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10 abril 2012

Remuneração e desempenho

A questão da remuneração e desempenho tem sido objeto de debate. Uma pesquisa realizada com clubes de futebol acrescentou algo interessante ao tema. Antes de mais nada, o futebol é um campo adequado para pesquisa pois existe uma medida objetiva de desempenho: quantidade de pontos obtidos.

O resultado mostra que o aumento da dispersão salarial reduz a chance de vencer uma partida. Em alguns casos, elevada dispersão corresponde ao efeito de jogar todos as partidas fora de casa. Este efeito influencia os astros e os outros jogadores. Os "outros" sentem que podem reduzir o desempenho e jogam a responsabilidade para os astros.

A foto ao lado é meramente ilustrativa.

09 abril 2012

Rir é o melhor remédio

E em uma segunda após um feriado, um pouco de "Peanuts" para nos fazer sorrir!



Fonte: Depósito de tirinhas

Links


Sexo
Mulheres têm organasmo durante exercício físico 
Correlação com o filme pornô 

Executivos
Executivos de empresas do novo mercado possuem salário menor 
Diniz sai do conselho da empresa Casino 
Conselheiro da Estácio vende ação antes do balanço 
Vale paga 121 milhões a Roger Agnelli 

Finanças Pessoais
Conta conjunta: vantagens e desvantagens 
Orçamento familiar no mundo 

Leitura
Quatro textos de Shiller (novo livro) 1 = Arte e finanças 
2 = Moral e Finanças 
3 = Riqueza e Impostos 
4 = Corrupção e Finanças 

Os problemas das Empresas
Meirelles no JBS: o preço 
Os problemas da Rede TV! 
Schin sob nova administração 
Elétricas do Amapá: a pior do setor elétrico 

Artes
"Come Together" por robôs 
Telenovelas made in Miami : baixo custo e boa audiência 
O prédio mais feio do mundo 

Estados Unidos
EUA é o maior exportador de esperma 
Balanço do FED 

Custo da Dívida

Definição – Este índice mede qual o custo da dívida com capital de terceiros da empresa.

Fórmula – Custo da Dívida = (Despesa Financeira / Capital de Terceiros Oneroso) x 100

Sendo
Despesa Financeira = corresponde ao valor dos juros relacionados com o passivo oneroso
Capital de Terceiros Oneroso = refere-se ao passivo oneroso, geralmente empréstimos e financiamento, de curto e de longo prazo.

Unidade de Medida – Em percentual.

Intervalo da medida – Em situações normais, este índice varia de zero a infinito. Entretanto, empréstimos em moeda estrangeira, em períodos de forte valorização cambial, pode fazer com que a empresa venha apresentar, como exceção, um índice negativo. Isto indicaria que a empresa ganhou com a captação de terceiros.

Como calcular – O índice pode ser calculado a partir do Balanço Patrimonial e da Demonstração do Resultado. É também relevante consultar as notas explicativas.

Considere o extrato do balanço patrimonial da empresa Marcopolo, apresentado a seguir.

O valor do passivo oneroso, para final de 2011, corresponde a 1,482 bilhão, que é a soma de empréstimos e financiamentos, circulante e não circulante. Para final de 2010 foi de 1,361 bilhão. Nos dois anos a média foi de 1,422 bilhão.

Para encontrar a despesa financeira podemos usar a demonstração do resultado. No caso da MarcoPolo tem-se:

Ou seja, a despesa financeira é de 182 milhões de reais.

Assim, o custo da dívida é dado por:

Custo da Dívida = (182 357 / 1 422 095) = 12,82 %

Entretanto, muitas vezes a informação de despesa financeira encontra-se melhor detalhada nas notas explicativas. No caso da empresa, eis o detalhamento do item “despesa financeira” da demonstração do resultado:

Ou seja, existem valores que não estão diretamente relacionados com o passivo oneroso. Considerando somente os itens destacados na figura tem-se que a despesa financeira foi 147,6 milhões de reais. Assim, o custo da dívida foi de:

Custo da Dívida = 147 621 / 1422 095 = 10,38%

Grau de utilidade – Elevado. O custo da dívida é um parâmetro fundamental na decisão financeira. Valores elevados podem indicar que o risco da empresa é elevado.

Controvérsia de Medida – Alguma. Existem algumas simplificações que adotamos aqui, que podem gerar controvérsia. A empresa possui muitos empréstimos em moeda estrangeira. O custo da dívida pode variar conforme o comportamento do câmbio. Entretanto, a existência de hedge pode minimizar este efeito. Isto deve ser considerado ou não no cálculo? Outro aspecto refere-se ao denominador: usamos o valor médio. Talvez o mais coerente fosse usar o valor inicial (ou de 31 de dezembro de 2010). Entretanto, em ambas as situações nós perdemos uma informação na série histórica.

