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22 outubro 2012

Controle na Siemens

(...) Para evitar ser novamente vítima de seus próprios executivos, a Siemens criou um método de controle minucioso. Antes do escândalo das propinas, apenas 80 pessoas cuidavam das normas de conduta da empresa em mais de 190 países. Hoje, Giovanini tem 45 profissionais só na operação brasileira (são 600 no mundo). Ele estima que, para montar a estrutura global antifraude, a companhia tenha gasto 1 bilhão de euros só com consultorias.

Mais do que dinheiro, a tarefa exigiu paciência. O primeiro passo foi revisar todos os processos internos. Giovanini comandou um levantamento das competências de cada um dos 10 000 funcionários no Brasil para, em caso de problema, detectar com rapidez a origem e atribuir responsabilidades.

A medida, conceitualmente simples, mas de execução complexa, levou dois anos até ser concluída. “Só a introdução desse tipo de controle já inibe metade dos desvios nas empresas”, diz Humberto Salicetti, sócio da área de controle de fraudes da consultoria KPMG.

Além disso, a companhia investiu em uma série de sistemas para controlar atitudes suspeitas. Um deles, informatizado, impede o registro duplicado da mesma nota fiscal e emite um alerta se alguém tenta alterar a lista de fornecedores — cada mudança tem de ser aprovada pela equipe de Giovanini.

Criou-se também um canal de denúncias anônimas: a cada quatro registros, um se confirma verdadeiro. Um mecanismo adicional garante proteção aos delatores. Quem preferir se identificar ao fazer uma queixa do chefe não pode ser demitido sem a autorização de Giovanini.

Como medida de prevenção, cada funcionário é treinado pelo menos uma vez por ano para saber como agir no trabalho e qual punição para os deslizes. Antes da demissão, existem duas etapas de advertência, de acordo com a gravidade da conduta. Executivos com problemas de fraude na equipe podem ficar sem receber parte ou todo o bônus se não resolverem a situação em seis meses.

Para zelar por essa cadeia, é preciso montar uma equipe de auditoria interna — seja com funcionários próprios, seja com terceirizados de empresas especializadas. No caso da área de compliance da Siemens, todos são próprios.

Embora poucas empresas discutam o assunto abertamente, há sinais evidentes de reforço nesse tipo de controle no país. Um deles é a prosperidade dos especialistas.

(...) Segundo especialistas, torna-se cada vez mais comum que consultores investiguem candidatos a postos executivos — com a solicitação de atestado de antecedentes criminais, busca por processos na Justiça e, no caso da alta administração, na Comissão de Valores Mobiliários, no Tribunal de Contas da União e em agências reguladoras.

Muitas subsidiárias passaram a ganhar atenção especial da matriz, sobretudo em empresas que sofreram algum trauma recente. É o caso da varejista americana Walmart, acusada em abril de oferecer 24 milhões de dólares em propinas em troca de licenças para a construção de lojas no México.


Esquadrão antifraude dentro das empresas - 20 de Outubro de 2012 - Portal Exame
Ana Luiza Leal

Frase

Frase retirada das demonstrações contábeis da empresa Psychic Friends Network, que gerencia um sistema de atendimento de mediuns por telefone:

"Undue reliance should not be placed on the forward-looking statements, because PFN can give no assurance that they will prove to be correct."

Algo como a empresa dizer que não garante as informações contábeis apresentadas.

Impostos sobre o salário

A carga tributária sobre os salários em diferentes países.

21 outubro 2012

Rir é o melhor remédio


BVA

O Banco Central decretou intervenção no BVA. Segundo o Estado, foi a mais "cantada" pelo mercado: rumores já circulavam há meses, nos últimos dias clientes não conseguiam sacar depósitos e atrasos na divulgação das demonstrações contábeis.

Na fiscalização nos últimos meses o Banco Central exigiu provisões adicionais de 150 milhões de reais. O balanço semestral provavelmente teria uma prejuízo de cem milhões. Para cobrir o prejuízo e estar dentro dos parâmetros da Basileia o banco precisaria de um capital de 800 milhões de  reais, segundo a Folha, ou de 600, segundo o Estado.  A Veja chuta 1 bilhão. O controlador pediu dinheiro ao Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que exigiu contrapartida dos sócios.

Mesmo levantando o dinheiro, o dinheiro talvez não fosse suficiente por uma questão contábil

o dinheiro seria insuficiente para restaurar a credibilidade, abalada, também, pela ausência de balanços auditados em 2012 - o BVA se desentendeu com a auditoria, a KPMG. Depois de muita negociação, os números estavam prontos para publicação na semana que vem.

O BVA possui as seguintes características:

Especializado em crédito para companhias de médio porte, o BVA tem sede na cidade do Rio de Janeiro e detém 0,17% dos ativos do sistema financeiro e 0,24% dos depósitos. A instituição tem sete agências localizadas no Rio de Janeiro, em Minas Gerais e em São Paulo.

Era um banco conhecido por cobrar juros elevados e por ter uma política agressiva de captação de dinheiro no mercado.

Foi a terceira intervenção em quatro meses, mas ao contrário das anteriores, nenhuma irregularidade contábil foi ainda encontrada.
Após a intervenção, a empresa de rating Austin rebaixou a nota do banco. Já a LF Rating dava grau de investimento para o banco, com nota BBB+, indicando certas fragilidades, mas com capacidade de superação dos problemas de curto prazo. A Moody´s dava nota E, enquanto a Fitch era mais otimista: B-, ou seja, grau especulativo. Em resumo, com exceção da Moody´s, as agências de rating erraram feio, mesmo sabendo que era uma notícia já esperada do mercado.

Os bens dos controladores estão indisponíveis.

Quantos livros você leu em 2012?

“A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo”
Nelson Mandela

“Um país se faz com homens e livros”.
Monteiro Lobato

“A leitura é uma fonte inesgotável de prazer, mas por incrível que pareça, a quase totalidade, não sente esta sede.”
Carlos Drummond de Andrade

“Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever - inclusive a sua própria história.”
Bill Gates

“Os verdadeiros analfabetos são os que aprenderam a ler e não leem.”
Mario Quintana

“Eu, por exemplo, gosto do cheiro dos livros. Gosto de interromper a leitura num trecho especialmente bonito e encostá-lo contra o peito, fechado, enquanto penso no que foi lido. Depois reabro e continuo a viagem. (…) Gosto do barulho das paginas sendo folheadas. Gosto das marcas de velhice que o livro vai ganhando: (…) a lombada descascando, o volume ficando meio ondulado com o manuseio. Tem gente que diz que uma casa sem cortinas é uma casa nua. Eu penso o mesmo de uma casa sem livros.”
Martha Medeiros

Foto: Aqui

Contabilidade: Roupas e Decoração

Eu só tenho postado fotos ultimamente. Mas eu vejo estas coisas e tenho que compartilhar com vocês! Hoje algumas decorações inspiradas em números e na contabilidade.








Fonte: Gravata; Cachecol; Relógio; Abajur; Abacus; Quadro1; Decoração Números

20 outubro 2012

Rir é o melhor remédio

Crianças jogando Banco Imobiliário

Como assim você precisa de uma injeção de liquidez???


Teste da Semana

As perguntas a seguir envolvem fatos que ocorreram na semana. É uma forma de o leitor verificar se acompanhou as principais notícias da área. As respostas estão nos comentários.

