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02 agosto 2012

Meta da Apple não é dinheiro


Durante uma conferência do grupo British Business, que reúne executivos do mundo todo, Sir Jonathan Ive declarou que a Apple está mais comprometida em “criar grandes produtos” do que em ganhar dinheiro.

“Nossa meta não é ganhar dinheiro. Isso pode soar petulante
[Ahn!? Nunca! Ha!], mas é verdade”, disse o chefe de design da empresa. “Nossa meta, e aquilo que nos empolga, é criar grandes produtos. Nós acreditamos que, se tivermos sucesso, as pessoas vão gostar deles, e se formos competentes nas nossas operações, teremos lucro, mas nossa meta é muito clara”.

Levando em conta que o valor estimado da
Apple ultrapassa $550 bilhões (mais de 1 trilhão de reais) e que, atualmente, a empresa está movendo um processo bilionário contra a Samsung, as declarações de Sir Ive devem gerar polêmica.

Crise e foco
Durante sua fala, ele relembrou a época em que entrou para a Apple, em 1992. Era um momento de crise e, segundo ele, de grande aprendizado. “A Apple estava muito perto da falência e da irrelevância, [mas] você aprende muito sobre a vida por meio da morte”, disse.

“Você pensaria que, quando o que há entre você e a falência é dinheiro, seu foco seria ganhar mais dinheiro, mas essa não era a preocupação [de Steve Jobs]“. De acordo com Ive, Jobs concluiu que os produtos da empresa não eram “bons o suficiente”, e que mudar esse quadro poderia evitar o fim da empresa.

Esse alto nível de exigência, curiosamente, quase evitou que o iPhone, um dos produtos mais vendidos da Apple, fosse às lojas. Um dos principais problemas do aparelho era que os usuários poderiam ativar acidentalmente a tela de toque com a orelha enquanto atendiam a uma ligação. Corrigir esta e outras falhas exigiu meses de testes e estudos.

Ive aproveitou para criticar a ideia de que realizar pesquisa de mercado é a chave para o sucesso. “Não fazemos pesquisa de mercado. Não focamos, absolutamente, em grupos. Isso seria uma negação de responsabilidade por parte do designer, e uma busca por política de seguros no caso de algo dar errado”.

Fontes: The Telegraph e HyperScience

Comité de Auditoria

Estamos comemorando dez anos da Sarbox, lei aprovada em 2002, nos Estados Unidos, após os escândalos contábeis da Enron e WorldCom.

Uma das novidades da Sarbox foi a criação de uma entidade de supervisão de empresas de auditoria - o PCAOB.

Agora o PCAOB enfatizou o papel do Comitê de Auditoria no processo de controle das empresas. A entidade apresentou na sua página um modelo de perguntas do comitê de auditoria para os auditores. Outro aspecto é que o PCAOB está incentivando que este comitê tenha acesso aos resultados de inspeção desta entidade, onde são apresentadas as críticas aos trabalhos dos auditores.

Incentivos e Olimpíadas

As pessoas reagem aos incentivos: esta talvez seja a regra básica do comportamento dos agentes econômicos. Nos jogos olímpicos de Londres uma situação que ilustra isto claramente: os jogos de badminton. Este esporte lembra um pouco o tênis, só que praticado com uma peteca.

A federação mundial deste esporte decidiu mudar o critério de eliminação e fazer uma fase de grupos, parecido com o que ocorre com a copa do mundo. Os confrontos da fase de mata-mata seriam estabelecidos conforme a classificação da fase de grupos.

Nestas olimpíadas, após a derrota inesperada de uma dupla chinesa, as outras duplas começaram a fazer corpo mole, também pretendendo perder para não ter que encontrar a equipe da china no primeiro confronto. A atitude das duplas foi tão acintosa que gerou vaias da plateia e a eliminação de oito competidores dos jogos.

Os atletas estavam agindo exatamente como se espera de pessoas: respondendo aos incentivos. Entretanto foram acusados de não fazerem um esforço de competição.

Contra a expulsão dois outros exemplos, que não foram punidos. No futebol feminino, o treinador do Japão decidiu escalar um time com sete reservas para evitar uma longa viagem e enfrentar o Brasil na fase eliminatória. O objetivo era obter o segundo lugar no grupo. O plano estava funcionando até as mulheres de a Grã-Bretanha terem marcado um gol no Brasil. Resultado: o Japão terá que enfrentar o Brasil nas quartas de final. Mas o Japão não foi (e não será) punido pelo COI ou FIFA. Assim como a Alemanha, na copa de 82  não foi.

Outra situação ocorre na prova de sprint de ciclismo. É uma competição onde dois atletas tentam ficar atrás, para economizar forças, até os últimos metros. Isto parece muito com o que ocorreu com o Badminton, mas não é considerada uma manipulação ou uma atitude não esportiva.

Tênis de mesa

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Jan-Ove Waldner é considerado um dos grandes jogadores de tenis de mesa do mundo. É o único atleta ocidental que venceu a medalha de outro do esporte numa olimpíadas, além de ser campeão mundial do esporte. O vídeo mostra um pouco da habilidade de Waldner.

Frase

Depressão

"O que está pesando é a vida".

Queridos leitores, achei interessante publicar esta entrevista que passou na CBN pensando nos tantos alunos (de todos os níveis, desde a graduação até o doutorado) que sofrem com depressão ou com a frustração confundida com a doença. Dica de José de Assis Tito, um querido e futuro membro da minha família.

Debate com Antonio Geraldo da Silva, presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria e Miguel Chalub, psiquiatra e professor da UFRJ e UERJ.



O interessante é que eles destacam a depressão não apenas existente, mas a que possivelmente existirá. Assim, é importante se cuidar para evitar os problemas psicológicos (há incentivo, inclusive, de campanha para esclarecimento do público).

Então lembre-se:
- Faça exercícios físicos;
- Se alimente bem;
- Tenha horário para descansar, para lazer, para cuidar de você;
- Não leve a vida tão a sério (trânsito, filas, etc).

Sempre haverá um artigo a ser escrito, um trabalho a ser melhorado, uma tarefa para melhorar o currículo. Mais importante que isso é ter equilibrio, agir com harmonia e se priorizar.

01 agosto 2012

Rir é o melhor remédio

Relógio de NErd. Fonte: Aqui

Tradução e Contabilidade

Existe um ditado na área de linguística que associa tradução a traição.

No passado brincamos com os problemas de tradução do Yahoo Finanças. A questão da tradução na contabilidade é um assunto sério. Apesar de a linguagem técnica ser facilmente absorvida e entendida por um leitor assíduo destes tipos de textos, os problemas de tradução são relevantes demais para serem ignorados.

Mas em geral os especialistas acreditam que as ciências sociais e humanas são mais susceptíveis aos problemas de tradução que as ciências exatas. Sendo a contabilidade uma ciência social aplicada, os problemas culturais terminam por influenciar o jargão.

Com o processo de convergência internacional a questão da tradução dos documentos técnicos produzidos pelo Iasb tornou-se um problema real. No Brasil isto aparentemente foi reduzido com a tradução “oficial” realizada pelo CPC. Mas isto não resolve o problema por vários motivos, entre os quais citaremos três. Primeiro, o processo de discussão e aprovação das normas contábeis no Iasb é todo realizado em língua inglesa. Segundo, o processo de tradução “oficial” não é totalmente uniforme, podendo variar no tempo. Assim, uma expressão que num CPC esteja traduzido de uma forma, pode estar sendo vertido para o português de outra maneira em outro pronunciamento. Terceiro, a língua é muito dinâmica: um termo técnico pode ser incorporado a área com o passador do tempo. Lembro bem o caso da tradução de driver na discussão inicial do ABC no Brasil e que hoje tem sido associado a “direcionador” na linguagem contábil.

