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10 agosto 2008

Números da Abertura dos Jogos Olímpicos

Custo Estimado = 50 milhões de dólares
Espectadores = 91 mil
Participantes = 15 mil
Fogos = 30 mil
Minutos de música original = 110
Percussionistas = 2.008
Compositores = 18
Pessoas que assistiram na Televisão = 4 bilhões
Delegações = 204
Peso do Globo no final = 16 toneladas
Distância percorrida pela tocha = 85.127 milhas

Fonte: Staff and wire reports/The Opening Ceremony the numbers/The Washington Post/09/08/2008
Cansado de ver seu país perdendo medalhas? Estudos mostram que o sucesso nos jogos olímpicos depende de cinco fatores: população, renda per capita, vantangem dos jogos serem no país sede, uso de um sistema para identificar talentos (Austrália é o exemplo) e o sistema de governo do país. Os dois primeiros são mais importantes. Mas uma opção é concentrar em esportes que ninguém joga.

Tired of Olympic failure? Install a communist regime.

The cost of success; Is it worth trying to buy gold medals at the Olympics?
Financial Times - 09/08/2008 - Asia Ed1 - 06

Valor justo do passivo

A questão do uso do valor justo para avaliar o passivo e a conseqüência em termos de resultado (com a crise, reduz-se o passivo e aumenta o resultado):


Can a bank make more money by becoming less creditworthy? That is the curious conclusion to be drawn from an accounting quirk that has been a feature of recent results by several large UK banks.

Barclays and Royal Bank of Scotland this week reported hundreds of millions of pounds in gains on the carrying value of their own debt. These profits helped partly to offset the heavy losses the banks had suffered on complex debt securities. For RBS, the £812m gain on its debt helped to more than halve the reported pre-tax loss.

This strange accounting stems from the fact that, under the "fair value" convention in international accounting rules, banks must revalue assets and liabilities on their balance sheets at regular intervals and recognise the change in value in their profit and loss statement.

Fair value debt profits can be booked . . . for now - Peter Thal Larsen - 9 August 2008 - Financial Times - London Ed1 - 15

Compras por impulso

As compras de impulso — aquelas de última hora — parecem inofensivas, mas podem fazer um estrago no orçamento, especialmente em tempos de inflação. O descontrole encarece em 15%, em média, os gastos das famílias nos supermercados, alerta o consultor de varejo Marco Quintarelli. Por isso, especialistas recomendam dizer não às tentações, estejam na boca dos caixas ou nos corredores.

— As compras de última hora também ganham força quando as crianças vão ao supermercado com os pais. Os filhos decidem boa parte das compras, fazendo com que com que os pais saiam da sua lista — diz Quintarelli, que recomenda também não ir às compras antes do almoço. — Fazer compras com fome pode ser perigoso.

Tentações pesam no orçamento
O Globo - 09/08/2008 - 32

09 agosto 2008

Rir é o melhor remédio

ENTENDA O MERCADO DE AÇÕES !

Uma vez, num vilarejo, apareceu um homem anunciando aos aldeões que compraria macacos por $10 cada. Os aldeões sabendo que havia muitos macacos na região, foram à floresta e iniciaram a caça aos macacos. O homem comprou centenas de macacos a $10 e então os aldeões diminuíram seu esforço na caça. Aí, o homem anunciou que agora pagaria $20 por cada macaco e os aldeões renovaram seus esforços e foram novamente à caça.

Logo, os macacos foram escasseando cada vez mais e os aldeões foram desistindo da busca. A oferta aumentou para $25 e a quantidade de macacos ficou tão pequena que já não havia mais interesse na caça.

O homem então anunciou que agora compraria cada macaco por $50! Entretanto, como iria à cidade grande, deixaria seu assistente cuidando da compra dos macacos.

Na ausência do homem, seu assistente disse aos aldeões: "Olhe todos estes macacos na jaula que o homem comprou. Eu posso vender por $35 a vocês e quando o homem retornar da cidade, vocês podem vender-lhe por $50 cada."

Os aldeões, espertos, pegaram todas as suas economias e compraram todos os macacos do assistente.

Eles nunca mais viram o homem ou seu assistente, somente macacos por todos os lados.

Agora você entendeu como funciona o mercado de ações.


Enviado por Alexandre Alcântara (grato)

Impostos sobre lucro

O senador e candidato a presidência Barack Obama defendeu impostos sobre o "windfall profit". O jornal The Wall Street Journal pergunta: o que é windfall profit? (What Is a 'Windfall' Profit?, 04/08/2008, A12)

A proposta corresponde a uma taxação sobre os lucros inesperados das companhias de petróleo em razão da elevação do preço do petróleo. Duas questões mostram como é difícil estabelecer o que seria este lucro acima do esperado: usando o retorno sobre o patrimônio ou retorno sobre vendas?; e com base na evolução histórica ou no valor esperado ou comparando com outras empresas de outros setores?

Entretanto, a análise das demonstrações contábeis das empresas mostra que se o lucro é alto, os impostos atuais também atingiram níveis elevados. (Aqui uma postagem mostrando o exemplo da Exxon)

O texto da reportagem cita vários casos e exemplos para mostrar que a proposta talvez seja inviável (e populista).

E conclui:

It's what politicians do in Venezuela, not in a free country.

08 agosto 2008

Coisas que o dinheiro pode comprar

Iate por 300 milhões de dólares (comprador por Andrey Melnichenko, um milionário de 36 anos da Rússia.


Maison de L'Amitié, em Palm Beach, por 95 milhões de dólares, vendido por Donald Trump para Dmitry Rybolovlev.

Triptych, por 86 milhões de dólares, uma obra de arte de Francis Bacon, arrematada em leilão .

Um carro Ferrari 250 GT SWB California Spyder, de 1961, por 10,9 milhões, vendido para Chris Evans num leilão.

Uma camisa The Eaton Diamond, por 46 mil dólares.

Um sanduiche The Burger, por 200 dólares, da Burger King de Londres.

Uma fruta, Densuke Black Watermelon, por 6.100 dólares, que cresce somente no Japão

Um carro de 1935, Alfa Romeo 6C 2300 Pescara Spyder, por 1 milhão, que foi de Mussolini

Um apartamento no Penthouse at The Arch, por 28,8 milhões, com vista para o porto de Victoria, em Hong Kong.

A tela Le Bassin aux Nympheas, por 80,4 milhões, de Monet.

Um violino Guarnerius del Gesu por 3,9 milhões.

A Villa La Leopolda, construida pelo rei Leopoldo da Belgica, comprada por Roman Abramovich, por 500 milhões de dólares

Diamante Carat por 10,26 milhões.

Fonte: Aqui

Inflação e custo

Inflação já reduz margem de ganhos das empresas
Valor Econômico - 08/08/2008

A inflação começa a deixar marcas nos balanços das empresas, que mostram os efeitos de uma significativa pressão de custos nos resultados do segundo trimestre. As primeiras 69 sociedades anônimas não financeiras a publicar balanço registraram crescimento de apenas 1,8% no lucro líquido em relação ao mesmo período do ano passado. O aumento do resultado foi muito inferior ao do faturamento, que avançou 26,7% no período.A diferença entre o crescimento da receita e o do resultado final é explicada, principalmente, pela elevação de 30,8% no custo de produção dos itens vendidos. (...)

Os setores dependentes de commodities são os mais prejudicados pela inflação. No segmento de alimentos, o frigorífico JBS, maior produtor mundial de carne bovina, encerrou o segundo trimestre com margens em queda e prejuízo de R$ 364 milhões. A Perdigão sofreu com os preços mais altos de matérias-primas como milho e soja e arcou com alta de 97,4% nos custos de produção. A concorrente Sadia notou aumento de até 50% nos insumos agrícolas, mas conseguiu repassar parte dos custos e elevou o lucro em 9,6%.

Outra variável com impacto nos balanços foi o câmbio, que reduziu a receita de empresas exportadoras. Mas para as endividadas em moeda estrangeira, como a Braskem, o efeito foi positivo. A empresa fechou o período com dívida bruta 6% menor, em R$ 8,8 bilhões, e lucrou R$ 383 milhões, 36% superior ao do ano passado.O ganho financeiro de Braskem e Gerdau garantiu uma melhora geral no resultado financeiro da amostra de empresas . Entretanto, a dívida líquida das companhias subiu 26,5%, para fazer frente ao aumento da produção e aos investimentos.

1984



O projeto do governo de criar uma declaração pronta do Imposto de Renda Pessoa Física deve ser implantado aos poucos, sem que seja abandonado o sistema atual.

O diretor-presidente do Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados), Marcos Mazoni, informou que o órgão está desenvolvendo, junto com a Receita Federal, um sistema no qual o contribuinte já vai receber a sua declaração do Imposto de Renda pronta.

A previsão é que isso comece a funcionar dentro de dois anos. O trabalho se inspira no modelo que já existe no Chile.

Segundo Mazoni, o processo de adoção do sistema seria gradual, incorporando ao IR já pronto as informações sobre o contribuinte que já são fornecidas hoje via eletrônica para a Receita.

