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03 outubro 2007

REalidade virtual no varejo

Realidade virtual é ferramenta da Kimberly-Clark para testar produtos
Ellen Byron - The Wall Street Journal - 03/10/2007

No novo estúdio da Kimberly-Clark Corp., no subsolo de um discreto prédio de escritórios desta cidade no Estado de Wisconsin, uma consumidora estava cercada por três telas que mostravam um corredor de loja. Um aparelho que acompanha o movimento dos olhos estava pronto para monitorar onde o olhar caía.

Quando um pesquisador da Kimberly-Clark pediu que ela encontrasse uma "caixa grande" das fraldas Huggies Natural Fit no tamanho 3, ela empurrou uma barra parecida com a de um carrinho de compras, e o vídeo simulou o caminhar dela no corredor.

Ao avistar os pacotes vermelhos de Huggies, ela virou a barra para a direita, onde viu uma enorme variedade de fraldas, e depois apertou um botão para ter uma visão das gôndolas como se estivesse agachada. Por fim, esticou a mão e tocou na tela, para colocar a caixa que queria em seu "carrinho" virtual.

Ao monitorar consumidores nos corredores "virtuais" de lojas, a Kimberly-Clark espera entender melhor o comportamento deles e tornar os testes de novos produtos mais rápidos, mais convenientes e mais precisos. A área para testes é somente uma parte de um enorme estúdio da Kimberly-Clark finalizado em maio depois de dois anos em preparação. Uma tela em forma de U que vai do piso ao teto recria em detalhes vívidos o interior de grandes varejistas que vendem os produtos da empresa — uma ferramenta que a empresa vai usar em apresentações para executivos em tentativas de conquistar espaços cobiçados nas prateleiras. Uma área separada é reservada para réplicas reais de seções de lojas, que podem ser personalizadas para imitar o piso, a iluminação e as prateleiras de varejistas como a Target Corp. e a Wal-Mart Stores Inc.

À medida que o mercado cada vez mais fragmentado da televisão suscita dúvidas quanto à eficácia de comerciais convencionais, e que aumenta a disputa por espaço nas prateleiras, tanto fabricantes quanto varejistas estão intensificando seu foco em maneiras de chamar a atenção dos consumidores enquanto estes estão na loja.

Os esforços vão muito além dos costumeiros displays de papelão e da distribuição de amostras. Na semana passada, por exemplo, um grupo que inclui as fabricantes Procter & Gamble Co., Coca-Cola Co., General Mills Inc. e Miller Brewing Co. e as varejistas Kroger Co. e Wal-Mart anunciou os resultados de um teste que monitorou o movimento de consumidores em lojas usando raios infravermelhos e observação humana. No ano que vem, a Nielsen planeja agregar os dados e vendê-los a clientes, do mesmo jeito que faz com audiência de televisão.

A P&G investiu "recursos substanciais para controlar o potencial da realidade virtual e melhorar a experiência da compra", diz um porta-voz da empresa. Embora tenha se recusado a identificar aplicações específicas, a empresa informa que está usando modelagem virtual para levar inovações ao mercado mais rapidamente, e com maior economia de custo.

O estúdio virtual da Kimberly-Clark permite que pesquisadores e designers façam uma leitura rápida do design de novos produtos e displays sem ter que realizar testes na vida real nos estágios iniciais do desenvolvimento. Fazer isso num subsolo sem janelas, em vez de num mercado de teste, também evita que os concorrentes descubram pistas no começo do processo de desenvolvimento.

"Estamos tentando testar idéias mais rápido, mais barato e melhor", diz Ramon Eivaz, vice-presidente de estratégia da Kimberly-Clark. Antes, o teste de novos produtos geralmente levava de oito meses a dois anos. Agora, esse tempo fica pela metade, diz ele. Projetos que se dão bem nas ferramentas de realidade virtual têm prioridade para as tentativas em lojas de verdade, diz Eivaz, enquanto aqueles que não se saem bem serão descartados mais rapidamente.

Depois que o desenho de um produto é concluído, a Kimberly-Clark leva executivos do varejo para o estúdio, para que eles possam ver como o novo produto vai ficar de fato na prateleira e se encaixar com a variedade de mercadorias existentes — um fator importante em decisões que os varejistas fazem sobre espaço de prateleira.

A empresa não quis revelar quanto gastou para construir o estúdio em Appleton. "Fizemos um investimento significativo e esperamos ter um retorno positivo com nossos clientes no futuro", diz um porta-voz.

A batalha por espaço na prateleira se intensificou, porque as empresas, ansiosas por capturar a atenção dos consumidores, estão lançando novos produtos num ritmo mais veloz. Enquanto isso, os varejistas oferecem uma quantidade maior de produtos de marcas próprias. O ritmo do lançamento de novos produtos cresceu constantemente desde 2000, com mais de 40.000 lançamentos no ano passado, diz Tom Vierhile, diretor da Productscan Online, um banco de dados de novos produtos da firma americana de pesquisa de mercado Datamonitor.

Para promover novos produtos aos varejistas, os fabricantes revelam mais informação sobre o que estão desenvolvendo, para atiçar o interesse desde cedo. A Kimberly-Clark usa dados de seus testes de realidade virtual para mostrar aos varejistas a performance dos produtos que está desenvolvendo.

Wal Mart perde influência

Wal-Mart continua forte, mas perde influência sobre o varejo
October 3, 2007 - Gary McWilliams - The Wall Street Journal

A Era Wal-Mart, um tempo de enorme influência empresarial e social do gigante do varejo na vida americana, está em seu estágio final.

Com uma combinação de preços baixos e incansável expansão, a Wal-Mart Stores Inc. emergiu do Estado rural do Arkansas nos anos 80 e reformulou a maior economia do mundo. O fundador Sam Walton e seus sucessores ensinaram os americanos a exigir preços cada vez mais baixos. Eles ajudaram a aumentar a produtividade geral dos Estados Unidos, reduziram a taxa de inflação e fortaleceram o poder de compra de milhões de pessoas. Também aceleraram a corrida para transferir a manufatura de produtos para a Ásia, levaram incontáveis pequenas lojas a fechar e aceleraram o declínio do comércio de cidades do interior. As mudanças que o Wal-Mart provocou são permanentes.

(...)

Abertura do Capital

Vale a pena abrir o capital?
Gazeta Mercantil - 03/10/2007

(...) A primeira coisa para se ter em mente antes de cogitar a abertura de capital é que o custo de capital próprio é mais caro que o de dívida. Uma companhia que não possui dívidas dificilmente está fazendo a melhor opção ao procurar o mercado.

Naturalmente, existe um limite para a alavancagem de uma companhia e se a necessidade de capital for muito grande em relação ao tamanho da própria companhia, aí sim, seria importante buscar a abertura de capital. (...)

É praticamente desnecessário dizer, mas, se vai ser feita uma captação de recursos, é preciso ter um plano para utilizar esse dinheiro, ponto que tem sido cada vez mais crítico para os investidores porque muitas empresas que fizeram a operação de abertura de capital continuam com o dinheiro captado em caixa.

Outro ponto relevante para uma companhia pensando em abrir o capital é que suas contas terão que ser aprovadas em auditoria. Claro que isso envolve uma questão de processos e rotinas contábeis, mas isso é relativamente simples de resolver - apesar de consumir bastante tempo e trabalho.

Por outro lado, isso quer dizer que a empresa não poderá mais manter "esqueletos no armário" de qualquer tipo, o que é um grande problema para determinadas companhias médias. Desse modo, todo faturamento da empresa deverá ser devidamente contabilizado, todos os impostos deverão ser pagos religiosamente e não poderá haver pendências trabalhistas ou jurídicas relevantes. Para determinados setores que operam fortemente embasados em caixa dois e evasão fiscal, corrigir esses pontos seria o fim de suas operações ou, no mínimo, uma redução drástica de sua rentabilidade. De um modo ou de outro, essas questões podem inviabilizar ou pelo menos atrasar a operação.

(...) Uma vez aberta, a companhia não é mais uma companhia pertencente ao sócio controlador. Como o próprio nome sugere, ele pode continuar a ser o controlador, até pelo seu expertise, mas não é mais o único dono, ele passa a ter sócios. Uma vez que você tem sócios, não se pode mais administrar a companhia como se fosse uma extensão de sua casa.

Isso quer dizer que decisões de gestão que antes eram tomadas individualmente segundo a lógica do controlador, agora precisam ser submetidas ao escrutínio dos sócios.

Não estamos sequer falando de empresas que mandam o técnico da companhia trocar a lâmpada de casa - esse exemplo mostra uma empresa completamente não profissional e sequer deveria cogitar abrir o capital. Um exemplo que poderia ser considerado legítimo antes da abertura seria o controlador decidir a distribuição de dividendos segundo suas necessidades de caixa. Após a abertura, o critério de distribuição de lucros precisa ficar mais clara e profissional para os demais sócios do que, simplesmente, "quando o controlador precisar de dinheiro". Esse critério de distribuição de lucros tem que estar ligado às necessidades de investimento da companhia aberta, à sua geração própria de caixa, entre outros fatores. (...)

(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4, Márcio Veríssimo)

02 outubro 2007

Links

1. Markowitz e o Homem Econômico

2. Como fazer uma tinta medieval

3. Aquecimento Global

4. O Final de um filme (The End) - Várias opções

5. Fotos da Coréia

Novo Campeão do mundo de xadrez

Terminou no sábado o campeonato mundial de xadrez. Apesar da ausência de Kasparov, agora um político que tenta enfrentar o presidente Putin, do ucraniano Ivanchuk, do bulgário Topolov e da jovem promessa noruguesa Magnus Carlsen, o indiano Anand teve todos os méritos de ficar com o título. Em segundo, o ex-campeão russo Kramnik e o israelense Gelfand. Particularmente gostei mais de acompanhar as partidas de Gelfand, mas o fato é que Anand não perdeu nenhuma partida (e empatado 9 delas, além de 5 vitórias) e teve sorte em algumas partidas. Na nova lista de FIDE, com os ratings dos melhores jogadores atuais, ele também aparece em primeiro, com 2801 pontos. Em segundo, Ivanchuk (2787), depois Kramnik (2785) e Topolov (2769). A primeira mulher continua sendo Polgar, com 2708. As duas maiores promessas do xadrez, Radjabov (2742, 8o. da lista) e Carlsen (2714, 17o.) também estão bem pontuados.

