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04 setembro 2007

Efeito da crise aérea

Segundo o jornal O Globo (Entidade internacional critica setor aéreo brasileiro, 04/09/2007)

Um relatório da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata), que representa as principais empresas aéreas do mundo, põe em xeque as condições de segurança do controle de tráfego aéreo do Brasil, e afirma que a crise do setor ainda vai demorar.


Um dos problemas apontados são os custos para as empresas:

Entre os custos elevados, a entidade cita o Ataero (adicional tarifário de 50% sobre todas as taxas cobradas pela Infraero) e os preços do querosene da aviação no Brasil, resultado das alíquotas diferenciadas do ICMS. A incidência do PIS/Cofins sobre o combustível também aparece entre os entraves citados pela Iata.

Democracia


Os países com melhor/pior democracia

Fonte: The Economist

03 setembro 2007

Petrobrás perde dinheiro na Argentina

A partir do momento que a Petrobrás decide aumentar suas operações internacionais, o risco de fracasso de algumas destas decisões passa a ser maior. O que ocorreu na Bolívia pode acontecer novamente em outros países.

Segundo reportagem da Folha de S. Paulo (Petrobras perde R$ 708 mi em operação na Argentina, 01/09/2007, por Pedro Soares), as medidas impostas pelo governo argentino causaram perdas de 708 milhões de reais no período de 2005 a julho de 2007. Estas perdas decorrem do subsídio ao diesel.

Somente no primeiro semestre deste ano a Petrobras Energia, controlada pela estatal com sede na Argentina e negócios na Venezuela, Peru, Equador e Bolívia, registrou resultado operacional negativo em R$ 125 milhões na área de refino e distribuição de combustíveis.

(...) Segundo o diretor da Área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, a companhia registra prejuízo nas vendas de diesel na Argentina já há dois anos. A perda, diz o diretor, é pontual, pois a Petrobras Energia é lucrativa no conjunto de suas atividades.

(...) Cerveró ressaltou que as atividades da Petrobras na Argentina são "muito diversificadas" (incluem também geração e venda de energia elétrica, petroquímica e fertilizantes) e "todas são lucrativas, com exceção do diesel". A Argentina é o segundo principal mercado da Petrobras.


O fato de ser uma empresa estatal impede que algumas medidas sejam tomadas pela empresa. A reportagem chama isto de "Problema diplomático" e cita o caso ocorrido em março de 2007:

Em resposta às declarações do presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, sobre o congelamento, a Argentina ameaçou reavaliar concessões da companhia por entender que as afirmações representavam interferência num assunto soberano do país. O mal-entendido, porém, foi desfeito.

Para evitar a disparada da inflação, o governo argentino lança mão da Lei do Abastecimento, que prevê multas e outras sanções às companhias que deixarem de vender os produtos no mercado interno.

No final de 2006, a Shell foi multada em R$ 16,3 milhões por ter supostamente deixado de abastecer seus postos com diesel. A Petrobras já recebeu sanção de R$ 630 mil.


Em outros países da América Latina a empresa teve prejuízo.

Ainda sobre Bolsa

Duas outras notícias sobre bolsa de valores. A primeira informa que a Bovespa solicitou o registro para venda de suas ações (Bovespa pede registro para vender suas ações, Gazeta Mercantil, 03/09/2007). A segunda informa que fundos de investimentos mais agressivos aumentaram seus investimentos no país (Fundo agressivo dobra presença no país, Folha de São Paulo, 03/09/2007, por Toni Sciarretta):

Considerados os agentes mais agressivos do capitalismo financeiro, os fundos de "private equities" [participação fechada em empresas] dobraram sua presença nas fusões e aquisições em menos de dois anos no Brasil, segundo estudo da consultoria PriceWaterHouseCoopers obtido pela Folha.

Segundo a Price, esses fundos, liderados por estrelas do empresariado nacional como Armínio Fraga (Gávea), estão hoje presentes nas maiores aquisições de empresas em território nacional e nas aberturas de capital mais concorridas na Bovespa.

(...) O modelo de negócio é sempre o mesmo: comprar pelo menor preço possível parte ou a totalidade de uma empresa com sérias dificuldades, cortar gastos, demitir muita gente considerada ineficiente, consertar rapidamente a gestão, ampliar as receitas, colocar a contabilidade em dia e sair fora -seja vendendo a participação para uma empresa concorrente ou abrindo o capital na Bolsa de Valores. (...)

