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05 julho 2021

Divórcio e problemas do CFO de Trump


Os problemas legais de Allen Weisselberg, que podem atingir Trump, começaram de maneira prosaica. Sua ex-mulher levantou questionamentos sobre o estilo de vida durante o casamento e os números que foram apresentados durante o divórcio. 

Recentemente a justiça e a receita federal dos Estados Unidos apertou o CFO de Trump, Allen Weisselberg, questionando uma possível sonegação. As informações surgiram de Jennifer Weisselberg, que vivia com Allen e duas crianças em um apartamento com vista para o Central Park, em Nova Iorque. Seus filhos estudavam em uma escola com custo de 50 mil dólares/ano por aluno. Mas segundo as informações para o fisco, Allen ganhou 211 mil dólares em 2016. 

A partir das informações que dispunha, Jennifer municiou a promotoria de Manhattan. Uma das acusações era o uso de imóveis da Organização por parte do casal. Jennifer parece que não gostou da possibilidade de receber pouco no divórcio.

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China foi a economia ganhadora com o Covid (e isto tende a aumentar as teorias da conspiração)

Musk decide morar em uma casa de 36 m2

Luta de Benjamin Franklin a favor da vacinação

A arte da manipulação (foto)

Frase

 

Quando perguntaram para Einstein qual era a velocidade do som, ele respondeu:

Eu não guardo esta informação na minha mente já que está disponível nos livros. O valor da educação não é aprender muitos fatos, mas treinar a mente para pensar. 

Fonte: aqui. Pesquisei e parece que a frase realmente é dele, com algumas pequenas mudanças.

Rir é o melhor remédio

 





Mais aqui

04 julho 2021

Toyota, JIT e escassez de chips


Há uma certa crise na produção de automóveis mundiais em razão da escassez de chips. Isto tem provocado uma certa falta de automóvel novo, com reflexo no preço. O problema parece ser mundial. Mas veja que interessante. Nos Estados Unidos, entre os grande fabricantes, a Toyota não decepcionou com a entrega de novos automóveis. 

A Toyota ficou conhecida por adotar o sistema Just-in-Time (JIT). Em 2011, com o desastre de Fukushima, a empresa percebeu que o sistema funciona bem em períodos normais, mas não em situações excepcionais. Com base nessa situação, a Toyota passou a exigir dos fornecedores que mantivessem em estoque semicondutores. Por conta dessa política, a Toyota trabalhou com estoques baixos, mas foi possível atender uma demanda por novos automóveis. 

Como a Amazon era considerada no passado

 

O vídeo é antigo, mas mostra como os analistas enxergavam a empresa Amazon em 1999

Havan e abertura de capital: informações


No caminho da Havan para a abertura de capital, diversos aspectos chamam atenção. Um deles é o press release de resultados, como é chamado o documento que apresenta os números da empresa aos investidores: tem apenas uma página. Na maioria das vezes, as candidatas a IPO organizam dezenas. O material da Privalia, outra varejista que tenta emplacar sua abertura de capital, por exemplo, tem 30 páginas. Também não há balanços de anos anteriores ou o prospecto da oferta da Havan no site de RI. Eles precisam ser buscados na internet. 

A Havan responde com o fato de ainda não ter capital aberto e não ser obrigatória a divulgação dessas informações. "Se a Companhia realizar um IPO, divulgará o release que julgar adequado, em linha com as melhores práticas de mercado", afirma. 

O press release, por exemplo, relata que o retorno sobre o capital investido (ROIC) passou de 39,9% para 67,2%, entre 2019 e 2010, sem explicar como a Havan chegou a esse porcentual.  

Segundo a empresa, o ganho de uma ação judicial proporcionou um valor não recorrente relacionado à base de cálculo de PIS/Cofins e ICMS, o que impactou a margem. "O item acima impactou o ROIC, que foi maior do que o ano anterior", escrevem. Foi dessa maneira também que a margem bruta de 2019 ficou igual à de 2020 e a margem de geração de caixa aumentou em 6 pontos porcentuais, mesmo com vendas menores por conta da pandemia.  

O lucro líquido foi ajustado de R$ 499 milhões para R$ 919 milhões, com um fundo de direitos creditórios (FIDC) de R$ 555 milhões que não é da Havan, mas de Hang. "Isso é um lucro líquido ajustado considerando o potencial perímetro que poderia ser a empresa que abriria o capital para investidores, caso a companhia fosse detentora do FIDC, algo que é planejado no futuro", diz a empresa. Em outras palavras, uma hipótese, na visão de um contador que mergulhou nos números e pede para não ser identificado.  

Segundo gestores consultados pelo Estadão/Broadcast também na condição de anonimato, outro problema do modelo de negócio está no fato de a rede ser muito atrelada às lojas físicas, com um conceito de digitalização que não convenceu. Porém, isso pode mudar rapidamente, já que as lojas têm conseguido encurtar o tempo de entrega das vendas online. O banco Havan também é considerado uma via de crescimento.  

Fora as questões de governança, o momento para uma abertura de capital não poderia ser mais turbulento. Hang foi convocado pela CPI da Covid esta semana, por conta de seu envolvimento em negociações para a compra de vacinas. Sobre esse assunto, em nota, o empresário disse estar "tranquilo".

Fonte: aqui

Rir é o melhor remédio


 Pós-graduação e mundo real

03 julho 2021

Felicidade

Medir a felicidade é tão complicado. Então quando tentamos medir a felicidade de um país é mais difícil ainda. O Relatório da Felicidade Mundial leva em consideração a expectativa de vida, a liberdade de fazer escolhas, a generosidade, a percepção de corrupção, entre outros fatores. 

Eis o resultado para América do Sul:

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 Enganou o mundo com um falso cancer

Federação Internacional de Natação proíbe toca que melhor ajusta a cabelos dos atletas negros

E Trump não foi o pior presidente dos Estados Unidos (seria interessante uma pesquisa igual no Brasil?)

Tribunal mantem pai de Britney Spears como seu tutor (decisão parece tão estranha)


Impostos e Europa: problema da minoria

Um acordo mundial para tributação tem um obstáculo na Europa. Mais precisamente em três países que representam 4% da população da Comunidade Europeia: Hungria, Irlanda e Estônia. Como uma decisão na Comunidade para este tipo de questão deve ser unânime, a oposição dos três pequenos países emperra o acordo. 