Narcisismo e Salários

Ser um homem narcisista significa mais salário. Uma pesquisa [] mostra que o homem que gasta 10 minutos a mais por dia em atividades narcisistas (barbear, banhar, pentear o cabelo, etc) recebem 6% a mais de salário. É uma comprovação adicional que relaciona a boa aparência com salário. A boa aparência pode afetar salário por várias possíveis razões: clientes preferem fazer negócios com pessoas com boa aparência (estudantes classificam melhor os professores que estão mais produzidos), a boa aparência deixa as pessoas mais confiantes; e a boa aparência apresenta sinais para potenciais empregadores

Legislação societária deverá avançar


Normas Contábeis: parecer deve ser apresentado em duas semanas
Tendências Diário - 01/10/2007

São Paulo, 01 Outubro - O deputado Carlos Willian (PTC-MG), atual relator do projeto de lei que atualiza os procedimentos contábeis aplicáveis às grandes empresas (PL 3.741/2000), deve apresentar à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara o seu parecer sobre a matéria dentro de duas semanas. Caberá ao deputado mineiro apenas se manifestar pela constitucionalidade do texto já aprovado na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio (CDEIC) e na Comissão de Finanças e Tributação (CFT).

O substitutivo aprovado nas duas comissões é apoiado pelo Ministério da Fazenda. A proposta tem dois objetivos centrais: 1) uniformizar as normas contábeis, obrigando as companhias abertas e suas controladas a observarem as normas sobre contabilidade e demonstração financeira praticadas nos principais mercados de valores imobiliários, segundo os prazos e condições de regulamentação expedidos pela CVM; e 2) estender a aplicação da lei às sociedades denominadas de "grande porte", que deverão realizar auditoria independente e também elaborar e publicar demonstrações contábeis seguindo as novas regras.

A proposição foi enviada ao Congresso durante o governo FHC e, no primeiro mandato do presidente Lula, foi incluída pelo Ministério da Fazenda na agenda de reformas microeconômicas do governo. Assim, por não estar envolto em polêmicas e por ser de interesse do governo, o substitutivo deverá ser aprovado e, em seguida, encaminhado diretamente ao Senado, já que tramita em caráter terminativo. (Rodrigo Brandão e Carolina Guerra e Souza)

Normas internacionais em bancos

COLUMNISTA INVITADO: IFRS en la industria bancaria, claridad versus sorpresas
Business News Americas - 01/10/2007

El 31 de diciembre del 2009 es la fecha para que los bancos y entidades de Chile que se transan en los mercados bursátiles comiencen a regirse por las Normas Internacionales de Información Financiera (IFRS, por su sigla en inglés). Se espera que varios otros países latinoamericanos sigan la tendencia en el futuro cercano. Pese a que el impacto real de la conversión dependerá del tipo de negocio realizado y el ambiente económico en el que operan los bancos, la supeditación a las IFRS siempre constituye más que un simple tema contable.

Para un banco, es probable que a partir de la implementación de las normas los principales problemas que surjan sean los detallados a continuación:

Con algunas excepciones, los activos y derivados financieros -salvo los créditos- deben declararse a precio justo. Esto afectará de manera importante las carteras de inversión de los bancos, en especial en los casos en que actualmente se valorizan a un costo amortizado.

Las provisiones por deterioro de los créditos y otros activos financieros se deben calcular mediante el uso de flujos de caja futuros descontados y dependerán no solo de la recuperabilidad del capital crediticio, sino también de los intereses. Será necesario revisar políticas actuales, como la suspensión de intereses, para así cumplir con los requisitos de las IFRS en cuanto a reconocimiento de pérdidas por deterioro.

La mayoría de las comisiones y costos directos recibidos a los que se echa mano al momento de otorgar un crédito deben incluirse en la medición inicial del crédito y amortizarse durante la vigencia del préstamo de acuerdo con los retornos efectivos de este. Esto tendrá como consecuencia impactos importantes, donde los bancos tendrán que reconocer las comisiones y costos por anticipado.

La normativa IAS 39 introduce el concepto de un "derivado implícito" que debe ser separado del contrato huésped y declarado a precio justo. Los bancos tendrán que replantear sus carteras de activos y pasivos, además de comprometerse a asegurar la identificación de todos los derivados, incluidos los implícitos.

Los requisitos para consolidar entidades grupales responden a una revisión más económica que formal en virtud de las IFRS. Los bancos deberán revisar, por ejemplo, sus vehículos de propósito especial, a fin de determinar si deben incluirse en los estados financieros consolidados. Además, las nuevas regulaciones contables internacionales no permiten la amortización de plusvalía mercantil en el tiempo. En cambio, la plusvalía mercantil estará sujeta a una prueba de deterioro al menos una vez al año.

La normativa IAS 17 también introduce una visión más económica que legal con respecto a los contratos de leasing. Los bancos tendrán que reexaminar sus transacciones de leasing y modelos de negocios como una forma de determinar el cumplimiento de las IFRS en cuanto a las finanzas y los contratos de leasing operacional.

La adopción de las IFRS también exigirá nuevos requisitos de divulgación de información. En general, estos serán más amplios que las reglas actuales, y la mayoría de los bancos descubrirá que existe una cantidad importante de información nueva que puede recogerse en casi todas las áreas de negocios bancarios. En principio, las IFRS requieren la aplicación de todas las nuevas normas de manera retrospectiva al momento de presentación de los primeros informes de resultados, como si todos los activos y pasivos hubiesen sido considerados de acuerdo con las IFRS desde la fecha de su primer reconocimiento contable.

Existen varias excepciones y exenciones en cuanto a la entrega de informes retrospectivos. Especialmente son las exenciones, por ejemplo la relacionada con las combinaciones de negocios, las que merecen atención especial, ya que los efectos de la contabilidad opcional ofrecida pueden afectar de manera importante las utilidades y pérdidas, y las cuentas patrimoniales.

Todos estos cambios requerirán esfuerzos considerables de parte de los empleados bancarios. Se deberán comprender las nuevas políticas contables, modificar los paquetes de informes de consolidación y corregir los manuales internos. La administración superior debe participar del proceso de conversión desde el comienzo y comprender cabalmente las razones del cambio en las ganancias del banco.

La implementación de las IFRS afectará muchas estructuras financieras y medidas tendientes a reducir el riesgo desarrolladas por el alto mando de los bancos. Con frecuencia será necesario adaptar las políticas y procedimientos de administración de riesgos, para así poder aplicar procedimientos contables de cobertura y reducir la volatilidad de las ganancias.

La adopción de las IFRS es más que solo un cambio contable, y tiene un costo alto. Se requerirán cambios en los sistemas, y la consideración anticipada de los requisitos de estas normas permitirá que ellas se incorporen a cualquier mejoramiento o cambio planificado de sistemas, tanto en los sistemas de origen como en los de consolidación.

Es probable que la incapacidad de comprender globalmente los efectos de la adopción de las IFRS en la entrega de informes y los procesos contables tenga como consecuencia sorpresas inesperadas y mayores riesgos, debido a las demoras en la adaptación de los procesos subyacentes, libros mayores auxiliares y sistemas de respaldo.

Por Georg Rönnberg, socio, KPMG International.


Grifo meu

Hábito de fumar



Na figura, o percentual de homens e mulheres que fumam em cada país. O destaque é para os países asiáticos, onde o hábito de fumar ainda é forteFonte: The Economist, 22/09/2007, p. 56

01 outubro 2007

Rir é o melhor remédio


Celebridade declara que aprende com seus erros. Ela tem filho único. Fonte: Aqui

Imigração: bom ou ruim

Na discussão sobre as vantagens e desvantagens da imigração, um estudo de caso realizado em Cabo Verde mostra que sua economia tem um desempenho melhor do que outras da África devido a existência de capital humano e o seu aproveitamento na economia local.

Risco no mundo atual

Um gráfico feito pelo FMI mostra o risco mundial do sistema financeiro em relação a abril de 2007. Observa-se um crescimento do risco de crédito, enquanto o apetite por risco é menor. Um exemplo de uma figura que informa muito mais do que as palavras.

Links

1) Índice de talento global

2) Mapa dos blogs de economia

3) Álcool, em quantidade moderada, é bom para memória

4) Outra enciclopédia

5) E outra também

6) Outra de matemática

7) Fotos de uma propaganda da Veja

8) Indenização da Varig

Dicionário

Notícia da Reuters informa que mais de 16 mil palavras do Oxford Dictionary perderam o hifém em razão da internet. Agora, ice-cream é ice cream

Mercado

Mark Carhart era um professor de finanças da University of Southern California, aluno de Eugene Fama, o fundador da teoria do mercado eficiente. (A teoria do mercado eficiente diz que os investidores não podem ganhar consistentemente do mercado). Ele fez uma análise de 1.892 fundos, que foi publicado no Journal of Finance. Depois disto, foi contratado para trabalhar num fundo, que obteve um retorno de 21% em dez anos. Em 2006 o fundo perdeu 9% em razão de apostas no ien e no dólar australiano.

Fonte: Aqui

As pessoas mais importantes no ...

A revista Business Week escolheu as 100 pessoas mais importantes na área dos esportes. Naturalmente, um excesso de pessoas na área de futebol americano, beisebol, Nascar e basquete. Fora isso, alguns destaques:

73. Maria Sharapova (Tenis)
53. Bernie Ecclestone (F1)
35. Lance Armstrong (Ciclista)
30. Roger Federe (Tênis)
29. Blatter (FIFA)
17. David Beckham

Créditos de carbono

Empresa de ecologia vale US$ 1 bi
Marianna Aragão
O Estado de São Paulo - 24/9/2007

A luta contra o aquecimento global abriu um novo campo de trabalho e negócios mundo afora. Meio empreendedores, meio ambientalistas, os pioneiros que apostaram há tempos em negócios verdes - comércio de carbono, energias renováveis e tecnologias limpas - hoje colhem os frutos milionários dessa decisão.