Observações Adicionais
a)     O valor apresentado encontra-se em termos nominais. Para transformar em valores reais, retirando o efeito da inflação, basta usar a expressão de Fisher. Usando 5,04% de taxa de inflação, o custo real da dívida seria 5,08% ou [1,1038/1,0504 – 1].
b)     O custo da dívida expressa o risco considerado pelo capital de terceiros. Valores elevados indicam que as instituições financeiras consideram a empresa arriscada e cobram uma taxa de juros elevada;
c)      Para empresas com empréstimo em moeda estrangeira é necessário estar atento para os efeitos da valorização e desvalorização da moeda. No caso da Marcopolo as parcelas mais expressivas são de empréstimos em moeda nacional.
d)     A movimentação de taxas básicas também pode afetar o custo da dívida. Alterações na TJLP, para uma empresa com empréstimos atrelados a esta taxa, pode afetar o custo da dívida. Na Marcopolo 38% dos passivos onerosos estão vinculados a TJLP.
e)     Deveriam ser inclusos no custo da dívida qualquer tipo de reciprocidade exigida por instituição financeira. Isto inclui saldo médio, obrigação de compra de produtos e serviços bancários, entre outros itens. Entretanto, isto é muito difícil para o analista externo.


Esta é uma série de textos sobre os principais índices usados na análise das demonstrações contábeis.  Outros textos publicados foram:





Balanços Atrasados.

O texto a seguir mostra a relevância da divulgação para o mercado. Observe que atraso ou entrega parcial é uma sinalização de notícia ruim.

A safra de divulgação de balanços do quarto trimestre e do ano de 2011 foi marcada pelo atraso na entrega de informações de companhias importantes como PDG Realty, Gafisa, Lupatech e Eletrobrás. No caso das três primeiras, a principal característica é que os resultados vieram ruins.

A maior surpresa, no entanto, foi a apresentação de dados financeiros preliminares e não auditados das duas companhias do setor de construção no lugar das informações completas, o que surpreendeu negativamente o mercado. A Gafisa adiou a divulgação de seu balanço do quarto trimestre para segunda-feira, após o fechamento do mercado, enquanto a PDG promete apresentar os números completos até o final da semana.

"Na divulgação de demonstrações financeiras, recomendamos a previsibilidade", comenta Adriane de Almeida, superintendente adjunta de Conhecimento do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC). "Quando ocorre algum problema e a empresa acaba perdendo o prazo regulamentar para apresentar seus resultados, é essencial que ela explique ao mercado imediatamente os motivos que a levaram a esse atraso."

A PDG, que enviou os resultados não auditados quarta-feira passada à Comissão de Valores Imobiliários (CVM), atribuiu o atraso a dificuldades no processo de integração dos quatro sistemas de gestão do grupo de empresas da Agre para o sistema SAP da PDG. Pelos números não auditados, a companhia registrou prejuízo líquido de R$ 20,377 milhões no quarto trimestre de 2011, ante lucro de R$ 202,853 em igual intervalo do ano anterior.

O prejuízo do quarto trimestre ficou bem distante do resultado projetado pelos analistas consultados pela Agência Estado, que esperavam lucro de R$ 181,9 milhões. O presidente da PDG, Zeca Grabowsky, disse na quarta-feira, que os números auditados não devem ser diferentes dos que foram apresentados.

Já a Gafisa anunciou, na noite do dia 1.º, os resultados financeiros preliminares não auditados referentes ao acumulado do ano passado, no qual registrou prejuízo líquido de R$ 1,1 bilhão em comparação com lucro líquido de R$ 416,1 milhões de 2010.

A companhia argumentou, em fato relevante, que vem realizando uma revisão detalhada das suas operações e da sua estratégia de atuação. "A relevância das mudanças exigiu da administração da companhia e de nossos auditores externos um profundo trabalho de análise e um longo processo de interação, o que impossibilitou aos nossos auditores externos, a despeito de todo o esforço conjunto, concluir a revisão do balanço contábil e financeiro no período previsto", informou a empresa.

Demora. Outro caso que chamou a atenção durante a última safra de divulgação de balanços foi o da Lupatech, que adiou a apresentação dos números por três vezes. Inicialmente, as demonstrações financeiras do quarto trimestre e de 2011 da companhia seriam apresentadas em 27 de março, depois foram postergadas para o dia 29 do mesmo mês, em seguida, dia 30, e finalmente, para a segunda-feira passada. Além disso, a teleconferência com analistas e investidores, que seria realizada na quarta-feira foi transferida para a próxima segunda-feira.

A Lupatech registrou prejuízo líquido consolidado de R$ 112,4 milhões no quarto trimestre de 2011. A empresa não divulgou a comparação com o mesmo período de 2010. No acumulado do ano passado, a Lupatech registrou prejuízo líquido atribuível ao proprietários da controladora de R$ 241,332 milhões, aumento de 229,58% na comparação com 2010.


Com resultados ruins, empresas atrasam a divulgação de balanços - Domingo, 07 de Abril de 2012 [SIC] EULINA OLIVEIRA

Na realidade o texto saiu no jornal de sábado, dia 7 de abril.

À Venda

Fonte: Aqui

Frase

O Brasil, assim como ocorre com Canadá e Austrália, tem que ter orgulho de ser exportador de commodities

Murilo Ferreira, presidente da Vale. Não acho que devemos ter este orgulho. É triste imaginar que nos últimos anos somos cada vez mais dependentes dos commodities.