O plano tem o apoio global de muitos países no mundo e estabeleceria um imposto único de pelo menos 15%, além de uma divisão do imposto que seria obtido pelas multinacionais. 





Rir é o melhor remédio

 

Tem hora que o trabalho em casa é bastante estressante

Livros mais vendidos de 2021 – parcial


Torto Arado, romance de Itamar Vieira Junior, vem em terceiro mais vendido do ano, como um fenômeno da ficção nacional. Só em junho foram vendidas 7.198 cópias. No Brasil os editores comemoram quando um livro tem uma tiragem de dois ou três mil exemplares (aqui), Torto Arado já chegou a 100 mil.

Segue a lista de mais vendidos em 2021 até o momento, segundo a Publishnews:

1 - Mais esperto que o diabo
Napoleon Hill

2 - Mulheres que correm com os lobos (capa dura)
Clarissa Pinkola Estes

3 - Torto arado
Itamar Vieira Junior

4 - Do mil ao milhão
Thiago Nigro

5 - Pai rico, pai pobre - Edição de 20 anos
Robert T. Kiyosak

6 - A sutil arte de ligar o foda-se
Mark Manson

7 - O poder da autorresponsabilidade
Paulo Vieira

8 - A garota do lago
Charlie Donlea

9 - Box Harry Potter
J. K. Rowling

10 - O milagre da manhã
Hal Elrod

11 - O homem mais rico da Babilônia
George S. Clason

12 - O duque e eu
Julia Quinn

13 - O poder do hábito
Charles Duhigg

14 - Atitude positiva diária
Eduardo Volpato

15 - A coragem de ser imperfeito
Brené Brown

16 - Mindset (resenha: aqui)
Carol Dweck

17 - A revolução dos bichos
George Orwell

18 - Corte de espinhos e rosas
Sarah J. Maas

19 - Os segredos da mente milionária
T. Harv Eker

20 - As cinco linguagens do amor
Gary Chapman

Os links são afiliados ao blog.

02 julho 2021

Uma nova era no Iasb


A Fundação IFRS está sob nova direção. Em substituição ao holandês Hans Hoogervorst, temos agora o alemão Andreas Barckow (foto).  Barckow já participa do Iasb há mais tempo, sendo da área. 

Em uma entrevista, Barckow respondeu a seguinte questão: 

Quais são as suas opiniões sobre a contabilidade digital? O que mais ajudaria o setor de contabilidade a se alinhar mais com outros setores no século 21? 

A contabilidade está atrasado na digitalização. A maneira como abordamos os problemas de apresentação e divulgação na definição de padrões ainda parece ser amplamente orientada (e limitada) a pensar em uma página impressa e não em uma tela. Acho curioso que todas as transações e eventos que gravamos sejam originalmente processados em formato digital. No entanto, quando se trata de preparar contas, agregamos tudo ao mais alto grau possível e o disponibilizamos em formato impresso - apenas para ver as pessoas argumentando que seria preferível mais desagregação e disponibilidade em formato digital. Algo não parece bem aqui. A maneira como as informações contábeis estão sendo usadas muda rapidamente, e a tecnologia apropriada há cinco a dez anos pode não ser mais considerada melhor hoje ou amanhã. 

Na última pergunta da entrevista, 

Finalmente, qual é o seu padrão IFRS favorito e por quê? Tendo feito meu doutorado na contabilização de derivativos e hedge, provavelmente não será uma surpresa para ninguém se eu disser "tudo o que está relacionado a instrumentos financeiros"!

O ex-chefão, Hans Hoogervorst, foi responsável por algumas normas importantes, incluindo a nova estrutura conceitual, receitas, seguros, entre outras. Mas não conseguiu costurar um acordo com a SEC e manter um acordo de construção de normas conjuntas. No final do seu mandato, teve que lidar com uma crescente pressão para uma postura mais ativa na área ambiental. 

Trump e os impostos


O diretor financeiro da Trump Organization, Allen Weisselberg, apresentou-se esta quinta-feira às autoridades de Nova Iorque, após ter sido acusado de vários crimes fiscais. 

Weisselberg, que trabalha para a empresa do ex-Presidente dos Estados Unidos Donald Trump há décadas e é uma figura-chave na empresa, entregou-se às autoridades criminais de Manhattan, Nova Iorque, esta manhã, acompanhado do seu advogado, de acordo com vários meios de comunicação social locais.O diretor financeiro da Trump Organization deve comparecer esta tarde a um juiz, ao lado de outros representantes do consórcio, que também já foram indiciados no mesmo caso. 

Nesta fase, Donald Trump não deve ser implicado no processo, nem qualquer membro da sua família.  

Por enquanto, os crimes imputados a estes gestores são desconhecidos, já que a acusação aprovada na quarta-feira por um grande júri foi mantida em segredo e os procuradores não divulgaram quaisquer pormenores.  

De acordo com o jornal The Wall Street Journal, as acusações estarão ligadas a situações de evasão fiscal, depois de o Ministério Público ter investigado se Weisselberg e outros funcionários da empresa evitaram ilegalmente pagar impostos sobre algumas indemnizações que receberam.  

Se os procuradores conseguirem provar que a empresa de Trump e os seus gestores evitaram sistematicamente o pagamento de impostos, podem abrir acusações mais sérias, acrescentou o jornal.  

A Trump Organization já reagiu a estas acusações, denunciando-as como uma “tentativa de prejudicar o ex-Presidente”.  

“Isto não é justiça. Isto é política”, disse um porta-voz da Trump Organization, citado por vários meios de comunicação social.  

As acusações serão as primeiras correspondentes às investigações que o procurador do distrito de Manhattan, Cyrus Vance, tem vindo a conduzir há cerca de três anos sobre os negócios do ex-Presidente dos Estados Unidos.  

As investigações da Trump Organization aceleraram nos últimos meses, com vários gestores a serem chamados para testemunhar perante um grande júri, em preparação de possíveis acusações.  

As investigações cobrem possíveis fraudes fiscais, seguros e outras infrações criminais, alegadamente cometidas antes da chegada de Trump à Casa Branca, em 2017.  

O processo pode incluir avaliações inflacionadas, descontos fiscais injustificados e contabilidade duplicada, adulterando as declarações ao Fisco durante vários anos.  

