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25 maio 2011

Rir é o melhor remédio

Atualização da língua portuguesa. A seguir um conjunto de palavras e seu sentido para os dias atuais (nesta ordem). Ou Atualização do Português da Velha Guarda:

creme rinse => condicionador
obrigado => valeu
é complicado => é foda
collant => body
rouge => blush
ancião e coroa => véi
bailinho e discoteca => balada
japona => jaqueta
nos bastidores => making off
cafona => brega
programa de entrevistas => talk-show
reclame => propaganda
calça cocota => calça cintura baixa
flertar, paquerar => dar mole
oi, olá, como vai? => e aê?
cópia, imitação => genérico
curtir, zoar => causar
mamãe, posso ir? => véiaaaa, fui!!!
legal, bacana => manero, irado
mulher de vida fácil => garota de programa
legal o negócio => xapado o bagúio
pasta de dente => creme dental
cansaço => estresse
desculpe => foi mal
oi, tudo bem? => e aê, belê?
ficou chateada => ficou bolada
médico de senhoras => ginéco
superlegal => irado
primário e ginásio => ensino fundamental
preste atenção! => se liga!
por favor => quebra essa
recreio => intervalo
radinho de pilhas => ipod
manequim => modelo e atriz
retrato => foto
jardineira => macacão
mentira => kaô
saquei => tô ligado
entendeu? => copiou?
gafe => mico
fofoca, ti-ti-ti => babado
ha ha ha => uhauhauhauha
fotocópia => xerox
brilho labial => gloss
bola ao cesto => basquete
folhinha => calendário
empregada doméstica => secretária
faxineira => diarista
vou verificar => vou estar verificando
madureza => supletivo
vidro fumê => insulfilm
posso te ligar? => posso te add?
tingir uma roupa => customizar
dar no pé, ir embora => vazar
embrulho => pacote
lycra => stretch
tristeza => deprê
beque => zagueiro
rádio patrulha => viatura
atlético => sarado
peituda => siliconada
professor de ginástica => personal
quadro negro => board
babosa => aloe vera
lepra => hanseníase
Ave Maria!!! => Afffff!!
caramba => caraca
namoro => pegação
laquê => spray
de montão => pracarai!
derrame => AVC
chapa dos pulmões => raio-x
sua bênção, papai => "qualé", coroa?
você tem certeza? => ah! fala sério!
banha => gordura localizada
alisamento => chapinha
boteco no fim do expediente => happy hour
costureira => estilista
negro => afro-descendente
professora => tia, profe
senhor => tiozinho
bunduda => popozuda!
Amorrrrrrr! => Benhhêêêêê!
olha o barulho! => ó o auê aí ô!

(Enviado por Caio Tibúrcio, grato)

Teste 480

Uma pesquisa, na Inglaterra, com jovens mostrou o trabalho que estavam interessados. A surpresa é que 10,3% marcaram contabilidade. Isto foi acima de engenharia (9,2%) e direito (9,2%). As três profissões que despertaram maior interesse nos jovens estão listadas abaixo, com 14,1%, 13,9% e 13,6% (não na ordem).

Educação
Imprensa
Marketing

Você saberia colocar em ordem este interesse?

Resposta do Anterior: Impairment. Fonte: Usinas têm déficit de R$635 milhões. Valor, 24 maio de 2011, B6

Livros Digitais

Apesar de ganharem relevância na discussão sobre a migração dos livros em papel para os meios digitais, os livros eletrônicos, ou e-books, ainda desafiam as editoras nos custos de tecnologia.

Segundo empresas ouvidas pela Folha, os gastos para converter os textos impressos para a versão digital e para revisar todas as edições ainda são uma equação não solucionada pelas editoras.

"Para se converter mil títulos para a versão digital, por exemplo, são gastos de R$ 300.000 a R$ 500.000 adicionais, valores que incluem o trabalho e as revisões", afirma Sérgio Machado, presidente da editora Record.




Custo dos e-books desafia editoras - Camila Fusco - Folha de S Paulo

Leia mais sobre o assunto aqui, aqui e aqui. Sem dúvida nenhuma, um bom estudo de caso para aula de custos.

Morada

O Banco Morada, que sofreu intervenção do Banco Central (BC) no fim de abril, já apresentava sinais de irregularidades no início da década passada. Em 2002, o próprio BC identificou pagamento realizados a parentes consangüíneos e afins dos diretores do banco. De acordo com a fiscalização, os valores foram registrados como despesas, mas o banco não comprovou a prestação de serviços para justificá-las. No ano seguinte, o Morada e cinco de seus diretores – todos sócios de empresas controladoras da instituição – foram multados em R$25 mil cada um. (...)

BC multou Morada por fraude em 2003 – Valor Econômico – 25 de maio de 2011 – Cristine Prestes

Efeito Streisand

O chamado efeito Streisand recebe este nome em homenagem a cantora e atriz Barbra Streisand. Barbra tentou restringir fotografias de sua residência e, ao contrário do que esperava, tal fato ganhou muito mais publicidade.

O efeito Streisand diz respeito a tentativa de ocultar ou remover um pedaço de informação e que provoca um efeito contrário, ampliando a divulgação do fato. No Brasil sugerimos, no passado, o nome de Efeito Cicarelli

Recentemente o jogador Ryan Giggs, do Manchester United, tentou impedir a divulgação de informação sobre um suposto romance com Imogen Thomas (abaixo, uma foto comportada da ex-BBB da Inglaterra).

Índia

Uma das maiores economias do mundo, a Índia anunciou um recuo na adoção das normas internacionais de contabilidade. (Fonte, aqui). Este é mais um capítulo no esforço que o Iasb está fazendo para conquistar mais países para seu padrão de contabilidade.

Futebol e Finanças 4

O Clube Atlético Paranaense foi a agremiação brasileira com o melhor desempenho financeiro do futebol nacional ao longo de 2010 e leva o título de "Melhor Clube do País" do ranking realizado pelo jornal Brasil Econômico.

O trabalho tem como base as demonstrações financeiras dos 20 times que disputam a Séria A do Campeonato Brasileiro deste ano.

Para chegar ao resultado, utilizamos oito critérios que demonstram a eficiência dos clubes para manter a saúde financeira da agremiação ao longo da temporada aliando também ao desempenho do time dentro de campo.

São eles: receita, ativo total, endividamento geral, patrimônio líquido, superávit do futebol, custo por gol, custo por vitória e custo por ponto ganho.

Cada critério teve a pontuação máxima de 20 pontos sendo atribuída na ordem decrescente até 1 ponto de acordo com o desempenho dos clubes em cada quesito.

Como base para os critérios que avaliam o custo dos times de acordo com o desempenho dentro de campo, foram utilizados apenas os pontos, gols e vitórias do Campeonato Brasileiro de 2010 por ser o único torneio em que todos os times jogam o mesmo número de partidas e com o mesmo grau de dificuldade.

"É uma iniciativa que dá uma maior exposição à situação financeira dos times brasileiros, que por muitos anos sempre foi uma incógnita para todos", afirma Stephen Kanitz.

O Atlético Paranaense obteve o primeiro lugar ao somar 143 pontos de um total de 160 dentro dos oito critérios selecionados.

Na vice-liderança do ranking empataram Atlético Mineiro e Corinthians com 133 pontos. Entretanto, o primeiro critério de desempate é o de custo por vitória, no qual o clube mineiro levou vantagem sobre o paulista. (...)

