1494, o método da dupla entrada tinha sido usado havia pelo menos dois séculos por banqueiros e comerciantes italianos. Não sabemos se ele nasceu na mente de um único protocontador visionário, ou se a idéia irrompeu ao mesmo tempo nas mentes de múltiplos empresários, ou se foi transmitida por pioneiros islâmicos que poderiam ter experimento a técnica séculos antes. 

 De onde vêm as boas ideais – Steven Johnson – Zahar p. 51

24 outubro 2011

Frase

"Assim foi que o menino tornou-se filho não de um advogado, mas de um evadido da escola secundária com paixão por mecânica e sua humilde esposa, que trabalhava então como guarda-livros"

Trecho do livro: Steve Jobs - A Biografia

Rir é o melhor remédio

Fonte: aqui

Teste 529


Recentemente o time de futebol italiano Juventus divulgou seus resultados. Segundo o Brasil Econômico, a equipe apurou um deficit de 95,4 milhões de euros, que corresponderia ao

"pior balanço de sua história", segundo as palavras de seu presidente, Andrea Agnelli.

Conforme o jornal, o clube acabou de inaugurar um estádio, que teve um custo de 122 milhões de euros e “é o grande motivo do déficit”

Como o clube é de capital aberto, o resultado será discutido na Assembleia, que irá aprovar um aumento de capital extraordinário no montante de 120 milhões de euros.

Pede-se:

a) a frase “pior balanço de sua história” estaria correta? (ou faz sentido)
b) Suponha que o estádio tenha um vida útil prevista de quarenta anos, sem valor residual. Qual seria o peso do novo estádio no prejuízo do clube?
c) Faça dois lançamentos contábeis:
c.1) o lançamento do resultado no patrimônio líquido
c.2) o aumento de capital


Resposta do Anterior: a) 2,4 x (683,65/100) = 16 milhões a preços de hoje. Como o F35 custa 122, o avião atual é muito mais caro. b) 2,4 milhões / 747,5 bilhões  = 0,000321% do PIB da época; 122 milhões/15012 bilhões = 0,000813% do PIB atual. Ou seja, o avião atual é mais caro. Fonte dos dados: aqui

Análise dos co-movimentos entre os mercados de capitais do Brasil e dos EUA

BERGMANN, D. R.; SAVOIA, J. R. F; MENDES_DA_SILVA, W.; DE OLIVEIRA, M. A.; NAKAMURA, W. T.

Neste artigo, a teoria de cópulas é utilizada para analisar os co-movimentos entre os mercados de capitais do Brasil e dos EUA. Na finalidade de implementação de uma estratégia de alocação de ativos é importante entender os eventos extremos – tanto os positivos (boom) como os negativos (crashes) – e seus efeitos sobre os mercados. Os índices de mercado usados são o IBOVESPA e o S&P 500 cobrindo o período de 03/2001 a 04/2007. A aderência aos log-retornos das principais cópulas encontradas na literatura financeira é avaliada. Os seguintes critérios foram escolhidos: o Log-likelihod, o critério de informação de Akaike e o critério de informação bayesiano. Os resultados mostram que a cópula de Joe-Clayton simetrizada é a mais adequada para modelar a estrutura de dependência entre os log-retornos do IBOVESPA e os do S&P500. Este trabalho difere de alguns estudos já realizados [e.g. Mendes e Moretti(2005) e Canela e Collazo(2005)], pois leva em consideração a modelagem de cópulas dinâmicas introduzida por Patton (2006). Finalmente, através dos índices de dependência caudal ao longo do tempo, pode-se concluir que a ocorrência de eventos extremos negativos (crashes) no mercado norte-americano tende a afetar mais o mercado brasileiro quando da comparação da ocorrência dos eventos extremos positivos (booms).

BBR, v. 8, n. 4, p. 124-138, out./dez. 2011

Panamericano

Com respeito ao banco Panamericano, o jornal Estado de São Paulo traz um conjunto de reportagens sobre a procura de solução por parte dos executivos da entidade junto a políticos e fundo de pensão (aqui, aqui, aqui e aqui). Em um dos trechos, comenta sobre o governo de Alagoas, que descontava os empréstimos consignados da folha dos seus funcionários, mas não repassava as instituições financeiras.