A receita deu certo com várias empresas que hoje são vedetes da Bovespa, como a empresa aérea Gol (e mais tarde a Varig), a construtora Gafisa, a distribuidora de TV Multicanal/Globocabo, o site Submarino/Americanas, as varejistas Brasif e ShopTime, os laboratórios Dasa, entre outros casos.

Bolsa de Valores

Uma série de notícias sobre bolsa de valores.

No Valor, Ingleses querem empresas do Brasil na bolsa de Londres, de 03/09/2007, informa que o prefeito do distrito financeiro de Londres, Lord Mayor John Stuttard, gostaria de ter empresas brasileiras na bolsa de Londres.

Na GAzeta, também de 03/09/2007, o foco é nas empresas que estão fora dos níveis de governança do Bovespa (Maioria das empresas está fora dos níveis de governança da Bovespa, por Luciano Feltrin, Finanças & Mercados - Pág. 4). Alguns dados interessantes são apresentados


=> das 402 companhias com papéis negociados na Bovespa, 74,8% do total (números de julho deste ano) ainda estão fora dos níveis de governança da Bolsa

= > O percentual inclui empresas cujas ações estão entre as mais negociadas do mercado, como é o caso da Petrobras.

=> Nos EUA, 92% das empresas não têm mais que 20% de suas ações concentradas em um controlador. Uma das explicações dessa característica é a cultura de mercado das companhias norte-americanas. No Brasil, por outro lado, há concentração dos papéis por um grupo ou família controladora.

=> Segundo dados da GMI Ratings,o Brasil está em penúltimo lugar entre 42 países no que se refere a boas práticas de governança. Só vence a China.


Isto mostra que ainda temos muito que evoluir em termos de governança.

A mesma Gazeta comenta a questão da sustentabilidade (Itaú é líder de sustentabilidade na AL, 03/09/2007, Finanças & Mercados - Pág. 4, por Aluísio Alves)

(...) O Itaú é o banco mais sustentável da América Latina. É o que diz a consultoria espanhola Management & Excellence (M&E), depois de verificar o desempenho das 40 maiores instituições financeiras da região em governança corporativa, ética, responsabilidade socioambiental e transparência. O levantamento consistiu em medir o enquadramento dos bancos a padrões internacionalmente respeitados, como a presença das ações no Dow Jones Sustainability Index (DJSI), a publicação de balanço social segundo o modelo GRI (Global Reporting Initiative) e a obediência a normas corporativas da OECD. Com 95,4 pontos, numa escala de zero a 100, o Itaú ficou em primeiro no ranking pelo terceiro ano consecutivo.

O estudo também apontou, no entanto, que a briga entre os bancos mais adiantados pela ponta ficou mais acirrada. O Bradesco, por exemplo, quase dobrou a pontuação de dois anos atrás, atingindo 94,5 pontos, 0,9 a menos do que o do maior rival. Para o sócio-diretor da M&E, Bill Cox, o esforço dos grandes para se firmar como referência em sustentabilidade se traduz no aumento dos investimentos no setor. "O tema consumiu de US$ 100 milhões a US$ 1 bilhão de cada um dos cinco primeiros em 2006, com um crescimento anual médio de 25%", diz.


Particularmente tenho certa restrição a um indicador que permite que uma instituição consiga dobrar a pontuação, atingindo o segundo lugar, em dois anos.

Crise aérea nos Estados Unidos

Apesar de não ser tão grave quanto a nossa crise, os Estados Unidos também estão passando por uma crise aérea.

O New York Times (Most Flights Are Late, and the Situation May Only Get Worse, por Jeff Balley, 03/09/2007) apresenta alguns dados dos atrasos nos vôos naquele país.