Arte na rua





Fonte: Aqui|

07 abril 2012

Rir é o melhor remédio

Enviado por Matias (grato)

Receita recorrente

A questão da receita recorrente e não recorrente é algo complicado para o usuário da informação contábil. Antigamente, a classificação em "operacional" e "não operacional" tentava resolver este problema classificando os eventos conforme a proximidade do "objetivo da empresa". Entretanto isto pouco resolvia já que para o investidor operacional é, em última instância, tudo que ajuda a empresa a agregar valor. (Uma discussão mais aprofundada encontra-se no livro Teoria da Contabilidade, capítulo de Receitas e Despesas, de Niyama e Silva)

Para tentar resolver este assunto, nos últimos anos tem-se usado a segregação em "recorrente" e "não recorrente". Isto também não é de grande auxílio, já que é um termo sujeito a subjetividade.

Um exemplo desta discussão encontra-se no resultado da AES Eletropaulo. Esta empresa apresentou um lucro líquido de 687 milhões de reais no quarto trimestre de 2011, bem acima dos 311 milhões do quarto trimestre de 2010. O aumento do lucro decorreu

[do] pagamento compensatório feito pela Companhia Brasiliana por conta da alienação da AES Eletropaulo Telecom pela TIM contribuiu em R$ 466,8 milhões para esse resultado. Excluído esse efeito, o lucro teria sido de R$ 219,9 milhões, queda de 30% na comparação anual. (Receita extra infla Lucro da Eletropaulo - Natalia Viri - Valor Econômico - 14 de março de 2012, via aqui)

06 abril 2012

Rir é o melhor remédio



Fonte: Depósito de Tirinhas

Fotografias da NASA

A NASA tem uma atividade muito interessante! Diariamente eles postam uma "Astronomy Picture of the Day" algo como 'Fotografia Astronômica do Dia'. Vejam algumas:




Eletrobras

A Eletrobras é uma das poucas empresas que ainda não apresentaram as Demonstrações Financeiras Padronizadas de 2011. A Vale já publicou. A Petrobras publicou em 9 de fevereiro e reapresentou em 14 de fevereiro.

Considerando-se as seguintes empresas do setor elétrico (os valores dos ativos se referem a 2010), a Eletrobras é a única atrasada:

No site da empresa está disponível a seguinte mensagem:
Diante do exposto, comunicamos aos Senhores Acionistas e ao mercado em geral que as Demonstrações Financeiras da Eletrobras, Controladora e Consolidadas do Sistema Eletrobras, serão divulgadas no dia 16 de abril de 2012, após o encerramento dos pregões das Bolsas de Valores.

Em conformidade com o artigo 133 da Lei 6.404/76, serão tomadas todas as medidas pertinentes visando à realização da AGO da companhia que irá deliberar sobre as matérias listadas no artigo 132 da citada lei, referente ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2011.

05 abril 2012

Rir é o melhor remédio

Evolução da tecnologia. Fonte: Aqui

Pesquisa

Prezado Leitor,

Minha orientanda, Flávia Carvalho, está fazendo uma pesquisa sobre Débito e Crédito. A pesquisa é muito simples e leva menos de três minutos para ser realizada. É para o trabalho final de curso. Peço o gentil apoio de todos.

Clique aqui para ir para pesquisa.

Att

César Augusto Tibúrcio Silva
Orientador

Teste 543

Charles Ives fundou uma empresa de seguros denominada Ives & Myrick e escreveu o livro “Life Insurance With Relation to Inheritance Tax”. Sua empresa chegou a ser a maior do setor na década de 20 do século passado. Além de escrever sobre impostos e seguros e ser um famoso empresário, Ives foi também:

a) um dos maiores músicos modernistas
b) um conhecido autor de peças de teatro
c) um pintor cubista

Resposta do Anterior: Lopes de Sá.

Investimento sobre Depreciação



Definição
 – Mede o investimento que uma empresa está fazendo nos ativos de longo prazo em relação a depreciação. Corresponde a reposição e expansão dos ativos de longo prazo.

Fórmula – Investimento sobre Depreciação = (Fluxo de Caixa dos Investimentos Bruto de longo prazo / Depreciação )

Sendo
Fluxo de Caixa de Investimento Bruto de Longo Prazo – corresponde ao valor bruto investido em máquinas, equipamentos, veículos, instalações, etc.
Depreciação – refere-se a despesa de depreciação do ativo não circulante durante o exercício.

Unidade de Medida – O índice está expresso em valores unitários.


Intervalo da medida – O índice pode variar entre zero a infinito. Valores próximos a unidade indicam que o investimento bruto corresponde ao valor depreciado durante o exercício. Valores acima da unidade indicam um crescimento no investimento em relação a depreciação. Valores abaixo da unidade correspondem à situação onde o montante investido pela empresa é inferior ao valor depreciado, podendo existir um sucateamento dos ativos de longo prazo.