1 – O Banco Monte dei Paschi di Siena foi fundado em 1472. É o mais antigo ainda em atividade. Em junho anunciou-se a captação de recursos com o governo italiano. Esta semana ocorreu o seguinte evento com o Banco:

Anunciou-se que iria demitir metade dos funcionários
O principal acionista irá vencer sua participação
Sua nota foi rebaixada para junk

2 – A frase “Nós temos ultrapassados prazos tantas vezes que ninguém mais acredita neles” foi dita:

Pelo presidente do Corinthians sobre a construção do Itaquerão
Pelo presidente do Iasb sobre as normas da entidade
Por Angela Merkel, sobre a crise da Grécia

3 – A terceirização está avançando na contabilidade. Há cinco anos 1% do trabalho das grandes empresas de auditoria era realizado na Índia; hoje são 5% e pode chegar a 20%. A principal razão é

A falta de conhecimento das normas internacionais pelos contadores dos EUA
A falta de fiscalização dos órgãos normatizadores
O custo do contador na matriz é cinco vezes maior

4 – O FASB está tentando lançar uma norma para impairment. Esta semana reconheceu-se que a norma:

É mais complicada do que se pretendia
Está em atrito com as IFRS
Tem um grave erro conceitual

5 – A Competition Commission, que está investigando o oligopólio do setor de auditoria na Grã-Bretanha anunciou esta semana:

A implantação do rodízio nos países que compõe a Grã-Bretanha
Comprovou a existência de cartel no setor
Prorrogação do prazo para conclusão dos trabalhos

6 – Os antigos controladores da Globex (leia-se Casas Bahia) questionaram o Grupo Pão de Açúcar alegando
A saída da direção do herdeiro da família Klein
Inconsistências nas demonstrações da Globex
O parecer com ressalvas da Ernst Young

7 – Alvin Roth, que dividiu o Nobel de Economia, possui uma atividade interessante. Ele é:
Blogueiro
Enxadrista
Técnico de futebol

8 – O fator Brasília diz respeito:

A influência do julgamento do Mensalão sobre os crimes de colarinho branco
A nomeação do novo presidente da CVM
Ao efeito da pressão do governo sobre empresas de setores regulados

9 – 72,5% da participação de Eike Batista nas suas empresas estão no exterior. A razão disto decorre:

Da redução de tributos
Do fato dele ter dupla nacionalidade
Dos investimentos realizados no exterior

10 – Os balanços do BVA de 2012

Foram aprovados pelos auditores
Não foram auditados
Receberam ressalvas

Linguagem corporal, testosterona e cortisol

Contabilidade: Camisetas, canetas e afins


















Fonte: Cafe Press (Há entregas internacionais - leia aqui)

Propagandas antigas de contabilidade

Fonte: Aqui

Fonte: Aqui

Fonte: Aqui

19 outubro 2012

Rir é o melhor remédio

Versão final

Google

O Google surpreendeu o mercado ontem e divulgou seu balanço durante o pregão da Nasdaq, bolsa de tecnologia de Nova York, enquanto investidores aguardavam os números para depois do fechamento. Segundo o resultado anunciado, o lucro líquido da gigante de internet caiu 20,3% no terceiro trimestre em bases anuais e chegou a US$ 2,18 bilhões, ou US$ 6,53 por ação. (...)

Além de ser revelado antes do prazo estipulado pela empresa, o arquivo enviado à Securities and Exchange Commission (SEC), reguladora dos mercados nos EUA, estava incompleto. Logo no começo da nota à imprensa aparecem os dizeres "pending Larry quote" (faltam as aspas de Larry), referindo-se ao comentário que o presidente do grupo, Larry Page, ainda precisava enviar à equipe.

Por causa do engano, a Nasdaq foi parar entre os assuntos mais comentados do Twitter, ontem. E, rapidamente, #PendingLarry virou um "hashtag" no microblog. "Alguém no Google já deve estar sentindo falta da cafeteria", comentou um participante sobre o possível culpado. "Que manhã emocionante em Mountain View [sede do Google], ahahahah", escreveu outro.

O Google responsabilizou a editora de balanços RR Donnelley Sons pela publicação antecipada de seu resultado trimestral. Segundo a empresa, a terceirizada enviou à SEC as demonstrações sem autorização prévia.

Para que os números fossem revisados e a divulgação pudesse ser feita de maneira completa - faltou, por exemplo, o comentário de Larry Page. -, a companhia pediu à Nasdaq que a negociação com suas ações fossem paralisadas.

A cotação da gigante de internet na bolsa foi congelada quando os ativos valiam US$ 687,30, em queda de 9%. Ao mesmo tempo, os papéis da RR Donnelley também caíam, chegando a recuar 2,4% por volta das 14h35, quando eram cotados em US$ 10,59.

A RR Donnelley & Sons disse que está "totalmente comprometida" em investigar o que causou a divulgação prematura do resultado. Doug Fitzgerald, porta-voz da empresa, afirmou que a apuração está em curso para descobrir como se deu o ocorrido.

No fim do dia, o Google divulgou seu balanço oficial, incluindo o comentário de Page que faltava no documento anterior. "Tivemos um trimestre forte. A receita subiu 45% na comparação anual e, com apenas 14 anos, já ultrapassamos o primeiro período com receita acima de US$ 14 bilhões. Ao mesmo tempo, as ações voltaram a ser negociadas na Nasdaq. (Com agências internacionais)


Google agita mercado ao divulgar resultado antes da hora, por engano - 19 de Outubro de 2012 - Valor Econômico - Renato Rostás e Nelson Niero | De São Paulo (Via Clipping CVM)

Efeito vencedor

Quando John Coates passou por um período muito bem-sucedido como corretor de valores do Deutsche Bank e do Goldman Sachs, a euforia que ele experimentou foi tão poderosa que ele decidiu investigar o tema. Assim, após 13 anos trabalhando no pregão da bolsa de valores em Wall Street, ele se mudou para os laboratórios de neurociências da Rockefeller University, em Nova York (EUA), e da Universidade de Cambridge, no Reino Unido.

No laboratório, o operador que virou neurocientista se empenhou em descobrir o que aconteceu com seu cérebro quando ele estava mergulhado naquele êxtase. Após vários anos pesquisando estudos feitos com animais e algumas experiências interessantes com a saliva, ele concluiu que a disposição para assumir riscos é motivada por um "efeito vencedor" - um mecanismo hormonal em que cada vitória leva a tomada de mais riscos. "O êxtase era mais poderoso que qualquer coisa que já sentira", disse Coates em uma entrevista concedida durante uma conferência médica em Londres, descrevendo a experiência de conseguir lucros enormes e grandes bonificações em alguns dos maiores bancos do mundo.

Outros especialistas em psiquiatria e neurociências presentes na conferência afirmaram as consequências de um "efeito vencedor" que foge do controle podem levar algumas pessoas a se tornarem políticos corrompidos, ditadores cruéis e até mesmo cirurgiões que gostam de 'brincar de Deus' nos hospitais. "Você fica eufórico, iludido, passa a dormir menos, ter pensamentos competitivos e um maior apetite pelo risco. Basicamente, você se transforma em um negociador sem escrúpulos", diz Coates.