"Nós ainda teremos etapas que serão manuais até um processo natural de informatização da própria sociedade, das relações que os indivíduos têm com os cartórios. Essas integrações vão ocorrer na medida em que essas informatizações também vão acontecendo", disse.

Ele afirmou que objetivo não é impor uma declaração ao contribuinte, mas facilitar o preenchimento do documento para a Receita. No caso do modelo chileno, que está servindo de orientação, o contribuinte recebe a declaração, verifica os dados, faz as modificações necessárias e envia de volta para a Receita.

"Para todos é uma pré-informação. Alguns contribuintes vão dizer simplesmente ok, é isso mesmo. Outros vão agregar novas informações", afirmou. "Na verdade, ele tem facilitada sua declaração. Ele não é substituído pelo Fisco. Ele tem informações colocadas à sua disposição que ele confirma ou não (...)


Declaração pronta do Imposto de Renda deve conviver com modelo atual
Eduardo Cucolo - 07/08/2008 - FolhaNews

Prêmio Anefac

Na categoria de empresas fechadas as vencedoras de 2008 foram Refap, Alumínio Brasileiro (Albras), Alumina do Norte do Brasil (Alunorte), Eletronorte e Energisa Borborema. Entre as companhias abertas as vencedoras foram: Brasil Telecom, Cemig, Cesp, CSN, Embraer, Gerdau, Petrobras, Sabesp, Usiminas e Vale.

Com a nova lei contábil brasileira, a 11.635 [sic], que promove a convergência da norma brasileira para o padrão internacional, as companhias terão pela frente novos desafios para a elaboração de seus balanços, principalmente para as de médio porte. As principais dificuldades estão nas mudanças na forma de avaliar a vida econômica dos ativos imobilizados, o que demandará muito trabalho. "Mudam critérios de depreciação, prazo de vida útil dos bens e valor residual. Tudo isso tem impacto na apuração dos custos e das despesas", afirma o diretor da Anefac.

A Sabesp, que desde o início do prêmio, em 1997, só ficou fora da lista das vencedoras em 2007, ainda está avaliando quais serão as novas demandas para fazer a transição para o novo padrão brasileiro e para o internacional, o International Finance Reporting Standard (IFRS), conforme a representante da empresa, Liège Oliveira Ayub. "Ainda não terminamos de fazer a avaliação do que será necessário para atender as demandas da 11.638", diz. Conforme determinação da CVM, as companhias abertas terão que divulgar seus balanços em IFRS a partir de 2010.

(...) Entre os critérios de seleção do prêmio estão: qualidade e grau de informações contidas nas normas explicativas, qualidade do relatório da administração e sua consistência com as informações divulgadas, ressalvas no parecer dos auditores, divulgação de aspectos relevantes não exigidos legalmente, mas importantes para o negócio. Entre eles, fluxo de caixa, valor adicionado, balanço social, valor econômico agregado.

Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4 - 08/08/2008 - Lucia Rebouças
Anefac dá prêmio para 15 empresas

Gol suspende dividendos

A empresa Gol suspendeu o pagamento de dividendos para o resto do ano. Além disto, a empresa estará cancelando o leasing de sete aeronaves e oferecendo menos assentos em 2008 do que o previsto.

Fonte: Aqui

07 agosto 2008

Rir é o melhor remédio

O reclamante, cujo time foi derrotado na final da Libertadores, sentiu-se ofendido com matérias publicadas pelo jornal reclamado, que, segundo ele, ridicularizavam os torcedores, incitavam a violência e traziam propaganda enganosa.

(...) A pretensão é tão absurda que para afastá-la a sentença precisaria apenas de uma frase: "Meu Deus, a que ponto nós chegamos??!! !", ou "Eu não acredito!!!" ou uma simples grunhido: "hum, hum", seguido do dispositivo de improcedência.


Fonte: Aqui

Links

1) 50 anos do artigo de Franco Modigliani e Merton Miller que revolucionou as finanças

2) IASB propõe simplificar o cálculo do lucro por ação

3) O que falta para os Estados Unidos aceitarem a IFRS?

4) Estudo de caso de IFRS aplicado a futebol (português)

5) Um gráfico fantástico, com as medalhas olímpicas por país e ano

Efeito Matthew e Matilda em Ciências

Efeito Matthew diz respeito ao fato de que a contribuição de certos cientistas é valorizada mais do que o devido. Este termo foi criado por Robert Merton para descrever como cientistas eminentes quase sempre levam mais crédito que um pesquisador desconhecido, mesmo se o trabalho for similar.

Exemplo: John von Neumann é considerado o pai do computador, mas sua contribuição é residual.

Um corolário é o Efeito Matilda que afirma que o trabalho de uma mulher em ciência quase sempre é ignorado.

Mais, aqui

Brasil é credor dos Estados Unidos




O gráfico refere-se a posição de 2006, mas mostra que o Brasil é um dos investidores em títulos do governo norte-americano. Fonte: Aqui

As ruas mais caras do mundo



1. Avenue Princess Grace, Monaco — $17,750 per square foot. (FOTO)
2. Severn Road, Hong Kong — $11,200 per square foot.
3. Fifth Avenue, New York City — $7,500 per square foot.
4. Kensington Palace Gardens, London — $7,196 per square foot.
5. Avenue Montaigne, Paris — $5,046 per square foot.
6. Ostozhenka, Moscow — $3,738 per square foot
7. Via Suvretta, St. Moritz — $3,551 per square foot
8. Carolwood Drive, Beverly Hills — $2,803 per square foot
9. Wolseley Road, Sydney — $2,616 per square foot.
10. Altamount Road, Mumbai — $2,336 per square foot.
Fonte: Aqui

Passivo e Valor Justo 2

Um texto do Wall Street Journal (FASB's Lawyer Bonanza, 07/08/2008, A12) discute a adoção de uma avaliação mais avançada para os processos judiciais das empresas. O Fasb pretende mudar a norma para oferecer mais transparência. Entretanto, este é um assunto complicado, pois envolve uma opinião da empresa sobre as chances num processo. Em outras palavras, dependendo da forma como o passivo é reconhecido, isso pode aumentar o número de reclamações contra empresa e influenciar o julgamento.

Considere o exemplo de uma empresa que sofreu um processo de um consumidor contra seu produto. Como a empresa sabe as informações do seu produto (e da sua má qualidade) reconhecer a chance de perda pode ser usado no julgamento pelo reclamante. Além disto, outros consumidores seriam incentivados a entrar na justiça.

O texto cita o caso da Merck e Vioxx (vide o livro de Teoria da Contabilidade, p. 169 ou postagens anteriores, aqui). Como fazer este reconhecimento, diante das constantes mudanças ocorridas ao longo do processo?

A seguir o texto completo do WSJ:

Truth in advertising: This is an editorial about the Financial Accounting Standards Board. Keep reading anyway, because as with so much else these days you could end up paying.

FASB -- the rule-setter for green-eyeshades -- wants to require companies to account for the potential cost of ongoing litigation. While FASB says this would offer more transparency to the investing public, the real gift is to the trial lawyers, who will be able to use the information to extort settlements and influence jury verdicts.

Under the proposed change, a company facing a lawsuit would have to list on its financial statement its best-guess estimate of what that litigation could end up costing -- not just in attorney fees, but in any potential payout. For a company in high stakes litigation, that means showing its hand to plaintiffs attorneys, allowing them to gauge management's upper estimate of what the case is worth.

The effect will be to force corporate defendants to fight lawsuits with one hand tied behind their backs -- assuming the company can even figure the "fair value" of a lawsuit it has no idea if it will win or lose. Predicting the trajectory of complex, often multiyear litigation is inherently unscientific. As we saw with Merck and Vioxx, a company's stock price can jump or fall depending on jury verdicts whose results are impossible to predict.

Bad guesswork would also put a company at risk of more lawsuits. Estimate the possible liability too high, and the plaintiffs bar may extract more loot. Estimate too low and the company could get hit by shareholder suits questioning whether there was intent to mislead investors. Suddenly, every lawsuit against a corporation would contain its own downside and a secondary collateral risk. That gives trial lawyers added leverage to force premature settlements.

The proposed change is open for comment until tomorrow, and FASB has been getting an earful. Senior litigators from 13 companies, including Pfizer, General Electric, DuPont, Boeing and McDonald's have signed a letter to FASB Chairman Robert Herz, objecting to the plan. "Too often, lawsuits are filed for publicity or to pressure companies, only to be dropped later," they wrote, and trying to estimate the fair value of liabilities at the outset "would be both flawed and misleading."

All of which raises the question, why mess with the current system? Under existing rules, putting a number on the potential cost of a lawsuit is required only when the defendant believes it is "probable" it will lose the case. At that stage of the game, some knowledge and calculation from the trial can actually inform the judgment and provide a reasonable service to investors. Lawyers, accountants and corporations are all reasonably comfortable with the way things are.