Já a Gazeta Mercantil apresenta reportagem no mesmo sentido (Sistema aéreo está saturado nos EUA, 03/09/2007) com um enfoque na American Airlines (a reporter, Regiane de Oliveira, viajou a convite da empresa). O destaque é a boa gerência da empresa


Na última semana, o presidente da American Airlines, Gerard. J. Arpey, fez um apelo as autoridades norte-americanas para que voltem a investir no setor. "Precisamos de infra-estrutura no ar", afirmou o executivo. "E melhorar a capacidade dos aeroportos". De acordo com Arpey, o aumento da demanda e a expansão das companhias de baixo custo levaram a saturação do sistema aéreo. Por enquanto, nada que afete a segurança dos passageiros. Só por enquanto.

(...) O modelo norte-americano prevê que as aéreas podem construir os terminais, mas eles devem ser doados ao estado. Em contrapartida, as empresas recebem, além de contrato - no caso da AA de 30 anos - benefícios de locação.

(...) Erli Rodrigues, diretor-geral da American Airlines no Brasil, lembra que foram períodos desgastantes. O projeto de reestruturação de custos tinha como objetivo inicial reduzir US$ 4 bilhões de um faturamento de US$ 20 bilhões ao ano da companhia. "Não dava só para cortar, tivemos de mudar processos", explica Rodrigues. A empresa vendeu ativos, fez leasing de aviões, cancelou encomendas e renegociou os contratos de funcionários com sindicatos, demitiu pessoas. Isso tudo tendo de concorrer com novos competidores. "Até 2000 enfrentávamos as empresas de baixo custo em cerca de 25% de nossas linhas. Hoje 80% do segmento já é operado por elas", explica.

Após 11 de setembro, a principal diferença foi o comportamento dos passageiros. "As pessoas ficaram com medo de voar e o fator custo começou a ser muito relevante", conta Rodrigues. A prioridade do passageiro passou a ser pontualidade e preço, e depois, conforto. Até o serviço de bordo mudou. "Hoje não temos mais serviço de bordo em vôos de até duas horas".

A primeira meta de corte de custos foi atingida, mas não foi suficiente. "Começamos a trabalhar num sistema de cortes constantes de custos", afirma. E segundo ele foi a criatividade que garantiu que a empresa não passasse por mais reduções. "Em vez de cortar mais ou terceirizar serviços, resolvemos oferecer alguns de nossos serviços para fora, como a manutenção", diz. Hoje a AA tem contrato com a Rolls Royce para manutenção de turbinas. "Isso trouxe receita de US$ 500 milhões ao ano". O resultado de todas as ações foi um caixa de US$ 6 bilhões.

Agências de Rating: conflito de interesse?

Já o periódico ABC informa que a Comunidade Européia está investigando se as agências de ratings tiveram culpa na crise (Bruselas investiga a fondo si las agencias de calificación cayeron en conflicto de interés, 03/09/2007, por David León)

La investigación abierta a las agencias de calificación de riesgo «rating» por parte de la Comisión Europea (CE) a través de la Organización Internacional de Comisiones de Valores (IOSCO) por no detectar la crisis de las hipotecas basura «subprime» norteamericanas, está centrada en analizar si estas agencias vulneraron los principios de independencia, objetividad y conflicto de interés, a los que voluntariamente están adscritas en su «Código de Conducta».

(...) Ahora no es validar con una firma toda la contabilidad de una empresa, pero son muchos los expertos consultados que creen que si estas agencias encargadas de «poner notas» hubieran alertado del cambio de expectativas de riesgo en fondos e inversiones ligados a las hipotecas «basura», la actual crisis podría haberse limitado.

Crise imobiliária e reputação das agências de rating

Acredita-se que o Brasil deverá receber nos próximos meses o grau de investimento por parte das agências de rating.

O problema é que as agências estão sendo questionadas pelo comportamento no caso da crise imobiliária dos EUA. Uma reportagem do Estado de S. Paulo de 02/09/2007 tenta fazer este vínculo (Crise imobiliária dos EUA faz estragos nas agências de rating, Patrícia Campos Mello, p. B10)

"A reputação das agências foi bastante prejudicada; só vamos saber a extensão do dano quando a crise acabar", disse ao Estado Lawrence J. White, professor de Economia da Universidade de Nova York, que vê semelhanças com a situação de empresas de auditoria como a Arthur Andersen durante os escândalos contábeis. As ações da Moody's, negociadas a mais de US$ 70 há três meses, estão hoje na faixa dos US$ 45.