Depois que publicou os primeiros estudos científicos que exploram esses traços presentes nos operadores do mercado, Coates diz que foi procurado por pesquisadores que analisam políticos, soldados e até mesmo esportistas. "Conforme as pesquisas avançavam, ficou claro que estávamos indo além de estudar a biologia da tomada de riscos no mercado financeiro, estávamos estudando a biologia de todos os tipos de tomada de risco", disse


Com as evidências das consequências extremas do "efeito vencedor" - operadores que partem para falcatruas e quebram bancos inteiros, líderes políticos corrompidos pelo poder e que tratam seus subordinados com crueldade ou soldados que se transformam em máquinas de matar -, Coates está indo mais fundo. "Quando você vê essa transformação ocorrendo nas pessoas, vê que elas começam a se portar como senhores do universo. E não se trata de um processo cognitivo. Não se trata nem mesmo de ganância. É mais a sensação de consumar o poder, uma sensação de que você está dominando o mundo."

Coates diz que ficou muito impressionado com o fato de que quase todos os estouros envolvendo mais de US$ 1 bilhão - do tipo que sacode as estruturas de um banco - foram obra de um operador que se encontrava no fim de um período de resultados excepcionais. "Uma sequência de vitórias parece estimular uma tomada de riscos excessiva", diz.

Intrigado e na ânsia de aplicar sua experiência anterior em sua função de pesquisador em neurociências, Coates pediu a alguns ex-colegas da City de Londres que concedessem a ele algum tempo e um pouco de saliva. Ao longo de oito dias úteis consecutivos, pesquisadores colheram amostras de saliva de 17 operadores do sexo masculino, de manhã e à tarde, para medir os níveis de testosterona durante o dia de trabalho.

Os resultados foram reveladores. O nível diário de testosterona esteve significativamente mais alto nos dias em que os operadores ganhavam mais dinheiro do que a média mensal em um mês. E no período da manhã, quando eles estavam com os níveis de testosterona elevados, seus lucros eram significativamente maiores do que quando os níveis de testosterona estavam baixos. Essas constatações refletem estudos parecidos feitos com animais que também já constataram o "efeito vencedor" entre machos que brigam por território ou por uma parceira, por exemplo.


Segundo Coates, elas também mostram que a decisão de assumir riscos pelos humanos é psicológica e não apenas uma atividade cognitiva. "Há na economia a crença de que andamos por aí com um supercomputador em nossas mentes, que não é afetado pelo corpo e tem a capacidade de calcular os retornos, as probabilidades e a alocação ideal de capital", afirmou. "Mas é claro que a ciência não dá suporte a isso."


As observações feitas por Coates na conferência encontraram respaldo nas de outros participantes. O evento reuniu psiquiatras e neurocientistas para examinar o fenômeno do excesso de confiança na vida pública - em outras palavras, o que leva as pessoas com poder a se tornarem corruptas e se comportar de maneira arrogante e destrutiva. Nassir Ghaemi, professor de psiquiatria da Tufts University, de Massachusetts, disse na conferência que desordens como a depressão podem frequentemente auxiliar líderes políticos, econômicos e militares em tempos de crise, porque os depressivos são mais compreensivos, são mais autocríticos e mais realistas em relação ao mundo que os cerca.

Coates sugere que o que dá errado no caso dos operadores mal intencionados é que o mecanismo hormonal que está por trás do "efeito vencedor" se torna patológico, alimentando a "exuberância irracional" e a tomada excessiva de riscos. Ele também disse que não basta os comentaristas e analistas simplesmente observarem os erros. Eles devem exigir estudos científicos adequados que possam fornecer respostas conclusivas sobre o que deu errado. "O que estou descrevendo são dados científicos negligenciados", disse.

A hipótese de Coates é que num certo nível de aumento da testosterona, a tomada de risco efetiva gradualmente se transforma em uma onda biológica de comportamento de risco excessivo. Se este for o caso, é preciso mudar a maneira como os operadores são monitorados. "O problema com os bancos é que seus sistemas de gerenciamento de riscos e planos de remuneração estão ampliando essas ondas biológicas, quando deveriam fazer o contrário. Em vez de sempre aumentar os limites de risco de operadores que acumula vitórias, eles deveriam limitá-los ou mesmo dizer a eles para liquidar suas posições e tirar três semanas de férias até reequilibrar os hormônios", afirma. (Tradução Mario Zamarian)

O "efeito vencedor" e o perigo de perder tudo depois de ganhar muito - 18 de Outubro de 2012 - Valor Econômico - Kate Kelland | Reuters, de Londres (via CVM Clipping)

Nota

O Banco Monte Paschi, conhecido por ser o mais antigo banco do mundo, teve sua nota cortada pela Moody para "junk", diante da possibilidade material que a entidade teria que necessitar de recursos.

"Given the weak growth prospects for Italy's economy and the EU operating environment, there is a strong probability that the bank would not be able to generate sufficient capital internally to maintain regulatory capital levels,"

A queda na nota poderá forçar o Monte Paschi a ter mais dificuldades em obter recursos, informou o The Telegraph.

Joint Ventures

A julgar pelas notícias na imprensa especializada em negócios, a convergência das práticas de contabilidade no Brasil às normas do IFRS, no que diz respeito a consolidação de balanços corre riscos de distorções. O fio indutor das possíveis distorções, como não poderia deixar de ser, tem em sua origem uma disputa entre as partes diretamente envolvidas de como divulgar os resultados consolidados quando os negócios estão desenhados sob o formato jurídico de joint ventures. (...)

As mudanças em curso sobre as práticas de consolidação de balanços nas sociedades constituídas sob "joint ventures", ao meu ver, proporcionam muito mais clareza na evidenciação dos resultados. Agora, dizer que a opção por um modelo de negócio, num dado formato, por sua vez com direitos e deveres entre as partes formalizados em um contrato, depende de como as práticas contábeis evidenciam o seu resultado, merece ser visto com cuidado. (...)

o que está em jogo não é a prática contábil influenciando o modelo de negócio, mas, a impossibilidade de "evidenciar" /divulgar ao mercado grandes valores de faturamento etc, bem como indicadores de "desempenho superiores". Ao que parece, as manifestações catastróficas [muito ao gosto dos agentes mercado quando contrariados em suas práticas e/ou interesses], não tem razão de ser. Por fim, o mais interessante é que, apesar de o texto ser equivocado em seu conteúdo, abre espaço para investigar e promover uma ampla discussão sobre dos benefícios ou não para os agentes de mercado em relação às práticas contábeis adotadas, especialmente aquelas que afetam os valores nas demonstrações contábeis divulgadas.


O uso do cachimbo deixa a boca torta ... - Lauro Brito de Almeida

Ciência 2

A revista científica britânica "Nature", uma das mais importantes do mundo, destaca em sua edição de hoje as mudanças que estão afetando a geografia da ciência.

Segundo o periódico, novas redes regionais de colaboração entre cientistas estão aumentando a capacidade de pesquisa de países de economia emergente, entre eles o Brasil, e mudando o equilíbrio global da ciência.

As superpotências da área, os EUA e a Europa, que vêm dominando a pesquisa desde 1945, podem perder a primazia nas próximas décadas, afirma a "Nature". (...)

Segundo a revista, o Brasil possui uma emergente rede de pesquisa na América Latina. A despeito da diferença linguística, o país dobrou sua colaboração científica com Chile, Argentina e México nos últimos cinco anos.

Na edição da "Nature", há também um texto do diretor científico da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), Carlos Henrique de Brito Cruz, em que ele apresenta números robustos da ciência nacional: 35 mil artigos científicos no ano passado, levando o Brasil à 13ª posição mundial no número de publicações.

Contudo, o país ocupa apenas a 35ª posição no ranking de impacto da pesquisa. "Durante uma fase do desenvolvimento científico, é importante enfatizar a quantidade da produção, mas já atingimos um estágio em que devemos incluir na agenda a questão do impacto", disse Brito Cruz à Folha.