Meantime, markets have proven to be aggressive watchdogs of litigation prospects. The mere threat of a suit can send a stock price tumbling, a tactic amply demonstrated by the plaintiffs bar in trying to extort settlements. Lawsuits are also disclosed in financial statements, just without the imaginary "fair value" number FASB now demands.

The folks at FASB are partisans of the idea that accounting can provide black and white answers. But all financial reporting is a bit of a wizard's game, trying to measure concepts that can be subjective and amorphous. By organizing a wealth transfer from corporations to trial lawyers, FASB is doing no favors to the investors it claims to represent.

Elogio ou crítica?

Aunque la esencia de esta disciplina se mantiene intacta desde hace cinco siglos, los cambios en el ámbito legal, hacen necesaria una obligada revisión por parte de las empresas que quieran sobrevivir


Nada nuevo bajo la contabilidad - El Economista - 6/08/2008 - GENERAL - Página 39

06 agosto 2008

Fotografias de Crianças 2


As fotografias dos gêmeos de Angelina Jolie e Brad Pitt renderam 14 milhões de dólares para o casal. A seguir, o ranking das fotos mais caras:

1. Angelina Jolie & Brad Pitt
Crianças: Knox & Vivienne
Revistas que pagaram: People & Hello! Magazine, 2008
Valor: $14 milhões

Fortuna de Angelina = 70 milhões de dólares
Fortuna de Brad = 150 milhões

O dinheiro foi doado para Jolie/Pitt Foundation

2. Jennifer Lopez & Marc Anthony
Crianças: Max & Emme
Revista: People magazine, 2008
Valor: $6 milhões

Fortuna de J-Lo = 110 milhões

3. Angelina Jolie & Brad Pitt
Criança: Shiloh
Revista: People Magazine, 2006
Valor: $4.1 milhões

Valor doado para instituições de caridade

4. Matthew McConaughey & Camila Alves
Criança: Levi Alves McConaughey
Revista: OK! Magazine, 2008
Valor: $3 milhões

5. Angelina Jolie & Brad Pitt
Criança: Pax Thien (adotado)
Revista: People magazine, 2007
Valor: $2 milhões

6. Anna Nicole Smith & Larry Birkhead
Criança: Dannielynn
Revista: OK! Magazine
Valor: $2 milhões

Riqueza de Anna Nicole= $450 milhões

7. Jessica Alba
Criança: Honor Marie
Revista: OK! Magazine, 2008
Valor = $1,5 milhões

Riqueza de Alba = 20 milhões por filme

8. Christina Aguilera & Jordan Bratman
Criança: Max.
Revista: People Magazine, 2008
Valor = 1,5 milhões

Riqueza de Aguilera = 60 milhões

9. Jamie Lynn Spears
Criança: Maddie Briann
Revista: OK! Magazine
Valor = 1 milhão

10. Nicole Richie & Joel Madden
Criança: Harlow Winter
Revista: People magazine, 2008
Valor: 1 milhão

Fortuna de Nicole: 2 milhões.

Fonte: Aqui

Lucro da Exxon

Um blog fez um interessante apanhado sobre o resultado da Exxon (empresa de petróleo, que no Brasil recebe a denominação de Esso).

O primeiro gráfico mostra o gasto de capital e exploração da empresa entre 2004 e 2008.



O segundo gráficos compara estes gastos com o lucro e os impostos para o primeiro semestre de 2008.



Enquanto isto, o volume de importação de petróleo pelos Estados Unidos continua superior a produção interna (gráfico abaixo)



O mesmo blog fez uma pesquisa no Google News com as seguintes palavras: "Exxon" e "record profits" e encontrou 511 resultados. Quando fez com as palavras "Exxon" e "record taxes" não encontrou nenhum resultado.

No Google a pesquisa com "Exxon" e "record profits" resultadou em 127 mil itens. Já com "Exxon" e "record taxes" teve 1,210 resultados, uma proporção de 105 para 1. Ou seja, o destaque das notícias é o lucro, não os impostos pagos.

A estimativa é que a empresa pague 40 bilhões de impostos em 2008 (gráfico)



A empresa irá pagar mais impostos este ano do que 50% das pessoas tributadas nos Estados Unidos.

Mas a tributação da empresa tem aumentado em outros países. Em 2005, 70% do lucro e dos impostos eram em outros países. Em 2006 71,4% dos lucros e 81% dos impostos ocorreram fora dos Estados Unidos.

Fonte, aqui, aqui, Aqui, aqui e aqui

Passado o otimismo

Conforme lembra o Wall Street Journal via CJR:

“desde a fusão, Alcatel-Lucent teve seis perdas trimestrais consecutivas e a capitalização foi cortada pela metade”.

Aqui uma reportagem em português mostrando a busca por um novo líder.

Liderança faz diferença?

Desde de que a história começou a prestar atenção aos grandes líderes (Ciro, Alexandre, Júlio César e demais) a liderança passou a ser considerada um fator de diferença numa empresa. Aqui discute o efeito do líder sobre o desempenho usando exemplo de técnicos de basquete, morte súbita de executivos em empresas dinamarquesas e contribuição de um líder para o crescimento. A conclusão: o líder faz diferença.

Os melhores livros de negócios

Uma listagem dos “melhores” é sempre polêmica. Aqui uma interessante: os melhores livros de negócios

25. The Wealth of Nations (Riqueza das Nações) Adam Smith - 1776
24. The Functions of the Executive - Chester I. Barnard – 1968
23. The Principles of Scientific Management - Frederick Winslow Taylor - 1911
22. The Human Side of Enterprise - Douglas McGregor - 1960
21. Strategy and Structure: Chapters in the History of the Industrial Enterprise - Alfred D. Chandler - 1962
20. Organizational Culture and Leadership - Edgar H. Stein - 1992
19. The Wisdom of Crowds: Why the Many Are Smarter Than the Few and How Collective Wisdom Shapes Business, Economies, Societies and Nations - James Surowieki - 2004
18. The World Is Flat: A Brief History of the Twenty-first Century - Thomas L Friedman - 2005
17. Barbarians at the Gate: The Fall of RJR Nabisco - Bryan Burrough & John Helyar - 1990
16. My Years with General Motors - Alfred P. Sloan, Jr. - 1963
15. The Fifth Discipline: The Art & Practice of the Learning Organization - Peter M. Senge - 1990
14. The E-Myth Revisited: Why Most Small Business Don’t Work and What to Do about It - Michael E. Gerber - 1985
13. The Tipping Point: How Little Things Can Make a Big Difference - Malcolm Gladwell - 2000
12. Competing for the Future - Gary Hamel & C.K. Prahalad - 1994
11. Good to Great: Why Some Companies Make the Leap…and Others Don’t
- Jim Collins - 2001
10. Out of the Crisis - W. Edwards Deming - 1982
9. Reengineering the Corporation: A Manifesto for Business Revolution - Michael Hammer & James Champy - 1993
8. Built to Last: Successful Habits of Visionary Companies - James C. Collins & Jerry I. Porras - 1994
7. The Practice of Management - Peter F. Drucker - 1954
6. Competitive Strategy: Techniques for Analyzing Industries and Competitors - Michael E. Porter - 1980
5. The 7 Habits of Highly Effective People: Powerful Lessons in Personal Change
Stephen R. Covey - 1989
4. The One-Minute Manager - Kenneth H. Blanchard and Spencer Johnson - 1981
3. How to Win Friends & Influence People - Dale Carnegie - 1937
2. The Innovator’s Dilemma: When New Technologies Cause Great Firms to Fail - Clayton M. Christensen - 1997
1. In Search of Excellence: Lessons from America’s Best-Run Companies - Thomas J. Peters and Robert H. Waterman, Jr. - 1982

Sources: Aqui

Predomina a lista livros dos últimos trinta anos. Ausências sentidas de Maquiavel, Fayol, Weber, Elton Mayo e alguém da área de finanças. Ou seja, uma lista com mais discordâncias do que reconhecimento não é uma boa lista.

Caixa na Apple

Um texto do Valor Econômico mostra a questão da razão de se manter dinheiro em caixa (vide Administração do Capital de Giro, Atlas, São Paulo) e também permite estudar a receita antecipada, um conceito da disciplina de contabilidade introdutória.

Os acionistas da Apple não têm muito do que se queixar, já que o preço da ação da companhia acumula uma valorização de 1.474% desde 2003. Mas se existe alguma reclamação, ela se refere à recusa da companhia em fazer qualquer coisa com os US$ 20,8 bilhões em dinheiro e investimentos de curto prazo que tem guardado. O dinheiro fica lá, rendendo pouco mais que uma conta poupança. "Nossa preferência é por manter um balanço patrimonial forte para preservar nossa flexibilidade", disse este ano a investidores o diretor financeiro da companhia, Peter Oppenheimer.

E a Apple vai ficar ainda mais flexível. Embora a empresa esteja acrescentando à conta cerca de US$ 1 bilhão em dinheiro todos os trimestres, analistas prevêem que o tesouro da companhia poderá crescer para quase US$ 30 bilhões no próximo anos, por causa das vendas vigorosas de computadores, iPods e iPhones. A empresa poderá muito bem superar a Microsoft, que tem US$ 23,7 bilhões em caixa.