Ninguém retrata tão bem esse universo como o engenheiro agrônomo Pedro Moura Costa, que organizou na semana passada o Rio+15, encontro internacional para discutir as realizações na área ambiental 15 anos depois da Eco 92. Apaixonado por guitarra e blues, o carioca Costa deixou há 20 anos a rotina de praia e estudos no Rio para correr mundo e se dedicar a questões ambientais.

Radicado em Londres, Costa criou há dez anos a Ecosecurities, empresa especializada em desenvolver projetos de créditos de carbono - um bônus concedido a quem reduz as emissões e que pode ser vendido para empresas poluidoras, seguindo as regras do Protocolo de Kyoto. Hoje, a Ecosecurities é a maior empresa de créditos de carbono do mundo e vale mais de US$ 1 bilhão na Bolsa de Londres. Costa já vendeu parte de suas ações e ainda tem 10% da companhia. Ele prefere não falar sobre o quanto lucrou. "Mais que qualquer coisa, sou um ecoempreendedor'", responde. Costa começou a atuar no ramo por ser apaixonado por questões ambientais e acabou abrindo um novo mercado. Depois de um período de estudos na Inglaterra, no final dos anos 80, morou cinco anos na Malásia, onde desenvolveu o primeiro Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) - antes chamado de projeto de seqüestro de carbono - para uma empresa florestal.

O sucesso da experiência estimulou a abertura da Ecosecurities, sete anos depois. "Com dois projetos grandes em cima da mesa, vi que havia chegado a hora", conta. Ele abriu a empresa em sua casa, em Oxford, na Inglaterra, ao lado da esposa Ruth, inglesa que conheceu na temporada na Malásia. "O Pedro jogava nas 11 posições: fazia a visão estratégica, o desenvolvimento científico e a parte comercial da empresa", conta Maurício, o irmão caçula de Costa.

O ano decisivo para a Ecosecurities foi 2005, quando as ações da empresa passaram a ser negociadas na Bolsa de Londres. Foi o ano também em que entrou em vigor o Protocolo de Kyoto, estimulando a criação de projetos ambientais pelos 140 países signatários e inflando a carteira de clientes da consultoria, que prepara e acompanha a execução dos projetos que reduzem a emissão de gases do efeito estufa.

Do escritório em Oxford, Pedro administra cerca de 3 bilhões em créditos de carbono. Nas mãos dele estão 422 projetos - o dobro do portfólio de sua maior concorrente, a irlandesa Agcert International. A Ecosecurities tem uma equipe de 250 pessoas em 28 escritórios ao redor do mundo.

"O Pedro é um carioca tranqüilo, mas teimoso. Se não fosse assim, não conseguiria ter feito o que fez", diz Tasso Azevedo, diretor do Serviço Florestal Brasileiro, do Ministério do Meio Ambiente. Ele conheceu Costa a bordo de um barco no rio Tapajós, há 12 anos, quando o carioca ainda trabalhava como consultor independente.

Bovespa

Em outubro de 1843, o então Governo Imperial instituía a primeira regulamentação da atividade de corretores no País, no intuito de concentrar e organizar a arrecadação de impostos. Mas o marco inicial para a criação da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, a primeira Bolsa do Brasil, foi o Decreto Lei nº 417, assinado por D.Pedro II em 14 de junho de 1945. Depois disso, outras Bolsas se estabeleceram no País até a concentração em apenas uma, a Bolsa de Valores de São Paulo, em 2002.

Fundada em 23 de agosto de 1890, a Bovespa tem história de serviços prestados ao mercado de capitais e à economia brasileira. É atualmente o maior centro de negociação de ações da América Latina e possui escritórios em cinco capitais, além de sua sede, no centro histórico da cidade de São Paulo. Em vias de tornar-se uma empresa de capital aberto, a Bovespa, que passará a se chamar Bovespa Holding, carimba o passaporte do mercado acionário brasileiro ao profissionalismo exigido pela globalização. (...)


A rica história das bolsas
ANA PAULA CARDOSO
Jornal do Commércio do Rio de Janeiro - 01/10/2007

Crise começa a aparecer nas demonstrações contábeis

(...) Citando fontes familiarizadas com o assunto, o Financial Times disse que o UBS deve anunciar perdas em seu portfólio de investimentos em renda fixa de mais de 3 bilhões de francos suíços, o equivalente a US$ 2,6 bilhões. Essas baixas em sua contabilidade devem levar o banco a apresentar um prejuízo no terceiro trimestre de pelo menos 600 milhões de francos suíços, ou US$ 516 milhões.

(...) As perdas do banco ocorreram depois que o UBS resolveu abater a cotação de seus títulos de renda fixa, adotando uma posição conservadora, disse o Wall Street Journal, citando uma fonte próxima ao banco.

As perdas, que ultrapassaram de longe as de outros bancos, devem provocar a saída de Huw Jenkins, que comandava o banco de investimentos do UBS, informou o Financial Times em seu site ontem à noite. Meses antes, o banco demitiu seu principal executivo, Peter Wuffli, em meio à insatisfação sobre a maneira como conduziu a área de fundos hedge, a Dillon Read Capital Management.

(...) A crise no mercado de hipotecas subprime nos EUA, iniciada por uma série de calotes em empréstimos de risco, criou um aperto nos mercados de crédito em escala internacional. Apesar dos sinais recentes de que o aperto de crédito está melhorando, alguns bancos continuam a dizer que estão lutando para conseguir dinheiro nos mercados de empréstimo de atacado. REUTERS


O banco suíço UBS deve anunciar hoje que teve perdas de bilhões de dólares em...
O Estado de São Paulo - 01/10/2007

30 setembro 2007

Simples e o planejamento tributário

Simples Nacional multiplica' empresas
Companhias usam laranjas para se dividirem e pagarem menos impostos
Adriana Fernandes BRASÍLIA
O Estado de São Paulo - 30/09/2007

Laranjas são usados como sócios por empresas com faturamento acima de R$ 2,4 milhões que se dividem para caber no Simples. Se for pego, além do processo criminal, o empresário será multado em 150% do imposto devido

O proprietário de uma empresa do Simples abre outra com o uso de laranja e repassa parte das operações da primeira

O empresário abre segunda empresa fora do regime, com declaração pelo lucro presumido, para repassar o crédito do ICMS. Muitos fornecedores do setor comercial e industrial não podem transferir crédito do ICMS para grandes clientes, que estão fora do Simples. Esses clientes estão cobrando um deságio pela falta do crédito ou exigindo que elas saiam do Simples. A segunda empresa resolve o problema. A operação pode estar dentro da lei, se forem observadas as restrições aos sócios

Fiscalização para identificação de fraudes agora tende a aumentar

O Simples Nacional - ou Super-Simples - está provocando o "milagre" da multiplicação das empresas no País. Muitos empresários estão abrindo novas empresas para encaixarem seus negócios no novo regime de tributação simplificada, que permite o pagamento dos impostos federais, estaduais e municipais com redução da carga tributária e de forma mais simplificada.

O fenômeno já era conhecido no antigo Simples Federal, mas a prática ganhou ainda mais espaço com a entrada em vigor, em julho passado, do Super-Simples, que alcança as empresas com receita bruta de até R$ 2,4 milhões por ano. A legislação proíbe que as empresas resultantes de cisão (desmembramento e divisão) ocorrida nos últimos cinco anos ingressem no Simples Nacional. A restrição foi incluída na lei para evitar que as empresas com faturamento acima de R$ 2,4 milhões se subdividem para se "encaixarem" nos limites de receita bruta e, com isso, pagarem menos impostos. Mas é comum o empresário abrir uma segunda empresa em nome de um laranja, geralmente um parente próximo, fazendo um contrato de gaveta.

A Receita Federal afirma que está atenta ao problema e que tem condições de descobrir a fraude com o uso de laranjas por meio de cruzamentos de dados. "Essa prática não é novidade. A Receita já descobria essas situações e autuava, e continuará atenta", avisa o secretário-adjunto da Receita, Carlos Alberto Barreto. Segundo Barreto, se na operação de divisão da companhia o empresário vende uma das unidades para uma terceira pessoa, não há problemas. "Mas, se o empresário coloca um laranja e faz um contrato de gaveta, esse negócio não tem propósito real, negocial. A finalidade é simplesmente burlar o fisco. Nesse caso, se for detectada a fraude, a empresa será autuada", adverte o secretário-adjunto. A multa prevista para esses casos é de 150% do imposto devido. Além disso, o fraudador terá de responder pelo crime de sonegação na Justiça. Barreto lembra que uma grande rede de pizzarias foi autuada pela Receita Federal por ter dividido a empresa em várias outras em nome de laranjas. O mesmo aconteceu também com uma fábrica de sapatos, lembra. Para o secretário-executivo substituto do Comitê Gestor do Simples Nacional, Paulo Alexandre Ribeiro, a fiscalização no novo sistema tende a aumentar para a identificação das fraudes. Isso porque, no antigo Simples Federal, somente a Receita Federal tinha competência para efetuar a fiscalização das micro e pequenas empresas.

Já no Super-Simples, a competência, além da Receita, também passou a ser das secretarias de Fazenda dos Estados e municípios. "Na hipótese, de uma empresa efetuar um desmembramento visando à opção pelo Simples Nacional, a chance de ela ser apanhada numa fiscalização aumenta consideravelmente. E, se isso acontecer, ela será excluída do regime de forma retroativa", diz Ribeiro.

CRÉDITO DE ICMS

O gerente da Unidade de Políticas Públicas do Sebrae, Bruno Quick, acredita que a falta da transferência do crédito do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no Super-Simples deve estar levando muitos empresários do setor industrial a abrirem uma outra empresa com declaração do Imposto de Renda pelo lucro presumido.

