20 abril 2019
19 abril 2019
Venezuelanos ganhando com jogos
Com uma economia com hiperinflação e recessão profunda, os venezuelanos parece que encontraram no "gold farming" uma alternativa. Através dos videogames, os venezuelanos fazem tarefas repetitivas que produzem "moedas", que podem ser trocadas em dinheiro ou dólar. Um dos jogos preferidos é o Runescape, que não exige uma grande velocidade na internet e é gratuito para jogar. Em outubro de 2018 a Amazon, proprietária do jogo, deu inscrição gratuita para novos jogadores e 2/3 deles eram originários da Venezuela.
Recentemente a Venezuela sofreu com uma queda na energia. O preço de um item do jogo (gráfico) mudou substancialmente, reflexo da ausência da energia naquele país.
Fonte: Aqui
Recentemente a Venezuela sofreu com uma queda na energia. O preço de um item do jogo (gráfico) mudou substancialmente, reflexo da ausência da energia naquele país.
Fonte: Aqui
Fasb estuda norma de imposto
O Financial Accounting Standards Board (FASB), entidade que produz normas contábeis nos Estados Unidos, divulgou uma proposta de Atualização de Normas Contábeis (ASU) sobre a evidenciação da divulgação de imposto de renda. A divulgação ocorreu em março e o prazo para comentário termina no final de maio.
Esta norma incorpora as mudanças recentes na tributação dos Estados Unidos e esta foi a razão da mudança.
A proposta revisada da ASU (1) removeria as divulgações que não são mais consideradas custo-benefício ou relevantes e (2) adicionaria requisitos de divulgação identificados como relevantes para os usuários das demonstrações contábeis.
Esta norma incorpora as mudanças recentes na tributação dos Estados Unidos e esta foi a razão da mudança.
A proposta revisada da ASU (1) removeria as divulgações que não são mais consideradas custo-benefício ou relevantes e (2) adicionaria requisitos de divulgação identificados como relevantes para os usuários das demonstrações contábeis.
O que fazer entre a casa e o trabalho
O tempo que as pessoas gastam entre casa e o trabalho (ou a escola) geralmente parece chato e complicado. Uma forma de aliviar o problema da “dor do trajeto” é pensar no trabalho, fazendo plano para o dia, indica uma pesquisa (via Gerdeman, The Best Way to Cope With a Bad Commute).
Ao usar o tempo de viagem como uma oportunidade para entrar na mentalidade do trabalho, os funcionários estão dando a si mesmos a chance de mudarem mais facilmente do papel de casa para o trabalho, e isso faz com que as pessoas se sintam mais felizes com o trabalho.
Enquanto isso, fazer coisas relaxantes ou puramente prazerosas no caminho para o escritório, como ouvir música no carro ou percorrer a mídia social no trem, pode interferir na capacidade das pessoas de fazer a transição para o modo de trabalho sem problemas - o que as deixa mais desanimadas e mais propensas em abandonar seus empregos.
Ao usar o tempo de viagem como uma oportunidade para entrar na mentalidade do trabalho, os funcionários estão dando a si mesmos a chance de mudarem mais facilmente do papel de casa para o trabalho, e isso faz com que as pessoas se sintam mais felizes com o trabalho.
Enquanto isso, fazer coisas relaxantes ou puramente prazerosas no caminho para o escritório, como ouvir música no carro ou percorrer a mídia social no trem, pode interferir na capacidade das pessoas de fazer a transição para o modo de trabalho sem problemas - o que as deixa mais desanimadas e mais propensas em abandonar seus empregos.
Previsão: sem aprender com o erro
Yes, the market is expecting rate cuts (forward rate) but the market has been exactly wrong about everything for 10 years (and longer) first forecasting the recovery that never came, then forecasting much slower interest rate rises than actually happened. Survey expectations seem to match the forward curves well except perhaps at the very end.
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18 abril 2019
Para ser mais inteligente
No Quora, uma pergunta sobre como, em cinco minutos, ser mais inteligente. A resposta me agradou. Duas imagens que compartilho aqui:
Nos dias de hoje as pessoas sabem o preço de tudo, mas o valor de nada.
O segredo da criatividade é saber esconder suas fontes.
Nos dias de hoje as pessoas sabem o preço de tudo, mas o valor de nada.
O segredo da criatividade é saber esconder suas fontes.
Econometria é inútil!
Essa é opinião do pesquisador Marcos Lopez de Prado, eleito o Quant do ano de 2019 pelo Journal of Portfolio Management. Resumo dos 7 pontos que ele destaca:
Resumo da apresentação:
This presentation reviews the main reasons why investment strategies discovered through econometric methods fail. As a solution, it proposes the modernization of the statistical methods used by financial firms and academic authors.
López de Prado, Marcos, The 7 Reasons Most Econometric Investments Fail (April 16, 2019).
Nassimm Taleb ja fala isso há muito tempo: econometria é inútil.
- Most econometric analyses typically rely on structured datasets, whereas the most interesting datasets are unstructured. In other words, “econometric models effectively model uninteresting data.”
- Most econometric studies do not include methods to de-noise correlation matrices. As a result, “most econometric studies reach spurious conclusions, supported by noise, not signal.” Cross-sectional studies are particularly prone to classification errors .
- Econometric specifications attempt to adjudicate the variance of a random variable in-sample, but in-sample adjudication is rarely useful for strategy development. In general, “regression is the wrong tool for investing.”
- Many econometric methods require that the user simultaneously get the predictive variables and the functional form correct. Given the complexity of financial systems, these are unrealistic demands.
- At a statistical level of p = 0.05, most strategies are false. Suppose, for instance, that the probability of a backtested strategy being profitable is 1%. Then at standard thresholds of 5% significance and 80% power, users are expected to make 58 discoveries, where 50 are false positives. In other words, 86% of the discoveries will be false. In practice, the percentage is even higher, often nearly 100%, due to multiple testing, specification errors and arbitrage forces.
- Statistical models can be overfit in two ways: training set overfitting and testing set overfitting. The traditional econometric toolset fails to quantify, much less address these problems.
- Many researchers employing traditional econometric tools and models fail to understand the extent to which overfitting compromises financial strategies. This is because even with Sharpe ratios of, say, three or higher, selection bias and confirmation bias errors can lead to false positives, often with financially disastrous outcomes.
This presentation reviews the main reasons why investment strategies discovered through econometric methods fail. As a solution, it proposes the modernization of the statistical methods used by financial firms and academic authors.
López de Prado, Marcos, The 7 Reasons Most Econometric Investments Fail (April 16, 2019).
Nassimm Taleb ja fala isso há muito tempo: econometria é inútil.