"A Apple poderá ter US$ 40 bilhões no banco em dois anos", afirma o analista Gene Munster, do banco de investimento Piper Jaffray.

Esse grande acúmulo pode não ser óbvio para os investidores. Um dos motivos é a maneira como a Apple contabiliza das vendas do iPhone. A empresa lança na contabilidade a receita de cada iPhone sobre 24 meses porque os telefones são vendidos como parte de uma assinatura da AT&T e de outras companhias de telecomunicações. Mas a Apple recebe todo o dinheiro assim que um iPhone é comprado, de modo que ele entra no balanço bem antes das receitas aparecerem. Um segundo motivo é que a Apple parece estar conseguindo mais por iPhone vendido que os analistas esperavam. A AT&T e outras operadoras cobram dos clientes US$ 200 pelo modelo de entrada, mas alguns analistas estimam que as companhias de telecomunicações pagam entre US$ 500 e US$ 600 à Apple por telefone, pelo direito de cobrar taxas de serviços lucrativas dos usuários. (...)

Dinheiro no colchão cria oportunidades para a Apple
Valor Econômico - 06/08/2008 (Grifo meu)

05 agosto 2008

Links


1) Homens e mulheres possuem comportamentos diferentes

2) Nova pintura de Van Gogh

3) Qual a pior forma de morrer

4) Propagandas da Coca-Cola

5) Dean Baker questiona a celebração por parte da imprensa para o baixo crescimento do Brasil.

The Economist e Olimpíadas

A revista The Economist de 31 de julho de 2008 traz uma série de reportagens sobre Olimpíadas e Esportes.

Em Fairly Safe, discute-se a questão do doping. Para a revista, a esta questão está relacionada com a segurança – que faz sentido – e a justiça (ou igualdade) entre os atletas, que já não é tão defensável.

Já em Beijing blues relembra a vinculação entre a Olimpíada e arte. O momento olímpico também pode servir para exposição de artistas, mostrando que o evento também pode ser um acontecimento cultural.

No texto The way we were a revista analisa os Jogos de Roma, em 1960. O texto lembra que estes jogos significa uma nova era nos jogos, com um avanço na questão racial e sexual

Em China before the Olympics a revista afirma que a China tentará mostrar o lado melhor dos jogos, mas não se pode esperar uma mudança drástica no autoritarismo.

Fun, Games and Money mostra a evolução da China nas Olimpíadas, desde a primeira participação, em 1932, com Liu Changchun. O gráfico mostra o desempenho da China em medalhas de ouro. A possível vitória nos jogos de Pequim não será uma surpresa.



(Para visualizar melhor esta e as outras figuras basta clicar sobre elas)

Mas o texto lembra que os jogos estão associados aos negócios. Fabricantes de roupas de esportes, federações, patrocinadores e potenciais ganhadores têm interesse nos jogos.

Os padrocinadores, com a Kodak, Coca-Cola ou Lenovo pagaram 866 milhões em dinheiro, produtos e serviços. Mas são mais de 60 empresas que estão patrocinando os jogos.
Mas a globalização não ocorre somente nos jogos olímpicos, lembra a reportagem. Nove dos vintes clubes de futebol da English Premier League eram de propriedade de investidores estrangeiros.

A integração internacional no esporte é lembrada no Mercado de trabalho. Os jogadores brasileiros, conforme lembra a revista, participam de ligas das ilhas Faroe até o Vietnam.

O dinheiro está na figura que mostra que no último ano Tiger Woods ganhou 127 milhões de dólares.



Já o texto How do you view? o foco é na imprensa. A ESPN, que começou em 1979, é um exemplo da influencia do esporte. O programa “SportsCenter” é gravado em 13 versões fora dos Estados Unidos. Os esportes mais populares possuem um grande poder de barganha já que a multiplicação de opções torna mais difícil conseguir grandes audiências. A Olimpíada é um exemplo de situação onde a atenção pode estar centralizada num único evento, a exemplo do que ocorre na Copa do Mundo, cita a revista.

A receita das principais ligas da Europa encontra-se na figura a seguir.



Já o texto Go Aigo é um estudo de caso da empresa chinesa Aigo, que patrocina a McLaren de Lewis Hamilton. Já Chunnis on the tree mostra que nem sempre o patrocino é para render fama e fortuna.

Local heroes mostra que mesmo no beisebol, um esporte tipicamente estadunidense, a presence de heróis de vários locais do mundo é significativa. O gráfico mostra a situação da liga inglesa (futebol), do hóquei, do baseball e do basquete.



Mesmo em países pobres, como a África, o fenômeno se repete. O gráfico mostra o número de jogadores domestico na Copa da África é uma exceção hoje (em 2008) em relação a 1998.



For the joy of it trata dos problemas dos escandalos das drogas. Apesar disto, esportes ainda são populares.

Sponsorship form trata do uso de esporte para fins de promoção comercial para empresas. A figura abaixo mostra acordos comerciais entre patrocinadores (sponsor) e objeto sujeito a patrocínio, além do tempo. Assim, Tiger Woods irá receber 100 milhões da Nike por um acordo de 5 anos. Isso é pouco perto do patrocínio da Adidas para os jogos de Londres: 200 milhões por cinco anos também.



Segundo uma estimativa da WPP o gasto no ultimo ano com propaganda será de 450 bilhões de dólares. O problema deste gasto é como mensurar o seu retorno.

Comunicação verbal

Segundo texto de David McCann (What a CFO Doesn't Say Can Hurt, CFO Magazine) pesquisa mostrou que durante as conferências onde as empresas anunciam os resultados, os executivos, involuntariamente, emitem dicas não verbais que informam, aos analistas e investidores, mais do que eles pretendem.

Esta pesquisa, denominada de "The Power of Voice: Managerial Affective States and Future Firm Performance" e conduzida por dois professors de contabilidade da Duke University (William Mayew e Mohan Venkatachalam), mostra que sinais não verbais, como entonação na voz, rapidez, volume e inflexão, além da forma como as palavras são pronunciadas, comunicam sentimentos e verdades.

Usando uma tecnologia de interpretação da voz, os pesquisadores determinaram se o executive apresentava um estado emocional positivo ou negativo.

Additionally, the professors calculated that 27 percent of executives who exhibit lower levels of negative emotion missed their earnings target in the next quarter. Those with higher levels of negative emotion missed 38 percent of the time.
Negative affective states also predict downward moves in stock returns over the following nine months. An investor who purchased stock in companies whose executives spoke with low negative emotion, and sold stock in companies whose executives spoke with high negative emotion, would earn a risk-adjusted return of about 9 percent over 180 days. Doing the opposite would result in a 9 percent loss.

No correlation is found between positive affective states and future performance, however.

On average, executives' non-verbal vocal cues are positive 10 percent of the time during earnings calls and negative 17 percent of the time, the research finds. (…)
Previous research has shown that negative words or pessimism in media reports and earnings press releases predict future stock returns, and that increased activity on popular Internet message boards correlates to return volatility, according to the paper. And several studies have shown that the tone of a person's voice leaks information about emotional states that is not revealed by verbal content or facial expressions.


Achei muito interessante a pesquisa. Nos últimos anos tenho dedicado parte da minha carreira acadêmica em estudar, de forma não convencional, situações onde o processo de comunicação pode exercer influência ou ser influenciado pelo desempenho da empresa. Relatórios de Administração e Fatos Relevantes, que são textos (e não números) podem emitir mensagens importantes sobre o desempenho da empresa. Acho que o estudo da conferência para imprensa (a exemplo da General Motors postada aqui) pode ser interessante para entender o processo de comunicação de uma empresa.
Agora, esta pesquisa abre uma outra perspectiva ao focar na comunicação verbal.

Terceiro setor

Uma reportagem interessante sobre a contabilidade do terceiro setor na Singapura.

Segundo o Straits Times (One set of accounting rules for all charities?, Theresa Tan, 5 de agosto de 2008) está sendo proposto uma compilação das normas contábeis para as entidades do terceiro setor (charities), condensando os vários documentos existentes.

Uma das propostas é redefinir o tamanho da entidade. Atualmente as entidades são classificadas pelo lucro. Faz sentido?

Não seria um erro de tradução (income) pois uma notícia próxima (Accounting standards proposed for charities, Lee U-Wen, 5/8/2008) foi publicada no Business Times Singapore. Veja o trecho:

Among the key proposals is the use of a charity's income or expenditure as a basis to determine its size. Currently, charities are classified as large and non-large charities based on their annual income. Those with an income of $10 million and above are defined as large.

04 agosto 2008

Arte e tecnologia


Este endereço mostra quadros clássicos modificados para incluir aspectos da modernidade. A figura ao lado mostra Mona Lisa, de Leonardo Da Vinci, usando um iPod.

