Uma longa entrevista no Valor Econômico de 24/08/2007 (Susto na elite e na periferia), João Sayad apresenta algumas idéias interessantes para a gestão da área pública. Atualmente, Sayad é secretário da Cultura de São Paulo e tem um orçamento de 250 milhões de reais anuais.
Segundo o jornal,
Organizações sociais (OSs) são entidades privadas sem fins lucrativos a quem a secretaria atribuiu por contrato a execução das políticas culturais de responsabilidade do governo estadual. Sayad está satisfeito com a parceria, que pretende manter e aperfeiçoar. É sobre a importância das OSs que o secretário prefere falar.
O próprio Sayad define OS como
São organizações sem fins lucrativos que podem prestar serviços ao governo em áreas que não são típicas do governo. Por exemplo, a administração dos teatros na área da cultura e dos hospitais na área da saúde. É como se o governo estivesse comprando o serviço. Essa forma de organização dá muita flexibilidade ao governo. Nosso projeto é adaptar a secretaria para ser composta só por gestores - administração, contabilidade, finanças - e por gente envolvida em cada uma das expressões artísticas. Nós estaremos só encomendando, acompanhando, avaliando e cobrando. A secretaria chegou a ter 2 mil funcionários. Hoje tem menos de 200. A equipe precisa ser incentivada e remontada com gente de excelente nível.
A seguir, discute-se o exemplo da compra de um piano:
Valor: Por exemplo, comprar um piano?
Sayad: Tem que abrir licitação.
Valor: E acaba comprando o pior piano pelo preço mais barato.
Sayad: A OS faz compras mediante edital simples. Mas o piano tem um problema especial. O governo tem que comprar um piano nacional, por causa da lei de similar nacional, e pianos nacionais nem sempre satisfazem alguns corpos musicais.
Valor:As organizações sociais funcionam?
Sayad:Funcionam bem. Mas para funcionar muito bem precisam de duas coisas importantes. Em princípio, a OS tem objetivos comuns aos do governo. Quer promover a inclusão social na periferia ou o ensino de música. Mas houve empreguismo político, pressões políticas ilegítimas que já foram corrigidas. Para funcionar muito bem, a OS precisa ter um conselho de administração muito zeloso, extremamente preocupado com a boa administração de suas atividades. Esse conselho de administração seria o fiscalizador. As OSs foram criadas há muito pouco tempo, não mais de três anos. Os quadros de administradores não são necessariamente adequados. Estamos trabalhando para que se profissionalizem, não dependam unicamente do governo. Em palestra recente, falei que as OSs são uma espécie de banco central independente, no sentido de que realizam tarefas definidas em contrato sem depender da vontade ou do gosto dos governantes da época.
24 agosto 2007
Valor Justo
Um artigo do Financial Times de 24/08/2007 discute o problema do valor justo. Um ponto interessante apresentado pelos autores é a existência de uma certa "incoerência" conceitual: quando existe uma bolha no mercado, os números contábeis também serão afetados por esta bolha. Isto pode fazer com que uma empresa apresente números melhores do que são efetivamente. A seguir, o texto completo:
Pursuit of convergence is coming at too high a cost.
By STELLA FEARNLEY and SHYAM SUNDER - Financial Times - London Ed1, Page 19
There are a variety of problems behind the present market turmoil - chiefly reckless lending and inaccurate credit ratings of securitised debt. But one has so far had little attention - the role played by so-called "fair" value accounting.
The gold standard in financial reporting has long been "lower of cost or market", meaning an asset is on the books at either its purchase cost or its current valuation - whichever was lower. This conservativsm counterbalances the inherent tendency of managers to overstate performance by preventing them from reporting profits before cash is in hand.
But this year, US firms have been encouraged to adopt early SFAS 157 and SFAS 159, new accounting standards. Under these rules, financial instruments (including mortgage-backed securities) are stated on balance sheets at their "fair" values, which are taken from markets where possible, or for more complex securities are estimated from valuation models.
The problem is that this assumes markets have good information from inputs such as financial reports and credit ratings. But there is a circularity built in: if credit raters and investors get their information from accounting numbers, which are themselves based on prices inflated by a market bubble, the accounting numbers support the bubble.
So instead of informing markets through prudent valuation and controlling management excess, "fair" values feed the prices back to the market. For example, a drop in the market value of the borrowings of a troubled company is reported as an increase in its income because the reduced liability flows through the income statement, thus obscuring the problem.