A média de citações de artigos de cientistas brasileiros (principal medida de sua importância para a comunidade científica) em 2011 foi 65% da média mundial. Pior, é a mesma proporção de 1994. O número já foi 75% em fins da década de 2000.

Brito Cruz propõe que o governo desenvolva um plano de apoio a algumas universidades, que as coloque entre as cem melhores do mundo em uma década. "Deve haver uma concertação nacional, em nível federal e estadual, para montar um plano de programa de excelência para algumas universidades."

Para ele, esse programa deve prever "uma autonomia real para as universidades federais, um sistema totalmente baseado no mérito, um plano agressivo de internacionalização e um sistema mais rigoroso na seleção de alunos e pesquisadores".

"Não adianta só ter dinheiro, as melhores universidades precisam ter os melhores alunos e professores", diz.


Folha de S Paulo

Ciência

Um artigo de Marcie Rathke, foi provisoriamente aceito para publicação em Advances in Pure Mathematics. O texto continha sentenças ligadas pelo uso de fórmulas matemáticas.

A curiosidade é que o artigo foi criado por um programa chamado Mathgen, que gera, de maneira aleatória, sentenças, fórmulas técnicas, dentro da estrutura convencional de um artigo científico. Mas sem nenhum sentido...

O criador do Mathgen já tinha feito algo parecido para ciência da computação, tendo o artigo sido aceito para publicação em congressos acadêmicos.

Fato da Semana


Fato: A divulgação atrapalhada do Google

Qual a relevância disto? – A empresa Google (onde está hospedado este blog) é sinal de eficiência. É para muitos o ideal de uma empresa. Mas as trapalhadas da divulgação do resultado foram tantas que mostram que a Google é uma empresa “normal” como as demais. As demonstrações deveriam ser divulgadas após o fechamento do pregão, mas por um erro foram apresentadas durante do pregão. Pior, de maneira incompleta, com comentários no texto. Além do resultado abaixo do esperado, os erros na evidenciação também ajudaram a derrubar o preço da ação da empresa.
O fato chama atenção para o cuidado que se deve ter no processo de evidenciar uma informação. Erros como os cometidos pela empresa são danosos para sua imagem.

Positivo ou negativo? – Para a empresa, sem dúvida nenhuma foi negativo. Para as empresas e a contabilidade, o fato pode ser positivo ao destacar a relevância da boa evidenciação.

Desdobramentos – A imagem da empresa deverá ser recuperada rapidamente. Mas ficará na história de como não se deve fazer. 

Frase

"E nós queríamos testar "pessoas de verdade" e não apenas estudantes (apesar deu ter descoberto que estudantes não gostam de ouvir que não são pessoas de verdade)."

"And we wanted to test “real people” and not just students (though I have discovered that students don’t like to be told that they are not real people)."

Dan Ariely


ICMS

Qual reforma tributária?
O Estado de S.Paulo - Editorial, 16/10/2012

Empresários e contribuintes em geral gostariam muito de acreditar na afirmação do ministro interino da Fazenda, Nelson Barbosa, de que "a reforma tributária já começou e está caminhando". De que é urgente uma reforma extensa e profunda de nosso sistema de impostos, contribuições e taxas, ninguém que conheça o assunto parece discordar, como deixaram claro os participantes do seminário Como avançar na agenda da tributação, promovido pelo Estado e pela Agência Estado, com o apoio da Confederação Nacional da Indústria. Afinal, há muito tempo a complexidade do sistema tributário - que impõe despesas administrativas extraordinárias às empresas - e o alto peso dos impostos - que onera demasiadamente os custos de produção no País e continua a crescer - retiram competitividade dos produtos brasileiros e retardam o crescimento. Ainda que ela esteja em curso, no entanto, de que reforma falou o ministro interino, em entrevista ao Estado (11/10)?

Quando autoridades, empresários, tributaristas e outros contribuintes discutem a reforma tributária, o único ponto com o qual todos concordam é quanto à sua necessidade e urgência. É preciso fazê-la o mais depressa possível. Por isso, governos vêm anunciando projetos de reformas tributárias praticamente desde a promulgação da Constituição de 1988.

[...]E por que, embora tão defendida, a reforma tributária pouco avança? A reforma não sai porque quem mais está falando em fazê-la, isto é, o governo federal, não é dono do principal imposto a ser reformado, que é o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), de natureza estadual, observou o economista Raul Velloso. "O dono do ICMS são os governadores, que não querem perder receita."

Criado como um imposto de valor adicionado, o ICMS foi sendo desfigurado e hoje, como observou Panzarini, é "o grande protagonista do manicômio tributário brasileiro". É ele que gera a guerra fiscal entre os Estados, a guerra dos portos (uma forma específica da guerra fiscal) e a guerra do comércio eletrônico. A toda iniciativa de mudança nas regras do ICMS os governadores reagem com desconfiança, pois temem que seus Estados percam receitas e outros ganhem.

[...]Diante da imensa dificuldade para chegar a um projeto abrangente que tenha apoio político suficiente, o governo Dilma tem optado por medidas pontuais, entre as quais o secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, apontou a desoneração da folha de pagamentos de 20% da contribuição previdenciária. Outras ainda estão em estudos, como a simplificação das regras do ICMS e do PIS/Cofins, mas poderão ficar para 2014, para evitar perdas de receitas em 2013, quando a economia brasileira ainda deverá estar se recuperando da crise.

Tem havido alguns poucos benefícios para o setor produtivo, e outros poderão surgir futuramente, mas as empresas continuam envolvidas por um cipoal de normas tributárias que afetam seus negócios e seu crescimento - e, com mudanças a conta-gotas, assim continuará por muito tempo.

18 outubro 2012

Rir é o melhor remédio

Desculpe, mas esta noite, o terno é obrigatório.

Fonte: Aqui

Professor, revisa a minha nota?

Eu sempre falo deste vídeo para as pessoas. Vi em uma postagem antiga do Professor David Albrecht. Não foi ele quem fez, foi encontrado no YouTube. Está sem legendas.

Eu estava com planos de acrescentá-las mas desisti. Tem me faltado tempo. Caso alguém encontre o vídeo com legendas, por favor nos informe. ^.^



Os mais ricos da história

Esta é um daquelas listas que você olha com grande desconfiança: o problema é como colocar a riqueza de uma pessoa que viveu no passado em termos do dinheiro de hoje. Alguns dos bilionários a seguir viveram em uma sociedade pouco desenvolvida em termos de mercado. Outro aspecto é que a riqueza varia com o passar do tempo: o ponto de escolha onde a riqueza foi medida.

Deixando de lado estes aspectos, eis a lista:

#1 Mansa Musa I – $400 Billion
#2 The Rothschild Family – $350 Bilhões
#3 John D. Rockefeller – $340 Bilhões
#4 Andrew Carnegie – $310 Bilhões
#5 Nikolai Alexandrovich Romanov – $300 Bilhões
#6 Mir Osman Ali Khan – $230 bilhões
#7 William The Conqueror – $229.5 Bilhões
#8 Muammar Gaddafi – $200 Bilhões
#9 Henry Ford – $199 Bilhões
#10 Cornelius Vanderbilt – $185 Bilhões

Mais um blogueiro

Depois que um blogueiro recebeu o Nobel de Economia, mais uma novidade:

O prof. Lauro Brito, da UFPR, está postando textos inéditos no blog Oficina de Serviços, Análises e Estudos em Gestão Econômica. Vale a pena acompanhá-lo.