Subsídio a Gasolina

Segundo o New York Time (The Cost of Oil Subsidies, 1/08/2008, Late Edition – Final, 18) diversos países do mundo estão subsidiando o combustível, evitando que o aumento no preço do petróleo chegue as bombas de gasolina. O lado perservo disto é que a população mundial não está respondendo ao preço mais elevado da energia, o que incentiva o preço a permanecer no patamar atual e impede de medidas de economia sejam adotadas. Além disto, o subsídio pode aumentar a demanda de petróleo, como está ocorrendo na China (mais 400 mil barris por dia de 2007 para 2008). O valor do subsídio pode chegar a 40 bilhões de dólares na China.

Como o número de países que está usando o subsídio é elevado, a previsão é uma redução na demanda de petróleo dos países ricos em 1%, mas um aumento nos países em desenvolvimento em 3%.

Vale quanto pesa?

Ian Wright (em Help companies tackle their weight problem , Financial Times, 30/07/2008) destaca o problema da complexidade e tamanho das demonstrações contábeis. Talvez a solução passe pela redução da evidenciação. Mas o que reduzir? Qual informação é necessária? Existe uma melhor forma de comunicar uma informação?

Mesmo quando os relatórios são apresentados de forma digital o problema do volume de informação não desaparece. Para os contadores, segundo Wright, o problema começa com as regras exigidas pelos órgãos reguladores. Padrões contábeis com mais de 2.700 páginas são comuns em países desenvolvidos. Para os investidores, o aumento no volume de informação torna mais difícil encontrar um dado especifico dentro da demonstração contábil.

Valor Justo x Custo Histórico

Inicia-se um movimento na SEC para que a aplicação dos critérios de avaliação sejam aplicados de maneira uniforme, de forma a coibir a aplicação das duas medidas ao mesmo tempo.

Um possível solução para o conflito seria um proncunciamento do FASB no sentido de indicar qual deve ser o critério de avaliação a ser adotado por cada segmento econômico.


Fonte: Alexandre Alcantara

GM 3

Zac Bissonnnette (How does General Motors CEO Richard Wagoner still have a job?) pergunta qual a razão de Wagoner, atual presidente e CEO da General Motors, ainda continuar no cargo.

Apresenta alguns dados interessantes, mas destaco o preço da ação, que caiu de $60 para 11,07. Além disto, conforme a Merril Lynch, a falência da GM não é impossível.

Wagoner recebeu, em 2007, 14 milhões de dólares, ou 41% a mais que em 2006.

Na conferência para os analistas, Wagoner não compareceu. Nesta conferência, Frederick A. Henderson mostra que “claramente a operação da América Latina está gerando caixa” e que este caixa está sendo repatriado para os Estados Unidos. A questão do caixa, por sinal, foi muito debatida nesta conferência, mostrando a preocupação com a incapacidade da empresa em gerar caixa.

Heidi Moore (Is General Motors Fixable?) apresenta pontos positivos e negativos sobre o futuro da GM

GM 2

Em A Few Quick Facts about General Motors, David Gaffen lista alguns fatos relacionados com o prejuízo de 15 bilhóes de dólares da empresa:

• $15.471 bilhões: prejuízo da GM num trimestre
• $11.68 bilhões: lucro da ExxonMobil no trimestre
• $6.267 bilhões: A capitalização do Mercado da GM
• $7.512 bilhões: A capitalização da Clorox, que teve um lucro líquido de 158 milhões no trimestre
• $3.6 bilhões. Queima de caixa da GM durante o trimester, conforme o Citigroup
• $19.356 bilhões. Caixa existente na GM ao final do trimester
• $16.91. lucro por ação da S&P 500 antes de incluir a GM
• $15.29. lucro por ação da S&P 500 para o Segundo trimester depois de incluir a GM. A empresa reduziu 9,5% o lucro por ação da SP 500
• 21.3%. participação no mercado de automóveis dos Estados Unidos, no último ano
• 28.8%. participação no mercado de automóveis da GM ao final de 1999.

GM

Notícia enviada por Marcos César (grato) sobre a GM (GM tem prejuízo de US$ 15,5 bi no 2º trimestre, Agência Estado)

A montadora americana General Motors (GM) registrou prejuízo de US$ 15,5 bilhões (US$ 27,33 por ação) no segundo trimestre deste ano, refletindo despesas e baixas contábeis de US$ 9,1 bilhões no período e um forte declínio nas vendas na América do Norte. Excluindo itens especiais, o prejuízo foi de US$ 6,3 bilhões (US$ 11,21 por ação), bem acima da perda de US$ 2,62 por ação prevista pelos economistas ouvidos.

No segundo trimestre do ano passado, a companhia havia obtido lucro líquido de US$ 891 milhões (US$ 1,56 por ação).

A companhia, alertou em meados de julho, que iria registrar "um significativo prejuízo no segundo trimestre". No entanto, os números divulgados foram muito piores do que os analistas esperavam e apontam para os enormes desafios que a GM enfrenta, conforme os compradores se distanciam de seus produtos mais lucrativos.

A receita da empresa entre abril e junho de 2008 caiu 18%, para US$ 38,2 bilhões, abaixo das estimativas de US$ 44,57 bilhões dos analistas. O nível de caixa da GM no segundo trimestre caiu para US$ 21 bilhões, em comparação aos US$ 23,9 bilhões registrados no fim do primeiro trimestre de 2008.

Regiões

A operação da GM na América Latina foi um ponto positivo. Na região, o lucro subiu para US$ 445 milhões no segundo trimestre deste ano, de US$ 296 milhões no mesmo período do ano passado. No entanto, na Ásia a companhia obteve prejuízo e na Europa os lucros despencaram 94%.

Excluindo despesas, a divisão americana da GM teve prejuízo de US$ 4,3 bilhões, conforme a receita caiu um terço, para US$ 19,8 bilhões, reduzindo a participação de mercado para 20,2%, ante os 22,7% anteriores. As informações são da Dow Jones.

Auditoria e IFRS

Notícia da Gazeta Mercantil (Deloitte lidera ranking atual de auditoria, 4/8/2008, Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4)(Lucia Rebouças) mostra os efeitos da Lei 11.638 sobre as empresas de auditoria:

No Brasil, até 2010 todas as companhias abertas terão que apresentar suas informações financeiras dentro do padrão contábil internacional, o International Financial Reporting Standard (IFRS). Além disso, um número grande de novas companhias, que se incluem na classificação de empresas de grande porte prevista na lei 11.638, a nova lei contábil brasileira, terão que contratar auditorias independentes já a partir deste ano. O resultado das novas exigências será busca de melhoria na qualidade e na forma de apresentação de suas informações financeiras, com aumento dos mercados tanto de auditoria como de consultoria.

A estimativa da empresa de consultoria e auditoria Deloitte Touche Tohmatsu é que a nova lei e o IFRS gerem um aumento de 10% a 15% no volume de trabalho de auditoria já neste ano.

01 agosto 2008

Rir é o melhor remédio

TEORIA DO BÚFALO

Quando uma manada de búfalos é caçada, só os búfalos mais fracos e lentos, em geral doentes, que estão atrás do rebanho são mortos primeiro.
Essa seleção natural é boa para a manada como um todo, pois seleciona os mais fortes e saudáveis.
De forma parecida opera o cérebro humano: beber álcool em excesso, como nós sabemos, mata neurônios, mas, naturalmente ele ataca os neurônios mais fracos e lentos primeiro.
Neste caso, o consumo regular de cerveja, cachaça, whisky, vinho, rum, vodka e etc elimina os neurônios mais lentos, tornando seu cérebro uma máquina mais rápida e eficiente.
E mais: 23% dos acidentes de trânsito são provocados pelo consumo de álcool.
Isto significa que os outros 77% dos acidentes são causados pelos filhos da puta que bebem água, suco, refrigerante ou outra merda qualquer.
Seja inteligente e vá já para o boteco.

O ESPIRRO E PROPAGANDA ADVERTE: SE BEBER, NÃO DIRIJA. SE DIRIGIR, NÃO BEBA.

Empreendedores Brasileiros são destaques


Na The Economist de 2 de agosto de 2008, numa reportagem sobre empreendedores (Entrepreneurship: Spreading the gospel, Number 950) o destaque para o Brasil. O texto começa com o caso da rede Spoleto:

EARLIER this year Mario Chady faced a crucial decision. Having built up Spoleto, his chain of casual Italian restaurants, to 150 outlets in Brazil, and opened in Mexico and Spain, the time had come for Mr Chady, based in Rio de Janeiro, to choose between expanding into America or putting the idea on hold for at least 18 months. To help make up his mind, he asked for help from an organisation called Endeavor, which had chosen him as a potential "high-impact entrepreneur" in 2003.

Endeavor is a non-profit group based in New York dedicated to promoting entrepreneurship in emerging economies. It had already supplied three teams of students from the Massachusetts Institute of Technology to help Mr Chady craft a strategy for America. But as he spoke to members of the Endeavor network, ranging from leading Brazilian business tycoons to fellow up-and-coming entrepreneurs, he became convinced that it was the right strategy but the wrong time. Mr Chady decided to concentrate on expanding even faster in Brazil, and leave America for later. "The US economy is not at a very good stage, whereas Brazil is very hot now. Endeavor helped me see this," he says.