Essa prática é feita, segundo ele, porque muitas empresas fornecedoras não podem transferir o crédito do ICMS para os seus grandes clientes, que estão fora do Super-Simples. Como conseqüência, esses clientes estão cobrando um deságio (redução do preço) pela falta do crédito ou exigindo que elas saiam do Simples. Segundo Quick, para resolver o problema, o empresário abre uma segunda empresa pelo lucro presumido para poder repassar o crédito do ICMS. "O empresário fica entre a cruz e caldeirinha", diz ele. Ele ressalta que, apesar de a operação ser legal, a situação é grave justamente por essa exigência, em alguns casos, de que as empresas saiam do Simples. Responsável pela implementação do antigo Simples Federal, o ex-secretário da Receita Federal, Everardo Maciel, classifica o fenômeno de multiplicação de empresas como "nanismo tributário". "O empresário quer ser anão. Não quer crescer", diz. Para Maciel, essa prática fraudulenta é de natureza equivalente à omissão de receitas.

Segundo Maciel, que é hoje consultor tributário, a parte do texto da Lei Complementar 123 - que criou o Simples Nacional - que trata das restrições às divisões de empresas não é boa, porque tem algumas "desinformações".

29 setembro 2007

Correlação espúria

Correlação espúria é o nome que se dá para a existência de relação estatística entre duas ou mais variáveis, mas sem significado teórico. Por este motivo é comum afirmar que a correlação não significa causação.

Uma notícia interessante aqui afirma que a melhor medida de correlação com o índice da bolsa de valores norte-americana (SP 500) é a produção de manteiga em Bangladesh. Este é um exemplo de correlação espúria.

28 setembro 2007

Rir é o melhor remédio



Fonte: Slate

Links

1. Pierluigi Collina é considerado uma homem sexy na Itália

2. Manobra contábil no Corinthians

3. Um campeonato de futebol diferente na Argentina

4. O que uma cirurgia plástica pode fazer numa celebridade

Salário de professor



Outra figura do The Economist: agora salário de professores.

Teaching in Turkey and South Korea has a very high status, with earnings more than double the average income per head. In Germany and Japan teachers are high up the pay scale, but they are somewhat less valued in Italy, France and America.

Corrupção: Como estamos?

Mais um ranking de corrupção da Transparency International. O Corruption Perceptions Index é um índice muito respeitado e novamente traz os países mais ricos como sendo os menos corruptos. Fonte: The Economist

A revolução da Internet

Mais um exemplo do poder da internet. Diversos sítios (aqui, aqui e aqui, por exemplo) publicaram a foto, tirada de satélite, de um prédio do governo norte-americano que possui um formato arquitetônico interessante:



Não entendeu? Clique aqui

Ainda sobre a contabilidade de políticos

O New York Times (28/09/2007, Mexico's Former President Is Under Investigation on Allegations of Financial Abuse, James McKinley Jr) traz uma reportagem sobre a contabilidade de um político, no caso, o ex-presidente do México, Vicente Fox.

O foco é a casa de Fox, que possui piscina, lago artificial, jardins suntuosos, entre outras mordomias. O Congresso mexicano começou uma investigação das finanças pessoais do ex-presidente após a eleição e a relação com a reforma na sua residência.

Fox afirma, segundo o jornal, que cada peso gasto na residência tem origem legal. O México tem um histórico de ex-presidentes que obtiveram uma imensa fortuna quando ocuparam os seus cargos. Mas o caso de Fox é interessante pois foi o primeiro presidente de oposição que governou o México em 71 anos de domínio do PRI.

Contabilidade do ex-primeiro ministro do Japão

Algumas pessoas estranham quando falamos da possibilidade de cada indíviduo fazer a "sua" contabilidade. Uma notícia da Agencia EFE mostra a questão contábil do ex-primeiro ministro do Japão:

Detectan irregularidades en los libros contables del ex primer ministro Abe
Agencia EFE - Servicio General - 28/09/2007

Tokio, 28 sep (EFE).- Los informes contables del año 2006 del ex primer ministro nipón Shinzo Abe y de otros parlamentarios del gubernamental Partido Liberal Demócrata (PLD) contienen irregularidades, según informa hoy la agencia local Kyodo.

En concreto, el informe contable del año pasado del capítulo del PLD en el distrito electoral 17 de Tokio da cuenta de un donativo de 200.000 yenes (1.740 dólares) proveniente del grupo gestor del fondo de Shinzo Abe, pero esa misma partida no aparece registrada en las cuentas de este grupo.

(...) Así, el grupo gestor del fondo del anterior adjunto al ministro portavoz, Hakubun Shimomura, declaró en sus cuentas haber recibido 1,5 millones de yenes (13.045 dólares) de una organización política perteneciente a una facción del PLD leal al actual ministro portavoz, Nobutaka Machimura, pero esta organización registró en sus cuentas una donación de tan sólo un millón de yenes (8.700 dólares).

A este respecto, sin embargo, se pronunció el grupo gestor, que aseguró que la diferencia entre ambas cantidades corresponde a un préstamo de Hakubun Shimomura que se sumó por error a la donación general de la organización política que lidera este político.

El grupo añadió además que ya había mandado la pertinente corrección al Comité Gestor Electoral de Tokio, un organismo encargado de la supervisión contable de los partidos políticos.

Asimismo, otro grupo político ligado a Hakubun Shimomura indicaba en su informe contable una donación de 30.000 yenes (260 dólares) al capítulo del PLD en el distrito electoral 11 de Tokio, mientras que este segundo organismo no incluía la cantidad correspondiente entre las ayudas recibidas.

Los implicados aseguraron que este error contable también ya ha sido subsanado.

Por su parte, el capítulo del PLD en el distrito electoral 15 de Tokio, encabezado por Ben Kimura, un viceministro del ministro portavoz, detallaba en sus libros de contabilidad una donación de 2,7 millones de yenes (23.480 dólares) a otro capítulo del PLD en Tokio liderado por Kimura, que sólo reflejaba en su informe la recepción de 2,4 millones de yenes (20.870 dólares).

Shinzo Abe dimitió el pasado 12 de septiembre tras menos de un año al frente del gobierno, después haber perdido el apoyo de gran parte de su partido y de la opinión pública.

La imagen del gabinete del ex primer ministro se vio dañada en repetidas ocasiones por la publicación de presuntos casos de corrupción de sus miembros.


Note o poder do método das partidas dobradas: o registro de um lado não corresponde ao registro de outro.

Ainda o Corinthians

R$ 1 milhão em notas frias
Duas empresas de contabilidade teriam recebido a quantia por serviços nunca prestados
Martín Fernandez
O Estado de São Paulo - 28/09/2007

O rombo deixado pela administração de Alberto Dualib nas contas do Corinthians é maior do que se pressupunha. Segundo o Estado apurou, duas empresas de contabilidade teriam recebido quase R$ 1 milhão por serviços nunca prestados. Há suspeitas sobre o destino de outros R$ 900 mil.

Uma delas é a NBL, alvo de investigação por parte do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco). No dia 4 de setembro, o Gaeco e a Polícia Civil apreenderam computadores e notas frias no valor de R$ 436 mil.

Outro inquérito policial mostra que a empresa Goodwill Consultoria Empresarial emitiu 39 notas fiscais, entre 2 de janeiro de 2003 e 13 de dezembro de 2005, no valor de R$ 15 mil cada uma. Total: R$ 535 mil.

De acordo com perícia fiscal e contábil a que o Estado teve acesso, não existem contratos entre o Corinthians e essas empresas. "Nem comprovantes da efetiva realização dos serviços cobrados em 2003, 2004 e 2005", mostra o documento. O desvio de dinheiro já ocorria antes da parceria com a MSI, que começou em novembro de 2004. A sangria dos cofres corintianos - pelo menos por meio de notas frias - foi estancada em 2005, quando as empresas pararam de receber.

Os principais beneficiados pelo esquema, segundo as investigações, eram o ex-presidente Alberto Dualib, o ex-vice presidente Nesi Curi e o ex-vice-presidente de finanças Carlos Roberto de Mello, apontado como sócio-proprietário da Goodwill.

Esta foi a primeira empresa a receber dinheiro do clube nesse esquema. A primeira nota fiscal data de 2 de janeiro de 2003. A última é de 13 de dezembro de 2005. Todas por supostos serviços de "assessoria e consultoria".

As investigações mostram que a NBL Consultoria começou a faturar em 22 de outubro de 2003. Até setembro de 2005, foram quatro notas mensais, em média, por "serviços de revisão contábil", de valores que variavam entre R$ 1,5 mil e R$ 9 mil.

Além das investigações do Ministério Público e da Polícia Civil, o Corinthians é motivo de ações na Justiça Federal, por conta da parceria com a MSI - que ainda não foi encerrada judicialmente.

O advogado José Luiz Toloza, que defende Dualib e Nesi Curi apenas na esfera federal (acusações de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha), informou que os dois não dariam entrevistas. Ainda não foi definido quem os defenderá das acusações por conta das notas frias.

O ex-vice presidente de Finanças Carlos Roberto de Mello não foi localizado para falar sobre o assunto. Sua mulher informou apenas que "ele não está mais no Corinthians há anos" e que "só voltaria para casa muito tarde".

CONTRATO VERBAL

O proprietário da NBL, Juraci Benedito, não quis dar entrevistas. O advogado dele, Ubirajara Mangini Pereira, confirmou que não existe contrato entre o Corinthians e a empresa. Mas declarou que os serviços cobrados foram, sim, executados pela NBL. "Havia um contrato verbal. E as notas fiscais provam que o trabalho foi feito", alegou. "O serviço foi interrompido porque deu problema com o pessoal da MSI. Entraram outros dirigentes, trocou o comando." Pelo menos outras duas empresas são suspeitas de fazerem parte do mesmo esquema.

27 setembro 2007

Politicamente incorreto


Fonte: Aqui

A nova Estrutura Conceitual Básica

Em outubro de 2005 foi criado o Comitê de Pronunciamentos Contábeis, CPC, através de uma resolução do Conselho Federal de Contabilidade (Resolução 1.055/05).

O surgimento do CPC deve ser visto como conseqüência de uma serie de mudanças que ocorreu na economia brasileira nos quinze anos antecedentes, em particular a abertura para o mercado externo.

O CPC é composto por representantes da Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca), da Associação Nacional dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec), da Bovespa, do Conselho Federal de Contabilidade, do Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon) e da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi). Além desses membros, participam, como convidados, o Banco Central do Brasil, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Secretaria da Receita Federal (SRF) e a Superintendência dos Seguros Privados (Susep), além de outras entidades ou especialistas convidados.