Como calcular – O índice pode ser obtido na Demonstração dos Fluxos de Caixa da empresa e nas notas explicativas.
A figura a seguir mostra a DFC da Natura para 2011, em milhares de reais.

A primeira linha após o lucro líquido diz respeito a depreciação e amortização de 2011 e 2010, com valores de 110 milhões e 89 milhões.

A figura acima mostra que a empresa gastou R$346 e 237 milhões em investimento bruto. Assim, o índice seria:

Investimento sobre Depreciação 2011 = 346 367 / 109 921 = 3,15
Investimento sobre Depreciação 2010 = 236 876 / 88 848 = 2,67

A empresa investiu 3,15 vezes a depreciação, indicando uma forte expansão no parque industrial.

Grau de utilidade – Regular. Indicado para empresas industriais e quando o analista pretende verificar a política de investimento da empresa.

Controvérsia de Medida – Alguma. Este é um índice de longo prazo da empresa.

Observações Adicionais
a) Quando a finalidade da empresa é permanecer no mercado, ou quando o setor de atuação terá um crescimento vegetativo, este índice deve estar próximo a unidade;
b) Valores muito elevados podem ser perigosos. Nestas situações, a empresa pode estar investindo muito acima da capacidade do mercado em absorver seus produtos. Isto poderá implicar em capacidade ociosa no futuro;
c) Valores reduzidos, próximos de zero, podem indicar uma política de redução perigosa de investimento, que compromete a participação do mercado no futuro.
d) Para as empresas com sazonalidade de investimento, este índice deve ser considerado no longo prazo. Estas empresas geralmente apresentam ciclos com elevada concentração de investimento, podendo também apresentar índices reduzidos durante um longo período de tempo. Neste caso, o acompanhamento do índice pode ser interessante para verificar quando ocorrerão os momentos de investimentos.
e) No longo prazo este índice deveria corresponder a taxa de crescimento do seu mercado mais a unidade. Assim, se o mercado de atuação possui uma projeção de crescimento de 15% ao ano, este índice deveria ter um valor de 1,15.

Esta é uma série de textos sobre os principais índices usados na análise das demonstrações contábeis.  Outros textos publicados foram: Composição do endividamento, Cobertura de Dívidas, Cobertura de investimentoPrazo de Pagamento a FornecedoresTaxa de QueimaFluxo sobre lucroPrazo de EstocagemMargem LíquidaGiro do AtivoP/LRetorno sobre Patrimônio LíquidoEndividamento OnerosoEndividamentoEbitdaMargem OperacionalNIG sobre VendasValor do EmpreendimentoCapitalizaçãoMargem BrutaROI e Liquidez Corrente

Valor Justo

Vantagens e desvantagens do uso do valor justo. Papa, apesar de incluir o efeito do valor justo em situação de crise, cita diversas pesquisas que comprovaram que o efeito não foi tão significativo quanto se imaginava.

Rodízio dos auditores

Newquist (PCAOB Is Giving You a Second Chance to Tell Them How Much You Love the Idea of Auditor Rotation) lembra que 94% dos comentários a proposta de rodízio dos auditores do PCAOB são contrários a proposta.

Contabilidade e Revolução

Jerry Rubin, o radical anti-establishment que escreveu "Do It! Scenarios of the Revolution", e que foi condenado a quatro anos de prisão por incitar os manifestantes na Convenção Nacional Democrata de 1968 em Chicago. Após ter a sentença anulada, Rubin foi para Wall Street para se tornar um analista de mercado da corretora John Muir & Co.


A imprensa retratou sua transição do "yippie para yuppie" como uma contradição, mas Rubin discorda: "O dinheiro sempre foi poder", disse ele. "Mas na década de 1960 um piquete fazia a diferença. Os anos 80 são mais hierárquicos. Piquetes não recebem muita atenção. Os contadores têm mais poder. O dinheiro é mais premente questão social do nosso dia.

Shiller, Walt Whitman, First Artist of Finance (Part 1): Robert Shiller, grifo meu.

04 abril 2012

IFRS e índices

A adoção do padrão contábil internacional IFRS trouxe maior volatilidade às demonstrações financeiras de companhias de setores regulados como o de energia elétrica e o de concessão de gás. Com isso, a análise baseada em múltiplos (P/L ou FV/EBITDA) e a distribuição de dividendos ficam penalizadas. (IFRS prejudica a análise por múltiplos e o cálculo dos dividendos, Valor Econômico, 7 de março de 2012)

O argumento é que aumento de volatilidade é requisito para o uso de índices e determinação de dividendos. Isto não faz muito sentido lógico para o autor desta postagem.

Ademais, a experiência histórica tem mostrado que a atenção do mercado para um determinada medida tende a modificar o comportamento dos agentes, que atuarão no sentido de reduzir esta volatilidade.

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

Composição do Endividamento


Definição – Este índice, também denominado de perfil da dívida, mostra a relação entre o passivo de curto prazo da empresa e o passivo total. Ou seja, qual o percentual de passivo de curto prazo é usado no financiamento de terceiros.