Considere o caso da Comunidade Europeia, que adota as normas internacionais há tempos. São 27 países com 23 línguas oficiais. Pela definição de um bloco de países, as normas comuns devem estar traduzidas para cada uma destas 23 línguas. E como na Comunidade Europeia as normas de contabilidade são adotadas como se fosse lei, isto requer um grande esforço para fazer com que estas normas cheguem a cada um dos seus habitantes. Um dado de 2008 informava que a Comunidade Europeia empregava 2300 tradutores.

O problema com a contabilidade é que a Fundação IFRS usa somente uma língua. Mas mesmo o inglês – esta língua oficial das normas internacionais – possui variações. O termo harmonização, por exemplo, é escrito de maneira distinta na Inglaterra e nos EUA: neste caso as IFRS usam a forma britânica.

Outros exemplos poderiam ser lembrados, como a questão da tradução do “valor justo”, “impairment”, termos associados a probabilidade, entre outros.

Para ler mais:
Doupnik, T.S; Riccio, E. L. The influence of conservatism and secrecy on the interpretation of verbal probability in the Anglo and Latin cultural areas. The International Journal of Accounting. Vol. 41, n. 3, p. 237-261, 2006.
Evans, L; Baskerville, R., Nara, K. Colliding worlds. Ssrn.com/abstract=1623310

Teste 572

Postamos que o custo para ser o Batman é de quase 700 milhões de dólares. Tony Stark é também um bilionário que vive um herói. Qual o custo do herói que Stark se transforma? E qual é este herói?

Resposta do Anterior: Sarbox. O Norwalk ocorreu em setembro de 2012.

Congressos e Debatedores

Infelizmente não tive condições de comparecer ao último Congresso USP de Contabilidade. O meu programa (e departamento) não financiou.

Tive também notícias ruins de fatos que ocorreram no congresso com um dos meus orientandos. Sendo aluno de iniciação científica, ele apresentou um trabalho no Congresso de Iniciação. Entretanto o debatedor fez críticas pesadas ao trabalho e ao aluno.

O que escutei me deixou horrorizado. O comportamento do debatedor passou longe do que se espera de um professor: de incentivar que os futuros pesquisadores a continuarem desenvolvendo seus trabalhos.

Faz parte do exercício da docência a construção de pessoas que gostem da pesquisa. Há de se saber criticar de forma educada e agregadora. Há de se lembrar o papel do professor (aqui atuando como debatedor, mas agimos também como orientadores, membros de banca, até como incentivadores informais durante conversas em fim de aula ou em breves encontros elos corredores da faculdade), um profissional cujas responsabilidades e influências frequentemente escapam a mente, especialmente dos que já estão há algum tempo na docência ou que se deixam levar pela grandeza de títulos, tal como "doutor".

Qualquer pessoa que apresente um trabalho, sendo um pesquisador iniciante, deveria ser respeitado. Deve ser respeitado.

A pesquisa no Brasil ainda precisa crescer muito - não só em relação aos objetivos e ao conteúdo dos trabalhos, mas principalmente em relação ao comportamento de pesquisadores, avaliadores e todos os demais envolvidos.

Espero que a cada dia mais acontecimentos assim sejam isolados. Que a maioria preze pelo crescimento e não por uma sina descabida de eliminar uma futura concorrência, descontar sentimentos pessoais em ambientes profissionais, ou algo similar.

Mapa

Mapa do mundo com as notas de cada país. Fonte: Aqui

Xadrez

Já comentamos sobre o jovem jogador norueguês de xadrez, Magnus Carlsen. Ele é o maior jogador da atualidade. Um gênio. Ontem, num torneio realizado na cidade de Biel, Carlsen derrotou o moldavo Bologan. Com esta vitória, o rating dele está em 2847. É muito. Somente quatro pontos separam o rating atual de Carlsen do rating obtido no passado por Kasparov, quando tinha 35 anos. Carlsen tem 21.

No vídeo abaixo, Carlsen competindo contra Kasparov. Ele tinha 13 anos e a partida terminou em empate.

31 julho 2012

Rir é o melhor remédio

NRA é a associação que defende a venda de armas nos EUA. Fonte: Aqui

Pôquer: sorte ou habilidade?

O pôquer é o jogo de cartas mais popular do mundo. Como todo jogo de cartas, é necessária uma parcela de sorte para vencer neste jogo. Mas somente a sorte justifica a vitória num torneio de pôquer?

Levitt (co-autor de Freakonomics) e Miles fizeram um apanhado das estatísticas dos jogadores de pôquer e a conclusão que chegaram é que não basta ter sorte para vencer no jogo: é preciso habilidade. Eles selecionaram 720 jogares que saíram bem num determinado ano e compararam o desempenho com outros 31776 jogadores. O resultado mostra que esta pequena elite de jogadores gastaram 35,6 milhões para participar dos torneios e tiveram um retorno de 46,5 milhões, o que corresponde a uma taxa de retorno de 30%. Se a elite está ganhando muito com os torneios, os outros jogadores estão perdendo dinheiro: gastaram 166,5 milhões e receberam de prêmio 140,5 milhões, ou seja, um prejuízo de 15,8%.


Periódicos

Minha impressão é que, por um lado, os pesquisadores estão cada vez mais citando relatórios NBER,  arXiv e similares, enquanto que, de outra direção, revistas como Science e Nature estão a desenvolver a reputação de serem "tablóides", com a publicação de artigos que são interessante, mas muitas vezes vazios de conteúdo. (Gelman, aqui)


Acredito que Gelman está correto. Tenho notado um volume maior de referências as pesquisas em working paper. Infelizmente não temos esta cultura no Brasil.

Aniversário

Os pesquisadores descobriram que, em média, as pessoas tinham 14 por cento a mais de probabilidade de morrer em seu aniversário do que qualquer outro dia. O estudo considerou apenas as causas naturais de morte. (...)

Isso sugere que, de alguma forma, as pessoas podem atrasar a morte até uma data significativa. Na verdade este fenômeno já era conhecido há algum tempo. Vários estudos desde a década de 1980 encontraram padrões estranhos nas estatísticas de mortalidade. Um descobriu que as taxas de mortalidade entre os homens judeus caíram 25 por cento antes da Páscoa, um evento em que eles assumem um papel de liderança. Da mesma forma, os pesquisadores que procuram as taxas de mortalidade em mulheres chinesas encontraram uma diminuição de 35 por cento nos dias que antecederam o festival da lua


Fonte: Aqui

Vieses

Uma pesquisa em periódicos na área médica encontrou os vieses mais comuns:

O confounding bias é denominado de variável de confusão e diz respeito ao fato de uma variável do modelo estatístico correlacionar com a variável independente assim como outras variáveis. Viés de seleção e viés de publicação aparecem em segundo e terceiro lugar.

Fonte: CHAVALARIAS, D; IOANNIDIS, J. Science mapping analysis characterizes 235 biases in biomedical research. Journal of Clinical Epidemiology, v. 63, p. 1205 - 1215


30 julho 2012

Rir é o melhor remédio


Adaptado daqui

Instagram: Blog_CF


O blog acabou de ser iniciado no aplicativo Instagram! Que tal nos seguir? Que tal trocarmos fotos legais, inspiradas, que ajudem a contabilidade a dominar as redes sociais! (Fotos de congressos, novos livros, turmas, formandos, artísticas, engraçadas, didática.) Alem de ser uma iniciativa cheia de estilo... ;-)

Para relembrar, o nosso email é blogcontabilidadefinanceira@gmail.com

O aplicativo Instagram é gratuito para a Apple e aparelhos com plataforma Android, além da Google Play Store. Assim como no twitter, o nosso usuario e Blog _CF

Outro usuário bem interessante é o YAHOOFINANCE.

Nos vemos lá!