Educação contábil do IFRS

A Deloitte, empresa de auditoria, informou que 100 colleges e universidades tornaram-se membros do seu International Financial Reporting Standards (IFRS) University Consortium, lançado há dois meses.

A idéia da Deloitte é melhorar a educação contábil sobre o IFRS nos Estados Unidos com material didático e experiência.

Aqui o endereço do consórcio. Fonte da notícia: Deloitte Llp; Academia Pursuing IFRS Information and Curricula Materials Vigorously, Science Letter

Como reduzir o custo do chocolate

Chocolate ganha mais gordura e indústria economiza
Valor Econômico - 01/08/2008

A indústria de chocolates no Brasil resolveu aderir à estratégia do "põe mais água no feijão". Para reduzir custos - só o cacau teve alta de 45% neste ano, até ontem - os fabricantes aumentam o teor de gordura na formulação das guloseimas. Por definição do Ministério da Agricultura, o chocolate produzido e comercializado no Brasil deve ter, no máximo, 5% de gordura vegetal e 25% de cacau, no mínimo. (...)

O que assusta a indústria agora é a alta das commodities. "Do início do ano para cá o preço da tonelada do cacau passou de US$ 2,2 mil para US$ 2,8 mil, chegando a um pico de US$ 3,2 mil em junho", diz Thomas Hartmann, produtor e um dos principais consultores do segmento cacaueiro. (...)

Para fugir do cacau mais caro, empresas como a Nestlé, anunciaram mudanças na fórmula de seus chocolates. No caso da multinacional suíça, toda linha de tabletes de 100 a 200 gramas mudou de fórmula. A Nestlé, por meio de sua assessoria de imprensa, nega que a causa seja reduzir custos. Mas para o mestre chocolateiro Arlindo Pinheiro, a mudança tem sim a ver com o barateamento da produção. "Quando a empresa tira o leite 'in natura' e a lactose da fórmula de um chocolate e os substitui por leite em pó integral, soro de leite e gordura anidra de leite, está deixando o produto com menos cacau e mais gordura. É como se diluísse o chocolate", afirma ele, comparando os ingredientes de um produto da marca antes e depois da mudança. "Se o chocolate tem mais leite, necessariamente fica com menos cacau", endossa o consultor Hartmann. Mas não é só mais leite que as novas fórmulas têm. A indústria achou uma nova maneira de interpretar a norma do nível máximo de 5% de gordura vegetal nos tabletes: a adição da gordura anidra de leite. O ingrediente, que antes não era usado no preparo das guloseimas, agora soma-se à gordura vegetal. (...)

Nova lei e auditores

Nova lei das S.A. aumenta mercado para as auditorias
Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 10 - Henrique Ribeiro - 01/08/2008

São Paulo, 1 de Agosto de 2008 - A reforma da Lei 10.638/07, a lei das S.A., em vigor desde 1º de janeiro deste ano, está causando impacto positivo nos grupos de auditoria brasileiros. A nova legislação obriga empresas que faturem mais de R$ 300 milhões por ano ou possuam ativos que ultrapassem R$ 240 milhões a terem suas demonstrações auditadas regularmente.(...)

"O grande impacto causado pela nova lei começa a partir de agora, que é quando as empresas irão fechar suas contas e algumas delas vão perceber que precisam de uma auditoria para não infringir a lei", vislumbra Wagner Muradian, diretor-comercial da Boucinhas. "A nova regulamentação vai trazer um aumento nos negócios que deve ser sentido até o final do primeiro trimestre do ano que vem", projeta.(...)

A reforma da Lei das S.A. foi realizada de forma a aproximar a legislação brasileira da International Financial Reporting Standards (IFRS), padrão internacional de contabilidade, que fortalece o emprego de auditorias pelas empresas de capital aberto. "A nova lei brasileira está totalmente alinhada à IFRS", avalia Muradian.

Outros fatores

Além da expansão da obrigatoriedade da contratação de auditorias, outros fatores contribuem para o crescimento da área, como a febre das operações de IPO (abertura de capital). "Para ir à bolsa, as empresas têm que apresentar à CVM os balanços dos três últimos anos, e eles precisam estar auditados", lembra Mudarian.

A própria competitividade entre as empresas as faz perceber que um serviço de auditoria pode ser um diferencial para a melhoria das práticas internas e a conquista de espaço no mercado. "As corporações precisam, principalmente, de validação fiscal e econômica. Acrescentando a isso as novas leis de governança corporativa, aparece a percepção de que a presença de uma auditoria é importante", explica Raul Corrêa, presidente da RCS Brasil Auditores Independentes, que cresceu 48% em 2007 e projeta novo salto de até 50% para este ano. (...)

31 julho 2008

Mercado é tudo



O blog Marginal Revolution traz regularmente uma coluna denominada “Mercado é tudo”.

Mostra situações onde o “mercado” é responsável por situações absurdas. A última do blog: Playboy em Braille (aqui).

Neste blog a notícia deveria estar no item “Rir é o melhor remédio”, não?

P.S. A foto é para mostrar que a notícia é verdadeira.

Links

1) Dicas para preparação do IASB

2) IFRS sobre segmento

3) Os endereços mais antigos da internet

4) Fasb atrasa a redução do fora do balanço atendendo a pressão

5) Ex-Executivo da Enron paga 31 milhões de dólares para encerrar o processo de uso de informação privilegiada

Armas


O gráfico mostra os maiores exportadores de armas do mundo e o destino das exportações. Fonte: Aqui

Vida privada numa empresa aberta

A recente doença de Steve Jobs levantou uma questão interessante para a contabilidade: qual o limite para divulgação de informação sobre a vida privada de um executivo de uma empresa. O caso de Jobs é interessante, pois esse executivo tem sua vida vinculada a Apple, e vice-versa.

Até que ponto isso é importante? Em alguns casos é sabido que a presença (ou ausência) de um executivo pode ser crucial para o desempenho futuro de uma entidade. Informar ao mercado sobre a doença de Jobs faz com que a informação deixe de ser assimétrica.

Para ler mais, clique aqui

Gravata

Quase ninguém usa gravata hoje em dia, reparou nisso?
(...) Pesquisa recente feita pelo Gallup nos EUA mostrou que o número de homens que usa gravata todos os dias no trabalho chegou a apenas 6%, o mais baixo percentual em toda a história desse item de vestuário. Em 2002, há 6 anos portanto, esse índice era bem melhor chegava a 10%. (...) A gravata era um símbolo de poder e autoridade até bem pouco tempo atrás. Mas o surgimento da sociedade do conhecimento fez com que essa autoridade fosse melhor representada por outros produtos, como, por exemplo, os relacionados com alta tecnologia. Por isso mesmo, as gravatas vao saindo de cena discretamente, obrigando as empresas que produzem e vendem esse acessório a rever suas estratégias.

Passivo e Valor justo

Em Fair valuation of own debt is counter-intuitive
(23/07/2008), Jennifer Hughes, reporter do Financial Times especializada em contabilidade, comenta a aplicação do valor justo para a situação do passivo e a sua aparente contradição.

A idéia é que uma entidade com dificuldades econômicas deveria avaliar seu passivo a valor justo. Nessa situação, o valor justo do passivo é menor. É como se a entidade pudesse comprar de volta o passivo por um preço menor, já que o risco é maior.

A questão é que uma entidade com problemas dificilmente irá comprar a dívida de volta, mas sim tentará encontrar mais recursos (dinheiro) para suas operações.

Hughes faz uma analogia interessante com uma pessoa que possui dívida com cartão de crédito. Como existem dúvidas sobre o pagamento da dívida, o valor justo do passivo seria menor. Mas será que terei condições de encontrar recursos para reduzir minha dívida por um valor menor que o histórico? Além disso, mesmo que use o valor justo, ainda existirá uma dívida.

Além disso, quanto maior o aumento nos problemas com meu passivo maior o ganho que irá para resultado. Contraditório?

Em outras palavras, na prática, a teoria é outra.

Banco Central (Diagnóstico SFN x IFRS)

O Banco Central disponibilizou seu diagnóstico sobre a Convergência das normas contábeis brasileiras do Sistema Financeiro Nacional para normas internacionais. De acordo com o texto de apresentação, objetivo é divulgar as ações e estudos desenvolvidos pelo Departamento de Normas do Sistema Financeiro no âmbito do processo de convergência de que trata o Comunicado 14.259, de 10 de março de 2006.

O Comunicado 14.259 divulga procedimentos para a convergência das normas de contabilidade e auditoria aplicáveis às instituições financeiras e às demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil com as normas internacionais promulgadas pelo International Accounting Standards Board (IASB) e pela International Federation of Accountants (IFAC)

Acesse aqui o diagnóstico do BACEN


Fonte: Alexandre Alcantara

Neuroeconomia

Na The Economist da semana uma extensa reportagem sobre a Neuroeconomia (Do economists need brains?)