Fonte: aqui

Futebol e Finanças 3

Há dois anos, o torneio arrecadou em seus 380 jogos o total de R$ 125,7 milhões, tendo um média de público de 17,8 mil torcedores nos estádios.


Caso ultrapasse essas marcas após a última rodada, o campeonato deve movimentar cerca de R$ 700 milhões, considerando a verba de R$ 520 milhões de direitos de transmissão, além dos R$ 20 milhões com o patrocínio da Petrobras.


(...) os jogos que ocorreriam no Maracanã (RJ), Mineirão (MG) e Castelão (CE) vão ocorrer, respectivamente, no Engenhão, Arena do Jacaré e Estádio Presidente Vargas. Com a mudança, o potencial de público desses três locais juntos passa de 218,2 mil torcedores para apenas 92,5 mil pessoas.


Considerando o valor médio de R$ 20 para os ingressos no campeonto, a perda é de R$ 2,5 milhões para cada rodada envolvendo os três estádios.

Brasileirão tenta chegar à casa dos R$ 700 milhões - Fábio Suzuki Brasil Econômico - 20/05/11

Futebol e Finanças 2

Já o gráfico acima refere-se ao valor de cada vitória. R$19 milhões custou cada vitória do atual time de Ronaldinho.

Futebol e Finanças


Uma série de textos do Brasil Econômico focou as finanças dos clubes de futebol. Acima, um gráfico com o preço por gol marcado em 2010. Cada gol do Palmeiras custou 4,3 milhões de reais. 

Oprah e os livros

A apresentadora de televisão Oprah está deixando seu talk-show. Durante anos, a apresentadora indicava livros para seus fãs. Uma indicação de Oprah tinha um efeito fantástico nas vendas. Abaixo, os livros venderam após sua indicação (na ordem, o autor, o título, o ano da indicação e o número de exemplares)

1) Eckhart Tolle - A New Earth - Jan-05 - 3,370,000
2) James Frey - A Million Little Pieces - Sep-05 - 2,695,500
3) Elie Wiesel - Night - Jan-06 - 2,021,000
4) Cormac McCarthy - The Road - Mar-07 -1,385,000
5) Joyce Carol Oates - We Were the Mulvaneys - Jan-01 - 1,348,000
6) John Steinbeck - East of Eden - Jun-03 - 1,314,000
7) Ken Follett - The Pillars of the Earth - Nov-07 - 1,109,000
8) Gabriel García Márquez - Love in the Time of Cholera - Oct-07 - 817,000
9) Gwyn Hyman Rubio - Icy Sparks - Mar-01 - 794,000
10) David Wroblewski - The Story of Edgar Sawtelle - Oct-08 - 770,000

24 maio 2011

Rir é o melhor remédio






Fonte: aqui, aqui, aqui e aqui

Teste 479

“as empresas de geração terão que a cada ano apontar suas usinas deficitárias. Em seu último balanço, três hidrelétricas estavam na lista da Eletrobras: Simplício, Batalha e Passo São João. Juntas elas terão um sobrecusto de R$635 milhões, ou seja, a receita dos empreendimentos não será suficiente para cobrir os investimentos realizados”. O jornal está comentando sobre um conceito novo decorrente da adoção das novas normas contábeis. Você saberia dizer que conceito é este?

Resposta do Anterior: FED. Fonte das fotos aqui

Competências do Contador

No artigo “Existem Competências a serem Priorizadas no Desenvolvimento do Contador?", Ricardo Cardoso e Edson Riccio fazem uma pesquisa com 159 profissionais, buscando, entre 18 competências, as mais relevantes.

Nas palavras dos autores, a pesquisa “tenta entender melhor os impactos das tensões que envolvem atualmente este profissional” e procura verificar se existem competências que devem ser priorizadas.

Os resultados encontrados mostram que quase todas as competências foram elencadas como relevantes: a média de “trabalho em equipe”, por exemplo, foi de 8,82; a medida de “empreendedor” foi 7,83. A primeira foi a variável com melhor média; a segunda, com a pior. Ou seja, as respostas não ajudaram muito.

Talvez a razão esteja no fato de que o questionário foi direcionado para os profissionais. E uma resposta como esta, talvez não seja realmente importante. Talvez o interessante seja pesquisar o que o usuário acha sobre o assunto.

Saúde no Brasil não é Universal

Todos já sabíamos, mas dois pesquisados do prestigioso NBER, Guido Cataife e Charles J. Courtemanche, fizeram uma pesquisa sobre o sistema de saúde brasileiro. E encontraram que existe uma associação positiva entre renda e visitas ao médico, visitas ao médico e despesas médicas. Conforme o cálculo da elasticidade-renda, os autores encontraram que o cuidado através da iniciativa privada ainda é uma necessidade, apesar do atendimento público gratuito. Isto significa que o sistema de saúde pública no Brasil não alcança os que mais necessitam.

Risco País

A tabela mostra os países mais arriscados do mundo (que possuem mercado financeiro ativo. Ou seja, exclui pequenas nações ou países pobres). O risco é medido pela taxa de juros da dívida de cinco anos. Em relação a março, países como Romênia, Hungria, Croácia, Vietnã e Líbano tiveram uma melhora na taxa de juros. Também podemos dizer que a taxa de juros da Venezuela melhorou: de 10,80% acima do patamar para 10,26%. Outros pioraram: Espanha, Ucrânia, Argentina, Irlanda, Portugal e Grécia. Há dois meses o país mais arriscado era a Venezuela; agora é a Grécia. Adaptado daqui. Veja aqui uma análise sobre o caso da Itália.

Vale, segundo os gringos

Dois dos mais influentes jornais financeiros do mundo, o americano “The Wall Street Journal” e o britânico “Financial Times” publicaram nesta segunda-feira, 23, reportagens apontando o aumento da ligação entre a Vale e o governo. (...)

O jornal britânico chama atenção para o fato de que “os American Depositary Receipts [papéis que representam ações da empresa brasileira, mas são negociados nos EUA] da Vale estão sendo negociados com 30% de desconto em comparação com os seus pares, em parte por causa das preocupações de que o governo não vai permitir que uma empresa com tal importância estratégica siga seus próprios caminhos”. (...)
Jornais estrangeiros veem intervenção do governo na Vale - 23 de maio de 2011 - Sílvio Guedes Crespo

23 maio 2011

Rir é o melhor remédio

Fonte: aqui

Teste 478

As imagens abaixo fazem parte da propaganda de uma entidade




Que entidade é esta?

Federal Reserve System (Banco Central dos EUA)
ONU
Securities and Exchange Commission

Links

Setores mais lucrativos: petróleo em 114o. lugar

Marcas brasileiras mais valiosas

Business Week: moradores de favela do Brasil estão mais endividados

10 mitos sobre XBRL

O problema da dívida da Grécia parece com o da ARgentina em 2005

O país com mais estrangeiros

O que fazer num ataque de zumbis: o que o governo dos EUA diz sobre o assunto

Produtividade, remuneração e pacto social

Grant Thornton tenta crescer em auditoria

Religião e Renda

Desde Max Weber, com seu livro sobre a ética protestante sabe-se que existe uma relação entre a religião e renda do indivíduo. Um texto recente, publicado no NY Times (Faith, Education and Income, David Leonhardt, 13 de maio de 2011) mostra que os hindus e os judeus possuem uma maior proporção de renda acima de 50 mil dólares nos Estados Unidos: 80 e 81% das famílias. Já os pentecostais e as testemunhas de Jeová são os mais pobres: 29% e 35% das famílias.