Por que as medalhas não são de ouro?

Se as 302 medalhas olímpicas para os atletas fossem feitas somente de ouro, o custo para os organizadores seria de 40 milhões de dólares. Por representar um valor elevado teria um problema de segurança para os atletas vencedores: carregar um objeto com valor de mais de100 mil dólares, fácil de ser roubado, pode despertar a cobiça dos ladrões.

Assim, o Comitê Olímpico estipulou que a medalha de ouro é na verdade de prata, já que 92,5% são deste elemento, 1,34% de Ouro e o restante de prata. Isto significa seis gramas de ouro. Já a medalha de prata é feita de prata (92,5%) e cobre. A medalha de bronze é feita de cobre (97%), zinco (2,5%) e estanho (0,5%). De certa forma, é uma tradição dos jogos que as medalhas de ouro não sejam de ouro: desde 1912  isto não acontece mais. Como o costume de premiar com medalhas começou em 1904, poucos atletas realmente receberam medalha de ouro.

Os elementos são provenientes dos Estados Unidos e Mongólia (ouro e prata), Austrália (zinco) e Inglaterra (estanho). As medalhas foram produzidas na Espanha e em Gales. Pesando menos de meio quilo, as medalhas levaram dez horas de produção.

Para ler mais: Forbes 

Brasil precisa de contadores

O ano de 2009 representou uma grande transformação no mercado de auditoria e consultoria. Foi quando teve início a adequação obrigatória ao novo padrão internacional de contabilidade, o International Financial Reporting Standard (IFRS).


Adotada pela União Europeia em 2005, a norma consiste em um conjunto de pronunciamentos de contabilidade internacionais publicados e revisados pelo International Accounting Standards Board (IASB).


Na mesma época, o Conselho Federal de Contabilidade emitiu diversas resoluções estabelecendo um novo padrão contábil para as empresas que não estavam enquadradas na Lei 11.638/07, conhecida como a Nova Lei das S/A. O objetivo desta legislação é harmonizar as regras brasileiras com as implementadas no mercado europeu. Chegou a vez de as pequenas e microempresas se adaptarem às normas internacionais.


A aplicação do IFRS elevou os níveis de transparência, pois os balanços tornaram pública a real saúde financeira e patrimonial das empresas. Além disso, a conversão das normas internacionais de relatórios financeiros permitiu às PMEs remodelar os negócios com índices reais de desempenho.


Surgiram, também, novas obrigações com o Fisco, como o Sped Contábil, Sped Fiscal e a Escrituração Fiscal Digital (EFD) do PIS e da Cofins, que tomam muito tempo ou exigem que novos profissionais sejam contratados.


No entanto, ao olharem para o lado, empresários e empreendedores se perguntaram: "Onde estão os contadores especializados?" Como as empresas passaram a necessitar de equipes mais qualificadas para atender as exigências, tornou-se evidente a carência de mão de obra. Estão registrados nos conselhos regionais de contabilidade 487.727 profissionais, sendo 290.208 contadores e 197.519 técnicos em contabilidade.


Ao todo, são 78.970 organizações contábeis, das quais 49.369 são formadas por escritório ou empresário individual e 29.601, representadas por sociedade.


O registro de contadores caiu 0,75% de 2010 a 2011, enquanto o de organizações cresceu 3,5%. Em 2010, havia um contabilista para cada 396 habitantes, conforme censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2007. Considerando o último censo (2010) e o número de contabilistas de 2011, temos um profissional para cada 391 habitantes.


A situação repete-se no Estado de São Paulo. São 133.848 profissionais, sendo 73.309 contadores e 60.539 técnicos contábeis registrados. Temos 19.739 organizações contábeis. Destas, 9.257 representam empresários ou escritório individual e temos um saldo de 10.482 sociedades.


Cabe ressaltar que, dos 73 mil contadores registrados, uma parcela atua como auditor, perito ou consultor sem trabalhar diretamente como contador.


Em dez faculdades paulistas pesquisadas pelo IBGE, aproximadamente 2 mil vagas para ciências contábeis são abertas por ano. Supondo que apenas 60% cheguem ao fim do curso, teremos em torno de 1.200 profissionais. Desse total, se 60% trabalharem na área, chegaremos a 720.


Como desde 2011 o setor tem o exame de suficiência para poder se registrar no Conselho Regional de Contabilidade e o índice de aprovação na última edição foi de 54%, teríamos apenas 389 pessoas aprovadas por ano.


Deste total, nem todas as pessoas tirarão o CRC ou terão o conhecimento pleno sobre as normas do IFRS. Não é possível saber ao certo quantos profissionais ingressam no mercado, mas certamente é um número insuficiente para atender à demanda que não para de crescer.


Impacto. As mudanças do IFRS transformaram a rotina dos contadores brasileiros, uma vez que as regras eram diferentes. As adaptações às normas internacionais foram feitas por meio da Lei nº 11.638/07, que atualizou a Nova Lei das S/A, e dizem respeito às demonstrações contábeis. Para que a contabilidade pudesse estar de acordo, foram introduzidos novos conceitos na legislação.


Um dos maiores desafios foi convencer os contadores de que a norma contábil é soberana e está acima da legislação tributária. Muitos contadores, especialmente aqueles que lidam com pequenas e médias empresas, tiveram ou ainda têm uma grande resistência a se adequar às normas do IFRS, pois elas alteram a forma de lançamento contábil a qual ele estava acostumado a fazer.

Brasil precisa de contadores - Hugo Amano - Estado de S Paulo, 29 de julho de 3023 - Empregos, p. 2

10 anos da Sarbox

(...) A lei [Sarbox] foi uma resposta às falhas dos contadores ao soar o alarme sobre a má conduta financeira da Enron Corp, WorldCom e uma série de outras empresas.


Mas advogados e analistas dizem que a maior parte Sarbanes-Oxley está funcionando. (...) Sim, ficou aquém em aspectos importantes, mas essas falhas estão em um nível mais sutil, dizem os especialistas.


(...) Em alguns aspectos, a Sarbanes-Oxley não fez o suficiente para alterar a contabilidade e indústria de auditoria, dizem os críticos. Não resolveu a tensão inerente dentro do modelo "cliente paga" do setor - ou seja, o conflito básico de um auditor entre servir o cliente que paga e servir o bem maior.


Lynn Turner, o ex-chefe da contabilidade da SEC, uma das agências que impõe a lei Sarbanes-Oxley, disse: "É como qualquer legislação Só funciona se você tem um regulador e um policial aplicá-la.".


Fonte: Aqui
Depois da crise financeira, nada foi mais surpreendente do que a velocidade com que os bancos recuperaram a sua auto-confiança e sua influência, para não mencionar a sua arrogância.

(...) Na tentativa de compreender como é que uma indústria cujos excessos quase derrubou a economia mundial poderia recuperar tão rapidamente, pode ser útil para lembrar a resposta atribuída - erroneamente, provavelmente - para Willie Sutton, o criminoso da era da Depressão, quando perguntado a ele por que roubava bancos: "É onde está o dinheiro."

Os bancos, para todos os seus pecados, continuam a ser a principal fonte de capital para pessoas e empresas, especialmente os pequenos. Trazê-los a emprestar mais - sem recorrer aos excessos que causaram a crise - é uma meta razoável para a política pública. Isso significa que qualquer regulamentação que os banqueiros se opõem podem ser vulneráveis ​​a argumentos que vai prejudicar a economia.

E depois há as contribuições de campanha. (...)

A perda do JPMorgan agora joga na má imagem dos bancos. Se a boa imagem é de banqueiros gentilmente emprestar dinheiro para empresas que irão crescer e prosperar, alocando capital de maneira que beneficie a todos nós, a má imagem é de um grupo de comerciantes que irá mercados quando podem e mentem para os clientes, se possível.

