26 outubro 2017
25 outubro 2017
Finanças não é ciência
O mundo acadêmico das finanças está cheio de intelectuais, mas idiotas. Os melhores fundos de hedge do mundo (aqueles que "batem" o mercado ano após ano) não contratam economistas nem doutores em finanças, pois o conhecimento dessas disciplinas é praticamente inútil no mercado financeiro, principalmente econometria. Existem 3 problemas em finanças.
1) Não é possível estabelecer leis imutáveis em finanças. Nada funciona para sempre.
Finanças é o resultado de mudanças de instituições, agentes e leis humanas. Ao contrário dos fenômenos físicos, os mercados financeiros são um sistema adaptativo. Não há leis positivas em finanças. Na melhor das hipóteses, os acadêmicos podem encontrar algo que costumava trabalhar, já que a oportunidade será arbitrada após sua publicação.
2) O método científico não pode ser aplicado em finanças
O único laboratório financeiro é o mercado. Os acadêmicos não podem repetir experiências, portanto suas descobertas não podem ser validadas independentemente. Em vez disso, os acadêmicos afirmam que as simulações históricas (backtests) podem substituir experiências verdadeiras. Mesmo que isso fosse verdade, praticamente nenhum estudo controla testes múltiplos, uma prática que a American Statistical Association considera "altamente enganosa". Como o atual presidente da American Finance Association reconheceu, isso significa que a grande maioria das descobertas publicadas em revistas de finanças provavelmente são falsas, devido ao viés de seleção. A razão pela qual essas teorias financeiras pseudocientíficas são ensinadas nas salas de aula é porque elas são não são falsificáveis num sentido popperiano.
3) Todas as evidências mostram que as finanças acadêmicas não funcionam
Onde estão os acadêmicos da área de finanças bilionários? Não há vencedores bilionários do Prêmio Nobel em Economia. Nenhuma teoria financeira acadêmica gerou retornos de investimento substanciais para seus autores. Claro, alguns acadêmicos se enriqueceram cobrando taxas de gerenciamento ultrajantes para seus investidores, mas isso não tornou seus investidores mais ricos. Previsões inúteis significam que as finanças não são uma ciência.
1) Não é possível estabelecer leis imutáveis em finanças. Nada funciona para sempre.
Finanças é o resultado de mudanças de instituições, agentes e leis humanas. Ao contrário dos fenômenos físicos, os mercados financeiros são um sistema adaptativo. Não há leis positivas em finanças. Na melhor das hipóteses, os acadêmicos podem encontrar algo que costumava trabalhar, já que a oportunidade será arbitrada após sua publicação.
2) O método científico não pode ser aplicado em finanças
O único laboratório financeiro é o mercado. Os acadêmicos não podem repetir experiências, portanto suas descobertas não podem ser validadas independentemente. Em vez disso, os acadêmicos afirmam que as simulações históricas (backtests) podem substituir experiências verdadeiras. Mesmo que isso fosse verdade, praticamente nenhum estudo controla testes múltiplos, uma prática que a American Statistical Association considera "altamente enganosa". Como o atual presidente da American Finance Association reconheceu, isso significa que a grande maioria das descobertas publicadas em revistas de finanças provavelmente são falsas, devido ao viés de seleção. A razão pela qual essas teorias financeiras pseudocientíficas são ensinadas nas salas de aula é porque elas são não são falsificáveis num sentido popperiano.
3) Todas as evidências mostram que as finanças acadêmicas não funcionam
Onde estão os acadêmicos da área de finanças bilionários? Não há vencedores bilionários do Prêmio Nobel em Economia. Nenhuma teoria financeira acadêmica gerou retornos de investimento substanciais para seus autores. Claro, alguns acadêmicos se enriqueceram cobrando taxas de gerenciamento ultrajantes para seus investidores, mas isso não tornou seus investidores mais ricos. Previsões inúteis significam que as finanças não são uma ciência.
24 outubro 2017
23 outubro 2017
Ex-trader de câmbio do HSBC é culpado de fraude
Mark Johnson, ex-negociador de moeda estrangeira do HSBC, foi considerado culpado de conspiração e fraude de um cliente em um negócio de câmbio no valor de $3,5 bilhões. Segundo o Financial Times, essa decisão poderá trazer implicações históricas para o funcionamento do mercado de câmbio que movimenta cerca de $5,3 trilhões por dia.