17 abril 2019
Taxando as multis
As empresas multinacionais possuem diversos mecanismos para evitar ou reduzir os pagamentos de tributos. O Google transferiu, em 2017, 23 bilhões de dólares para as Bermudas, via uma empresa com sede na Holanda. Este é somente um exemplo.
Há um grupo de defende a tributação "unitária" das multinacionais. A taxa efetiva mínima de impostos seria estabelecida em todo mundo, o que reduziria o incentivo na utilização das transferências de recursos entre subsidiárias. E acabaria com a luta, entre países, para redução nas alíquotas.
Um dos problemas da proposta é como alocar a receita entre os países. Critérios como receita, número de empregados ou número de usuários poderiam ser usados. Esta discussão encontra-se detalhada em um artigo do Project Syndicate. Há uma certa simpatia pela medida por parte de alguns países da OCDE, que pretende padronizar algumas regras. Apesar disto, creio que a pressão das empresas e o interesse dos paraísos fiscais tornam inviável esta discussão; e muitos dos reguladores possuem vínculos com estas empresas.
Há um grupo de defende a tributação "unitária" das multinacionais. A taxa efetiva mínima de impostos seria estabelecida em todo mundo, o que reduziria o incentivo na utilização das transferências de recursos entre subsidiárias. E acabaria com a luta, entre países, para redução nas alíquotas.
Um dos problemas da proposta é como alocar a receita entre os países. Critérios como receita, número de empregados ou número de usuários poderiam ser usados. Esta discussão encontra-se detalhada em um artigo do Project Syndicate. Há uma certa simpatia pela medida por parte de alguns países da OCDE, que pretende padronizar algumas regras. Apesar disto, creio que a pressão das empresas e o interesse dos paraísos fiscais tornam inviável esta discussão; e muitos dos reguladores possuem vínculos com estas empresas.
Como sobreviver sem assinar periódicos
A Revista Fapesp apresenta uma discussão sobre as alternativas de obter um artigo sem possuir assinatura de periódicos. A parte interessante do texto é a figura abaixo, com algumas das estratégias possíveis:
Em muitos casos, um artigo pode ser obtido através de um download nas páginas de busca ou diretamente do periódico. Quando isto não funciona, uma possibilidade é obter uma versão anterior do texto; o problema é fazer a citação de um texto preliminar, que não é bem visto nos artigos científicos. Existem diversos caminhos alternativos, que inclui um site ilegal, como o Sci-Hub, cópia via torrent ou obter o texto através de amigos (ontem consegui um texto por este caminho). Outra alternativa é evitar citar as referências com acesso restrito; quando isto for possível é uma boa forma de protestar contra o abusivo preço cobrado pelas editoras.
As dicas do artigo podem realmente serem uteis. Não conhecia algumas delas e poderei usar em uma próxima oportunidade.
Auditoria do Banco Espírito Santo é punida
Em 2014, o banco português Espírito Santo apresentou uma série de problemas. Deste banco, foi criado o Novo Banco, que também não escapa das dificuldades de uma instituição financeira. Desde 2014, o papel dos gestores e dos auditores tem sido questionado.
Agora, o Banco de Portugal acusou a auditora do BES por informação incompleta e falsa, entre 11 de fevereiro a 30 de maio de 2014. Além da condenação da empresa de auditoria, a KPMG, dois auditores também foram condenados. A KPMG deve pagar um multa de 3 milhões de euros. Os dois auditores a uma multa de 825 mil euros, o que totaliza uma punição de 3,825 milhões de euros.
Agora, o Banco de Portugal acusou a auditora do BES por informação incompleta e falsa, entre 11 de fevereiro a 30 de maio de 2014. Além da condenação da empresa de auditoria, a KPMG, dois auditores também foram condenados. A KPMG deve pagar um multa de 3 milhões de euros. Os dois auditores a uma multa de 825 mil euros, o que totaliza uma punição de 3,825 milhões de euros.
Custo da construção de igrejas góticas em Paris
Marginal Revolution escavou uma dissertação de Amy Denning (com 20 páginas!!) que mostra o custo da construção de igrejas góticas entre 1100 a 1250. Segundo a tese, em média 21,5% da economia regional de Paris foi dedicada a construção das igrejas góticas (incluíndo Notre Dame), sendo 1,5% de custo da mão-de-obra implícita.
Denning trabalha com estimativas, mas indica na conclusão que os valores talvez sejam conservadores. Ela especula que o gasto excessivo com estas edificações tiveram os efeitos típicos de alocações ruins existentes em monopólios: crescimento ruim da economia, falha na inovação, recursos distribuídos de maneira inadequada, entre outros aspectos. Ela conclui o trabalho
Knowing the detrimental effects that resource misallocation has on economies, I stipulate that the costs of the ecclesiastical building campaigns could have added several hundred years to the Dark Ages
Denning trabalha com estimativas, mas indica na conclusão que os valores talvez sejam conservadores. Ela especula que o gasto excessivo com estas edificações tiveram os efeitos típicos de alocações ruins existentes em monopólios: crescimento ruim da economia, falha na inovação, recursos distribuídos de maneira inadequada, entre outros aspectos. Ela conclui o trabalho
Knowing the detrimental effects that resource misallocation has on economies, I stipulate that the costs of the ecclesiastical building campaigns could have added several hundred years to the Dark Ages
16 abril 2019
Em 2024 a Índia será o pais mais populoso do mundo
O gráfico mostra a história da população de seis países do mundo. Há muitos anos a China é o país mais populoso do mundo. Em 1750, 28% da população mundial, ou 225 milhões de pessoas, tinha nascido na China.
Com base nas projeções atuais, em 2024 a Índia deverá ser o país mais populoso do mundo. Deve atingir a 1,6 bilhão de pessoas. A Nigéria poderá ser o terceiro país mais populoso da Terra a partir de 2050.
Com base nas projeções atuais, em 2024 a Índia deverá ser o país mais populoso do mundo. Deve atingir a 1,6 bilhão de pessoas. A Nigéria poderá ser o terceiro país mais populoso da Terra a partir de 2050.
Notre Dame 3
Qual a razão de ficarmos horrorizados com um incêndio como Notre Dame? Quartz lembrou com precisão escritora crota Slavenka Drakulić
We expect people to die. We count on our own lives to end. The destruction of a monument to civilization is something else. The bridge, in all its beauty and grace, was built to outlive us; it was an attempt to grasp eternity. Because it was the product of both individual creative and collective experience, it transcended our individual destiny. A dead woman is one of us—but the bridge is all of us, forever.