A criação do CPC ocorreu em função da necessidade de:

a. Promover a convergência internacional das normas contábeis, que implicaria numa redução no custo da contabilidade e na redução do risco;
b. Centralizar da emissão de normas contábeis; e
c. Ter uma representação e processos democráticos na emissão das informações.

Para isso, o CPC pode emitir pronunciamentos técnicos, orientações e interpretações.

Em termos de estrutura, o CPC possui quatro coordenadorias: de operações, de relações institucionais, de relações internacionais e técnica. Essa última coordenadoria será responsável pela elaboração dos pronunciamentos técnicos, interpretações e orientações, que é realizada em sete fases:

1ª. Fase – Elaboração da Minuta Inicial – M1 – A minuta será feita por um relator, com a participação da coordenadoria técnica, que será examinada pelo grupo de trabalho;
2ª. Fase – Análise da Minuta inicial (M1) pelo Grupo de Trabalho – Análise individual feita por diversos membros do Grupo de Trabalho, que enviarão sugestões. O resultado dessa fase conduz a uma segunda minuta (M2)
3ª. Fase – Análise da Minuta M2 pelo CPC – Análise critica do CPC que irá conduzir a uma terceira minuta (M3)
4ª. Fase – Análise da Minuta M3 por órgão regulador específico, convidado a opinar e participar. Ao final tem-se uma quarta minuta (M4)
5ª. Fase – Audiência Pública – A minuta M4 será levada a apreciação da comunidade, mediante audiência pública no sítio do CPC.
6ª. Fase – Revisão Final da Minuta M4 – Após o exame das sugestões colhidas na audiência pública o projeto é aprovado pelo CPC, resultando na minuta M5
7ª. Fase – Apreciação Final do CPC, podendo ser aprovada, com ou sem alterações, ou rejeitada.

Em meados de 2007 o CPC, em conjunto com a CVM, submeteu para audiência pública a Estrutura Conceitual para Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis. Esta estrutura está baseada num texto similar do Iasb, substituindo a Estrutura do Ibracon, previamente aprovada e discutida neste capítulo. Apesar de a proposta afirmar que não existe diferença, na essência, do pronunciamento anterior, as mudanças são realmente significativas.

Em lugar dos postulados, princípios e convenções, a Estrutura do CPC/CVM apresenta os pressupostos básicos, que são os seguintes:

a) Regime de Competência – as demonstrações contábeis devem ser preparadas conforme o regime contábil de competência. Com o regime de competência, os usuários passam a ter informação não somente sobre transações passadas, mas também sobre obrigações de pagamento no futuro e recursos que serão recebidos no futuro, sendo mais úteis para o usuário.

b) Continuidade – O pressuposto das demonstrações contábeis é que a entidade está em marcha e continuará em operação num futuro previsível. Caso a entidade esteja em liquidação, com previsão de redução substancial da escala de operação, a base das demonstrações muda, devendo ser divulgada.

As informações contábeis devem apresentar características qualitativas, que são atributos que fazem com que a contabilidade seja útil para o usuário. São quatro características;

i. Compreensibilidade – as demonstrações contábeis devem ser prontamente entendidas pelos usuários que possuam um conhecimento razoável dos negócios, das atividades econômicas e da contabilidade, além de ter disposição para estudar as informações com diligência. Isto não significa que assuntos complexos, de difícil entendimento, devam ser excluídos.

ii. Relevância – As informações são relevantes quando influenciam as decisões econômicas dos usuários (do passado, presente e futuro), confirmando ou corrigindo as avaliações anteriores. A relevância das informações é afetada pela natureza e materialidade. Uma informação é considerada material quando sua omissão ou distorção influencia as decisões econômicas dos usuários.

iii. Confiabilidade – A informação deve ser confiável, o que significa estar livre de erros ou vieses relevantes. Uma informação pode ser relevante, mas não confiável, quando o reconhecimento distorcer as demonstrações contábeis. Em situações onde o impacto financeiro de uma transação é muito incerto, não é apropriado o reconhecimento, como é o caso do goodwill. A confiabilidade significa a representação com propriedade dos eventos, a prioridade da essência sobre a forma, a neutralidade, a integridade e a prudência.

iv. Comparabilidade – uma das características qualitativas é a possibilidade dos usuários compararem as demonstrações contábeis ao longo do tempo e entre diferentes entidades. Isto significa que transações semelhantes devem ser reconhecidas de forma semelhante pela entidade ao longo do tempo e por diversas entidades diferentes.

A estrutura conceitual apresenta duas limitações importantes na relevância e na confiabilidade das informações:

i. Tempestividade – A demora na divulgação das informações pode significar a perda de relevância. Entretanto, em muitas situações, a rapidez na divulgação das informações pode comprometer a confiabilidade. A estrutura conceitual estabelece que o equilíbrio entre relevância e confiabilidade deva ser dado pelo processo decisório dos usuários. Uma vez que a identificação das necessidades dos usuários é muito difícil na prática, o critério é o julgamento da administração da empresa.

ii. Equilíbrio entre Custo e Benefício – Uma informação deve obter um benefício superior ao custo de sua obtenção. A estrutura conceitual reconhece que isto é um exercício de julgamento. Além disto, enquanto os benefícios são usufruídos pelos usuários, os custos são arcados pela entidade.

(Em colaboração com o prof. Jorge Katsumi Niyama)

22 setembro 2007

Enanpad

Mais um Enanpad. De domingo até quarta estarei no Rio de Janeiro como coordenador da área de Contabilidade do Enanpad. Voltarei a postar na quinta-feira.

21 setembro 2007



Mistakes are an essential part of education.

ertrand Russell, Bdritish philosopher


Erros são essenciais na edução - ertrand Russel, Filósofo imglês

Gol

A notícia que a Gol planeja comprar ações da empresa e posteriormente fechar o capital foi objeto de análise de especialistas. Destaco aqui a visão de dois destes. Travis Johnson inicia sua análise destacando a questão de uma empresa familiar e os problemas que isto significa. Analisa também as causas da queda do preço da ação da empresa (desastre do avião da TAM, restrições ao tráfico aéreo no Brasil e, principalmente, o problema da infraestrutura dos aeroportos). O preço da ação estaria abaixo do seu valor real.

Outro artigo, de Mark Turner destaca o azar da empresa nos últimos doze meses.

Abaixo, o gráfico com o comportamento das ações nos últimos meses.

Links

1. Desaparecimento de línguas no mundo

2. Viés - Talvez o problema seja seu se você não gosta de Timberlake

3. Neuroeconomia e conselhos para investimento: comentário

Fotografia



A fotografia mostra um militar, Karl Höcker, e suas assistentes num momento de descanso. A questão é que a foto foi tirada em Auschwitz, campo de concentração dos nazistas.

Clique aqui e aqui para ler mais

Poder do Varejo

Saraiva quer "enxoval" para lojas e divide opiniões
Valor Econômico - 21/09/2007

O novo contrato que a livraria Saraiva enviou aos fornecedores nos últimos dois meses divide opiniões no mercado editorial. (...) O acordo, ao qual o Valor teve acesso, prevê a adoção de práticas conhecidas em outros segmentos do varejo, como, por exemplo, o "enxoval", bastante comum nos supermercados. A prática chama-se assim porque obriga o fornecedor a "presentear" todo ou parte do estoque de uma nova loja. No caso da Saraiva, a empresa pede às editoras um "enxoval" de dois exemplares de cada título de livro que será exposto nas lojas a serem inauguradas.

A varejista exige ainda que cada fornecedor contribua com R$ 10 mil para a abertura de um ponto-de-venda - R$ 5 mil como "verba de abertura" e outros R$ 5 mil como "verba de marketing".

(...) No mercado editorial, o "enxoval" não é algo ainda muito comum. O mais usado é o sistema de consignação - o fornecedor só recebe por um produto após ele ser vendido. (...)

"Até" Contabilidade

No Valor Econômico (Algar investe na preparação de herdeiros, 21/09/2007)

Entre as atividades que desenvolve estão visitas às empresas, aulas teóricas sobre temas como marketing e até contabilidade

Gatinho provoca demissão na BBC

BBC demite produtor que mudou voto sobre gatinho
Folha de São Paulo 21/09/2007

DA REDAÇÃO

A BBC, emissora pública britânica, anunciou ontem ter demitido o produtor de uma de suas principais séries infantis de TV, por ter acobertado a fraude na votação para a escolha do nome de um gatinho que seria o mascote do programa.

As crianças que participaram da votação, por telefone ou pela internet, decidiram em sua maioria que o gatinho do programa "Blue Peter" deveria se chamar Cookie (biscoito).

Mas a produção, com a cumplicidade de Richard Marson, o produtor afastado, mudou o resultado por acreditar que o nome mais conveniente seria Socks (meia curta), o segundo mais votado e também o nome do gato do ex-presidente americano Bill Clinton, nos anos de Casa Branca (1993-2001).

A votação e a fraude ocorreram em janeiro de 2006. Uma auditoria sigilosa foi concluída apenas recentemente, e seu resultado, ontem revelado.

(...) Os jornais "The Guardian" e "Daily Telegraph", além do próprio site da BBC, informam que essa e outras irregularidades deverão provocar a demissão imediata de ao menos 25 funcionários da emissora

(...) Segundo a Reuters, há três outros esqueletos no armário de problemas. Um deles atinge programa do canal BBC 6 Music, em que a produção do radialista Tom Robinson inventou o nome do ouvinte que ganhou ingresso para a um show.

Em seguida, a produção da DJ Clare McDonnell também inventou o nome de um ganhador, porque todos os ouvintes que haviam concorrido, em número pequeno, já haviam sido contemplados anteriormente.

Por fim, na rede asiática da BBC, a produção não levou em conta um concurso para a escolha de um ator de Bollywood (centro de produção de filmes da Índia), porque este não estava disponível para entrevistas.

Paralelamente, foi demitida a produtora Leona McCambridge, do programa musical Liz Kershaw, que simulava ser uma transmissão ao vivo quando, em verdade, a produção era gravada com antecedência.