A mão invisível do mercado tem muitos benefícios, mas às vezes precisa ser contido. "As pessoas da mesma profissão raramente se reúnem", escreveu Adam Smith, o santo padroeiro dos mercados livres ", até mesmo para alegria e diversão, mas a conversa termina numa conspiração contra o público, ou em algum artifício para aumentar os preços." (...)

É um fato estranho que uma regulação eficaz pode fortalecer os bancos. Os bancos americanos estão agora mais capitalizados do que a maioria das instituições europeias, porque os órgãos reguladores americanos forçou-os a levantar capital. (...)


Fonte: Aqui

Olimpíadas

Adaptado daqui

Outras curiosidades:
=> O Chile foi o primeiro país da América Latina que participou dos jogos foi o Chile, em 1896. Depois, Peru e Argentina, nos jogos seguintes;
=> A participação das mulheres começou em Paris, em 1900;
=> A primeira morte de um atleta, um português, ocorreu em 1912;
=> O Brasil participa em Antuérpia, em 1920
=> A cerimônia de abertura ocorre pela primeira vez em 1928
=> O uso do pódio começou em 1932
=> A transmissão pela televisão ocorreu em 1948

O mapa a seguir mostra o mundo olímpico:


Música ficou mais chata

Uma pesquisa sobre a evolução da música pop encontrou que ao longo do tempo está mais homogênea além de mais alta. Ou seja, mais chata. A figura ao lado mostra a variação dos timbres:

Smaller values of β indicate less timbral variety: frequent codewords become more frequent, and infrequent ones become even less frequent. This evidences a growing homogenization of the global timbral palette. It also points towards a progressive tendency to follow more fashionable, mainstream sonorities.

28 julho 2012

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

Fato da Semana

Fato da Semana – Congresso USP de Contabilidade

Qual a importância disto? – O Congresso USP tem a periodicidade anual. Pela abrangência e quantidade de trabalhos submetidos, trata-se do maior congresso de contabilidade do Brasil. É o local onde as novas pesquisas são apresentadas. Além disto, existe o congresso de iniciação científica, onde alunos de graduação apresentam seus trabalhos. Outro aspecto importante é o fato de ser um congresso que não machuca nos bolsos dos congressistas.

Positivo ou negativo? – Positivo sem dúvida nenhuma. A possibilidade de encontrar velhos companheiros, de assistir interessantes apresentações e de conhecer pesquisadores é única neste congresso.

Desdobramentos – O crescimento do Congresso tem mostrado que é possível fazer encontros com trabalho de qualidade na área contábil. Após sua consolidação, outros congressos apareceram e se firmaram.

Nota: infelizmente não estive presente neste congresso uma vez que minha instituição de ensino – na figura da coordenação da pós-graduação e da chefia do departamento – não financiou minha participação. Pena.

Teste da Semana

1 - Um fato inusitado ocorreu com o auditor José Cassoni Rodrigues Gonçalves: mesmo foragido da justiça, com sinais claros de enriquecimento ilícito, terá seu salário depositado na sua conta corrente. Cassoni trabalha em que organização?

Ibracon
INSS
Receita Federal

2 – O Iasb decidiu reconduzir os membros de uma comissão que teriam seu mandato finalizado este ano. Assim, somente em 2014 estes membros terão fim ao mandato perante a comissão que analisa qual assunto?

Entidade Governamental
Leasing
Pequena e Média Empresa

3 – Esta semana completou-se dez anos de um importante marco para a contabilidade dos EUA. Este efeméride refere-se a:

Crise da Enron
Norwalk Agreement
Sarbox

4 – Para que um ser humano qualquer seja este personagem de ficção o custo seria de 600 milhões de dólares. Este personagem é:

Batman
Neal Caffrey
Willy Wonka

5 – As pessoas buscam os produtos de menor custo. Isto também ocorre na área de saúde, levando a deslocamentos de pessoas para fazerem tratamentos médicos. O turismo médico traz estrangeiros para fazer cirurgias plásticas no Brasil, por exemplo. A Sérvia é outro caso procurado pelos estrangeiros para fazer que procedimento cirúrgico?

Implante de cabelo
Silicone nos seios
Troca de sexo

6 – Encontrou-se num software da Microsoft, numa linha de programação, a palavra (em inglês):

Demônio
Ódio
Seios

7 – O investimento realizado pelo Brasil numa base do Polo Sul foi destruído há meses por um incêndio. Suspeita que a causa do incêndio tenha sido:

Uma festinha organizada pela equipe de pesquisadores
Um curto circuito por conta de uma ligação via celular
Um grupo de pinguins que acendeu um isqueiro

8 – Após críticas apontadas pela SEC, esta entidade está separando o cargo de Chairman do CEO:

FASB
Fundação IFRS
PCAOB

9 – As empresas estão menos lucrativas. Esta conclusão foi obtida pela Receita tendo por base:

A arrecadação do PIS
A lucratividade das companhias abertas
O recolhimento do IRPJ e CSLL

10 – Este blog escolheu como fato da semana passado o seguinte evento:

A decisão sobre a presidência da CVM
A posição da SEC com respeito a convergência
A reação dos bancos espanhóis as medidas do seu governo

(Para saber o resultado, basta clicar em comentários)

Mestrado: tentar ou não tentar?

Geralmente quando eu escrevo uma postagem para vocês estou animada e inspirada. Hoje estou com dor de cabeça. E chata. Os últimos anos foram um tanto difíceis para a minha família e é complicado saber o que fazer quando é hora de um novo ciclo se iniciar.

Então... estado de hoje: dor de cabeça, cansaço e desânimo. Será que vale o desafio? Eu escrever assim, vocês lerem o que o meu alterego está sentindo? Mas como muitos estão me perguntando como é o processo seletivo do mestrado, talvez um pouco do meu lado azedo ajude a deixar a resposta mais real. Ou não.... sinceramente não sei. Mas vamos ver no que dá.

Eu nunca fui membro de banca para avaliar alunos candidatos ao mestrado, então segue a minha experiência como participante examinada e como boa ouvinte.

Para decidir por cursar o mestrado ou o doutorado é necessário que você pese, previamente, os mais diversos aspectos. Qual o nível do seu comprometimento? Tenha garra, força, determinação. Acredito que isso é o que mais pesa.

Quanto as suas motivações: o curso é algo que você quer para inflar o seu ego, ou é um anseio verdadeiro e realista? Esse é o curso e a faculdade adequados para você? Pense antes se você prefere um mestrado profissionalizante ou não, por exemplo. A sua vida pessoal irá te permitir dedicação? Quando for requerido que você escreva um artigo em um fim de semana, a sua família e os seus amigos irão te entender? E se não apoiarem, se te cobrarem, você saberá lidar com isso? Ou cederá? É relativamente fácil encontrar justificativas para curtir outras atividades que não as do mestrado. Mas as consequências são doloridas. E te desviam (ou te tiram) do seu foco.

Você aguenta competição sem se sentir humilhado ou sentir vontade de puxar o tapete dos outros? Ou sem vontade de plagiar, agir de formas desleais? Você sabe trabalhar em equipe? E sozinho? Você sabe o momento de pedir ajuda ou até de ajudar os seus pares? Você vai ser responsável a ponto de cuidar da saúde, se alimentar bem, se exercitar, para evitar adoecer?

Matar aulas afetam a sua nota. Não participar das atividades afeta a sua nota. Trabalhos mal feitos afetam a sua nota. Não ler sobre o assunto que outros grupos irão apresentar, falhando em debater e desenvolver os temas, afeta a sua nota. Espera-se, afinal, que você saia do curso um MESTRE em contabilidade. Ou um DOUTOR. Você será um exemplo. Espera-se que você busque, com garra, a excelência.