Carrefour + Pão de Açúcar ?

O semanário francês Le Journal du Dimanche publicou matéria hoje na qual afirma que o Carrefour SA, maior varejista da França, pode tentar fazer uma fusão entre sua subsidiária brasileira e o maior varejista do Brasil, o Grupo Pão de Açúcar (Companhia Brasileira de Distribuição). Segundo o semanário, isso seria um sinal da crescente pressão sobre o gigante varejista francês para que aumente o valor dos seus ativos antes de uma reunião de acionistas que está marcada para o próximo mês.

De acordo com Le Journal du Dimanche, o Carrefour contratou o banco de investimentos Lazard para se aproximar da família Diniz, dona do Pão de Açúcar, e sondá-la sobre a possibilidade de fusão, em troca de uma participação no Carrefour. A matéria não cita fontes e o Carrefour na França recusou-se a comentar o conteúdo.

A matéria afirma que um complicador potencial para um acordo entre Carrefour e Pão de Açúcar seria o fato de que o varejista Casino, da França, divide com a família Diniz o controle do grupo Pão de Açúcar. O Casino também não comentou a reportagem, bem como uma porta-voz do Pão de Açúcar em São Paulo.

Os planos do Carrefour para vender sua rede de supermercados de descontos Dia, apoiados pelo magnata do varejo francês Bernard Arnault e pela firma americana de private equity Colony Capital, serão postos a voto dos acionistas em 21 de junho. A rede Dia é forte no Brasil e na Espanha. As informações são da Dow Jones.

Carrefour pode buscar fusão com Pão de Açúcar - Por André Lachini - Estadão via aqui

Convergência

É interessante notar que durante o anúncio de mais uma norma sobre valor justo, o Fasb e o Iasb informaram, no "press release", que a nova norma era "largely identical” (muitos idênticos). Existe uma diferença entre "largely identical" e "identical".

Parlamento da Ucrânia é mais interessante que o nosso...



Fonte: aqui, via aqui

Estatística

Pressionada pelo Tribunal de Contas de União (TCU) para reduzir o número de terceirizados nos próximos anos, a Petrobras decidiu mudar o critério de como contabiliza seu quadro de empregados, que passou a excluir funcionários de empresas contratadas que atuam fora das unidades da companhia. Sem que houvesse demissões, quase 20 mil terceirizados sumiram, assim, das estatísticas da estatal no segundo semestre do ano passado, de acordo com dados enviados pela empresa à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Nas estatais Banco do Brasil (BB) e Eletrobras, os números oficiais indicavam aumento de terceirizados em 2010 (...) (O Globo, 22 de mai de 2011)

Educação e Renda

A educação é um determinante importante da renda - uma das mais importantes -, mas é menos importante do que a maioria das pessoas pensa. Se todos tivessem a mesma educação, a desigualdade de renda seria reduzida em menos de 10%. Quando você se concentra na educação você negligencia uma miríade de outros fatores que determinam a renda. As diferenças de renda entre as pessoas que têm a mesma educação são enormes.
(David Kahneman)

Aqui uma crítica sobre a lógica do pensamento de Daniel Kahneman

Criação Destrutiva

Postado Por Pedro Correia


Joseph Schumpeter foi dos economistas que mais contribuiu para a compreensão do processo de desenvolvimento econômico, utilizando expressões como espírito empreendedor, onde a inovação era relevante. Ele entendia que estes empresários eram fundamentais para que a inovação e a mudança tecnológica ocorressem dentro de um país.


Ele ensinou que havia uma criação destrutiva, com as velhas tecnologias acabando sendo renovadas criativamente pelas novas, e que isto era o cerne do processo de desenvolvimento. Ele permitiu compreender que o papel destes inovadores era fundamental e que deveria ser estimulado pelas autoridades.
Isto vem ocorrendo recentemente, tanto nos países desenvolvidos como nos emergentes, e têm muito da contribuição destes conceitos desenvolvidos por estes brilhantes economistas. Schumpeter faleceu em 1950 e sua preciosa biblioteca está no Japão, na Universidade de Hitotsubashi.


Fonte:Paulo Yokota

P/L na história

O gráfico mostra a evolução do índice P/L do mercado dos Estados Unidos nos últimos anos. Pela análise histórica, o mercado está valorizado hoje. Dois momentos onde o mercado estava mais valorizado: antes da crise de 1929 e na bolha da internet. Fonte e mais discussão aqui

O Espírito Animal

Por Pedro Correia

O espírito animal, que parece inspirado no latim “spiritus animales”, foi uma expressão usada por John Maynard Keynes, considerado um dos mais importantes economistas da história, que a utilizou no seu livro “Teoria Geral do Emprego, Juros e Moeda” (1936), considerado por muitos como a bíblia da moderna teoria econômica. Vem sendo muito utilizada, recentemente, quando está ocorrendo uma revisão da chamada macroeconomia, reconhecendo que as autoridades têm um papel importante no desenvolvimento econômico, proporcionando indicações para a ação do setor privado. Contrapõe-se à ideia neoliberal que o mercado resolve todos os problemas de forma mais adequada. Keynes colaborou na formação das Nações Unidas ao término da Segunda Guerra Mundial.

A ideia é que os empresários, na procura do lucro, contam com uma qualidade de identificar oportunidades para empreendimentos que promovem investimentos que resultarão em benefício de todos, criando empregos e bens que serão destinados ao bem-estar de toda a população.

Seria um fator muito importante para provocar um processo de desenvolvimento econômico e social, hoje condicionado também a ser sustentável, ou seja, com respeito ao meio ambiente e com adequada distribuição dos benefícios. Eles teriam um papel fundamental e as autoridades deveriam estimular este espírito animal, ao mesmo tempo em que asseguraria as condições para regular a economia, de forma que ocorra uma adequada distribuição dos seus benefícios.


Fonte:Paulo Yokota, economista brasileiro (dupla nacionalidade japonesa), ex-professor da USP, ex-diretor do Banco Central do Brasil, ex-presidente do INCRA

Desempregada


A irmã da princesa da Inglaterra, Pippa Middleton, recebeu uma oferta de cinco milhões de dólares para fazer um filme adulto. A jovem deverá rejeitar a proposta já que seu “salário reserva” é maior que este valor.

Do ponto de vista da indústria pornográfica, por conseguinte, a Srta. Middleton está desempregada.


Leia mais aqui

22 maio 2011

Rir é o melhor remédio







A empresa de óculos Specsavers possui vários comerciais engraçados.

Cadastro positivo demorará a surtir efeito

Por Pedro Correia

Vai levar tempo para que os efeitos do cadastro positivo sejam sentidos no crédito e na economia. A listagem de bons pagadores vai ter que vencer, de um lado, a resistência do consumidor que precisa ter segurança para abrir suas informações. Do outro lado da balança estão os grandes bancos de varejo, que construíram, ao longo do tempo, imensas bases de dados dentro de casa e vão ter que se habituar a fornecer o histórico de seus clientes para a concorrência.