Após reter os valores, o governo passava a negociar com os bancos o pagamento, cobrando um taxa de retorno de 25%. Sob ameaça de transformar a dívida em precatório judicial. Neste caso, os valores somente seriam recebidos muitos anos depois.

Produtividade: entre 151 países, Brasil está em 130º

O trabalho no Brasil não se tornou mais produtivo ao longo dos últimos 30 anos. A produtividade do trabalho, fator fundamental do crescimento econômico sustentado, caiu entre 1980 e 2008. De lá para cá, o indicador recuou na crise global, depois se recuperou rapidamente, mas parou de crescer a partir do segundo semestre de 2010.

"O Brasil é um país no qual, não importa como se meça a produtividade, nada parece acontecer", diz José Alexandre Scheinkman, economista brasileiro da Universidade Princeton.

Em 1980, um trabalhador brasileiro produzia em média o equivalente a US$ 21 mil por ano. Em 2008, esse número havia caído para US$ 17,8 mil. Houve, portanto, queda de 15% no período. Esses dados fazem parte da Penn World Table, banco de dados do Centro para Comparações Internacionais de Produção, Renda e Preços da Universidade da Pensilvânia, com indicadores econômicos de 189 países e territórios.

Os números vão até 2008 para a maioria dos países, inclusive para o Brasil. Os valores da Penn World Table sobre a produtividade do trabalho são todos convertidos para dólares de 2005, com paridade de poder de compra (PPP). Isso significa que a diferença de custo de vida entre os diferentes países é eliminada.

Entre os 150 países da Penn World Table com dados completos de produtividade do trabalho entre 1980 e 2008, o Brasil está em 130.º em termos de desempenho neste período.

O Brasil só ganha de 21 países, sendo 11 da África, incluindo Costa do Marfim, Malawi, Somália, Camarões, Togo e Zimbábue. Todos os outros países africanos tiveram desempenho melhor do que o Brasil.

Na América Latina, a evolução da produtividade do trabalho brasileira nas últimas três décadas só não é pior do que a apresentada por Paraguai, Venezuela, Nicarágua e Haiti.

Comparado a outras grandes economias emergentes, ou a países sul-americanos como Argentina e Chile, o Brasil tem o pior desempenho na produtividade do trabalho entre 1980 e 2008.

A Argentina saiu de US$ 21,2 mil para US$ 24,8 mil (alta de 17%).
O Chile, de US$ 15,1 mil para US$ 27,5 mil (82%).
A China, de US$ 1,2 mil para US$ 10,9 mil (778%).
A Índia, de US$ 2,8 mil para US$ 7,8 mil (181%).
E a Coreia, finalmente, de US$ 14 mil para US$ 50 mil (256%).

Scheinkman nota ainda que, como proporção da produtividade do trabalho dos Estados Unidos, o desempenho brasileiro nas últimas décadas também é muito ruim. "Os Estados Unidos são a fronteira, e o Brasil não está se aproximando", ele diz.

(...)

Para Scheinkman, a má performance brasileira deve-se a deficiências de educação e infraestrutura, à integração ainda baixa com a economia global, à baixa absorção de tecnologia, à falta de inovação em muitos setores e às dificuldades burocráticas para formalizar ou aumentar o tamanho das empresas.

Ele nota que programas como o Simples, que aliviam a tributação para as pequenas empresas, ajudam na formalização mas se tornam um desincentivo ao crescimento. "As empresas não ganham a escala necessária para se tornarem mais produtivas, trocando-se um problema pelo outro."

Scheinkman ressalva, porém, que a agricultura é um setor em que a produtividade teve grandes avanços no Brasil. "As pessoas reclamam da agricultura, mas não percebem que ela vai muito melhor que os outros setores em termos de produtividade", ele diz.

O economista Samuel Pessôa, da consultoria Tendências, acha que uma série de fatores interrompeu o bom desempenho da produtividade do trabalho no Brasil a partir do início da década de 80.

Um dos mais básicos foi a evolução da tecnologia a partir de meados dos anos 70, que começou a exigir trabalhadores com melhor qualidade educacional.

"Aquele milagre brasileiro no pós-guerra, em um país de baixíssima escolaridade, sem nenhum investimento em educação, se dissipou, porque a tecnologia mudou na direção de requerer capital humano, que era exatamente o que não tínhamos e ainda não temos", diz Pessôa.


