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16 março 2007

Empresa sustentável

O valor de ser sustentável
Valor Econômico - 16/03/2007

O investidor em ações precisa estar atento a uma discussão que ganha amplitude no mercado internacional, mas que pouca ressonância tem tido no Brasil: a importância do conceito de sustentabilidade para que as empresas agreguem valor a seus acionistas no longo prazo.

Assim como os investidores puderam ver uma nova geração de empresas na última metade do século passado que tinham a maior parte de seu valor associada aos ativos intangíveis, neste início do século 21 aspectos como responsabilidade social e ambiental, transparência e alinhamento de interesses entre acionistas controladores e minoritários ganham um peso relevante. "Empresa sustentável é aquela que gera lucro para os acionistas, ao mesmo tempo em que protege o meio ambiente e melhora a vida das pessoas com que mantém interações", diz Andrew W. Savitz, autor do livro "A empresa sustentável", editado no Brasil pela Campus.

O grande atrativo das empresas sustentáveis não é o ganho de curto prazo. São empresas com maiores chances de vida longa, pois tendem a ganhar cada vez mais a preferência dos consumidores e enfrentar menos problemas com a Justiça, uma vez que têm políticas de relacionamento com o meio ambiente, comunidade e funcionários. Como mostra Savitz, as empresas sustentáveis desfrutam de excelentes oportunidades para alcançar maior sucesso amanhã.

As primeiras empresas negociadas publicamente, surgidas na era industrial, extraíam dos ativos físicos a maior parte do seu valor. "Esses gigantes corporativos do passado, que incluíam General Motors, Standard Oil e AT&T, possuíam terrenos, propriedades e fábricas que se prestavam facilmente às mensurações contábeis e à avaliação", diz o professor Aswath Damodaran no livro "Damodaran on Valuation". Na última metade do século passado, aparecem empresas como Coca-Cola, Microsoft, Intel e Pfizer que obtêm o principal do seu valor a partir de ativos como a marca (Coca-Cola), as patentes (Pfizer) e a especialização tecnológica (Intel, Microsoft). "Uma parcela significativa dos valores de mercado dessas empresas provém desses ativos intangíveis; há comprovação, por exemplo, de que a marca pode, sozinha, explicar mais da metade do valor de muitas empresas de produtos de consumo", diz Damodaran.

Especialistas acreditam que movimento parecido está ocorrendo em relação a aspectos como governança corporativa e práticas socialmente responsáveis. Ian Davis, diretor gerente da McKinsey, empresa global de consultoria e gestão, acredita que novas pressões impostas pela sociedade, como regulamentações e sustentabilidade do meio ambiente, integram hoje a lista de preocupações dos CEOs de grandes empresas ao lado de pontos tradicionais como crescimento, globalização e tecnologia.

Segundo ele, é preciso que as empresas saibam se definir e explicar sua estratégia aos órgãos reguladores, funcionários e à comunidade em termos morais, e não só como entidades que visam lucro. Para agregar valor às suas ações e mantê-lo no longo prazo, as empresas também precisam beneficiar a sociedade, disseram os palestrantes de um simpósio realizado em 2003 que já discutia o tema Formação e Valorização das Estratégias de Sustentabilidade de uma Empresa, patrocinado pela Wharton Social Impact Management Initiative, da Wharton School.

Vários esforços já estão sendo feitos para começar a quantificar o valor das características sociais de uma empresa. Uma pesquisa realizada pela Wharton e pela Ernst & Young mostra que os executivos de empresas acreditam que os ativos intangíveis - como a qualidade da força de trabalho de uma empresa ou a reputação de sua administração - são mais importantes do que as características mais facilmente mensuráveis, como o desempenho financeiro no curto prazo.

Um índice desenvolvido pela Watson Wyatt Worldwide avaliou as empresas quanto a 30 práticas de recursos humanos, como a excelência no recrutamento, um sistema de recompensas transparente e um ambiente de trabalho colegiado e flexível. As empresas que apresentaram baixa pontuação no índice registraram retornos cumulativos de 53% sobre as ações, entre 1994 e 1999, enquanto aquelas que apresentaram alta pontuação obtiveram retornos de 103%.

Estudos da Innovest Strategic Value Investors, empresa americana de consultoria, aponta as indústrias responsáveis com o meio ambiente como melhores que suas congêneres e que têm probabilidade de lidar melhor com todos os aspectos de seus negócios. Segundo a Innovest, entre março de 1998 e fevereiro de 1999, a diferença de valorização no preço das ações de empresas que administram bem suas estratégias ambientais e as que não o fazem aumentou de zero para mais de 15%.

No Brasil toda essa discussão ainda não alcançou a profundidade vista em economias mais desenvolvidas. O Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), criado pela Bovespa em dezembro de 2005, acumula alta de 6,63% nos últimos 12 meses. No mesmo período, o ganho do Ibovespa foi de 13,16%.

No entanto, o Índice de Governança Corporativa (IGC) acumula no mesmo período 21,32% e o Índice de Ações com Tag Along diferenciado (ITAG) exibe um ganho de 16,46%, ambos bem acima do Ibovespa. O mercado já consegue enxergar o valor de práticas justas em relação aos acionistas.

Falta agora entender que empresas com práticas mais justas também tendem a se sair melhor em seus negócios neste mundo em que consumidores começam a se preocupar com questões de aquecimento global e justiça social.


2007/16/03

Governança no México

O México decidiu conhecer melhor o modelo de Governança Corporativa do Brasil, informa a Gazeta de 16/03:

Governança corporativa do Brasil...
Gazeta Mercantil

São Paulo, 16 de Março de 2007 - México mira-se no modelo brasileiro para tentar alavancar seu mercado de capitais. O convite dos mexicanos reflete bem a percepção dos órgãos reguladores do mercado de capitais local quanto ao papel exercido pela governança no sentido de elevar o número de empresas listadas em Bolsa. No período 2005-06, a Bovespa registrou 26 estréias, sem contar outras sete que chegaram ao pregão em 2007. Todas ajudaram a reforçar os níveis de governança criados pela Bovespa em 2001, hoje com 102 representantes. Embora representem 1/4 das empresas listadas, esse grupo responde por mais de 60% do giro diário.

No mesmo biênio, a Bolsa mexicana, que tem 140 integrantes, registrou a entrada de apenas duas novas companhias. Para tentar reverter esse quadro, a autoridade regulatória local recentemente criou a Sociedad Anónima Promotora de Inversión (Sapi), segmento que lista empresas comprometidas com regras mais rígidas de transparência e respeito aos acionistas minoritários.

Característica comum de países emergentes, o mercado de capitais mexicano tem um histórico semelhante ao brasileiro, com o controle concentrado nas mãos de poucas famílias, conta Sandra Guerra, coordenadora do Círculo Latino-Americano de Empresas, entidade criada em maio de 2005 e que hoje reúne 13 companhias latino-americanas (oito do Brasil) pioneiras em governança. Por isso, conta, a experiência de companhias domésticas atraiu a atenção internacional. "Todo dia recebo pedidos de informações sobre a experiência brasileira", diz ela. (Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4)(Aluísio Alves)

Rir é o melhor remédio - 63



A série de tirinhas do PhD Comics retrata uma universidade fictícia, com seus alunos, pesquisadores e professores. O foco geralmente são as questões dos alunos, suas angústias, "espertezas" e situações diárias. Para quem trabalha em ensino e pesquisa certamente já viu algo parecido ao que é retratado nas tirinhas. Publicamos aqui somente algumas das tirinhas e por isso vale a pena dar uma olha na coleção completa, disponível no sítio PhD Comics.

Links em Finanças Comportamentais

1. Aversão ao risco

2. Behavioral economics ou behavioral finance

3. Finanças Comportamentais e meio-ambiente

4. Os mais produtivos

Chiquita Brands e os Terroristas


A empresa Chiquita Brands fez pagamentos de 1.7 milhões de dólares para uma organização de direita da Colombia, que os Estados Unidos acusaram em 2001 de serem uma organização terrorista. A empresa já deixou uma provisão de $25 milhões para um investigação do Departamento de Justiça.

A Chiquita possui um faturamento de quase 5 bilhões de dólares e nos últimos dias o preço de sua ação está em queda, conforme mostra o gráfico.

Fonte: MarketWatch Yahoo Finanças e Seeking Alpha

15 março 2007

Rir é o melhor remédio - 62

Publicidade de graça

Segundo um estudo de Harvard, a Apple gerou $400 milhões de publicidade gratuita com o iPhone desde o seu lançamento. A empresa recebeu uma grande atenção da imprensa.

Fonte: Gizmodo

Diferença entre homem e mulher

No USC Journalism Review (via BoingBoing) (Men Stare at Crotches) mostra uma pesquisa tentando verificar o que as pessoas focam sua atenção numa página da internet.

O resultado mostra a necessidade de conhecer melhor o público leitor e deixa claro que uma foto que acompanha o conteúdo deve ter relação com o mesmo. Ou seja, deve ser informativa. Ao escolher entre fotos de pessoas, use pessoas "reais", não modelos.

Um aspecto interessante diz respeito ao resultado apresentado a seguir.



Trata-se de uma foto de um jogador de beisebol, George Brett. A área mais avermelhada mostra uma atenção maior por parte das pessoas. O resultado foi diferente entre os homens e as mulheres. Os homens, lado direito, observam a face e, em menor grau, as áreas genitais (Desejo de comparação? Tendências enrustidas?). Para a mulher, a face é o único local que chama a atenção.

Essa diferença não ocorre somente em pessoas. Os homens tendem a fixar nas áreas genitais quando a foto é de um animal.

PEBKAK

O PEBKAK refere-se ao Problem Exists Between Keyboard And Chair, ou seja, o Problema Existente Entre o Teclado e a Cadeira.