O ex-bancário enfrentara até 20 anos de prisão após ter sido considerado culpado em nove das acusações (oito de fraude e um de conspiração), sendo considerado inocente em apenas uma.
Johnson foi preso em julho de 2016 no Aeroporto internacional de Nova Iorque e foi acusado de conspirar, em 2011, com outros funcionários da empresa, para comprar libras esterlinas antes de realizar uma operação cambial de US $ 3,5 bilhões solicitada pela Cairn Energy (empresa britânica de óleo e gás), que ajudou a aumentar o preço de moeda. O processo, de acordo com a acusação, lhes permitiu ganhar milhões de dólares em detrimento de seu cliente.
O ex-bancário enfrentara até 20 anos de prisão após ter sido considerado culpado em nove das acusações (oito de fraude e um de conspiração), sendo considerado inocente em apenas uma.
Johnson foi preso em julho de 2016 no Aeroporto internacional de Nova Iorque e foi acusado de conspirar, em 2011, com outros funcionários da empresa, para comprar libras esterlinas antes de realizar uma operação cambial de US $ 3,5 bilhões solicitada pela Cairn Energy (empresa britânica de óleo e gás), que ajudou a aumentar o preço de moeda. O processo, de acordo com a acusação, lhes permitiu ganhar milhões de dólares em detrimento de seu cliente.
Roubo de Combustível
Recentemente o México abriu o mercado de distribuição de combustível para o investidor privado (e estrangeiro). Entretanto, desde então, os investidores não estão muito animados em atuar no mercado de forma mais intensa. Um dos motivos é a segurança ou o roubo de combustível. Segundo este site, o roubo de combustível custa para Pemex, a equivalente da Petrobras do México, o valor de US$ 4 milhões por dia ou 1,4 bilhão por ano (bem menos do que o desvio ocorrido na estatal brasileira, segundo a estimativa, pouco confiável, da empresa). Apesar dos gastos na prevenção do roubo, desde 2008 foram 1,5 bilhão, o número de desvios continua aumentando. Recentemente, os ladrões roubaram combustível diretamente de um posto de combustível da Pemex.
Sobre o curso de contábeis
Sobre o curso de Contábeis, o portal G1 fez uma reportagem, entrevistando a professora Clésia, da UnB, e Selma, da UFF:
Guia de carreiras - Ciências Contábeis
De acordo com a Fundação Brasileira de Contabilidade, o Brasil possui 530.373 profissionais da área – sendo 65,8% graduados e outros 34,2%, técnicos. Só em 2015, 42.483 pessoas se formaram nesse curso em universidades particulares e públicas do Brasil. No mesmo ano, foi a 10ª carreira mais procurada no Sistema de Seleção Unificada (Sisu).
Mesmo assim, a profissão ainda é cercada de mitos – confundida com administração e economia, por exemplo. Para discutir o que costuma ser dito sobre as ciências contábeis, o G1 entrevistou os seguintes especialistas: Selma Alves Dios, professora da Universidade Federal Fluminense (UFF)e Clésia Camilo Pereira, do departamento de ciências contábeis e atuariais da Universidade de Brasília (UnB)
Confira a seguir:
O curso de ciências contábeis é muito semelhante aos de economia e administração?
Não. É comum que candidatos façam inscrição no vestibular e coloquem “ciências contábeis” como segunda opção e “economia” como primeira, por exemplo. Mas é preciso ter cuidado: os cursos têm focos muito diferentes.
Em ciências contábeis, a área principal é registrar e analisar contas. É concentrado no funcionamento dos agentes econômicos – sejam empresas, órgãos públicos ou terceiro setor. “A contabilidade foca na entidade que atua no mercado: no registro das operações dela e na prestação de informação sobre o patrimônio, por exemplo”, explica Selma Alves Dios, professora da Universidade Federal Fluminense (UFF).
Já a graduação em economia é voltada para a chamada “macroeconomia”. “O profissional dessa área aprende a ter uma visão do funcionamento do mercado e da economia como um todo, no qual estão inseridas as instituições”, completa Selma. E, em administração, o foco é na gestão da empresa – questões estratégicas, recursos humanos, marketing, etc. “A contabilidade vai avaliar justamente os efeitos econômicos dessas ações aplicadas pelos administradores”, explica a professora.