Iasb e a Convergência

O presidente do International Accounting Standards Board emitiu uma avaliação mordaz do progresso na realização de reformas urgentes, dizendo que os repetidos atrasos abalou a fé das pessoas na capacidade da entidade em cumprir prazos.

Hans Hoogervorst disse (...): "Nós temos ultrapassados prazos tantas vezes que ninguém mais acredita neles."
Mais

Sr. Hoogervorst - que herdou as reformas inacabadas e sinalizou um fim à preocupação com os EUA - também acredita que o conselho precisa fazer uma melhor investigação antes de lançar projetos. (...)

O ex-ministro das Finanças holandês fez seus comentários sinceros durante uma reunião do conselho do IASB como ele apresentou planos para uma revisão do pensamento geral que sustenta seu trabalho, conhecido como seu "quadro conceitual". (...)


Eis uma opinião sincera sobre os problemas das normas internacionais. Fonte: financial Times

iPhone e a Economia

O Wall Street Journal (via aqui) mostra a estimativa de crescimento da economia dos EUA, comparando a taxa esperada pelos economistas e o valor real:

Junho de 2009 - lançamento do iPhone 3GS - crescimento esperado = 0,5%; crescimento real = 1,22%
Junho de 2010 - lançamento do iPhone 4 - crescimento esperado = -0,3%; crescimento real = 0,3%
Outubro de 2011 - lançamento do iPhone 4S - crescimento esperado = 0,1%; real = 0,93%

Será que o lançamento de um novo modelo de iPhone tem influencia sobre a economia? Aparentemente sim e não somente nos EUA.

Este fim de semana passado, a China registrou um surpreendentemente forte aceleração das exportações graças a um par de itens não recorrentes .
"Acreditamos que o lançamento do iPhone 5 foi a principal causa por trás do súbito crescimento da atividade de comércio de Taiwan com o continente", escreve Wei Yao, economista do Societe Generale

Mais sobre o Nobel

Postamos aqui um mapa sobre o Prêmio Nobel. Segue mais uma versão interessante e diferente via Contabilidade e Métodos Quantitativos:





17 outubro 2012

Rir é o melhor remédio

Fonte:  Aqui

Confiança e Inovação

Algumas pessoas são mais confiantes que outras. O excesso de confiança pode ser ruim quando as pessoas tomam um risco muito acima do que seria o desejável. Estes indivíduos podem levar empresas à falência e são responsáveis pelas bolhas que resultam nas crises do mercado.

Mas pessoas com baixo nível de confiança tendem a evitar riscos. E o processo de inovação depende, basicamente, de riscos que são assumidos nas situações onde os outros seres humanos são descrentes.

De uma maneira geral acreditava-se que os grandes inovadores, como Steve Jobs, fossem excessivamente confiantes. Uma pesquisa publicada no Journal of Finance mostra que esta relação é realmente verdadeira. Três pesquisadores tiveram que ser criativos em mensurar “confiança” e “inovação”. Como para realizar a pesquisa eles usaram presidentes de empresas, a inovação foi medida de maneira indireta pelo número de patentes registradas por sua empresa. Já para medir a confiança foram usadas aproximações: as opções e a cobertura da imprensa.

Durante dez anos, a pesquisa acompanhou os presidentes e constatou que empresas com executivos mais confiantes possuem maior volatilidade; mas, por outro lado, estas empresas são mais inovadoras, obtendo mais patentes.

Em outras palavras, a confiança excessiva ajuda os executivos a explorar as oportunidades de crescimento.

Para ler mais: Are overconfident CEOs better innovators? – David Hirshleifer, Angie Low e Siew Hong Teoh. Journal of Finance, agosto de 2012, p. 1457 a 1498

Terceirização na Auditoria

Uma reportagem da Reuters (Analysis: As more U.S. audit work moves to India, concerns arise, Dena Aubin e Sumeet Chatterjee) chama a atenção para a dependência, cada vez maior, do trabalho realizado na Índia para a auditoria das demonstrações contábeis de empresas dos EUA. Há cinco anos, 1% do trabalho era realizado na Índia; hoje o percentual é de 5%. Isto significa 22 mil pessoas empregadas.

A razão do aumento da terceirização é o custo: na Índia um salário de dez mil dólares é considerado razoável; na matriz o valor é cinco vezes maior.

As empresas dizem que este trabalho dos funcionários indianos é fiscalizado e analisado. E que a qualidade do trabalho é mantida. Os centros fazem de conferência até consultoria tributária. Mas a Price, uma das empresas que usam os indianos, afirma que são terceirizadas somente tarefas padronizadas, nenhuma das quais envolve o julgamento do auditor. Esta empresa pretende atingir a 20% o trabalho realizado nos centros terceirizados. A Deloitte também declarou a mesma coisa.

O presidente do PCAOB, entidade que fiscaliza as empresas de auditoria, reconhece que a terceirização ajuda na eficiência.

Dança das Cadeiras

A tabela mostra a alteração dos auditores dos quatro maiores bancos chineses. Observe que dos quatro bancos, a Price detém a conta de dois deles agora; a Deloitte já não faz mais auditoria de nenhum dos grandes bancos. A última coluna mostra que os valores pagos reduziram.

Música

Acima, a partitura da obra 4´33´´, de John Cage. Custa US$5,95. Para quem não conhece esta obra de Cage, eis um resumo:

A partitura de 4'33" contém três movimentos em que o músico não deve executar nenhuma nota em seu instrumento. Após a entrada no palco e os aplausos, o músico deve colocar-se em posição de execução e permanecer assim durante toda a duração da obra (quatro minutos e trinta e três segundos).
Questionando o paradigma da música ocidental, que explicava a música como uma série ordenada de notas, ou o que se esperaria de um concerto normal, Cage se voltou para outras concepções de música. A peça não pode ser chamada de silent piece, pois a música ouvida na hora foi o ruído do teatro. Segundo a concepção oriental de música pesquisada por Cage, esta seria o som ao qual se presta atenção.

Alguém compraria esta partitura?

Impairment

No ano passado, o Financial Accounting Standards Board criou um teste preliminar para simplificar o processo de determinar uma baixa de ágio. Como muitas empresas estão descobrindo, no entanto, o teste pode ser complicado, envolve cálculos complexos e requer trabalho adicional.

Fonte: aqui

Bancos

Um tema recorrente entre os políticos na arena bancário são as regras contábeis utilizadas para créditos de liquidação duvidosa em bancos. Os mercados estão claramente preocupados com isso: o valor de mercado dos bancos é menor do que o valor dos ativos na contabilidade. É a evidência de uma falta de confiança sobre o verdadeiro valor dos bancos.

O problema? As regras atuais não permitem aos bancos fazer previsões sobre suas perdas futuras e conta apenas para as perdas que tenham incorrido. (...)

Então, se os políticos estão falando sobre o problema, é hora de, talvez, para que algo seja feito a respeito.


Fonte: Guardian

Auditoria na Inglaterra

A Competition Commission, que está investigando o setor de auditoria na Grã-Bretanha, prorrogou o prazo de termino dos trabalho para janeiro. Não foi anunciada a razão.
Esta comissão está investigando se as Big Four (KPMG, Deloitte, PricewaterhouseCoopers and Ernst Young) estão restringindo a competição no mercado de auditoria.

Documentos preliminares foram divulgados há dias sobre o papel do presidente do comitê de auditoria na indicação das empresas. A implantação do rodízio também tem sido considerada pelo Competition Commission.