Investment banks, early adopters of SFAS 157, have shown improved performance from the changeover. JP Morgan Chase reported that SFAS 157 increased its first-quarter earnings by Dollars 391m (Pounds 196m, Euros 289m) - 8.2 per cent of its earnings - and Goldman Sachs reported an even larger increase of Dollars 500m - 11.5 per cent of net income. Share prices rose despite the incipient problems in mortgage-backed securities.
There were warnings. In 2006 the US Federal Reserve warned that fair value accounting could make an insolvent company look solvent. The UK's Financial Services Authority expressed concerns this year that fair value might not fully represent the economic reality of a business. Four months after some banks reported high first-quarter profits using fair value accounting, the Fed has cut interest rates to stabilise markets and keep some highly leveraged investment banks and hedge funds afloat.
The "fair" value accounting edifice is built on sand. Some banks sold subprime loans to reduce risk exposure but reacquired the risk by lending to parties holding the overvalued instruments. Bank directors certified their balance sheets. Did they ask the awkward questions about the real risk, credit controls and security in their loan books? Did the buyers of these derivatives, who packaged them up and sold them on, know how dodgy they were? Someone knew.
This is the second time in seven years that widespread problems have arisen in US accounting, securities' ratings and governance. Despite the onerous and costly requirements of Sarbanes-Oxley, and stringent audit controls, the system was unable to fix something as basic as the existence and collectibility of loans.
Meanwhile, US and international accounting standard setters are pressing ahead with a global framework which would embed this aggressive accounting. They seek one global system, however defective. They want verifiability, via a market price or a management estimate, rather than reliability of the underlying substance.
Warren Buffett has warned that mark-to-market accounting turns to mark-to-model in illiquid markets and risks becoming "mark-to-myth". Auditors sign off that accounts comply with the accounting standards. What use is that to investors when it means complying with a bubble-blowing accounting model? The pursuit of convergence in accounting standards needs a radical rethink if this is what it leads to.
Most losses from the subprime debacle may fall to knowledgeable investors but our savings and pensions will not escape entirely.
Stella Fearnley will shortly be Professor of Accounting at Bournemouth University. Shyam Sunder is J. L. Frank Professor of Accounting, Economics and Finance at Yale School of Management.
23 agosto 2007
Custo Operacional
Quando compramos certos produtos, como uma casa ou um carro, nós consideramos geralmente somente o preço de compra, esquecendo do custo operacional. Manutenção, reparos e melhorias podem ser significativos em certas situações. E geralmente descobrimos isto após a compra.
Este erro também tem sido cometido por empresas, quando adquirem uma máquina ou equipamento. E por milionários, como mostra o WSJ Blog (aqui). Segundo este blog, o custo operacional de um barco é cerca de 10% do valor da aquisição. Então, um iate de 150 pés que custa 24 milhões de dólares terá um custo operacional de cerca de 2,5 milhões por ano.
Para mansões, o cálculo é mais complicado pois depende das suas características e do número de empregados. De acordo com uma revista de milionários, para manter uma mansão de 3 mil a 5 mil pés quadrados, que a revista chama de "pequena", o custo é de 100 mil dólares por ano. Já uma mansão média (entre 5 mil a 10 mil pés quadrados), o custo é maior: 650 mil dólares. Uma grande mansão pode ter um custo de 1,5 milhão por ano.
Um sortudo que ganha na loteria esportiva comete um erro em comprar uma mansão. O custo operacional anual pode acabar com a riqueza.
Em termos contábeis, é como uma empresa que investe seu capital (patrimônio líquido) num ativo (mansão), mas sem condição de gerar receita e lucro. A médio e longo prazo será necessário desfazer do ativo.
Este erro também tem sido cometido por empresas, quando adquirem uma máquina ou equipamento. E por milionários, como mostra o WSJ Blog (aqui). Segundo este blog, o custo operacional de um barco é cerca de 10% do valor da aquisição. Então, um iate de 150 pés que custa 24 milhões de dólares terá um custo operacional de cerca de 2,5 milhões por ano.
Para mansões, o cálculo é mais complicado pois depende das suas características e do número de empregados. De acordo com uma revista de milionários, para manter uma mansão de 3 mil a 5 mil pés quadrados, que a revista chama de "pequena", o custo é de 100 mil dólares por ano. Já uma mansão média (entre 5 mil a 10 mil pés quadrados), o custo é maior: 650 mil dólares. Uma grande mansão pode ter um custo de 1,5 milhão por ano.