Toda empresa precisa de uma pessoa formada em ciências contábeis?
Sim. “As empresas de pequeno porte não precisam necessariamente de um economista ou de um administrador, mas obrigatoriamente de um contador”, afirma Clésia Camilo Pereira, do departamento de ciências contábeis e atuariais da Universidade de Brasília (UnB). “O controle e a prestação de contas são imprescindíveis a todas as organizações, independentemente do tamanho ou da finalidade delas”, completa a professora Selma.
Isso faz com que o mercado da profissão seja amplo e que a oferta de empregos, satisfatória. Além de atuar especificamente nas empresas, é possível também trabalhar em escritórios que prestem o serviço de contabilidade para quem os contratar. “As firmas individuais, por exemplo, podem preferir contratar o escritório. O serviço encomendado por elas começa já na abertura dela, na legalização de todo o processo”, afirma Selma.
É preciso ser muito bom em matemática?
Não. A área da contabilidade não exige conhecimentos profundos de matemática pesada ou fundamentos mais densos dela. Embora o curso aborde tópicos como estatística e cálculo, não são demandadas habilidades complexas na profissão. É possível contar também com os avanços tecnológicos para fazer as operações matemáticas no dia a dia. “Atualmente, temos muitos sistemas informatizados que nos auxiliam”, afirma Clésia.
No entanto, apesar de não ser necessário ter conhecimentos tão aprofundados, é interessante que o estudante tenha prazer em lidar com números. Afinal, boa parte das tarefas da contabilidade os envolve.
A rotina da profissão é insana?
Depende. “A carga de trabalho é grande e demanda tempo”, afirma Selma. As tarefas envolvem questões de responsabilidade, como prestação e fechamento de contas. A necessidade de sempre fornecer dados corretos e de cumprir os prazos faz com que o profissional trabalhe sob pressão. Apesar disso, a existência de recursos tecnológicos para auxiliar na tabulação de dados pode facilitar a execução das tarefas.
É importante entender também que a demanda de trabalho é sazonal. Em início de ano, por exemplo, as declarações de imposto de renda podem sobrecarregar as equipes.
É necessário ter conhecimentos além da contabilidade?
Sim. “É uma área muito disputada por profissionais de economia, de direito e de administração. Se a pessoa mantiver somente a formação nos números e no registro de contas, ela vai perder a oportunidade de ampliar sua participação no mercado”, afirma a professora da UFF. Ela avalia que é importante ter visão de negócios, habilidade de planejamento e conhecimentos do cenário econômico. Especializações, por exemplo, podem aprofundar questões como controladoria, auditoria, mercado e finanças.
Clésia reforça a necessidade de ir além da formação básica. “Embora existam muitos profissionais no mercado, há a procura por aqueles que não se limitam às questões fiscais, que tenham também noções de gerência, por exemplo”, afirma.
Guia de carreiras - Ciências Contábeis
De acordo com a Fundação Brasileira de Contabilidade, o Brasil possui 530.373 profissionais da área – sendo 65,8% graduados e outros 34,2%, técnicos. Só em 2015, 42.483 pessoas se formaram nesse curso em universidades particulares e públicas do Brasil. No mesmo ano, foi a 10ª carreira mais procurada no Sistema de Seleção Unificada (Sisu).
Mesmo assim, a profissão ainda é cercada de mitos – confundida com administração e economia, por exemplo. Para discutir o que costuma ser dito sobre as ciências contábeis, o G1 entrevistou os seguintes especialistas: Selma Alves Dios, professora da Universidade Federal Fluminense (UFF)e Clésia Camilo Pereira, do departamento de ciências contábeis e atuariais da Universidade de Brasília (UnB)
Confira a seguir:
O curso de ciências contábeis é muito semelhante aos de economia e administração?
Não. É comum que candidatos façam inscrição no vestibular e coloquem “ciências contábeis” como segunda opção e “economia” como primeira, por exemplo. Mas é preciso ter cuidado: os cursos têm focos muito diferentes.
Em ciências contábeis, a área principal é registrar e analisar contas. É concentrado no funcionamento dos agentes econômicos – sejam empresas, órgãos públicos ou terceiro setor. “A contabilidade foca na entidade que atua no mercado: no registro das operações dela e na prestação de informação sobre o patrimônio, por exemplo”, explica Selma Alves Dios, professora da Universidade Federal Fluminense (UFF).