Inconsistências

O Grupo Pão de Açúcar esclareceu nesta terça-feira (16/10) que não existiram inconsistências ou erros nas demonstrações financeiras de Globex Utilidades - atual Via Varejo.

Tal posicionamento reflete as declarações da família Klein, antiga dona das Casas Bahia e proprietária de quase metade da Via Varejo, e de seus assessores de que poderiam existir "inconsistências" nos balanços da Globex usados na ocasião da fusão das empresas. (...)

Segundo a companhia, as demonstrações financeiras da Via Varejo são auditadas pela Ernst Young.


Fonte: Aqui

16 outubro 2012

Ainda o Nobel

O Prêmio Nobel de Economia foi concedido aos americanos Alvin Roth e Lloyd Shapley por seus trabalhos sobre a melhor maneira de reunir partes diferentes para seu benefício mútuo. Um trabalho que serviu de base teórica para eventos como "speed-dating", que visam facilitar a escolha de um par amoroso, e para a distribuição de vagas em escolas de ensino médio.

O prêmio, dado pelo Riksbank, o BC da Suécia, foi para os acadêmicos por sua obra teórica abstrata e por seu empenho em tornar as descobertas relevantes na prática.

Ao premiar uma área da economia distante da discussão macroeconômica sobre crises, austeridade e política fiscal, a comissão do Nobel se esquivou à possibilidade de tomar partido nesse debate.

Em vez disso, a decisão reflete a tradição de definir uma área importante de estudo e premiar vários de seus expoentes, mesmo que jamais tenham trabalhado juntos.

O professor Shapley, de 89 anos, da Universidade da Califórnia, campus de los Angeles, recebeu sua parte do prêmio por seu trabalho sobre a teoria dos jogos de cooperação, em especial sobre o método de encontrar parcerias estáveis entre pessoas ou grupos, segundo as quais nenhuma das partes preferiria negociar ou lidar com alguém a não ser seu parceiro atual, em área em que as normas simples do mercado não são adotadas.

"Eu me considero um matemático, e o prêmio é de economia", disse à agência de notícias Associated Press. "Nunca, nunca na minha vida fiz um curso de economia."

O professor Roth, de 60 anos, da Universidade Harvard, empregou os resultados de Shapley em experimentos de laboratório e práticos para combinar médicos com hospitais, doadores de órgãos com pacientes e alunos com escolas.

Para a maioria dos mercados, a distribuição de produtos de oferta limitada - aparelhos de TV, feijão cozido ou laranja, por exemplo - a uma demanda quase ilimitada é solucionada pelo mecanismo dos preços. O preço equipara a oferta e a demanda, mas, em várias áreas, não há mercado para distribuir outros produtos escassos.

Encontrar a melhor maneira de distribuir alunos entre as escolas, quando não há cobrança de mensalidade ou ela é limitada, ou órgãos aos que necessitam de transplantes, quando leis baseadas na ética impedem uma transação monetária, é muito mais difícil.

O professor Shapley empreendeu um trabalho teórico sobre resultados estáveis de cooperação nesses mercados, nas décadas de 50 e 60. Um resultado estável, quando há muitas alternativas possíveis, é aquele em que ambas as partes não julgam vantajoso procurar um outro parceiro.

O primeiro e mais conhecido exemplo desse problema, na prática, foi encontrar um parceiro(a) para se casar. Num estudo de 1962, o professor Shapley, junto com David Gale, criou um método teórico entre 10 homens e 10 mulheres de encontrar um companheiro estável, pelo qual nenhum homem e nenhuma mulher procurariam se separar de seus parceiros e se associar a uma outra pessoa.

O processo consistia em fazer com que homens ou mulheres escolhessem a pessoa de que mais gostassem, de forma semelhante à atualmente usada no "speed dating" - um método organizado de formação de casais em que, num único evento, a pessoa mantém encontros reservados de aproximadamente 8 minutos com várias pessoas e arrola as que mais despertaram seu interesse. No caso de a seleção caber às mulheres, os homens escolhidos fazem sua primeira opção e as mulheres que ficaram sem parceiro após a primeira rodada têm uma segunda rodada para escolher entre os homens inicialmente rejeitados. Gale e Shapley provaram matematicamente que esse processo levava a uma parceria estável.

Eles também demonstraram, nesse exemplo, que faz diferença qual das partes recebe o direito de fazer a escolha. O sexo que escolhe é mais feliz e obtém um resultado melhor do que o que é escolhido.

Outras aplicações da teoria das associações criada pelo professor Roth foi encontrar a melhor combinação de médicos-residentes para hospitais, alunos para escolas e rins para pacientes.

Qualquer pessoa que tenha procurado uma vaga numa escola de ensino médio de Londres ou em vários distritos metropolitanos americanos se beneficiou da aplicação do algoritmo de Gale-Shapley pelo professor Roth.

Os pais, em Londres, mencionam seis opções em ordem de preferência. As escolas não são informadas dessas opções e aplicam critérios de admissão a todos os candidatos às vagas. Em seguida, por um processo de iteração, os lugares de última opção dos que foram admitidos em mais de uma escola são descartados. Iteração é o processo de resolução (de uma equação ou um problema) mediante uma sequência finita de operações em que o objeto de cada uma é o resultado da que a precede.

Esse método permitiu aos pais manifestar sua preferência sem se preocupar com a possibilidade de que escolas com baixo grau de preferência em suas classificações se aborrecessem por não terem sido a primeira opção.


Estudo sobre parcerias leva o Nobel de Economia - Valor Econômico - 16/10/2012

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

Blogueiro ganha o Nobel

Em postagens anteriores (aqui e aqui) comentamos os favoritos ao Nobel. Os vencedores foram Alvin Roth e Lloyd Shapley. Cowen lembra que Roth é um blogueiro responsável pelo Market Design (que sigo no Reader  !!!). Eis a postagem do dia do anuncio do prêmio:

Blog may be delayed today...
Count me as surprised...


Isto foi postado as 4 da manhã, antes do anúncio.

Para Tabarrock, Roth aplicou seus conhecimentos em diversos problemas práticos, sendo o economista mais influente "para" o mundo (isto foi escrito em 2010). Ele estudou, por exemplo, o problema do transplante de rim. Levitt, do Freakonomics, afirma que Roth mudou a forma como ele pensava o mundo.

Foi o primeiro Nobel para Matching Theory. Aqui aqui e aqui links e explicações sobre o teoria.

Shapley é conhecido pela teoria dos jogos: foi considerado por outro vencedor do Nobel, Aumann, o maior estudioso desta área. E isto não é pouco, já que além de Aumann temos Neumann e Morgenstern.

Efeito Manada

Remar contra a maré pode soar como uma péssima dica no mercado de capitais. Contudo, existem investidores que acreditam que isso não só é possível como também é lucrativo. A abordagem de investimento contrário ao mercado (contrarian investing) entende que a maioria das pessoas está, em muitas ocasiões, errada a respeito das decisões de compra e venda das ações. Segundo essa polêmica linha de raciocínio, a estratégia deve se pautar por comprar os papéis quando todo mundo está vendendo e vendê-los tão logo os demais passem a comprá-los. Esse tipo de investidor acredita que, quando uma oportunidade de investimento se torna reconhecida por todos no mercado, significa que o espaço para ganhos já passou. Para os contrarians, grande parte dos investidores tende a comprar ações quando elas já estão caras, seguindo um efeito de manada e, portanto, auferem poucos ganhos.

POR QUE IR CONTRA O MERCADO?