A direção da BBC determinou a criação de um curso de treinamento sobre seus princípios deontológicos, que deverão ser freqüentados já a partir de novembro por 16.500 funcionários da produção.

Com agências internacionais

20 setembro 2007

Rir é o melhor remédio

Dicas de matemática

Um endereço apresenta uma lista de dicas de matemática, para fazer cálculos rápidos. A primeira dica é multiplicação por 11

1. Multiplicação por 11

Quando você quiser multiplicar um número de dois dígitos por 11, insira um espaço entre os números:

52 x 11
5 _ 2

No espaço, coloque a soma dos dois números

5 (5+2) 2

A resposta de 5+2 = 7

O resultado de 52x11 = 572

Caso o número apresente um resultado acima de 9 basta acrescentar um no primeiro dígito. Por exemplo:

99 x 11
9 _ 9 x 11
9 (9+9) 9
(9+1) 8 9

1089 é a resposta

Valor justo

A questão da adoção do valor justo na contabilidade, em lugar do custo histórico, ainda desperta polêmica. Em "What do users really want from 'fair value' accounting?", Jennifer Hughes, do Financial Times de setembro de 2007, afirma:

O problema é que o valor justo não é simples. SFAS 157 é baseado da “no preço de saída”: o preço que um terceiro pagaria por um ativo ou por um passivo. Isto cria problemas quando não existe mercados disponíveis. Por exemplo, uma companhia que vende garantia dos seus produtos; na teoria do preço de saída teria que considerar as garantias no preço que alguém pagaria por elas - mas não existe nenhum mercado para esta e, além disso, um terceiro provávelmente iria exigir um prêmio sobre o custo caso existisse.

Um outro exemplo é dívida. Se o rating de crédito de uma companhia caíssem, por exemplo de um valor inicial de 100 para 80, que seria o preço de mercado [a diferença seria resultado]. Mas a companhia é ainda responsável para os 100 que tomou emprestado. (...)

Produtos made in USA

Este endereço fez uma lista de 22 produtos que são feitos nos Estados Unidos, após muito esforço. É a globalização.

Definição de termos contábeis

É importante salientar que até a publicação da Estrutura Conceitual para Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis pelo CPC e CVM não existia uma definição nas normas brasileiras. Esta estrutura propôs uma definição muito similar a do Iasb. Por exemplo, a Estrutura definie ativo como "um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que resultem futuros benefícios econômicos para a entidade. "

Expansão da Petrobrás

Petrobras namora Esso da Argentina
Marina Guimarães e Kelly Lima
Jornal do Commércio do Rio de Janeiro - 20/09/2007

A Petrobras é vista pelo mercado como a principal interessada em comprar os ativos da norte-americana Esso na Argentina. Apesar de a estatal se negar a comentar o assunto, são fortes os rumores de que estaria negociando com a companhia norte-americana, transação que pode ser anunciada até a próxima segunda-feira, quando expira o prazo estipulado pela Esso para avançar em seu plano de deixar a Argentina até o final do ano. A companhia americana estipulou o valor de seus ativos em US$ 200 milhões.

(...) A Petrobras possui hoje uma produção total de 107 mil barris de óleo equivalente por dia na Argentina, dos quais processa apenas 30 mil em suas unidades de refino. A refinaria da Esso tem capacidade para algo em torno de 100 mil barris por dia. "Mesmo que tenha que importar, pode importar de sua produção brasileira", disse outro analista de instituição financeira, lembrando que seria uma maneira de a estatal agregar maior valor ao seu óleo pesado hoje exportado por um preço menor do que o mercado internacional por sua qualidade inferior.

Com relação à aquisição de postos de serviço da Esso, os analistas estimam que haveria certamente um bom ganho de market share, mas não consideram que este poderia representar algum impacto expressivo nos negócios da empresa. "Muitos dos postos teriam que ser vendidos por estarem no mesmo raio de atuação da própria Petrobras", avaliou o consultor de um banco no Rio.

Segundo levantamento realizado pela Consultoria Investigações Econômicas Setoriais, no primeiro semestre de 2007, a Petrobras obteve 14% do mercado de vendas de óleo diesel, seguido pela Shell com 13%, e Esso com 12,6%. Se a Petrobras adquirir a Esso, passaria a ter 27% desse mercado, metade da fatia pertencente à líder Repsol YPF.(...)

Uma manchete interessante

O Jornal de Notícias (20/9/2007) traz a seguinte reportagem:

Universitários vão pagar mais dinheiro de propinas

Segundo o Houaiss, em Portugal propina significa "taxa paga ao Estado para efeito de matrícula, exame etc."

19 setembro 2007

Tipografia


Fonte: aqui

Projeções

Este link é muito interessante. Apresenta uma série de ferramentas para se fazer projeção. Uma delas, você pode prever a sua vida útil, baseado nos seus hábitos. Em outra, inserindo valores contábeis, pode-se fazer a previsão de falência usando modelo de Altmans e de Ohlson.

Powerpoint do Google

Tenho usado com certa freqüência o editor de texto do Google. E raramente a sua planilha. Agora a notícia de que a empresa está lançando o seu programa de apresentação. (Clique aqui)

:-)

Apesar de quase nunca usar, destaco o 25o. aniversário do símbolo

:-)

e dos emoticons. Clique aqui para ler

O alto custo do Etanol

No editorial do New York Times (19/09/2007) a preocupação com o custo do etanol (The High Costs of Ethanol). O texto destaca que o etanol de milho norte-americano é caro, não ajuda a cortar as importações de petróleo e reduz pouco a emissão de gases, além de trazer riscos. Um deles é o aumento no preço dos alimentos, já que também a Europa e a China anunciaram um esforço no sentido de reduzir a dependência do petróleo.

O editorial destaca que em lugar de importar o barato etanol brasileiro, os Estados Unidos colocaram uma tarifa de 54 cents por galão do produto.

Marfrig expande no Mercosul

Alguns dos principais jornais em espanhol (uruguaios, espanhois e argentinos) destacaram a expansão do grupo Marfrig e a compra de frigoríficos, dois na Argentina e dois no Uruguai. As operações envolvem valores de 270 milhões de dólares.

O jornal La Nacion (18/9/2007) mostra a preocupação com esta expansão:



Estas adquisiciones en el sector de la carne -que se suman a los desembarcos de la también brasileña JBS y las norteamericanas Tyson Foods y Cargill- están despertando inquietud entre empresarios frigoríficos y los productores ganaderos que ven con preocupación que la mitad de la cuota Hilton (de exportación a la Unión Europea) asignada a la Argentina ya esté en manos de empresas extranjeras. "Hay una decisión política de Brasil de manejar el comercio mundial de carnes; por eso están comprando frigoríficos en todo el Cono Sur, e incluso en Estados Unidos. No son inversiones genuinas; no vienen a construir y generar nuevos puestos de trabajo. Vienen a comprar porciones de mercado, y lo hacen con subsidios de su gobierno", afirmó Miguel Schiaritti, presidente de Cámara de la Industria y Comercio de Carnes de la Argentina (Ciccra).

"La mayor preocupación es que eslabones importantes de la cadena de valor de un producto como la carne quedan en manos extranjeras que fugan ganancias y no reinvierten lo que deberían. Habría que rediscutir la distribución de la cuota Hilton", afirmó el presidente de la Federación Agraria, Eduardo Buzzi. "Somos defensores de la apertura económica y el libre mercado, pero en este caso tenemos que lamentar que no sean las empresas nacionales las que salgan a comprar. La Argentina, el país más competitivo en el sector de la carne, está dejando espacios y está quedándose atrás", dijo el presidente de la Sociedad Rural, Luciano Miguens.

Previsão do Fluxo de Caixa Muda

A reportagem a seguir é extensa, mas muito interessante.

Nova Publicação Identifica Cinco Principais Tendências Que Impactam a Previsão de Fluxo de Caixa
Business Wire Latin America - 18/09/2007

VIENA, Áustria-- (BUSINESS WIRE LATIN AMERICA)--18 de setembro de 2007-- Uma nova publicação patrocinada pela Visa intitulada "Tendências em Previsão de Fluxo de Caixa" destaca a situação atual da previsão de fluxo de caixa no curto prazo, identifica e analisa as cinco principais tendências que estão impactando a previsão de fluxo de caixa e fornece quatro categorias de melhores práticas.

Os tesoureiros corporativos de todo o mundo estão agora focando a atenção em previsão de fluxo de caixa por duas razões, de acordo com a publicação. Primeiro, houve um aumento na sofisticação dos processos de previsão devido a recentes melhorias na tecnologia da informação e avanços nas técnicas de previsão. Segundo, os problemas enfrentados pelos que fazem previsão se tornaram mais desafiantes como resultado de um aumento nas exportações e a utilização mais intensa de dívidas por financiamento.

A publicação, divulgada na EuroFinance International Cash and Treasury Management Conference em Viena, Áustria, enfoca as previsões de curto prazo que abrangem os próximos doze meses e representam as principais preocupações dos departamentos de tesouraria corporativos.

"A previsão é crítica para as companhias de todos os tamanhos minimizarem riscos, maximizarem a utilização do capital de giro e organizarem os retornos sobre o investimento: até agora as companhias achavam difícil historicamente desenvolver modelos de previsão precisos em razão da incapacidade de adquirir informações de qualidade", disse Aliza Knox, vice-presidente sênior da Visa Commercial, Visa International. "Várias das tendências da previsão de fluxo de caixa favorecem os pagamentos eletrônicos e os cartões de pagamento porque proporcionam acesso direto a dados de receitas e dispêndios facilmente categorizados."

As cinco principais tendências que impactam a previsão de fluxo de caixa são:

1. A melhoria da tecnologia está simplificando o processo de previsão: As empresas estão utilizando melhores sistemas de informações para simplificar e melhorar o processo de previsão.

-- As empresas estão cada vez mais contando com sistemas de informações de tesouraria (TIS) e fazendo menos uso de planilhas eletrônicas. Os TIS oferecem vantagens porque eles mantêm uma previsão centralizada, reduzem a entrada de dados manual sujeita a erros, permitem melhores controles de segurança, proporcionam um claro acompanhamento de auditoria e podem incluir facilmente fluxos de dados diretos de outras fontes que podem ser utilizados na preparação da previsão.