Um sortudo que ganha na loteria esportiva comete um erro em comprar uma mansão. O custo operacional anual pode acabar com a riqueza.
Em termos contábeis, é como uma empresa que investe seu capital (patrimônio líquido) num ativo (mansão), mas sem condição de gerar receita e lucro. A médio e longo prazo será necessário desfazer do ativo.
Links
1. Efeito J.K. Rowling - Dez por cento dos britânicos aspiram ser escritores
2. Google lança o Google Earth 4.2, que permite explorar o espaço
3. Uma proposta de melhorar as agências de ratings
4. Comida com baixo colesterol
5. Aproveitando a postagem sobre os heróis e a rede de relacionamentos, este link aqui apresenta um mapa da produção, por país. É interessante notar a rede de relacionamento entre os setores da economia existente no Brasil.
2. Google lança o Google Earth 4.2, que permite explorar o espaço
3. Uma proposta de melhorar as agências de ratings
4. Comida com baixo colesterol
5. Aproveitando a postagem sobre os heróis e a rede de relacionamentos, este link aqui apresenta um mapa da produção, por país. É interessante notar a rede de relacionamento entre os setores da economia existente no Brasil.
Super-herois e relacionamento
A estatística possui uma série de ferramentas que permite estabelecer relacionamentos entre indivíduos. Estas técnicas permitem, por exemplo, relacionar a composição de um conselho de administração de uma empresa com o de outra entidade.
O relacionamento social é, muitas vezes, parte importante da explicação de vínculos entre empresas. Seu estudo pode ser interessante para a contabilidade financeira.
Um estudo mais interessante (aqui) denominado How to become a superhero analisou a rede de colaboração no Universo Marvel dos comics books. Usando uma binary network, o autor analisou a ligação entre os personagens e o grau de correlação existente. O autor usou também outras técnicas para definir as comunidades dos heróis.
A figura abaixo apresenta parte da pesquisa do autor. SM é o Homem Aranha, T = A Coisa, B = Beast, CA = Capitão América, N = Princípe Namor e H = Hulk
E tem gente que acha que quadrinhos não é algo sério.
O relacionamento social é, muitas vezes, parte importante da explicação de vínculos entre empresas. Seu estudo pode ser interessante para a contabilidade financeira.
Um estudo mais interessante (aqui) denominado How to become a superhero analisou a rede de colaboração no Universo Marvel dos comics books. Usando uma binary network, o autor analisou a ligação entre os personagens e o grau de correlação existente. O autor usou também outras técnicas para definir as comunidades dos heróis.
A figura abaixo apresenta parte da pesquisa do autor. SM é o Homem Aranha, T = A Coisa, B = Beast, CA = Capitão América, N = Princípe Namor e H = Hulk
E tem gente que acha que quadrinhos não é algo sério.
Pequena e grande amostra
Um dos conceitos básicos de finanças é a existência de uma relação entre risco e retorno. Em outras palavras, quanto maior o risco, maior o retorno. É algo básico e fundamental no arcabouço teórico.
Entretanto, é necessário saber se esta relação básica ocorre na prática. Um estudo interessante, publicado em julho de 2007 (aqui, link. É necessário ser assinante) no Jornaul of Financial Economics mostra algo interessante (The risk return tradeoff in the long run: 1836–2003; Christian Lundblada, University of North Carolina)
Neste link alguns comentários críticos do artigo.
Entretanto, é necessário saber se esta relação básica ocorre na prática. Um estudo interessante, publicado em julho de 2007 (aqui, link. É necessário ser assinante) no Jornaul of Financial Economics mostra algo interessante (The risk return tradeoff in the long run: 1836–2003; Christian Lundblada, University of North Carolina)
Estudos anteriores encontraram tipicamente insignificância estatística entre o prêmio pelo risco do mercado e sua volatilidade esperada. Mais ainda, muitos destes estudos estimaram um tradeoff negativo entre risco e retorno, contrário as previsões da teoria. Usando simulações, eu demonstrei que mesmo cem anos de dados constitui uma pequena amostra.
Neste link alguns comentários críticos do artigo.
Normas Norte-americanas e normas internacionais
É sabido que os Estados Unidos estão caminhando na direção de adotar as normas internacionais de contabilidade do Iasb. Entretanto, esta opção traz resistências e questionamentos, como qualquer tipo de mudança.