O texto lembra que a neuroeconomia é uma tentativa de usar o Homo sapiens no lugar do homo economicus da teoria econômica. A origem está nas finanças comportamentais (que o texto denomina de behavioural economics):

Desde a década de 1980 pesquisadores neste ramo da disciplina utilizaram a psicologia para desenvolver idéias mais "realistas" dos modelos de tomada de decisões individuais, nas quais muitas vezes as pessoas fizem coisas que não representam seus melhores interesses. Mas a neuroeconomia tinha o potencial que alguns acreditavam de ir mais longe e incorporar a economia em processos químicos que ocorrem no cérebro.


Um exemplo citado é o ultimatum game, onde uma pessoa recebe uma quantia em dinheiro para dividir com um desconhecido. O segundo jogador pode aceitar ou não a oferta, mas se rejeitar ambos não recebem nada. Pela teoria econômica tradicional, qualquer valor proposta para o segundo jogador seria racionalmente interessante.

Suponha que o primeiro jogador proponha ficar com $99 e o segundo com $1. Esta proposta seria interessante para o segundo jogador, que ficaria $1 mais rico. No entanto, nas pesquisas empíricas, o segundo jogador tende a recusar essa proposta. A recusa é uma forma de punição para uma proposta que é considerada injusta.

Usando uma máquina chamada MRI, a neuroeconomia tenta verificar o que passa no cérebro dos jogadores através da visão do fluxo do sangue. Já foi encontrado que a rejeição do ultimatum game ocorre numa parte do cérebro onde as decisões de premiação e punição é realizada.

O texto lembra as críticas que a neuroeconomia (e as finanças comportamentais) estão sujeitas. Para Faruk Gul e Wolfgang Pesendorfer (The Case for Mindless Economics), o que ocorre dentro do cérebro é irrelevante para economia. O que importante são as preferências das pessoas.

Para outros, a razão da racionalidade nos modelos econômicos era a inexistência de ferramentas para entender o comportamento humano.

Os 100 atletas para as Olimpíadas

Se você acha que o Brasii- iillll irá fazer um bom papel na Olimpíadas, este link mostra a aposta da revista Time nos astros dos jogos. Dos cem citados, uma brasileira: Marta, no futebol. (É bem verdade que a revista indica Djokovic no tênis, mas não Nadal).

Auditoria e crise

Nesse artigo, a ausência de auditoria é considerada como uma das responsáveis pela crise financeira nos Estados Unidos

Há séculos existem leis que norteiam a boa prática bancária. A primeira diz: "um faz e outro confere"; a explicação é que a atividade dos bancos é altamente vulnerável a fraudes, erros de avaliação, pressões e distrações. Há versões mais modernas da lei, chamadas de controles internos, segregação de funções, auditoria, fiscalização e supervisão. Apesar das novas nomenclaturas e da sofisticação das operações, a lei na sua versão primitiva vigora para bancos individualmente e para sistemas financeiros. Se a lei tivesse sido observada com rigor, a crise americana teria sido evitada.

A origem dos problemas lá está em empréstimos imobiliários concedidos a mutuários em condições incompatíveis com sua capacidade de pagamento. A demora em verificar os detalhes dos créditos permitiu um crescimento exponencial dessas operações sem lastro real. Era uma riqueza falsa e o valor das perdas será consideravelmente superior ao dos empréstimos predatórios que originaram a quebra de confiança. (...)

Roberto Luis Troster - Leis bancárias - Valor Econômico - 31/07/2008

Auditoria não é sinal de separação de função, apesar de existir uma ligação. Além disso, mesmo que existisse a separação de função e a conferência do trabalho do outro, se o instrumento para concessão de crédito não for adequado nada disto é relevante.

30 julho 2008

Contabilidade Básica: 3a. edição


Saiu a terceira edição do livro Contabilidade Básica, com as adaptações da nova Lei 11.638. Quando escrevemos a obra ousamos em acrescentar, num livro texto introdutório, conteúdo sobre o que denominamos Fluxo do Disponível.

Com a nova lei, o Fluxos de Caixa tornou-se realidade. O livro passou por algumas adaptações para se adequar a esta nova legislação.

Rir é o melhor remédio

Links

1) Dissertação de Tiago sobre educação em contabilidade internacional

2) Novo número da RCO com artigo sobre Custo Perdido

3) A tinta invisível usada na planilha fraudulenta. Hilário (vide link anterior)

4)Kleber: A history of violence (sobre futebol e Palmeiras)

5) Blog sobre Departamento de Pessoal

6) Bolsa Família: um novo momento

Efeito do Custo Perdido

EFEITO DO CUSTO PERDIDO: A INFLUÊNCIA DO CUSTO PERDIDO NA DECISÃO DE INVESTIMENTO
César Augusto Tibúrcio Silva, Francisca Aparecida de Souza, Naiára Tavares Domingos

Resumo

A decisão de continuar ou não um projeto, ou mesmo de iniciar um novo investimento que exige continuamente a alocação de recursos, não deve ser influenciada pelos custos passados, uma vez que estes não sofrerão alterações qualquer que seja a decisão futura. Quando a decisão é afetada por investimentos feitos no passado, manifesta-se o “efeito do custo perdido”. No entanto, de acordo com a Moderna Teoria de Finanças, os custos perdidos são totalmente irrelevantes para decisão de eventos futuros. Este trabalho constitui uma pesquisa empírica, realizada por meio de aplicação, de forma aleatória, de questionários a alunos de graduação de uma universidade. Buscou-se verificar se, realmente, os indivíduos não consideram os custos perdidos na tomada de decisão. Foi utilizado o teste estatístico do qui-quadrado para testar a significância da diferença entre as respostas dos alunos aos diferentes cenários trabalhados, reforçando assim, a idéia de que o efeito do custo perdido na decisão de alocação de recursos independe da evidenciação ou não dos valores investidos. De acordo com a pesquisa e tendo em vista suas limitações, a evidenciação do valor do custo perdido não influencia a decisão dos gestores. O resultado corrobora estudos anteriores nos quais o efeito do custo perdido foi observado.

Proposta de tributação de lucros e dividendos distribuídos

A proposta de tributação de lucros e dividendos distribuídos esquece que sobre esses valores já incide o imposto de renda. Seria um caso de bi-tributação.

Vide a respeito disto, uma discussão interessante no livro de Teoria da Contabilidade no capítulo sobre Patrimônio Líquido.

IFRS: vantagens e desvantagens

Recebi o seguinte e-mail:

Sou estudante do nono periodo de contabilidade e hoje vi seu comentário do dia 02 de junho de 2008 sobre as empresas de auditoria e o IFRS.
Tenho estudado muito sobre o assunto nos últims meses e também notei nas fontes que consultei (Jorge Niyama, Marcelo Almeida e Elionor Welffort) muitos elogios e poucas críticas. Somente no Dicionário de Contabilidade do Professor Lopes de Sá vi críticas um pouco mais contondentes sobre o assunto.

Quais argumentos e fontes fundamentam seu ponto de vista?


Minha resposta:

Você tem razão. Existem poucas críticas e sempre que posso estou postando algumas delas no blog Contabilidade Financeira. Na minha opinião dois pontos são relevantes:

a)O grande interesse das empresas de auditoria
b)A questão da soberania interna (O CPC será um mero tradutor de normas? Então contrate tradutores para a tarefa)

Existiria uma terceira crítica, mas que talvez não seja pertinente para o Brasil: troca de normas melhores por outras piores. Acho que algumas críticas do prof. Lopes de Sá pertinentes, mas só algumas.

Quanto a fundamentação das críticas, observe o grande interesse das auditorias em defender a reforma. Veja para isso o primeiro capítulo do livro de Teoria da Contabilidade. O segundo (e terceiro) ponto tem sido discutido fortemente nos EUA.

Defesa do Mark-to-Market

A contabilidade de marcação a mercado tem sido acusada de ser o catalisador, ou mesmo a causa, da recente crise financeira. Conforme este argumento, a utilização do mark-to-market - a valorização dos ativos imputando os preços no mercado - a todas as carteiras de crédito nos livros comerciais faz os lucros parecerem pior. Mark-to-market deveria ser substituído pela avaliação de suas carteiras a custo histórico.

Não subscrevemos esta opinião, de forma alguma e acreditamos firmemente que uma mensuração da carteira de um banco comercial a "valor justo" é o único meio possível de garantir transparência e disciplina.

How to arrive at fair value during a crisis - Financial Times - 29/07/2008 - Jean-François Lepetit, Etienne Boris and Didier Marteau Por Jean-François Lepetit, Etienne Boris e Didier Marteau

Siemens e ex-executivos

Qual a reação de uma empresa diante da denúncia de corrupção dos seus ex-executivos. A Siemens pretende evitar uma associação negativa com casos de corrupção.

Siemens trabalha para gerar imagem mais enxuta e limpa
Por Nicola Leske e Jens Hack
Reuters Focus - 29/07/2008

FRANKFURT/MUNIQUE, 29 de julho (Reuters) - A Siemens exigiu nesta terça-feira que ex-executivos arquem com os custos de um escândalo de suborno e encontrou um investidor para uma problemática subsidiária de telecomunicações que vem tentando vender há dois anos.