Fonte: Estadão

Frase

"O país que não adotar esse padrão não vai atrair investidores internacionais." Márcio Luiz Borinelli, coordenador do curso de Contábeis da USP, no Estado. Será?

Concentrando-se no Fluxo de Caixa

A Burlington Nothern Santa Fe opera a segunda mairo ferrovia dos EUA. O vice-presidente sênior, diretor financeiro e tesoureiro da empresa é Tom Hunt que afirma que em "termos gerais somosmuito orientados para fluxo de caixa". Após a fusão da Burlington Northern com a Santa Fe, a empresa passou por vários anos de pesados investimentos e fluxos de caixa negativos. Para manter-se a par da posição de caixa da empresa, Hunt fazia com que uma pevisão de caixa fosse elaborada a cada mês." Tudo cai como dominós de fluxo de caixa livre", diz Hunt,"isso nos dá alternativas. Agora mesmo, a alternativa preferida é recomprar nossas próprias ações... mas poderia ser aumentar os dividendos ou realizar aquisições de outras empresas. Nenhuma dessas coisas sequer estaria na tela do radar se não tivéssemos fluxo de caixa livre"
Fonte: Randy Myers," Crash Crop: The 2000 Working Capital Survey," CFO, agosto de 2000, pp.59-82.

Idosos usam seus cérebros com mais eficiência do que jovens

Teorias científicas e crenças populares sugerem que nosso cérebro se deteriora com a idade, tornando-se menos capaz de tomar decisões fundamentadas. Mas, na verdade, a velhice pode ser sinônimo de sabedoria.

Cientistas provaram que as pessoas com mais de 55 anos usam seus cérebros com muito mais eficiência do que as pessoas mais jovens.

Pesquisadores do Canadá descobriram que anos de experiência de vida faz com que cérebros mais velhos sejam tão eficazes quando se trata de tomada de decisão quanto o de seus colegas mais jovens.

As pessoas mais velhas se incomodam menos com cometer um erro, e usam seus cérebros de forma mais seletiva do que as mentes mais jovens, apenas envolvendo certas partes no momento preciso em que são necessárias.

Os cientistas do Instituto de Geriatria da Universidade de Montreal estudaram 24 jovens com idades entre 18 e 35 anos, ao lado de um grupo de 10 idosos com idades entre 55 a 75 anos.

Os participantes completaram uma série de tarefas cada vez mais difíceis, enquanto os pesquisadores monitoravam sua atividade cerebral.

Os resultados de exames de neuroimagem mostraram que os cérebros jovens e idosos reagiam de maneira muito diferente quando ouviam que tinha cometido um erro em um exercício.

Enquanto os jogadores mais jovens instantaneamente ativavam diversas áreas de seus cérebros, os participantes mais velhos “lutavam” contra o erro e mantinham as partes relevantes do seu cérebro dormentes até a próxima tarefa.

O autor do estudo, Oury Monchi, disse que o experimento foi uma prova de que a sabedoria vem com a idade. “Quando se trata de determinadas tarefas, os cérebros de adultos mais velhos podem ter o mesmo desempenho que os de mais jovens”, acrescentou.

Ele disse que as descobertas se assemelham ao conto da lebre e da tartaruga, a fábula em que o concorrente mais lento, mas mais cauteloso, ganha a corrida. “Já se sabia que o envelhecimento não é necessariamente associado a uma perda significativa na função cognitiva. Quanto mais velho, mais experiência tem o cérebro, que sabe que nada se ganha com pressa”, argumentou Monchi.


Fonte: Aqui.

Malária

De 108 países onde a malária é endêmica, dez estão em vias de eliminar a doença num futuro próximo, de acordo com um relatório da Roll Back Malaria ,publicado em 18 de outubro. Para muitos outros, zerar o número de mortes causados pelo parasita é um sonho distante. No entanto, isso não pode apagar o progresso realizado na última década, durante o qual as mortes por malária caíram 20% (ver gráfico). A correlação entre a redução de mortes e o dinheiro gasto é bastante forte, muito mais do que a correlação entre a ajuda convencionais e desenvolvimento econômico. Dado que melhorias na saúde, muitas vezes ocorrem antes de avanços em termos de PIB per capita;os gastos com malária podem, eventualmente, apresentar um retorno ainda maior do que até agora.