O sinal verde para o cadastro positivo, que tem o potencial de reduzir a inadimplência, aumentar a oferta e, em tese, premiar o consumidor com bom histórico, foi dado pelo Senado na quarta-feira. O texto veio com a mesma redação da Medida Provisória assinada pelo ex-presidente Lula no fim do seu mandato. O projeto agora depende da sanção da presidente Dilma Rousseff.

Alimentar essas bases de dados não será, porém, uma tarefa trivial. O consumidor vai ter que autorizar cada instituição com quem tem relacionamento de crédito para incluir no cadastro as suas informações, atuais ou históricas, segundo o presidente da Equifax, Elias Sfeir. "A alternativa de compartilhamento da autorização não está prevista na lei, o banco não tem como saber que o cliente dele quer que envie o dados se a inclusão no cadastro se originou em outra fonte", diz. A partir do ingresso do CPF num determinado birô, todos os outros passam a ter acesso automático àqueles dados.

No cadastro vão constar todas as operações ativas, o prazo, o número de prestações pagas e se há parcelas em aberto, diz o presidente da Boa Vista, Dourival Dourado. Sua expectativa é de que em dois ou três anos o sistema tenha massa crítica para mexer com a precificação do crédito.

Pesquisa recente da Accenture estima que, se o Brasil assumir a dinâmica de outras economias, o crédito pode dobrar de tamanho em dez anos, superando a casa dos R$ 3 trilhões. Estudo do Banco Mundial com 120 países mostra que aqueles que permitiram a implementação da lista de bons pagadores, em três anos observaram um aumento da ordem de 20% no estoque de crédito. Outro levantamento feito por John Barron e Michael Staten, em 50 mercados, identificou uma queda de até 43% na inadimplência.

Em tempos em que a segurança da informação é frágil, será preciso vencer, primeiro, a barreira cultural do consumidor em compartilhar suas informações de crédito, e, sob a ótica do credor o incômodo de dividir o histórico construído com os demais participantes do mercado, diz Nicola Tingas, economista da Acrefi, que representa as financeiras. "O efeito nas taxas e nos spreads vai depender da velocidade em que esses dois fatores vão se convergir."

Dourado, da Boa Vista, acrescenta que o custo de se manter o cadastro positivo, comparado ao restritivo, tende a ser maior, pois o sistema prevê uma base mais rica de informações.

De qualquer forma, trata-se de um passo para uma mudança que pode ter implicações relevantes, comparáveis ao advento do crédito consignado ou da alienação fiduciária no segmento de veículos, que hoje têm as taxas mais baixas do mercado, diz o economista-chefe da Febraban, Rubens Sardenberg. E como o cadastro positivo chega num momento de inclusão de novos consumidores no sistema financeiro, há interesse de se construir essa base, acrescenta. "O seu cliente fica mais sujeito à disputa do mercado, mas a base do banco também fica mais ampla."

Para ele, a regulação foi feliz ao permitir que o cadastro seja enriquecido com informações de concessionárias de serviços públicos, como água, luz, esgoto, gás e telefonia fixa, que, segundo estudos internacionais melhoram muito a previsibilidade de perda.

O texto que vai para a sanção presidencial substituiu o projeto de lei nº 263, que tinha sido aprovado pelo Senado no início de dezembro, mas que era genérico, acrescentando apenas um artigo ao Código de Defesa do Consumidor, sem disciplinar como seria o compartilhamento dos dados.

Fonte:Adriana Cotias Valor Econômico

Índice de Debêntures

A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) lançará no mês que vem o Índice de Debêntures Anbima (IDA), com o objetivo de refletir os movimentos do mercado de crédito corporativo. O índice terá histórico retroativo, desde janeiro de 2009. O lançamento do indicador foi anunciado hoje, durante o segundo dia do 6º Congresso Anbima de Fundos de Investimento.

A carteira reúne 116 debêntures que possuem classificação de grau de investimento, com emissões acima de R$ 100 milhões. O índice estabelece limite máximo de 10% de peso por emissor e é estruturado de acordo com diferentes indexadores, como DI, IPCA e IGP-M..

A associação trabalha ainda no projeto de modelagem para divulgação diária da curva de juros das debêntures. Atualmente, isso é feito somente com base nas informações enviadas pelos emissores, que são reunidas, organizadas e repassadas ao mercado pela Anbima. O objetivo é criar um padrão para precificação de ativos pouco negociados.

Hedge funds

No segundo semestre deste ano, a Anbima pretende divulgar subíndices para o Índice de Hedge Funds (IHFA). O indicador, criado em 2008, passará a ter benchmarks mais específicos conforme as estratégias dos fundos, informa a associação, em nota.

Fonte: Papo de Bolsa

Como os indivíduos utilizam o tempo?

Por Pedro Correia

Margaret Thatcher, ex-primeira -ministra da Inglaterra,dormia apenas quatro horas por noite. Tal situação, certamente afetaria os franceses, que dormem durante quase nove horas, em média, de acordo com um relatório da OECD. Fiel ao estereótipo, os franceses também gastam mais tempo comendo e bebendo em relação aos outros membros da OECD, outrossim, eles comem quase o dobro dos norte-americanos. Os japoneses parecem ter um uma vida mais difícil, trabalhando por muito mais horas. No entanto, eles também dedicam menos tempo ao trabalho não remunerado, como tarefas domésticas e cuidados com as crianças. Veja o quadro:



Fonte:OECD

Você organiza os arquivos do seu referencial?

[Série "Invadindo o mundo da ciência da informação": Portal CapesAgregador de FeedsDropbox,JabRefPlagius]

Tenho uma amiga muito caprichosa que organiza todos os artigos úteis que lê em uma base de dados criada por ela no Excel. Cool. A algum tempo venho tentando aderir esse comportamento, até tirei algumas dúvidas sobre organização e logística, mas a falta de tempo e a priorização de tarefas nunca me deixou resolver essa questão.

O bom de ser sistemático é que você acaba percebendo que atrai pessoas ainda mais metódicos que você! Prova disso foi um segundo amigo querido me indicar um programa que organiza referências. O detalhe é que ele nem sabia da minha falta de organização ou do meu postergar aqui confessado.

Ontem, após um dia exaustivo lidando com muitos e muitos arquivos embaralhados em uma amalgamação de síndrome de acumulação com obsessão por artigos fresquinhos, decidi finalmente ver se esse programinha freeware era mesmo capaz de algo. Na verdade eu já estava esperando que fosse mais um software inútil que me deixaria a oportunidade de brigar com o dealer e aliviar o meu estresse. Já fui logo narrando as punições para quando tudo isso desconfigurasse a minha dissertação e a perfeita formatação nos padrões ABNT se transformasse em uma monstruosidade. Mas, por sorte de todos os envolvidos e dos leitores do blog: que programa lindo!

Logo telefonei para a amiga caprichosa, aquela do início do texto, pra lá de meia noite. Ela demorou pra entender, parecia estupefata com a minha ligação. Não me dei por vencida, nada grande é alcançado sem entusiasmo (Emerson)! (E algumas latas de coca-cola). Expliquei novamente, li a bula, entramos em harmonia e desligamos com promessas de uma futura faxina virtual.

E viva a vida na pós-graduação!

Amanhã (give or take a couple of days) escreverei “Invadindo o mundo da tecnologia da informação – Parte 3” detalhando o programa e explicando como usar. Quem sabe não vicio mais alguns de vocês? ;)

Agradecimentos especiais a Luciana Ikuno e André Andrade.