2. A função de previsão está sendo centralizada: As previsões estão sendo produzidas mais freqüentemente por sedes corporativas ao invés de em nível de unidades de negócios.

-- Os TIS facilitam a transferência de informações de unidades de negócios para as sedes. Na previsão centralizada, um pequeno número de funcionários nas sedes pode enfocar todo o seu tempo na previsão, permitindo, assim, que se tornem especialistas no gerenciamento e novas técnicas para gerar previsões superiores em menos tempo. Além disso, a centralização permite uniformidade nas previsões de diferentes divisões.

3. Regulamentos mais rígidos estão conduzindo previsões melhor informadas: Efeitos adicionais de controles regulamentares estritos estão levando a previsões mais informadas e voltadas para dados.

-- A previsão precisa pode representar um componente crítico de compatibilização regulamentar e os regulamentos de títulos em alguns países aumentaram diretamente a importância da função de previsão.

4. Novas técnicas de previsão foram disponibilizadas: Novas técnicas baseadas em análises estatísticas e econômicas estão sendo cada vez mais adotadas.

-- Essas técnicas incluem: a) previsões em nível de projeto que são mais precisas do que previsões em nível da companhia: b) previsão baseada em condutor que permite às empresas avaliar os efeitos de mudanças no ambiente econômico; c) "Fluxo de Caixa de Risco" que permite às empresas avaliar o risco de que um evento desastroso possa levar a uma deficiência de caixa; d) incorporação de previsões no processo de tomada de decisão de vencimento de investimentos para reduzir os custos de transações bancárias; e e) modelagem de análises de crédito entre países e macroeconômica internacional para controlar a volatilidade do fluxo de caixa gerado por exportações.

5. Os negócios de capital privado estão aumentando a necessidade de previsões precisas: A tendência para melhores previsões está se fortalecendo, especialmente em empresas compradas por investidores em aquisição de controle acionário de capital privado.

-- As empresas adquiridas por fundos de aquisição de controle acionário de capital privado normalmente trazem empréstimos pesados. Essas empresas precisam produzir previsões especialmente precisas para se compatibilizar com as cláusulas de empréstimos e evitar os riscos de falência.

"Os benefícios criados por boas práticas de previsão de fluxo de caixa vão desde melhorias significantes de eficiência em empresas com caixa rico a proteção potencial de insolvência em empresas financeiramente apertadas", disse o Dr. Mark J. Garmaise, PHD, da UCLA Anderson School of Management, autor da publicação sobre previsão de fluxo de caixa. "As tendências sugerem que as companhias estão propensas a incorporar o modelo de previsão de fluxo de caixa de maneira mais completa em sua estratégia de planejamento operacional para manter um nível desejado de liquidez independentemente de atividades não previstas."

Melhores Práticas

A publicação descreve quatro categorias de melhores práticas de análise das cinco tendências de previsão de fluxo de caixa, incluindo:

1. Sistemas: Os sistemas de informações de tesouraria integrados em nível da empresa, como estações de trabalho de tesouraria de terceiros ou módulos de tesouraria de planejamento de recursos empresariais, são os melhores. As previsões baseadas em planilhas eletrônicas estão cada vez mais obsoletas.

2. Técnicas de Previsão: A previsão baseada em condutor, utilizando simulações ou regressões, é melhor, especialmente quando combinada com cenários de análises estatísticas que proporcionam um senso de fluxo de caixa futuro esperado bem como sua extensão.

3. Métodos de Pagamento: Alguns dos sistemas de pagamento eletrônico, especialmente os que incluem integração com as contas dos clientes e fornecedores, são melhores. Esses métodos de pagamento podem ser incorporados em novas tecnologias de previsão. Os sistemas de pagamento eletrônico também proporcionam dados que são úteis para técnicas de previsão com informação intensiva.

4. Função de Tarefa: A atenção da equipe de tesouraria deverá estar enfocada em uma análise dos determinantes da variabilidade do fluxo de caixa, não na coleta de dados. A tecnologia avançada automatiza a tarefa anterior que consome tempo de coleta de dados, deixando os que fazem previsão com tempo para estudar mais cuidadosamente as dinâmicas de fluxo de caixa.

Benefícios Dos Pagamentos Eletrônicos em Relação Aos Cheques

De acordo com a publicação, várias das tendências na previsão de fluxo de caixa favorecem a utilização de pagamentos eletrônicos e cartões de pagamento em relação aos cheques. Por exemplo:

-- Melhor integração de tecnologia e sistemas torna mais atrativa a utilização de pagamentos eletrônicos e cartões de pagamento, porque esses métodos de pagamento podem ser incorporados em sistemas de computação em nível da empresa.

-- A centralização favorece os pagamentos eletrônicos e os cartões para valores a receber e a pagar, por causa do acesso direto às informações sobre os futuros fluxos de caixa que são fornecidas.

-- Os regulamentos mais rígidos favorecem os pagamentos eletrônicos e os cartões, porque eles proporcionam controle sobre os fundos e permitem às companhias limitar o acesso a esses fundos a pessoas autorizadas. Além disso, a limitação das compras corporativas a pagamentos eletrônicos e cartões torna fácil para as empresas monitorar o fluxo de caixa e prevenir dispêndios não autorizados, porque esses pagamentos são mais fáceis de documentar e permitem acompanhamento de auditoria.

-- Novas técnicas avançadas de previsão sugerem a utilização de pagamentos eletrônicos e cartões porque oferecem dados desagregados de receitas e dispêndios que podem ser facilmente categorizados e estudados.

Metodologia

Para analisar a situação atual da previsão de fluxo de caixa e desenvolvimentos que também serão provavelmente importantes no futuro, a Visa contratou o Dr. Garmaise, um especialista em finanças corporativas e negócios bancários, para identificar e analisar mais de 75 trabalhos de pesquisa secundária. O Dr. Garmaise também conduziu entrevistas de pesquisa primária em seis organizações de vários tamanhos em diversas indústrias em todo o mundo para saber mais sobre seus processos atuais e futuros de previsão de fluxo de caixa.

Gestão no Futebol

Reportagem de Catarina Beato para o Diário Económico de Portugal (Sporting vende património e apresenta lucro, 19/09/2007) mostra a gestão do futebol português. Faço alguns comentários sobre o texto.

A SAD do Sporting conseguiu chegar aos lucros: 14,5 milhões de euros em 2006/2007. Mas a época passada ficou marcada também pela venda do património não desportivo do Sporting - Clínica CUF, Centro Comercial Alvaláxia, Holmes Place e o edifício Visconde de Alvalade - por cerca de 50 milhões de euros. A transacção rendeu ao Sporting (...) 15 milhões de euros, considerando o investimento de 35 milhões feitos nos edifícios circundantes do Estádio José Alvalade.


Ou seja, se não fosse a venda dos imóveis o Sporting teria um prejuízo de 0,5 milhão de euro. Observe que este é um exemplo interessante de contabilização de resultado de venda de imóvel. O valor de custo foi de $35 milhões e a receita bruta foi de $50 milhões, levando a um resultado líquido com imóveis de $15 milhões.

E a estratégia desportiva mostrou resultados: a Academia de Alcochete mantém-se nas mãos do Sporting e deu um contributo fundamental para o resultado positivo das contas da SAD. A venda do jogador Nani, por 25 milhões de euros ao Manchester United, já entrou nas contas de 2006/2007 com 20 milhões de euros. No próximo ano, o Sporting SAD recebe o restante valor.


Um novo sinal que as contas do clube foram equilibradas com resultados não recorrentes, ou seja, operações que não irão se repetir no futuro.

Em declarações Diário Económico, o presidente da SAD, Soares Franco, assumiu que a formação dá lucros mas "é preciso não esquecer o investimento que foi feito na Academia e todos os custos de manutenção deste espaço".

E se há jogadores que entram meninos e saem milionários, outros há que acabam por nunca ter uma carreira futebolística .

"Este ano houve uma restruturação do plantel: vendemos, rescindimos contratos e fizemos novas aquisições", explicou Soares Franco. A contabilidade da pré-época foi positiva: o investimento em novos jogadores não ultrapassou 9,3 milhões de euros, as vendas renderam mais de 28 milhões de euros, montante três vezes superior à época anterior.


Em outras palavras, o resultado com compra e venda de jogadores, excluindo as despesas de formação, foi de 18,7 milhões de euros.

Igualmente importante para as contas do clube foi a participação na Liga dos Campeões e a qualificação directa para esta competição europeia para a época 2007/2008, o que resultou num proveito [resultado] imediato de 4,4 milhões de euros. (...)

Exemplo disso foi o impacto nas contas da SAD do Futebol Clube do Porto depois do afastamento do clube das provas europeias na temporada passada. No entanto, em 2003/2004, o Porto registava resultados líquidos positivos em resultado do título de campeão europeu que ofereceu ao clube 29,4 milhões de euros - mais de 25% do total de proveitos do Porto nessa época. O FC Porto venceu o Mónaco, por 3-0, na final da Liga dos Campeões, arrecadando um prémio de 27 milhões de francos suíços além das contrapartidas com as transmissões televisivas e possíveis transferências de jogadores. Só a final representou um prémio de 6,5 milhões de euros. (...)


Será muito diferente de um clube brasileiro bem administrado?

Links

1) A revolução em finanças de Mandelbrot

2) ABN ainda não foi vendido

3) El Corte Inglés

18 setembro 2007

Rir é o melhor remédio

Americano,Brasileiro e Argentino

Estavam na China um brasileiro, um americano e um argentino. Estavam bebendo na praça. Só que na China isso é proibido e eles foram pêgos em flagrante. Presos, foram mandados ao Juiz para receberem sua sentença.

O Juiz deu uma bronca enorme e disse que cada um iria receber 20 chicotadas como punição. Só que estavam em transição entre o ano do cão e o do rato, então cada prisioneiro tinha direito à um pedido:

- Você americano ! Seu país é racista, capitalista e eu odeio vocês, mas promessa é promessa! Qual o seu desejo, desde que seja não escapar da punição?

- Quero que amarrem 1 travesseiro nas minhas costas!

- Que assim seja!