Os erros cometidos de digitação são tipicamente enquadrados nessa categoria. As dificuldades que temos que localizar algo num programa também são exemplos disso.

O sítio Big Picture mostra algumas situações práticas que já ocorreram no mercado em virtude do PEBKAK. Negócios onde uma ação com valor de $10 foi adquirida por $100, graças a um erro de digitação do operador, ou seja, um PEBKAK.

Contabilidade criativa

O termo contabilidade criativa tem sido usado para situações onde uma empresa usa artifícios para melhorar ou piorar seus resultados.

A Gaceta de los Negocios traz uma reportagem sobre a contabilidade criativa nas contas nacionais (El Producto Interior Bruto y la prostitución, 15/03/2007). A questão iniciou com o acordo europeu de exigir que os países da Comunidade Européia obtenham um patamar de deficit público em relação ao PIB. Esse limite deve ser respeitado pelos membros da zona do Euro. Diante da dificuldade de obter a meta, alguns países resolveram o assunto mudando o PIB.

La opción más obvia consistía en incluir, a efectos estadísticos, actividades paralegales, como la prostitución y el juego, de forma que el cociente resultase menos estridente.

Esta simple anécdota pone sobre la mesa un asunto de actualidad en estos momentos: el empleo de la contabilidad creativa no se ha limitado a empresas como Parmalat, Ahold o Enron; las entidades públicas, en mayor o menor medida, han empleado la contabilidad creativa para alterar sus cuentas, desviando sin embargo todo el foco mediático hacia el sector privado, al que han regulado, han impuesto muy estrictos estándares contables y han aplicado contestables medidas de buen gobierno.

A pesar de ser bien recibidas por el legislador, su resistencia a aplicarlas y a atajar de una vez por todas las prácticas de prostitución contable, que afectan al sector público, delata una actitud farisaica.

Centrémonos en un par de ejemplos que dejan constancia de este proceso: los déficit de pensiones y la deuda fuera de balance. La contabilidad internacional, al igual que la norteamericana, fuerza a cualquier compañía con fondos de pensiones internos a informar al mercado del déficit o superávit que tiene el fondo de pensiones, valorando los activos a precio de mercado y descontando las obligaciones futuras a los empleados a una tasa de descuento muy cercana al coste de la deuda de la empresa. Con esta medida, se ha intentado aplacar el muy extendido uso de prácticas contables apoyadas en cálculos actuariales, que pretendían simular que las promesas realizadas a los trabajadores mediante las pensiones estaban cubiertas con creces con los fondos actuales, cuando en realidad se debía mucho más dinero que el que realmente se tenía.

Esta medida, por ejemplo, ha sido clave para que las agencias de calificación consideren basura los bonos de General Motors y Ford.

Ahora bien, ¿alguno de ustedes conoce el déficit de pensiones del Gobierno de España o de la Unión Europea? ¿Qué pensiones nos han prometido frente al dinero que hay en la hucha (el fondo de reserva de la Seguridad Social)? Con independencia de que el fondo de reserva apenas daría para pagar las pensiones durante menos de un año, el quid del asunto es la hipocresía del poder público, que fuerza al sector privado a proporcionar información que los gobiernos se niegan a dar.

(...) Mediante el aparcamiento de esta deuda en empresas mixtas se acometen cuantiosas inversiones en infraestructuras, de forma que la Unión Europea no contabilice estos compromisos como deuda pública. Este esquema ha sido agresivamente utilizado en Cataluña, donde la deuda alcanza 3.502 millones de euros; en la Comunidad Valenciana, donde asciende a 1.538, y en la Comunidad de Madrid, con 488 millones. (...)

GM divulga demonstrações

Uma empresa em dificuldade sempre chama a atenção dos analistas para suas demonstrações. É o caso da GM.

Nas demonstrações divulgadas nessa semana, a GM mostrou o peso da reestruturação que está sendo feita. Apesar da venda de 9,1 milhões de automóveis e bom faturamento, além de lucro nas filiais, a GM preciso de tempo para fechar a contabilidade em razão da necessidade de rever a contabilidade dos últimos cinco anos. A revisão foi um pedido da SEC.

As demonstrações aparentemente mostram que a crise já passou para GM. Para se ter uma idéia, o lucro da filial européia no último trimestre do ano de 2006, conforme informa o El Mundo, foi de 731 milhões de euros; no ano de 2005 era de 5,1 milhões.

CVM tem dificuldades para julgar o caso Acelor

Notícia da Gazeta de 15/03/2007:

Faltam juízes e decisão pode demorar
Gazeta Mercantil

São Paulo, 15 de Março de 2007 - Dos cinco membros regulamentares do Colegiado da CVM, só dois podem decidir sobre oferta. Uma limitação temporária do Colegiado da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pode atrasar o desfecho do caso Arcelor Mittal no Brasil. Isso porque uma decisão final sobre os critérios que devem ser utilizados para a oferta pública de compra que a companhia deve fazer aos minoritários da Arcelor no País deve passar pelo crivo de pelo menos três membros do Colegiado da autarquia, mas apenas dois estão em condições de analisar o caso.

A instância máxima da CVM é composta pelo seu presidente e mais quatro diretores. Mas uma das cadeiras ficou vaga no final de 2006, com a aposentadoria de Wladimir Castello Branco. Outro diretor, Sérgio Weguelin, já havia sido afastado meses antes, devido a investigaçãos por suspeita de seu envolvimento num episódio de vazamento de informações no caso Telemar. Um terceiro diretor, Pedro Marcílio, se declarou impedido de trabalhar no caso, pois já atuou para a Arcelor na iniciativa privada.

Uma alternativa de que o presidente da CVM, Marcelo Trindade, pode lançar mão é nomear um superintendente da autarquia para ocupar uma das cadeiras do Colegiado interinamente para analisar o caso. Consultada, a autarquia não respondeu, até o fechamento desta edição, se esta possibilidade está em análise.(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4)(Aluísio Alves)

14 março 2007

Rir é o melhor remédio - 61

Contabilidade pública norte-americana

Grifo meu. Como estamos atrasados na contabilidade pública brasileira!

Grupo de Normas do Setor de Patrimônio Privado Publica Normas Atualizadas para Avaliação de Patrimônio Privado dos EUA
13 March 2007
Business Wire Latin America

( BW)(NY-PEIGG)Grupo de Normas do Setor de Patrimônio Privado Publica Normas Atualizadas para Avaliação de Patrimônio Privado dos EUA

NEW YORK--(BUSINESS WIRE LATIN AMERICA)--13 de março de 2007--Atendendo à constante necessidade de uma maior consistência e transparência na avaliação do patrimônio privado e levando em consideração a Declaração No. 157, Medidas de Valor Justo, emitidas pela Junta de Normas Contábeis (Financial Accounting Standards Board) em setembro de 2006, o Grupo de Normas do Setor de Patrimônio Privado (Private Equity Industry Guidelines Group) atualizou as Normas de Avaliação do Patrimônio Privado dos EUA (U.S. Private Equity Valuation Guidelines). Estas Normas Atualizadas auxiliam os participantes de patrimônio privado a cumprirem com os Princípios Contábeis Geralmente Aceitos dos EUA (U.S. Generally Accepted Accounting Principles) que exigem a apresentação de relatório do valor justo. As Normas Atualizadas, junto com um documento de Perguntas Mais Freqüentes (Updated Guidelines), podem ser encontrados no www.peigg.org [http://www.peigg.org].

"A publicação das Normas Atualizadas é um passo importante na constante evolução do setor de patrimônio privado que irá ajudar os gerentes a avaliar investimentos de forma consistente e transparente", disse o membro do PEIGG, Stephen Holmes da InterWest Partners, uma empresa de empreendimentos de capital diversificada que investe em companhias de tecnologia de informação e de ciências da vida.

As Normas foram criadas para incentivar as melhores práticas e melhorar a consistência e a relevância da informação de avaliação reportada para os investidores - um objetivo cada vez mais importante para todo o setor de patrimônio privado. "Por natureza, os Investimentos em Patrimônio Privado são difíceis de monitorar", disse o membro da PEIGG, Kevin Delbridge da HarbourVest, um dos principais fundos de patrimônio privado de gerentes de fundos da nação. "Para avaliar interinamente a performance do gerente, selecionar gerentes e tomar decisões sobre a alocação de bens, precisamos fazer relatórios de resultados comuns. O Valor Justo descrito nas Normas, proporciona esta consistência".

A emissão da Declaração No. 157 da FASB mais uma vez mostra a importância dos dados das avaliações comparáveis. "Os investidores de Patrimônio Privado que preparam as declarações financeiras de acordo com o GAAP dos EUA, têm que fazer os relatórios e registrar seus investimentos com valor justo", disse o membro da PEIGG, David Larsen da Duff & Phelps, uma principal firma de consultoria financeira independente especializada em avaliação de portfólio de investimento de firmas de patrimônio privado e fundo hedge. "Por isso, eles necessitam da informação do valor justo por parte dos gerentes. Além disso, a maioria dos acordos das sociedades de patrimônio privado exige que as declarações financeiras sejam preparadas de acordo com o GAAP que, por sua vez, exige o valor justo. As Normas são uma ferramenta excelente para que os gerentes de patrimônio privado possam cumprir com a Declaração No. 157, e ainda considerar as nuances do setor de patrimônio privado".

As Normas Atualizadas estão de acordo com as Normas de Avaliação de Patrimônio Privado Internacional e de Empreendimento de Capital (International Private Equity and Venture Capital Valuation Guidelines) publicadas no final de 2005. a PEIGG acredita que os gerentes que seguem as Normas estarão atendendo ao GAAP.

