Os dados divulgados hoje pelo governo sobre a movimentação da mão-de-obra no Brasil indicam que a crise de emprego continua no setor de contabilidade. Tendo por base somente o emprego formal, durante o mês de junho foram admitidos 8006 contadores, auditores, escriturários de contabilidade e técnico em contabilidade. Mas, por outro lado, foram demitidos 9.422 trabalhadores, indicando uma redução no número de vagas de 1.416. De janeiro de 2014 até junho foram reduzidas 22.666 vagas.
A exemplo dos meses anteriores, o salário médio dos admitidos é R$2.125 e dos demitidos é de R$2.695. Aqui um recorde negativo: é a maior diferença desde que este blog começou a tabular estes dados: 27% ou R$571. De janeiro de 2014 até junho de 2016 isto equivale a uma redução nominal da massa salarial de R$153 milhões. Os números deste parágrafo parecem indicar que as empresas estão demitindo os funcionários com maior salário e contratando funcionários com um salário menor.
Os trabalhadores demitidos tinham, em média, 35,4 meses de emprego. No mês passado este número era de 33,6 e em maio de 2016 era de 29,4 meses. O desemprego está afetando cada vez mais os trabalhadores mais antigos. Também a exemplo dos dois meses anteriores, o desemprego foi maior entre as mulheres: menos 823 vagas.
Em termos de formação, as pessoas demitidas geralmente tinham o curso médio completo (3309 demitidos) ou superior completo (3774).
27 julho 2016
Resenha: Superprevisões
O livro Superprevisões (Tetlock e Gardner, Objetiva, 2016) tem como subtítulo "a arte e a ciência de antecipar o futuro". Talvez o título mais adequado, mas menos vendável, fosse Superprevisores. O livro trata de um projeto conduzido por Tetlock há anos denominado Good Judment Project que tenta descobrir os mistérios da previsão. (Este blogueiro chegou a participar durante alguns meses deste projeto)
O livro é um apanhado didático do que já se conhece hoje sobre os mecanismos da previsão. É uma obra bastante crítica dos gurus, como Tom Friedman, afirmando que estes especialistas não são propositalmente claros nas suas projeções. Quando o são, erram muito. Lançando desafios de previsão objetivos e bem específicos, o Good Judment Project conseguiu descobrir que algumas pessoas acertam mais do que a média nas previsões. São pessoas inteligentes, que gostam de descobrir novidades, que ajustam suas previsões constantemente, cautelosos, humildes, probabilísticos, de mente aberta, reflexivos, matematicamente dotados, pragmáticos e determinados. As características do bom previsor está nas páginas 185 e 186 (não no final do livro).
Por ter sido escrito em conjunto com Gardner, um jornalista, a obra é profunda, mas bastante acessível. As citações acadêmicas foram levadas para o rodapé da obra, o que facilita a leitura.
Na discussão sobre preditores, os autores comentam sobre equipes, lideranças, diagnósticos e erros. O livro difunde uma forma bem interessante de medir o erro de previsão, o índice de Brier. Mas sobretudo enfatizam a grande dificuldade de fazer previsões: mesmo o superprevisor erra muito.
Vale a pena? - para quem gosta de fazer previsões e deseja melhorar seus acertos, para aqueles que acreditam nas obras que falam do futuro e aos que defendem o uso de previsão na contabilidade, esta obra deveria ser objeto de leitura obrigatória. O livro é didático, sem deixar de ser preciso. Como um bom livro de divulgação científica.
O livro é um apanhado didático do que já se conhece hoje sobre os mecanismos da previsão. É uma obra bastante crítica dos gurus, como Tom Friedman, afirmando que estes especialistas não são propositalmente claros nas suas projeções. Quando o são, erram muito. Lançando desafios de previsão objetivos e bem específicos, o Good Judment Project conseguiu descobrir que algumas pessoas acertam mais do que a média nas previsões. São pessoas inteligentes, que gostam de descobrir novidades, que ajustam suas previsões constantemente, cautelosos, humildes, probabilísticos, de mente aberta, reflexivos, matematicamente dotados, pragmáticos e determinados. As características do bom previsor está nas páginas 185 e 186 (não no final do livro).
Por ter sido escrito em conjunto com Gardner, um jornalista, a obra é profunda, mas bastante acessível. As citações acadêmicas foram levadas para o rodapé da obra, o que facilita a leitura.
Na discussão sobre preditores, os autores comentam sobre equipes, lideranças, diagnósticos e erros. O livro difunde uma forma bem interessante de medir o erro de previsão, o índice de Brier. Mas sobretudo enfatizam a grande dificuldade de fazer previsões: mesmo o superprevisor erra muito.
Vale a pena? - para quem gosta de fazer previsões e deseja melhorar seus acertos, para aqueles que acreditam nas obras que falam do futuro e aos que defendem o uso de previsão na contabilidade, esta obra deveria ser objeto de leitura obrigatória. O livro é didático, sem deixar de ser preciso. Como um bom livro de divulgação científica.
Cnova
A empresa Cnova conclui recentemente a apuração dos efeitos dos problemas da falta de controle nos seus estoques. A empresa informou que os prejuízos totais nos estoques foram de 42 milhões de reais. Somado aos problemas com outras contas (vendas, contas a receber, contas a pagar, ativos intangíveis e despesas operacionais) o efeito chega a R$400 milhões.
A empresa informou a SEC os efeitos da apuração conduzida. Um aspecto interessante é que ao contrário da Petrobras, que não distribuiu os efeitos ao longo do tempo – alegando ser isto impossível, a Cnova determinou o impacto em cada ano.
A empresa informou a SEC os efeitos da apuração conduzida. Um aspecto interessante é que ao contrário da Petrobras, que não distribuiu os efeitos ao longo do tempo – alegando ser isto impossível, a Cnova determinou o impacto em cada ano.
Links
HBR: Valor do Acionista (por Mauboussin e Rappaport)
A beleza de uma fórmula matemática (lendo o cérebro de matemáticos)
Menos pagamento e mais desempenho: remuneração dos executivos (figura ao lado)
Pesquisa: assassino em massa é contagioso
Jornalista jogava Pokémon Go na coletiva na Casa Branca
O último vídeo-cassete irá ser produzido neste mês
A beleza de uma fórmula matemática (lendo o cérebro de matemáticos)
Menos pagamento e mais desempenho: remuneração dos executivos (figura ao lado)
Pesquisa: assassino em massa é contagioso
Jornalista jogava Pokémon Go na coletiva na Casa Branca
O último vídeo-cassete irá ser produzido neste mês
Exercícios físicos ajudam a memorizar melhor a matéria estudada
O curso "Aprendendo a Aprender" do Coursera me deixou ótimas impressões. Um dos aspectos que eles destacam é a importância da atividade física. Dormir e se exercitar são processos importantes para a criação de novos neurônios.
Li hoje no Brasil Post uma reportagem sobre um estudo que concluiu que o melhor momento para se exercitar é 4h após o fim dos seus estudos. A diferença não é gritante, há uma melhora de cerca de 10% da sua capacidade. Todavia, dependendo dos seus propósitos, ter 10% de vantagem sobre o concorrente é valioso. Difícil é colocar a sugestão em prática, especialmente para quem estuda à noite.
[...] Para produzir os efeitos de melhora da memória, provavelmente é preciso fazer exercício físico de alta intensidade. [...] serão necessários mais estudos para definir o tempo melhor de espera em humanos (entre o estudo e a prática do exercício físico).
Em outras palavras, é possível que quatro horas não seja o tempo de espera ideal. Pesquisas futuras podem nos ajudar a obter uma resposta mais precisa.”
Ainda:
O efeito positivo sobre a memória foi modesto, mas a descoberta traz evidências iniciais de que o exercício físico, feito no prazo correto, pode melhorar a retenção de memórias, dizem os pesquisadores. [...]
As informações recentemente aprendidas geram traços de memória no cérebro; esses traços podem se deteriorar ou podem ser consolidados com a memória de longo prazo.
Estudos recentes mostram que o exercício físico gera um aumento grande na liberação de determinados neurotransmissores, como dopamina e noradrenalina, que provavelmente são cruciais para a consolidação das memórias.
Os pesquisadores especulam que talvez seja essa razão por que malhar ajudou os participantes do estudo a reter informações.
“Essas proteínas ajudam a estabilizar os novos traços de memória, que, de outro modo, seriam perdidos”, disse ao Huffington Post em e-mail o Dr. Guillen Fernandez, professor de neurociência cognitiva no Centro Médico da Universidade Radboud.
“O exercício físico está no início desta sequência, porque é acompanhado pela liberação de dopamina e norepinefrina.”
Hipótese da Renda Permanente está errada
A hipótese da renda permanente de Milton Friedman é uma das principais bases da teoria macroeconômica e de finanças. Essa hipótese considera que o consumo das pessoas depende da renda esperada ao longo da vida. Assim, as pessoas suavizam o consumo. Ou seja, diante de flutuações em torno da renda esperada, os indíviduos poupam ou tomam dinheiro emprestado para manter o consumo estável. Se a hipótese for verdadeira, um aumento de gastos do governo (política fiscal expansionista) não implica em aumento de gastos das famílias, pois a renda extra será poupada. Essa hipótese de Friedman também influencia a fixação de juros pela autoridade monetária. No entanto, uma série de estudos empíricos estão mostrando que ela não tem muita validade empírica. Assim, muitos dos modelos econômicos estão baseados numa hipótese errônea criada por um dos economistas mais influentes da história. É mais um exemplo de que a teoria econômica está errada.

Contador-chefe da SEC cai de bike
James Schnurr, the chief accountant in the Securities and Exchange Commission’s Office of the Chief Accountant, has been seriously injured in a bicycling accident, and the SEC named deputy chief accountant Wesley R. Bricker as interim chief accountant while Schnurr recuperates.
Schnurr floated a proposal last year for the SEC to allow companies to use some supplemental information from International Financial Reporting Standards in their financial statements in addition to their U.S. GAAP filings, which the SEC is still considering (see SEC Considering Support for Supplemental use of IFRS). He also encouraged FASB to set up a Transition Resource Group for the recently issued accounting standard on credit losses for financial instruments (see SEC Sets Up Transition Group for Credit Loss Standard).
[...]
Fonte: aqui
26 julho 2016
Problemas de controle interno na Telefônica
Realmente as empresas de telefonia estão vinculadas aos escândalos. Com respeito a Vivo um blog postou o seguinte (via aqui)Em 13 de junho foi demitida da Vivo a toda poderosa diretora de marketing Cris Duclos [foto]. Agora começa a ficar claro que o motivo foi um rombo de R$ 27 milhões. A diretora usava três das agências de publicidade que atendiam a Vivo (hoje são DPZ, Africa, DM9DDB e Young & Rubicam) para superfaturar produções de filmes publicitários e repassar propina de volta para ela. Mais: ela fez uma acordo com a agência Africa (de Nizan Guanaes) para contratar seu marido, Ricardo Chester, que também recebia propina na forma de um salário milionário, muito acima da média da equipe.
Mas o blog afirma que tanto a Folha/UOL assim como o Valor iriam publicar sobre o assunto, mas foram pressionados para nada comentar. Entretanto, o Valor publicou sobre o assunto.