As bolhas especulativas são exemplos emblemáticos do efeito de manada ao qual os contrarians resistem. Muitos investidores novatos, entusiasmados com a possibilidade de ganho rápido, entraram no mercado pouco antes de haver o estouro das bolhas. É nesse momento que passam a atuar os que investem contra o mercado. Quando todo mundo estava comprando e acreditando numa oportunidade de fazer bons negócios, os contrarians percebiam que era hora de vender suas posições. Eles partem da lógica, contraintuitiva, de que o ser humano, naturalmente social, tem certa resistência em rejeitar seus pares e "ir contra a maré". É justamente no resistir a essa tentação que residem as oportunidades de ganhos para os contrarians.

A estratégia pode ser utilizada tanto para períodos curtos de tempo quanto para horizontes mais longos. Ela não se apoia só nos preços das ações — muitos investidores mesclam a estratégia de investimento em valor com o investimento contra o mercado. Nem sempre os resultados indicam a mesma decisão de compra ou venda, mas a análise dos fundamentos da empresa fornece mais um componente para o contrarian justificar sua posição.


OPÇÃO PELA FLEXIBILIDADE


Alguns investidores adotam posições baseadas em uma mentalidade permanente de queda ou de subida do mercado, como numa montanha-russa. Os seguidores da estratégia de investimento contra o mercado não têm essa postura. Os contrarians são flexíveis e estão constantemente avaliando, de maneira geral, tanto o preço da ação-alvo quanto o mercado.

AS LIÇÕES DE SER DO CONTRA


O investimento contra o mercado traz alguns insights interessantes, mesmo para investidores que não pretendam segui-lo. Por exigir um alto grau de disciplina e análise, o grupo dos contrarians é formado por investidores experientes e dedicados. Qualquer aplicador pode extrair pelo menos três lições dessa estratégia: 1. Pense diferente: a independência de pensamento que os contrarians utilizam requer autocontrole e a total separação da influência emocional na decisão de investir. Aliada à filosofia do "comprar na baixa e vender na alta", essa disciplina pode trazer bons ganhos para o investidor. 2. Não se baseie apenas na tendência de preços: alguns investidores adotam crenças predeterminadas a respeito do mercado — alguns são sempre otimistas; e outros, sempre pessimistas quanto às tendências da bolsa. Os contrarians estão permanentemente atentos às chances de fazer seu dinheiro render e buscam ser ágeis para acertar no timing de compra e de venda. Seja na baixa ou na alta, existem oportunidades de ganho. 3. Nem sempre a maioria está certa: não é correto dizer que a maioria do mercado está sempre errada, entretanto é igualmente falso assumir que ela está sempre certa. O contrarian prefere acreditar que a maioria tende a estar errada e agindo por impulso de manada. Manter a racionalidade e o distanciamento das emoções é uma importante disciplina para qualquer investidor.

E FUNCIONA?

Como um exemplo ilustrativo dessa estratégia, analisamos, entre 2008 e 2009, dez empresas que tiveram as quedas mais acentuadas da BMFBovespa. Os papéis desse grupo de "perdedoras" despencaram, em 2008, 88% em média, mais que o dobro do índice Bovespa, que caiu 41%. O comportamento dessas mesmas dez ações foi bastante superior à média no ano seguinte — essa carteira hipotética subiu 238% em média —, quase três vezes a subida do Ibovespa no mesmo período (veja gráfico abaixo).

Isso significa que as ações que mais perderam em 2008 se mostraram grandes "vencedoras" no ano seguinte. Um investidor contrarian que tivesse comprado esses dez piores papéis de 2008 teria auferido um retorno bem superior à média de mercado. Essa evidência está em linha com o conceito de Beta, o indicador de risco apresentado no capítulo 3. Quanto maior o Beta, mais voláteis são os retornos, ou seja, tanto as altas quanto as baixas são mais intensas que a média do mercado.

Fugindo da manada - 16 de Outubro de 2012 - Revista Capital Aberto Especial - Rafael Liza

Reapresentação

A incorporadora e construtora Rossi Residencial reapresentou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), na sexta-feira, as demonstrações financeiras relativas aos anos de 2011, 2010 e 2009, acompanhadas dos formulários de informações trimestrais dos primeiro e segundo trimestres de 2012 e dos três anos anteriores.

A reapresentação das informações decorreu dos ajustes nas práticas contábeis da companhia. A Rossi afirmou ainda que todas as informações financeiras estão acompanhadas de relatórios de auditoria e revisão limitada sem ressalvas, em substituição aos anteriormente apresentados.


Fonte: Aqui

As demonstrações anteriores estavam com ressalvas?

Americanas

Sobre a solicitação de falência das Americanas:

O caso assumiu proporções que superam os limites da mera disputa comercial. A Bolsa de Valores de São Paulo pediu explicações à rede varejista, que teve suas ações penalizadas ao longo do dia. Os papéis preferenciais da Lojas Americanas caíram 2,27%. A situação se acalmou no dia seguinte, quando a empresa enviou à bolsa um comunicado assinado por Murilo Corrêa, diretor de relações com investidores, no qual alegou desconhecer detalhes do processo e garantiu estar em dia com as obrigações relacionadas ao credor. Procurada pela DINHEIRO, a Americanas não quis dar entrevista. Já a direção do Athenabanco foi lacônica: “O pedido de falência é um expediente usado normalmente por credores”, disse Robinson Leite, diretor de operações do Athenabanco, sem informar o montante que motivou o pedido.

De fato, basta uma busca na internet para encontrar casos semelhantes. Na quarta-feira 10, a pequena Ahmeyndukato Alimentos, fabricante de confeitos de amendoim, ingressou na 1ª Vara de Falências de São Paulo contra o poderoso Makro Atacadista. Mesmo se tratando de um expediente corriqueiro, esse tipo de ação, de acordo com José Roberto Martins, especialista em branding, de São Paulo, costuma gerar prejuízos às marcas envolvidas. Para ele, a Americanas descuidou de um de seus maiores ativos: sua marca. “Trata-se de um caso típico de erro na gestão de imagem”, afirmou. A palavra, agora, está com a Justiça.


Fonte: Imagem chamuscada - 15 de Outubro de 2012 - Revista Isto É Dinheiro - Rosenildo Gomes FERREIRA

Anteriormente as Americanas já tiveram um pedido de falência por uma dívida de menos de R$300.

Quando a política influencia...

A ‘mão do governo’ sobre a economia está pressionando empresas na bolsa. Levantamento da Economatica que analisa os efeitos das recentes medidas restritivas ou regulatórias sobre o retorno das ações mostra que ele é negativo na maioria delas. Telefonia, energia, bancos e infraestrutura são os mais expostos. As quedas chegam a mais de 30%.

O setor mais prejudicado na bolsa é o elétrico.

“Fator Brasília” afeta valor de ações na bolsa - 15 de Outubro de 2012 - Brasil Econômico - Marília Almeida

Setores regulados estão sujeitos a "mão do governo". É natural. O problema é o governo gostar de fazer interferências na economia, adotando o Kirchnerismo.

Verbos

Eis um texto interessante:

A Lei 6.404/76 e as instruções da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) empregam de forma corriqueira os verbos "publicar", "divulgar", "disponibilizar" e "comunicar" para tratar da obrigação imposta a companhias fechadas e abertas de dar publicidade aos atos societários que interessam aos acionistas e a terceiros. Contudo, o regulador, muitas vezes, utiliza esses termos de maneira indiscriminada, como se correspondessem a uma ordem de igual alcance. Vamos a alguns exemplos.