O procurador Vance conseguiu uma importante vitória, em fevereiro passado, quando obteve acesso a anos de declarações de impostos de Trump, após uma longa batalha legal na qual o Supremo Tribunal dos EUA acabou por rejeitar os argumentos do ex-Presidente para manter esses documentos confidenciais.  

O Ministério Público também tem investigado os pagamentos secretos de dinheiro que a campanha eleitoral de Trump terá feito à atriz pornográfica Stormy Daniels, para impedi-la de tornar pública uma suposta relação sexual com o então candidato à presidência, já que podem violar a legislação do estado de Nova Iorque.  

O ex-Presidente republicano sempre negou qualquer irregularidade e denunciou repetidamente que as investigações são resultado de uma “caça às bruxas” com motivações políticas, sustentada por procuradores democratas.

Fonte: aqui

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Quanto custa o café no mundo

Há 10 anos Magnus Carlsen é o maior jogador de xadrez do mundo

BRF segue seus concorrentes e quer meta ambiental (incluindo escopo 3)

Sociedade caminha para baixo consumo de energia (CEO da AES, foto)

Rir é o melhor remédio

Um contador morre e vai para o inferno. Lá era quente e bagunçado. Ao ver aquilo, o contador decide organizar tudo. Usando toda sua habilidade, consegue extrair o máximo dos parcos recursos existentes na terra de satã. 

Um dia Deus resolve visitar o inferno e descobre que as coisas estão bem melhores do que a sua última visita. Ele pergunta para o diabo o que aconteceu. 

- As coisas mudaram muito desde o momento que chegou o contador. 
- Um contador? Como é possível? Todo contador vai direto para o céu, afirma Deus. Deve ter havido algum erro. Mande este contador para o céu imediatamente. 

O diabo responde: 
- De jeito nenhum. Depois que ele chegou melhorou muito nossa vida. Nós queremos ficar com ele. 
- Se você não mandar ele imediatamente, eu vou te processar. 

O diabo ri muito antes de responder: 

- Como, se você não tem nenhum advogado. 

(Adaptado livremente daqui)

01 julho 2021

Mudança na tributação internacional


Parecia impossível, mas há uma possibilidade de um acordo internacional sobre tributação. 

A tributação global está a mudar radical e rapidamente: segundo comunicado da OCDE, 130 países e jurisdições aceitaram a definição de uma taxa mínima sobre os lucros das corporações multinacionais como o Facebook, Alphabet e Google. A última reunião do G7 já tinha dado passos nesse sentido – depois de um encontro na semana anterior dos seus ministros da Economia e Finanças, mas era difícil definir quem aceitaria avançar para esse novo enquadramento fiscal. 

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) prepara o cenário para que o G20, através dos seus ministros das Finanças, assine um acordo de princípio nesse sentido numa reunião em Veneza na próxima semana. 

Segundo a OCDE, a adoção deste quadro legal pode significar a implementação, logo em 2023, de regras que reduzam a evasão fiscal, fazendo com que as empresas multinacionais paguem uma taxa efetiva de pelo menos 15% dos lucros e dando aos países mais necessitados mais receita fiscal de empresas estrangeiras. 

Um “pequeno grupo” de nações que “ainda não aderiu” ao plano, disse a OCDE, inclui a Hungria e a Irlanda, que tem atraído algumas das grandes empresas do mundo com impostos baixos – e baralhado a perspetiva de uma união fiscal na União Europeia.  

Vários países-chave em relação aos quais persistiam dúvidas sobre a aceitação desta regra fiscal internacional concordaram, ainda segundo a OCDE, incluindo a Índia, China e Turquia. Os detalhes técnicos podem abrir espaço para novas concessões às economias em desenvolvimento.  

A secretária de Estado do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, elogiou a notícia e, citada por vários jornais, disse que “foi um dia histórico para a diplomacia económica”. Na reunião do G7, Joe Biden tinha-se revelado um dos mais favoráveis defensores da iniciativa. Em comunicado Yellen declarou que uma “corrida ao fundo” internacional.  

“Nos Estados Unidos, este acordo garantirá que as corporações assumam uma parte justa do fardo” social. “Temos agora a hipótese de construir um sistema tributário global e doméstico que permita que trabalhadores e empresas norte-americanas competem e ganham na economia mundial”.  (...)

Continue lendo aqui

Mas parece que a participação da Irlanda é relevante para que o acordo tenha sucesso.

Rir é o melhor remédio


 

Milionários no Mundo

Dois gráficos sobre os milionários no mundo, com dados de 2020. Os números são do banco suíço Credit Suisse (via aqui)




Depósito de 50 bilhões na conta corrente


Uma mulher na cidade de Baton Rouge, ao verificar a conta bancária conjunta, percebeu que o banco tinha depositado US$50 bilhões. Depois de ligar para o banco para informar do erro, a instituição levou quatro dias para fazer corrigir o erro. 

Pela lei local, caso o correntista gaste o dinheiro pode sofrer acusação criminal por desvio de propriedade de terceiros. 

Fonte: aqui

Maiores empresas de auditoria


Uma análise do Audit Analytics olhou a participação no mercado de auditoria dos Estados Unidos. O levantamento separou grandes empresas das outras. O critério do porte foi a capitalização. De um total de 3.890 empresas com capitalização acima de 75 milhões de dólares, a EY é responsável por 860 ou 22,1%. Depois, a Deloitte, com 642 (16,5%), PwC (577 ou 14,8%) e KPMG (516 ou 13,3%). Estas quatro empresas possuem 66,7% do mercado. Após as Big Four temos a GT, BDO, Marcum, Withum, RSM e Crowe. Além destas empresas, há mais 140 outras auditorias que trabalham com as empresas de capital aberto de grande porte. 

O Coeficiente de Gini, uma medida de concentração, calculado entre as dez maiores empresas de auditoria indica um valor de 0,44. (Neste caso, quanto maior o valor, maior a concentração. Não é um valor baixo, já que calculamos com somente as dez maiores empresas do setor.) 

Link


Mishra, de 12 anos e 4 meses, é o mais jovem Grande Mestre de xadrez da história - bateu o recorde de Karjakin

Ricardo Barros (deputado) tem um livro chamado "De Olho no Dinheiro do Brasil"



Pássaros entendem o conceito do zero (a história do zero para os seres humanos é "recente")

30 junho 2021

Importância do bom exemplo

No ano passado, o México estava abalado por alegações de corrupção contra três ex-presidentes acusados de participar de esquemas de suborno multimilionários, financiamento ilegal de campanhas e outros crimes. 