Links
Corte considerou que Bitcoin não era dinheiro real
Executivos bem pagos são medianos e podem ter desempenhos ruins
LATAM reconhece que pagou propina na Argentina e paga multa
CVM promove palestras (mas para somente quem mora no Rio)
Como as fotografias de férias mudaram no tempo (vídeo)
O papel de um neurônio chamado Jennifer Aniston (é sério)
Executivos bem pagos são medianos e podem ter desempenhos ruins
LATAM reconhece que pagou propina na Argentina e paga multa
CVM promove palestras (mas para somente quem mora no Rio)
Como as fotografias de férias mudaram no tempo (vídeo)
O papel de um neurônio chamado Jennifer Aniston (é sério)
Polêmica na Recuperação Judicial da Oi
Na semana passada a justiça do Rio de Janeiro designou a PwC e o escritório de advocacia Wald para administrar judicialmente a empresa Oi. Duas polêmicas surgiram nesta semana. Primeiro, a empresa PwC é credora da Oi; assim, teria interesses na questão e poderia ser beneficiada em relação a outros interessados na questão. A segunda polêmica é o fato do escritório de advocacia não constar na lista originalmente sugerida pela Anatel.
É preciso entender que a recuperação da empresa Oi será acompanhada de perto por diversos interessados, nem sempre com objetivos coincidentes. Tanto as escolhas da PwC quanto do escritório de advocacia são defensáveis. Certamente isto não influenciará na qualidade do trabalho. Mas que o desgaste poderia ter sido evitado, isto poderia.
É preciso entender que a recuperação da empresa Oi será acompanhada de perto por diversos interessados, nem sempre com objetivos coincidentes. Tanto as escolhas da PwC quanto do escritório de advocacia são defensáveis. Certamente isto não influenciará na qualidade do trabalho. Mas que o desgaste poderia ter sido evitado, isto poderia.
SEC pune contador por não identificar fraude
The Securities and Exchange Commission has suspended EFP Rotenberg LLP and an accountant at the firm for failing to detect fraud in the audit of a public company client, ContinuityX Solutions.
As part of the settlement, the firm agreed to pay a $100,000 penalty, while the accountant, Nicholas Bottini, agreed to pay a $25,000 penalty, the SEC said Friday. Bottini has been permanently suspended from appearing and practicing before the SEC as an accountant, barring him from participating in financial reporting and audits of publicly traded companies. The New York-based firm has been suspended for one year and can only resume public company audits next year if an independent consultant certifies it has fixed the causes behind its failure to detect to the fraud.
The failed audit involved ContinuityX Solutions, a public company based in Metamora, Ill., which claimed to sell Internet services to businesses. The SEC has since charged ContinuityX’s executives alleging it engineered a scheme to inflate the company’s revenue through fraudulent sales.
The SEC said EFP Rotenberg and Bottini failed to perform enough audit procedures to uncover the fraud in ContinuityX’s financial statements. The firm and the accountant also didn’t get enough evidence about revenue recognition and accounts receivable to support its audits, according to the SEC, nor did it identify related-party transactions, investigate claims from company management that contradicted evidence found during the audit, perform procedures to resolve and document those inconsistencies, or exercise due professional care.
“Auditors are supposed to act as gatekeepers to protect the integrity of our markets, but EFP Rotenberg and Bottini failed to live up to their professional obligations,” said David Glockner, director of the SEC’s Chicago Regional Office, in a statement.
As part of the settlement, the firm agreed to pay a $100,000 penalty, while the accountant, Nicholas Bottini, agreed to pay a $25,000 penalty, the SEC said Friday. Bottini has been permanently suspended from appearing and practicing before the SEC as an accountant, barring him from participating in financial reporting and audits of publicly traded companies. The New York-based firm has been suspended for one year and can only resume public company audits next year if an independent consultant certifies it has fixed the causes behind its failure to detect to the fraud.
The failed audit involved ContinuityX Solutions, a public company based in Metamora, Ill., which claimed to sell Internet services to businesses. The SEC has since charged ContinuityX’s executives alleging it engineered a scheme to inflate the company’s revenue through fraudulent sales.
The SEC said EFP Rotenberg and Bottini failed to perform enough audit procedures to uncover the fraud in ContinuityX’s financial statements. The firm and the accountant also didn’t get enough evidence about revenue recognition and accounts receivable to support its audits, according to the SEC, nor did it identify related-party transactions, investigate claims from company management that contradicted evidence found during the audit, perform procedures to resolve and document those inconsistencies, or exercise due professional care.
“Auditors are supposed to act as gatekeepers to protect the integrity of our markets, but EFP Rotenberg and Bottini failed to live up to their professional obligations,” said David Glockner, director of the SEC’s Chicago Regional Office, in a statement.
[...]
25 julho 2016
Farra nos gastos com pessoal dos Estados
Apesar de serem obrigados, por lei, a conter despesas com pessoal, vários Estados estouraram seus limites e essa conta cresceu em pelo menos R$ 100 bilhões de 2008 para cá – período em que o governo federal afrouxou o monitoramento das finanças estaduais. A alta é espantosa porque representa um crescimento real, acima da inflação, de 40%, e é quase o dobro dos R$ 58 bilhões de aumento de 2000 a 2007, quando se aplicou com mais rigor a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Mesmo sendo gigantesco, a avaliação é que esse número pode ser ainda maior. Gastos com auxílio-paletó, auxílio-combustível, auxílio-moradia, precatórios com alimentação, terceirizados, prestadores de serviços por meio de contrato com organização social e até pensões e aposentadorias – enfim, uma série de despesas decorrentes de pessoal – podem não estar incluídas nessa cifra. “Não dá para saber”, diz Gustavo Morelli, diretor da consultoria Macroplan, que coordenou esse levantamento. Morelli explica que, ao longo dos anos, foram feitas diferentes “interpretações da lei” sobre o que entra ou não na conta, dificultando a análise da saúde financeira dos Estados.
Os especialistas em finanças não gostam de dizer que isso configura “maquiagem” ou que as interpretações criaram uma “caixa preta”. As secretarias de Fazenda conhecem os dados e fazem a prestação de contas dentro da lei. É fato que muitos critérios contrariam o manual do Tesouro Nacional, responsável por monitorar a aplicação da lei. Mas eles foram aprovados pelos Tribunais de Contas dos Estados ou conquistados em disputas na Justiça. Ainda assim, a maioria admite que houve uma “criatividade coletiva” na apresentação dos gastos.
“O que temos nos Estados é a pior das contabilidades criativas – a contabilidade criativa legal, pois interpretações da Lei de Responsabilidade Fiscal foram autorizadas pelos Tribunais de Contas dos Estados, pela Justiça e, em alguns casos, até pelo Tesouro”, diz Raul Velloso, especialista em contas públicas.
Índice. Para medir o peso do pessoal sobre o caixa dos Estados, a lei manda fazer uma conta elementar: dividir os gastos com a folha pela receita líquida corrente. O resultado é um indicador que não pode ser superior a 60%. As manobras consistem em contabilizar a menos as despesas e a mais as receitas, por meio das tais interpretações, para que o resultado da conta fique abaixo de 60%.
Para a economista Sol Garson, ex-subsecretária de Finanças do Rio e hoje responsável pela área fiscal da Macroplan, o Rio de Janeiro tem uma das interpretações mais criativas do País. Em 2015, para fechar a conta com a Previdência, usou cerca de R$ 3,6 bilhões de royalties de petróleo. A receita é instável e incerta, não tem relação com o esforço fiscal do Tesouro, mas o Estado e o Tribunal de Contas entendem que vale.
Há outra manobra comum, mas mais requintada. Estados e municípios recebem repasses do SUS destinados exclusivamente a pagamentos de serviços da rede privada. O dinheiro mal passa pelo caixa público e segue para o setor privado. “Mas a maioria dos Estados e municípios contabiliza como se o dinheiro fosse deles, eleva a receita corrente líquida, o que melhora o indicador”, diz Sol.
Durante muito tempo, os Estados preferiram defender seus critérios, ainda que duvidosos. Uma nova geração de secretários de Fazenda, porém, defende que é preciso rever a posição.
Quem puxa a fila é Ana Carla Abrão Costa, secretária de Fazenda de Goiás. Egressa do setor privado, ao assumir, mandou recalcular o indicador incluindo absolutamente todos os gastos com pessoal. Pelas regras da contabilidade oficialmente adotadas em Goiás, o indicador hoje está em cerca de 50%. Mas o cálculo sugerido por Ana Carla diz que é 80%. Ela reforça que a situação dos Estados é gravíssima (ler mais abaixo).
Os gastos com pessoal crescem de 5% a 6%, ao ano, mesmo que não se contrate ninguém e não se dê um centavo de aumento. “Teremos vários Rios de Janeiro em três anos se nada for feito e estou convencida de que apenas com informações transparentes – e o debate pela sociedade – é que teremos condições de avançar nas correções”, diz Ana Carla. O governo tem uma nova proposta de cálculo, mais rigoroso, que poderia dar uma visão mais clara sobre os gastos.
Fonte: aqui
Mesmo sendo gigantesco, a avaliação é que esse número pode ser ainda maior. Gastos com auxílio-paletó, auxílio-combustível, auxílio-moradia, precatórios com alimentação, terceirizados, prestadores de serviços por meio de contrato com organização social e até pensões e aposentadorias – enfim, uma série de despesas decorrentes de pessoal – podem não estar incluídas nessa cifra. “Não dá para saber”, diz Gustavo Morelli, diretor da consultoria Macroplan, que coordenou esse levantamento. Morelli explica que, ao longo dos anos, foram feitas diferentes “interpretações da lei” sobre o que entra ou não na conta, dificultando a análise da saúde financeira dos Estados.
Os especialistas em finanças não gostam de dizer que isso configura “maquiagem” ou que as interpretações criaram uma “caixa preta”. As secretarias de Fazenda conhecem os dados e fazem a prestação de contas dentro da lei. É fato que muitos critérios contrariam o manual do Tesouro Nacional, responsável por monitorar a aplicação da lei. Mas eles foram aprovados pelos Tribunais de Contas dos Estados ou conquistados em disputas na Justiça. Ainda assim, a maioria admite que houve uma “criatividade coletiva” na apresentação dos gastos.
“O que temos nos Estados é a pior das contabilidades criativas – a contabilidade criativa legal, pois interpretações da Lei de Responsabilidade Fiscal foram autorizadas pelos Tribunais de Contas dos Estados, pela Justiça e, em alguns casos, até pelo Tesouro”, diz Raul Velloso, especialista em contas públicas.
Índice. Para medir o peso do pessoal sobre o caixa dos Estados, a lei manda fazer uma conta elementar: dividir os gastos com a folha pela receita líquida corrente. O resultado é um indicador que não pode ser superior a 60%. As manobras consistem em contabilizar a menos as despesas e a mais as receitas, por meio das tais interpretações, para que o resultado da conta fique abaixo de 60%.
Para a economista Sol Garson, ex-subsecretária de Finanças do Rio e hoje responsável pela área fiscal da Macroplan, o Rio de Janeiro tem uma das interpretações mais criativas do País. Em 2015, para fechar a conta com a Previdência, usou cerca de R$ 3,6 bilhões de royalties de petróleo. A receita é instável e incerta, não tem relação com o esforço fiscal do Tesouro, mas o Estado e o Tribunal de Contas entendem que vale.
Há outra manobra comum, mas mais requintada. Estados e municípios recebem repasses do SUS destinados exclusivamente a pagamentos de serviços da rede privada. O dinheiro mal passa pelo caixa público e segue para o setor privado. “Mas a maioria dos Estados e municípios contabiliza como se o dinheiro fosse deles, eleva a receita corrente líquida, o que melhora o indicador”, diz Sol.
Durante muito tempo, os Estados preferiram defender seus critérios, ainda que duvidosos. Uma nova geração de secretários de Fazenda, porém, defende que é preciso rever a posição.