Fonte: aqui

QI não é estático

O QI de um adolescente pode aumentar ou diminuir até 20 pontos em apenas alguns anos, concluiu um grupo que examina o cérebro num estudo publicado na quarta-feira [19/10/2011] que sugere que a medida da inteligência de uma pessoa jovem não é tão fixa como se pensava.

Os pesquisadores também descobriram que mudanças no QI tiveram relação com pequenas alterações físicas em áreas do cérebro ligadas a habilidades intelectuais, apesar de eles não terem conseguido mostrar claramente causa e efeito.

"Se a descoberta for verdadeira, pode sinalizar que fatores ambientais estão mudando o cérebro e a inteligência num período relativamente curto de tempo", disse o psicólogo Robert Plomin do Kings College em Londres, que estuda a genética da inteligência e não estava envolvido na pesquisa. "Isso é um tanto surpreendente."

Há tempos no centro dos debates sobre como a inteligência pode ser medida, o QI — as iniciais significam "quociente de inteligência" — normalmente mede a capacidade mental através de uma bateria de testes padronizados da capacidade linguística, habilidade espacial, aritmética, memória e raciocínio. Um QI de 100 é considerado médio. Excluindo casos de acidentes, essa capacidade intelectual permanece constante ao longo da vida, acredita a maioria dos especialistas.

Mas as novas descobertas dos pesquisadores da University College London, divulgadas na versão on-line da "Nature", sugerem que o QI, geralmente usado para prever desempenho escolar e perspectivas de trabalho, pode ser mais maleável do que se acreditava antes — e mais suscetível a influências externas, como uso de tutores ou negligência de adultos.

"Uma alteração de 20 pontos é uma diferença enorme", disse a pesquisadora sênior do grupo, Cathy Price, do Centro do Fundo Wellcome de Mapeamento Neurológico da universidade. Realmente, pode significar a diferença entre ser avaliado na média ou ser superdotado — ou, reciprocamente, ser categorizado como abaixo do padrão.

Para melhorar o entendimento da inteligência, Price e seus colegas estudaram 33 jovens britânicos saudáveis cujos QIs variavam entre 80 e 140. Eles testaram os voluntários com exames padronizados de inteligência em 2004 e 2008, para incluir os anos de pico da adolescência, enquanto monitoravam mudanças sutis na estrutura do cérebro usando imagens de ressonância magnética.

Ao analisar o desempenho verbal e não-verbal do QI separadamente, os pesquisadores descobriram que essas facetas fundamentais da inteligência poderiam mudar de forma relevante, mesmo nos casos em que a contagem geral ficasse relativamente constante.

"Um quinto deles saltou em uma das duas direções", disse Price. Um escore de QI verbal de um adolescente subiu de 120 aos 13 anos para 138 aos 17 anos, enquanto o QI não-verbal caiu de 103 para 85. Outro QI verbal aumentou de 104 para 127 em quatro anos, enquanto o seu desempenho não-verbal permaneceu o mesmo.

A ascensão e queda dos escores de testes verbais de QI aparentemente estão ligadas a mudanças na área do cérebro ligada à fala, enquanto as variações no QI não-verbal se relacionam à região envolvida no controle motor e nos movimentos das mãos.

Nos últimos anos, cientistas determinaram que a experiência pode facilmente alterar o cérebro, à medida que as redes de sinapses neurais afloram em resposta à atividade ou murcham com a falta de uso. Quando músicos profissionais, malabaristas de circo e taxistas de Londres estudam mapas — até mesmo guerrilheiros colombianos aprendendo a ler —, todos eles exibem mudanças cerebrais ligadas ao ato de praticar uma ação, relataram vários estudos de imagens do cérebro.

Mas, até agora, pesquisadores consideravam a inteligência geral muito básica para ser afetada por tais ajustes neurais relativamente pequenos. Price e seus colegas não sabem o que causou as mudanças no cérebro e nos escores que eles documentaram, mas especularam que podem ser resultado de experiências de aprendizado.

Diversos especialistas do cérebro disseram que as mudanças poderiam também refletir um ritmo normal de crescimento e mudanças nos QIs poderiam ser causadas pelo desempenho inconsistente no teste.