Regulação baseada em princípios

Da Dow Jones em português:

Paulson Defende Regulações "baseadas Em Princípios"

Washington, 13 - O secretário do Tesouro dos EUA, Henry Paulson, afirmou que os formuladores de política dos EUA devem considerar adotar regulações "baseadas em princípios" e padrões de contabilidade para manter o ritmo com os mercados globais de capital cada vez mais competitivos. Durante um evento sobre competitividade nos mercados de capitais, Paulson falou em termos gerais sobre a necessidade de os EUA inovarem e possivelmente mudarem a maneira de administrar os mercados de capitais para atender aos crescentes desafios vindos da Europa e Ásia.

Em particular, o secretário do Tesouro destacou a necessidade de revisões na estrutura regulatória norte-americana, assim como na indústria de contabilidade e na estrutura de governança. "Nós também temos que considerar se seria possível na prática e benéfico ir em direção a um sistema regulatório baseado em princípios, como nós vemos em outras partes do mundo", disse Paulson.

Com as companhias norte-americanas adaptando-se a regras relativamente recentes, como a Lei Sarbanes-Oxley, "os mercados globais de capitais em todo o mundo estão crescendo e se desenvolvendo, trazendo nova competição para nossos mercados", disse. Paulson afirmou que a indústria de contabilidade pode precisar de uma reestruturação, devido aos efeitos cumulativos das reformas, que podem ter mudado a dinâmica entre diretorias, auditores e administração de uma maneira que pode não ser "construtiva".

Da mesma maneira, Paulson afirmou que os formuladores de políticas devem levar em conta uma abordagem baseada em princípios para governança corporativa, o que mudaria o foco de avaliar a legalidade de uma questão para questionar se uma determinada ação está no caminho "certo".

Paulson afirmou que o Tesouro vai desenvolver ações específicas para manter os mercados norte-americanos acelerados. "Haverá coisas que nós, no Tesouro, trabalhando junto com as agências reguladoras, faremos no curto prazo, além de outras ações em um período maior de tempo, para tratar esses desafios à nossa competitividade", afirmou, acrescentando que isso será "uma alta prioridade". As informações são da Dow Jones. (Carolina Ruhman)

Diretor financeiro será "Diretor de Criação de Valor"

“Finanzas se irá difuminando yconvergerá con recursos humanos”
Gaceta de los Negocios - 14/03/2007

Existe una “enorme brecha” entre el mundo de la contabilidad y el del valor para los accionistas

El director financiero se verá como un “director de creación del valor” en la empresa

Juanma Roca

Madrid.En un contexto global e incierto, el papel del director financiero se mueve entre la regulación y la creación de valor, como recordó ayer Carlos Mas, presidente de PricewaterhouseCoopers. Pero, de cara a un futuro próximo, “la función de finanzas seguirá siendo cada vez más pequeña y automatizada, hasta el punto de quedar desagregada de la función financiera tradicional y alcanzar una convergencia con recursos humanos, tecnología y otras áreas con servicios compartidos, pues la tendencia hará que los límites entre una y otra se vayan difuminando”, insistió Cedric Read, presidente de CCR Partners y socio de la firma de servicios profesionales, durante la presentación de su última obra, CFO Perspectives (John Wiley & Sons, 2007), en la que aborda los desafíos de los directivos financieros después del escándalo Enron.

Para Read, la función de finanzas, en el fondo, debe centrarse en la creación de valor, por lo que “el director financiero debe ser denominado como director creación de valor”, porque “debe velar por la creación y generación de valor, bien sea a través de crecimiento o adquisiciones”. En este sentido, el prestigioso consultor destacó que el chief financial officer (CFO), siglas con las que se conoce tradicionalmente al director financiero, “será cada vez más reconocido en el mercado, que lo verá como una persona de valor”, al igual que su jefe contable, “que estará cada vez más presente en el comité de dirección de las compañías”.

Read recalcó que el director de finanzas de una compañía es el “arquitecto de la empresa, el responsable de la estrategia y de las finanzas de la empresa, y que ve la compañía desde el punto de vista del inversor”. A su juicio, es tan importante como el consejero delegado, puesto que “los inversores hacen los análisis del rendimiento del CFO como los del CEO (consejero delegado)”. De alguna forma, prosiguió el consultor, a raíz del escándalo Enron el mercado percibió que el máximo responsable financiero de la compañía era el “aglutinador de los elementos de negocio y tenía una enorme influencia a la hora de reestablecer la reputación”.

Desde entonces, recalcó, los directores de finanzas han “cabalgado en un monstruo de dos cabezas: regulación y valor”, aunque, matizó, “muchas empresas buscan usar la regulación para obtener beneficios de ella”. La disyuntiva, sin embargo, entre la regulación y el mercado influye de forma decisiva en el papel que juegan los financieros.

A este respecto, Read sentenció: “Tenemos una enorme brecha entre el mundo de la contabilidad y el del valor para los accionistas. Las normas de contabilidad no reproducen lo que pasa en la empresa y los directores financieros están cada vez menos de acuerdo con las normas contables y el reporting corporativo”.

La innovación y las finanzas van de la mano, según el autor del libro, que destacó que en el mercado existen compañías que estimulan el crecimiento y la innovación a través de “ideas radicales”, aunque “muchas empresas no están para una innovación radical, sino para perpetuarse, y eso tiene que ver con la función financiera”. Incluso, añadió, transformar la empresa a partir de una transformación en el departamento financiero es “bastante fresco u osado”.

Uma crítica a Governança no Brasil

O Conselho de Admistração
Gazeta Mercantil - 14/03/2007

14 de Março de 2007 - Uma coisa que ninguém gosta de dizer no Brasil é que a governança corporativa local é muito inferior à dos países com um mercado de capitais desenvolvido.

Para comprovar a tese, basta ver que o mais alto grau de governança em terras brasileiras tem como exigência justamente que todas ações tenham direito a voto. Ou seja, a governança corporativa brasileira termina onde outras começam, afinal, nos mercados desenvolvidos, que todos tenham direito a voto é a prática comum e não excepcional.

Nota-se de positivo que todas as emissões recentes, pelo menos, têm atendido a esse princípio - salvo, claro, quando nossa legislação não permite, mostrando mais uma vez que o governo, além de não ajudar, não raro atrapalha.(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4)(Márcio Veríssimo)

Mudança na Contabilidade Pública no Rio de Janeiro

Mais controle sobre gastos públicos
DA REDAÇÃO
Jornal do Commércio do Rio de Janeiro


Secretários e titulares da administração estadual indireta terão seus orçamentos liberados a cada quadrimestre com a garantia de que as despesas serão efetivamente pagas pelo Tesouro. Decreto do Executivo, publicado no último dia 9 e retroativo a 1° de janeiro, define novos procedimentos para a execução orçamentária e financeira de 2007. Assinado pelo governador Sérgio Cabral, o decreto reduz a burocracia até então existente para que o Estado tenha mais controle sobre a qualidade dos gastos realizados, ao mesmo tempo em que dá autonomia aos secretários e titulares da administração indireta.

Segundo o secretário de Planejamento e Gestão, Sérgio Ruy Barbosa, que junto com o secretário de Fazenda, Joaquim Levy, forma a Comissão Orçamentária e Financeira do Estado do Rio de Janeiro (Copof), o dispositivo altera um padrão que funcionou durante 24 anos de “forma ineficiente”, pois todo o controle era feito previamente à despesa. A partir de agora, o Executivo supervisionará a execução, ou seja, a fase pós despesa. Com a mudança, o governo deixará de classificar centenas de milhares de reais por ano à conta “outras despesas”, como vinha sendo feito.

Composição. Os recursos são compostos de duas partes distintas: uma é de custeio e a outra é para investimentos. Para o primeiro quadrimestre deste ano, já foram liberados os recursos de custeio, uma das primeiras providências, e o valor para investimento também está disponível. A demora na liberação, disse Sérgio Ruy Barbosa, deve-se à falta de recursos no Caixa no início do novo governo. Os recursos serão disponibilizados sempre no início de cada quadrimestre para que os gestores possam gerenciar seus gastos e aplicações necessários ao funcionamento da máquina administrativa.

“É como se entregássemos dois envelopes diferentes. O de custeio agora é mais amplo, contempla as despesas correntes conforme previstas no orçamento de cada órgão, e a outra parcela é a de investimentos. Então, com base nessas liberações, o gestor sabe o que tem para gastar, sabe que o dinheiro está garantido e que nós vamos pagar. Essa programação é feita da previsão de fluxo de caixa da Secretaria de Fazenda”, esclareceu o secretário de Planejamento.

De acordo com Sérgio Ruy Barbosa, o decreto promoveu uma alteração profunda no modelo de gestão orçamentária do estado, pois antes eram liberados os recursos destinados ao custeio para o funcionamento das secretarias e tudo que ultrapassasse esse valor tinha que ser solicitado ao governador.

“Passava pela avaliação do Controle e tinha que vencer mais 12 etapas entre o início do projeto e o pagamento, e isso representava uma burocracia desnecessária e um controle desmedido, que não resultava em nada. Nem o estado terminava o exercício com um orçamento equilibrado, nem conseguia terminar as ações no prazo. Acabava o mandato do governante sem a conclusão dos projetos. Nós estamos mudando o padrão e dando maior autonomia aos gestores”, frisou.

Pelo decreto, os órgãos da administração direta e da indireta passarão a ter em seus quadros uma Assessoria de Planejamento e Gestão e uma Assessoria de Controle Interno, vinculadas diretamente ao secretário ou ao titular da entidade da administração indireta. A primeira, que deve ser ocupada por um servidor qualificado, estará vinculada tecnicamente à Secretaria de Planejamento, com responsabilidade inclusive da gestão de recursos humanos.