Já a graduação em economia é voltada para a chamada “macroeconomia”. “O profissional dessa área aprende a ter uma visão do funcionamento do mercado e da economia como um todo, no qual estão inseridas as instituições”, completa Selma. E, em administração, o foco é na gestão da empresa – questões estratégicas, recursos humanos, marketing, etc. “A contabilidade vai avaliar justamente os efeitos econômicos dessas ações aplicadas pelos administradores”, explica a professora.
Toda empresa precisa de uma pessoa formada em ciências contábeis?
Sim. “As empresas de pequeno porte não precisam necessariamente de um economista ou de um administrador, mas obrigatoriamente de um contador”, afirma Clésia Camilo Pereira, do departamento de ciências contábeis e atuariais da Universidade de Brasília (UnB). “O controle e a prestação de contas são imprescindíveis a todas as organizações, independentemente do tamanho ou da finalidade delas”, completa a professora Selma.
Isso faz com que o mercado da profissão seja amplo e que a oferta de empregos, satisfatória. Além de atuar especificamente nas empresas, é possível também trabalhar em escritórios que prestem o serviço de contabilidade para quem os contratar. “As firmas individuais, por exemplo, podem preferir contratar o escritório. O serviço encomendado por elas começa já na abertura dela, na legalização de todo o processo”, afirma Selma.
É preciso ser muito bom em matemática?
Não. A área da contabilidade não exige conhecimentos profundos de matemática pesada ou fundamentos mais densos dela. Embora o curso aborde tópicos como estatística e cálculo, não são demandadas habilidades complexas na profissão. É possível contar também com os avanços tecnológicos para fazer as operações matemáticas no dia a dia. “Atualmente, temos muitos sistemas informatizados que nos auxiliam”, afirma Clésia.
No entanto, apesar de não ser necessário ter conhecimentos tão aprofundados, é interessante que o estudante tenha prazer em lidar com números. Afinal, boa parte das tarefas da contabilidade os envolve.
A rotina da profissão é insana?
Depende. “A carga de trabalho é grande e demanda tempo”, afirma Selma. As tarefas envolvem questões de responsabilidade, como prestação e fechamento de contas. A necessidade de sempre fornecer dados corretos e de cumprir os prazos faz com que o profissional trabalhe sob pressão. Apesar disso, a existência de recursos tecnológicos para auxiliar na tabulação de dados pode facilitar a execução das tarefas.
É importante entender também que a demanda de trabalho é sazonal. Em início de ano, por exemplo, as declarações de imposto de renda podem sobrecarregar as equipes.
É necessário ter conhecimentos além da contabilidade?
Sim. “É uma área muito disputada por profissionais de economia, de direito e de administração. Se a pessoa mantiver somente a formação nos números e no registro de contas, ela vai perder a oportunidade de ampliar sua participação no mercado”, afirma a professora da UFF. Ela avalia que é importante ter visão de negócios, habilidade de planejamento e conhecimentos do cenário econômico. Especializações, por exemplo, podem aprofundar questões como controladoria, auditoria, mercado e finanças.
Clésia reforça a necessidade de ir além da formação básica. “Embora existam muitos profissionais no mercado, há a procura por aqueles que não se limitam às questões fiscais, que tenham também noções de gerência, por exemplo”, afirma.
22 outubro 2017
Links
Quando um político pode ser "humano" (ao lado)
Notas de zero euros existe
Bebê escuta a sua mãe pela primeira vez (vídeo)
Pocket of predictibility: quando o mercado acionário possui períodos curtos de previsibilidade
Clube de futebol português do Porto está revelando e-mails do seu inimigo, o Benfica. Inclui bruxaria. E Benfica deseja indenização. E aqui, como os e-mails chegaram ao Porto.
Notas de zero euros existe
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Pocket of predictibility: quando o mercado acionário possui períodos curtos de previsibilidade
Clube de futebol português do Porto está revelando e-mails do seu inimigo, o Benfica. Inclui bruxaria. E Benfica deseja indenização. E aqui, como os e-mails chegaram ao Porto.
Especialista
“Angola não será a próxima Venezuela”. Essa é pelo menos a convicção que empresária Isabel dos Santos transmitiu num evento promovido pela Reuters em Londres, onde garantiu que entre Angola e Venezuela “não há praticamente nada em comum. Talvez só o tempo”, admitiu a empresária em declarações citadas no portal Angola Nossa.