Fórmula – Composição do endividamento = (Passivo Circulante / Passivo) x 100

Sendo
Passivo Circulante – refere-se ao passivo de curto prazo usado pela empresa, ajustado pelas duplicatas e cheques descontados.
Passivo Total – corresponde ao capital de terceiros da empresa, ajustado pelas duplicatas e cheques descontados.

Unidade de Medida – O índice está expresso em percentagem, mostrando quantos por cento a empresa financia com recursos de curto prazo.

Intervalo da medida – Este índice irá variar entre zero e cem. Quanto mais próximo de cem, maior o uso de recursos de curto prazo.

Como calcular – Este índice é obtido com os valores do balanço patrimonial da empresa.

A figura a seguir é o balanço da empresa JBS, referente ao exercício encerrado em 31 de dezembro de 2011, em milhares de reais.

Para obter o índice basta usar as informações da figura:

Composição do Endividamento = [10 395 699 / (10395 699 + 15 415 997)] x 100
Composição do Endividamento = 40,3%

Isto significa que 40% da dívida com terceiros é de curto prazo. No ano anterior este índice era de 37,5%.

Grau de utilidade – Elevado. É um índice importante para saber o grau de compromisso de curto prazo da empresa. Ele deve ser usado em conjunto com outros índices para ter uma ideia precisa dos financiamentos da empresa.

Controvérsia de Medida – Alguma, referente a reclassificação

Observações Adicionais

a) Como todo índice, é importante que esta medida seja complementada com outras. Assim, uma análise com somente o endividamento oneroso pode revelar o grau de dificuldade da empresa com seus financiadores.
b) Valores elevados indicam um perfil da dívida mais arriscado. Isto pode representar, na teoria, um custo menor, mas o risco é maior.

Esta é uma série de textos sobre os principais índices usados na análise das demonstrações contábeis.  Outros textos publicados foram:

(...) Daí a insistência da Bolívia em manter uma marinha, embora esteja limitada principalmente ao Lago Titicaca. Anualmente, o país elege uma Miss Litoral, uma rainha de beleza para a sua província costeira inexistente. E a cada 23 de março a Bolívia celebra o Dia del Mar ("Dia do Mar"), lançando olhares ávidos em sua ex-costa.

Fonte: aqui

03 abril 2012

Rir é o melhor remédio

Fonte: aqui

Links


Trabalho e Contabilidade
Treinadores na área tributária são bem remunerados 
Abandonou a auditoria para jogar xadrez 

Música
Toque guitarra enquanto estiver no banheiro 
O fim do afinador de piano 

Mulheres geniais
Scarpin: mulheres na contabilidade no Brasil 
Amalie Noether, a mais genial matemática que já existiu 
Lamar: a mulher mais bonita do mundo trabalhou em invenções para os militares (foto)

Vídeo
A evolução louca do homem 
Nadal e Cristiano Ronaldo 

Retorno
Capitalização do mercado e economia: indicador 
Os filmes mais lucrativos em retorno do investimento 

Venda
Máquinas de vender 
Menu do Titanic vendido no leilão 
Propagandas para o dia da mentira 

Cobertura de Dívidas


Definição – este índice se o fluxo das operações pode ser usado para pagar as dívidas da empresa.

Fórmula – Cobertura de dívidas = (Fluxo de Caixa das Operações / Passivo)

Sendo
Fluxo de Caixa das operações – refere-se ao fluxo de caixa gerado pela empresa nas atividades
Passivo Total – corresponde ao capital de terceiros da empresa, ajustado pelas duplicatas e cheques descontados.

Unidade de Medida – O valor do índice está expresso em percentagem, indicando quantos por cento a empresa obteve de caixa para cada unidade de passivo. O analista deve estar atento para o período usado no fluxo de caixa ao fazer a comparação histórica ou com outras empresas.

Intervalo da medida – Como este índice deve ser usado quando o fluxo de caixa das operações for positivo. O índice pode variar entre zero a infinito. Índices acima de cem por cento indicam que a empresa consegue pagar seus passivos com o fluxo gerado no exercício.

Como calcular – Os valores são obtidos na demonstração dos fluxos de caixa. É importante lembrar que este índice deve ser usado quando o fluxo das operações for positivo.

Iremos usar neste índice o exemplo da Abril Educação, uma empresa na área de livros (Scipione e Ática) e cursos (Anglo e pH). As informações são referentes ao ano de 2011 e foram obtidas no sítio da empresa.
Inicialmente aparece a seguir um pedaço da DFC da empresa.



Abaixo, as informações do passivo da Abril Educação.
 Como o fluxo das operações foi positivo somente em 2011, iremos usar este índice para este período. Temos então:

Cobertura de Dívidas = (102 500 / 792 967 ) x 100 = 12,9%

Isto significa dizer que o fluxo das operações permite quitar 12,9% das dívidas do passivo da empresa.

Grau de utilidade – Regular. Este índice só pode ser usado quando a geração de caixa é positiva. Em situações onde a empresa não gera caixa com as atividades operacionais não faz sentido calcular este índice.