Quem puxa a fila é Ana Carla Abrão Costa, secretária de Fazenda de Goiás. Egressa do setor privado, ao assumir, mandou recalcular o indicador incluindo absolutamente todos os gastos com pessoal. Pelas regras da contabilidade oficialmente adotadas em Goiás, o indicador hoje está em cerca de 50%. Mas o cálculo sugerido por Ana Carla diz que é 80%. Ela reforça que a situação dos Estados é gravíssima (ler mais abaixo).
Os gastos com pessoal crescem de 5% a 6%, ao ano, mesmo que não se contrate ninguém e não se dê um centavo de aumento. “Teremos vários Rios de Janeiro em três anos se nada for feito e estou convencida de que apenas com informações transparentes – e o debate pela sociedade – é que teremos condições de avançar nas correções”, diz Ana Carla. O governo tem uma nova proposta de cálculo, mais rigoroso, que poderia dar uma visão mais clara sobre os gastos.
Fonte: aqui
Contadores melhoram a performance das organizações
Uma nova pesquisa da Federação Internacional de Contadores (IFAC) demonstra como a atuação de contadores podem melhorar o desempenho financeiro das empresas. Segundo o resumo da pesquisa publicada, contadores têm um papel fundamental no sucesso de uma organização. Todavia, acessar e até quantificar esse papel é uma tarefa complexa. Entender o relacionamento entre a utilização de conhecimentos contábeis e a performance do negócio requer considerar o que envolve o conhecimento contábil e considerar a ampla variedade de medidas de desempenho.
Em parceria com pesquisadores da Bucharest University of Economic Studies a IFAC conduziu uma revisão de literatura para acessar esse relacionamento. O relatório, que pode ser encontrado aqui, sumariza e discute os achados de mais de 90 trabalhos de pesquisa acadêmica sobre a relação entre a especialidade contábil e a performance empresarial.
Os pesquisadores concluíram que contadores se saem bem em diversos papéis na organização onde trabalham, incluindo na análise e comunicação informacional, na tomada de decisão, no gerenciamento de riscos e na criação de valor sustentável para o negócio.
Michael Cohn ressalta que os resultados podem aparentar obviedade nos Estados Unidos, mas em muitos países em desenvolvimento a profissão contábil ainda está aderindo as tendências internacionais, que há muitos anos passam desapercebido em países desenvolvidos.
Além do relatório completo, o IFAC também publicou um sumário de achados-chave.
24 julho 2016
O financiamento do terrorismo
O Guia do Estudante é um ótimo site, não só para vestibulandos, mas também para quem quer reciclar alguns conhecimentos e se atualizar.
Hoje eu li um tweet anunciando um texto sobre o financiamento do terrorismo e achei muito válido. Seguem trechos abaixo:
O QUE É O FINANCIAMENTO DO TERRORISMO?
Segundo o Guia de Referência Anti-Branqueamento de Capitais e de Combate ao Financiamento do Terrorismo do Banco Mundial, o financiamento do terrorismo é o apoio financeiro, por qualquer meio, ao terrorismo ou àqueles que incentivam, planejam ou cometem atos de terrorismo.
Essa arrecadação de fundos pode acontecer de diversas formas, entre elas fontes lícitas (tais como doações pessoais e lucros de empresas e organizações de caridade) e fontes criminosas, como o tráfico de drogas, o contrabando de armas, bens e serviços tomados indevidamente à base da força, fraude, sequestro e extorsão.
A luta contra o financiamento do terrorismo está intimamente ligada ao combate à lavagem de dinheiro, já que as técnicas utilizadas para lavar o dinheiro são essencialmente as mesmas usadas para ocultar a origem e o destino final do financiamento terrorista, para que assim as fontes continuem a enviar dinheiro sem serem identificadas. Normalmente essas transações financeiras ocorrem diversas vezes, sempre transferindo pequenas quantidades de dinheiro, que irão passar por diferentes contas bancárias, abertas em paraísos fiscais, para dificultar o trabalho das autoridades e também para proteger a identidade de seus patrocinadores e dos beneficiários finais dos fundos. [Esse paragrafo ressalta a importância dos contadores forense, como mencionado aqui].
COMO O ESTADO ISLÂMICO FINANCIA SUAS ATIVIDADES?
Segundo o jornal Al-Araby al-Jadeed, todos os integrantes do Estado Islâmico recebem algum tipo de apoio financeiro. Por exemplo, um combatente comum ganha de 500 a 600 dólares por mês. Além disso, o EI também tem apoiado programas de caridade para beneficiar órfãos, viúvas e feridos simpáticos a sua causa. Ainda segundo o jornal, o grupo terrorista possui, em 2015, um orçamento de pelo menos 2 bilhões de dólares.
Mas como o EI consegue esse dinheiro? Uma das principais fontes de arrecadação do grupo vem davenda de petróleo no mercado negro. Até o fim de 2014, a organização radical assumiu o controle de importantes regiões petrolíferas no Iraque e na Síria, que de acordo com a revista Foreign Affairsproduzem cerca de 44 mil barris de petróleo por dia. Estes são vendidos por meio de intermediários na Turquia e na Síria. Para Matthew Levitt, integrante do Washington Institute, o EI ganha em torno de U$ 1 milhão (R$ 2,3 milhões) por dia somente com a exploração do petróleo iraquiano.
Entretanto, o petróleo não é a única fonte de renda para o EI. Ainda segundo Levitt, o grupo armado já possui um sistema de cobrança de impostos em áreas conquistadas, ao mesmo tempo em que promovem atividades ilegais como roubo de reservas de dinheiro de bancos locais, contrabando de carros e armas, sequestros e bloqueios de estradas e também a venda de antiguidades roubadas.
Porém, Levitt acredita que o tipo de operação que vimos na França não é financiada diretamente pelo EI: para ele, a célula possui um financiamento que provém de outras atividades criminosas, como a venda de drogas, realizadas na própria região. Isso porque os custos para realizar um atentado não são excessivamente altos: para Levitt, os atentados ocorridos em novembro de 2015 em Paris podem ter custado menos de 50 mil dólares, principalmente se comparados aos custos para evitar ataques terroristas.
POLÍTICAS DE COMBATE AO FINANCIAMENTO DO TERRORISMO
O financiamento aos grupos terroristas não é um problema recente. Já em 1999, as Nações Unidas demonstravam preocupação com essa questão, e por isso criaram a Convenção Internacional para a Eliminação do Financiamento do Terrorismo. Essa convenção impõe aos Estados ratificantes a criminalização do terrorismo, das organizações e dos atos terroristas. Segundo a Convenção, é considerado crime qualquer pessoa fornecer ou recolher fundos com a intenção de usá-los para a execução de qualquer ato de terrorismo.
Além disso, foi criado em 1989 pelo G-8 o GAFI (Grupo de Ação Financeira), que tinha como objetivo criminalizar a prática da lavagem de dinheiro no âmbito internacional. Após os atentados de 11 de setembro de 2001, o GAFI expandiu seu mandato para poder tratar também da questão do financiamento dos atos e organizações terroristas, bem como das questões referentes ao financiamento da proliferação de armas de destruição em massa. O grupo atua através da publicação de recomendações específicas para melhorar e harmonizar as regras contra crimes financeiros. Suas recomendações estão relacionadas com o aumento nas exigências de transparência, além de tornar mais rigorosas a fiscalização de transferências eletrônicas, aumento da cooperação internacional entre agências governamentais e grupos financeiros, a fim de trazer mais eficiência para trocas de informações, rastreamento, bloqueios, confiscos e repatriação de bens ilegais.
Foi através de umas das recomendações do GAFI que o Brasil criou a COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), principal órgão brasileiro no combate a crimes financeiros. É a COAF que coordena a participação brasileira em diversas organizações multigovernamentais de prevenção e combate ao financiamento de grupos terroristas. A maior crítica feita pelo GAFI é o fato do Brasil ainda não criminalizar o financiamento terrorista.
No que se refere a medidas mais efetivas contra os meios de arrecadação financeira de grupos terroristas, especificamente o EI, pode-se dizer que os bombardeios contra refinarias e poços de petróleo têm afetado as receitas da organização terrorista, diminuindo o lucro vindo da venda de petróleo. Também tentando frear o poder econômico dos grupos terroristas o G-20 e o GAFI têm trabalhado para fortalecer o combate a esse tipo de financiamento, principalmente aumentando as medidas contra a lavagem de dinheiro, já que eles afirmam que medidas contra a lavagem de dinheiro são fundamentais para conter economicamente o EI. O Conselho de Segurança da ONU, numa tentativa de diminuir a capacidade financeira do EI, proibiu todo o comércio de antiguidades da Síria, ameaçou impor sanções a qualquer um que compre petróleo do Estado Islâmico e de militantes da Frente Al-Nusra, ligada à Al Qaeda, e exortou os países a não pagar mais resgates de reféns.
Fontes:
COAF Brasil – BBC Brasil – Grupo de Ação Financeira – Guia de Referência Anti-Branqueamento de Capitais e de Combate ao Financiamento do Terrorismo do Banco Mundial – Infomoney
Hoje eu li um tweet anunciando um texto sobre o financiamento do terrorismo e achei muito válido. Seguem trechos abaixo:
O QUE É O FINANCIAMENTO DO TERRORISMO?
Segundo o Guia de Referência Anti-Branqueamento de Capitais e de Combate ao Financiamento do Terrorismo do Banco Mundial, o financiamento do terrorismo é o apoio financeiro, por qualquer meio, ao terrorismo ou àqueles que incentivam, planejam ou cometem atos de terrorismo.
Essa arrecadação de fundos pode acontecer de diversas formas, entre elas fontes lícitas (tais como doações pessoais e lucros de empresas e organizações de caridade) e fontes criminosas, como o tráfico de drogas, o contrabando de armas, bens e serviços tomados indevidamente à base da força, fraude, sequestro e extorsão.
A luta contra o financiamento do terrorismo está intimamente ligada ao combate à lavagem de dinheiro, já que as técnicas utilizadas para lavar o dinheiro são essencialmente as mesmas usadas para ocultar a origem e o destino final do financiamento terrorista, para que assim as fontes continuem a enviar dinheiro sem serem identificadas. Normalmente essas transações financeiras ocorrem diversas vezes, sempre transferindo pequenas quantidades de dinheiro, que irão passar por diferentes contas bancárias, abertas em paraísos fiscais, para dificultar o trabalho das autoridades e também para proteger a identidade de seus patrocinadores e dos beneficiários finais dos fundos. [Esse paragrafo ressalta a importância dos contadores forense, como mencionado aqui].
COMO O ESTADO ISLÂMICO FINANCIA SUAS ATIVIDADES?
Segundo o jornal Al-Araby al-Jadeed, todos os integrantes do Estado Islâmico recebem algum tipo de apoio financeiro. Por exemplo, um combatente comum ganha de 500 a 600 dólares por mês. Além disso, o EI também tem apoiado programas de caridade para beneficiar órfãos, viúvas e feridos simpáticos a sua causa. Ainda segundo o jornal, o grupo terrorista possui, em 2015, um orçamento de pelo menos 2 bilhões de dólares.
Mas como o EI consegue esse dinheiro? Uma das principais fontes de arrecadação do grupo vem davenda de petróleo no mercado negro. Até o fim de 2014, a organização radical assumiu o controle de importantes regiões petrolíferas no Iraque e na Síria, que de acordo com a revista Foreign Affairsproduzem cerca de 44 mil barris de petróleo por dia. Estes são vendidos por meio de intermediários na Turquia e na Síria. Para Matthew Levitt, integrante do Washington Institute, o EI ganha em torno de U$ 1 milhão (R$ 2,3 milhões) por dia somente com a exploração do petróleo iraquiano.