O escândalo pode ter longo alcance consequências para a política mexicana, e a publicidade pode estar mudando as normas no resto da sociedade, de acordo com a artigo no American Economic Journal: Applied Economics. 

Autor Nicolás Ajzenman examinou o impacto da corrupção política local na honestidade dos estudantes do ensino médio no México. Usando uma técnica estatística chamada diferença nas diferenças, Ajzenman examinou a auditoria relatórios de municípios entre 2006 e 2013 e taxas de trapaça detectada por software em exames padronizados obrigatórios. 

A Figura 3 do artigo do autor mostra que a trapaça nos testes aumentou significativamente após revelações de corrupção por autoridades locais.


O ponto mais à esquerda representa os municípios do quartil inferior de gastos governamentais não autorizados (menos corruptos), e o ponto mais à direita representa aqueles no quartil superior (mais corrupto). As barras verticais são intervalos de confiança de 95%. 

Em níveis mais baixos de corrupção, há um efeito positivo, mas insignificante, nas taxas de trapaça nas escolas. Esse efeito aumenta à medida que a corrupção se torna mais saliente e é significativa no quartil mais alto da corrupção. 

 No geral, os alunos do ensino médio tinham 10% mais chances de trapacear nos testes padronizados após revelações de comportamento corrupto por parte das autoridades locais. O trabalho de Ajzenman é uma evidência de que os líderes políticos são exemplos para seus cidadãos e ajudam a moldar os padrões éticos das sociedades que governam.

Fonte: aqui

Prejuízo da Ford no Brasil


A notícia da Reuters é um pouco antiga, mas vale o comentário:

Até a decisão de desistir de produzir no Brasil, a Ford havia queimado R$ 39,5 bilhões, a maior parte em prejuízos acumulados, mas também com algumas injeções de dinheiro, de acordo com documentos arquivados na Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp). 

Some-se a isso os US$ 4,1 bilhões (R$ 21,7
bilhões) que a Ford vai desembolsar para se livrar de seus compromissos no país, e o preço da operação brasileira sobe para R$ 61 bilhões. Quase todas as perdas e injeções de dinheiro ocorreram nos últimos oito anos, quando a empresa teve prejuízo de mais de R$ 10.000 em cada carro que vendeu, indicam cálculos da Reuters com base em registros e dados de vendas.
 

Podemos entender que o jornalista da Reuters fez o seguinte: 

61 bilhões = Soma dos Prejuízos Acumulados + "Injeções de dinheiro" + Custo Futuro para fechar a operação brasileira

(Tenho aqui dúvida se o jornalista não somou os prejuízos acumulados de cada período. Aí o erro seria bem grave). Considerando que injeção de dinheiro é aumento de capital, isto não é bem "queimar dinheiro". 

Dormência Psíquica

Eu li o texto abaixo sob a forma de quadrinhos. Se você achar interessante, pode ir para página onde estão as ilustrações. Fiz uma tradução nem sempre literal, mas acho que o espírito está dentro do que o autor queria transmitir. Não pude deixar de associar com a estatística que todo dia o Jornal Nacional apresenta, com o número de mortos. Aquilo não funciona. Qual a razão? O texto explica. 

Toda semana eu verifico as últimas mortes do COVID-19 para a NPR. Depois de um tempo, não senti nenhuma tristeza pelos números. Eu me senti entorpecido. Eu queria entender o porquê - e como superar essa dormência.  

O mês de março passado foi uma época assustadora. Os casos e mortes da Covid-19 estavam aumentando rapidamente. Eu estava preocupado com meus avós na China, que não tinham deixado sua casa em semanas.  

Então eu obtido um trabalho: atualizar os dados de Covid-19 para o NPR.  

Cada semana eu tinha que verificar os últimos números de mortes do Covid19 nos Estados Unidos e no resto do mundo. Os números estavam aumentando e aumentando. Depois de algum tempo, os números de mortos não me afetavam emocionalmente.  

 



 

Quando eu vi que o número de mortos nos Estados Unidos ultrapassou os 500 mil em fevereiro e no mundo todo estava acima de 2 milhões, eu me senti entorpecido.  

E não era o único que tinha dificuldade de evocar emoções com um tragédia de grande tamanho. Este é um fenônemo chamado dormência psíquica (psychic numbing).  

Para aprender mais, eu falei com Paul Slovic, um pesquisador de psicologia da Universidade de Oregon, que estuda esse fenônemo.  

Eu aprendi que nosso cérebro tipicamente processa situações através de sentimentos instintivos, não lógica.  

Então nós não sentimos necessariamente duas vezes pior quando duas pessoas morrem versus uma pessoa. E como o número de mortes era maior, a dormência geralmente cresce também. Estatística igual a 500 mil mortes é tão grande e incompreensível que não gera qualquer emoção.  

Essa dormência pode impedir de notar quão séria é a situação e então não motiva a fazer ações que podem fazer a diferença.  

Então, como contornar essa dormência psíquica?  

De acordo com Slovic, nós precisamos estar atento ao fenônemo e como este funciona. Então, quando nós escutamos nova informação, nós precisamos de dar um tempo e pensar cuidadosamente sobre o que significa, em lugar de automaticamente sentir uma dormência.  

E precisamos prestar atenção para estórias de pessoas - que é uma maneira de conectar emocionalmente com a questão.  

A guerra da Síria é um bom exemplo. De 2011 a 2015, cerca de um quarto de um milhão de pessoas morreram. Mas não existia um interesse internacional.  

Então um pequeno garoto cuja família estava fugindo da Síria afogou. A fogo do pequeno corpo na praia tornou viral. Doações para caridade cresceram, mas poucos meses depois da foto publicada, as doações diminuíram. Imagens e narrativas individuais podem chocar e sair da dormênia, dando uma pequena janela para agir.  

Desde minha conversa com Slovic, eu me tornei mais consciente sobre como interagir com as notícias.  

Um passo limitar a quantidade. Em lugar de passar pelo Twitter e afogar com notícias ruins, eu subscrevo newsletters. Tendo menos conteúdo para ler me dá mais energia mental para digerir as últimas notícias.  