We expect people to die. We count on our own lives to end. The destruction of a monument to civilization is something else. The bridge, in all its beauty and grace, was built to outlive us; it was an attempt to grasp eternity. Because it was the product of both individual creative and collective experience, it transcended our individual destiny. A dead woman is one of us—but the bridge is all of us, forever.
Notre Dame 2
Uma visão otimista do incêndio de Notre Dame:
A destruição da catedral de Notre Dame é lamentável. Um ícone maravilhoso foi em grande parte destruído pelo fogo. No entanto, não devemos nos desesperar.
Parte da razão pela qual essa perda é tão perturbadora é porque estamos imersos em um modo de pensar ocidental que iguala a autenticidade à preservação dos materiais originais usados para criar um objeto ou edifício.
Mas nem todas as sociedades pensam assim. Alguns têm noções bem diferentes do que é autêntico. Construções icônicas como o Palácio de Catarina na Rússia e os monumentos históricos do Japão da Antiga Nara foram restaurados com sucesso, às vezes após grandes danos, e hoje são apreciados por milhões de pessoas. (...)
a autenticidade de um edifício é determinada em relação à sua localização e configuração, uso e função, espírito e sentimento, bem como forma e materiais. (...)
Outra maneira seria restaurar a estrutura de maneira semelhante à do palácio de Catarina I, em que um olho não treinado tem dificuldade em distinguir entre as partes antiga e nova da estrutura. Dada a extensão do dano, esta seria a abordagem mais esteticamente agradável e menos dissonante.
Ao contrário de outros lugares de profundo significado cultural, que podem ser destruídos para sempre devido ao desenvolvimento comercial, a Notre Dame pode ser reconstruída. Com a tecnologia moderna, é totalmente possível que a catedral seja recriada com precisão aproximada ao original. Podemos fazer isso e manter o espírito e sentimento do prédio anterior.
A destruição da catedral de Notre Dame é lamentável. Um ícone maravilhoso foi em grande parte destruído pelo fogo. No entanto, não devemos nos desesperar.
Parte da razão pela qual essa perda é tão perturbadora é porque estamos imersos em um modo de pensar ocidental que iguala a autenticidade à preservação dos materiais originais usados para criar um objeto ou edifício.
Mas nem todas as sociedades pensam assim. Alguns têm noções bem diferentes do que é autêntico. Construções icônicas como o Palácio de Catarina na Rússia e os monumentos históricos do Japão da Antiga Nara foram restaurados com sucesso, às vezes após grandes danos, e hoje são apreciados por milhões de pessoas. (...)
a autenticidade de um edifício é determinada em relação à sua localização e configuração, uso e função, espírito e sentimento, bem como forma e materiais. (...)
Outra maneira seria restaurar a estrutura de maneira semelhante à do palácio de Catarina I, em que um olho não treinado tem dificuldade em distinguir entre as partes antiga e nova da estrutura. Dada a extensão do dano, esta seria a abordagem mais esteticamente agradável e menos dissonante.
Ao contrário de outros lugares de profundo significado cultural, que podem ser destruídos para sempre devido ao desenvolvimento comercial, a Notre Dame pode ser reconstruída. Com a tecnologia moderna, é totalmente possível que a catedral seja recriada com precisão aproximada ao original. Podemos fazer isso e manter o espírito e sentimento do prédio anterior.
Notre Dame
- A discussão contábil sobre o incêndio em Notre Dame passa pelo conceito de heritage asset e sua mensuração
- A estimativa do custo de reposição irá depender das decisões sobre restaurar ou replicar e o nível de detalhe na reconstrução do prédio.
O incêndio que atingiu a Catedral de Notre Dame deve ter chocado o leitor deste blog. Como nosso lema é “débitos e créditos da vida real”, fiquei na obrigação de escrever algo sobre o fato, sob a ótica contábil. Vamos cometar dois conceitos importantes: heritage asset e custo de reposição.
A contabilidade estuda edíficios como a Catedral de forma aprofunda há muitos anos e o termo usado é “heritage asset”. Este tipo de ativo fornece uma contribuição para sociedade, para uma nação, podendo ser um ativo físico, como a catedral, ou uma herança cultural intangível. Sabemos que um ativo como este possui um valor. A grande dificuldade da contabilidade é mensurar o quanto vale. Os métodos existentes não conseguem captar plenamente o “valor” de um heritage asset e seriam muito mais uma aproximação do seu valor real.
O incêndio destruiu um ativo. Mas certamente não sabemos o que isto representa em termos de unidade monetária. Uma das formas de mensurar é fazer uma estimativa de quantas pessoas visitavam este local e o que significava para a economia do local este turismo. Parece lógico e simples, mas isto não diz muita coisa sobre o valor; no caso de Notre Dame, “talvez” o incêndio possa atrair mais turistas que antes. (Aqui uma informação sobre as doações para reconstruir o prédio) Se isto ocorrer, a mensuração deveria indicar que ocorreu uma valorização contábil, o que não faz sentido.
Outro aspecto importante, também sobre a ótica contábil, é o conceito de custo de reposição (mas não o de custo corrente). O custo de reposição lida com a necessidade de reconstruir o local, da forma mais próxima ao que existia anteriormente. Certamente será esta a decisão dos franceses (mas não foi esta a decisão com respeito as torres gêmeas do 11 de setembro), o que implica no cálculo da reposição. Isto parece simples, mas o rigor na reposição pode afetar o montante que a França irá desembolsar para reconstruir Notre Dame. A decisão entre restaurar ou replicar o que existia mudará o valor da reposição. Se incluir os ativos portáteis também.
Um olhar sobre tragédias similares, como o incêndio do Palácio de Catarina (destruído pelos nazistas), o templo Toda-ji (restaurado no século XIX), o Museu Nacional, o Palácio de Inverno Russo e a Catedral de York, pode ajudar a entender um pouco o significado do incêndio em Notre Dame. Talvez não.
Queda no dinamismo dos négocios: 10 fatos
Queda do dinamismo dos négocios nos EUA
1. Market concentration has risen.
2.Average markups have increased.
3.Average profits have increased.
4.The labor share of output has gone down.
5.The rise in market concentration and the fall in labor share are positively associated.
6.The labor productivity gap between frontier and laggard firms has widened.


7.Firm entry rate has declined.
8.The share of young firms in economic activity has declined.
9.Job reallocation has slowed down.
10.The dispersion of firm growth has decreased
Ufuk Akcigit and Sina T. Ates
NBER Working Paper No. 25755April 2019
1. Market concentration has risen.

2.Average markups have increased.

3.Average profits have increased.

4.The labor share of output has gone down.