Entretanto, o petróleo não é a única fonte de renda para o EI. Ainda segundo Levitt, o grupo armado já possui um sistema de cobrança de impostos em áreas conquistadas, ao mesmo tempo em que promovem atividades ilegais como roubo de reservas de dinheiro de bancos locais, contrabando de carros e armas, sequestros e bloqueios de estradas e também a venda de antiguidades roubadas.
Porém, Levitt acredita que o tipo de operação que vimos na França não é financiada diretamente pelo EI: para ele, a célula possui um financiamento que provém de outras atividades criminosas, como a venda de drogas, realizadas na própria região. Isso porque os custos para realizar um atentado não são excessivamente altos: para Levitt, os atentados ocorridos em novembro de 2015 em Paris podem ter custado menos de 50 mil dólares, principalmente se comparados aos custos para evitar ataques terroristas.
POLÍTICAS DE COMBATE AO FINANCIAMENTO DO TERRORISMO
O financiamento aos grupos terroristas não é um problema recente. Já em 1999, as Nações Unidas demonstravam preocupação com essa questão, e por isso criaram a Convenção Internacional para a Eliminação do Financiamento do Terrorismo. Essa convenção impõe aos Estados ratificantes a criminalização do terrorismo, das organizações e dos atos terroristas. Segundo a Convenção, é considerado crime qualquer pessoa fornecer ou recolher fundos com a intenção de usá-los para a execução de qualquer ato de terrorismo.
Além disso, foi criado em 1989 pelo G-8 o GAFI (Grupo de Ação Financeira), que tinha como objetivo criminalizar a prática da lavagem de dinheiro no âmbito internacional. Após os atentados de 11 de setembro de 2001, o GAFI expandiu seu mandato para poder tratar também da questão do financiamento dos atos e organizações terroristas, bem como das questões referentes ao financiamento da proliferação de armas de destruição em massa. O grupo atua através da publicação de recomendações específicas para melhorar e harmonizar as regras contra crimes financeiros. Suas recomendações estão relacionadas com o aumento nas exigências de transparência, além de tornar mais rigorosas a fiscalização de transferências eletrônicas, aumento da cooperação internacional entre agências governamentais e grupos financeiros, a fim de trazer mais eficiência para trocas de informações, rastreamento, bloqueios, confiscos e repatriação de bens ilegais.
Foi através de umas das recomendações do GAFI que o Brasil criou a COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), principal órgão brasileiro no combate a crimes financeiros. É a COAF que coordena a participação brasileira em diversas organizações multigovernamentais de prevenção e combate ao financiamento de grupos terroristas. A maior crítica feita pelo GAFI é o fato do Brasil ainda não criminalizar o financiamento terrorista.
No que se refere a medidas mais efetivas contra os meios de arrecadação financeira de grupos terroristas, especificamente o EI, pode-se dizer que os bombardeios contra refinarias e poços de petróleo têm afetado as receitas da organização terrorista, diminuindo o lucro vindo da venda de petróleo. Também tentando frear o poder econômico dos grupos terroristas o G-20 e o GAFI têm trabalhado para fortalecer o combate a esse tipo de financiamento, principalmente aumentando as medidas contra a lavagem de dinheiro, já que eles afirmam que medidas contra a lavagem de dinheiro são fundamentais para conter economicamente o EI. O Conselho de Segurança da ONU, numa tentativa de diminuir a capacidade financeira do EI, proibiu todo o comércio de antiguidades da Síria, ameaçou impor sanções a qualquer um que compre petróleo do Estado Islâmico e de militantes da Frente Al-Nusra, ligada à Al Qaeda, e exortou os países a não pagar mais resgates de reféns.
Fontes:
COAF Brasil – BBC Brasil – Grupo de Ação Financeira – Guia de Referência Anti-Branqueamento de Capitais e de Combate ao Financiamento do Terrorismo do Banco Mundial – Infomoney
Julia Galef: Por que você acha que está certo, mesmo quando está errado?
Perspectiva é tudo, especialmente quando se trata de avaliarmos nossas crenças. Será que você é um soldado, disposto a defender seu ponto de vista a todo custo, ou um escoteiro, estimulado pela curiosidade? Julia Galef examina as motivações por trás dessas duas formas de pensar e o modo como elas moldam a maneira pela qual interpretamos informações novas, através de uma lição histórica convincente, que ocorreu na França do século 19. "Quando suas firmes opiniões são postas à prova", Galef diz, "qual é a coisa pela qual você mais anseia? Por defender suas próprias crenças, ou por ver o mundo da forma mais clara possível?"
A história de Elon Musk
In this success story, we are going to share Elon Musk biography, the CEO and CTO of SpaceX CEO, chief product architect of Tesla Motors, chairman of SolarCity, and co-founder of PayPal. Musk is also involved in developing a high-speed transportation system known as Hyperloop. Elon Musk invests in the projects that can change our world. He is not only an entrepreneur but also an inventor, innovator, and engineer: Musk personally participates in designing of electric cars and spaceships.
Elon Musk was the second entrepreneur in the Silicon Valley (the first one was James H. Clark) who managed to create three companies with the market cap of more than $1 billion – PayPal, SpaceX, and Tesla Motors. Elon Musk dedicates himself to space and alternative energy technologies. He plays by some different rules and does that quite successfully. The distinctive personality traits of Elon Musk are perseverance, critical thinking, accurate self-analysis and hard work (he works 80-100 hours per week).
Elon Musk was the second entrepreneur in the Silicon Valley (the first one was James H. Clark) who managed to create three companies with the market cap of more than $1 billion – PayPal, SpaceX, and Tesla Motors. Elon Musk dedicates himself to space and alternative energy technologies. He plays by some different rules and does that quite successfully. The distinctive personality traits of Elon Musk are perseverance, critical thinking, accurate self-analysis and hard work (he works 80-100 hours per week).
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23 julho 2016
Fato da Semana: Falando Grego
Fato: Dívida grega e a adoção das normas de contabilidade internacional
Data: 2016
Fonte: Governo Grego
Precedentes
2010 = Revela-se que os governos gregos estavam mentindo nas estatísticas econômicas para manter o país nas metas da Comunidade Européia. Foi revelado que o deficit era mais que 10% do PIB. Um pacote de ajuda dos países europeus colocou na Grécia mais de 100 bilhões de euros.
2015 = um partido de esquerda vence as eleições
Notícia boa para contabilidade? Sim. A adoção das normas contábeis poderá evidenciar melhor a posição de um país. Algumas pesquisas parecem apontar que países mais sérios adotam a competência; outros usam o regime de caixa ou uma contabilidade questionável.
Os acontecimentos recentes no Brasil mostram que somente a responsabilidade fiscal não é capaz de deter um grupo que deseja se aproveitar dos recursos do contribuinte em benefício próprio. Somente com uma contabilidade pelo regime de competência, que já é adotada na contabilidade societária privada há décadas, será possível um melhor retrato para situação do governo.
Desdobramentos - A crise apresenta uma boa oportunidade para mudanças. A Grécia mostrou que usando regras contábeis mais claras podemos ter uma visualização melhor da realidade. Será que isto chega ao Brasil? Tenho dúvidas; Ainda continuaremos com uma contabilidade pública arcaica, confusa, hermética para o usuário e, principalmente, não confiável como um retrato da realidade. Infelizmente.
Mas a semana só teve isto? Realmente não foi uma semana emocionante. Mas tivemos também o resultado da Microsoft, o balanço da Petros e a questão da privatização do governo federal.
Data: 2016
Fonte: Governo Grego
Precedentes
2010 = Revela-se que os governos gregos estavam mentindo nas estatísticas econômicas para manter o país nas metas da Comunidade Européia. Foi revelado que o deficit era mais que 10% do PIB. Um pacote de ajuda dos países europeus colocou na Grécia mais de 100 bilhões de euros.
2015 = um partido de esquerda vence as eleições
Notícia boa para contabilidade? Sim. A adoção das normas contábeis poderá evidenciar melhor a posição de um país. Algumas pesquisas parecem apontar que países mais sérios adotam a competência; outros usam o regime de caixa ou uma contabilidade questionável.
Os acontecimentos recentes no Brasil mostram que somente a responsabilidade fiscal não é capaz de deter um grupo que deseja se aproveitar dos recursos do contribuinte em benefício próprio. Somente com uma contabilidade pelo regime de competência, que já é adotada na contabilidade societária privada há décadas, será possível um melhor retrato para situação do governo.
Desdobramentos - A crise apresenta uma boa oportunidade para mudanças. A Grécia mostrou que usando regras contábeis mais claras podemos ter uma visualização melhor da realidade. Será que isto chega ao Brasil? Tenho dúvidas; Ainda continuaremos com uma contabilidade pública arcaica, confusa, hermética para o usuário e, principalmente, não confiável como um retrato da realidade. Infelizmente.
Mas a semana só teve isto? Realmente não foi uma semana emocionante. Mas tivemos também o resultado da Microsoft, o balanço da Petros e a questão da privatização do governo federal.
Validade e os fundamentos da inferência estatística
Resumo:
In this paper, we argue that the primary goal of the foundations of statistics is to provide data analysts with a set of guiding principles that are guaranteed to lead to valid statistical inference. This leads to two new questions: “what is valid statistical inference?” and “do existing methods achieve this?” Towards answering these questions, this paper makes three contributions. First, we express statistical inference as a process of converting observations into degrees of belief, and we give a clear mathematical definition of what it means for statistical inference to be valid. Second, we evaluate existing approaches Bayesian and frequentist approaches relative to this definition and conclude that, in general, these fail to provide valid statistical inference. This motivates a new way of thinking, and our third contribution is a demonstration that the inferential model framework meets the proposed criteria for valid and prior-free statistical inference, thereby solving perhaps the most important unsolved problem in statistics
Fonte: aqui
In this paper, we argue that the primary goal of the foundations of statistics is to provide data analysts with a set of guiding principles that are guaranteed to lead to valid statistical inference. This leads to two new questions: “what is valid statistical inference?” and “do existing methods achieve this?” Towards answering these questions, this paper makes three contributions. First, we express statistical inference as a process of converting observations into degrees of belief, and we give a clear mathematical definition of what it means for statistical inference to be valid. Second, we evaluate existing approaches Bayesian and frequentist approaches relative to this definition and conclude that, in general, these fail to provide valid statistical inference. This motivates a new way of thinking, and our third contribution is a demonstration that the inferential model framework meets the proposed criteria for valid and prior-free statistical inference, thereby solving perhaps the most important unsolved problem in statistics
Fonte: aqui
22 julho 2016
Gestão da OI
A justiça do Rio de Janeiro decidiu que a PwC e o escritório de advocacia Wald serão os responsáveis pela gestão da recuperação judicial da Oi. Isto será válido durante o período de recuperação.
Por ser o maior processo de recuperação judicial do país e por estabelecer parâmetros que podem ser seguidos nos próximos processos, a gestão da Oi interessa de perto os especialistas.
Por ser o maior processo de recuperação judicial do país e por estabelecer parâmetros que podem ser seguidos nos próximos processos, a gestão da Oi interessa de perto os especialistas.
Petrobras vende
O Conselho de Administração da empresa Petrobras aprovou o plano para busca de um sócio na gestão da empresa Petrobras Distribuidora. A Petrobras seria majoritária no capital total, mas com somente 49% do capital votante.
A decisão da empresa pode ajudar a obter recursos que tanto precisa. Além disto, ajuda a reduzir a necessidade de captação de recursos de terceiros, cujo custo é sempre elevado para empresas em dificuldades financeiras.
Outro ponto positivo da decisão é o foco no negócio principal. Finalmente, a decisão reduz a influencia política na empresa seja menor: não haveria um loteamento dos cargos por parte dos políticos no poder, que tanto prejudicou as empresas estatais nos últimos anos.