Um documento da SEC (aqui, em PDF) traz uma listagem de questões interessantes relacionadas com a adoção das normas internacionais. Existiria uma preocupação com a rapidez com que o processo de convergência está ocorrendo? (aqui, para ler mais)
Um documento da SEC (aqui, em PDF) traz uma listagem de questões interessantes relacionadas com a adoção das normas internacionais. Existiria uma preocupação com a rapidez com que o processo de convergência está ocorrendo? (aqui, para ler mais)
22 agosto 2007
Uma experiência interessante

A revista Piauí (uma das melhores revistas brasileiras da atualidade) de julho publicou uma reportagem traduzida do Washigton Post. Muito interessante. Trata-se de um experimento do jornal norte-americano que colocou para tocar numa estação do metrô de Washington um dos mais destacados violinistas do mundo, Joshua Bell. Durante quase uma hora Bell tocou com um violino Stradivarius peças que geralmente apresenta em concertos e o jornal filmou a reação das pessoas (clique aqui para o link onde tem os vídeos. Vale a pena).
Poucos transeuntes pararam para escutar o violinista. Em geral as crianças viravam a cabeça na tentativa de absorver a música, mas eram contidas por suas mães. Um adulto parou para escutar e ficou durante muito tempo encostado numa pilastra. Mais tarde, quando perguntado pela reportagem, este adulto lembrou da experiência, embora não sabia quem era o violinista. E somente uma mulher reconheceu o violinista.
A experiência também colocou um boné para recolher doações. Ao final do concerto, Bell recebeu 32 dólares. Muito pouco para quem faz apresentações com ingressos a mais de 100 dólares.
Apesar de longa a reportagem, a sua leitura é agradável. Clique aqui para ler.
Gini

O Coeficiente de Gini mede o grau de desigualdade de uma nação. Quanto mais próximo de um, maior a desigualdade social na distribuição de renda. O Brasil possui um coeficiente próximo a 0,6, um dos mais elevados do mundo.
A notícia é que na Venezuela o coeficiente tem aumentado, apesar das "políticas sociais" do governo Chavez. Na foto, Caracas.
Celular não aumenta o risco no trânsito
Banco do Brasil e seus patrocínios
Senador pede auditoria em patrocínios do BB
Rosa Costa Gustavo Freire
O Estado de São Paulo - 22/08/2007
Mantida em sigilo mesmo quando estava sendo investigada pela CPI dos Correios, a lista de beneficiados pelo patrocínio do Banco do Brasil mostra que nem de longe atende ao "compromisso social para preservação dos valores da cultura nacional", como determinam as diretrizes do governo para a área de publicidade. Ao contrário, revela interesses tipicamente partidários ou privados. A conclusão é do senador Álvaro Dias (PSDB-PR), que decidiu pedir auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) nos patrocínios do BB e apresentar projeto de lei definindo como as entidades estatais devem distribuir recursos para essa finalidade.
Entre os casos apontados por Dias está a destinação de R$ 500 mil ao 8º Congresso Nacional da CUT e de R$ 1,52 milhão para o Minas Tênis Clube de Belo Horizonte custear placas de sinalização da sede, ingressos para o jogo de futebol Brasil e Argentina, torneio interno de futebol society e uma festa de Natal.
Os dois casos são de 2003. Na época, a DNA do publicitário Marcos Valério - tido como um dos mentores do esquema do mensalão - era uma das agências que atendia ao BB. O banco patrocinou ainda com R$ 2,5 milhões organizações-não governamentais que participaram das reuniões do Fórum Social Mundial, em Porto Alegre.
(...) Numa relação sob o título "suspeitos e irregulares", feita pelos técnicos do Senado, estão vários casos de doação de R$ 10 mil. Esse valor foi destinado, por exemplo, à posse do prefeito peemedebista da cidade de Saquerema, ao aniversário do município de Joanópolis, às despesas de fax do Sindicato Rural de Xinguara, no Pará, à ONG Brasil-Cuba no Século 21, ao pagamento da festa de fim de ano dos funcionários da FB Projetos e ao pagamento da confraternização dos funcionários dos Supermercados Já Serve.
Saiu igualmente do banco estatal os R$ 19,5 milhões que custearam os brindes distribuídos pela DNA de Marcos Valério. O BB também patrocinou com R$ 733 mil a festa de Natal dos empregados da BBTur Viagens e Turismo. Sobrou até patrocínio, de R$ 4.780, para os "servidores do TCU que analisam as contas do BB". O dinheiro foi usado nas comemorações da festa junina e na semana do servidor do tribunal. (...)