21 maio 2011

Petrobras irá à Justiça para não pagar R$ 4,6 bi de impostos

Postado por Pedro Correia

O gerente de Relações com Investidores da Petrobrás, Hélder Moreira Leite, disse nesta quinta-feira, 19, que a companhia vai recorrer na Justiça da cobrança de aproximadamente R$ 4,6 bilhões em impostos devidos à Receita Federal. Segundo ele, a empresa discorda da cobrança e tentou negociar inicialmente, sem sucesso, em nível administrativo com a Receita para tentar reverter a cobrança.[2]

O executivo afirmou que anteriormente a Receita interpretava as plataformas de produção de petróleo como sendo embarcações e isso as deixava isentas destes impostos. Mas este ano a Receita teria mudado a interpretação e passado a entender a plataforma como sendo um equipamento do setor de petróleo, o que exigiria a cobrança. "Para nós, não faz sentido na mudança da interpretação. Continuamos tendo que nos reportar à Marinha e a plataforma possui tripulação e comandante como uma embarcação. Estamos seguros de conseguir reverter esta cobrança", disse.

Segundo Leite, a empresa ainda não fez provisionamento deste valor por estar ainda no nível inicial do processo.[1] O executivo destacou que o provisionamento só se faria necessário se houvesse risco de a empresa ter que realmente pagar o valor devido. [2]


Fonte: Estadão

[1]Ora,isto não é justificativa para não realizar a provisão. É preciso levar em consideração qual a probabilidade de perda da causa judicial.É claro que o andamento do processo pode alterar as possibilidades de perda.
[2] Em verdade, o risco de pagar o valor devido já é maior, pois não houve um acordo, em nível administrativo, com a Receita.

Bolha de crédito no Brasil

Postado por Pedro Correia




O Brasil exibe hoje as duas condições comuns a bolhas financeiras que estouraram ao longo da história: alta velocidade de expansão do crédito e moeda valorizada. Isso não significa que uma bolha esteja se formando (ou tenha se formado) no Brasil. Mas há riscos.A avaliação é do economista americano Barry Eichengreen, respeitado professor da Universidade de Berkeley, na Califórnia, e ex-consultor do Fundo Monetário Internacional (FMI).[1]


"Quando os dois fatores ocorrem simultaneamente não quer dizer que uma forte correção esteja obrigatoriamente em curso, mas isso (a correção) acontece com frequência", afirmou, em entrevista exclusiva ao Estado. "Vejo uma bolha no Brasil? Não sei", complementou, fazendo a ressalva de que economistas não são bons em prever esses fenômenos (como a própria história das finanças mostra).

Para afastar de vez a possibilidade de uma bolha, Eichengreen só vê uma saída: o governo deve implementar um ajuste fiscal mais expressivo. A ideia é que, apertando o cinto, o governo compensa a "fartura" de capitais do setor privado. Além disso, reduz a demanda total da economia, o que automaticamente leva a uma desaceleração na procura por crédito.Esse aperto adicional nas contas públicas também serviria para o governo alcançar outro objetivo importante no momento no País: conter o consumo e, por tabela, a escalada da inflação.

Para o professor de Berkeley, que também assina uma coluna no Estado a cada bimestre, o Brasil é incapaz de sustentar, nas condições atuais, o ritmo de crescimento do consumo dos últimos anos. "O Brasil precisa desacelerar o consumo, mas não a economia", frisou.

Eichengreen lembrou que, hoje, o consumo cresce perto de 10% ao ano, enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) avança na casa de 5%. "O Brasil pode sustentar um ritmo de alta do PIB de 5%, mas não o de consumo a 10%. É preciso rebalancear os fatores que levam ao crescimento, o que passa por uma racionalidade maior nos investimentos", afirmou. "Será que vale a pena investir tanto em commodities e deixar de lado a educação?"

Fonte:Leandro Modé -O Estado de S. Paulo



[1]Segundo a 9ª regra de investimento de Bob Farrel:"When all the experts and forecasts agree -- something else is going to happen".



Uma variação de custos fixos e variáveis

Postado por Pedro Correia

A Mission Controls projeta e instala sistemas de automação para fabricantes de alimentos e bebidas. Na maioria das empresas, quando as vendas caem e é necessário cortar custos, os altos administradres dispensam funcionários. Os fundadores da Mission Controls decidiram fazer algo diferente quando as vendas caem-eles diminuem seus próprios salários . Isto torna seus próprios salários relativamente variáveis, enquanto o comportamento dos funcionários se comportam mais como custos fixos. O resultado é um a força de trabalho leal e dedicada.

Fonte: Christopher Caggiano, "Employment, Guaranteed for Life,"INC, 15 de outubro de 2002,p.74

EVA , Lucro Residual e o Desempenho das empresas

Postado por Pedro Correia


Diversas empresas, incluindo AT&T,Armostrong Holdings e Baldwin Technology, deixaram de usar medidas de desempenho baseadas no lucro residual depois de a experimentarem. Por quê?Os motivos variam, mas "a evaporaçãode bônus parace ser o calcanhar de aquiles das métrica de criação de valor, como o lucro residual e o EVA- bem como uma causa importante do abandono desses planos". Os administradores tendem a adotar o lucro residual e o EVA quando so bônus são grandes, mas clamam por mudanças das medidas de desempenho quando os bônus encolhem.

Fonte: Bill Richard e Alix Nyberg,"Do EVA and Other Value Metrics Still Offer a Good Mirror of Company Performance"CFO, março de 2001,pp.56-64


Leia sobre o EVA.


As margens brutas podem fazer a diferença

Postado por Pedro Correia

Após anunciar o aumento de 42% do lucro no 1º trimestre de 1999, as ações da Dell caíram mais de 6%. Por quê?De acordo com o Wall Street Journal, os investidores se preocuparam mais com a queda das margens do lucro da empresa."Os analistas disseram que a queda das margens de lucro das margens brutas tinham sido maior do que haviam esperado e mencionaram a existência de um clima difícil para os preços. As margens brutas caíram quase um ponto percentual,de 22,4% das vendas a 21,5%" A Dell havia reduzido seus preços para aumentar sua participação no mercado, o que deu certo, mas à custa de sua rentabilidade.

Fonte: Gary Mc Williams,"Dell not rises, but Margins Spour Worries", The Wall Street Journal, 19 de maio de 1999,p.A3

Certidão negativa trabalhista

A Comissão de Assuntos Sociais do Senado aprovou na terça-feira um projeto de lei que exige das empresas que participarem de licitações públicas a apresentação de uma certidão negativa de débitos trabalhistas. O documento seria emitido on-line pela Justiça do Trabalho, para comprovar a ausência de dívidas com os empregados – desde que estejam apuradas em decisões judiciais transitadas em julgado.

A proposta também condiciona o recebimento de benefícios fiscais à apresentação da certidão, que teria uma validade de 180 dias. O texto aprovado na comissão é um substituto da Câmara dos Deputados ao projeto de lei nº 77, proposto em 2002 pelo ex-senador Moreira Mendes. O projeto segue agora para votação em plenário. Caso aprovado, será encaminhado para sanção da presidente Dilma Rousseff.