Não, não é sempre assim. Sim, às vezes é pior.

Quanto a termos práticos, o primeiro passo é o seu currículo. Se você ainda não cadastrou um na plataforma lattes do CNPQ, este é o momento. Lá você irá preencher informações de um currículo trivial, mais algum feito acadêmico. Não se preocupe tanto (mas sim um pouco) se você não possuir publicações, isso não é um requisito obrigatório - para o mestrado. O que vale é o conjunto. Você fala inglês? Já deu aula? Foi monitor? Já organizou algum evento acadêmico? Etc. Mas preencha com calma e reze um pouquinho para que aquilo seja o suficiente. Não minta! Você vai anexar todos os comprovantes ao se matricular.

Uma fase importante é o teste ANPAD (verifique no site as edições - acredito que são trimestrais). Eu os aconselho a pegar emprestado com alguém ou adquirir a apostila (cara) com as provas anteriores. Assim você saberá o estilo da prova, quais os assuntos, como administrar seu tempo, quaisseus pontos fracos. Não vá para a prova tendo respondido um ou dois exemplares que você conseguiu por aí. Estude!

Seu projeto de pesquisa será muito importante para esclarecer a sua área de interesse, demonstrar a sua capacidade de comunicação escrita e adequação acadêmica. O blog tem várias postagens que ajudam a citar corretamente, escrever de acordo com as normas ABNT, encontrar um tema pertinente.

A entrevista é mais rápida do que você imagina, mesmo porque a banca já destrinchou o seu projeto, seu histórico, seu currículo. Portanto os avaliadores sabem um pouco do seu perfil e querem apenas confirmar algo, esclarecer um pouco ou conhecer um nível diferente, como, por exemplo, sua rotina antes do mestrado, sua programação em fins de semana, como você conciliará estudo e trabalho (se o seu chefe ficar te apurrinhando, isso vai te fazer faltar aulas?). Tenha certeza de tudo o que responder. Aquela não é uma entrevista para passar com as respostas certas, mesmo porque os examinadores pensam de maneiras distintas, desconfiam da verdade mais verdadeira, levam em consideração algo trivial, não se podem controlar as reações que acontecem ali. Portanto seja sempre natural e franco. Seja transparente. Demonstre a sua motivação, seu propósito, seu diferencial.

A prova de contabilidade... é como uma prova qualquer de contabilidade. Estamos em um momento interessante, claro que serão cobradas mudanças na lei, CPCs específicos como, por exemplo, impairment e instrumentos financeiros. Procure no site da instituição se há disponível a prova aplicada à turma anterior.

Eu amei o meu mestrado, mas em alguns momentos era sim um sacrifício. Tinha matéria que iniciava 7h da manhã, outras que às 18h estavam longe de terminar, enquanto algumas ainda desconsideravam a existência do almoço. É isso mesmo que você quer fazer? Você está preparado para lidar com alterações bruscas de horário e de rotina?

Se o que eu falei te assustou apenas de uma forma natural, mesmo que pareça difícil, vá em frente. Pergunte a quem estudo comigo na graduação: nunca achei que entraria num mestrado. Achei menos ainda que seria tão apaixonada pela academia. Fui pega desprevenida. Fui representante de turma, cresci imensamente, encontrei amizades imensuráveis e professores que admirarei eternamente.

Acho essencial admirar o professor. Mais essencial ainda se lembrar que você está nessa caminhada por paixão. Se for um martírio, algo está errado. Quero muito fazer doutorado, não há um momento exatamente perfeito, mas quero que a minha escolha ocorra em uma estação em que eu consiga usufruir a riqueza que é ofertada assim como ocorreu no mestrado.

Vi várias pessoas sucumbirem por aquilo não ser o que queriam, por forçarem a barra e isso mexer muito com o clima familiar e emocional. Alunos que terminaram a dissertação, mas foram reprovados. Outros que, para terminar, fizeram tratamento terapeutico pesado. Alguns reprovaram duas matérias e, assim, há desqualificação automática.

Há de se considerar todos os aspectos, inclusive o tempo investido e o valor que ele terá para você. O mestrado é muito legal. Mas assim como várias outras atividades, não é para qualquer um. O seu perfil tem que se encaixar ao menos um mínimo na parte ultra exigente. Aí a parte tranquila vai sairserenamente, de forma deliciosa, e te marcar e conquistar como ocorreu com tantos por aqui.

Compartilhe com a gente a sua experiência nos comentários. Certamente ajudará a guiar os candidatos indecisos.

27 julho 2012

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

Febeapá

Na década de setenta o jornalista Sergio Porto colecionou casos inusitados. Publicou-os com o nome de Febeapá, sigla para Festival de Besteiras que Assola o País. A notícia a seguir poderia muito bem entrar numa versão atualizada do livro:

A Justiça Federal determinou à Receita que volte a depositar os vencimentos do auditor José Cassoni Rodrigues Gonçalves, alvo da Operação Paraíso Fiscal - investigação da Polícia Federal que desarticulou suposta organização criminosa formada por 8 auditores da Delegacia do Fisco em Osasco (Grande São Paulo) envolvidos com a venda de fiscalizações a grandes empresas.

Cassoni está foragido desde abril, quando o Tribunal Regional Federal da 3.ª Região (TRF3) restabeleceu decreto de prisão preventiva contra todos os investigados. Em decisão de duas páginas, a juíza Adriana Pileggi de Soveral, da 17.ª Vara Federal Cível de São Paulo, mandou expedir ofício à Receita "para que os vencimentos (de Cassoni) voltem a ser pagos normalmente como se o servidor continuasse no exercício das funções".



Dinheiro do contribuinte.

Reputação

Um trabalho (via aqui) medindo o viés da imprensa em geral chegou a uma conclusão interessante. Analisando as críticas realizadas na imprensa para filmes que foram produzidos por estúdios do mesmo grupo (por exemplo, Wall Street Journal e Time Warner são do mesmo grupo, News Corp.) os autores não encontraram nenhum viés nos comentários. Ou seja, ao comentar sobre os filmes da Warner, o WSJ não apresenta uma crítica muito favorável em relação ao restante da imprensa. Mas a pesquisa encontrou o viés por omissão: existe uma tendência a rever somente os bons filmes do estúdio do mesmo grupo. Para os autores, a reputação é um poderoso instrumento que limita um viés maior.

Este tipo de estudo é interessante já que na contabilidade lidamos com a questão da reputação da auditoria.

Filmes

Para o leitor que gosta de cinema, as fotografias a seguir foram tiradas durante a filmagens de grandes filmes. Você saberia dizer quais os filmes?










Stock Market Co-Movement in Latin America

Mais um trabalho do professor Otávio Ribeiro de Medeiros, PhD desenvolvido em seu pós doutorado.

This paper investigates co-movement in eight Latin-American stock markets (Argentina, Brazil, Chile, Colombia, Ecuador, Mexico, Peru, and Venezuela) using common factor analysis. The common factors are obtained using principal component analysis (PCA) and therefore account for the maximum portion of the variance present in the stock exchanges investigated. We test for co-movement in different periods so as to ascertain any changes that have taken place from one period to the next. In particular, we examine rolling windows with 5-year, 3-year, 2-year, and 1-year periods. We also specify and estimate a vector autoregressive (VAR) model and test for co-movement between the eight markets during the sample period by means impulse response functions. The results of both methods show that co-movement between the exchanges over the entire sample period does not converge. However, we find evidence of an increasing co-movement from 2002 to 2008, which implies a growing integration between these markets. However, the trend towards increasing integration between the stock markets seems to have suffered a setback in 2008 due to the world financial crisis. Since then, a possible resume to the trend of increasing integration is unclear. The impulse response analysis shows that Argentina, Brazil, Chile, Colombia, Mexico and Peru present moderate response to shocks in each other’s markets and very low responses to shocks in Ecuador and Venezuela’s markets. Also, responses of Ecuador and Venezuela’s market returns to shocks in the other markets are very low.