(...) Segundo ele, é um problema inerente à função das agências, que tentam apresentar um panorama de longo prazo, e não flutuações diárias na saúde financeira. O segundo problema, segundo White, é que essas empresas têm consciência da importância de seus ratings - os mercados respondem vigorosamente a uma promoção ou rebaixamento de nota. Um grau de investimento funciona como um selo de qualidade que economiza milhões em juros de empréstimos. Já um rebaixamento pode custar milhões a uma empresa ou mesmo excluí-la de alguns negócios - certos fundos são proibidos, em seus estatutos , de comprar títulos de empresas ou países que não tenham atingido o grau de investimento.

01 setembro 2007

30 anos de Doutorado

Ontem foram as comemorações dos 30 anos do Doutorado em Ciências Contábeis da Universidade de São Paulo. Como doutor pela USP fica difícil postar algo para expressar o agradecimento pela instituição que transformou minha vida. A contribuição da pós-graduação da USP para o crescimento da contabilidade no Brasil é enorme e inegável.

Obrigado Departamento de Contabilidade e Atuária da FEA/USP por tudo.

Internet: dois gráficos

Dois gráficos interessantes sobre a internet no mundo. O primeiro mostra a velocidade da internet em diferentes países do mundo. Inveja do Japão.



O segundo apresenta a relação da internet no mundo e os países onde ela é controlada pelo governo.

31 agosto 2007

Como Calcular Percentual?

O cálculo de variações percentuais representa sempre um problema para análise econômico-financeira.

Uma situação ocorre quando uma empresa apresentou um lucro próximo a zero para o seu porte. Se no ano seguinte o lucro volta ao patamar normal, o resultado pode sofrer uma grande variação. Por exemplo, uma empresa com um lucro de R$1.000 num ano e R$10 milhões no seguinte terá uma variação no lucro de um ano para outro altamente expressiva.

Outro problema ocorre quando existe a possibilidade do valor ser positivo e negativo. Uma empresa de tinha prejuízo e agora tem lucro terá a variação do lucro calculada como se fosse negativo. (Experimente colocar um prejuízo de R$100 e um lucro de R$100 numa planilha Excel. Peça para calcular a variação com a expressão [(-R$100/R$100)-1]x100. O resultado será menos duzentos por cento, o que não faz sentido).

Como resolver? A solução dada por este blog não parece adequada.

Restaurantes e métricas

Uma reportagem interessante da revista Forbes mostra as três métricas mais relevantes para um restaurante. Apesar do lucro contábil ser interessante, a reportagem recomenda o fluxo de caixa. A segunda medida é a percentagem de clientes que retornam. Segundo dados da National Restaurant Association, 3/4 das vendas de restaurantes são de clientes antigos. Finalmente, a terceira medida é a rotação dos funcionários. Em média seria de20% para pessoal administrativo e 150% para horistas.

Wal-Mart com Medo da Tesco

Segundo o Financial Times (aqui e aqui ) a empresa Wal-Mart está considerando a aquisição de concorrentes no mercado norte-americano.

Esta proposta talvez seja uma resposta a abertura da Tesco´s nos Estados Unidos. A Tesco´s é um mercado de pequeno porte de origem inglesa. A tentativa da Wal-Mart de abrir lojas em grandes centros urbanos, como nas cidades de Nova Iorque e Chicago, enfrentou oposição política.

Valor justo em discussão

Existe uma tendência de adoção do valor justo na contabilidade. Até que ponto esta opção é adequada? Existe uma corrente que defende seu uso pela qualidade da informação em relação ao custo histórico. O valor justo seria mais útil para o usuário da informação.

Entretanto, outra vertente tem preocupação com a volatilidade nos valores dos balanços e seus efeitos. Agora, uma pesquisa parece indicar que o uso do valor justo pode levar a redução na informação devido a flutuação dos preços dos produtos. Isto muda um conceito arraigado de que "quanto mais informação, melhor" (eu não acredito nisto).

O texto da The Economist, que trata deste item e que reproduzo a seguir, finaliza parodiando um famoso general alemão que dizia que a guerra é muito importante para se deixado nas mãos dos generais. A contabilidade também?