A certidão trabalhista se somaria às atuais exigências de regularidade fiscal e previdenciária para participar de licitações. “Formou-se um tripé”, afirma o senador Casildo Maldaner (PMDB-SC), relator do projeto na Comissão de Assuntos Sociais. Ele aponta que, sem essa exigência, as empresas ficam livres para participar de licitações mesmo tendo questões trabalhistas pendentes. Muitas vezes, isso possibilita custos menores em relação às que estão em dia com os trabalhadores. A certidão negativa seria, portanto, um incentivo ao cumprimento dessas obrigações.

A certidão seria expedida em relação a processos em fase de execução, após o trânsito em julgado de sentença condenatória. Outra situação seria em decorrência de execução de termo de ajuste de conduta com o Ministério Público do Trabalho e de termo de acordo firmado perante comissão de conciliação prévia. Ou seja, a simples existência de ações trabalhistas não impediria a obtenção do documento. No caso de dívidas garantidas por penhora ou com a exigibilidade suspensa, será expedida uma certidão positiva, mas com os mesmos efeitos da negativa. A proposta altera dispositivos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e da Lei de Licitações – nº 8.666, de 1993.

Em abril, o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro João Oreste Dalazen, visitou a Comissão de Assuntos Sociais do Senado e apresentou uma nota técnica defendendo a certidão. Segundo Dalazen, de cada cem trabalhadores que ganham uma causa na Justiça do Trabalho, somente 31 recebem seu crédito. Um dos motivos seria a falta de um mecanismo de coerção na Justiça Trabalhista. A certidão negativa, segundo ele, contribuiria para o cumprimento das decisões.

Fonte: Maíra Magro, Valor Economico

O uso de informação privilegiada realmente é crime?

Postado por Pedro Correia

Robert Murphy responde a esta pergunta num excelente artigo:

A major piece of financial news last week was billionaire Raj Rajaratnam's conviction on 14 counts of securities fraud and conspiracy. Rajaratnam, founder of the hedge fund Galleon Group, was worth an estimated $1.8 billion in 2009. His conviction has pleased those who want the feds to crack down on "insider trading" and show the fat cats on Wall Street that they aren't above the rules.

Although the public generally loves the fall of a ruthless and greedy financial titan — this, of course, is what made Oliver Stone's original Wall Street such a hit — economists have argued for decades that the practice of "insider trading" can actually be beneficial. In practice, the government can use the amorphous "crime" to go after any successful trader it wants. In a free society, there would be no such thing as laws against so-called insider trading.


....Raj Rajaratnam and (even more likely) some of his collaborators may indeed have violated genuine contractual obligations and fiduciary duties to their clients. To the extent that is true, some of their activity might have been illegal even in a truly free-market society.

In general, however, the practice of "insider trading" would not be a criminal offense, because it is impossible to define the concept in a way that wouldn't bar legitimate speculative research and trading. In practice, these laws give the government a very blunt club with which to knock down any profitable firm it wishes.

Leia o artigo na íntegra

Brasil cai para 44º em competitividade

Postado por Pedro Correia

Baixa produtividade e alto custo de vida se somaram a velhos problemas (como sobrecarga tributária e infraestrutura ruim) e derrubaram a posição do Brasil no ranking global de competitividade.O país, atual oitava economia do mundo, ocupa agora o 44º lugar entre os 59 da lista. Em um ano, o Brasil perdeu seis posições --só Grécia e África do Sul perderam mais-- e foi passado por México, Peru, Itália, Filipinas, Turquia e Emirados Árabes.

Fonte: Folha de São Paulo

Governo quer padronizar abertura de empresa

Postado por Pedro Correia

O governo federal pretende implantar até o final do ano um sistema eletrônico para simplificar a abertura de empresas no Brasil.O mecanismo, previsto em lei aprovada em 2007, está em desenvolvimento e integrará todas as cidades do país, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

"Queremos estimular a padronização dos procedimentos para a abertura de empresas, pois, hoje, cada cidade tem as suas próprias regras", diz o diretor do Departamento Nacional de Registro do Comércio, Jaime Herzog.O brasileiro demora hoje 120 dias para abrir uma companhia, de acordo com dados do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). O tempo é quase o dobro da média na América Latina, que é de 63,45 dias. Nos EUA, os empreendedores conseguem abrir uma companhia em seis dias.

O número de procedimentos necessários para abrir empresa no Brasil também está acima da média latino-americana e é igual ao da Venezuela, segundo o BID."A impressão é que o problema está no licenciamento das empresas, pois, para a obtenção do registro, são necessários, em média, apenas dois dias", diz Herzog.

A burocracia tem se constituído em uma carga maior que a tributária para as pequenas empresas, de acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae-SP, Alencar Burti."É uma consequência do fato de o Poder Legislativo não ouvir a sociedade como deveria".

Fonte: Folha de São Paulo via CFC

20 maio 2011

Rir é o melhor remédio

Temos colocado nesta seção diversos comerciais. Este é de uma empresa de contabilidade. É um pouco antigo e comemorava o ano novo de 2008. Mas é de uma empresa de contabilidade! E é bem humorado!

Veja a seguir:



Dica aqui

Teste 477

Este teste é para relembrar as partidas dobradas! A Vale do Rio Doce divulgou demonstrações onde as reservas de lucros ultrapassam o capital social em 22 bilhões de reais. Pela Lei 11 638 (e não 11 632 como está na nossa fonte do teste) não se permite reservas de lucros maiores que o capital social.

Para corrigir esse desajuste contábil a empresa propôs a adição de R$ 25 bilhões ao seu capital social. Este total será composto pelos R$ 22,866 bilhões excedentes das reservas de lucros, R$ 1,867 bilhão das reservas de resultado de operações e conversões em ações e R$ 266,580 milhões das reservas de incentivos fiscais.

Faça o lançamento contábil da operação.

Resposta do Anterior: Considerando uma economia de 50 milhões por ano e 1.100 vagas. Dividindo 50 milhões por 1.100 vagas. Desse resultado, divide por 12 meses. O resultado é aproximadamente R$3800 por mês. Considerando que os encargos representam algo em torno de 100% do salário (é uma estimativa), o salário médio estimado seria 1900 por mês.

Turnover CEO

O gráfico mostra o turnover do CEO no mundo. O Brasil é um dos lugares onde os executivos possuem elevada rotatividade.

Oligopólio das Big Four

Postado por Pedro Correia




As Big Four auditam 99 das 100 empresas, que compõe o índice FTSE 100 e 240 das 250 companhias, que compõe o FTSE250. É interessante observar que, em média, a PWC,KPMG,Deloitte e Ernst & Young, auditam as empresas inglesas, por no mínimo 48 anos. As autoridades britânicas estão cada vez mais atentas a este oligopólio. Como foi noticiado neste blog:"A Comissão da Câmara dos Lordes recomendou uma investigação nas Big Four da auditoria - Deloitte, KPMG, PricewaterhouseCoopers e Ernst & Young - por parte do Office of Fair Trading".

As empresas de auditoria afirmam que apoiam as investigações e discussões do OFT sobre a concentração neste mercado.De acordo com as "Big Four", isto poderá melhorar a qualidade da auditoria, a possiblidade de escolhas, o aumento da competição e por consequência a valorização destas empresas.Não obstante, o OFT afirmou que se não existirem soluções viáveis, eles não irão remeter o caso à Comissão de Competição.​​

O crescimento dos serviços de auditoria não é tão expressivo se comparado aos outros ramos de negócio destas empresas, como: consultoria tributária. No entanto, estas empresas mantêm este oligopólio devido a diversos fatores. Por exemplo, alguns bancos britânicos não emprestam recursos para clientes que não sejam auditados pelas Big Four.Além disso, diversas companhias multinacionais optam por ter a mesma auditoria independente para todas as subsidiárias espalhadas ao redor do globo.Isto dificulta bastante a atuação de outras empresas de auditoria, que muitas vezes não têm condições de realizar um trabalho global.