Otavio Ribeiro De Medeiros University of Brasilia
Vitor Leone
Nottingham Business School

Charme feminino nos negócios


Aqui vai um alerta para aquelas moças que usam (voluntariamente ou não) seu charme para criar uma boa imagem no ambiente de trabalho: a tática pode atrair a simpatia dos colegas, mas ao mesmo tempo pode fazer com que sejam vistas como menos confiáveis.

A conclusão veio de dois estudos feitos recentemente por pesquisadores da Universidade da Califórnia em Bekerley (EUA). Eles analisaram como o “flerte” (entendido como “atitude carinhosa, provocante, porém não necessariamente com intuito sexual”) pode interferir em negociações profissionais e no ambiente corporativo em geral.

“Embora flertar possa tornar uma mulher mais agradável, negociadoras que o fizeram foram julgadas como menos autênticas do que aquelas que não usaram esse recurso”, conta a pesquisadora Laura Kray, líder da equipe.

No primeiro estudo, 79 estudantes de pós-graduação (sendo 50 homens e 29 mulheres) opinaram sobre a eficácia de dez características pessoais em uma negociação – como honestidade, tendência a manipular e capacidade de ouvir. No final, a habilidade de flertar foi considerada a menos efetiva, junto com algumas características relacionadas a ela (como beleza física e postura “leve”).

No segundo, feito com 77 estudantes (desta vez, 51 mulheres e 26 homens), os participantes assistiram a diversos vídeos de negociações, nos quais um ator (ou atriz) falava diretamente para a câmera, simulando um diálogo com o espectador. Em cada vídeo, a pessoa seguia um roteiro, que poderia demandar uma postura séria ou “charmosa”.

Aqueles que “flertavam” com o espectador eram vistos como menos autênticos, porém, no caso das atrizes, mais agradáveis do que aqueles que mantinham uma postura mais séria. O roteiro de “flerte”, vale dizer, incluía sorrir, inclinar-se para frente, tocar os próprios cabelos e o rosto e usar um tom de voz leve, com certo ar de brincadeira.

Alguma leitora se identificou?


Daily Mail UK e HyperScience

26 julho 2012

Rir é o melhor remédio

Adaptado daqui

IASB e Mercado dos Países Emergentes


A adoção de normas internacionais é um assunto que gera bastante polêmica. Aqueles que são favoráveis às normas promulgadas pelo Iasb acreditam que quando um país resolve usar estas normas isto ajuda as empresas de diversas formas. O grande problema desta discussão é como provar isto.

Uma forma de estudar os efeitos das normas é observar o país antes e depois da decisão. Se ocorrerem melhorias, isto talvez seja um indício de que faz bem para um país optar por estas normas. Caso não exista nenhum tipo de alteração ou as mudanças são negativas devemos pensar bem antes de usar as normas do Iasb.

Dois pesquisadores canadenses fizeram exatamente um estudo deste tipo. Usando 38 países que fizeram esta opção até o ano de 2005 – isto excluiu o Brasil da amostra – os pesquisadores verificaram o que ocorreu com o mercado de capitais: o seu tamanho, o volume de negociação e o número de empresas listadas. Assim, em média os países antes da adoção possuíam um mercado de capitais que correspondia a 25% da economia; após a adoção este mercado aumentou para 35%. O volume de negociação também aumentou assim como a quantidade de empresas com ações negociadas na bolsa. Assim, parece que a adoção de normas internacionais faz bem para os mercados emergentes.

Antes de considerar o estudo como uma prova definitiva de que as normas internacionais são relevantes para o crescimento do mercado acionário em países emergentes é preciso tomar alguns cuidados. Em primeiro lugar, a amostra incluiu países que efetivamente não adotaram as IFRS: México (ano de adoção considerado de 1995), Argentina (2000) e Índia (1991) são três situações que identifiquei facilmente na listagem.

Em segundo lugar, é preciso tomar cuidado em separar os efeitos da adoção das consequências de outras situações. Assim, a adoção da norma pode ter ocorrido num momento propício da economia destes países e não ter influenciado em nada o comportamento do mercado. Para isto os autores fizeram uma regressão, tentando isolar os efeitos para verificar qual a parcela do crescimento do mercado que se deveu as normas. Neste ponto do artigo não está muito claro aspectos metodológicos – como o número de períodos de tempo usado na técnica estatística – que dificulta analisar se os efeitos observados pelas normas foram separados dos outros aspectos.

Terceiro, e talvez mais importante, não se pode considerar uma relação causa e efeito a partir das conclusões do texto. Ou seja, não podemos afirmar que adotar normas internacionais ajuda no desenvolvimento do mercado acionário. O mundo econômico é muito mais complexo para uma conclusão simplória. Uma das possíveis justificativas é que as normas do Iasb geralmente produzem lucros mais elevados do que outras normas. Um aumento nos resultados tende a provocar uma elevação nas ações que irá aumentar o tamanho do mercado – pela valorização das ações – e atrair novas empresas. Observe que nossa explicação é bastante plausível e impede que concluamos que normas do Iasb causa melhoria no mercado de capitais.

De qualquer forma, pesquisas como esta podem ajudar a entender melhor as consequências da escolha de normas internacionais para o mercado acionário de um país.

Leia em ZEGHAL, Daniel; MHEDHBI, Karim. Analyzing the effect of using international accounting Standards on the development of emerging capital markets. International Journal of Accounting and Information Management. Vol. 20, n. 3, 2012. P 220-237

Teste 571

Estamos comemorando agora dez anos de um evento importante que ocorreu nos EUA mas que afetou contabilidade mundial. Trata-se:

Atentado das Torres Gêmeas
A Lei Sarbox
Norwalk Agreement

Resposta do Anterior: Playfair.

Collatz

Uma brincadeira matemática interessante:

1. Escolha qualquer número natural
2. Se o número é par, divida por dois. Se for impar, multiplique por 3 e adicione 1
3. Repita quantas vezes for necessário

O resultado final sempre será 1.

Contabilidade pública

O professor Romildo Araújo, de Contabilidade Pública, fez uma coletânea de "pérolas". Eis a lista completa:

Nestas últimas décadas, fazem parte dos programas de governo a educação, a saúde, o transporte e A FOME.

 Se o país continuar com essa consciência, de que “O Brasil é para todos” , a médio prazo seremos uma das nações mais ricas do mundo e o G8 MUDARÁ SEU NOME para G9.

 Em vista das grandes dificuldades que INSISTEM EM PERSISTIR no Brasil, deve-se priorizar investimentos em saúde, educação e saneamento...

 O gasto público para redução da pobreza só será bem executado , se houver uma boa EQUILIBRAÇÃO do orçamento público.. que fica a despesa e PREVER a receita .

 O legislador, pela própria lógica, traz em primeiro lugar os princípios teóricos fundamentais, que balizam todo o conhecimento constituído sobre o gasto público. (EMROLATION!!!)

 Diante desses fatos, cabe à Administração Pública zelar pela PROBIDADE DOS RECURSOS PÚBLICOS, e isto está estatuído na Constituição Federal, em que estão descritos princípios, diretrizes e processos, formando uma unidade jurídica abrangente.


Cremos que está nessa estrutura o princípio da transparência, da DIRIMIÇÃO DAS AMBIGUIDADES, da CLAREZA que deve caracterizar e reduzir as desigualdades sociais entre regiões, segundo critério populacional.


Sobre o Bolsa-família ... programas como esses visam apenas transformar condições subumanas, tornando-as mais humanas. ... é notório que políticas públicas nessas áreas capacitam as pessoas a buscarem melhorar suas vidas, a pobreza diminui e o brasileiro encontra-se mais ADEQUADO a enfrentar os problemas de uma vida cotidiana.