A seguir o texto:

Economics focus
A book-keeping error

Aug 30th 2007
The Economist
The accounting principle that is meant to capture fair value might end up distorting it


AS THE old joke goes, there are three types of accountant: those who can count and those who cannot. What and how they count is often contentious. A long-fermenting issue is how far “fair-value” accounting, which uses up-to-the-minute market information to price assets, should be pushed in banking. The bodies that set accountancy standards believe the more accurate disclosures are, the better. Regulators meanwhile have fretted that market-based accounting would increase fluctuations in banks' earnings and capital, which might increase risks to financial stability. And commercial banks are reluctant to expose the idiosyncrasies of their loan books to the glare of market scrutiny.

The attractions of fair-value accounts are straightforward. By basing values on recent prices (“marking to market”), they paint a truer picture of a firm's financial health than historical-cost measures. These gauge net worth from the arbitrary dates when assets and liabilities were first booked. In principle, fair-value accounting makes a firm's viability plainer and enables shareholders and regulators to spot financial trouble more quickly. Proponents say that market-based accounting would have limited the fallout from America's savings-and-loan crisis and stopped the rot from Japan's non-performing loans much earlier.
An arbitrary past versus a distorted present

New research suggests that the increasing reach of fair-value accounting might be a mixed blessing. A paper* by Guillaume Plantin of the London Business School, Haresh Sapra of the University of Chicago and Hyun Song Shin of Princeton University concludes that fair-value accounting could sometimes generate fluctuations in asset values that distort the very price information that it puts such store by.

The paper examines the incentives of a bank faced with a choice between selling a loan or keeping it on the balance sheet. Because the bank knows its borrower better than anyone else, it has the best idea of what the loan is really worth. Its managers are rewarded according to the accounting profit of the bank.

If loans are valued at historical cost and market values are rising, the loans are likely to be sold if this is the only way of realising profit, even if the market undervalues them. The banks' managers take a profit and get paid accordingly, although shareholders would be better off if the loans were kept. Fair-value accounting gets around this agency problem. Loans do not have to be sold to cash in on their rising value: marking the assets to their market value has the same beneficial effect on profits and on managers' pay.

However, in the wrong circumstances fair-value accounting could also induce wasteful sales—of long-term, illiquid loans. Left on the books and marked to market, a loan will be valued at the price at which others have managed to sell. But when there are only a few potential buyers, that may be especially low. So managers will be tempted to sell in the hope of a better price. Because all banks with similar assets face the same incentives, they will all sell, driving the price down. Their shareholders would have been better off had the loans been kept until they fell due. The temptation to sell is greater for longer-term loans.

In this way, a fair-value regime can itself distort the very prices that are supposed to reflect the true worth of assets. The prospect of lower prices can encourage selling which drives down prices further. The information derived from market prices becomes corrupted, and the result is a growing divergence between reported net worth and true value.

This theoretical model is a challenge to the ideal of fair-value accounting: that more information is always better. Although it is technically feasible to mark to market even idiosyncratic assets such as loans to small businesses, it might not be desirable. The authors point to a well-established principle in economics, that incremental moves towards perfect competition are not always good. Eliminating one market imperfection (such as poor information) need not bring the ideal of a frictionless economy closer, because this may magnify the effect of remaining distortions (such as managerial short-termism or illiquid markets).

The paper also underlines some lessons about market liquidity that have been painfully learned outside of academia in the recent market troubles. There is a fair chance that asset markets will stay liquid (in the sense that willing sellers are matched with willing buyers), as long as the actions of market participants are essentially random. But anything that co-ordinates the actions of sellers—in this case, the disclosure required by fair-value accounting—can easily lead to sharp movements in asset prices.

Is the model of self-defeating co-ordinated selling very realistic? Recently, for example, Bear Stearns, a Wall Street investment bank, held off from selling assets into an illiquid market because the transaction prices would have set a nasty benchmark for its other portfolios. So illiquidity prevented asset sales rather than induced them. Mr Shin replies that in instances like this, where there happens to be a dominant holder of assets, there is less chance of sales into a falling market.

Although more accurate disclosure of balance sheets is desirable, the work of Mr Shin and his colleagues is a reminder that there are always trade-offs to any policy change. These authors put their argument in stark terms: “The choice between these measurement regimes boils down to a dilemma between ignoring price signals, or relying on their degraded versions.” In their advocacy of fair-value accounting, accountants are rightly pursuing the interests of investors. But policymakers have to worry about wider issues. Accountancy may be too important to be left solely to accountants. Even the ones that can count.