A decisão da empresa pode ajudar a obter recursos que tanto precisa. Além disto, ajuda a reduzir a necessidade de captação de recursos de terceiros, cujo custo é sempre elevado para empresas em dificuldades financeiras.
Outro ponto positivo da decisão é o foco no negócio principal. Finalmente, a decisão reduz a influencia política na empresa seja menor: não haveria um loteamento dos cargos por parte dos políticos no poder, que tanto prejudicou as empresas estatais nos últimos anos.
Evidenciação obrigatória e contágio financeiro
Resumo:
This paper explores whether mandatory disclosure of bank balance sheet information can improve welfare. In our benchmark model, mandatory disclosure can raise welfare only when markets are frozen, i.e. when investors refuse to fund banks in the absence of balance sheet information. Even then, intervention is only warranted if there is sufficient contagion across banks, in a sense we make precise within our model. In the same benchmark model, if in the absence of balance sheet information investors would fund banks, mandatory disclosure cannot raise welfare and it will be desirable to forbid banks to disclose their financial positions. When we modify the model to allow banks to engage in moral hazard, mandatory disclosure can increase welfare in normal times. But the case for intervention still hinges on there being sufficient contagion. Finally, we argue disclosure represents a substitute to other financial reforms rather than complement them as some have argued.
Fonte: Mandatory Disclosure and Financial Contagion- Fernando Alvarez and Gadi Barlevy-2016.
This paper explores whether mandatory disclosure of bank balance sheet information can improve welfare. In our benchmark model, mandatory disclosure can raise welfare only when markets are frozen, i.e. when investors refuse to fund banks in the absence of balance sheet information. Even then, intervention is only warranted if there is sufficient contagion across banks, in a sense we make precise within our model. In the same benchmark model, if in the absence of balance sheet information investors would fund banks, mandatory disclosure cannot raise welfare and it will be desirable to forbid banks to disclose their financial positions. When we modify the model to allow banks to engage in moral hazard, mandatory disclosure can increase welfare in normal times. But the case for intervention still hinges on there being sufficient contagion. Finally, we argue disclosure represents a substitute to other financial reforms rather than complement them as some have argued.
Fonte: Mandatory Disclosure and Financial Contagion- Fernando Alvarez and Gadi Barlevy-2016.
Listas: 5 melhores acadêmicos latino-americanos
AQ Top 5 Latin American Academics: Ricardo Hausmann - Economista
Venezuela's "know-how" economist has helped countries like Colombia, Mexico and Peru shield themselves from boom and bust cycles.AQ Top 5 Latin American Academics: Mónica Ponce de León- Arquiteta
An architect who embraces digital technology as a way to enhance her work in an era when some have questioned the discipline’s relevance.AQ Top 5 Latin American Academics: Artur Avila- Matemático brasileiro
The 37-year-old mathematician became the first Latin American to win the prestigious Fields Medal in 2014.AQ Top 5 Latin American Academics: María Teresa Ruiz González - Astrônoma
A stargazer blazing a trail for a new generation of Chilean scientists.AQ Top 5 Latin American Academics: Agustín Lage- Engenheiro biotécnico
Lage turned Cuba's Center of Molecular Immunology into one of the world's top institutes for biotech and medical research.Fonte: aqui
21 julho 2016
Cantando no carro com Michelle Obama
O comediante e ator James Colbert é o mais recente apresentador do The Late Late Show (ele começou há cerca de um ano).
Um dos quadros que mais gosto é o "Carpool Karaoke" no qual James dá carona para cantores como Steve Wonder, Adele (meu episódio preferido), Red Hot Chili Peppers, Sia, Selena Gomez ... e ao longo do quadro eles cantam e conversam. A Primeira Dama dos EUA foi a primeira não-cantora a participar.
Michelle Obama está divulgando o Snapchat dela (MichelleObama) para promover a luta para encorajar o acesso de meninas à educação - Let Girls Learn Initiative. Ela tem participado de vários canais e ainda bem que The Late Late show fez parte. ♥
Para os fãs de Gilmore Girls - um vídeo dela com a Rory. ♥ ♥ ♥
6 Princípios de Economia Comportamental
O objetivo do paper abaixo é mostrar como 6 princípios de Economia Comportamental podem ser introduzidos em cursos de introdução à economia.
Resumo:
Behavioral economics has become an important and integrated component of modern economics. Behavioral economists embrace the core principles of economics—optimization and equilibrium—and seek to develop and extend those ideas to make them more empirically accurate. Behavioral models assume that economic actors try to pick the best feasible option and those actors sometimes make mistakes. Behavioral ideas should be incorporated throughout the first-year undergraduate course. Instructors should also considering allocating a lecture (or more) to a focused discussion of behavioral concepts. We describe our approach to such a lecture, highlighting six modular principles and empirical examples that support them.
Fonte: Laibson, David and John A. List. 2015. "Principles of (Behavioral) Economics." American Economic Review, 105(5): 385-90.
Os autores definem Economia comportamental da seguinte forma: são emendas à teoria econômica tradicional. Ela melhora a análise econômica tradicional. Tanto a teoria econômica tradicional como a economica comportamental assumem que: i) as pessoas tendem a escolher a melhor opção disponível (otimização) ii) as pessoas tendem a escolher a melhor opção disponível quando interagem com outras pessoas (conceito de equilírio) iii) os modelos devem ser testados com dados (empiricismo). Apesar da Economia comportamentl ter surgido após o famoso artigo de dois psicólogos israelenses ( Daniel Kahneman and Amos Tversky) em 1979. No entanto, Adam Smith já tratava de conceitos de economia comportamental em suas obras seminais. Os autores do artigo elencam 6 princípios de economia comportamental que deveriam ser introduzidos num curso de introdução à economia.
1ª Princípio: as pessoas tendem a escolher a melhor opção, mas às vezes falham. Os erros (ou falhas) são previsíveis. Tomadores de decisão mais experientes tendem a tomar melhores decisões. Por exemplo, já foi mostrado que pessoas que tem mais experiência com cartão de crédito tendem a pagar menos tarifas. Assim, pessoas mais experientes tendem tomar decisões ótimas.
2ª Princípio: os indivíduos se importam com pontos de referência. Por exemplo, se uma pessoa entrar num casino com 200 reais. Ela avaliará suas perdas e ganhos segundo esse ponto de referência. Além disso, as perdas têm muito mais peso que os ganhos (fenômeno denominado aversão à perda). Em geral, as pessoas sofrem duas vezes mais com a perdas do que um ganho da mesma magnitude. A aversão à perda desencoraja o comércio. Assim, as pessoas evitam a realização de trocas e permanecem com seus ativos (o que é conhecido por efeito dotação ou viés de status quo). Ou seja, o indivíduo acha que as coisas que ele possui valem mais do que as outras coisas e por isso evita trocas.
3ª Princípio: as pessoas têm problemas de auto-controle. Por exemplo, as pessoas planejam trabalhar pesado, fazer dieta, exercício, poupar mais. No entanto, acabam por não concluir tais tarefas. Há um gap entre as intenções e realizações.
4ª Princípio: as pessoas se preocupam bastante com seus ganhos materias, mas nem por isso deixam de se preocupar com as intenções, ações e ganhos dos outros. Por exemplo, num jogo em que o indivíduo 1 deve definir como dividir 10 reais com o indivíduo 2. Em que caso a segunda pessoa rejeite a oferta os dois ficam sem nada. Em geral, a primeira pessoa faz uma oferta de pelo menos 2 reais,
5ª Princípio: Muitas vezes as trocas de mercado eliminam a influência de fatores psicológicos, mas mesmo assim esses fatores podem influenciar os mercados. Por exemplo, se investidores com vieses comportamentais compõem uma pequena parte do mercado, então os investidores racionais vão eliminar a influência desses vieses nos preços dos ativos. Caso contrário, as crenças dos investidores com viés terá grande influência no mercado como ocorreu na bolha de tecnologia de 2000 e na crise de 2008.
6ª Princípio: na teoria, limitar as opções das pessoas pode protegê-las de vieses cognitivos. Mas na prática, governos extremamente partenalistas são impopulares e têm um desepenho misto. Paternalismo que tem sucesso: seguridade social. Paternalismo que fracassa: proibição de bebida alcoólica, tributos sobre o açúcar.
Resumo:
Behavioral economics has become an important and integrated component of modern economics. Behavioral economists embrace the core principles of economics—optimization and equilibrium—and seek to develop and extend those ideas to make them more empirically accurate. Behavioral models assume that economic actors try to pick the best feasible option and those actors sometimes make mistakes. Behavioral ideas should be incorporated throughout the first-year undergraduate course. Instructors should also considering allocating a lecture (or more) to a focused discussion of behavioral concepts. We describe our approach to such a lecture, highlighting six modular principles and empirical examples that support them.
Fonte: Laibson, David and John A. List. 2015. "Principles of (Behavioral) Economics." American Economic Review, 105(5): 385-90.
1ª Princípio: as pessoas tendem a escolher a melhor opção, mas às vezes falham. Os erros (ou falhas) são previsíveis. Tomadores de decisão mais experientes tendem a tomar melhores decisões. Por exemplo, já foi mostrado que pessoas que tem mais experiência com cartão de crédito tendem a pagar menos tarifas. Assim, pessoas mais experientes tendem tomar decisões ótimas.
2ª Princípio: os indivíduos se importam com pontos de referência. Por exemplo, se uma pessoa entrar num casino com 200 reais. Ela avaliará suas perdas e ganhos segundo esse ponto de referência. Além disso, as perdas têm muito mais peso que os ganhos (fenômeno denominado aversão à perda). Em geral, as pessoas sofrem duas vezes mais com a perdas do que um ganho da mesma magnitude. A aversão à perda desencoraja o comércio. Assim, as pessoas evitam a realização de trocas e permanecem com seus ativos (o que é conhecido por efeito dotação ou viés de status quo). Ou seja, o indivíduo acha que as coisas que ele possui valem mais do que as outras coisas e por isso evita trocas.
3ª Princípio: as pessoas têm problemas de auto-controle. Por exemplo, as pessoas planejam trabalhar pesado, fazer dieta, exercício, poupar mais. No entanto, acabam por não concluir tais tarefas. Há um gap entre as intenções e realizações.
4ª Princípio: as pessoas se preocupam bastante com seus ganhos materias, mas nem por isso deixam de se preocupar com as intenções, ações e ganhos dos outros. Por exemplo, num jogo em que o indivíduo 1 deve definir como dividir 10 reais com o indivíduo 2. Em que caso a segunda pessoa rejeite a oferta os dois ficam sem nada. Em geral, a primeira pessoa faz uma oferta de pelo menos 2 reais,
5ª Princípio: Muitas vezes as trocas de mercado eliminam a influência de fatores psicológicos, mas mesmo assim esses fatores podem influenciar os mercados. Por exemplo, se investidores com vieses comportamentais compõem uma pequena parte do mercado, então os investidores racionais vão eliminar a influência desses vieses nos preços dos ativos. Caso contrário, as crenças dos investidores com viés terá grande influência no mercado como ocorreu na bolha de tecnologia de 2000 e na crise de 2008.
6ª Princípio: na teoria, limitar as opções das pessoas pode protegê-las de vieses cognitivos. Mas na prática, governos extremamente partenalistas são impopulares e têm um desepenho misto. Paternalismo que tem sucesso: seguridade social. Paternalismo que fracassa: proibição de bebida alcoólica, tributos sobre o açúcar.
Rir é o melhor remédio
Um comercial norueguês resolveu mostrar um Rio de Janeiro mais "realista".
A campanha da marca esportiva XXL Sport & Villmark para os Jogos Olímpicos do Rio se passa em uma favela.