Os passos demonstram que Peter Loescher está limpando a confusão deixada no grupo alemão de engenharia abalado por diversos escândalos, um ano depois de assumir como presidente-executivo.

O conselho supervisor aprovou a decisão de buscar ressarcimento por danos junto a 11 antigos integrantes do conselho, entre os quais Heinrich von Pierer, que era presidente do conselho, e o antigo presidente-executivo Klaus Kleinfeld, por não terem agido para deter práticas ilegais e subornos.

Von Pierer e Kleinfeld renunciaram no ano passado depois de uma das maiores investigações sobre suborno na história das grandes empresas alemãs. Eles não foram acusados de quaisquer crimes e não admitiram quaisquer delitos.

Von Pierer, um baluarte do mundo dos negócios visto no passado como possível candidato à presidência da Alemanha, caiu em desgraça e continua caindo. Em maio, ele deixou seu posto no conselho do Deutsche Bank, uma das últimas posições de destaque que ele ainda detinha.

Kleinfeld conseguiu se recuperar e foi eleito como presidente-executivo do grupo de alumínio Alcoa , em maio.

A Siemens disse que romperá seus elos com os ex-dirigentes, mas lhes oferecerá a chance de se defender, diante das acusações, antes de recorrer à Justiça em busca de indenização.

A Siemens está enfrentando alegações de corrupção em diversas frentes, enquanto promotores na Alemanha e no exterior investigam para determinar se ela pagou 1,9 bilhão de euros em subornos para conquistar contratos.

A indicação de Loescher, um austríaco que não esteve envolvido em escândalos, marca um esforço da Siemens para deixar para seu trás seu passado maculado e recuperar a imagem hoje negativa de uma empresa que já foi ícone do setor industrial.

Importância do Ágio 2

Empresas têm R$ 35,5 bi de ágio estocado nos balanços
Valor Econômico - 30/7/2008

O estoque de ágio das companhias abertas brasileiras é mais um motivo para os investidores se interessarem pelo tema. Esse saldo está presente no balanço de 76 empresas e soma R$ 35,5 bilhões, segundo pesquisa do Valor, baseada em dados da Economática. O tratamento contábil a ser dado a esse estoque ainda está indefinido. A regra para o ágio será feita pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) no próximo ano. Por isso, no balanço anual de 2008, nada mudará. Só quando o assunto for normatizado é que será definido o futuro dos estoques nos balanços, explicou Eliseu Martins, professor da Fipecafi e membro do CPC. "Esse é um dos nós do processo de convergência com o IFRS", afirmou Sérgio Citeroni, sócio da Ernst & Young.

Ainda não se sabe se as companhias terão de refazer suas contas para reclassificar o ágio já registrado - dividindo-o corretamente entre expectativa de resultado futuro e mais valia (valor de mercado) - ou se deixarão tudo como está. "O que fazer com as compras realizadas no passado?", questionou Citeroni.

A expectativa é que a regra não incidirá sobre o estoque do ágio, ou seja, valerá só para as aquisições realizadas a partir da normatização. Como o ágio pode ser amortizado por um prazo longo (mínimo de cinco e máximo de dez anos), é possível que muitas companhias nem tenham informações suficientes sobre os negócios passados para promover tal análise.

Uma eventual reclassificação do estoque do ágio poderia afetar as economias fiscais esperadas pelas empresas. O resultado líquido, entretanto, não deverá sofrer impacto tão forte. A partir da nova regra, o ágio não poderá mais ser amortizado no balanço societário - aquele apresentado ao mercado. Para Eliseu Martins, pode ser uma boa notícia aos investidores. Como a amortização era uma despesa, o lucro aumentará e, portanto, é possível que os dividendos distribuídos também cresçam. Reginaldo Alexandre, vice-presidente da associação dos analistas de investimentos de São Paulo (Apimec-SP) e membro do CPC, é menos otimista. Segundo ele, apesar de não haver regra da CVM obrigando, a maioria das empresas que amortiza ágio exclui esse efeito para calcular os dividendos.(GV e SF, com Nelson Niero)

Importância do Ágio

Quando o prejuízo vira lucro
Valor Econômico - 30/07/2008

Se ainda havia alguma dúvida sobre a importância para o investidor de um assunto tão árido quanto o ágio, há uma chance de ela se dissipar nesta safra de balanços. Só a Perdigão amortizou numa única tacada o ágio das principais aquisições: nada menos do que R$ 1,5 bilhão. A medida transformou o que seria um lucro de R$ 102,5 milhões, no segundo trimestre do ano, num prejuízo de R$ 881,8 milhões. A Energias do Brasil fez o mesmo com o ágio da Enersul, de R$ 129 milhões, e o resultado líquido de abril a junho ficou negativo em R$ 4 milhões.

A iniciativa dessas empresas pode estar relacionada com o ambiente de incerteza gerado pelo processo de convergência do padrão contábil brasileiro ao internacional (IFRS), iniciado com a aprovação da Lei 11.638, no fim do ano passado. É possível que o ágio emagreça, assim como o benefício fiscal auferido.

O assunto está cercado de dúvidas, tanto por conta das novidades inseridas pela legislação, como pela ansiedade em torno do entendimento da Receita Federal sobre as novidades. Assim como nos países que usam o IFRS, aqui também o ágio deixará de transitar pelo resultado das empresas. Embora a expectativa seja de que a economia fiscal continue ocorrendo, a partir do momento em que a Receita Federal garantir que as regras não mudarão, isso ainda não foi definido.

Mas, passado o susto com a perda inesperada, os acionistas das companhias que acelerarem a amortização do ágio podem começar a comemorar a economia fiscal. No caso da Perdigão, haverá um ganho tributário de R$ 501 milhões. Durante dez anos, uma parcela desse montante será reduzida do imposto a pagar. Assim, o que o investidor vê agora no balanço não é o que acontecerá no caixa da companhia. Por isso, ambas as empresas já esclarecem que o dividendo a ser distribuído não sofrerá impacto dessa medida contábil. As empresas podem reduzir o lucro de cada exercício em até 30% com amortização de ágio. Essa amortização nada mais é do que dar tratamento de despesa ao ágio, o que diminui a lucratividade da companhia e, portanto, a base de incidência dos tributos. Como o imposto sobre o lucro é de 34%, essa é a proporção do ágio que se transforma em economia tributária.

Por se tratar de um tema difícil e altamente técnico, os investidores se acostumaram a conviver com as amortizações de ágio nos balanços e a desconsiderar esse efeito para avaliação do desempenho operacional do negócio, por recomendação dos próprios administradores. Mas a verdade é que deveriam sim entender da questão. Justamente porque esses procedimentos contábeis têm um efeito importante sobre o caixa - motivação das companhias para apresentarem publicamente um prejuízo que, na realidade, não tiveram com suas atividades. Na nova contabilidade, o ágio sairá da demonstração de resultado, mas continuará no balanço patrimonial.

(...) Pelo conceito purista e técnico, ágio é o prêmio pago em aquisições por expectativa de rentabilidade futura. Porém, Eliseu Martins, professor da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi), explica que historicamente, no Brasil, seu cálculo foi distorcido. As companhias consideravam como ágio toda diferença entre o preço pago por um negócio e seu valor patrimonial. Mas não é assim que a conta deveria ser feita.

Segundo Martins, que também é vice-coordenador técnico do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), a diferença entre o valor de aquisição e o contábil de um bem deveria ser repartida em dois itens: a mais valia (valor de mercado) e a expectativa de resultado futuro. A regra da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que trata do assunto já faz essa recomendação. A economia fiscal pode ser obtida a apenas sobre o ágio existente por expectativa de lucro futuro.

Guillermo O. Braunbeck, da Hirashima & Associados, explica que era interessante para as companhias fazer o cálculo da forma simplificada. Quanto maior fosse o ágio, maior seria o benefício fiscal.

(...) Outro conceito inserido no processo de convergência do padrão brasileiro ao IFRS que pode afetar o ágio das aquisições é o da baixa contábil - conhecido como "impairment". Trata-se de uma avaliação periódica pelas empresas de seus bens, para verificar se eles ainda podem trazer o resultado esperado. Caso a expectativa se reduza, o valor do bem, tangível ou intangível, deve ser ajustado para baixo. O ágio é um dos ativos que deverá passar, periodicamente, por essa análise.

Assim, as dúvidas sobre o futuro do ágio nos balanços não são poucas. O professor Ariovaldo dos Santos, da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi), acrescenta que, no lugar da despesa de amortização, as empresas poderão ter baixa contábil. Então, não dá para saber se os resultados das companhias serão maiores ou menores, assim como os dividendos. "Dependerá de cada empresa", afirma.Para ele, a nova lei vai melhorar a informação para os investidores, que saberão qual é o valor de mercado dos ativos. Também aumenta a transparência das aquisições, pois a composição do preço pago ficará mais clara.

29 julho 2008

Rir é o melhor remédio


Fazia tempo que não postava uma tirinha do PhD Comics. Essa é ótima: a diferença entre um orientador e um orientando.