5.The rise in market concentration and the fall in labor share are positively associated.

6.The labor productivity gap between frontier and laggard firms has widened.


7.Firm entry rate has declined.

8.The share of young firms in economic activity has declined.

9.Job reallocation has slowed down.

10.The dispersion of firm growth has decreased

NBER Working Paper No. 25755April 2019
15 abril 2019
Palmas para Grant Thornton
Em 2014 a Grant Thornton apresentou problemas na inspeção realizada pelo PCAOB em 65% dos trabalhos fiscalizados de 2012. Era o pior desempenho entre as empresas de auditoria.Agora, em relatório de março, o PCAOB informou que inspeciou 34 auditorias de 2017 realizadas pela Grant Thornton. E encontrou problemas em 6 delas. Isto representa 18% de deficiência. É a primeira vez que uma empresa apresenta um índice abaixo de 20% desde 2019.
Danske, Parte 2
- Descobriu que o maior banco da Dinamarca, o Danske, estava envolvido em lavagem de dinheiro através da filial da Estônia
- A investigação também atingiu o Deutsche Bank, o Swedbank e, agora, a empresa de auditoria EY
- As autoridades acusam a EY de ter falhado na comunicação do problema.
O Danske Bank, instituição financeira da Dinamarca, está envolvido em um escândalo relacionado com lavagem de dinheiro (aqui um resumo publicado no Blog). Na sexta passada, as autoridades da Dinamarca comunicaram que estão investigando a qualidade do trabalho da auditoria do banco. A investigação também está sendo realizada nos Estados Unidos, Estônia (de onde o banco foi “expulso”), França e Grã-Bretanha. Os pagamentos realizados na filial da Estônia, entre 2007 a 2015, para pessoas da Rússia e outras localidades do leste europeu, parece ter incomodado.
A EY foi a empresa responsável pela auditoria do Danske até 2015, quando a Deloitte assumiu a função. A empresa de auditoria não teria feito seu papel, tendo falhado na comunicação com as autoridades. A EY sabia do problema. A questão parece que sobrou também para a KPMG, que auditou o Kobenhavns Andelskasse, também usado para lavagem de dinheiro.
Mas existem críticas para as autoridades reguladoras, tanto da Dinamarca quanto da Estônia, que demoraram a reagir ao escândalo. As denúncias também alcançaram o Deutsche Bank e o Swedbank. Por sinal, o banco sueco contratou a EY para ajudar no trabalho de investigação, mas cancelou o contrato diante da pressão pelo fato da auditoria estar envolvida no escândalo, via Danske.
Responsabilidade e Autoridade
É muito comum um argumento onde um gestor afirma não ter responsabilidade por determinado ato. Um dos princípios da gestão é que você delega tarefas, nunca a responsabilidade. Eis uma frase sobre alguns problemas que foram descobertos em cartórios em São Paulo:
“Também foi desconsiderado para os fins da aplicação da multa que o gerenciamento administrativo do cartório não era feito pelo Tabelião Archimedes, mas por seu substituto. Portanto, jamais poderia ser responsabilizado pela alegada falta de repasses ao Estado. Além disso, o laudo apresenta falhas na apuração dos valores, tendo sido superficial”.
Observe o "jamais" na frase, contrário a tudo que se tem na questão da não delegação de responsabilidade.
“Também foi desconsiderado para os fins da aplicação da multa que o gerenciamento administrativo do cartório não era feito pelo Tabelião Archimedes, mas por seu substituto. Portanto, jamais poderia ser responsabilizado pela alegada falta de repasses ao Estado. Além disso, o laudo apresenta falhas na apuração dos valores, tendo sido superficial”.
Observe o "jamais" na frase, contrário a tudo que se tem na questão da não delegação de responsabilidade.
14 abril 2019
História da Contabilidade: Revista da Associação dos Guarda-Livros 7
Uma das poucas vezes onde a questão próxima do mercado de trabalho dos Guarda-Livros é discutida na sua Revista ocorreu no número 11 de 1874. Ali, em um artigo assinado por José Frederico de Freitas Junior, há uma defesa aos que foram formados no Instituto Commercial. Freitas Jr defende que o titulado tenha preferência na contratação de emprego público:
(Revista da Associação dos Guarda-Livros, ed. 11, 1874, p. 6).
(Revista da Associação dos Guarda-Livros, ed. 11, 1874, p. 6).
História da Contabilidade: Revista da Associação dos Guarda-Livros 6
Um dos números da Revista da Associação dos Guarda-Livros (ed 10, 1875, p. 8, seção variada) (imagem ao lado) é possível notar a maneira como a mulher era considerada naquela época. A notícia é sobre a mulher na contabilidade:
Aqueles que tem viajado a Europa e America do Norte sabem que papel consideravel representa a mulher no commercio, na industria e nas artes. No commercio sobretudo, a mulher tornou-se precioso auxilio para o marido negociante, porque encontra n´ella o mais fiel e zeloso empregado, quer ella se ocupe da venda dos artefactos, quer se empregue na comptabilidade, quando sabe escripturação. (...)
Inspirados n´esta ideia a Camara do commercio de Pariz facilitou ás mulheres o conhecimento da escripturação commercial, e há um anno abrio uma aula nocturna, a qual tem produzido excellentes resultados, segundo lemos em um jornal que temos á vista. [conforme grafia original]
E aí a Revista narra o caso de uma escola que existe em Paris. Para concluir:
Amantes do progresso como somos, applaudimos ao exito da aula da contabilidade para as mulheres e sentimos que a educação da mulher no Brazil não seja encaminhada para este ramo de industria, pois muitas moças que vegetam em trabalho ingrato, e porventura á mingua dos trabalhos a que se dedidam, vão engrossar as fileiras do vicio, encontrariam nesta profissão senão feliz futuro, certamente honesto e vantajoso meio de vida.
(Confesso que ainda não entendi direito se o redator defende a possibilidade da mulher da contabilidade ou não).
Aqueles que tem viajado a Europa e America do Norte sabem que papel consideravel representa a mulher no commercio, na industria e nas artes. No commercio sobretudo, a mulher tornou-se precioso auxilio para o marido negociante, porque encontra n´ella o mais fiel e zeloso empregado, quer ella se ocupe da venda dos artefactos, quer se empregue na comptabilidade, quando sabe escripturação. (...)