No que diz respeito à corrupção, e questionada sobre se este é um dos problemas mais difíceis de resolver em Angola, a empresária rejeitou que o seu país possa ser conotado em exclusivo a essa situação. “A corrupção não é uma questão específica de um povo, ou de um país, é específico do ser humano. Depende da educação que se tem, da mãe, do pai, do professor”, realçou a empresária.
Fonte: Aqui
Quem é Isabel Santos? Ela é a mulher mais rica da África. Conseguiu boa parte da sua fortuna provavelmente por ser filha de José Eduardo dos Santos, presidente de Angola desde 1979.
No que diz respeito à corrupção, e questionada sobre se este é um dos problemas mais difíceis de resolver em Angola, a empresária rejeitou que o seu país possa ser conotado em exclusivo a essa situação. “A corrupção não é uma questão específica de um povo, ou de um país, é específico do ser humano. Depende da educação que se tem, da mãe, do pai, do professor”, realçou a empresária.
Fonte: Aqui
Quem é Isabel Santos? Ela é a mulher mais rica da África. Conseguiu boa parte da sua fortuna provavelmente por ser filha de José Eduardo dos Santos, presidente de Angola desde 1979.
Fato da Semana: Desemprego
Fato da Semana: Desemprego no setor contábil
Data: 19 de outubro
Contextualização - Os dados do Caged, que este blog acompanha mensalmente, talvez seja a grande fonte de informação sobre o desempenho do setor contábil. Os dados informam o número de admitidos e demitidos, com ricas informações sobre ocupação, salário, idade, região, gênero, entre outras.Começamos a acompanhar estas informações há meses e já era perceptível os reflexos da maior crise econômica da história do Brasil no emprego. De janeiro de 2014 até o último mês foram extintas quase 38 mil vagas de trabalho formal. É muita gente sem emprego.
Relevância - A grande questão é que nos últimos meses ocorreu um descolamento entre os dados da economia e do setor contábil. Enquanto existe uma "recuperação" na economia, no setor contábil somente um mês o número de admitidos foi superior ao número de demitidos. Isto pode ser um reflexo de uma crise maior, estrutural, no setor? De qualquer forma, o otimismo daqueles que afirmam que "não falta emprego para quem quer trabalhar na área" deve ser visto com muita cautela. Em agosto ousamos afirmar que a recuperação talvez ocorra em novembro.
Notícia boa - Não. Mas pode ser pior se esta redução tiver associada a mudança na estrutura do trabalho na área, o que seria um sinal de que a reversão da tendência será muito pequena e lenta.
Desdobramento - Arriscamos no passado dizer que a tendência irá mudar em novembro. É um palpite.
Mas a semana só teve isto? Além disto, as decisões do TCU.
Data: 19 de outubro
Contextualização - Os dados do Caged, que este blog acompanha mensalmente, talvez seja a grande fonte de informação sobre o desempenho do setor contábil. Os dados informam o número de admitidos e demitidos, com ricas informações sobre ocupação, salário, idade, região, gênero, entre outras.Começamos a acompanhar estas informações há meses e já era perceptível os reflexos da maior crise econômica da história do Brasil no emprego. De janeiro de 2014 até o último mês foram extintas quase 38 mil vagas de trabalho formal. É muita gente sem emprego.
Relevância - A grande questão é que nos últimos meses ocorreu um descolamento entre os dados da economia e do setor contábil. Enquanto existe uma "recuperação" na economia, no setor contábil somente um mês o número de admitidos foi superior ao número de demitidos. Isto pode ser um reflexo de uma crise maior, estrutural, no setor? De qualquer forma, o otimismo daqueles que afirmam que "não falta emprego para quem quer trabalhar na área" deve ser visto com muita cautela. Em agosto ousamos afirmar que a recuperação talvez ocorra em novembro.
Notícia boa - Não. Mas pode ser pior se esta redução tiver associada a mudança na estrutura do trabalho na área, o que seria um sinal de que a reversão da tendência será muito pequena e lenta.
Desdobramento - Arriscamos no passado dizer que a tendência irá mudar em novembro. É um palpite.
Mas a semana só teve isto? Além disto, as decisões do TCU.