Já a de Controle Interno exercerá suas atribuições de acordo com as normas e procedimentos estabelecidos pela Auditoria Geral do Estado e pela Contadoria Geral do Estado, tendo que supervisionar e controlar todas as atividades da Diretoria Geral de Administração e Finanças (DGAF) ou órgão equivalente.

Outra medida de impacto foi transferir a administração da contabilidade e do orçamento para a esfera dos secretários. Até então, os DGAFs concentravam as funções de administrar, gerir o orçamento e ainda fazer a contabilidade. O decreto dessas estruturas a contabilidade e a área de orçamento e colocou ambas as tarefas vinculadas aos secretários em todas as pastas.

Texto. O decreto é dividido em oito capítulos, 29 artigos e contempla procedimentos para créditos adicionais e modificações orçamentárias; programação orçamentária e financeira; execução das despesas com pessoal e encargos; execução de despesas com investimentos e controle interno para execução das despesas. Entre outras providências, estabelece novas rotinas para a realização de despesas de pessoal e reconhecimento de dívidas de exercício anterior.

“Para um secretário reconhecer uma dívida de exercício anterior será preciso que ele faça o pedido orçamentariamente e ele terá que provar que aquela despesa não resultará na não realização de ações ou do custeio mínimo da Secretaria”, explicou Sérgio Ruy Barbosa.

Passará a ser facultada a abertura de sindicância para apuração da responsabilidade de quem gerou a dívida, que é uma despesa que foi realizada sem previsão orçamentária, sem Empenho (etapa da despesa que cria para o Estado a obrigação de pagamento), com exceção para as despesas de pessoal relativas a decisões transitadas em julgado.

Lei Suiça atrai Trabalhadoras

Segundo notícia da Bloomberg, após o tratado da Suiça e União Européia para permitir que trabalhadores especializados possam trabalhar na Suiça, trouxe uma conseqüência inesperada: aumentou o número de prostitutas para o país. A notícia fala em 1/3 o crescimento na quantidade dessas profissionais em Zurique e 80% em Genebra.

É a lei da economia: oferta e demanda. Na Suiça, um rico país da Europa, a prostituição é legal.

(No dia 22 Maio 2006 esse blog publicou notícia sobre um estudo, "Theory of Prostitution", do Journal of Political Economy, onde os autores tentam responder qual a razão para que essa profissão seja tão relativamente bem paga)

13 março 2007

Rir é o melhor remédio - 60

Ahold

Notícia da Gaceta de los Negocios:

El comité disciplinario de la organización de contables profesionales de Países Bajos ha acusado formalmente a un empleado de Deloitte & Touche de haber descuidado sus obligaciones profesionales en el escándalo contable de Ahold. La decisión puede abrir una vía para que los accionistas del grupo de distribución exijan indemnizaciones a la firma de contabilidad.


Já a Europa Press (Los contables holandeses acusan a un empleado de Deloitte & Touche del escándalo de Ahold, 12/03/07) afirma que

Un portavoz del Instituto de Contables Colegiados, Marc Schweppe, confirmó el dictamen, que aún no ha sido publicado y que acusa explícitamente al contable John van den Vries de su participación en el caso.

Pese a que la decisión no tiene consecuencias inmediatas para Deloitte & Touche, podría abrir una vía para que los accionistas de Ahold exijan indemnizaciones a la firma de contabilidad, que aprobó las cuentas de la compañía entre 1999 y 2002. Ahold revisó posteriormente a la baja los resultados de este trienio en cerca de 1.000 millones de dólares (765 millones de euros).

Deloitte & Touche y Van den Vries no han respondido a la acusación, aunque ya han argumentado en otras ocasiones que los directivos de la filial en la que se inflaron las ventas, US Foodservice, les ocultaron las irregularidades que habían cometido.

En el momento en que se conoció el fraude, en febrero de 2003, las acciones de Ahold perdieron dos terceras partes de su valor, lo que a punto estuvo de provocar la bancarrota de la compañía.



(Clique aqui para ler Contabilidade já não é importante)

União e os papéis esquecidos

No Senado, projeto prevê que União fique com papéis
Valor Econômico - 13/03/2007

Os milhões de ações esquecidas pelos investidores correm o risco de parar nos cofres do governo. Um projeto de lei de autoria do Executivo, datado de 2000, foi aprovado pela Câmara em novembro de 2005 e, no fim do ano passado, chegou à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Após as emendas sugeridas pelo senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), o texto passou a prever que ações preferenciais (PN, sem direito a voto) e ordinárias (ON, com voto) não reclamadas por um prazo 360 dias sejam transferidas para a União após uma chamada pública. A exceção seriam os papéis de empresas listadas em algum dos níveis de governança corporativa da Bovespa.

O projeto de lei 119, de 2005, foi construído sob o argumento de que existem bens sem dono, de pessoas ausentes, não identificadas ou localizadas, ou que morreram sem deixar herdeiros, diz a sócia da Martinelli Advocacia Empresarial, Juliana Martinelli. "As empresas teriam um prazo relativamente curto para a identificação dos acionistas e, depois disso, a União é que teria direito sobre os ativos e dividendos não prescritos relativos àquelas ações."

(...) A redação da Lei das Sociedades Anônimas já prevê a prescrição de dividendos não sacados por três anos, que costumam ser incorporados ao patrimônio das empresas. "Isso é em benefício dos próprios acionistas, mas as ações não podem caducar", diz o presidente da Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca), Alfried Plöger. Ele lembra que, na época da Segunda Guerra, quando rompeu relações diplomáticas com os países do Eixo (Alemanha, Itália e Japão), o governo brasileiro confiscou ou congelou as ações de imigrantes e multinacionais de países não-aliados, o que até hoje é alvo de disputas judiciais. "Como é que o governo vai se apropriar do patrimônio que alguém não reclamou, que não se sabe sequer se há herdeiros?"

O projeto seria discutido numa audiência pública com participantes do mercado em maio do ano passado, mas o encontro nunca ocorreu. Na justificativa para as emendas na CAE, Virgílio já antevia que a transferência compulsória das ações à União poderia acarretar demandas judiciais. "Pode-se argumentar que o acionista terá 5 anos para requerer a restituição da coisa assenhorada, mas isso não reverte o fato de que ele será privado de um direito real, só recuperável mediante manifestação. Ou seja, há quase que uma inversão no direito de propriedade - o acionista necessariamente terá que se manifestar para não perder um direito legítimo e garantido constitucionalmente, o de propriedade." (AC)

12 março 2007

Rir é o melhor remédio 59

Rir é o melhor remédio - 58

Preço

Aproveitando o texto de Millor postado abaixo, um exemplo de formação de preço de aspirina num hospital norte-americano. Esse exemplo está no excelente livro do Zimmerman:

Tarifa

TARIFA
Millôr Fernandes

Recebi um extrato bancário e, como diria Machado Assis, "fez-se-me água pela barba."!
Estava lá: "Tar. Forn. TL. CHS - 6,40". Fiquei aterrorizado. Que diabo seria isso? Teriam descoberto que eu fui diretor do Nacional? Castrador de menores? Ministros da Justiça solidário com Ministro atropelador de operários distraídos?
Mas a mim, conhecido especialista em cibernética e cálculos ergométricos, logo voltou-me a calma pois foi-me fácil concluir: era "Tarifa Fornecimento talão Cheques. Me cobrando 6,40 centavos por 1 (UM!) talão de cheques de vinte folhas, porra!"
Quer dizer, o governo que já "salvou" alguns bancos particulares dando-lhes 11 bilhões de dólares, botou no BB mais de 15 bilhões, e agora vai "sanear" (haja pereba!) alguns bancos estatais com 25 bilhões de reais a mais, deu oficialmente, escancaradamente, com muita publicidade até, direto aos bancos de tungarem ainda mais o depositante.
Façam as contas. Temos, por baixo, bem por baixo, 50 milhões de contas correntes no país. Por baixo também, muito por baixo, cada conta gasta um talão por mês - menos de um cheque por dia.
Se vocês multiplicarem 50 milhões por 6,40 verificarão que os bancos faturam, só com essa tarifa - há dezenas - 320 milhões de reais. Multipliquem por 12 meses. O faturamento anual é - repito, só com essa tarifa - 3.840.000.000 (três bilhões, oitocentos e quarenta milhões) de reais. Realmente!
Mas a gente está acostumado - bilhões, como ficou demonstrado no início desta nota, são uns trocados na contabilidade bancária. Façam outro cálculo, mais perto de nós, seres humanos, par constatar a gigantesca audácia do, ora, como dizer, bem do assalto.
Sou autor de alguns livros. Um dos últimos, Millôr Definitivo, tem 553 páginas (cada página de 23x16 eqüivale a 3 vezes o tamanho de um cheque). Portanto o livro tem, relativamente,, 1669 páginas. Acrescente-se a isso o custo do autor, composição, fotolitos a quatro cores (caríssimos), revisão, costura e colagem. Com tudo isso - e mais despesas de administração - o custo do livro é, para o editor, de 5 reais - um quinto do preço de livraria, 25. Cobrado relativamente ao cheque o livro custaria 87 vezes mais, ou seja - 556,80 reais. Você compraria? Não? Então por que o compra o livro de cheques? Ah, porque é obrigado pelo governo democrático para estimular a PQP, competição!
Passando a outra editora. Um livro da Ed. Ouro, edição caprichadinha, com Rubens Fonseca, Machado, Nelson Rodrigues, Vinicius de 80 páginas, eqüivalentes a 160 de um livro de cheques, está sendo vendido a 1,80. Não pode custar ao editor mais do que 0,36.
Comparativamente o livro de cheques custaria 0,18. Como não tem autor, capa especial, nem qualquer despesa extra, e é feito em economia de escala - centenas de milhares, enquanto a Ed. Ouro tira apenas 20.000 - deve ter custo um máximo de 0,08. Bem, filhos, não se esqueçam - "O que é um assalto a um banco diante de um banco?" Lênine, onde vos encontrais quando mais precisamos de vós?
Correio Braziliense, 18 de agosto de 1996, Caderno Dois, p. 7)

11 março 2007

Rússia

Segundo notícia da Agencia EFE (10/03/2007), as autoridades russas resolveram comprar briga com a filial russa da PricewaterhouseCoopers (PWC).