Inspirados n´esta ideia a Camara do commercio de Pariz facilitou ás mulheres o conhecimento da escripturação commercial, e há um anno abrio uma aula nocturna, a qual tem produzido excellentes resultados, segundo lemos em um jornal que temos á vista. [conforme grafia original]
E aí a Revista narra o caso de uma escola que existe em Paris. Para concluir:
Amantes do progresso como somos, applaudimos ao exito da aula da contabilidade para as mulheres e sentimos que a educação da mulher no Brazil não seja encaminhada para este ramo de industria, pois muitas moças que vegetam em trabalho ingrato, e porventura á mingua dos trabalhos a que se dedidam, vão engrossar as fileiras do vicio, encontrariam nesta profissão senão feliz futuro, certamente honesto e vantajoso meio de vida.
(Confesso que ainda não entendi direito se o redator defende a possibilidade da mulher da contabilidade ou não).
História da contabilidade: Revista da Associação dos Guarda-livros 5
Os mais antigos devem saber o que é cabedal. Uma pesquisa no dicionário revela que o termo equivale a posse materiais, bens, riqueza, patrimônio.
No código de comércio de 1850, no seu artigo 800 (isto mesmo), afirma que uma quebra será considerada com culpa quando entre a data do último balanço e a falência, existirem obrigações diretas que represente o "dobro do seu cabedal apurado nesse balanço".
No número 2 da edição de 1875 da Revista da Associação dos Guarda-Livros, Lucas Faria já alertava para os dois significados da palavra cabedal:
Assim, o termo pode representar dois conceitos distintos na contabilidade. Mais adiante Lucas Faria esclarece que cabedal é sinônimo de ativo:
No código de comércio de 1850, no seu artigo 800 (isto mesmo), afirma que uma quebra será considerada com culpa quando entre a data do último balanço e a falência, existirem obrigações diretas que represente o "dobro do seu cabedal apurado nesse balanço".
No número 2 da edição de 1875 da Revista da Associação dos Guarda-Livros, Lucas Faria já alertava para os dois significados da palavra cabedal:
Assim, o termo pode representar dois conceitos distintos na contabilidade. Mais adiante Lucas Faria esclarece que cabedal é sinônimo de ativo:
História da Contabilidade: Revista da Associação dos Guarda-livros - 4
Há duas semanas comentamos sobre a Revista da Associação dos Guarda-livros (aqui, aqui e aqui). Infelizmente a leitura da Revista, disponibilizada na Hemeroteca da Biblioteca Nacional, não modifica muito o que já sabemos sobre a história da contabilidade no Brasil. Isto por dois motivos. Em primeiro lugar, a revista teve uma duração relativamente pequena: dois anos ou doze números. Isto corresponde a 96 páginas, já que cada número tinha 8 páginas. O segundo ponto é que o conteúdo das páginas estava muito focado em uma longa discussão sobre a crise de 1864 e a transcrição das assembleias da Associação onde o assunto foi tratado.
Um aspecto importante é que a Revista teve uma duração de dois anos e três meses quando se conta os três números da Revista Mercantil. Em dezembro de 1875, na primeira página do número 12, a revista anuncia que estaria quitando sua dívida com os assinantes. E que a partir de janeiro de 1876 passaria a chamar Revista Mercantil. A ideia seria focar nos assuntos mercantis, deixando o registro das atas da Associação em segundo plano. Nos últimos números de 1875 já era perceptível uma "crise" na revista, com mudanças regulares na tipografia responsável pela impressão e no formato do periódico. A Revista da Associação passou a admitir textos de "humor", poemas e o registro das atas ficaram mais sucintos.
Um aspecto curioso é que em um dos números é revelado o número de assinantes da revista: 22. Mesmo sabendo que o público alfabetizado era reduzido no Brasil daquele período, este número realmente é pequeno. Além disto, parecia que a Revista tinha dificuldade em encontrar textos para serem publicados, já que em diversos números o editor apela para que os profissionais ajudassem também encaminhando artigos.
Em termos de assunto, uma olhada nos 24 números da revista revela pouco assunto contábil. Um ou outro artigo onde algo é comentado.
A figura mostra o último número da revista. Na parte final, a assinatura da diretoria da Associação. É possível perceber que alguns dos colaboradores usuais da revista, como Lucas Faria, já não constava desta relação.
Um aspecto importante é que a Revista teve uma duração de dois anos e três meses quando se conta os três números da Revista Mercantil. Em dezembro de 1875, na primeira página do número 12, a revista anuncia que estaria quitando sua dívida com os assinantes. E que a partir de janeiro de 1876 passaria a chamar Revista Mercantil. A ideia seria focar nos assuntos mercantis, deixando o registro das atas da Associação em segundo plano. Nos últimos números de 1875 já era perceptível uma "crise" na revista, com mudanças regulares na tipografia responsável pela impressão e no formato do periódico. A Revista da Associação passou a admitir textos de "humor", poemas e o registro das atas ficaram mais sucintos.
Um aspecto curioso é que em um dos números é revelado o número de assinantes da revista: 22. Mesmo sabendo que o público alfabetizado era reduzido no Brasil daquele período, este número realmente é pequeno. Além disto, parecia que a Revista tinha dificuldade em encontrar textos para serem publicados, já que em diversos números o editor apela para que os profissionais ajudassem também encaminhando artigos.
Em termos de assunto, uma olhada nos 24 números da revista revela pouco assunto contábil. Um ou outro artigo onde algo é comentado.
A figura mostra o último número da revista. Na parte final, a assinatura da diretoria da Associação. É possível perceber que alguns dos colaboradores usuais da revista, como Lucas Faria, já não constava desta relação.
Rir é o melhor remédio
E hoje nos preparamos para o início da última temporada de Game of Thrones!
Tive que cobrar uns favores e prometer outros tantos para que GoT tivesse a estréia adiada para abril, por ser niver da minha irmã Renata! \o/ Que presente maravilhoso, heim!? ;)
Tive que cobrar uns favores e prometer outros tantos para que GoT tivesse a estréia adiada para abril, por ser niver da minha irmã Renata! \o/ Que presente maravilhoso, heim!? ;)
13 abril 2019
Investimento público líquido
Pelo terceiro ano consecutivo, investimentos do governo geral (União, estados e municípios) não cobriram a depreciação do estoque de capital público, segundo o Tesouro Nacional

12 abril 2019
Disney+
Ontem, em uma reunião com investidores, a Disney anunciou oficialmente quais exatamente são os seus planos para o Disney+, o futuro serviço de streaming da empresa. A revelação de ontem foi completa, e mostrou todo o plano de conteúdos do serviço, a data de lançamento nos Estados Unidos e, de forma global, o preço da mensalidade e até mesmo o layout de como será o acesso ao Disney+. E, pelo jeito, os investidores gostaram bastante do que viram.