No vídeo "Sport Unites All", um menino, que encontra uma carteira perdida, é tratado como ladrão pela polícia, que o persegue pelas ruas da comunidade, sem dar espaço para explicações.
A realidade acaba por aí: o dono da carteira é Ronaldinho Gaúcho, que se apresenta e salva o dia, para a felicidade dos agentes.
O vídeo termina com uma pelada na praia entre menino, Ronaldinho e policiais. Um final de novela, praticamente.
Fonte: Aqui
20 julho 2016
Poderíamos aprender com Montreal?
Eis o que encontrei na Wikipedia no verbete de Montreal:
Montreal organizou os Jogos Olímpicos de Verão de 1976, o que endividou profundamente a cidade (na ordem dos bilhões de dólares canadenses), devido a gastos não controlados e à corrupção. A dívida continuou a ser paga até o início de 2006. Embora Montreal tenha planejado concorrer nas seletivas que determinariam a cidade que sediará os Jogos Olímpicos de 2016, muitos dos habitantes da cidade não querem que a cidade sedie outra Olimpíada.
Até os anos de 1960 Montreal era a principal cidade do Canadá, sendo seu centro financeiro e industrial. Um dos motivos foi o nacionalismo:
A aprovação da Lei 101 pelo governo de Quebec, em 1977, limitando o uso do inglês e outros idiomas que não o francês na política, comércio e na mídia, foram fatores decisivos, causando o afastamento de comerciantes e empresas internacionais, que se mudaram principalmente para Toronto, e a diminuição do número de imigrantes instalados na cidade.
Montreal organizou os Jogos Olímpicos de Verão de 1976, o que endividou profundamente a cidade (na ordem dos bilhões de dólares canadenses), devido a gastos não controlados e à corrupção. A dívida continuou a ser paga até o início de 2006. Embora Montreal tenha planejado concorrer nas seletivas que determinariam a cidade que sediará os Jogos Olímpicos de 2016, muitos dos habitantes da cidade não querem que a cidade sedie outra Olimpíada.
Até os anos de 1960 Montreal era a principal cidade do Canadá, sendo seu centro financeiro e industrial. Um dos motivos foi o nacionalismo:
A aprovação da Lei 101 pelo governo de Quebec, em 1977, limitando o uso do inglês e outros idiomas que não o francês na política, comércio e na mídia, foram fatores decisivos, causando o afastamento de comerciantes e empresas internacionais, que se mudaram principalmente para Toronto, e a diminuição do número de imigrantes instalados na cidade.
Links
Supermodelo Miranda Kerr (foto) anuncia compromisso com o fundador do Snapchat no Instagram
Pesquisa sobre fraude no mundo (versão 2016) (PDF)
Não existe diferença entre a arte criada pelo ser humano e a criada pelo computador
5 maneiras de viver sem stress
Construtoras: Odebrecht reestrutura dívida e PDG paralisa obra
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Construtoras: Odebrecht reestrutura dívida e PDG paralisa obra
Erro mostra falhas na lei eleitoral
Uma lei aprovada no ano passado estipulou que o teto de despesas nas eleições para vereador em 2016 deve ser igual a 70% do maior gasto na campanha anterior, mais a correção da inflação no período. Em Manaus, um erro transformou um recibo de R$ 2.850 em R$ 28,5 milhões. Em 2013, as contas do candidato Abraão Santana de Melo foram analisadas e consideradas não prestadas pela Justiça Eleitoral do Amazonas, em razão de uma série de inconsistências.
Assim, o caso nunca chegou a ser analisado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Na hora de calcular o teto das campanhas deste ano, o erro passou batido, fazendo com que o TSE jogasse para cima os gastos permitidos aos candidatos à Câmara de de Vereadores da capital do Amazonas.
Isto mostra como a regulamentação eleitoral no Brasil é falha. Com a pretensão de ser "justa" e "igualitária", a lei incentiva comportamentos inadequados. Continue lendo aqui
Assim, o caso nunca chegou a ser analisado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Na hora de calcular o teto das campanhas deste ano, o erro passou batido, fazendo com que o TSE jogasse para cima os gastos permitidos aos candidatos à Câmara de de Vereadores da capital do Amazonas.
Isto mostra como a regulamentação eleitoral no Brasil é falha. Com a pretensão de ser "justa" e "igualitária", a lei incentiva comportamentos inadequados. Continue lendo aqui
Dívida da Grécia e adoção das IPSAS
Can the adoption of international accounting standards change the world’s view of Greek debt?
The government of Greece recently announced that it was adopting International Public Sector Accounting Standards (IPSAS). This article considers how the adoption of IPSAS might help Greece. The current context is one in which an agreement has recently been reached between Greece and its creditors, though further negotiations on matters such as debt relief are required. That agreement is predicated on the notion that Greece has an unsustainable burden of debt, and the debate has focused on what changes are needed to make the debt sustainable. The International Monetary Fund (IMF) has expressed the view that for Greece’s debt to be sustainable requires debt relief.
The ‘traditional’ benefits of IPSASIn a different context, the question of how the adoption and use of IPSAS-based accounting would help a country could be answered in a more traditional way. Good accounting is an essential element of good governance; high-quality public financial management enables tighter fiscal control; the transparency associated with IPSAS-based financial statements leads to a better informed electorate and a more accountable government. In such a context, government accounting is an essential element of a well-functioning management system, enabling decision-makers to measure and monitor performance, and creating incentives for them not to take decisions that impact negatively on either efficiency or intergenerational equity.
For Greece, its adoption of IPSAS might, in time, generate these benefits. But the current context is one characterized by a widespread and pervasive misunderstanding of Greece’s real fiscal position. That misunderstanding has created a setting in which the solution recently reached between Greece and its creditors does not address the real problem and, indeed, may exacerbate it. In this context, the most immediate and significant ways in which IPSAS can help Greece is to reveal its current position, and prevent it from getting worse.
Understanding Greece’s real debt position
The ‘traditional’ benefits of IPSASIn a different context, the question of how the adoption and use of IPSAS-based accounting would help a country could be answered in a more traditional way. Good accounting is an essential element of good governance; high-quality public financial management enables tighter fiscal control; the transparency associated with IPSAS-based financial statements leads to a better informed electorate and a more accountable government. In such a context, government accounting is an essential element of a well-functioning management system, enabling decision-makers to measure and monitor performance, and creating incentives for them not to take decisions that impact negatively on either efficiency or intergenerational equity.
For Greece, its adoption of IPSAS might, in time, generate these benefits. But the current context is one characterized by a widespread and pervasive misunderstanding of Greece’s real fiscal position. That misunderstanding has created a setting in which the solution recently reached between Greece and its creditors does not address the real problem and, indeed, may exacerbate it. In this context, the most immediate and significant ways in which IPSAS can help Greece is to reveal its current position, and prevent it from getting worse.
Understanding Greece’s real debt position
While Greece’s debt is commonly cited as being 175–180% of GDP, it is increasingly being acknowledged that this number is incorrect and indefensible, because it is based on the face value of Greece’s debt. This is notwithstanding that the debt has both long maturities and concessional interest rates, as well as grace periods. Just two of many instances where the inappropriateness of using face value as the measure of debt areProfessor Paul de Grauwe (2015) and the Institute of International Finance (IIF, 2015). The IIF, for example, states:
The fixation on measuring debt sustainability as a ratio of nominal debt to GDP is too narrow and simplistic to serve as an all-powerful target of adjustment policies. The composition and structure of debt matters greatly: maturity (long term or short/medium term), interest costs (market rates or concessionary/low rates) as well as existence of grace periods.
Also, as Schumacher and Weder di Mauro (2015) note, the IMF does not use face value of debt when conducting debt sustainability analyses of developing countries, which typically have debt with long maturities and concessional interest rates – exactly the situation with Greece.
The fixation on measuring debt sustainability as a ratio of nominal debt to GDP is too narrow and simplistic to serve as an all-powerful target of adjustment policies. The composition and structure of debt matters greatly: maturity (long term or short/medium term), interest costs (market rates or concessionary/low rates) as well as existence of grace periods.
Also, as Schumacher and Weder di Mauro (2015) note, the IMF does not use face value of debt when conducting debt sustainability analyses of developing countries, which typically have debt with long maturities and concessional interest rates – exactly the situation with Greece.
[...]
Fonte: aqui
Microsoft reverte prejuízo
A Microsoft anunciou nesta terça-feira (19) que teve lucro líquido de US$ 3,12 bilhões no quarto trimestre fiscal, revertendo resultado negativo registrado um ano antes, de US$ 3,2 bilhões.
A companhia apurou um crescimento de 2,1% na receita ajustada do trimestre encerrado em 30 de junho, apoiada em expansão de negócios em computação em nuvem, que minimizou a fraqueza no mercado de computadores pessoais.
A receita ajustada subiu para US$ 22,6 bilhões no trimestre, ante US$ 22,18 bilhões faturados um ano antes.
Fonte: Aqui
A companhia apurou um crescimento de 2,1% na receita ajustada do trimestre encerrado em 30 de junho, apoiada em expansão de negócios em computação em nuvem, que minimizou a fraqueza no mercado de computadores pessoais.
A receita ajustada subiu para US$ 22,6 bilhões no trimestre, ante US$ 22,18 bilhões faturados um ano antes.
Fonte: Aqui
19 julho 2016
FMI melhora projeções para o Brasil
Pela primeira vez em quatro anos, o Fundo Monetário Internacional [FMI] melhorou as estimativas para a economia brasileira.
Segundo o Fundo Monetário Internacional, a contração da economia brasileira este ano vai ser 0,5 ponto percentual menor do que se esperava. Em abril, a previsão era de 3,8% de queda. Agora, a previsão é de 3,3%.
Para 2017, o FMI prevê que o Brasil alcance 0,5% de crescimento. Apenas três meses atrás, a previsão de crescimento para o Brasil em 2017 era zero.
De 3,3% negativos esse ano para 0,5% positivo no ano que vem, o salto é grande. Nem tudo é crescimento. Boa parte é freada na queda econômica, mas é uma mudança de perspectiva, depois de o FMI passar quatro anos seguidos fazendo previsões de declínio econômico para o Brasil.
Os economistas do FMI dizem que aumentou a confiança dos investidores no mercado brasileiro. Apesar dessa previsão de melhora, o Brasil fica bem atrás no quadro geral da América Latina, tanto para este ano quanto para o ano que vem. [...]
Fonte: Aqui
Segundo o Fundo Monetário Internacional, a contração da economia brasileira este ano vai ser 0,5 ponto percentual menor do que se esperava. Em abril, a previsão era de 3,8% de queda. Agora, a previsão é de 3,3%.
Para 2017, o FMI prevê que o Brasil alcance 0,5% de crescimento. Apenas três meses atrás, a previsão de crescimento para o Brasil em 2017 era zero.
De 3,3% negativos esse ano para 0,5% positivo no ano que vem, o salto é grande. Nem tudo é crescimento. Boa parte é freada na queda econômica, mas é uma mudança de perspectiva, depois de o FMI passar quatro anos seguidos fazendo previsões de declínio econômico para o Brasil.
Os economistas do FMI dizem que aumentou a confiança dos investidores no mercado brasileiro. Apesar dessa previsão de melhora, o Brasil fica bem atrás no quadro geral da América Latina, tanto para este ano quanto para o ano que vem. [...]
Fonte: Aqui
Petros
A Petros informou, em nota, que não reconhece o valor de R$ 8 bilhões atribuído a perda de investimentos em empresas no ano passado. A fundação de previdência complementar dos funcionários da Petrobras divulgou o comunicado em resposta a matéria publicada no Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor, na segunda-feira, que cita perdas de R$ 8 bilhões do fundo com investimentos em empresas em 2015. Segundo a Petros, o déficit registrado no ano passado considera impacto de R$ 411 milhões de contingências judiciais e não de R$ 3 bilhões. A fundação também diz que, em relação ao investimento em JBS, não houve perda, e sim valorização de R$ 284 milhões.