E tome as chicotadas com o travesseiro nas costas. Lá pela décima chicotada o travesseiro cedeu e o americano levou 10 chicotadas.

- Sua vez argentino! Seu povo é muito arrogante e trapaceiro. Odeio vocês, mas promessa é promessa!! Qual o seu desejo?

- Que amarrem 2 travesseiros nas minhas costas!

E assim foi. Lá pela décima quinta chicotada os travesseiros cederam e o argentino tomou 5 das 20 chicotadas. Mas ficou feliz porque passou a perna no americano! Foi a vez do brasileiro.

- Ora, ora, você é brasileiro... povo simpático, bom de futebol, humilde... como eu gosto do seu povo você terá 2 pedidos!!

- Bem, eu queria levar 100 chicotadas...

- Espantoso!! Ainda por cima é corajoso!! Seu primeiro pedido será realizado!!
Qual é o próximo?

- Amarrem o argentino nas minhas costas!!


Enviado por Matias Pereira

Marcas que estão no dicionário

Ênio Alves de Souza manda um e-mail sugerindo o nome Qboa como um exemplo de marca que está no dicionário. Como adotei o critério do dicionário Houaiss, não encontrei esta marca. De qualquer forma, valeu a dica.

Meus alunos de especialização fizeram várias sugestões (leite moça, novalgina, aurélio etc). Encontrei uma destas sugestões: Chiclete

Riqueza

Na primeira lista da Forbes, petróleo representava 22,8% das fortunas, indústria 15,3%, fiananças 9% e tecnologia 3%. Em 2006 as percentagens mudaram: petróleo (8,5%), indústria (8,5%), tecnologia (11,75%) e finanças (24,5%)

Aqui os homens mais ricos do mundo.

Listagem interessante

Geoffrey James apresenta uma listagem interessante: livros que são superestimados na sua qualidade e o que você deveria ler no seu lugar. Apresento a listagem e as indicações. A explicação você pode ler aqui


1. Reengenharia - Leia no seu lugar “The March of Folly: From Troy to Vietnam” - Barbara Tuchman
2. Em busca da Excelência (Tom Peters e Waterman, 1982) - “The Dilbert Principle” Scott Adams
3. Os segredos de liderança de Átila, o Huno (Wess Roberts, 1989) -A arte da Guerra, Sun Tzu
4. “Jack Welch (1998) - “Crazy Bosses” de Stanley Bing (2007)
5. Jesus CEO, Laurie Beth Jones (1995) - Livro dos Provérbios na Bíblia
6. “Os 7 hábitos das Pessoas Altamente Eficazes” Steven Covey (1989) - O Princípe - Maquiavel
7. “The One Minute Manager” Kenneth Blanchard e Spencer Johnson (1981) - “The Elements of Style” William Strunk e E.B. White
8. “Quem mexeu no meu queijo” Spencer Johnson (1998) - “How to Lie with Statistics” Darrell Huff (1954)
9. “Chicken Soup for the Soul at Work” Jack Canfield, etc. (HCI, 1996) - “The Complete ‘Yes Minister’” by Jonathan Lynn and Antony Jay (BBC Worldwide Americas, 1989)
10. “Rich Dad, Poor Dad: What the Rich Teach Their Kids — That You Can Learn Too” Robert T. Kiyosaki (2002) - “A Random Walk Down Wall Street: The Time-Tested Strategy for Successful Investing” Burton G. Malkiel (2007)

Faltou O Monge e o Executivo.

Mágicos e Proteção

Recentemente postei um comentário de Varian que indicou que a proteção industrial não é necessariamente sinal de inovação. Esta relação tem sido defendida por pessoas que querem que o sistema de patente perdure em setores como fármacos ou filmes. Entretanto, Varian citava o exemplo do setor de moda. Um outro setor que funciona de forma adequada sem a proteção intectual do estado é o setor de mágica, conforme destaca o blog Boiginboing

A importância do Setor financeiro

Em escuro, o número de empregos (em mil) e mais claro a percentagem do PIB, dos grandes centros financeiros. Observe a importância do setor financeiro para Nova Iorque (15% da sua economia) e Frankfurt.




A figura seguinte, também da The Economist, compara os dois centros mundiais, em termos de valor das ações negociadas, valor dos títulos e novas empresas.



A figura seguinte mostra o mercado de ações e de derivativos, em termos de volume.

Números

A revista The Economist destaca a importância dos números na vida moderna, tanto para os clientes quanto para as empresas. A quantidade de informação disponível é cada vez maior e as empresas devejam usar estas informações em situações mais complicadas. Como resolver isto? Nenhum ser humano consegue ser rápido o suficiente para processar tanta informação disponível, mas um algoritmo pode fazer esta função. Algumas das tarefas que são realizadas numa empresa são mais mecânicas que outras. O exemplo citado é uma transação envolvendo cartão de crédito, onde o algoritmo verifica se o número digitado pelo cliente está ou não correto. A figura mostra esta operação. O número digitado está na linha1. Na linha dois tem-se o seu reverso (o mesmo número, de trás para frente). A terceira linha apresenta o dobro dos números que estão na posição "par" (assim, o dois, segundo número, o seu dobro é quatro; o quatro, quarto número, seu dobro é oito, e assim por diante). A linha 4 adiciona o novo número. A soma deve apresentar um número divisível por dez, caso contrário o número digitado pelo cliente está errado.

Chiquita Brands condenada

Em postagem anterior já tínhamos comentado este assunto: o pagamento de dinheiro para um grupo terrorista.

Chiquita Brands recebe multa de US$ 25 milhões por pagamentos feitos às AUC
Agencia EFE - Serviço em português- 17/09/2007

Washington, 17 set (EFE).- O juiz americano Royce Lamberth concordou hoje com a multa de US$ 25 milhões imposta à multinacional Chiquita Brands Internacional por ter realizado pagamentos às Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC).

Segundo a promotoria, esta é a maior multa imposta até o momento no marco da nova legislação antiterrorista dos Estados Unidas.

Em março, a empresa se declarou culpada por ter feito mais de cem pagamentos ao grupo paramilitar colombiano AUC, no valor total de US$ 1,7 milhão.

(...) Como parte do acordo, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos também decidiu não apresentar acusações contra os ex-diretores e outros altos executivos envolvidos nos pagamentos feitos às AUC entre 1997 e 2004.

O assessor e executivo da multinacional James Thompson declarou à imprensa que a "decisão é correta", e leva em conta os esforços que a empresa fez para resolver a situação.

No entanto, ele disse que a empresa foi "obrigada a pagar extorsões" para as AUC. O executivo afirmou que a multinacional aceitou o pagamento unicamente para "proteger as vidas dos empregados e de suas famílias".

Para Thompson, o juiz levou em conta a confissão voluntária da empresa e a colaboração durante toda a investigação.

O promotor Jonathan M. Malis também ressaltou a disposição da empresa em colaborar com o caso.

Malis disse, no entanto, que a multinacional fez pagamentos milionários para financiar as armas com que as AUC "mataram civis inocentes".

O juiz Lamberth também destacou o fato ao pronunciar a sentença. Ele lembrou que a conduta da Chiquita Brands era ilegal, e permitiu que as AUC assassinassem civis inocentes na Colômbia.

(...) Com esta sentença, a empresa poderá abafar um escândalo internacional iniciado com os pagamentos às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e ao Exército de Libertação Nacional (ELN), e que se estendeu às AUC, os principais grupos ilegais do conflito armado colombiano.

(...) Em 10 de setembro de 2001, o Departamento de Estado dos EUA considerou as AUC um grupo terrorista.

No entanto, devido aos atentados do dia seguinte, em Nova York, a empresa só soube que o grupo colombiano havia sido considerado 'terrorista' em fevereiro de 2003, quando um advogado descobriu a notícia pela internet, segundo a própria companhia.

Um escritório de advogados aconselhou a empresa a "interromper imediatamente os pagamentos". Alguns diretores, no entanto, se opuseram à interrupção, com medo de colocar a vida dos empregados em risco.

Em abril de 2003, a multinacional comunicou os fatos às autoridades, mas os pagamentos continuaram até fevereiro de 2004.

Real Madrid também tem contas questionadas

Se você acha que problema contábil é privilégio de clubes brasileiros, notícia de jornal espanhol informa que contabilidade do Real Madrid foi questionada pela oposição. Grifo é meu:

Plataforma Blanca cuestiona las cuentas del Real Madrid
Expansión- 18/09/2007

La Plataforma Blanca, asociación que representa a casi 700 socios del Real Madrid, ha planteado "serias dudas y enorme preocupación" acerca de la gestión económica de la actual junta directiva del club deportivo. Después de un análisis profundo de las cuentas, Eugenio Martínez Bravo, presidente de la Plataforma Blanca, considera que "se ha cambiado el criterio contable, como señala el auditor, de forma que su comparación con las cuentas del ejercicio anterior es engañosa. Si tuviésemos en cuenta el criterio de amortización anticipada realizado en el ejercicio previo, habría ahora que incluir 86,7 millones de euros en el debe, lo que convertiría sus 43 millones de beneficio antes de impuestos en 43 millones de pérdidas".

En cuanto a la deuda del club, Martínez Bravo alude a un "importante incremento, donde la partida de acreedores a corto plazo asciende ya a 280 millones de euros, partida que, a fecha de hoy, será, probablemente, muy superior, tras el fuerte desembolso realizado en los fichajes de verano posteriores a la fecha de cierre de las cuentas", que, en su opinión, podría haber desembocado en "tener deuda bancaria después de años con esta partida a cero".

El auditor expresa una segunda salvedad a las cuentas, en cuanto al anticipo de ingresos realizado a través de la contabilidad de opciones de derechos futuros, que podría traducirse en "un menor resultado al declarado, 16 millones de euros".

El grupo de socios cuestiona la capacidad de gestión del presidente del Real Madrid, Ramón Calderón. "Queremos hacer ver a todos los socios el grave riesgo de que la capacidad de generar tesorería sea insuficiente para atender los cada vez más altos compromisos de deuda que se están adquiriendo. Es inadmisible que el Club se niegue a dar explicaciones a sus socios", señaló Martínez Bravo.