Após o anúncio ocorrido na noite de ontem, as ações da Disney na Bolsa de Nova York subiram 9%, deixando claro que os investidores acreditam que a Disney está no rumo certo com seus planos para o serviço de streaming, e que ela está pronta a competir de igual para igual com a Netflix, que hoje domina completamente esse mercado. Na manhã desta sexta-feira (12) o valor teve uma leve queda de 3,5%, para se estabilizar como a maior alta da empresa na última semana.
Para os acionistas, a grande questão era nem tanto o conteúdo que seria oferecido, mas o preço cobrado para se acessar esse conteúdo, e a Disney não desapontou ao anunciar que seu serviço teria uma mensalidade na metade do preço do que é cobrado hoje pela Netflix.
De acordo com o analista e ex-chefe de estratégia de marketing da Amazon Studios, Matthew Ball, o preço da Disney torna a empresa imediatamente competitiva porque não será uma despesa a mais para o público dos Estados Unidos, mas apenas uma mudança de como essas pessoas gastam seu dinheiro. Ball relembra que, segundo os últimos relatórios de padrões de compra, os consumidores do país gastam US$ 2,8 bilhões por ano alugando ou comprando DVDs e Blu-rays de filmes e animações da Disney, valor que, caso seja dividido pelo número de residências do último censo dos Estados Unidos, daria uma média de US$ 24 gastos por ano, por cada residência, em produtos Disney. Como não são literalmente todas as pessoas do país que compram ou alugam filmes da Disney, na prática o que irá acontecer é que, ao cobrar US$ 70 em uma assinatura anual para o Disney+, esses consumidores que já gastam comprando e alugando DVDs passarão rapidamente a assinar o serviço, o que deverá significar que, assim que lançar seu streaming, a Disney já possui de cara cerca 40 milhões de potenciais consumidores.
Apesar de possuir outros concorrentes que já estão ou que deverão entrar logo no setor — como a Apple, a Amazon, a Warner e a CBS —, tudo se desenha para que no futuro a principal disputa pela dominância do mercado de streaming seja entre a Disney e a Netflix. Por enquanto, a alta das ações da Disney mostram que investidores e consumidores acham justo o preço anunciado pela empresa e estão dispostos a assinar o Disney+, mas só poderemos saber se esses consumidores realmente irão se tornar clientes do serviço e que essa previsão está correta a partir de novembro.
Fonte: Aqui
Após o anúncio ocorrido na noite de ontem, as ações da Disney na Bolsa de Nova York subiram 9%, deixando claro que os investidores acreditam que a Disney está no rumo certo com seus planos para o serviço de streaming, e que ela está pronta a competir de igual para igual com a Netflix, que hoje domina completamente esse mercado. Na manhã desta sexta-feira (12) o valor teve uma leve queda de 3,5%, para se estabilizar como a maior alta da empresa na última semana.
Para os acionistas, a grande questão era nem tanto o conteúdo que seria oferecido, mas o preço cobrado para se acessar esse conteúdo, e a Disney não desapontou ao anunciar que seu serviço teria uma mensalidade na metade do preço do que é cobrado hoje pela Netflix.
De acordo com o analista e ex-chefe de estratégia de marketing da Amazon Studios, Matthew Ball, o preço da Disney torna a empresa imediatamente competitiva porque não será uma despesa a mais para o público dos Estados Unidos, mas apenas uma mudança de como essas pessoas gastam seu dinheiro. Ball relembra que, segundo os últimos relatórios de padrões de compra, os consumidores do país gastam US$ 2,8 bilhões por ano alugando ou comprando DVDs e Blu-rays de filmes e animações da Disney, valor que, caso seja dividido pelo número de residências do último censo dos Estados Unidos, daria uma média de US$ 24 gastos por ano, por cada residência, em produtos Disney. Como não são literalmente todas as pessoas do país que compram ou alugam filmes da Disney, na prática o que irá acontecer é que, ao cobrar US$ 70 em uma assinatura anual para o Disney+, esses consumidores que já gastam comprando e alugando DVDs passarão rapidamente a assinar o serviço, o que deverá significar que, assim que lançar seu streaming, a Disney já possui de cara cerca 40 milhões de potenciais consumidores.
Apesar de possuir outros concorrentes que já estão ou que deverão entrar logo no setor — como a Apple, a Amazon, a Warner e a CBS —, tudo se desenha para que no futuro a principal disputa pela dominância do mercado de streaming seja entre a Disney e a Netflix. Por enquanto, a alta das ações da Disney mostram que investidores e consumidores acham justo o preço anunciado pela empresa e estão dispostos a assinar o Disney+, mas só poderemos saber se esses consumidores realmente irão se tornar clientes do serviço e que essa previsão está correta a partir de novembro.
Fonte: Aqui
Investimento para filhos
Olha que legal o Felipe, do blog Contabilidade e Métodos Quantitativos, em uma ótima reportagem sobre pais investindo o dinheiro para garantir rendas para os filhos:
Ele aparece no minuto 2:07 e a participação termina no minuto 3:42.
Ele acrescentou nos comentários:
Ele aparece no minuto 2:07 e a participação termina no minuto 3:42.
Ele acrescentou nos comentários:
Eu fui o entrevistado. Lembrem sempre de questionar tudo sobre os produtos que te são oferecidos. Questione taxas, prazos etc. Alguns produtos, como previdência, têm benefício de dedução do imposto de renda. Isso deve ser levado em consideração, porém não aceite qualquer previdência, porque existem muitos produtos ruins, que te entregam pouco resultado, por causa das taxas altas. Ah, não esqueça também de sempre alocar com base no seu perfil de aceitação de risco. Use o tempo ao seu favor para diluir o risco de curto prazo!
Os números secretos da Uber: US$ 1 bi no Brasil, US$ 11 bi no mundo
Saiu na Exame:
A Uber deu entrada na noite desta quinta-feira em seu aguardado IPO e, com isso, a empresa de transporte por aplicativo divulgou números até então inéditos sobre sua operação, incluindo mais detalhes sobre o Brasil.
Já se sabia que o Brasil era o segundo maior mercado da Uber no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Com os números divulgados hoje, é possível ter uma dimensão melhor das operações da empresa por aqui.
No Brasil, a empresa faturou 959 milhões de dólares no ano passado, um crescimento de 115% em relação a 2017. A longo prazo, o crescimento é impressionante no país, com o faturamento subindo 406% em relação a 2016. No mundo, a Uber teve faturamento de 11,3 bilhões de dólares em 2018 (crescimento de 149% em relação a 2017 e 318% desde 2016).