O Kremlin deseja retirar sua licença. Já a Casa Branca ameça obstruir as OPAs (Ofertas públicas de ações) da empresas russas na bolsa de Nova Iorque e Londres.

A briga começou com a Yukos, empresa de um desafeto do Kremlin. Os russos acusam a PWC de ajudar a Yukos, uma empresa na área de petróleo, a não pagar impostos. A PWC seria cúmplice da Yukos na falsificação da contabilidade no período de 2002 a 2004. Nesse período a PWC recebeu 145 mil dólares pelos serviços prestados.

China

Na Bolsa de Xangai, vermelho é positivo
Folha de São Paulo - 11/03/2007
CLÁUDIA TREVISAN

Cor preferida dos chineses, o vermelho indica as ações que estão em alta nos painéis eletrônicos da Bolsa de Xangai, enquanto o verde marca os papéis que perdem valor.

Além da peculiar escolha das cores, a principal Bolsa da China possui traços que a diferenciam de instituições de outros países. Altamente especulativa, ela é dominada por empresas estatais, que fornecem ao mercado informações financeiras consideradas pouco confiáveis e nada transparentes. (...)

Seus movimentos não são pautados pela performance das companhias nas quais investem, mas pela busca de sinais que possam indicar se os painéis da Bolsa ficarão vermelhos ou verdes -como o rumor de que o governo adotaria um imposto de 20% sobre ganhos de capital, que deu origem à desvalorização de 9% no dia 27 de fevereiro, batizado de "terça-feira negra" na China. [Comentário: isso não ocorre nas outras bolsas?]

"A Bolsa chinesa é puramente especulativa. É impossível investir com base nos fundamentos das companhias, porque não há acesso à informação", afirma o norte-americano Michael Pettis, professor de Finanças Internacionais da Universidade de Pequim.(...)

Interesses distintos

Os objetivos que orientam as decisões dos administradores nem sempre coincidem com o interesse dos acionistas minoritários e podem incluir preocupações como manter o nível de emprego em determinada região ou realizar investimentos por razões políticas. [Comentário: Isso não ocorre nas outras bolsas?]

A falta de profissionais especializados em contabilidade também conspira contra a qualidade das informações divulgadas pelas empresas abertas chinesas. Pettis diz que o país necessita de 250 mil auditores para analisar os balanços das companhias, mas conta somente com cerca de 70 mil.

O brasileiro Sit Sei Wei, da consultoria Oping Group, de Xangai, concorda que não é a análise dos dados das empresas que faz o mercado subir ou cair, até porque os balanços não são confiáveis. "É um mercado especulativo. A característica do investidor chinês é a busca de ganhos no curto prazo."

Os blogs mais influentes

10 março 2007

Rir é o melhor remédio - 57

Gráfico


O gráfico explica mais do que números. Esse encontrei em Point by Fascinating Point e mostra o número de mortes com o terrorismo nos últimos anos. Observe o grande quantidade de mortes no 11 de setembro. Logo após, as mortes com o terrorismo permanece estável. Entretanto, as fotos da prisão em abril de 2004 aumentaram o número de incidentes vinculados ao terrorismo. As caricaturas de Maomé também contribuiu. Uma boa imagem vale mais do que mil palavras.

Rir é o melhor remédio - 56


Diante da loucura do mercado acionário, como nasce uma crise ou uma alta na bolsa

09 março 2007

Avaliação de Empresa

1. Vale e Inco

2. Coca Cola e Matte Leão

3. El Corte Inglés

Rir é o melhor remédio - 55

As celebridades ricas



Aqui as celebridades e a presença de três brasileiros.

Os Bilionários

Os mais ricos do mundo, na ordem:




Na América Latina (classificação geral, nome, país, idade, riqueza líquida e residência, nessa ordem):

3 Carlos Slim Helu Mexico 67 49.0 Mexico
119 Anacleto Angelini Chile 93 6.0 Chile
119 Gustavo Cisneros & family Venezuela 61 6.0 Venezuela
119 Lorenzo Mendoza & family Venezuela 41 6.0 Venezuela
119 Joseph Safra Brazil 68 6.0 Brazil
132 Julio Mario Santo Domingo Colombia 83 5.7 Colombia
137 Eliodoro Matte & family Chile 61 5.6 Chile
158 Alberto Bailleres Mexico 74 5.0 Mexico
165 Jorge Paulo Lemann Brazil 67 4.9 Brazil
167 Luis Carlos Sarmiento Colombia 74 4.7 Colombia
172 Ricardo Salinas Pliego Mexico 51 4.6 Mexico
194 Jeronimo Arango Mexico 81 4.3 Mexico
214 Aloysio de Andrade Faria Brazil 86 4.0 Brazil
226 Antonio Ermirio de Moraes & family Brazil 78 3.9 Brazil
314 Moise Safra Brazil 72 2.9 Brazil
432 Marcel Herrmann Telles Brazil 57 2.2 Brazil
458 Emilio Azcarraga Jean Mexico 39 2.1 Mexico
488 Maria Asuncion Aramburuzabala & family Mexico 43 2.0 Mexico
488 Roberto Hernandez Ramirez Mexico 65 2.0 Mexico
488 Rubens Ometto Silveira Mello Brazil NA 2.0 Brazil
488 Carlos Alberto Sicupira Brazil 59 2.0 Brazil
538 Julio Bozano Brazil 71 1.9 Brazil
538 Abilio dos Santos Diniz Brazil 70 1.9 Brazil
557 Isaac Saba Raffoul & family Mexico 83 1.8 Mexico
557 Dorothéa Steinbruch & family Brazil NA 1.8 Brazil

Algumas mulheres:

Charlene de Carvalho-Heineken (Netherlands) - 7.2 bilhões
Esther and Alicia Koplowitz (Spain) - $5.6 Billion (Esther Koplowitz) e $5 billion(Alicia Koplowitz)
Abigail Johnson (U.S.)- $13 Billion
Oprah Winfrey (U.S.) - $1.5 Billion
J.K. Rowling (U.K.) - Worth: $1 Billion

08 março 2007

Rir é o melhor remédio 54

David e Golias

Produtores etíopes de café brigam com Starbucks por causa de direitos de marca
March 6, 2007 4:05 a.m.

Por Janet Adamy e Roger Thurow
The Wall Street Journal

FERO, Etiópia — O principal comprador de café da rede americana de cafeterias Starbucks Corp. viajou para este vilarejo no alto de uma colina, um ano atrás, para agradecer aos cafeicultores por produzir o que ele chama de o melhor café do mundo. Agricultores encantados, vestindo peles de animais típicas de cerimônias, fizeram fila para cumprimentá-lo e depois dançaram e apresentaram um sofisticado ritual de coagem de café.

"Olhei cada um deles nos olhos, apertei suas mãos e disse: 'Obrigado por nos dar este produto maravilhoso'", recorda-se Dub Hay, o executivo da Starbucks. "É uma das coisas mais especiais que eu já vivi."

Em poucos meses, entretanto, a celebração transformou-se numa rixa que abalou a imagem da Starbucks. A maior rede de cafés do mundo está presa numa disputa de registro de marca com a Etiópia, um dos países mais pobres do mundo. A batalha foi provocada por uma rara tentativa agressiva de um país em desenvolvimento de afirmar seus direitos de propriedade intelectual.
[coffee]

A Etiópia, que a Starbucks alardeia como o berço do café, está tentando transformar em marcas registradas os nomes dos cafés mais famosos da região — Sidamo, Harar e Yirgacheffe —, que aparecem em embalagens da Starbucks e outras torrefações de café.

O país quer ganhar um maior controle sobre a distribuição e promoção de seu produto de exportação mais valioso e, no final das contas, assegurar um preço melhor para os cafeicultores. Os produtores de Fero, que fica na região de Sidamo, recebem cerca de R$ 3,60 por quilo de café. A Starbucks vende o produto processado por até R$ 63 por meio quilo.

"Para nós, a questão virou: como lidamos com essa injusta diferença de preços? Como fazemos para garantir que os agricultores pobres recebam um retorno razoável?", diz Getachew Mengistie, diretor-geral do escritório de propriedade intelectual da Etiópia.

A Starbucks passou meses desestimulando a Etiópia de tentar obter a marca registrada para os nomes. Embora a empresa tenha recentemente voltado atrás em relação a isso, ela se recusa a assinar um acordo de licenciamento de marcas registradas, livre de royalties, que foi oferecido pela Etiópia. Executivos da Starbucks dizem que o acordo é juridicamente oneroso e acreditam que ele deixaria a empresa com responsabilidade demais para defender as marcas registradas da Etiópia. "Não é uma coisa que se faça como empresa", diz Hay, vice-presidente sênior de café e compras globais da Starbucks.

À medida que a disputa avançou, autoridades etíopes e a imprensa local acusaram a Starbucks de "colonialismo do café". Os cafeicultores se sentem traídos.

"Se alguém deve ter a marca, somos nós", diz Tilahun Garsamo, presidente da Cooperativa dos Produtores de Fero, que tem mais de 3.000 membros. Eles vivem em casas sem reboque e colhem à mão o café que cresce em seus pequenos lotes de terra. Várias famílias da cooperativa dependem de auxílio alimentação para enfrentar a subnutrição. "Nosso nome", diz Garsamo, "é a coisa mais importante que temos."