E o acionista minoritário?
Concentração pode mudar o ISE
O processo de seleção para o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da Bovespa deve sofrer mudanças para incluir apenas as melhores empresas de cada setor da economia. É o que defende o professor Rubens Mazon, coordenador do projeto de criação do índice. A modificação, segundo ele, permitiria pulverizar a composição da carteira. "É preciso incentivar a concorrência entre empresas do mesmo setor", diz.
Criado em dezembro de 2005 para reunir companhias comprometidas com boas práticas socioambientais, o ISE é composto hoje por 43 ações de 34 empresas. No entanto, devido ao critério de ponderação, leva em conta o valor de mercado e a liquidez dos papéis, 40% da oscilação do índice depende do comportamento das ações de bancos. Além disso, só as ações da Petrobras respondem por 1/4 do peso do índice.
Mazon defende um modelo mais parecido com o Dow Jones Sustainability Index (DJSI), índice da Bolsa de Nova York que lista apenas as empresas que se destacam mundialmente em suas áreas de atuação.
Criador do ISE defende benchmarks setoriais - 21/08/2007 - Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4 - Aluísio Alves
Mas será que a amostra é representativa? E o fato de selecionar "setores" não induziria o comportamento futuro do índice?
21 agosto 2007
Sox e o custo
A certificação à Sox era necessária, mas os custos de sua adaptação precisam ser bem avaliados. Para algumas empresas tiveram preço elevado, avalia Lucas. Como exemplo ele cita o caso da General Eletric. "A GE gastou cerca de US$ 32 milhões para certificar-se. É um mau sinal. Ela poderia gastar esses recursos para investir mais seus negócios", afirmou Lucas.
Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4 - Luciano Feltrin - Cresce o interesse das companhias em adaptar-se à Sox - 20/08/2007
Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4 - Luciano Feltrin - Cresce o interesse das companhias em adaptar-se à Sox - 20/08/2007
BDO: nova Andersen?
Desde que foi condenada pela justiça de Miami a pagar uma indenização ao Banco Espírito Santo, a BDO Seidman corre o risco de fechar. Esta empresa de auditoria é a quinta maior do mundo e no Brasil é representada pela Trevisan.
Uma reportagem da Gaceta de los Negocios faz um resumo do dilema desta empresa:
El fantasma de Arthur Andersen se cierne sobre BDO Seidman
Gaceta de los Negocios - 21/08/2007
La firma es condenada a pagar una indemnización que es incapaz de afrontar
E. Úriz
El mundo de la auditoría sigue aún conmocionado por la desaparición de Arthur Andersen —en 2002, a raíz del caso Enron —, cuando una nueva firma ve peligrar su futuro, BDO Seidman. El miembro norteamericano de BDO International ha sido condenado por un juzgado de Miami a pagar 387,3 millones de euros —126,2 millones en concepto de compensación y 261,1 millones de indemnización punitiva por daños y perjuicios— al banco portugués Espirito Santo por no haber detectado las irregularidades que llevaron a la quiebra de la empresa de factoring E.S. Bankest en 2003. La cifra está por encima de las posibilidades del grupo.
El presidente, Jack Weisbaum, ha reconocido que, si no lograsen revertir la sentencia, la firma “no podría hacer frente al pago de la indemnización puntiva” y que podría verse obligada a reducir su plantilla —que ahora cuenta con 3.800 profesionales—. Los 387,3 millones de euros que se le solicitan suponen el 88,5% de sus ingresos en 2006 (437,3 millones de euros) y equivalen a sus beneficios acumulados de tres ejercicios.
Además, Weisbaum ha manifestado su preocupación por la mala imagen que les crearía el fallo. “Desde luego no tendríamos la apariencia que tenemos ahora”, ha declarado Weisbaum, que teme una depreciación de la marca BDO en todo el mundo y una pérdida de clientela.
De momento, BDO Seidman sólo puede apelar la decisión y esperar el nuevo fallo. Para ello, deberá aportar una fianza de más de 37 millones de euros, tal y como requiere la ley estatal. “Tenemos un seguro para cubrir esto, pero no puedo hablar de cuál es el montante del seguro”, ha señalado Weisbaum.
Esta vez, la defensa de BDO Seidman será un ataque contra Espirito Santo, al que acusará de haber sido consciente del fraude —tenía cuatro ejecutivos en la junta directiva de Bankest— y, por tanto, cómplice.