No art. 3º da Instrução 358, a CVM diz que "cumpre ao diretor de relações com investidores divulgar e comunicar (...) qualquer ato ou fato relevante ocorrido ou relacionado aos seus negócios". No §4o da mesma norma, é dito, então, que essa divulgação deverá se dar através de "publicação nos jornais de grande circulação utilizados pela companhia". Ou seja, no art. 3º, o regulador usa o verbo "divulgar" no sentido de "publicar", já que a informação deve ser veiculada em jornal. Outro exemplo de mau uso dessas palavras é a adoção do verbo comunicar como sinônimo de publicar. Isso pode ser visto no art. 133 da Lei das S.As. O parágrafo menciona que os "administradores devem comunicar, até 1 mês antes da data marcada para a realização da assembleia-geral ordinária, por anúncios publicados na forma prevista no artigo 124, que se acham à disposição dos acionistas: o relatório da administração (...)". Há situações ainda mais complexas, como o emprego do verbo "comunicar" como sinônimo de "divulgar", mas significando "publicar". É o caso do art. 12 da Instrução 480: "O emissor deve comunicar aos titulares dos valores mobiliários, na forma estabelecida para divulgação de fato relevante, as medidas tomadas para o cumprimento das obrigações de que trata o caput (...)". Como foi visto no primeiro exemplo, a divulgação de fato relevante é, na verdade, uma publicação em jornal.

Essas situações dificultam o cumprimento da obrigação legal de publicação dos atos societários, principalmente pelos diretores de relações com investidores. Numa pesquisa sobre o assunto, identifiquei outros exemplos para, ao fim, delimitar o que significa (do ponto de vista da regulação) a obrigação de publicar, divulgar, disponibilizar e comunicar imposta às companhias. Em resumo, cheguei às seguintes conclusões:

• publicar: indica a obrigação de veicular — na imprensa oficial dos estados ou em jornal de grande circulação na localidade em que está situada a sede da companhia — os atos societários que interessam aos acionistas e a terceiros;

• divulgar: é empregado para designar a ordem genérica, aberta e inespecífica de transmitir e disseminar informações, seja a um destinatário identificado, seja para a mídia. Essa flexibilidade confere ao responsável pela divulgação margem de discricionariedade no cumprimento do dever legal;

• disponibilizar: indica, para a companhia, a obrigação de finalizar a informação de modo a torná-la apropriada para exame da coletividade. Cumprida essa etapa, cabe à empresa depositá-la em local apropriado para consulta (sede da companhia, endereço eletrônico, sistema IPE); e

• comunicar: é utilizado com mais frequência no sentido de transmissão direta de informações a um destinatário específico e identificado, por meio de veículos igualmente específicos (telegrama, ofício, mensagem eletrônica).

Espera-se que a pesquisa sirva de base à reforma pontual da regulamentação de modo a eliminar conflitos de interpretação e dirimir a insegurança no seu cumprimento.

Comandos confusos - 16 de Outubro de 2012 - Revista Capital Aberto - Gustavo Oliva Galizzi

Nobel

O mapa mostra o predomínio dos EUA no Nobel de Economia.

15 outubro 2012

Rir é o melhor remédio

Conduzindo Miss Daisy. (Aqui sobre Daisy e aqui sobre o filme)

Retorno dos bancos

O valor da ação do BB na última quarta-feira (10) - em torno de R$ 22,50 - carregava uma expectativa de rentabilidade sobre o patrimônio líquido em torno de 16% ao longo dos próximos trimestres. Como a rentabilidade do banco estava em 20,5% no fim do terceiro trimestre, significa dizer que, para os investidores, o retorno deve cair cerca de 20%.

No caso dos bancos privados, a expectativa também é de retornos menores nos próximos trimestres, mas em magnitude inferior à queda projetada para o BB. No Itaú e no Bradesco, o preço das ações na quarta-feira (10)indicava uma rentabilidade sobre o patrimônio na faixa dos 18%, nível semelhante ao do final do segundo trimestre - que tinha 18,8% para o Bradesco e 18,3% para o Itaú (...)


As razões incluem a taxa de juros (Selic) menor, a redução das tarifas, pressão do governo, entre outras razões. Observe como é interessante que ambiente externo tenha influencia sobre o desempenho de um índice.

Autocontrole

Um dos estudos mais conhecidos da área comportamental é o teste do marshmallow. Este teste verifica a capacidade de autocontrole das crianças: diante de doces, elas resistem ou não a tentação de comer alguns doces.



O teste do marshmallow funciona da seguinte forma: crianças recebem um prato com um marshmallow. Se esperarem um determinado tempo, elas receberão dois marshmallows. O curioso do teste é que os cientistas tentam verificar se o resultado do teste está relacionado com o sucesso futuro da criança.

O estudo original foi realizado na década de 70, na Universidade de Stanford. Mais tarde foi observado a relação entre o resultado e o desempenho futuro da criança, incluindo o teste SAT, um teste de desempenho acadêmico.Um novo estudo parece demonstrar que a capacidade de resistir à tentação é influenciada também pelo ambiente.

As crianças que sofreram interações confiáveis imediatamente antes da tarefa marshmallow esperaram, em média, quatro vezes mais -12 contra três minutos - do que jovens em situações não confiável.

Leia mais aqui 

Frase

"Como seres humanos também são animais, gerenciar um milhão de animais me dá dor de cabeça"

Terry Gou, Chairman da Foxconn, comentado sobre a substituição de funcionários por robôs.

Aquisição de empresas

as famílias e empreendedores que detêm as empresas cobiçadas estão pedindo preços mais razoáveis, depois de uma fase em que, com o Brasil no auge da moda, os preços foram às alturas. 
(Brasil sai de moda, e preços de empresas caem - Fernando Dantas, 14 de outubro de 2012, B3)

Segundo o texto este movimento deve-se a volatilidade da bolsa e ao crescimento fraco da economia. O primeiro aspecto aumenta a taxa de desconto, reduzindo o preço final. O crescimento reduz a expectativas de geração de riqueza futura.

Mas existe outro fator importante que deve ser levado em consideração: a crise financeira nos países desenvolvidos reduz o dinheiro disponível para aquisições em países emergentes.

Eike e Tributação

Duas empresas com sede no exterior concentram 72,5% do valor total da participação direta de Eike Batista em ações de suas controladas OGX, OSX, MMX, LLX, MPX e CCX. Levantamento feito pela consultoria Economática mostra que as ações mantidas nessas holdings offshore representam R$ 13,87 bilhões da fortuna do homem mais rico do País.

O Estado americano de Nevada foi a sede escolhida pelo bilionário para a Centennial Asset Mining Fund LLC, que, por sua vez, controla a Centennial Asset Brazilian Equity Fund LLC. Por meio dessas companhias Eike mantém a maior fatia de sua participação nas seis empresas brasileiras.

(...) Ao contrário de algumas companhias que se apoiam nesse artifício para ocultar quem é seu real controlador, Eike não esconde que é ele quem está por trás dessas holdings. (...)

A principal motivação apontada em casos semelhantes é a redução de gastos com tributos. "O objetivo mais latente da criação das empresas offshore é buscar um cenário mais positivo em termos de benefícios fiscais relacionados ao Imposto de Renda e à Contribuição Social Sobre o Lucro", explica o especialista em direito tributário Paulo Sigaud, da Aidar SBZ Advogados. (...)

Eike tem 72,5% do patrimônio nos EUA - Estadão - 14 out 2012 (via aqui)