Grupos de defesa de causas sociais que antes elogiavam as práticas de compra de café da Starbucks voltaram-se contra a gigante do café. Os críticos dizem que a empresa se recusa a ajudar os esforços da Etiópia para registrar suas marcas porque isso poderia abrir a porta para outros países fazerem o mesmo, adicionando uma camada de custo que pode aumentar os preços que a Starbucks paga. A Starbucks americana compra praticamente todo o seu café de fora dos Estados Unidos, principalmente de países da América Latina. Ela compra cerca de 2% da Etiópia.

"O foco imediato deles é a margem de lucro", diz Adam Kanzer, diretor-gerente da Domini Social Investments, fundo que administra US$ 1,8 bilhão e tem ações da Starbucks. Ele ligou para a empresa no ano passado para manifestar sua preocupação de que a posição dela não condizia com sua tradição de responsabilidade social.

Executivos da Starbucks dizem que não se trata de dinheiro. Eles dizem que querem ajudar os produtores a ganhar mais, mas não acham que o registro de marcas seja a maneira correta de encarar o problema. A Starbucks argumenta que a Etiópia devia em vez disso tentar ganhar "certificações geográficas" — um método legal diferente que outras regiões produtoras de café usaram para usufruir da reputação de seus nomes.

Custos no Setor Público

No prelo: Custos no Setor Público
Editora da UnB
Organizador: César Augusto Tibúrcio Silva

Entrada e saída


Desde seu início, o mestrado Multi já teve/tem 181 alunos. Desses, 105 já defenderam até 31/dezembro/2006 e 10 foram desligados. Computando somente as turmas já encerradas, isso significa um taxa de sucesso de 91,26%.

Se analisarmos os dados da graduação, os valores serão diferentes. Provavelmente um curso de graduação de contabilidade com uma taxa de sucesso de 70% já é positivo. Quais as explicações da diferença entre essas duas taxas de sucesso?

1. Tempo de duração - enquanto um curso de mestrado dura de 2 a 3 anos, um curso de graduação tem um tempo de titulação de 4 anos. Quanto maior o tempo, maior a probabilidade de ocorrerem eventos fortuitos (morte, problemas familiares, doença etc).

2. Idade do estudante - em geral um aluno de graduação é uma pessoa com cerca de 20 anos, que provavelmente não sabe direito sua vocação. O abandono pode ser explicado por essa indecisão. Já um mestrado é feito num período de maior amadurecimento da pessoa.

3. Impacto percebido na carreira - como muitos mestrandos são professores ou futuros mestres, a decisão de fazer mestrado tem uma influencia percebida sobre a carreira profissional. Ou seja, tornar-se mestre é uma necessidade.

4. Grupo social menor - geralmente uma turma de mestrado possui em torno de dez a quinze alunos. Já numa turma de graduação o número pode gerar a quarenta. Um grupo menor pode criar laços de amizade que ajudam nas situações de crises pessoais. "Não despreze o poder do grupo".

5. Punição clara para o curso de mestrado com baixa taxa de sucesso - Os programas de mestrados são punidos pelo órgão regulador quando a taxa de sucesso é baixa. Isso pesa na sua avaliação e faz com que cada programa tenha que tomar muito cuidado com seus ingressantes. Já um curso de graduação também existem punições, mas talvez essas não sejam percebidas.

6. Punição para o aluno que abandona - Um aluno que abandona um curso de graduação pode conseguir uma nova vaga a qualquer momento. Já os programas de mestrado são avessos aos alunos que já abandonaram seus cursos no passado. O aluno de mestrado sabe que o abandono pode significar o fechamento de portas de acesso nos programas.

7. Processo seletivo - O processo seletivo da graduação é realizado "em massa", através de provas objetivas e frias. Já um programa de mestrado utiliza provas objetivas e subjetivas, como entrevistas. Um excelente candidato pode ser reprovado pelo perfil que apresenta nessas entrevistas (arrogância excessiva, falta de educação com os professores, bobagens que diz para banca etc). O Ministério Público já questionou essa subjetividade, mas o argumento da taxa de sucesso é importante.

8. Custo - um curso de graduação pode ter um custo por crédito diferente de um curso de mestrado. O nível de dedicação exigido pelo mestrado faz com que o custo de oportunidade desse seja maior; por conseqüência, um candidato ao mestrado tem uma idéia desse custo e somente aqueles que efetivamente querem fazer o curso arriscam no processo seletivo.

Qual dessas variáveis possui um peso maior? Não sei, mas acredito que somente o item 8 (Custo) seja discutível.

Senhor das guerras

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos (via Blogging) mostrou as empresas que ganharam com a guerra ao terrorismo em 2006:

1. Lockheed Martin (NYSE:LMT), $26.6 billion, ($19.4b em 2005)
2. Boeing (NYSE:BA) = $20.3b,
3. Northrop Grumman (NYSE:NOC) = $16.6b,
4. General Dynamics (NYSE:GD) = $10.5b
5. Raytheon (NYSE:RTN) = $10.1b
6. Halliburton (NYSE:HAL) = $6.1b
7. L-3 Communications Holdings (NYSE:LLL) = $5.2b
8. BAE Systems (BAESY) = $4.7b
9. United Technologies (NYSE:UTX) $4.5b
10. Science Applications Int'l (NYSE:SAI) $3.2b

Imagem positiva e negativa

Uma pesquisa da BBC com 28 mil pessoas de 27 países perguntou a imagem de doze países. O resultado abaixo

07 março 2007

Rir é o melhor remédio - 53

Bershire

Warren Buffet é muito admirado entre os investidores do mercado acionário. Uma das razões deve-se ao fato de que Buffet contradiz a crença do mercado eficiente. A empresa que usa para fazer investimentos, Berkshire, foi no passado uma indústria têxtil.

O relatório anual da Berkshire é um dos eventos mais esperados do ano. O recém-publicado relatório mostra, logo de início, um comparativo entre o desempenho da empresa e a SP500, o índice que agrega as principais empresas comercializadas na bolsa de Nova Iorque.

Mas será que o desempenho da Bershire é bom o suficiente para merecer esse destaque? O gráfico a seguir faz um comparativo entre o desempenho da Berkshire e a SP500 e foi construído a partir do relatório agora divulgado.



A linha azul mostra o desempenho da Berkshire e a vermelha da SP500. Visualmente é possível perceber que na maioria dos anos a empresa ganha do mercado. Mas o que isso realmente significa? Considere que um indivíduo aplicou $100 em 1965 em ações que reproduziam a SP500 e na Bershire. O gráfico abaixo mostra a diferença de desempenho.



Agora a diferença ficou mais perceptível. Essa pessoa que aplicou $100 na Berkshire teria um ganho de mais de 360 mil porcento. Nesse período a bolsa teve uma rentabilidade acumulada de 6.500%, aproximadamente. Essa diferença é percebida claramente no gráfico.

Entretanto, em alguns anos as decisões de Buffet foram contestadas e ele perdeu para a bolsa. O gráfico a seguir mostra uma barra positiva para os anos que Buffet ganhou e uma barra negativa para os anos que perdeu.



Em todo esse período, a Bershire perdeu da SP 500 seis vezes. A maior perda ocorreu em 1999, quando a empresa lucrou 0,5% e o mercado 21%. Mas existem algumas "goleadas" que Buffet aplicou no mercado: 32% em 1966 (20,3% versus - 11,7%), 31,9% em 1974 (5,5% versus - 26,4%), 35,7% em 1975 (59,3% versus 23,6%), 39,3% no ano seguinte (31,9% versus -7,4%), 36,4% em 1981 (31,4% versus -5%), 32,1% em 2002 (10% versus -22,1%)

Wal-Mart investigada

Segundo o Blogging Stocks, depois do escândalo da HP (clique aqui e aqui) e seus espiões, a empresa de varejo Wal-Mart está sendo investigada pelo FBI nos Estados Unidos. A acusação é a leitura inapropriada de e-mails de pessoas que não estão vinculadas à empresa. Um reporter do NY Times teve suas mensagens de texto interceptadas pela empresa.

Custo da aviação

Uma reportagem do Wall Street Journal (Aviação encontra a rota do menor custo, 7/3/2007, Susan Carey) mostra que a aviação está adotando um software para redesenhar as rotas dos aviões e economizar dinheiro para as empresas aéreas em rotas internacionais.

No passado, quando um avião da United Airlines decolava de São Francisco para Frankfurt, os pilotos seguiam a rota padrão: sobre o Estado americano de Montana e depois a nordeste pelo espaço aéreo canadense e sobre a Islândia. Mas graças a um novo software de traçado de rotas que a United está agora instalando em seu centro de operações, o avião, se os ventos e outras condições meteorológicas permitirem, fica no espaço aéreo americano mais tempo, até Cleveland ou Detroit. Isso corta a tarifa canadense pelo "sobrevôo" — a maioria dos países cobra uma tarifa pelo uso de seu espaço aéreo — e reduz o consumo de combustível, gerando uma economia média de US$ 1.433 por avião, por trecho. (...)

Parte da nova equação é minimizar — quando possível — as taxas de sobrevôo mais caras cobradas por alguns países pelo serviço de seus controladores de tráfego aéreo. A Iata estima que as empresas aéreas gastem mais de US$ 20 bilhões por ano no mundo com essas tarifas de navegação.

As fórmulas que os países usam para computar suas tarifas de sobrevôo variam muito. Por exemplo, Camarões, na África, baseia sua cobrança no peso máximo de decolagem do avião. O Canadá cobra de acordo com a distância voada e o peso do avião. Nos Estados Unidos, em vez de tarifas de sobrevôo, os passageiros pagam várias taxas para as companhias aéreas, que repassam o dinheiro para um fundo fiduciário.