As investigações do OFT, provavelmente, não irão resultar em alguma mudança significativa no combate à concentração das auditorias.Todavia, as investigações da União Europeia parecem ser mais promissoras. Michel Barnier, o comissário europeu para serviços financeiros,vai fazer uma série de sugestões para uma possível reforma neste ano.Em 2006, foram feitas uma série de propostas de mudanças. Uma bem interessante é escolha da empresa de auditoria para as companhias listadas em bolsa, pelas entidades que as supervisionam.Outra proposta é a de rodízio obrigatório de auditoria.

Não obstante, segundo reportagem da The Economist:"As empresas insistem que a remoção de empresas de auditoria com experiência seria ineficiente e caro para seus clientes. Porém, os reguladores irão ponderar este possível custo com o "abandono de dever" sistêmico dos auditores. O desaparecimento de uma das Big Four, lembrando o caso da Arthur Andersen no escândalo da Enron, seria mais caro ainda. "

Síndrome do estudante

Postado por Pedro Correia

Segundo a Wikipedia:

"A síndrome do estudante refere-se ao fenômeno que muitos estudantes só vão começar a se dedicar inteiramente a uma tarefa logo antes do prazo final. O termo foi originado no livro Critical Chain de Eliyahu M. Goldratt.[1]

Por exemplo, se um grupo de estudantes vai até um professor e pede por um adiamento do prazo final de entrega. Os alunos provavelmente irão argumentar que os projetos serão melhores se houver mais tempo para trabalhar neles; isso é solicitado com a intenção de distribuir o tempo de trabalho pelo tempo que sobra até o prazo de entrega. Porém, a maioria dos estudantes terá outras tarefas ou eventos que também demandam seu tempo. Logo, eles vão acabar se encontrando na mesma situação que começaram, desejando ter mais tempo livre, conforme a data limite se aproxima. "Sempre há algo a ser feito".

[1] Eliyahu M. Goldratt introduziu as ideias da teoria das restrições na gestão de negócios no seu livro: "A Meta: Um Processo de Melhoria Contínua". Leitura obrigatória para contadores.

Alunos: sempre os mesmos

Alunos: sempre os mesmos – Escrito por Juliana Cunha, Postado por Isabel Sales

“Uma vez, no colegial, perguntei ao meu professor de inglês super legal e simpático se ele não se entediava com o fato de que os alunos eram sempre iguais. Na época, minha cabeça de ensino médio concebia duas respostas: ou ele seria educado e diria que éramos todos muito originais e diferentes; ou seria sincero e diria que realmente era bem chatinho conviver com clones de ninguém ano após ano.

Em vez disso, ele respondeu algo como: “No começo, eu amava os alunos por sua originalidade, o que não durou muito porque, né, vocês não são originais, todo ano vem uma nova leva de pessoas bem parecidas. Hoje eu acho que é na própria repetição dos tipos que se concentra o amor do professor. Porque se a cada ano a gente conhecesse pessoas inteiramente novas, seria muito difícil nos apegarmos a elas e mais difícil ainda vê-las ir embora no fim do ano. O fato de serem sempre os mesmos me deixa pronto para amar imediatamente aquele aluno barulhento do fundo da sala sob a luz do amor que senti por todos os outros barulhentos que vieram antes dele”.

Faz tanto tempo que eu faço Letras (minha mãe não curte) que já me sinto totalmente apegada até mesmo àqueles eternos alunos especiais do mestrado e ao pessoal que disfarça desemprego com aprendizado (ou não) de línguas exóticas. Até o final do curso estarei abraçando todos os eles no corredor sem nem saber os nomes.”


Fonte: Aqui

O blog “Já Matei por Menos” é de autoria de Juliana Cunha, repórter freelancer na Folha de São Paulo (e também estudante de letras na USP, comunicação Visual no Senac, colaboradora do blog “Oficina de Estilo”, famoso entre a mulherada!). Essa é uma das minhas postagens prediletas do blog da Juliana, que indico. Espero que gostem!


Xadrez

Está finalizando a disputa para saber quem irá desafiar o atual campeão mundial de xadrez, o indiano Anand (rating de 2817). Dos oito desafiantes, somente dois restaram após confrontos diretos. E tivemos surpresas, já que o favorito, Aronian, um armênio, com um rating de 2808 (o terceiro melhor rating do mundo hoje), perdeu seus jogos para Grischuk.

Grischuk, por sinal, talvez seja o nome do torneio. Antes de começar a disputa, o talvez melhor jogador da atualidade, o noruguês Carlsen (dezoito anos de idade, rating de 2815) desistiu. A organização do torneio convocou o russo Grischuk (rating de 2747). Depois de derrotar Aronian, Grischuk enfrentou Kramnik (rating de 2785, ex-campeão do mundo).

Agora Grischuk está enfrentando o israelense Gelfand (rating de 2733), que eliminou o armênio Mamedyarov (rating 2772) e o estadunidense Kamsky (rating de 2732).

Os jogos geralmente começam as dez horas de Brasília e podem ser acompanhados pela internet 

Mas apesar das surpresas, os jogos realizados até agora não foram bons.

19 maio 2011

Um Minuto de Silêncio

A falta de segurança em campus é um problema comum e que não recebe a atenção que deveria. Para que tenhamos um país melhor, é necessário investir em educação. Para que os nossos alunos consigam se dedicar, é imprescindível que estejam seguros.

Hoje paramos as nossas atividades por um precioso momento em prol de uma prece aos parentes e amigos do aluno vítima de violência na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo.

Nossos sentimentos estão com vocês.


Alunos e professores da FACE UnB

Rir é o melhor remédio

Comercial de uma rede de encontros: Desempregado

Frase

Frase postada no twitter pelo senador Cristovam Buarque (@Sen_Cristovam) - Por Isabel Sales

Se seu filho quer ser professor, sinta-se como se o Brasil estivesse em guerra e ele quisesse ser militar. É arriscado, mas é patriótico.

Teste 476

Eis um trecho de uma notícia de um jornal:

A Gol eliminou cerca de 1.100 vagas no primeiro trimestre deste ano, com o objetivo de reduzir custos. O vice-presidente financeiro da empresa, Leonardo Pereira, disse ontem que, desse total, entre 200 e 250 vagas resultaram em demissões. Os outros cerca de 850 a 900 postos de trabalho referem-se a pessoas que se aposentaram e não foram substituídas ou vagas que estavam em aberto e foram fechadas.
“Isso deve gerar uma economia com pessoal entre R$ 45 milhões e R$ 50 milhões por ano”, afirmou Pereira. (Gol corta 1,1 mil vagas para reduzir custos - Estado de São Paulo - 12 mai 2011)

Com base nestes dados, você seria capaz de fazer uma estimativa da remuneração média dos funcionários da empresa?

Resposta do Anterior: 45,5%; 55,5%; 49,7% de aumento.