Controvérsia de Medida – Alguma, em especial sobre qual o valor do passivo que devemos usar. Temos dois aspectos aqui. O primeiro é se deve ser o valor final ou o valor médio. No caso da empresa do exemplo, isto não afetaria muito o resultado final; mas poderão existir situações práticas onde isto não é o usual. O segundo, é se devemos considerar todo o passivo ou somente o passivo oneroso ou somente o passivo de curto prazo. Se no exemplo tivéssemos usado somente o passivo oneroso, o valor do índice seria de 37%, indicando que o fluxo das operações permitiria quitar mais de um terço das dívidas. Se fosse usado o passivo de curto prazo o valor seria de 29%.

Observações Adicionais
a) O inverso do índice indica quanto tempo a empresa levaria para pagar sua dívida com o fluxo gerado com as operações;
b) O uso do passivo do final do período possui duas grandes vantagens sobre o uso do passivo médio: em primeiro lugar, ganhamos uma informação; em segundo lugar, é mais intuitivo pensar que o fluxo gerado “será” usado para pagar a dívida existente no final do período (a dívida do início que não existe mais já foi paga).
c) A análise por tipo de passivo pode ser interessante. Observe que o índice é: FC Operações / Passivo. Multiplicando ambos por passivo circulante: [FCO x PC] / [P x PC], que corresponde a cobertura das dívidas de curto prazo vezes a participação da dívida de curto prazo no total da dívida. Denominamos esta parcela de composição da dívida. No caso a empresa que analisamos tempos que a cobertura da dívida foi de 12,9%, que corresponde a cobertura da dívida de curto prazo ou 29,3% vezes a participação da dívida de curto prazo no passivo, que é de 44,1%. Temos então que 12,9% = 29,3% x 44,1%.

Esta é uma série de textos sobre os principais índices usados na análise das demonstrações contábeis.  Outros textos publicados foram: 

Originalidade

Para cada um dos anos, os filmes com maiores bilheterias. Em 1981, dois eram sequências (de vermelho) e existia uma adaptação. O resto eram filmes originais. Em 2011, oito sequências e duas adaptações. 
Fonte: aqui

Racismo

Racismo

Incentivo na Inbev

Um texto interessante mostra que a remuneração da Inbev esteve atrelada ao nível de endividamento da empresa. Somente o presidende da AB Inbev deve receber 325 milhões de reais de bônus.

Essa seria a sua parte no pacote de incentivos no valor de 1,2 bilhão de euros (R$ 2,8 bilhões) que foi garantido aos executivos do alto escalão da fabricante da Budweiser e da Stella Artois pelo cumprimento das metas de redução do endividamento, segundo o jornal [Financial Times]

No acordo original, 40 executivos considerados cruciais para o processo de integração terão direito de receber 28,4 milhões de opções de ações pelo preço de 10,5 euros. Como as ações da companhia hoje estão sendo negociadas por mais de 53 euros, as opções renderiam em média 30 milhões de euros a cada um dos executivos. Brito foi contemplado com 3,25 milhões de opções, que valeriam hoje 138 milhões de euros (R$ 325 milhões), informa o jornal financeiro.

Twitter

A empresa Twitter parece promissora. Entretanto, os números contábeis não são animadores. O sítio Gawker obteve alguns valores da contabilidade, incluindo receita e lucro. Com mais de cem milhões de usuários, o Twitter seria um negócio interessante pelo potencial de obtenção de receita de publicidade.

Com seis anos de vida, o Twitter obteve 28,5 milhões de dólares em 2010 de receita, com uma despesa superiores a este valor, produzindo um prejuízo de 67,8 milhões.

Em 2011 o prejuízo deve reduzir para 25,8 milhões, para uma receita de 238 milhões, com o exercício encerrando no final de abril. Para fins de comparação, o Facebook teve 26 vezes mais receitas, sendo um terço de lucro.


02 abril 2012

Rir é o melhor remédio



Fonte: Aqui

Pesquisa

O aluno Tonny Kerley, do Mestrado em Administração da UFLA, está pedindo para que as pessoas envolvidas com Micro e Pequenas Empresas respondam a pesquisa sobre este assunto. O questionário não pede informações que possam revelar a identidade do respondente e leva pouco mais de cinco minutos para responder.

Clique aqui para responder.

Cobertura de Investimento

Definição – este índice mostra quanto do investimento que a empresa realizou estaria coberto pelo seu caixa gerado nas operações. Corresponde a um índice de autofinanciamento.

Fórmula – Cobertura de Investimento = [Fluxo de Caixa das Operações / | Fluxo de Caixa de Investimento |] x 100

Sendo
Fluxo de Caixa das operações – corresponde ao fluxo de caixa gerado pela empresa nas atividades
Fluxo de Caixa de Investimento – refere-se ao fluxo gerado nas atividades de investimento ou caixa líquido usado nas atividades de investimento.

Unidade de Medida – Em percentagem. Representa quantos por cento a empresa foi autofinanciada.

Intervalo da medida – varia entre zero e infinito, já que o índice não é usado quando o fluxo das operações for negativo e o fluxo de investimento for positivo.

Como calcular – Os valores são obtidos na demonstração dos fluxos de caixa da empresa. É importante lembrar que este índice deve ser usado quando o fluxo das operações for positivo e o fluxo dos investimentos negativo.