Como Slovic sugeriu, eu tento ler estórias sobre a influência nas pessoas. E quero saber como elas vivem e suas expectativas.  

Então eu olho para meios realísticos que eu possa ajudar dentro da minha janela de oportunidade, como fazer uma doação. E eu tento fazer tanto quanto possível. Eu sei que quanto mais eu espero, menos motivação eu terei.  

Por mais que tente, eu não tenho conseguido seguir estes passos o tempo todo. Tem sido um ano cansativo, com múltiplas crises.  

E por vezes tudo parece tão desesperador. Há tantas pessoas que foram despedidas durante a pandemia. Qual a diferença de mandar $20 para um desempregado?  

Mas isto importa.  

É igual vestir máscara; se no final da pandemia eu evitei de transmitir Covid para uma pessoa não é suficiente? Eu penso que eu tento fazer isso nesse texto - dizendo que um gesto pequeno é suficiente. Para lhe dizer que, se se sentir entorpecido, não estará sozinho. É uma reação normal e humana a tanta perda.  

Mas eu espero que agora você tenha melhor entendido como lidar melhor com esse sentimento.

[E a Contabilidade? Nós divulgamos números e isto muitas vezes impede que o usuário possa enxergar o sentimento. Válido para uma entidade do terceiro setor, mas também para uma empresa] 

Links

A psicologia secreta de certas marcas: cores dos tênis


Estamos sabotando nosso planeta: explicação da psicologia

O melhor modelo preditivo para Covid é o conjunto de modelos - sabedoria das multidões prevalecendo? 

Obra de Arte no Balanço


Uma obra de arte é sempre um problema para o contador. Sua mensuração é bastante subjetiva e questionável. Eis um caso interessante:

Um investidor da empresa MYP, de Cingapura, questionou sobre um item de "outros ativos". Depois do questionamento, a empresa reconheceu tratar-se da obra Monkey Train (Blue) (foto), de Jeff Koons. A obra, de 2007, foi reclassificada na contabilidade da empresa como "instalações e equipamentos". Esta reclassificação ocorreu em meados de 2020. 

No caso da MYP, a empresa estava bastante endividada e não paga dividendos desde 2015. Fazia sentido comprar uma obra de arte? Mais, a empresa não tinha experiência em investir em arte. O valor do ativo sofreu um aumento no seu "valor justo" graças a uma avaliação independente de um especialista em arte. O valor da obra é relativamente pequeno em relação ao ativo da empresa, menos de 1%: algo em torno de 5 milhões de dólares. 

Este não foi o único caso de uma empresa comprando obra de arte. Em  2016 o cassino Wynn Macau comprou Tulips, uma escultura de Koons, por $34 milhões. A obra foi adquirida para ser exibida no cassino da empresa. Há outros exemplos: a Champion Technology Holdings comprara 1,1 bilhão de pedras preciosas, o que correspondia a mais de 90% do ativo da empresa. Em 2016 as pedras foram novamente avaliadas e uma amortização de quase todo seu valor foi realizada. 

rir é o melhor remédio



(Observação: meme apareceu no jogo Suíça e França. O torcedor da Suíça está desesperado, pois seu time está perdendo, na parte de cima. Embaixo, a Suíça empatou o jogo e venceu nos pênaltis e o mesmo torcedor está eufórico)

29 junho 2021

Links


20 momentos da cultura pop atual (inclui The Office, Netflix, GoT)

Toyata lidera entre as doações para eleições dos EUA

Mineração saiu bem da crise da pandemia (relatório da PwC)

Trabalhou no filme Fábrica de Chocolate (versão original) e é contador (foto)

Confiança na imprensa

Uma pesquisa da Reuters em diferentes países mostra a confiança da população na imprensa. Eis um resultado:

Nos países europeus do norte (exceto França, Grã-Bretanha e Áustria) a população acredita na imprensa. A confiança também é elevada nos três países africanos. Na América Latina, a imprensa brasileira é bem vista: a maioria respondeu que acredita na maior parte do tempo. A maior desconfiança: Estados Unidos. 


Periódicos Predatórios


Nos últimos anos tem aumentado o cerco dos periódicos predatórios. Estes periódicos enviam e-mails, insistem na publicação garantida e outras práticas. Segundo um levantamento recente, o número de periódicos predatórios é perto dos 15 mil. 


P. O que se entende ser periódico predatório? 
A Wikipedia fornece uma descrição curta como qualquer outra, com a adição de que raramente há revisão por pares: “A publicação predatória é um modelo de negócios de publicação acadêmica explorador que envolve a cobrança de taxas de publicação aos autores sem verificar a qualidade e legitimidade dos artigos, e sem fornecer serviços editoriais e editoriais que as revistas acadêmicas legítimas fornecem, acesso aberto ou não." 

P. Como você sabe se um diário é predatório? 
Indicadores comuns incluem alegações falsas de um fator de impacto, falta de informações / mentiras sobre o Conselho Editorial e promessas irreais de um rápida processo. 

P. O que acontece se você publicar em um diário predatório? 
Ele permanece publicado - a retração é altamente improvável e tentar republicar o artigo em um periódico legítimo só agravará o problema ao violar as diretrizes de ética da publicação. 

P. O que é um periódico predatório, um periódico publicado pela Internet? 
Os periódicos predatórios começaram a vida aproveitando a publicação on-line e o modelo de acesso aberto - ambas as coisas foram simplesmente combinadas para criar as circunstâncias certas para a evolução dos periódicos predatórios. 

P. Por que os periódicos predatórios são ruins? 
Os periódicos predatórios não verificam a validade ou a precisão das pesquisas enviadas, mas as apresentam como se tivessem. Como resultado, a ciência inútil, a propaganda e a pesquisa falsificada podem aparecer e ser acessadas por outros acadêmicos e pelo público em geral, causando confusão e danos potenciais a quem adota essa pesquisa para outro fim. 

P. O PLOS ONE é predatório? 
Não, de jeito nenhum. O PLOS ONE, como muitos dos chamados "mega-jornais", publica um grande número de artigos com base em uma revisão por pares que, no entanto, verifica a validade e a precisão dos artigos de pesquisa enviados. 