 No Brasil, os programas finalísticos são planejados em planos de médio e curto prazos.

 Exemplo de uma política social, serão os gatos relacionados à realização da copa do mundo de 2014.

Exemplo desses investimentos no governo brasileiro são os programas, como: fome-zero, bolsa-família, bolsa escola, SALÁRIO-FAMÍLIA, meu primeiro emprego; e outros, que por exemplo, AJUDA a população a adquirir seu primeiro imóvel.

As receitas dos estados estão sendo MÁS distribuídas ...

Um país só consegue desenvolver-se plenamente quando seus cidadãos possuem uma vida digna, tanto intelectual quanto EXISTENCIAL...

25 julho 2012

Rir é o melhor remédio

E se os personagens de ficção participassem de um duelo? Eis um comparativo entre seu Madruga e Rocky Balboa:
Mais aqui

Custo de ser o Batman



Aqui  um levantamento do custo de Bruce Wayne em ser o Batman. A roupa, com fibra de carbono, grafite, kevlar e outros materiais custaria mais de um milhão de dólares. Barato, já que o batmóvel teria um custo de 18 milhões. Também seria pouco diante do custo da mansão (estimados em 600 milhões). O arsenal do Batman tem um custo estimado de 162 mil dólares. O treinamento de Wayne como piloto e em outras habilidades  sairia por 1,5 milhão. Somando tudo, para ser o Batman, o rico Bruce Wayne gastaria 682 milhões de dólares. 

Contabilidade CSI 3

Se você quiser convencer alguém de uma bobagem sem tamanho, basta apresentar um número. Mesmo que a tolice mais absurda parece plausível quando expressada em termos numéricos.

Seife, Chalres. Os números (não) mentem. Zahar, 2012, p. 11.

Contabilidade CSI 2

A questão da fraude é muito importante na contabilidade. Em geral os contadores aparecem nos jornais quando temos algum tipo de fraude: o contador estava fraudando ou existiu a ausência de um contador e por isto ocorreu a fraude.

Infelizmente as referências nacionais sobre o assunto são esparsas. O prof. Alexandre Alcântara é um daqueles  que se interessam pelo assunto. O número de pessoas que  pesquisa o assunto é muito pouco no país. Mas gostaria de destacar o livro Perícia e Investigação de Fraude, de Fernando de Jesus.

Contabilidade CSI 1

Recebi do prof. César Tibúrcio (UNB) a indicação de um post do blog "Grumpy Old contabilistas", mantido pelos professores Anthony H. CATANACH JR (School of Business at Villanova University) e J. Edward KETZ (Smeal College of Business at Pennsylvania State University). O posto tem um título muito interessante: "A READING LIST FOR ACCOUNTING CSI’S"

O título do post é sugestivo pois compara os contadores aos CSI criminais, ao indicar principalmente livros de Análise de Balanço. A lista oferecida foi publicada com a seguinte justificativa em sua introdução:

"De vez em quando, nossos leitores nos solicitam uma lista de "leitura obrigatória" de textos sobre análise contábil e financeira. Vários fizeram este pedido recentemente, então aqui está ela, com uma ressalva importante. Considerando que nossos leitores têm experiências, interesses e habilidades diversas, é improvável que nossa lista atenda aos interesses de cada indivíduo. Assim, na melhor das hipóteses, esperamos satisfazer as necessidades educacionais de tantos leitores quanto possível. Na pior das hipóteses, nós podemos ter fornecido um bom remédio para a insônia". (livre tradução)


Além de textos sobre análise contábil e financeira, o post traz a indicação de livros e autores sobre outros temas: Contabilidade intermediária; Fraudes contábeis “Cook Books”; Histórias e estudos de caso.

Ao ler este texto sobre o "Accounting CSI" me lembrei de um texto que li há alguns anos anos, com título também bem sugestivo: "THE SHERLOCK HOLMES OF ACCOUNTING", uma matéria da Bussinesweek que fala de Howard M. SCHILIT, professor de contabilidade da American University, que conseguia ver além dos números dos balanços das empresas, a partir de profunda e reflexiva análise dos balanços e que rendeu o apelido de Sherlock Holmes da Contabilidade. SCHILIT é um dos autores citado na lista acima.

SCHILIT é conhecido por seus relatórios precisos sobre a situação financeiras das empresas que ele "investiga". Normalmente ele em seus relatórios não chega alegar que os problemas detectados são decorrentes de fraudes contábeis. De acordo com a matéria as técnicas de contabilidade que ele destaca em seus relatórios são permitidas sob os princípios contábeis (USGAAP). O articulista lembra que as regras dos USGGAP estão sujeitas a ampla interpretação - e as empresas têm grande margem de manobra na sua escolha: conservadoramente ou agressivamente representando transações financeiras. Segundo a Bussines Week o objetivo de Schilit é certificar-se de que os investidores saibam se realmente são sólidos os números apresentados nos balanços das empresas. Vale a pena ler esta matéria, apesar de antiga (1984), pois em tempos de IFRS e de "subjetivismo responsável" todo cuidado é pouco na hora de analisar balanços.

Um curiosidade: Veja um trecho do depoimento de SCHILIT na SEC sobre a independência do auditores independentes (Clique aqui).

Aproveito para indicar um livro mais recente, "Warren Buffet e análise de balanços" (BUFFET, Mary & CLARK, David. Rio de janeiro: Sextante, 2010). No livro os autores apresentam o que o mega investidor consegue ver além do balanço. Em certo momento traz uma citação do próprio Warren Buffet:

“Você precisa entender de contabilidade e deve compreender as nuances dessa ciência. Esse é o idioma dos negócios, um idioma imperfeito, porém, a menos que esteja disposto a fazer o esforço de aprender contabilidade – como ler e analisar demonstrações financeiras -, não deveria escolher ações por conta própria”

Iasb

Duas notícias do Iasb:

1. os membros da  comissão de implantação das normas para pequenas e médias empresas foram reconduzidos. O mandato encerra em 2014;

2. A Fundação IFRS está reformulando sua constituição, separando os cargos de Chairman do CEO.

O recente documento da SEC visando a possibilidade de implantação das normas internacionais  nos EUA criticou severamente a governança do Iasb. Talvez a  segunda medida seja no sentido de melhorar este aspecto.

Arrecadação menor

A arrecadação de junho registrou queda dos principais tributos no comparativo com um ano antes. O recolhimento do IRPJ e da CSLL diminuiu 13,65% e 6,95%, respectivamente.
De acordo com Marcelo Gomide, coordenador de Previsão e Análise da Receita, a redução da lucratividade das empresas este ano em relação ao ano passado ficou evidente depois da análise dos dados da arrecadação do IRPJ e da CSLL de abril a junho, que não conta com ajustes feitos no primeiro trimestre. Pelos dados, a arrecadação dos dois tributos caiu R$ 4 bilhões, ou 17,3% sobre o mesmo período de 2011.


Empresas deixam de pagar tributos em junho, diz Fisco - Adriana Fernandes e Renata Veríssimo

Turismo Médico

Mais um destino do turismo médico: Sérvia. Pacientes de outros países estão aproveitando o baixo custo de alguns procedimentos médicos deste país da antiga  Iugoslávia para passar alguns dias e fazer um tratamento médico. No caso da Sérvia, por módicos 40 mil dólares o paciente pode fazer uma operação de mudança de sexo. O custo reduzido deste  tipo de operação na Sérvia, devido a um subsídio do governo para este procedimento médico, juntamente com a existência de quatro centros especializados, têm atraído estrangeiros.