O número de usuários no mundo fechou 2018 em 91 milhões e cresceu 35% em relação a 2017. A Uber tem mais de 22 milhões de usuários no Brasil e mais de 600 mil motoristas parceiros, estando presente em mais de 100 cidades.
A Uber chegou ao Brasil em 2014, inicialmente em São Paulo e Rio de Janeiro, para operar na Copa do Mundo de futebol daquele ano. No Brasil, as principais concorrentes são a brasileira 99 (comprada no ano passado pela chinesa Didi Chuxing) e a espanhola Cabify.
São Paulo também está entre os destaques do comunicado da empresa, estando entre as cinco maiores regiões metropolitanas onde a Uber opera. No ano passado, 24% do valor das corridas (sem descontar o percentual pago ao motorista) veio desta cinco regiões metropolitanas, que são, além de São Paulo, Los Angeles, Nova York, São Francisco e Londres.
Apesar de ser o segundo mercado da Uber no mundo, o Brasil ainda está longe dos Estados Unidos, país natal do serviço e que responde por mais de metade do faturamento da Uber no mundo. Em 2018, a empresa faturou 6 bilhões de dólares no país.
[...]
Mas embora tenha crescido na casa dos três dígitos nos últimos anos, a Uber acredita que ainda está longe de atingir o máximo de seu potencial. A empresa aponta que somente 2% da população nos 63 países em que opera usou seus serviços no último trimestre de 2018. “Apesar de termos crescido em uma escala incomparável, só estamos começando”, afirma a empresa no documento.
O problema é que o ritmo de crescimento está diminuindo, em vez de aumentar. O faturamento do último trimestre de 2018, de 2,97 bilhões de dólares, foi praticamente igual ao do trimestre anterior, de 2,94 bilhões. Ou seja, para conquistar os 98% da população que falta, a empresa precisará voltar a acelerar. O dinheiro da abertura de capital pode ser uma boa oportunidade. A questão é que uma nova frente de investimentos em marketing e em promoções dificultaria ainda mais um desafio crônico da companhia: ganhar dinheiro.
O caminho da empresa até o IPO não foi fácil. O documento divulgado nesta quinta-feira mostra que a Uber teve 6,8 bilhões de dólares de prejuízo entre 2014 e 2018. Algo comum entre startups, mas, ainda assim, uma perda maior até mesmo que a da varejista Amazon em seus primeiros anos. Nos primeiros 17 trimestres (ou quatro anos) de operação, a empresa fundada por Jeff Bezos teve prejuízo de 2,8 bilhões de dólares.
[...]
Mesmo após a abertura de capital, os desafios devem continuar. Os mercados de mobilidade pessoal, entrega de alimentos e logística para indústria são altamente competitivos, com rivais maduros, bem estabelecidos e com custos baixos em quase todos os grandes mercados da Uber.
Para se manter competitivo nesses mercados, a empresa corta as taxas de serviço e oferece incentivos aos motoristas e promoções aos consumidores. Assim, a empresa apresenta perdas significativas desde o início e não tem previsão de lucro.
“Esperamos que nossas despesas operacionais cresçam consideravelmente no futuro próximo e podemos não alcançar lucratividade”, escreveu a empresa.
O início dos processos para o IPO da Uber vem duas semanas depois de a Lyft, principal concorrente nos Estados Unidos, fazer sua oferta pública de ações. A Lyft foi a primeira de uma série de IPOs de empresas de tecnologia esperados para este ano. Mas desde o lançamento das ações, em 29 de março, a empresa vem vendo o valor dos papéis caírem dia após dia, com preocupação dos investidores sobre a potencial de lucratividade da empresa.
As ações da Lyft, inclusive, chegaram a seu menor patamar nesta quinta-feira, pressionadas pela proximidade do IPO da maior concorrente. A ação fechou o pregão a 60,12 dólares, quase 16,5% abaixo dos 72 dólares por ação da abertura de capital.
A Uber deve enfrentar os mesmos questionamentos e desconfiança dos investidores. Apesar do comunicado trazendo mais detalhes sobre as finanças da companhia, ainda não se sabe quanto custará uma ação da empresa: os números oficiais e o preço das ações devem ser divulgados somente no fim do mês, com a primeira oferta na bolsa vindo somente em maio.
A imprensa noticiou que a Uber espera arrecadar cerca de 10 bilhões de dólares com as ações lançadas no mercado, além de obter uma valorização de 90 a 100 bilhões de dólares, segundo o jornal Wall Street Journal. O jornal americano também aposta que as ações devem ficar entre 48 e 55 dólares.
Com o IPO, Uber e Lyft se lançam na corrida por usuários e investidores — mas ainda continuarão longe da corrida pelo lucro.
A Uber deu entrada na noite desta quinta-feira em seu aguardado IPO e, com isso, a empresa de transporte por aplicativo divulgou números até então inéditos sobre sua operação, incluindo mais detalhes sobre o Brasil.
Já se sabia que o Brasil era o segundo maior mercado da Uber no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Com os números divulgados hoje, é possível ter uma dimensão melhor das operações da empresa por aqui.
No Brasil, a empresa faturou 959 milhões de dólares no ano passado, um crescimento de 115% em relação a 2017. A longo prazo, o crescimento é impressionante no país, com o faturamento subindo 406% em relação a 2016. No mundo, a Uber teve faturamento de 11,3 bilhões de dólares em 2018 (crescimento de 149% em relação a 2017 e 318% desde 2016).
O número de usuários no mundo fechou 2018 em 91 milhões e cresceu 35% em relação a 2017. A Uber tem mais de 22 milhões de usuários no Brasil e mais de 600 mil motoristas parceiros, estando presente em mais de 100 cidades.
A Uber chegou ao Brasil em 2014, inicialmente em São Paulo e Rio de Janeiro, para operar na Copa do Mundo de futebol daquele ano. No Brasil, as principais concorrentes são a brasileira 99 (comprada no ano passado pela chinesa Didi Chuxing) e a espanhola Cabify.
São Paulo também está entre os destaques do comunicado da empresa, estando entre as cinco maiores regiões metropolitanas onde a Uber opera. No ano passado, 24% do valor das corridas (sem descontar o percentual pago ao motorista) veio desta cinco regiões metropolitanas, que são, além de São Paulo, Los Angeles, Nova York, São Francisco e Londres.
Apesar de ser o segundo mercado da Uber no mundo, o Brasil ainda está longe dos Estados Unidos, país natal do serviço e que responde por mais de metade do faturamento da Uber no mundo. Em 2018, a empresa faturou 6 bilhões de dólares no país.