As variações podem também indicar que o teste de QI em si pode ter falhas. "Pode ser um verdadeiro indício de como a inteligência varia ou pode significar que nossas medidas de inteligência são inconstantes", disse o pioneiro em imagem cerebral B.J. Casey, da Faculdade de Medicina Weill, da Universidade Cornell, que não participou do estudo.

"Um aspecto importante dos resultados é que as habilidades cognitivas podem aumentar ou diminuir", disse o especialista em psicometria da Universidade Estadual de Oklahoma, Robert Sternberg, ex-presidente da Associação Americana de Psicologia que também não participou do estudo. "Aqueles que são mentalmente ativos provavelmente vão se beneficiar. Os preguiçosos, que não se exercitam intelectualmente, vão pagar o preço."


Fonte: WSJ

23 outubro 2011

Rir é o melhor remédio

Esquecimento de Batman

CVM investiga movimentação atípica do mercado

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) está investigando movimentações atípicas, de mercado, registradas na semana em que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu a taxa básica de juros em 0,5 ponto porcentual. A reunião aconteceu em 31 de agosto.

A CVM informou ter como padrão acompanhar regularmente a movimentação do mercado de contratos futuros de juros. A autarquia abriu uma investigação para apurar movimentações atípicas de mercado registradas na semana de 31 de agosto, em que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu a taxa básica de juros em 0,5 ponto porcentual, para 12%.

"O contrato futuro de taxas de juros é um valor mobiliário, negociado em bolsa, cujo acompanhamento está na competência da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A Autarquia acompanha regularmente a movimentação deste mercado e não comenta investigações em curso", disse a CVM, em nota.

A CVM não revela qualquer outro detalhe da investigação.

De qualquer forma, num caso hipotético, um possível vazamento de informação de um órgão do governo não seria enquadrado dentro da autarquia como um caso de "informação privilegiada", ou insider information, um crime contra o mercado que, em tese, pode levar até a prisão. Para ser insider, é preciso haver vazamento de informação de uma empresa de capital aberto.

No caso, poderia haver um processo para apurar "prática não equitativa", quando um ente obtém condições favoráveis em detrimento de outros. Prática não equitativa é enquadrada como infração grave e leva à aplicação de multas, no caso de condenações. Os acusados seriam os beneficiários do suposto ganho irregular. No entanto, para haver condenação, além da investigação teria que ser aberto um inquérito administrativo ou um processo administrativo sancionador. Em geral, dificilmente uma investigação deste tipo leva menos de seis meses na autarquia.

Banco Central

O Banco Central não quis se pronunciar sobre a investigação e também não informou se recebeu alguma notificação da CVM sobre o assunto.

Uma fonte do governo disse que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, há alguns anos tem cobrado que a CVM acompanhe mais de perto as movimentações do mercado às vésperas do Copom e também quando há anúncio de outras medidas do governo, como na área cambial. O ministro, segundo essa fonte, reforçou essas recomendações ao órgão, especialmente a partir da crise financeira internacional de 2008.

Ainda de acordo com esse integrante do governo, essa cobrança já suscitou outras investigações por parte da CVM, embora nos outros casos elas tenham sido mantidas em sigilo, sem serem descobertas pela imprensa.


Fonte: aqui



Medida Provisória nº 540 de 2011

Extorção e estupidez tributária:

Duas propostas da Receita Federal incluídas de contrabando na medida provisória que desonera a folha de pagamento de parte da indústria ameaçam encarecer operações como aumento de capital de empresas e negócios com ações.

De acordo com o novo texto da MP, quando a empresa usar seu lucro para aumentar o capital, distribuindo ações entre os acionistas, os donos dos papéis terão que pagar imposto de renda. Atualmente, não há essa cobrança.

"A Receita não falou nada, só trouxe as emendas," disse o deputado Renato Molling (PP-RS), relator da MP. "Não sei qual é o impacto porque a Receita não informou. Pedi um relatório técnico para esclarecer e encaminhei para uma consultoria privada". Procurada desde terça-feira, a Receita não deu informações sobre o impacto das medidas.

O deputado foi instruído por técnicos do governo - incluindo integrantes da Receita, Casa Civil e Ministério de Relações Institucionais - a acolher as novidades tributárias em seu relatório.