Longe das Mídias Sociais

Segundo o relatório '2012 Fortune 500 Social Index', da CEO.com, apenas 19 CEOs das 500 maiores corporaçoes dos EUA usam o Twitter e 38 usam o Facebook. No Google+ sao 4 - e 1 deles é Larry Page :-) Já no LinkedIn a presença é maior - 129 estao registrados no site, o que ainda assim significa que a grande maioria nao está lá. No geral, o estudo concluiu que 70% dos CEOs dessas empresas nao têm qualquer presença nas mídias sociais

Fonte: Aqui

Jogo da Vida

Fonte: Aqui

24 julho 2012

Rir é o melhor remédio

Adaptado daqui

Teste 570

Este cientista foi de tudo um pouco: engenheiro, contador, inventor, comerciante, economista, estatístico, tradutor, banqueiro, editor, jornalista etc. Participou da tomada da Bastilha, mesmo não sendo francês. Mas sua maior obra foi o desenvolvimento de gráficos, que ainda hoje usamos para representar dados: gráfico de linhas e gráfico de barras foi criação sua. Seu nome:

David Hilbert
Gottfried Leibniz
William Playfair

Resposta do Anterior: Rihana. Fonte: Aqui

Brasil hoje parece ‘simplório e imaturo’

23 de julho de 2012 | 14h14

Sílvio Guedes Crespo

Depois de viver uma “paixão súbita” com investidores internacionais, o Brasil teve um desempenho econômico abaixo das expectativas e agora está se mostrando um país “simplório e imaturo”, na visão da colunista do Wall Street Journal Mary Anastasia O’Grady.

A comentarista diz que, diferentemente dos países latino-americanos mais próximos ideologicamente do PT, no Brasil as instituições democráticas se sustentaram nos últimos anos. Ainda, ela observa que o controle da inflação contribuiu para o aumento da classe média. Para O’Grady, o País ainda é “bastante promissor”, “graças principalmente ao seu capital humano”.

O problema do Brasil, na opinião da colunista, é o “Estado monstro, que intervém em tudo, devora recursos e impossibilita o crescimento de baixo para cima, liderado pelas empresas”. Para ela, a “expansão agressiva do crédito para campeões nacionais previamente selecionados”, por meio do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) atrapalha a concorrência.

No artigo desta segunda-feira (23), ela sustenta que “a Argentina é ainda pior” que o Brasil e, por isso, o fim do Mercosul traria novas oportunidades para a economia brasileira, assim como para o Paraguai, suspenso do bloco.

Defensora entusiasmada do livre-mercado, ela defende que, se o governo argentino tem levantado barreiras contra produtos externos, afetando empresas brasileiras, seria mais proveitoso, para o Brasil, aprofundar acordos fora do bloco sul-americano. Da forma como está, o País não se aproxima comercialmente nem com os vizinhos nem com os parceiros mais distantes.A colunista pondera, no entanto, que a saída do Brasil não poderia ocorrer de forma brusca, uma vez que diversas empresas já investiram pesadamente no País pensando nas regras do Mercosul.

O’Grady é famosa por usar termos fortes em suas críticas. Em outro artigo, chegou a escrever que o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva Brasil fazia do Brasil “um cãozinho de Terceiro Mundo“.

Multiple Changes in Persistence vs. Explosive Behaviour

Como eu já falei, sou apaixonada pelo Programa Multi e admiro os professores que me ensinaram e guiaram nessa caminhada difícil e imponente. Publiquei parte dos meus agradecimentos na postagem sobre o dia dos professores, aqui.

O meu orientador, o Professor Otávio Ribeiro de Medeiros, PhD, é um ser excepcional – muito acima da qualidade normal, excelente, brilhante, inteligente, educado, paciente e sincero. Eu sou uma orientanda também diferente. Risos. Eu sou esforçada, dedicada e aplicada. Amo pesquisar e me empolgo com o trabalho. Mas também sou um tanto desesperada, ansiosa, impaciente e adoro fazer piadas, muitas vezes em momentos inapropriados. Mas deu tudo certo. Com um pouco de lapidação, um “para de drama, Isabel” e tempo, formamos uma boa dupla. Fiquei satisfeita e orgulhosa com o fim da minha caminhada no mestrado.

Como eu escrevo demais nos e-mails e já queria aprender outras coisas pra continuar a dissertação, meu orientador resolveu respirar novos ares e fazer um pós doutorado em Nottingham. Sim, sim! A terra do Robin Hood. Mas também de uma belíssima universidade, classificada entre as melhores do mundo.

Ah! A parte de ele ter ido embora por minha causa foi um exemplo das piadas não engraçadas em momentos inapropriados. Ele já tinha a intenção de fazer pos doc antes de me conhecer. Sério! o.O

Agora, orgulhosamente apresento um dos working papers que ele desenvolveu. Acabei de receber o link e estou compartilhando com vocês para que o leiamos juntos. Olha que emocionante!

Multiple Changes in Persistence vs. Explosive Behaviour: The Dotcom Bubble
Based on a method developed by Laybourne, Kim and Taylor (2007) for detecting multiple changes in persistence, we test for changes in persistence in the dividend-price ratio of the Nasdaq stocks. The results confirm the existence of the so-called Dotcom bubble around the last turn of the century and its start and end dates. Furthermore, we compare the results with a test for detecting and date-stamping explosive unit-root behaviour developed by Phillips, Wu and Yu’s (2011) also applied to the Nasdaq price and dividend indices. We find that Laybourne, Kim and Taylor’s test is capable of detecting the Dotcom bubble as much as Phillips, Wu and Yu’s test is, but there are significant differences between the bubble start and end dates suggested by both methods and between these and the dates reported by the financial media. We also find an unexpected negative bubble extending from the beginning of the 1970s to the beginning of the 1990s where the Nasdaq stock prices were below their fundamental values as indicated by their dividend yields, which has not been reported in the literature so far.


Otavio Ribeiro De Medeiros - University of Brasilia
Vitor Leone - Nottingham Business School

Manipulações fotográficas

Guitarra Elétrica
 As quatro estações:
 Mau hálito
 Esquadrão da moda
 Bola fora
 Ponto de Vista
Fonte: aqui

Barclays

A seguir, trechos de um artigo de James Surowiecki (do livro A Maldição das Multidões) para New Yorker. O assunto é o escândalo da manipulação das taxas Libor pelo Barclays:

Para funcionar bem, os mercados precisam de um nível básico de confiança. Como Alan Greenspan disse que, em 1999, "Em praticamente todas as transações confiamos na palavra das pessoas com quem fazemos negócios." Então o que acontece com um mercado em que a premissa mais fundamental é uma mentira?


Manipular a LIBOR era chocantemente fácil. As estimativas não são auditados. Eles não são comparados com os preços de mercado. E a LIBOR é montada por um grupo comercial, sem qualquer supervisão efetiva partindo de órgãos reguladores do governo. Em outras palavras, manipular a LIBOR não requer muita ginástica financeira complicada. Os bancos só tinha de dizer algumas mentiras simples. (...)


A coisa mais impressionante sobre esse escândalo é que era previsível; a maneira com que a LIBOR foi projetada praticamente convidou a corrupção e ainda ninguém fez nada para detê-la. Isso porque, durante décadas, os reguladores e as pessoas na indústria financeira assumiram que o desejo dos bancos era proteger a sua reputação manteria-os honestos. Se os bancos apresentassem estimativas falsas da LIBOR, o argumento era que o mercado inevitavelmente descobriria e as pessoas iriam parar de confiar neles, com terríveis consequências para os seus negócios. LIBOR era supostamente um grande exemplo de evidência da auto-regulação, que o mercado poderia cuidar melhor do que os reguladores poderiam.


Mas, se a história recente nos ensinou alguma coisa, é que a auto-regulação não funciona em finanças, e a preocupação com a reputação é um impedimento fraco para prevaricação corporativa.

Leia o restante aqui