El fin de E.S. Bankest
Espirito Santo y Bankest Capital se unieron en 1998 para constituir E.S. Bankest, una sociedad dedicada a comprar facturas de otras compañías.
BDO Seidman no reflejó ninguna anomalía en sus auditorías. Espirito Santo asegura que esa aparente salud financiera de E.S. Bankest le llevó a conceder a la compañía un préstamo de 104 millones de euros y una línea de crédito de más de 22 millones de euros.
Al menos nueve directivos de E.S. Bankest participaron en los hechos. Su entonces presidente ha sido condenado a 20 años de prisión.
El nuevo veredicto determinará el destino de BDO.
Uma reportagem da Gaceta de los Negocios faz um resumo do dilema desta empresa:
El fantasma de Arthur Andersen se cierne sobre BDO Seidman
Gaceta de los Negocios - 21/08/2007
La firma es condenada a pagar una indemnización que es incapaz de afrontar
E. Úriz
El mundo de la auditoría sigue aún conmocionado por la desaparición de Arthur Andersen —en 2002, a raíz del caso Enron —, cuando una nueva firma ve peligrar su futuro, BDO Seidman. El miembro norteamericano de BDO International ha sido condenado por un juzgado de Miami a pagar 387,3 millones de euros —126,2 millones en concepto de compensación y 261,1 millones de indemnización punitiva por daños y perjuicios— al banco portugués Espirito Santo por no haber detectado las irregularidades que llevaron a la quiebra de la empresa de factoring E.S. Bankest en 2003. La cifra está por encima de las posibilidades del grupo.
El presidente, Jack Weisbaum, ha reconocido que, si no lograsen revertir la sentencia, la firma “no podría hacer frente al pago de la indemnización puntiva” y que podría verse obligada a reducir su plantilla —que ahora cuenta con 3.800 profesionales—. Los 387,3 millones de euros que se le solicitan suponen el 88,5% de sus ingresos en 2006 (437,3 millones de euros) y equivalen a sus beneficios acumulados de tres ejercicios.
Además, Weisbaum ha manifestado su preocupación por la mala imagen que les crearía el fallo. “Desde luego no tendríamos la apariencia que tenemos ahora”, ha declarado Weisbaum, que teme una depreciación de la marca BDO en todo el mundo y una pérdida de clientela.
De momento, BDO Seidman sólo puede apelar la decisión y esperar el nuevo fallo. Para ello, deberá aportar una fianza de más de 37 millones de euros, tal y como requiere la ley estatal. “Tenemos un seguro para cubrir esto, pero no puedo hablar de cuál es el montante del seguro”, ha señalado Weisbaum.
Esta vez, la defensa de BDO Seidman será un ataque contra Espirito Santo, al que acusará de haber sido consciente del fraude —tenía cuatro ejecutivos en la junta directiva de Bankest— y, por tanto, cómplice.
El fin de E.S. Bankest
Espirito Santo y Bankest Capital se unieron en 1998 para constituir E.S. Bankest, una sociedad dedicada a comprar facturas de otras compañías.
BDO Seidman no reflejó ninguna anomalía en sus auditorías. Espirito Santo asegura que esa aparente salud financiera de E.S. Bankest le llevó a conceder a la compañía un préstamo de 104 millones de euros y una línea de crédito de más de 22 millones de euros.
Al menos nueve directivos de E.S. Bankest participaron en los hechos. Su entonces presidente ha sido condenado a 20 años de prisión.
El nuevo veredicto determinará el destino de BDO.
Siemens investigada em Liechtenstein
Segundo a Panorama Brasil (Filial da Siemens está sendo investigada em Liechtenstein por lavagem de dinheiro, Rodrigo Lima, 20/08/2007) a Siemens está sendo investigada por transferir dinheiro, entre 1997 e 1999 para pagamentos de subornos na China, Índia e Indonésia. Além disto, a empresa responsável pela auditoria interna da Siemens relativo aos subornos concluiu que metade dos negócios na China são afetados pela corrupção.
Custo Perdido e a Guerra
Novamente o conceito mais difícil da contabilidade, na minha opinião, é objeto de discussão. Novamente, a questão do custo perdido e a guerra:
Leia mais aqui e aqui
"Nossa falta de habilidade em pensar claramente sobre o custo perdido está impedindo nossa habilidade de fazer decisões claras sobre nosso envolvimento no Iraque."
Leia mais aqui e aqui
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