Segundo Molling, ao encaminhar as emendas a Receita disse que se tratavam apenas de ‘ajustes’ na legislação atual, mas empresários o procuraram para reclamar sobre o aumento de carga tributária decorrente das alterações. "Uma emenda modifica a tributação de empréstimo, como debêntures."

Até mesmo aliados do Planalto que acompanham a articulação do governo advertem que as mudanças mexem com o dia a dia das empresas e bancos e poderão atrapalhar a economia e apertar ainda mais o mercado financeiro.

Prazo. Outra mudança pretendida pelo Fisco é reduzir o prazo que operadores do mercado têm para contabilizar o lucro obtido com a compra e venda de ações, que será taxado pela Receita. Atualmente, investidores podem recolher o imposto no último dia do mês subsequente à realização do negócio, o que dá uma margem de até 50 dias para calcular os ganhos. A Receita quer limitar a compensação de resultados ao próprio mês em que foi realizada a transação. Na prática, o prazo máximo encolhe para 24 dias.

Imposto. A alíquota do imposto de renda sobre prêmios de resseguro será praticamente dobrada. A base de cálculo do tributo vai subir de 8% para 15% do valor pago ou remetido ao exterior. Além disso, empresas de securitização de crédito que pagam imposto de renda e CSLL com base no chamado lucro presumido - uma forma mais simples de calcular quanto deve ser recolhido aos cofres da Receita trimestralmente - ficarão obrigadas e apurar seus resultados pelo lucro real.

A emenda patrocinada pela Receita também tenta fechar duas brechas na legislação sobre impostos cobrados de empresas com sede em paraísos fiscais. Da forma proposta, o texto agora é explícito em dizer que os rendimentos decorrentes de qualquer operação em que o beneficiário esteja em paraíso fiscal são tributados em 25% de Imposto de Renda. Outro ajuste inclui na lei a previsão de que a cobrança também vale para holdings e tradings - que estão sujeitas a regime fiscal diferenciado - quando as sedes estiverem em paraísos fiscais.

Fonte: aqui

STF julga multa aplicada por falta de documento fiscal

STF julga multa aplicada por falta de documento fiscal
Por Maíra Magro De Brasília
Valor Econômico - 18/10/11

O Supremo Tribunal Federal (STF) definirá os critérios que o Fisco deve seguir ao multar contribuintes que descumprirem obrigações acessórias - ou seja, as exigências burocráticas relacionadas ao pagamento de tributos, como o preenchimento correto de declarações, sua entrega no prazo, a apresentação de documentos no formato certo, ou a preparação de notas fiscais. Milhares de empresas que pagaram seus impostos e contribuições em dia contestam, na Justiça, punições aplicadas em razão de erros nessas obrigações. O argumento é de que essas multas, que podem atingir valores milionários, seriam desproporcionais e confiscatórias.

O debate poderá ganhar um novo rumo quando o Supremo julgar um processo da Eletronorte, que contesta a cobrança, em Rondônia, de uma multa fixada inicialmente em R$ 165 milhões, motivada pelo trânsito de mercadorias sem notas fiscais. O valor foi reduzido na Justiça para R$ 22 milhões. Como o STF aplicou ao caso o mecanismo da repercussão geral, a decisão servirá de precedente para outros processos semelhantes que tramitam no país.

No caso, a Eletronorte comprou óleo diesel da Petrobras e recolheu o ICMS devido. Mas ao enviar o óleo para uma geradora dentro do Estado de Rondônia, deixou de emitir as notas fiscais, segundo dados do processo. A empresa argumenta que se tratou de um erro, já que nenhum imposto era devido nesse trânsito. Mesmo assim, foi multada em 40% do valor do óleo diesel comprado.

A Eletronorte entrou na Justiça argumentando que a multa é desproporcional e confiscatória - e por isso inconstitucional. Procurada pelo Valor, a empresa informou que recorreu em primeira e segunda instâncias e que aguarda a decisão final do processo para se manifestar.

O posicionamento do Supremo servirá de precedente para milhares de contribuintes que tentam reduzir o montante da chamada "multa isolada", ou se livrar dela. A principal reclamação envolve a forma em que a União, os Estados e municípios calculam essas multas: aplicando percentuais variados sobre o valor do tributo ou da operação relacionada. Há casos de multa de até 100% do valor da operação.