21 outubro 2017
Anindya Kundu: O impulso que os estudantes precisam para superar obstáculos
Como os alunos desfavorecidos podem obter sucesso na escola? Para o sociólogo Anindya Kundu, determinação e tenacidade não são suficientes; os estudantes também precisam desenvolver sua capacidade de ação, ou a capacidade de superar obstáculos e navegar pelo sistema. Ele compartilha histórias auspiciosas de estudantes que desafiaram as expectativas diante de seus desafios pessoais, sociais e institucionais.
20 outubro 2017
19 outubro 2017
Mais Demitidos que Admitidos no setor Contábil: Alguém se importa?
O Ministério do Trabalho disponibilizou hoje os dados do mercado de trabalho formal de setembro de 2017. Em termos da economia, tivemos pelo sexto mês consecutivo mais contratações do que demissões. De abril deste ano até setembro foram criadas 210 mil novas vagas. É bem verdade que isto não representa uma recuperação nos níveis antes da crise econômica, mas parece que o pior já passou.
Mas no setor contábil, a coleta que este blog faz do mercado de trabalho mostra que a recuperação ainda não chegou. Dos noves meses deste ano, somente em janeiro o número de contratados superou as demissões. Em 2017 foram destruídas 6.166 vagas de emprego no setor; considerando janeiro de 2014 como marco inicial o número de demitidos supera os admitidos em quase 38 mil: 37.955.
Em setembro a crise atingiu principalmente as mulheres (-146 versus -41 dos homens), os escriturários (-132) e com instrução até o ensino médio completo (-594). O salário dos demitidos era 23,2% maior que dos novos contratados, dentro do padrão dos últimos meses, mas muito acima dos valores de 2014, por exemplo, quando a diferença era de 15,1%. Quanto maior a crise, maior a diferença salarial entre aqueles que perderam o emprego e aqueles que consiguiram carteira assinada. O tempo de emprego também é afetado pela crise: tende a aumentar quando a crise aumenta; no caso do setor contábil, as pessoas que perderam emprego possuíam um tempo médio de 38,77 meses (em setembro de 2015, por exemplo, era de 31,88 meses). Quanto a idade, tanto os admitidos quanto os demitidos tiveram um aumento na média.
Mas no setor contábil, a coleta que este blog faz do mercado de trabalho mostra que a recuperação ainda não chegou. Dos noves meses deste ano, somente em janeiro o número de contratados superou as demissões. Em 2017 foram destruídas 6.166 vagas de emprego no setor; considerando janeiro de 2014 como marco inicial o número de demitidos supera os admitidos em quase 38 mil: 37.955.
Em setembro a crise atingiu principalmente as mulheres (-146 versus -41 dos homens), os escriturários (-132) e com instrução até o ensino médio completo (-594). O salário dos demitidos era 23,2% maior que dos novos contratados, dentro do padrão dos últimos meses, mas muito acima dos valores de 2014, por exemplo, quando a diferença era de 15,1%. Quanto maior a crise, maior a diferença salarial entre aqueles que perderam o emprego e aqueles que consiguiram carteira assinada. O tempo de emprego também é afetado pela crise: tende a aumentar quando a crise aumenta; no caso do setor contábil, as pessoas que perderam emprego possuíam um tempo médio de 38,77 meses (em setembro de 2015, por exemplo, era de 31,88 meses). Quanto a idade, tanto os admitidos quanto os demitidos tiveram um aumento na média.
A questão do p-valor na pesquisa científica
Geralmente as pesquisa científicas trabalham com o p-valor. Geralmente trabalhamos com um p-valor de 5%. Entretanto, recentemente, muitas críticas estão sendo dirigidas para esta estatística. Alguns periódicos estão simplesmente proibindo de usar o termo. E muitas pesquisas, quando replicadas, estão apresentando um p-valor acima de 5%, o que "não confirma" a conclusão dos trabalhos publicados.
Muitas sugestões tentam resolver este problema através de testes mais rigorosos e replicação das pesquisas. Outra solução seria mexer no p-valor usado tradicionalmente, de 5%:
Essa inconsistência é típica de muitos estudos científicos. É particularmente comum para p-valor em torno de 0,05 . Isso explica por que uma proporção tão alta de resultados estatisticamente significativos não se replicam.
Em setembro, meus colegas e eu propusemos uma nova idéia: Somente os valores de P inferiores a 0,005 devem ser considerados estatisticamente significativos. Os valores de P entre 0,005 e 0,05 devem ser chamados de sugestivos.