* “Marking-to-Market: Panacea or Pandora's Box?” Forthcoming in the Journal of Accounting Research.

Uma análise da Google

A The Economist desta semana faz uma análise profunda da Google. O seu crescimento rápido (a internet só tem doze anos, clique aqui), mas o crescimento no valor de mercado, receitas, número de pessoas que pesquisam suas páginas, volume de propaganda, número de advogados e lobistas impressionam.

Quem tem medo da Google?, pergunta a revista. O volume de informação acumulado pela empresa seria um teste para a sociedade?

A revista afirma que algumas das acusações são injustas. A Google não adota políticas para dominar o mercado como a Microsoft fez (e faz). A Google tem um papel importante em resgatar obras que estariam na obscuridade.

Em outro artigo (Inside the Googleplex) a análise é na estrutura administrativa e financeira da Google.

Para a revista, o custo da Google é principalmente fixo, o que significa dizer que qualquer receita adicional é lucro. A razão disto são os computadores da empresa (que representam a parcela fixa do seu custo). A Google possui uma das maiores estruturas de computadores do mundo. E também uma das mais complexas. Se existe uma demanda não esperada pelo Gmail, o sistema da empresa automaticamente aloca mais capacidade para este serviço.

A revista lembra que o fato da estrutura de custo ser essencialmente fixa faz com que a empresa possa lança novos serviços por um custo reduzido. Se falhar, tudo bem; caso contrário, a Google terá agora mais clientes.

Este blog é da Google. Tenho usado a Google como fonte de pesquisa (inclusive acadêmica) e também o seu editor de texto, acessível de qualquer computador com acesso a internet.

Clique aqui e aqui para ler

Atratividade dos países


A figura mostra a atratividade dos países em receber terceirização. Ele é feito pela AT Kearney e avalia 50 paíse em três categorias: atratividade financeira, trabalhadores disponíveis e ambiente para negócios.

Fonte: Aqui

Iliquidez e Crise

Para a The Economist (The long and the short of it, 30/Agosto/2007) a origem da crise recente do mercado de capitais está na iliquidez, ou seja, a dificuldade de vender ativos por um preço razoável.

A revista traduz de maneira simples e clara o problema: apesar do sistema financeiro ter sofrido transformações nos últimos 25 anos, com novos investidores (fundos hedge, por exemplo) e novos produtos (derivativos, entre outros), a essência é a mesma. Investidores vão aos bancos e deixam seus recursos, que são líquidos. Os bancos investem em ativos que não são líquidos, como empréstimos para imóveis.

A iliquidez implica num risco. A The Economist cita dois artigos que sugerem que as crises são inerentes aos mercados financeiros:

“Market Liquidity and Funding Liquidity”, by Markus Brunnermeier and Lase Heje Pedersen, June 2007.

“Collective Risk Management in a Flight to Quality Episode”, by Ricardo Caballero and Arvind Krishnamurthy, August 2007.

Mais uma lista

Este endereço mostra os verbetes da Wikipedia mais editados na última hora, no último dia, nos últimos três dias, na última semana e no último mês. Representa, de certa forma, os assuntos "quentes", do momento. Por exemplo, ao consultar agora o endereço aparece o quinto album de Britney Spears e o Campeonato da FIBA (pré-olímpico de basquete).

Os primeiros endereços

Em 1985 nascia os primeiros endereços da internet (há 12 anos apenas). O primeiro endereço? Symbolics.com, de 15 de março de 1985. O segundo endereço aparece mais de um mês depois, o BBN.com. Um mês depois surge o Think.com. A lista dos primeiros dez endereços abaixo:

1. 15-Mar-1985 SYMBOLICS.COM
2. 24-Apr-1985 BBN.COM
3. 24-May-1985 THINK.COM
4. 11-Jul-1985 MCC.COM
5. 30-Sep-1985 DEC.COM
6. 07-Nov-1985 NORTHROP.COM
7. 09-Jan-1986 XEROX.COM
8. 17-Jan-1986 SRI.COM
9. 03-Mar-1986 HP.COM
10. 05-Mar-1986 BELLCORE.COM

Uma lista completa, aqui