Muito confuso. Segundo informou o Valor, a Petros não considerou as perdas com outros investimentos, como a Sete Brasil. O jornal informa que a Petros fez a seguinte declaração:
“Cabe esclarecer, ainda, que a maior parte do resultado do Plano Petros do Sistema Petrobras (PPSP) em 2015 tem origem na necessidade de tratamento de antigas questões estruturais do plano, conforme determina a legislação, e na alta da inflação registrada ano passado”
Entendeu?
Muito confuso. Segundo informou o Valor, a Petros não considerou as perdas com outros investimentos, como a Sete Brasil. O jornal informa que a Petros fez a seguinte declaração:
“Cabe esclarecer, ainda, que a maior parte do resultado do Plano Petros do Sistema Petrobras (PPSP) em 2015 tem origem na necessidade de tratamento de antigas questões estruturais do plano, conforme determina a legislação, e na alta da inflação registrada ano passado”
Entendeu?
Administrando a Oi
O juiz da Vara Empresarial do Rio de Janeiro solicitou que a Anatel indicasse até cinco empresas para dirigir a Oi. Segundo informou o Estado de S Paulo a Anatel indicou quatro empresas, sendo três delas conhecidas do contador: PwC, Deloitte, consórcio BDO Pro e Alvarez & Marsal.
Venda de ativos do governo brasileiro
As desestatizações previstas pelo governo federal têm o potencial de levantar recursos de pelo menos R$ 120 bilhões, segundo levantamento feito pelo ‘Estado’ com base nas estimativas do próprio governo. Esse reforço nas contas virá de concessões, privatizações, vendas de ativos, securitizações e aberturas de capital, medidas que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, chamou de “Plano B” da gestão da economia – o “Plano A” seria o corte de gastos e o “C” o aumento de impostos.
[...]
Como as desestatizações e securitizações vão reforçar o caixa do governo:
- Setor de energia: até R$ 50 bilhões
- Venda de participações acionárias da Eletrobrás em 154 SPEs
- Venda das distribuidoras de energia no Norte e Nordeste.
- Venda de hidrelétricas que eram da Cemig: Jaguara, São Simão e Miranda
- Pré-sal: licitação dos campos unitizáveis Carcará, Gato do Mato, Tartaruga Mestiça e Sapinhoá
- Pós-sal: 14ª rodada de óleo e gás
- Setor financeiro
- Banco do Brasil pode vender administradora de cartões e administradora de recursos de terceiros
- Caixa estuda joint venture em loterias; procura parceiro para administração de cartões; estuda abertura de capital da Caixa Seguridade; e poderá ter sócio para operar loteria na internet
- BNDESPar, braço de investimentos do BNDES, vai vender participações
- Abertura de capital do Instituto de Resseguros do Brasil
- Securitização: R$ 60 bilhões
- Venda de créditos que a Receita Federal tem a receber
- Aeroportos: R$ 5 bilhões a R$ 10 bilhões
- Concessão de aeroportos: Salvador, Fortaleza, Florianópolis e Porto Alegre
- Venda de aeroportos regionais
- Como isso pode ajudar o caixa do governo
- Receita com a venda de bens
- Imposto de Renda sobre lucro das estatais com os negócios
- Aumento do lucro das estatais e pagamento de dividendos
- Economia com menor necessidade de capitalização das estatais
[...]
Como as desestatizações e securitizações vão reforçar o caixa do governo:
- Setor de energia: até R$ 50 bilhões
- Venda de participações acionárias da Eletrobrás em 154 SPEs
- Venda das distribuidoras de energia no Norte e Nordeste.
- Venda de hidrelétricas que eram da Cemig: Jaguara, São Simão e Miranda
- Pré-sal: licitação dos campos unitizáveis Carcará, Gato do Mato, Tartaruga Mestiça e Sapinhoá
- Pós-sal: 14ª rodada de óleo e gás
- Setor financeiro
- Banco do Brasil pode vender administradora de cartões e administradora de recursos de terceiros
- Caixa estuda joint venture em loterias; procura parceiro para administração de cartões; estuda abertura de capital da Caixa Seguridade; e poderá ter sócio para operar loteria na internet
- BNDESPar, braço de investimentos do BNDES, vai vender participações
- Abertura de capital do Instituto de Resseguros do Brasil
- Securitização: R$ 60 bilhões
- Venda de créditos que a Receita Federal tem a receber
- Aeroportos: R$ 5 bilhões a R$ 10 bilhões
- Concessão de aeroportos: Salvador, Fortaleza, Florianópolis e Porto Alegre
- Venda de aeroportos regionais
- Como isso pode ajudar o caixa do governo
- Receita com a venda de bens
- Imposto de Renda sobre lucro das estatais com os negócios
- Aumento do lucro das estatais e pagamento de dividendos
- Economia com menor necessidade de capitalização das estatais
Na verdade, o governo brasileiro pode arrecadar muito mais dinheiro. Basta privatizar todas as 140 empresas estatais.
Fonte: aqui
Erros de previsão fiscal dos governos
Resumo:
Government forecasts of GDP growth and budget balances are generally more over-optimistic than private sector forecasts. When official forecasts are especially optimistic relative to private forecasts ex ante, they are more likely also to be over-optimistic relative to realizations ex post. For example, euro area governments during the period 1999-2007 assiduously and inaccurately avoided forecasting deficit levels that would exceed the 3% Stability and Growth Pact threshold; meanwhile private sector forecasters were not subject to this crude bias. As a result, the budget-making process could probably be improved by using private-sector forecasts.
Fonte: Frankel, Jeffrey A. and Schreger, Jesse, Bias in Official Fiscal Forecasts: Can Private Forecasts Help? (May 20, 2016). HKS Working Paper No. 16-021.
Government forecasts of GDP growth and budget balances are generally more over-optimistic than private sector forecasts. When official forecasts are especially optimistic relative to private forecasts ex ante, they are more likely also to be over-optimistic relative to realizations ex post. For example, euro area governments during the period 1999-2007 assiduously and inaccurately avoided forecasting deficit levels that would exceed the 3% Stability and Growth Pact threshold; meanwhile private sector forecasters were not subject to this crude bias. As a result, the budget-making process could probably be improved by using private-sector forecasts.
Fonte: Frankel, Jeffrey A. and Schreger, Jesse, Bias in Official Fiscal Forecasts: Can Private Forecasts Help? (May 20, 2016). HKS Working Paper No. 16-021.
18 julho 2016
Lauro Morhy
Depois de uma luta de anos contra o câncer, faleceu neste final de semana o ex-reitor da Universidade de Brasília, professor Lauro Morhy. Apesar de atuar na área de biologia, Morhy tinha o curso de técnico em contabilidade.
Durante seu mandato de reitor, um grupo de professores de quatro universidades federais tiveram uma ideia estranha: juntar os professores das instituições e propor um mestrado em contabilidade. Naquela época existiam quatro mestrados reconhecidos no Brasil, dois na cidade do Rio de Janeiro e dois na cidade de São Paulo. O projeto era muito maluco, mas contou com o amplo apoio do então reitor da UnB, que era adepto de ideias inovadoras. A proposta resultou no mestrado (e posterior doutorado) multi.
Muitos anos depois, já doente, o professor Lauro foi lembrado para a banca de doutorado do professor Eduardo Tadeu Vieira. Não somente compareceu, como contou histórias sobre o ensino superior.
Ele inspirava as pessoas. Irá fazer muita falta.
O papel da contabilidade forense no terrorismo
Pouquíssimos terroristas são pegos em flagrante então prendê-los envolve uma grande e detalhado processo de investigação. A investigação para encontrar terroristas pode levar meses ou anos. Desde o início do FBI contadores são parceiros fundamentais para ajudar agentes a construírem um caso contra terroristas e outros criminosos. The Nest mostra como o FBI emprega a contabilidade forense para ajuda-los a “seguir o dinheiro”:
Analista financeiro
A contabilidade forense é essencial ao ciclo de inteligência empregado pelo FBI. Terroristas precisam de dinheiro porque os criminosos precisam de treinamento, equipamento e armas. Alguém tem que financiar essas compras ou dar fundos para que os próprios terroristas adquiram o que necessitam. Contadores forenses recebem um treinamento específico para conseguirem encontrar e interpretar os detalhes de transações financeiras. Eles analisam e auditam dados bancários, companhias de investimento, empresas aéreas, caixas eletrônicos e detalhes telefônicos, além de organizações duvidosas de caridade. Os contadores ajudam a encontrar terroristas ao revisarem os dados financeiros de indivíduos ou negócios suspeitos de envolvimento com o terrorismo. Eles completam análises financeira de negócios e dados pessoais para criar perfis que identificam pessoas ou negócios suspeitos de terrorismo ou de apoio a terroristas.
Provas e evidências
Ao revisar dados financeiros, acompanhar atividades financeiras, depósitos e saques em diversas contas, os contadores forenses colhem evidências que podem ser utilizadas para antecipar e localizar atividades terroristas suspeitas ou processar terroristas conhecidos. Nos anos iniciais do FBI, os contadores ajudaram a pegar criminosos notáveis como Al Capone, preso por evasões fiscais. Contadores forenses também conseguem reconstruir atividades juntando informações de fontes diversas. Após juntar as evidências financeiras, os contadores reportam seus achados em relatórios investigativos.
Fontes de recursos
A atividade terrorista começa ao encontrar negócios ou pessoas que financiam criminosos. Um contador forense passa muito tempo procurando fontes de recursos e transações inter-relacionadas para determinar a atividade terrorista. Em 2009, o FBI desenvolveu a posição de contador forense como uma função investigativa auxiliar tanto para o terrorismo quanto para outros crimes financeiros. Desde os atentados de 11 de setembro o FBI tem contadores acompanhando uma variedade de transações financeiras que podem envolver a transferência de grandes somas monetárias, células terroristas dormentes ou treinamento terrorista.
Testemunha perita
Alguns contadores testemunham seus achados no tribunal. Eles podem se encontrar com o promotor público para construir o caso contra terroristas. Eles discutem estratégias e procedimentos antes de um caso ir a julgamento. Assim que um caso judicial se inicia, alguns contadores podem testemunhar como peritos. Contadores forense devem estar familiarizados com princípios e práticas contábeis, políticas e procedimentos de aplicação de leis, regras federais relacionadas a provas criminais, protocolos de segurança em nível nacional e procedimentos jurídicos.
Analista financeiro
A contabilidade forense é essencial ao ciclo de inteligência empregado pelo FBI. Terroristas precisam de dinheiro porque os criminosos precisam de treinamento, equipamento e armas. Alguém tem que financiar essas compras ou dar fundos para que os próprios terroristas adquiram o que necessitam. Contadores forenses recebem um treinamento específico para conseguirem encontrar e interpretar os detalhes de transações financeiras. Eles analisam e auditam dados bancários, companhias de investimento, empresas aéreas, caixas eletrônicos e detalhes telefônicos, além de organizações duvidosas de caridade. Os contadores ajudam a encontrar terroristas ao revisarem os dados financeiros de indivíduos ou negócios suspeitos de envolvimento com o terrorismo. Eles completam análises financeira de negócios e dados pessoais para criar perfis que identificam pessoas ou negócios suspeitos de terrorismo ou de apoio a terroristas.