O advogado Luiz Gustavo Bichara, do escritório Bichara, Barata, Costa & Rocha Advogados, defende que a multa isolada tenha quantias fixas como critério. "A multa não poderia ser proporcional ao valor da operação ou do imposto, porque o tributo está pago", sustenta. Ele ressalta que diversos contribuintes em dia com o Fisco sofrem multas pesadas por cometerem erros simples, ou se esquecerem de cumprir algumas exigências acessórias.

Uma mineradora, por exemplo, foi multada em R$ 76 milhões no Rio de Janeiro por atrasar por dois meses a entrega da Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF) - embora tenha recolhido todos os tributos em dia. O processo está em discussão no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), última instância da esfera administrativa. Em São Paulo, uma varejista recebeu uma multa de R$ 55 milhões por entregar as guias do ICMS em papel, enquanto o Estado exigia a transmissão via internet. Em outro caso, uma empresa paulista foi multada em R$ 150 mil - o equivalente a 100% do valor da operação - por se esquecer de emitir notas fiscais relacionadas a operações isentas de imposto.

Ao declarar a repercussão geral da matéria no caso envolvendo a Eletronorte, o ministro Joaquim Barbosa, relator do caso, ressaltou que as multas tributárias são graduadas de acordo com a intensidade da conduta ilícita, mas isso nem sempre ocorre com a multa isolada. A decisão ressalva que será difícil estabelecer um precedente genérico para todas as situações, já que as multas costumam variar de acordo com os casos. Mesmo assim, segundo Barbosa, é importante definir parâmetros para essas punições, tendo em vista o "aumento da complexidade e da quantidade de obrigações acessórias".

O advogado Plínio Marafon, do escritório Marafon & Fragoso Consultores, lembra que o Supremo já impôs um limite de 30% para a multa de mora, cobrada pelo atraso no pagamento de tributos. Mas, no caso da multa isolada, a jurisprudência tem sido desfavorável ao contribuinte, tanto na esfera administrativa

22 outubro 2011

Rir é o melhor remédio



CVM e Normas


A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) colocou hoje em audiência pública uma proposta para proibir que as empresas apresentem o chamado resultado abrangente exclusivamente dentro da demonstração de mutações do patrimônio líquido.


Seguindo as atuais exigências do Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade (Iasb, na sigla em inglês), a autarquia quer que a demonstração do resultado abrangente seja, obrigatoriamente, apresentada de forma isolada. Com as mudanças introduzidas pelas Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS , na sigla em inglês ), as empresas brasileiras passaram a ter que apresentar uma diversidade maior de resultados.


Além do conhecido lucro líquido, há agora o resultado das operações continuadas, o destinado aos sócios da controladora, o dos minoritários e o abrangente, que soma ao lucro líquido os efeitos que aparecem apenas no patrimônio, como ajuste de instrumentos financeiros disponíveis para venda. A autarquia também prorrogou, por mais um mês, a audiência pública sobre o pronunciamento 18 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC).


A ideia é debater mais a eliminação dos resultados da venda de ativos de controlada para controladora, prática já adotada no Brasil, mas que ainda não está prevista oficialmente em regra. "A ampliação da audiência ocorreu tendo em vista que o Iasb não trata de demonstrações individuais, que são um produto nosso", esclarece superintendente de normas contábeis e de auditoria da CVM, José Carlos Bezerra.


As normas internacionais consideram apenas as demonstrações consolidadas. Também entrou em audiência pública o pronunciamento de interpretação ICPC 01, que trata sobre concessões.


"Quando editamos o ICPC 01, em 2010, juntamos duas normas internacionais em uma só e queremos agora dividir, criando ICPC 17", explica Bezerra, ressaltando que nada mudará no modelo de consolidação das concessões. Além disso, a autarquia abriu audiência para revisar a estrutura conceitual básica das demonstrações financeiras (CPC 00), conforme uma recente alteração do Iasb.


Fonte: Aqui

Justiça proíbe ex-executivos do Banco Panamericano de deixar o País

A Justiça Federal proibiu todos os antigos dirigentes do Banco Panamericano de deixarem o País e ordenou que entreguem seus passaportes no prazo limite de 24 horas. Eles estão impedidos também de se comunicar com funcionários e ex-funcionários da instituição.