P. Como você pode detectar e evitar periódicos predatórios? 
Pesquise o tópico e use as muitas diretrizes fornecidas pelas bibliotecas universitárias em todo o mundo. Você também pode usar Critérios próprios de Cabells usa para identificá-los para inclusão em seus Relatórios predatórios banco de dados. 

P Quantos periódicos predatórios existem? 
Atualmente, existem 14.647 periódicos listados no banco de dados de Relatórios Predatórios da Cabells. 

 P. Qual é o sinal de aviso de que um diário ou editor é predatório? 
Além dos indicadores comuns listados acima, outros sinais mais superficiais podem incluir gramática / ortografia ruins, cobertura muito ampla de um tópico ou solicitação de envios de artigos com bajulação excessiva em e-mails de spam.

Fundos ESG: enganação?

Os fundos de investimentos com o carimbo ESG - resumo de ambiente, social e governança - estão populares. Mas existe um persistente questionamento de que os fundos são mais propaganda do que uma realidade. Há uma informação de que estes fundos correspondem a 16 trilhões de dólares somente nos Estados Unidos.  Muitos dos fundos somente mudaram de nome, acrescentando um "sustentável", "verde" ou outro termo, sem mudar suas participações em ações. 

 Eis um comparativo interessante entre dois fundos. Do lado esquerdo, um fundo ESG, com uma taxa de 0,25%. Do lado direito, um fundo normal, com uma taxa de 0,09%. Os principais investimentos dos dois fundos estão apresentados na tabela.  

Fonte: aqui 

Rir é o melhor remédio

 

Trabalhar em um Call Center

28 junho 2021

Quando a natureza torna-se viral...


via aqui

Capital Humano


“Poderiam tirar de mim as minhas fábricas, queimar os meus prédios. Mas, se me deixarem ficar com as minhas pessoas, eu construirei outra vez todos os meus negócios”. Esta é uma frase atribuída a Henry Ford que muito explica sobre a importância das pessoas nas organizações. 

É certo que a transformação dos negócios, sobretudo os que assentam sobre pilares de transacionalidade de baixo valor acrescentado, têm vindo a criar significativos impactos nas tarefas desempenhadas pelas pessoas nas organizações. Vivemos com essa tendência desde que conhecemos organizações empresariais. Com dimensões diferentes e processos de adaptação diferentes consoante os períodos a que nos referimos, mas desde a primeira revolução industrial que assim é. Sobretudo quando a adoção de novas tecnologias é contemporânea do estádio de maturidade dos produtos ou serviços prestados no mercado.  

Por isso, quando o nível de automatização é elevado num setor cujo mercado se transforma deixando de atribuir o mesmo valor aos bens ou serviços transacionados, começa a surgir o espectro da redução do número de pessoas necessárias para manter um adequado nível de resposta à procura.  

Porém, esta perspetiva tende a ser redutora, uma vez que, sobretudo na prestação de serviços, a capacidade de geração de valor a partir do mesmo mercado, está fortemente dependente da formulação da estratégia da empresa, onde o capital humano existente na organização se assume como central, explorando todas as suas dimensões: na vertente operacional e de relacionamento com os clientes, na vertente de planeamento e controlo de gestão e na vertente criativa (de investigação e desenvolvimento da oferta aportando o valor da inovação e da diferenciação).  

A capacidade que as organizações têm de gerir o seu capital humano de forma integrada, e com políticas de gestão e de desenvolvimento de pessoas no longo prazo, é determinante para assegurar o seu futuro. Como consequência, uma gestão de pessoas bem sucedida contribui ativamente para a formação de capital estrutural da empresa: conhecimento, métodos de trabalho, organização, interação intra-grupo e inter-equipas. O resultado de pessoas que sabem do negócio, que interiorizam a cultura da transmissão e partilha de conhecimento, que sabem para onde caminham porque conhecem os objetivos e a estratégia da sua organização, reflete-se no bottom-line.  

O resultado da conta de exploração é consequência do que as pessoas são capazes de fazer. Do seu talento, do seu esforço e da sua motivação. Está bem de ver que o balanço, como situação patrimonial da empresa é, na sua maior fatia, o resultado do capital estrutural acumulado ao longo do tempo em que a participação de cada pessoa contou positivamente.  

Não acredito em pessoas inúteis na geração de capital estrutural. Por isso, os líderes de equipas na organização têm de ser gestores efetivos de pessoas, o que está muito longe de acontecer em tantas organizações.  

Acredito antes que, se conseguirmos explicar às pessoas os problemas e lhes pedirmos o seu contributo para apresentarem as soluções, motivar-se-ão para agir. Nesse preciso momento, passam a imprescindíveis na geração de resultados.

(Fonte: Capital Humano, Jornal Econômico, Pedro Gouveia Alves). Foto: aqui

Papel dos auditores


O artigo a seguir foi escrito para o Jornal de Negócios, de Portugal. Seu autor, Virgílio Macedo, atua na Ordem do Revisores Oficiais de Contas. Sua visão é bem tradicional, que o auditor não é responsável pelos casos de fraudes. Isto seria papel da governança. Mas aonde fica o usuário. 

O papel dos auditores 

Existe muita informação contraditória relativamente ao papel que os auditores desempenham na verificação das contas. De certa forma, os auditores acabam por ser um alvo fácil, sobretudo em casos que envolvem algum mediatismo, sendo muitas vezes conveniente atribuir responsabilidades que estes manifestamente não têm. Com efeito, impõe-se esclarecer as suas funções, nomeadamente as responsabilidades que têm e não têm. 

A função de auditar as contas de uma empresa é de enorme responsabilidade, pelo que tem de ser desempenhada por profissionais altamente qualificados e sem qualquer ligação à entidade auditada, de forma a garantir a isenção, fiabilidade e idoneidade dos resultados dessa mesma entidade e que as demonstrações financeiras estão de acordo com a legislação em vigor.  

O acesso à profissão de auditoria é bastante exigente e obedece a um conjunto de regras e critérios, sendo que o candidato a auditor tem de preencher requisitos académicos e de idoneidade, bem como realizar com sucesso o exame de admissão à Ordem dos Revisores Oficiais de Contas (OROC). Acresce que à OROC compete, entre outras atribuições e sem prejuízo das competências de supervisão exercidas pela CMVM, regular o acesso e exercício da profissão, supervisionar a atividade de auditoria, e dar formação profissional aos seus membros.  