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Mas embora tenha crescido na casa dos três dígitos nos últimos anos, a Uber acredita que ainda está longe de atingir o máximo de seu potencial. A empresa aponta que somente 2% da população nos 63 países em que opera usou seus serviços no último trimestre de 2018. “Apesar de termos crescido em uma escala incomparável, só estamos começando”, afirma a empresa no documento.
O problema é que o ritmo de crescimento está diminuindo, em vez de aumentar. O faturamento do último trimestre de 2018, de 2,97 bilhões de dólares, foi praticamente igual ao do trimestre anterior, de 2,94 bilhões. Ou seja, para conquistar os 98% da população que falta, a empresa precisará voltar a acelerar. O dinheiro da abertura de capital pode ser uma boa oportunidade. A questão é que uma nova frente de investimentos em marketing e em promoções dificultaria ainda mais um desafio crônico da companhia: ganhar dinheiro.
O caminho da empresa até o IPO não foi fácil. O documento divulgado nesta quinta-feira mostra que a Uber teve 6,8 bilhões de dólares de prejuízo entre 2014 e 2018. Algo comum entre startups, mas, ainda assim, uma perda maior até mesmo que a da varejista Amazon em seus primeiros anos. Nos primeiros 17 trimestres (ou quatro anos) de operação, a empresa fundada por Jeff Bezos teve prejuízo de 2,8 bilhões de dólares.
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Mesmo após a abertura de capital, os desafios devem continuar. Os mercados de mobilidade pessoal, entrega de alimentos e logística para indústria são altamente competitivos, com rivais maduros, bem estabelecidos e com custos baixos em quase todos os grandes mercados da Uber.
Para se manter competitivo nesses mercados, a empresa corta as taxas de serviço e oferece incentivos aos motoristas e promoções aos consumidores. Assim, a empresa apresenta perdas significativas desde o início e não tem previsão de lucro.
“Esperamos que nossas despesas operacionais cresçam consideravelmente no futuro próximo e podemos não alcançar lucratividade”, escreveu a empresa.
O início dos processos para o IPO da Uber vem duas semanas depois de a Lyft, principal concorrente nos Estados Unidos, fazer sua oferta pública de ações. A Lyft foi a primeira de uma série de IPOs de empresas de tecnologia esperados para este ano. Mas desde o lançamento das ações, em 29 de março, a empresa vem vendo o valor dos papéis caírem dia após dia, com preocupação dos investidores sobre a potencial de lucratividade da empresa.
As ações da Lyft, inclusive, chegaram a seu menor patamar nesta quinta-feira, pressionadas pela proximidade do IPO da maior concorrente. A ação fechou o pregão a 60,12 dólares, quase 16,5% abaixo dos 72 dólares por ação da abertura de capital.
A Uber deve enfrentar os mesmos questionamentos e desconfiança dos investidores. Apesar do comunicado trazendo mais detalhes sobre as finanças da companhia, ainda não se sabe quanto custará uma ação da empresa: os números oficiais e o preço das ações devem ser divulgados somente no fim do mês, com a primeira oferta na bolsa vindo somente em maio.
A imprensa noticiou que a Uber espera arrecadar cerca de 10 bilhões de dólares com as ações lançadas no mercado, além de obter uma valorização de 90 a 100 bilhões de dólares, segundo o jornal Wall Street Journal. O jornal americano também aposta que as ações devem ficar entre 48 e 55 dólares.
Com o IPO, Uber e Lyft se lançam na corrida por usuários e investidores — mas ainda continuarão longe da corrida pelo lucro.
11 abril 2019
Mais sobre a esposa do Ghosn
Via G1:
Carole Ghosn, mulher de Carlos Ghosn, está de volta ao Japão, onde deve ser ouvida pela Justiça na investigação sobre as suspeitas de fraudes que teriam sido cometidas pelo ex-presidente da aliança Nissan-Renault-Mitsubishi - informou seu advogado, François Zimeray, nesta quarta-feira (10).
Ela havia deixado o Japão no último fim de semana, depois da recente detenção do marido, afirmando que "se sentiu em perigo". Segundo diferentes jornais japoneses, porém, a Justiça queria interrogá-la.
[...]
De acordo com a agência de notícias Kyodo, o escritório do promotor de Tóquio suspeita que somas de dinheiro desviado teriam passado por uma empresa administrada por ela.
Carlos Ghosn foi preso em 4 de abril em Tóquio por novas suspeitas de crimes financeiros, um mês depois de ser libertado sob fiança.
Sua mulher, que estava presente quando foi preso, disse que voltou para a França, apesar de seu passaporte libanês ter sido confiscado pela polícia japonesa. Carole disse que usou seu outro passaporte, americano.
Carole Ghosn, mulher de Carlos Ghosn, está de volta ao Japão, onde deve ser ouvida pela Justiça na investigação sobre as suspeitas de fraudes que teriam sido cometidas pelo ex-presidente da aliança Nissan-Renault-Mitsubishi - informou seu advogado, François Zimeray, nesta quarta-feira (10).
Ela havia deixado o Japão no último fim de semana, depois da recente detenção do marido, afirmando que "se sentiu em perigo". Segundo diferentes jornais japoneses, porém, a Justiça queria interrogá-la.
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De acordo com a agência de notícias Kyodo, o escritório do promotor de Tóquio suspeita que somas de dinheiro desviado teriam passado por uma empresa administrada por ela.
Carlos Ghosn foi preso em 4 de abril em Tóquio por novas suspeitas de crimes financeiros, um mês depois de ser libertado sob fiança.
Sua mulher, que estava presente quando foi preso, disse que voltou para a França, apesar de seu passaporte libanês ter sido confiscado pela polícia japonesa. Carole disse que usou seu outro passaporte, americano.
TPM
Segundo o Google Analytics, 56% do nosso público é composto por mulheres. Esta é uma postagem "off topic", mas achei válida por demonstrar de uma forma bem sintetizada algo que acontece com a maioria de nós a cada ciclo menstrual. Haja fôlego!
09 abril 2019
Austeridade Fiscal: quando funciona?
[...]
At the moment the consensus among economists seems to be that governments need to approach any fiscal consolidation with caution since they risk disrupting economic growth or making a recession worse, and should take care to balance spending cuts with tax increases. This book argues this approach is a mistake.The authors think that the evidence of various austerity programmes over the last four decades suggests that the negative impact of economic austerity on growth has been exaggerated. While tax hikes can indeed be bad for the economy, cuts in public spending can actually boost economic growth, by increasing confidence among investors that spending is under control. What’s more, austerity is far from the “political kiss of death” that many people believe it to be – voters are willing to back a government with the “courage” to make difficult sacrifices to get a country’s house in order.
[...]

Fonte: aqui
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