Veja o exemplo da empresa Abyara (Brasil Brokers), referente ao fluxo consolidado, de 2011 e 2010, nesta ordem, em R$mil, na figura abaixo:

A cobertura de investimento é dado por:

Cobertura de Investimento em 2011 = 115 951 / |248 564| = 0,47 ou 47%.

Isto significa dizer que o caixa gerado nas atividades operacionais da empresa conseguiu cobrir 47% dos investimentos realizados. No ano anterior o valor era de:

Cobertura de investimento em 2010 = 61 932 / |20634| = 3,00

Indicando que o fluxo das operações foi mais do que necessário para pagar os investimentos.

Grau de utilidade – Regular. A necessidade que o fluxo das operações seja positivo e o fluxo dos investimentos seja negativo restringe seu uso. Além disto, a demonstração dos fluxos de caixa ainda está restrita a algumas empresas.

Controvérsia de Medida – Não.

Observações Adicionais
a) Quando uma empresa consegue um índice maior que a unidade, isto evitaria, a princípio, a necessidade de captação de recursos com acionistas ou capital de terceiros;
b) Empresas em fase de implantação terão valores reduzidos para este índice.
c) Valores elevados pode indicar que a empresa não consegue usar, em investimentos, o caixa gerado. Isto pode comprometer o crescimento futuro da empresa.

Esta é uma série de textos sobre os principais índices usados na análise das demonstrações contábeis.  Outros textos publicados foram:

01 abril 2012

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

Cafeína = trabalhador folgado ?


O que separa um bom trabalhador de alguém que faz apenas o mínimo necessário?

Uma nova pesquisa sugere que ambos possuemm diferentes formas de lidar com tarefas: os trabalhadores esforçados pensam mais na recompensa final, enquanto os “folgados” parecem focar mais o esforço necessário.

Todavia, o trabalho, que também foi conduzido com ratos, apresentou uma guinada: estimulantes - como anfetaminas - aparentam alterar essas abordagens. Segundo Jay Hosking, pos graduando da University of British Columbia, os trabalhadores estão escolhendo menos processos complicados. Os folgados, ao contrário, optam pelos mais diíceis.

Tem mais! A cafeína também transforma os trabalhadores esforçados em preguiçosos, mas não transforma ratos preguiçosos em superestrelas produtivas.

Hosking e colegas treinaram e testaram a motivação de 20 ratos. “Assim como humanos, entre os ratos existem os super preguiçosos e os super trabalhadores, em matéria de atividades”, afirma Hosking.

Quando os ratos receberam estimulantes, como a cafeína, a situação se inverteu. Os trabalhadores viraram “vagabundos”. E ainda, com a cafeína, os ratos folgados não trabalharam muito mais.

Staying stimulated

The results may explain why amphetamine-based stimulants such as Adderall can help calm someone who has attention deficit hyperactivity disorder (ADHD). Perhaps the drug works to turn those distracted people into focused workers.

Adderall has lots of "off-label" uses, too, Hosking noted. Everyone from overworked college students to long-haul truck drivers may take amphetamines.

"One treatment doesn't fit all individuals," Hosking said.

"In truck drivers, amphetamine is a common stimulant which helps keep drivers alert … but a quarter of truck accidents are related to that amphetamine use as well," he said. "Some people might do really well on the amphetamines, and some might be taking it and thinking it's helping and actually harming themselves."


Fonte: Aqui

31 março 2012

Rir é o melhor remédio



Perceberam? [Clique na imagem para melhor resolução.]
No rodapé está escrito mais ou menos isto:
Este capítulo poderia ter sido chamado de “Introdução”, mas ninguém lê a introdução e nós queríamos que você lesse isto. Sentimos-nos seguros em admitir tal fato aqui, na nota de rodapé, porque, igualmente, ninguém lê as notas de rodapé.

Fonte: "Stats: Data and Models: International Edition”. Richard D. De Veaux; Paul F. Velleman; David E. Bock.

Tradução difícil

Apesar de ser uma língua considerada universal e mais fácil do que muitas outras – incluindo o português – existem palavras em inglês que representam conceitos difíceis de traduzir para outras línguas. Inclusive, há centenas de palavras que são encontradas somente em inglês, sem correspondentes que as expressem suficientemente em outros contextos. O Dicionário de Inglês Oxford lista mais de 250.000 palavras distintas, não incluindo muitos termos técnicos ou gírias, o que torna o inglês uma das mais ricas línguas em termos de vocabulário. Como a cultura americana é muito conferida nesse lado do mundo, veja alguns exemplos de palavras que representam um desafio para tradutores:

1 – Pimp
A palavra “pimp” se refere ao verbo transitivo, não o substantivo. “Pimp” significa, aproximadamente, “decorar” ou “enfeitar”. Esse verbo se tornou popular em programas de TV como “Pimp My Ride” (que ajeitava carros antigos). Embora esse termo seja uma homenagem à cultura hip-hop e sua conexão com a cultura de rua, ele se tornou comum e mesmo padrão em uso comercial. A gíria espanhola “pompear”, usada em alguns países latino-americanos, evoluiu como uma derivação direta com um significado próximo.