A decisão que limita os movimentos dos executivos do banco que pertenceu ao grupo do empresário e apresentador de TV Silvio Santos é do juiz Douglas Camarinha Gonzales, da 6.ª Vara Criminal Federal em São Paulo. O juiz mandou a Polícia Federal realizar buscas para apreensão de documentos, computadores, registros contábeis e bens na residência do ex-diretor jurídico do Panamericano, Luiz Augusto Teixeira de Carvalho Bruno.

A batida foi executada na terça-feira e se estendeu aos escritórios de duas empresas, Techno Brasil Indústria e Comércio de Fios e Cabos Especiais e Tecnho Plast Indústria e Comércio de Produtos Injetados, que o ex-diretor-superintendente do Panamericano, Rafael Palladino, teria adquirido em nome de terceiros, para lavar dinheiro.

A PF requereu a prisão preventiva do grupo de executivos, incluindo Palladino e o ex-braço direito de Silvio Santos, Luiz Sebastião Sandoval, este sob suspeita de que “estaria a empreender outras atividades delituosas”. Segundo a PF, Sandoval se desfez de imóveis de sua propriedade a preços irreais, em transações registradas em 14 de julho. A PF reputa necessária a prisão dos alvos para “garantia da ordem pública e da econômica”.

A PF diz que Palladino estaria usando como laranja o mecânico Alexandre Toros Kayayan, “com objetivo de ocultação da origem e da propriedade de valores desviados da instituição”.

A PF sustenta que o grupo que durante décadas deteve o poder no Panamericano promoveu fraudes contábeis e fez uso de empresas de fachada como destinatárias de valores desviados, causando prejuízo de cerca de R$ 3,8 bilhões.

O juiz não decretou a prisão dos investigados, acolhendo manifestação do Ministério Público Federal sobre adoção de medidas alternativas à custódia.

Na prática, os ex-dirigentes do Panamericano foram salvos pela Lei 12.403/11, em vigor há apenas cinco meses, que situa a prisão cautelar como medida excepcional. Assim, mesmo que presentes os requisitos e pressupostos necessários à custódia preventiva, como pediu a PF, o juiz deve verificar a possibilidade de impor outras medidas cautelares como substitutivas.

Camarinha ordenou aos executivos que não se aproximem dos funcionários e ex-funcionários do Panamericano para evitar eventual intimidação. O juiz advertiu que, sem sua autorização, todos os investigados estão impossibilitados de sair do País.

Porta malas. A PF juntou ao pedido de prisão de seus alvos documento intitulado “Relatório da Administração-2010″, redigido pela nova direção do banco, “que dão conta de novas inconsistências contábeis” atribuídas aos ex-diretores. “A atual administração identificou irregularidades adicionais de R$ 1,3 bilhão inicialmente informados e outros ajustes não relacionados a inconsistências no valor de R$ 500 milhões”, aponta a peça.

A PF encartou aos autos relatório de auditoria do Panamericano, relativo ao período de 13 de dezembro de 2010 a 23 de fevereiro de 2011. O documento diz que a “antiga administração apresentou estrutura contábil desprovida de princípios básicos de controles e de ética profissional, tendo como principal objetivo a criação de resultados fraudulentos, a geração de informações falsas ao mercado, acionistas e aos órgãos de supervisão e regulamentação, ludibriados por dados manipulados pelos sistemas operacionais internos”.

Para a PF, mesmo após a fiscalização do Banco Central, em junho de 2010, as irregularidades contábeis perduraram até a destituição da antiga cúpula, em novembro de 2010.

A PF apresentou “dados indicativos” de que os antigos dirigentes desviaram R$ 70 milhões em apenas três anos.

Aguinaldo Cândido da Rosa, ex-funcionário da Tesouraria, apontou a existência de saques, “tudo a partir de solicitações verbais dos ex-diretores Wilson de Aro e Carvalho Bruno”. A testemunha disse que, “na maioria das vezes, os valores eram entregues a Bruno no estacionamento, para serem guardados no porta-malas do carro”.

A PF aponta indícios de que Palladino adquiriu bens e os registrou “em nome de terceiros, com o objetivo da ocultação da origem e da propriedade de valores desviados do Panamericano para lavagem de dinheiro”. A PF cita a Techno Brasil e a Techno Plast, em São Paulo e em Campinas. “Palladino usa interpostas pessoas para a lavagem.”

Fonte: FAUSTO MACEDO – O Estado de S.Paulo