Em nossa proposta, resultados estatisticamente significativos são mais propensos a replicar, mesmo depois de explicar as pequenas probabilidades anteriores que geralmente pertencem a estudos nas ciências sociais, biológicas e médicas.
Além disso, pensamos que a significância estatística não deve servir como um limite de linha brilhante para publicação. Os resultados estatisticamente sugestivos - ou mesmo os resultados que são em grande parte inconclusivos - também podem ser publicados, com base em se eles relataram ou não importantes evidências preliminares sobre a possibilidade de que uma nova teoria possa ser verdadeira.
A base da ideia dos autores é o Teorema de Bayes.
Muitas sugestões tentam resolver este problema através de testes mais rigorosos e replicação das pesquisas. Outra solução seria mexer no p-valor usado tradicionalmente, de 5%:
Essa inconsistência é típica de muitos estudos científicos. É particularmente comum para p-valor em torno de 0,05 . Isso explica por que uma proporção tão alta de resultados estatisticamente significativos não se replicam.
Em setembro, meus colegas e eu propusemos uma nova idéia: Somente os valores de P inferiores a 0,005 devem ser considerados estatisticamente significativos. Os valores de P entre 0,005 e 0,05 devem ser chamados de sugestivos.
Em nossa proposta, resultados estatisticamente significativos são mais propensos a replicar, mesmo depois de explicar as pequenas probabilidades anteriores que geralmente pertencem a estudos nas ciências sociais, biológicas e médicas.
Além disso, pensamos que a significância estatística não deve servir como um limite de linha brilhante para publicação. Os resultados estatisticamente sugestivos - ou mesmo os resultados que são em grande parte inconclusivos - também podem ser publicados, com base em se eles relataram ou não importantes evidências preliminares sobre a possibilidade de que uma nova teoria possa ser verdadeira.
A base da ideia dos autores é o Teorema de Bayes.
TCU aponta problemas ...
Segundo o portal G1:O Tribunal de Contas da União (TCU) apontou nesta quarta-feira (18) que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) sofreu prejuízo de pelo menos R$ 304 milhões ao financiar uma operação de compra de frigoríficos nos EUA pela JBS, em 2008. (...)
Segundo o relator do processo, Augusto Sherman, a BNDESPar - braço do BNDES que compra participações em empresas – pagou 20% a mais por cada ação da JBS. Na época, cada ação deveria ter custado até R$ 5,90 ao BNDES, mas o banco pagou R$ 7,07.
O mesmo TCU afirmou ter existido superfaturamento de "pelo menos" R$187 milhões nas obras do Comperj. O segundo caso realmente é mais difícil de investigar. Mas o primeiro... As ações tinham preço no mercado, as informações estavam disponíveis desde 2008. Foram dez anos...
Toshiba
Segundo notícia da Reuters, a Toshiba, uma grande empresa japonesa, está sendo investigada pelo regulador deste país asiático. A investigação parece ter iniciado a partir do relatório de auditoria da PriceWaterhouseCoopers Aarata em agosto de 2016. No parecer, o auditor, de forma pouco usual, emitiu uma opinião qualificada para as demonstrações, mas uma opinião de adversa para a governança corporativa.
O problema estaria na avaliação da unidade da Westinghouse, nos Estados Unidos, onde a empresa apresentou prejuízos recorrentes. Antes disto, a Toshiba esteve envolvida na manipulação dos resultados. Há uma ameaça da Toshiba deixar de ser negociada na bolsa em razão dos problemas contábeis.
O problema estaria na avaliação da unidade da Westinghouse, nos Estados Unidos, onde a empresa apresentou prejuízos recorrentes. Antes disto, a Toshiba esteve envolvida na manipulação dos resultados. Há uma ameaça da Toshiba deixar de ser negociada na bolsa em razão dos problemas contábeis.
Links
Responsabilidade social corporativa na Amazon
Leonardo da Vinci é valorizado demais? (há controvérsia)
Rússia: Alugando jatinhos particulares para tirar fotos para o Instagran
Bancos britânicos envolvidos na lavagem de dinheiro da África do Sul
Na devolução do dinheiro ao Tesouro pelo BNDES, entrou a Caixa no meio
Xadrez: A mulher tem um desempenho melhor jogando contra os homens (como isto é contrário a um estereótipo)
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