Na realização da auditoria, o auditor tem como finalidade obter uma segurança razoável e não absoluta, de que as demonstrações financeiras estão isentas de distorção material devido a fraude ou erro. O facto de esta certeza ser razoável e não absoluta, resulta de vários fatores, nomeadamente: (i) da natureza do relato financeiro, uma vez que implica sempre um julgamento da gerência, envolvendo muitas vezes avaliações subjetivas e uma variedade de interpretações aceitáveis; (ii) da natureza dos procedimentos de auditoria tendo em conta que a capacidade que o auditor tem para obter prova encontra limites na informação prestada pela gerência, os esquemas de fraude podem ser altamente sofisticados e uma auditoria não é uma investigação criminal; (iii) e da necessidade de a auditoria ser conduzida num período de tempo e com um custos razoáveis. 

Ora, tudo o que diga respeito a distorções materiais que resultem de fraude exige uma atuação legal que está fora das competências do auditor. Numa primeira fase, quem tem a responsabilidade pelo reporte isento de fraude ou irregularidade é a gerência e os encarregados da governação da entidade a ser auditada.  [grifo do blog]

A qualidade de uma auditoria dependerá sempre de um conhecimento amplo e profundo da entidade a ser auditada, devendo o auditor ter a perceção adequada da arquitetura da organização e das atividades desenvolvidas.  

Fica, pois, claro, que a função do revisor oficial de contas é fundamental na contribuição para a credibilização e transparência da informação financeira e na defesa intransigente do interesse público.

Foto: aqui

TRWG


A Fundação IFRS lançou uma nova página em seu site, que contém informações e resumos de reuniões relacionados ao echnical Readiness Working Group (TRWG, algo como Grupo de Trabalho sobre Prontidão Técnica). 

O TRWG é presidido pela Fundação IFRS e inclui participantes do Climate Disclosure Standard Board, Financial Stability Board's Task Force on Climate-related Financial Disclosures, IASB, Value Reporting Foundation e Fórum Econômico Mundial. A IOSCO e a IPSASB são observadoras de reuniões relacionadas à revisão de observações e propostas técnicas. 

Além disso, o TRWG trabalha com a Global Reporting Initiative e o CDP em questões técnicas. O TRWG realizará três tipos de reuniões: estratégica, operacional e técnica e de trabalho. Os resumos das reuniões de 5 de maio de 2021, 17 de maio de 2021 e 9 de junho de 2021 estão agora disponíveis. 

Para mais informações, consulte o Página TRWG no site do IASB.

Fonte: aqui. Foto: Shahadat Rahman

Rir é o melhor remédio

 

Segunda e café. Vale a pena dar uma olhada em outras ilustrações de Guilia Rosa

27 junho 2021

Jargão

Muitas vezes, na discussão em torno da comunicação acadêmica, vemos pedidos para os autores escreverem em linguagem mais clara e minimizarem o uso de jargões. Embora eu entenda a motivação por trás disso, querendo que não especialistas sejam capazes de entender a pesquisa, para mim ela trabalha contra o principal objetivo do trabalho de pesquisa publicado - servir como uma conversa de alto nível entre especialistas. Um trabalho de pesquisa deve assumir algum nível de conhecimento prévio; caso contrário, por exemplo, um biólogo molecular teria que iniciar cada artigo com uma explicação da estrutura do DNA e transformar cada relatório de pesquisa em um livro didático. 

Explicar seus resultados de uma maneira bastante simples que qualquer pessoa que não seja versada em campo é uma coisa muito boa para poder fazer, mas não é uma habilidade fácil de entender (é por isso que valorizamos tanto os comunicadores científicos eficazes como Carl Sagan ou Neil DeGrasse Tyson). E, como na maioria das sugestões sobre como mudar a maneira como a pesquisa é relatada, é melhor pensar em termos de coisas novas serem aditivas, em vez de substituídas. Pode-se adicionar um "resumo do leigo" a um artigo sem denegrir o valor que o documento oferece ao especialista?

Independentemente disso, um amigo enviou recentemente o glorioso vídeo cheio de jargões abaixo. Não tenho ideia do que ele está vendendo, mas parece ótimo!  
 (Fonte: aqui)

Brasil no ranking da competitividade


O IMD World Competitiveness Center divulgou o ranking anual dos países. Analisando 65 economias, a organização, com sede na Suíça, classificou a própria Suíça no primeiro lugar do ranking, seguido da Suécia, Dinamarca e Cingapura

A Suíça assume a liderança depois de ocupar o 3º lugar no ano passado com destaque para os resultados no investimento internacional e no emprego. Já a subida de quatro lugares da Suécia (2º) deve-se sobre tudo à melhoria da sua economia a nível doméstico e ao emprego, enquanto a Dinamarca (3º) desceu um lugar, devido à queda na avaliação da competitividade na eficiência do governo, apesar do bom desempenho na eficiência empresarial.

A classificação do Brasil (57o.) ficou prejudicada pelo desempenho do Governo (62o.), embora a eficiência dos negócios tenha obtido uma colocação melhor: 49o. 

Curiosidade: Hong Kong, que ocupava a primeira posição em 2017, caiu para 2o nos dois anos seguintes e agora está em 7o. 

App espião

Uma reportagem do Wall Stree Journal  (via aqui) sobre a Premise mostra um lado interessante de um app para coletar informações para empresas e até governos. A empresa possui 600 mil colaboradores em 43 países, incluindo Iraque, Síria e Iêmen, mas também o Brasil (vide mapa)

O colaborador da empresa tem que executar algumas tarefas, como estrutura física de um determinado local (prédios e torres de celulares, por exemplo), número de caixas eletrônicos existentes, entre outros. Um colaborador recebe um determinado número de tarefas para fazer durante o dia, pelo qual ele é remunerado. Pode ser solicitado fazer fotografias e encaminhar para a Premise, que repassa para o contratante. 

Curso dos Bilionários


Dos cem bilionários da lista da Forbes, 16 são graduados economia 

Economia foi o curso superior mais comum entre os cem bilionários mais ricos do mundo, segundo o Match College, sendo Harvard a universidade mais comum no currículo dos superricos. O estudo foi baseado na lista de Bilionários do Mundo da Forbes e complementado com pesquisas sobre a formação acadêmica dos bilionários. Os resultados, porém, devem ser acompanhados de duas ressalvas importantes, mas não há dúvidas de que a formação em economia fornece recursos úteis para aqueles que estão a caminho de ganhar US$ 1 bilhão. 