2 – Auto-tuned
O mundo inteiro está familiarizado com aquela voz não natural, quase robótica, saindo de cantores ao longo dos últimos 10 anos ou mais. Qualquer música gravada é alterada para ter um som melhor. Tanto é assim que o inglês até inventou uma palavra para isso: auto-tuned. Muitos idiomas, entretanto, não tem um correspondente ainda. O adjetivo descreve um cantor cujas imprecisões, erros e falta de sintonia foram digitalmente disfarçados para que parecer que ele executou a canção perfeitamente. Como é um termo relativamente novo, é praticamente intraduzível.

3 – Trade-off
Essa palavra faz parte da lista “não consigo explicar com menos de 5 palavras”. O termo descreve uma situação em que alguém tem que perder alguma qualidade em troca de outra qualidade. Trata-se de uma decisão em que a pessoa compreende totalmente as vantagens e desvantagens de cada escolha. O termo é particularmente difícil de traduzir em qualquer idioma sem o uso de muitas palavras ou a explicação explícita do cenário.

4 – Spam
Essa é uma das palavras que provavelmente todos sabem o significado, mas que não tem tradução e é usada em sua forma original em muitas línguas. A definição de spam é o uso de sistemas eletrônicos para enviar mensagens não solicitadas indiscriminadamente. Nenhuma outra língua tem uma palavra não derivada para este conceito. Spam é, também, um termo para uma carne enlatada.

5 – Bromance
Esse é uma espécie de termo retro que não está mais em uso. Cunhado na década de 90, descreve uma relação muito íntima, mas não sexual, entre dois ou mais homens. Em muitas culturas, incluindo a americana, bromance é confundido com homossexualidade e, portanto, nenhuma outra cultura cunhou um termo para descrever essa relação incomum. Embora o termo possa ser descrito na maioria dos idiomas, nenhuma outra língua além do inglês tem uma palavra para isso.

6 – Facepalm
Esse termo popular nos EUA descreve o gesto de por a palma da mão sobre o rosto, em uma demonstração de exasperação. O gesto é obviamente mundialmente conhecido mas, surpreendentemente, nenhuma outra língua além do inglês parece ter um termo original para esse ato bastante comum.

7 – Kitsch
“Kitsch” define toda arte que é considerada uma cópia inferior de um estilo existente. O termo também é usado de uma forma mais livre quando se refere a qualquer arte pretensiosa, desatualizada ou de mau gosto. Com a única exceção do alemão (de onde a palavra veio para o inglês), o termo é intraduzível para qualquer idioma.

8 – Gobbledygook
Essa palavra é definida como qualquer texto contendo jargão, ou inglês especialmente complicado, que resulta em um texto excessivamente difícil de entender, ou mesmo incompreensível. O termo foi cunhado em 1944 por Maury Maverick. Mesmo para os tradutores de literatura profissionais, essa palavra representa um desafio.

9 – Serendipity
“Serendipity” é qualquer descoberta inesperada, mas feliz. Você também pode chamá-la de achado sortudo, coincidência ou acidente. A palavra foi votada como uma das dez palavras em inglês mais difíceis de traduzir em junho de 2004, por uma empresa de tradução britânica. No entanto, devido ao seu uso sociológico, a palavra tem sido exportada para muitos outros idiomas.

10 – Googly
O “googly” é um termo do jogo de críquete. É um movimento complicado, um tipo de lançamento curvado com giro feito por um jogador com sua mão direita sobre o lado direito do corpo. O “googly” é importante no jogo em questão, mas é usado sem muita frequência porque sua eficácia é graças ao seu valor de surpresa. O termo é tão exclusivo do idioma inglês que o artigo da Wikipédia sobre ele não está disponível em qualquer outra língua. Se fosse para ser traduzido em outra linguagem, seria algo como “tiro curvado de críquete feito por um jogador com a sua mão direita”.


Fonte: Aqui

Coautoria na academia


Bela reflexão de Renato Colistete, professor do Departamento de Economia da FEA-USP, sobre a coautoria em artigos acadêmicos:


Tempos atrás, a coautoria em artigos científicos costumava respeitar critérios simples e objetivos. Um deles era a ordem alfabética, em geral do sobrenome (como na academia internacional) ou do primeiro nome (comum no Brasil). Quando autores colaboravam em mais de um artigo, também era frequente que se alternassem os nomes dos que viriam primeiro. Quase todos, porém, pelo menos nas ciências humanas e sociais, seguiam a regra básica e, aparentemente, lógica: os que assinam um artigo são aqueles que de fato fizeram a pesquisa, coletaram os dados e escreveram o texto.

A situação tem mudado nas últimas duas décadas. As ciências humanas e sociais (tendo a Economia na liderança) têm incorporado cada vez mais um péssimo exemplo das ciências exatas e da natureza, que é o de tornar trivial a inclusão de nomes que realmente pouco ou nada colaboraram com a realização da pesquisa e do artigo que veicula seus resultados.