A redução das tarifas de sobrevôo precisa ser equilibrada com os custos adicionais de combustível se uma rota alternativa for menos direta. O sistema do software acompanha uma série de outros dados: condições climáticas; localização do aeroporto e de pistas de pouso; peso e desempenho de cada avião na frota da companhia aérea; espaço aéreo bloqueado temporariamente; e as localizações de rotas aéreas fixas, cuja escolha muda diariamente devido aos ventos.

06 março 2007

Rir é o melhor remédio - 52

Bobagem de um advogado

Como um advogado pode por tudo a perder. Caso divulgado pela Agência Lusa (EUA:Juiz declara nulidade de um processo intentado pelo Banco Espírito Santo, 05/3/2007)



Miami - Um juiz declarou hoje a nulidade de um processo intentado pelo Banco português Espírito Santo (BES) contra a firma de contabilidade norte-americana Bdo Seidman LLP num caso de fraude que envolve 170 milhões de dólares.

A decisão foi tomada depois de um advogado do BES ter mencionado o suicídio de um dos executivos da empresa norte-americana, indo assim contra as ordens do juiz.

O juiz do condado Miami-Dade José M. Rodriguez concordou com a Bdo Seidman de que a empresa não podia ter um julgamento justo.

Um advogado do Banco Espírito Santo mencionou a semana passada o suicídio quando interrogava uma testemunha. O juiz tinha proibido qualquer referência ao suicídio numa ordem emitida antes de o julgamento começar.

O Banco Espírito Santo pôs em 2004 uma acção em tribunal contra a Bdo Seidman acusando-a de não ter revelado uma fraude de um antigo parceiro do BES, E.S. Bankest LLc.

O BES disse que a Bdo Seidman, contratada para fazer uma auditoria às contas do Bankest, não detectou as fraudes que começaram no final dos anos 90, em parte porque a firma tinha relações financeiras com outro parceiro do Bankest.

Um advogado que representa a Bdo Seidman, Mark Schnapp, argumentou que o júri iria associar o suicídio com a descoberta da fraude dos serviços financeiros da firma, uma ligação que nunca foi sugerida.

A audição das testemunhas do abortado julgamento começou no final de Janeiro. Foi marcada uma reunião para quarta-feira para planear um novo julgamento.

A Bdo Seidman elogiou a decisão do juiz num comunicado e condenou o que qualificou de observações "altamente prejudiciais e inflamatórias" do advogado do BES.

"Estas observações foram apenas o último exemplo de como os queixosos tentaram distrair o júri dos factos do caso, (Ó) através de insinuações impróprias que não tinham base neste julgamento", assinala o comunicado da firma norte-americana.

Steven Thomas, um advogado do Espírito Santo, disse que os advogados da Bdo Seidman tinham-se orientado desde o início para que o processo fosse declarado nulo. A referência do seu colega ao suicido não foi intencional, disse.

"Estamos desapontados mas respeitamos a decisão do juiz", frisou Thomas.


Acredite, se quiser

Do Globo (Mudança nas contas vai atingir um terço do PIB, 06/03/2007, Cássia Almeida eLuciana Rodrigues)

(...) Novas pesquisas ajudarão a estimar a informalidade

O debate sobre informalidade na economia ganhará novo contorno. Antes estimado pelo IBGE em 12% do PIB, o dado será mais bem calculado. Será possível cruzar, por exemplo, a produção de cimento, com o uso de empresas formais e famílias, o consumo formiga, mais informal.

— Será possível agora fazer a conta de qual o tamanho (em reais) da economia informal — afirmou o coordenador. [Roberto Olinto, coordenador de Contas Nacionais do IBGE]

Contabilidade mais feminina

Reportagem da Gazeta de hoje mostra que a profissão contábil está mais feminina:

Uma ciência contábil e mais feminnina

São Paulo, 6 de Março de 2007 - Elas já são 37% dos profissionais em atividade, com 144.767 contadoras por todo o País. Desta vez silenciosamente e mais centradas em objetivos" corporativos", as mulheres, que lideraram a revolução dos costumes nos anos 1960, preparam-se para comemorar o seu dia, em 8 de março, mantendo o nível ascendente de suas conquistas. Inclusive em áreas que havia pouca representatividade feminina, elas também estão chegando lá.

Um estudo do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) mostra um rápido crescimento feminino na carreira contábil, que tem sido sempre eminentemente masculina. As mulheres correspondem, hoje, a 37% dos profissionais ativos, num total de 144.767 contadoras em todo o País. São Paulo, com a maior concentração desses profissionais em níveis técnico e superior, claro, lidera o ranking: as mulheres correspondem a 33% da mão-de-obra do segmento. (...)

Pesquisa e Ensino

Uma questão que tem sido debatida em alguns blogs refere-se à pesquisa e ensino na universidade.

De uma maneira geral, a pesquisa tem sido a questão mais destacada quando se comenta sobre o ensino superior. Recentemente, na última Revista Brasileira de Contabilidade, foi discutida uma pesquisa realizada no Brasil sobre os maiores pesquisadores brasileiros na área de contabilidade. Destaco, inicialmente, o ineditismo desse ranking no Brasil. Entretanto, a metodologia usada poderia ser questionada. Afinal, a qualidade é igual a quantidade?

Recentemente no Blog de Greg Mankiw foi publicada uma crítica ao fato do peso na universidade ser para as pessoas que publicam. Argumenta-se que a maioria dos artigos que são publicados é realmente questionável.

Nessa semana, o debate Posner e Becker foi sobre escolas de economias e ranking. Posner acha que os rankings são manipuláveis pelas escolas, dependendo do atributo. Becker lembra que nos últimos anos tem crescido o interesse por ranking. Isso ocorre devido à dificuldade dos estudantes, pacientes e outros consumidores em ter uma informação suficiente sobre os atributos que são oferecidos nas escolas, hospitais e outros serviços. Becker lembra que os rankings podem conduzir a um "jogo" na medida. Por exemplo, se os hospitais são classificados pela taxa de mortalidade dos seus pacientes, isso pode conduzir essas organizações a não aceitar pacientes que estão em estado grave.

Voltando nossa atenção para a academia, a presença de rankings pode conduzir a distorções. Hoje os pesquisadores brasileiros sabem, por exemplo, que publicar um artigo num periódico pode significar mais pontos que publicar em outro periódico. Isso também é válido para congressos e outras atividades. Quando faço um parecer para um periódico não ganho pontos na minha atividade de pesquisador na visão da Capes. Mas quando publico um artigo num periódico de nível A, ganho. Esse tipo de situação conduz ao que Becker chamou de "jogo", incentivando o comportamento do pesquisador para algo que talvez não seja adequado.

Andrew Oswald, da University of Warwick, fez uma pesquisa simples, mas interessante. Usando dados de periódicos antigos na área de economia, Oswald critica as universidades que tem sua política voltada para publicação em periódicos de prestígio. Para Oswald, publicar nesses periódicos não significa necessariamente qualidade. Utilizando o impacto da citação como variável, Oswald mostra que uma pesquisa publicada num periódico de alto nível pode ser "pobre" pois não é lembrada posteriormente. Já uma excelente pesquisa publicada num periódico de nível mediano pode ser considerada de maior qualidade já que é lembrada mais vezes. (Oswald explica que isso decorre do desvio-padrão)

Ellison, do MIT e do NBER, mostrou que nos últimos anos o número de artigos publicados nos periódicos científicos de economia escritos por departamentos de universidades de renome tem declinado. A justificativa para isso talvez seja o acesso mais fácil aos dados proporcionado pela Internet.

Links

1. Qual a origem de marcas famosas?

2. Entrevista com Myron Scholes - Comenta sobre Long Term Capital Management

He readily acknowledges that the episode was financially and personally embarrassing: "In life you pay tuition, right? Sometimes you pay too much tuition. Sometimes learning is costly."


3. Qual a razão das melhores tenistas serem russas e terem surgido no clube Spartak?

05 março 2007

Contadores: estoques em elaboração e acabado

Segundo os dados do INEP para 2005, a posição do cursos de Contabilidade:

Número de cursos

1 Administração = 1578
2 Pedagogia = 1524
3 Prof. Língua/Lit. Est. Clássica = 872
4 Normal Superior = 871
5 Direito = 861
6 Contabilidade = 808

Vagas

1 Administração = 371.502
2 Direito = 212.739
3 Pedagogia = 153.962
4 Contabilidade = 89.984

Ingressos

1. Administração = 211.392
2. Direito = 144.845
3. Pedagogia = 81.234
4. Contabilidade = 51.970 (Relação entre ingresso e vaga de 58%)

Matrículas

Administração = 626.301
Direito = 565.705
Pedagogia = 288.156
Contabilidade = 170.437

CONCLUINTES, ou seja, novos contadores/ por ano:

1. Administração = 92.054
2. Direito = 73.323
3. Pedagogia = 71.662
4. Prof. Língua/Lit. Est. Clássica = 29.737
5. Normal Superior = 29.637
6. Contabilidade = 28.327

Taxa de Câmbio

Previsão da taxa de câmbio (Real/dólar) do JP Morgan

3 meses = 2,19
12 meses = 2,34

Fonte: JP Morgan, The economist

Rir é o melhor remédio - 51

Bancos Estrangeiros e tarifas

Uma das justificativas para a abertura do setor financeiro aos bancos estrangeiros era a promessa de maior competição. Reportagem do Globo de 05/03/2007 mostra que isso não ocorreu (Banco estrangeiro, tarifa elevada, Bruno Rosa):

A chegada das instituições financeiras estrangeiras ao Brasil em meados dos anos 90 ainda não surtiu efeito quando o assunto é concorrência bancária. Considerando os valores médios de 61 tarifas, os bancos internacionais cobram mais caro do que os concorrentes (instituições privadas nacionais, estaduais e federais) em 21 delas. O restante é divido entre os outros grupos. As diferenças nos preços dos serviços chegam a 3.025%. Os estrangeiros lideram ainda o grupo de bancos com o menor número de tarifas mais baratas. São cinco, contra 34 serviços das instituições federais, 14 das estaduais e nove das privadas.