A primeira ressalva é que correlação não significa causalidade. O curso de economia permitiu que essas pessoas se tornassem bilionárias? Ou as pessoas com a ambição de se tornarem bilionárias escolheram o curso porque ele parecia mais adequado para esse fim? Talvez essas pessoas teriam sido bem-sucedidas se tivessem feito qualquer outro curso, ou talvez a escolha da graduação tenha sido pouco relevante para seu sucesso. 

Harvard foi a universidade de graduação mais comum para os bilionários da amostra, e novamente devemos perguntar: a educação em Harvard foi importante para que essas pessoas se tornassem bilionárias? Ou são as pessoas com cérebro e determinação para se tornarem bilionárias que são facilmente admitidas para estudarem em Harvard?  

A segunda ressalva é que devemos ser cautelosos com conclusões baseadas em números pequenos. Dos cem bilionários da lista, 16 cursaram economia. Todos os anos, cerca de 39 mil pessoas obtêm diplomas de economia nos EUA e muito mais no exterior, então provavelmente há alguns milhões de pessoas no mundo dos negócios que se formaram em economia. Dezesseis delas se tornaram os cem bilionários. Grande coisa. É provavelmente mais fácil do que ganhar na loteria, mas continua sendo um tiro no escuro.  

Um diploma de economia é útil para as pessoas no caminho de se tornarem bilionárias? Aqui, o estudo encontra terreno firme. Economistas aprendem sobre competição, que faz parte da análise de oferta e demanda.  

Nas aulas, os alunos aprendem não só que produtos competem com outros produtos semelhantes, mas também que competem com produtos diferentes que podem servir ao mesmo propósito. (Os telefones Android competem não apenas com iPhones, mas também com outros dispositivos que podem acessar a internet, tirar fotos e rodar jogos, por exemplo.) E todo produto compete com todos os outros produtos pela participação na carteira do comprador. Os telefones celulares competem com ingressos para shows e férias nos gastos do consumidor.  

O custo de oportunidade é outro conceito extremamente valioso que é ensinado na graduação em economia. O custo de uma atividade é o que você abre mão de fazer para realizá-la. Um empreendedor tem muitas ideias, mas não tem tempo suficiente para realizar todas. Uma atividade pode parecer barata em dólares, mas cara em termos de tempo gasto. Priorizar o tempo é ainda mais importante do que priorizar o dinheiro gasto na construção de um negócio.  

Incentivos são outra área da economia que os bilionários entendem. Os vendedores geralmente trabalham mais quando ganham comissão. Os clientes podem comprar mais quando há frete grátis. Um fornecedor pode demorar para pagar, a menos que receba um desconto. Os incentivos não são tudo, é claro. (Uma promoção de uísque escocês não vai convencer quem não bebe álcool a comprar.) Mas os incentivos são poderosos, ainda que não sejam onipotentes.  

Estudantes de economia também aprendem a pensar na margem. A maioria das decisões de negócios não são do tipo “tudo ou nada”, como “anunciar ou não”. Na verdade, o empresário pergunta: “Quanta receita um dólar adicional de publicidade traz?” Quanto produzirá um trabalhador adicional? Quanto é preciso cortar do preço para induzir mais uma venda? Isso leva naturalmente à sofisticada análise de dados que ajudou os empreendedores da Internet a ganhar seus bilhões.  

A maioria dos benefícios de saber economia para os empreendedores vem da microeconomia, o estudo de mercados específicos, em vez da macroeconomia, o estudo dos ciclos de negócios. Macroeconomia pode ser útil para investimentos (mas nem sempre), mas a microeconomia é o estudo para quem está abrindo um negócio –embora um pouco de macro também ajude.

Fonte: Aqui. Foto: aqui

Comentário: economia representa 16% e não sabemos os demais cursos. Então, associar a graduação com a riqueza pode ser inadequado. 

Links

Paris Hilton inaugurou o pornô da vingança (interessante que as pessoas "perdoaram" Spears mas não Hilton)

Covid pode ter iniciado em novembro de 2019 (e não no final de dezembro)

Warren Buffett deixa o Conselho da Fundação Bil e Melinda Gates


Rir é o melhor remédio

 

A Internet pode ser uma moda passageira, um texto do Daily Mail de dezembro de 2000. (Fonte: e-mail diário da Bloomberg)

26 junho 2021

Atualização das normas contábeis internacionais


O site IASPlus, da Deloitte, fez um resumo das mudanças ocorridas recentemente nas normas emitidas pela Iasb. Isto inclui algumas pequenas revisões que estão sendo realizadas nos pronunciamentos já aprovado no passado. 

A apresentação do material é didática e será atualizada ao longo do tempo. Vale a pena dar uma olhada.

Preço do Bitcoin

 

Eis um gráfico interessante do New York Times (DealBook, 22 jun). O preço do Bitcoin aparece em queda quando usamos uma média diária de 50 dias. Esta seria uma possível tendência. Mas se usarmos uma média diária de 200 dias a tendência é claramente de crescimento no preço. E aí? 

Links


Os piores erros ao tomar uma decisão

Ascensão e queda da cultura online: ateísmo, feminismo, racismo ... (gráfico)

 Sobre a dificuldade de contagem do número real de mortos pela Covid (caso dos Estados Unidos)

Alguns alimentos processados são melhores (e mais saudáveis) que os alimentos naturais (leite e feijão, por exemplo)

A divertida história do maior falsificador de vinhos (o intrigante é como ele conseguiu capital para entrar na atividade...)

Our World Data torna-se referência em dados da pandemia


Nos primeiros meses da pandemia, o mundo não sabia em quem confiar. As informações diárias sobre a evolução da doença, o número de mortos e a taxa de contaminação, por país, era demais para ser absorvida por todos. O site Our World in Data, criado há dez anos, fez o papel de divulgar, didaticamente, estas informações. 

A história de uma organização sem fins lucrativos, que em março tinha seis funcionários, foi contada aqui. O site tem sido usado por empresas jornalísticas, organizações e políticos. 

(Teremos um site desse tipo para os dados contábeis das empresas?)