Provas e evidências
Ao revisar dados financeiros, acompanhar atividades financeiras, depósitos e saques em diversas contas, os contadores forenses colhem evidências que podem ser utilizadas para antecipar e localizar atividades terroristas suspeitas ou processar terroristas conhecidos. Nos anos iniciais do FBI, os contadores ajudaram a pegar criminosos notáveis como Al Capone, preso por evasões fiscais. Contadores forenses também conseguem reconstruir atividades juntando informações de fontes diversas. Após juntar as evidências financeiras, os contadores reportam seus achados em relatórios investigativos.
Fontes de recursos
A atividade terrorista começa ao encontrar negócios ou pessoas que financiam criminosos. Um contador forense passa muito tempo procurando fontes de recursos e transações inter-relacionadas para determinar a atividade terrorista. Em 2009, o FBI desenvolveu a posição de contador forense como uma função investigativa auxiliar tanto para o terrorismo quanto para outros crimes financeiros. Desde os atentados de 11 de setembro o FBI tem contadores acompanhando uma variedade de transações financeiras que podem envolver a transferência de grandes somas monetárias, células terroristas dormentes ou treinamento terrorista.
Testemunha perita
Alguns contadores testemunham seus achados no tribunal. Eles podem se encontrar com o promotor público para construir o caso contra terroristas. Eles discutem estratégias e procedimentos antes de um caso ir a julgamento. Assim que um caso judicial se inicia, alguns contadores podem testemunhar como peritos. Contadores forense devem estar familiarizados com princípios e práticas contábeis, políticas e procedimentos de aplicação de leis, regras federais relacionadas a provas criminais, protocolos de segurança em nível nacional e procedimentos jurídicos.
17 julho 2016
Por que os títulos da dívida americana são ativos seguros?
Resumo:
US government bonds are considered to be the world's safe store of value, especially during periods of economic turmoil such as the events of 2008. But what makes US government bonds "safe assets"? We highlight coordination among investors, and build a model in which two countries with heterogeneous sizes issue bonds that may be chosen as safe asset. Our model illustrates the benefit of a large absolute debt size as safe asset investors have "nowhere else to go" in equilibrium, and the large country's bonds are chosen as the safe asset. Moreover, the effect becomes stronger in crisis periods.

US government bonds are considered to be the world's safe store of value, especially during periods of economic turmoil such as the events of 2008. But what makes US government bonds "safe assets"? We highlight coordination among investors, and build a model in which two countries with heterogeneous sizes issue bonds that may be chosen as safe asset. Our model illustrates the benefit of a large absolute debt size as safe asset investors have "nowhere else to go" in equilibrium, and the large country's bonds are chosen as the safe asset. Moreover, the effect becomes stronger in crisis periods.
A explicação para os títulos da dívida norte-americana serem ativos seguros é que a crença dos investidores de que os ativos são seguros faz com que os investidores tomem ações que tornam esses ativos seguros. Além disso, os autores mostram que a segurança desses títulos depende do superávit fiscal dos EUA em relação aos outros países.
Tristan Harris: Como uma tecnologia melhor pode nos proteger da distração
Com que frequência a tecnologia interrompe o que realmente deveríamos estar fazendo? No trabalho e no lazer, gastamos uma quantidade surpreendente de tempo distraídos por "pings" e "pop-ups". Ao invés de nos ajudar a usar bem nosso tempo, muitas vezes, a tecnologia parece roubar este tempo de nós. O pensador de design Tristan Harris oferece novas reflexões para a tecnologia que criem interações mais significativas. Ele pergunta: "Com o que se parece o futuro da tecnologia quando se projeta para as questões mais profundas e os mais profundos valores humanos?"
16 julho 2016
Fato da Semana: Temos que pegar
Fato: Jogo do Pokemon vira uma febre mundial
Data: meados de julho de 2016
Fonte: Imprensa mundial
Notícia boa para contabilidade? Neutro. O evento mostra a grande dificuldade da contabilidade de avaliar intangíveis. Os números do jogo são impressionantes: é um aplicativo que tem uma taxa de usuários diários igual ao Twitter; o tempo médio diário é maior do que aquele usado no WhatsApp; o sucesso fez a ação da Nintendo aumentar substancialmente; etc. Como isto poderia ser mensurado pela contabilidade? É papel da contabilidade fazer esta mensuração? A diferença entre o valor contábil e o valor de mercado está aumentando no tempo? A febre do Pokemon pode ser um bom momento para algumas reflexões sobre a questão do intangível.
Desdobramentos - Não acredito que isto altere alguma coisa na mensuração contábil. Mas deveríamos pelo menos pensar no assunto, não?
Mas a semana só teve isto? A dívida da BP, a falta de transparência das multinacionais brasileiras e a aprovação parcial da LDO também deveriam ser lembrados. Sem falar nos dois grandes eventos políticos (atentado em Nice e tentativa de golpe da Turquia) e seus potenciais efeitos sobre a contabilidade. Falaremos mais sobre isso durante a próximas semana, mas aqui é oportuno salientar a importância da contabilidade forense na prevenção de ataques terroristas. Para ajudar a encontrar terroristas o FBI já emprega contadores que realizam análises financeiras, reúnem provas, encontram fontes de recursos, testemunham em tribunais como especialistas.
Data: meados de julho de 2016
Fonte: Imprensa mundial
Notícia boa para contabilidade? Neutro. O evento mostra a grande dificuldade da contabilidade de avaliar intangíveis. Os números do jogo são impressionantes: é um aplicativo que tem uma taxa de usuários diários igual ao Twitter; o tempo médio diário é maior do que aquele usado no WhatsApp; o sucesso fez a ação da Nintendo aumentar substancialmente; etc. Como isto poderia ser mensurado pela contabilidade? É papel da contabilidade fazer esta mensuração? A diferença entre o valor contábil e o valor de mercado está aumentando no tempo? A febre do Pokemon pode ser um bom momento para algumas reflexões sobre a questão do intangível.
Desdobramentos - Não acredito que isto altere alguma coisa na mensuração contábil. Mas deveríamos pelo menos pensar no assunto, não?
Mas a semana só teve isto? A dívida da BP, a falta de transparência das multinacionais brasileiras e a aprovação parcial da LDO também deveriam ser lembrados. Sem falar nos dois grandes eventos políticos (atentado em Nice e tentativa de golpe da Turquia) e seus potenciais efeitos sobre a contabilidade. Falaremos mais sobre isso durante a próximas semana, mas aqui é oportuno salientar a importância da contabilidade forense na prevenção de ataques terroristas. Para ajudar a encontrar terroristas o FBI já emprega contadores que realizam análises financeiras, reúnem provas, encontram fontes de recursos, testemunham em tribunais como especialistas.
Resenha: Vies Otimista
O Vies Otimista é um livro da cientista Tali Sharot. Com onze capítulos e 334 páginas, a obra pretende discutir as consequências das pessoas serem otimistas. São mesmo?
Um teste simples mostra isto: pergunte a um grande grupo de pessoas quantas acreditam que são melhores motoristas do que a média da população. De uma maneira geral, de 70 a 80% das pessoas irão responder que são melhores motoristas. Isto não faz sentido, já que provavelmente metade de nós deveria pensar que somos piores no volante que a média e somente a metade que seriam melhores. Mas as pessoas geralmente acreditam que nas habilidades na direção. Somos otimistas por natureza.
O livro mostra as consequências, para o bem e para o mal, deste vies. Mas será que tem fôlego para explorar em 334 páginas este assunto? Apesar de reconhecer a importância do tema e da qualidade científica de Sharot, a minha resposta é não. O grande problema da obra é que este deveria ser um livro de divulgação científica, mas em diversos trechos lembra mais um livro técnico. A obra não consegue transitar entre os exemplos diários e didáticos e o tratamento mais científico. Fica a impressão que faltou um ghost-writer que ajudasse nesta tarefa. Alguém como Dubner no Freakonomics ou Gardner para Superprevisores. Além disto, não existe uma discussão adequada sobre como mensurar o otimismo.
Quando o leitor tem a vontade de pular páginas (e faz isto) é um sinal que obra não consegue atrair sua atenção.
Vale a Pena? Se você não estiver pesquisando sobre o assunto minha sugestão é ler obras mais agradáveis, como os livros de Dan Ariely.
SHAROT, Tali. O Vies Otimista. Rocco, 2015.
Evidenciação: o livro foi adquirido com recursos do blogueiro.
Um teste simples mostra isto: pergunte a um grande grupo de pessoas quantas acreditam que são melhores motoristas do que a média da população. De uma maneira geral, de 70 a 80% das pessoas irão responder que são melhores motoristas. Isto não faz sentido, já que provavelmente metade de nós deveria pensar que somos piores no volante que a média e somente a metade que seriam melhores. Mas as pessoas geralmente acreditam que nas habilidades na direção. Somos otimistas por natureza.
O livro mostra as consequências, para o bem e para o mal, deste vies. Mas será que tem fôlego para explorar em 334 páginas este assunto? Apesar de reconhecer a importância do tema e da qualidade científica de Sharot, a minha resposta é não. O grande problema da obra é que este deveria ser um livro de divulgação científica, mas em diversos trechos lembra mais um livro técnico. A obra não consegue transitar entre os exemplos diários e didáticos e o tratamento mais científico. Fica a impressão que faltou um ghost-writer que ajudasse nesta tarefa. Alguém como Dubner no Freakonomics ou Gardner para Superprevisores. Além disto, não existe uma discussão adequada sobre como mensurar o otimismo.
Quando o leitor tem a vontade de pular páginas (e faz isto) é um sinal que obra não consegue atrair sua atenção.
Vale a Pena? Se você não estiver pesquisando sobre o assunto minha sugestão é ler obras mais agradáveis, como os livros de Dan Ariely.
SHAROT, Tali. O Vies Otimista. Rocco, 2015.
Evidenciação: o livro foi adquirido com recursos do blogueiro.
Informações financeiras: tangíveis x intangíveis
The overall health of capital markets depends, in large part, on the quality and transparency of financial reporting. Trustworthy information inspires investor confidence, which in turn leads to financial stability and efficiency.
And yet, says Stanford professor of accounting Iván Marinovic, financial statements are becoming less and less relevant compared to other sources of information, such as analysts and news outlets. Perhaps in at attempt to keep pace in the information age, and to tell the whole story of increasingly complex businesses, he says, there is a creeping trend in financial disclosures away from the reliance on verifiable assets and toward more intangible elements of a business’s operations.
What is the distinction you make between hard and soft information, and why is it important?
Hard information is information, let’s say about an asset, that the firm took some costly actions to make credible to investors, like hiring an auditor or a rating agency. It’s been certified by a third party that doesn’t have a conflict of interest. Soft information, by contrast, is information that can potentially be manipulated by a manager, like accounts receivables or asset write-downs.
Another important distinction is that while some potentially soft information can become hard through actions like certification, other soft information, like the value of a brand, is by its nature uncertifiable. It can never become hard. It will always be subjective.
This is important because financial statements are becoming more and more soft. They are plagued with soft information that depends on a manager’s expectations about the future and are therefore subject to credibility issues. In other words, financial markets are relying more and more on trust, and the information is getting more and more intangible.
[...]
Fonte: aqui
Resumo:
We study optimal disclosure via two competing communication
channels; hard information whose value has been verified and soft
disclosures such as forecasts, unaudited statements and press releases.
We show that certain soft disclosures may contain as much information
as hard disclosures, and we establish that: (a) exclusive reliance
on soft disclosures tends to convey bad news, (b) credibility is greater
when unfavorable information is reported and (c) misreporting is
more likely when soft information is issued jointly with hard information.
We also show that a soft report that is seemingly unbiased
in expectation need not indicate truthful reporting. We demonstrate
that mandatory disclosure of hard information reduces the transmission
of soft information, and that the aggregation of hard with soft
information will turn all information soft.
Fonte: aqui

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