Os dados fazem parte de levantamento inédito feito pelo site Vida Econômica, de Miguel José Ribeiro de Oliveira, vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). E o problema não pára aí: números do Banco Central mostram concentração maior do sistema financeiro nesta década. Entre 2001 e 2007, o total de bancos comerciais — o que inclui bancos estrangeiros com filiais no país — encolheu de 28 para 21.

Apesar de os bancos terem diferentes periodicidades de cobrança, a média das tarifas nas instituições estrangeiras atinge R$168,39, contra R$80,26 dos serviços dos bancos federais. Entre as tarifas das instituições privadas nacionais, a média é de R$148,14, enquanto a dos bancos estaduais fica em R$93,13.

Segundo Oliveira, o estudo mostra que a competição no sistema bancário está longe de ser acirrada. Apesar de o BC ter promovido a abertura do sistema financeiro nacional na década passada, permitindo a vinda de diversos bancos estrangeiros — que compraram instituições problemáticas como Banco Econômico e Bamerindus, além da privatização de diversas instituições como o Banerj — ainda não houve a tão sonhada queda dos custos dos serviços.

— A conclusão do levantamento foi surpreendente. Os bancos estrangeiros deveriam ter trazido nova mentalidade e maior concorrência ao país. Enquanto as instituições estrangeiras cobram mais caro em 21 tarifas, os federais têm maior custo em seis; os estaduais, em 13; e os privados nacionais, em 21 — afirmou Oliveira.

Abrir cadastro é 794% mais caro

A pesquisa, que traçou os valores médios dos serviços dos bancos em dezembro de 2006, constatou, por exemplo, que ter um cartão de crédito adicional internacional sai por R$250 nas instituições estrangeiras, valor 3.025% maior quando comparado ao dos bancos estaduais, onde sai a R$8. Nos bancos privados nacionais, o serviço custa R$18,67. As instituições federais não cobram pelo serviço.

Os bancos estrangeiros cobram R$137,91 de seus clientes para abrir um cadastro. O valor é 794,36% maior em relação ao verificado nas instituições estaduais, de R$15,42. Nas federais, o serviço custa R$16, e nas privadas nacionais, R$69,10.

Os clientes de bancos internacionais também pagam 51,5% mais caro para tirar um extrato da conta em terminais eletrônicos — sai a R$2,47 — em relação aos bancos federais (R$1,63). Já os bancos privados nacionais cobram R$1,93 e os estaduais, R$2,45.

(...) Na opinião de especialistas em varejo bancário, há várias razões para o cenário. A principal delas são os altos juros cobrados no país, que desestimularam uma guerra nos preços dos serviços. A falta de concorrência em alguns nichos do setor bancário, o baixo valor dos serviços cobrados no país, quando comparados aos fixados no exterior, são outras razões apontadas pelos analistas.

Taxa básica de juros alta afeta competição

Segundo Rodrigo Indiani, analista de risco da Austin Rating, as instituições estrangeiras tinham uma fonte de receita garantida com a Selic alta dos últimos anos. Esta semana o BC decide a nova taxa, hoje em 13% ao ano.

— Hoje o cenário mudou um pouco, mas demora. O primeiro passo foi o investimento da expansão da carteira de crédito. O segundo é a maior concorrência no preço de tarifas.

Alvaro Musa, presidente da Partner Consultoria, ressaltou que as tarifas no exterior são mais caras devido aos juros baixos. Com a Selic caindo no Brasil, os bancos estão se preparando para adotar, aos poucos, o perfil usado no exterior:

— No Brasil, o spread (diferença entre o custo de captação dos bancos e a taxa cobrada do cliente) é alto e as tarifas, baixas. No exterior, o spread é baixo e as tarifas, altas.

Ou seja, aqui os estrangeiros ganham não só com juros altos, mas também porque não baixaram tarifas.

Luis Roberto Troster, ex-economista-chefe da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), relacionou as altas tarifas ao perfil dos clientes.

— Os federais e estaduais têm uma carteira mais heterogênea. As instituições estrangeiras cobram mais caro porque possuem clientes de classes sociais mais elevadas. Esses bancos já possuem uma tradição de trabalhar com clientes de maior renda. Um TED, por exemplo, custa R$11,27 no Brasil, contra US$20 nos Estados Unidos.

03 março 2007

Na Austrália, trabalhadoras do Sexo estão satisfeitas com o emprego

Notícia da Austrália informa que prostitutas estão felizes com seus empregos. Em geral a satisfação é maior quando a família conhece a profissão da mulher, diz Seib, a pesquisadora responsável.

As razões para a escolha da profissão - ou, como afirma a fonte, "entrar na indústria": 82% pelo dinheiro e 52% pela flexibilidade das horas de trabalho. 39% citaram um objetivo particular, como um novo carro, uma casa ou férias. Um quarto das entrevistadas possuem no mínimo o grau de bacharel e 60% tinham emprego antes de se juntar a indústria.

A queda do mercado


A semana presenciou a queda na bolsa de valores. A figura é do Wall Street Journal e resume o que ocorreu. Quanto mais escura é a cor, maior a queda da bolsa. Na Argentina foi de 9,3%, um pouco acima da Malasia (9,26%); enquanto isso, a Bovespa foi de 7,92%. A única bolsa de subiu: Venezuela, com 4,39%. Clique no link para um gráfico em Flash

Power Point ganha Oscar

O sítio Presentation Zen, que trata de dicas para fazer uma boa apresentação, afirma que mostrar slides venceu o Oscar. Trata-se do filme "Uma Verdade Inconveniente", que venceu o Oscar de melhor documentário e de música.

No filme mostra imagens de Al Gore trabalhando num microcomputador, aparentemente mexendo com a apresentação sobre o aquecimento global. Isso cria uma impressão, falsa, de que Al Gore, ex-candidato a presidência do Estados Unidos, é o responsável pelas transparências da sua apresentação.

A Duarte Design, de Nancy Duarte, também está feliz. A Duarte Design trabalha com Al Gore desde 2003, informa o sítio.

02 março 2007

Crise na Editora Três

A crise na editora Três, que publica a revista Istoé, já era antiga. A editora está à venda com dois ou três interessados. E agora, segundo o sítio Blue Bus, os funcionários estão em greve:

Funcionários da Editora Três acabam de distribuir por email manifesto que diz - "Em busca de salários e obrigaçoes trabalhistas nao cumpridas pela Editora Três - empresa que publica as revistas Istoé, Istoé Dinheiro, Dinheiro Rural, Istoé Gente, Planeta, Motor Show e Menu; A favor da finalizaçao das negociaçoes que envolvem o controle da companhia; E por informaçoes objetivas que apontem uma soluçao para as muitas questoes trabalhistas pendentes, comunicamos respeitosamente ao público que nós, profissionais da Editora Três, resolvemos entrar em greve - amparada em lei e registrada na Delegacia Regional do Trabalho - a partir desta data"

Mais dinheiro para o Pan

Do Estado de hoje:

Câmara aprova MP de R$ 438 mi

Os recursos fazem parte do orçamento para infra-estrutura, obras e segurança dos Jogos

Denise Madueño

A Câmara aprovou ontem medida provisória que libera mais recursos para pagar despesas com a realização dos Jogos Pan-Americanos que se realizarão em julho, no Rio de Janeiro. Ao todo, a MP destina R$ 438,3 milhões para custear gastos com infra-estrutura, realização dos eventos, segurança e para obras nos aeroportos que receberão turistas e atletas. (...)

Para justificar a edição da MP, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, argumentou que o atraso na liberação do dinheiro 'comprometeria os resultados esperados, prejudicaria a imagem do País, o que poderia acarretar debilidade do Brasil a futuras candidaturas para competições da mesma importância'. Ele também alegou que a falta dos recursos poderia comprometer a realização do Pan-Americano - caso as obras de infra-estrutura não sejam finalizadas em tempo hábil.


Esse é um típico caso que os livros de contabilidade de custos chamam de custos comprometidos. Nessa situação, apesar do custo está acontecendo agora, sua decisão que impactou os custos, foi no passado. Em tais situações, o principal ponto do processo decisório foi o momento da decisão e aprovação da candidatura. Depois que isso foi feito, os custos irão ocorrer em outros períodos, mas o administrador teria pouca influencia sobre o mesmo.

O presidente da FIFA já disse que, das duas candidaturas da Copa do Mundo, a do Brasil seria a mais séria. A Colômbia, a outra candidata, seria um país problemático, com muito crime, tráfico de drogas e o uso da Copa para fins políticos. No Brasil, isso não ocorre, segundo as afirmações de Blatter.

Como nossos estádios não tem condições de sediar jogos internacionais, os custos futuros serão decorrentes da decisão que foi tomada referente a candidatura.

01 março 2007

Rir é o melhor remédio - 50



As tirinhas do PhD Comics são interessantes por refletir um pouco a realidade de um universidade. Já fui mestrando e doutorando e sei como é estar no papel de um estudante com dúvidas e dificuldades para construir uma pesquisa, fatos que são narrados nas tirinhas. O humor é importante.

Links

1. As casas mais caras da AL

2. Go e o Computador (Aqui postagem antiga)

3. 3. Efeito manada e a crise da China