Conheça a Eletrobras

Conheça a Eletrobras – por Isabel Sales

Em consequência a postagem de ontem sobre a Eletrobras, deixe-me fazer um breve resumo pra vocês. Segundo a Wikipédia, a Eletrobras é uma sociedade de economia mista de capital aberto, sob controle acionário do Governo Federal (conforme a nota explicativa 15.1, integrante das demonstrações contábeis de 2010, 52% das ações ordinárias pertencem à União Federal) e foi criada em 1962 para coordenar todas as empresas do setor elétrico. Na década de 1990, com a reestruturação do setor, as responsabilidades da empresa foram restritas e consequentemente foi criada, em 1996, a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), em 1998 o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), em 2004 a CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica) e, também em 2004, a EPE (Empresa de Pesquisa Energética).

Segundo o sítio da Eletrobras, atualmente a empresa atua nas áreas de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica e lidera um sistema composto por 12 subsidiárias (ou controladas), 1 empresa de participação, um centro de pesquisas e metade do capital da Itaipu Binacional.

Alguns dados encontrados no balanço social consolidado de 2010:
Há um total de 24.967 empregados. Desses, 77% são homens e 1.416 têm mais do que 60 anos (os adeptos dos programas de demissão voluntária que, até onde sei, será apenas para os que podem se aposentar – o PDV será uma das formas aplicadas pela empresa para melhorar a sua situação financeira). Ademais, há 8.172 empregados terceirizados. Interessante notar que existem 24 empregados analfabetos, apesar da empresa investir cerca de R$ 24.255 mil em educação.

Para entender melhor sobre a empresa, leia:
Capitalização das estatais: aqui.
Balanço da Eletrobras (post de 2009): aqui.
Dividendos: aqui.
Valor residual: aqui.

Errata: Eletrobras

Errata: Eletrobras – por Isabel Sales

Essa deveria ser a continuação de uma postagem de ontem, porém não a intitularei “Eletrobrás 2” por que houve um erro. Desculpem-nos! Após tanto debate sobre acentuar ou não o nome da empresa, ainda assim erramos e, quem sabe, desmerecemos um tanto do dispêndio da publicidade a respeito da nova marca da Eletrobras.

Segue uma errata então: o correto é Eletrobras e não Eletrobrás. Sentiu a diferença? Marcante, não? Percebemos assim que muitos dos gastos com publicidade para lançar a nova Eletrobras, uma, quem sabe, futura tipo-Petrobrás, foram bem aplicados, não é mesmo? Na mensagem da administração do relatório anual de 2010 a primeira frase afirma: “mais do que uma modificação de forma e de cores, a nova marca da Eletrobras, lançada em 2010, após meses de trabalho integrado envolvendo dezenas de profissionais, simbolizou a reinvenção da empresa, cada vez mais preparada para os novos tempos”.

Vamos aproveitar essa “errata”, para acrescentarmos dados a outros pontos mencionados ontem. Comecemos pelo [1] em que afirmamos “É estranho isto, já que uma situação tão grave não surge de repente. E os anos anteriores?”. Esse comentário se referia à frase em que pela primeira vez os auditores foram taxativos em relação a um rombo entre passivos e ativos circulantes das empresas distribuidoras do sistema.

Mas graças ao Google (novo pai dos burros) descobrimos que não, não foi a primeira vez que perceberam que a Eletrobrás apresenta risco de continuidade. Vejam só:

- Há um “formulário de referência” publicado pela Eletrobrás em 30 de junho de 2010, disponível aqui, que na página 172, tratando sobre o exercício social de 2007, afirma: “foram apresentados [pelos auditores independentes] parágrafos de ênfase relatando sobre o risco de continuidade operacional das subsidiárias de nossas controladas Eletronorte, Manaus Energia e Boa Vista Energia, e também sobre a continuidade de nossa controlada Eletroacre. Sobre o tema, a Companhia garante a continuidade operacional de tais investidas por meio de aporte de recursos financeiros”.

Na página 174, sobre o exercício social de 2009 notem os parágrafos de ênfase emitidos pela auditoria independente: “(...) a Companhia mantém provisão para perdas em adiantamentos para futuro aumento de capital em determinadas empresas controladas do segmento de distribuição de energia no montante de R$ 1.858.603 mil, sendo apresentada ainda provisão para passivo a descoberto no montante de R$ 53.660 mil. As empresas vêm apurando prejuízos repetitivos em suas operações, sendo que as informações financeiras dessas controladas foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis a companhias em regime normal de operações. Os planos da administração com relação ao equacionamento financeiro das referidas empresas incluem o processo de capitalização de dívidas e de adiantamentos para futuro aumento de capital ainda a ser efetivado, conforme mencionado na nota explicativa 42. As demonstrações financeiras não incluem quaisquer ajustes em virtude dessas incertezas”.

Na página 176 (ainda sobre o exercício social de 2009), a Eletrobrás, por sua vez, afirma que: “No que diz respeito ao risco de continuidade operacional de nossas empresas distribuidoras de energia, a Administração garante a continuidade dessas empresas em função de aporte de recursos financeiros e através de um plano de reestruturação dessas companhias”.

Legal. A auditoria vê risco de continuidade, mas a administração da Eletrobras garante a continuidade das empresas. Mas a que custo? E até quando? Vocês se lembram da postagem “energia cara tira indústrias do Brasil”? Pois é! E vocês se lembram da reportagem que saiu na The Economist, edição impressa de fevereiro, sobre o apagão brasileiro? Disponível em português aqui no sítio de notícias do UOL há referências sobre o Brasil ter que investir dinheiro da iniciativa pública e privada para conseguir suprir os problemas e a demanda por energia. E aqui no Estadão falando sobre a energia elétrica no Brasil já ser 2/3 mais cara que nos Estados Unidos, dentre outros fatos que complicam o sistema de distribuição de energia pelo Brasil.

Isso nos traz ao item [2] da postagem de ontem "Já é um avanço esta constatação. Mas será que resolve o problema?" que se refere ao seguinte trecho da reportagem do Valor Econômico: "Esse tipo de concessão não é para ser pública, a não ser que se crie uma cultura, que toma um longo prazo. Todos do setor sabem disso, o presidente da Eletrobras sabe, o governo sabe e os políticos estão começando a perceber.".

Acho que vou criar dissabores ao afirmar isso, mas a verdade é que eu sou a favor da privatização (acho que meu professor, o Dr. Carlos Alberto Ferreira Lima, tentará alterar a nota que recebi em sua matéria e me reprovar caso leia essa postagem). Mas para você, meu querido professor, e para todos os que pensarem em me bloquear no twitter, indico a postagem: Defesa da Privatização na qual se afirma - Não é função do governo fazer um pouco pior ou um pouco melhor o que os outros podem fazer, e sim fazer o que ninguém pode fazer, dentre outras coisas.

Além disso, tempos atrás tive a oportunidade de auxiliar os professores Pedro Oliveira e Paulo Lustosa em uma pesquisa sobre a privatização da Vale que mostrou melhoria na eficiência produtiva no período após a privatização. Na postagem “Brasil, Economia e Governo” destacamos um link para a resposta à pergunta “valeu à pena privatizar a Vale”? Na reportagem são levantados vários pontos contra e a favor, mas no fim do dia a conclusão é de que hoje temos sim uma empresa com mais valor.

A Eletrobras poderia ser uma ótima empresa, como ameaçaram transformar, mas acho que com a mentalidade estatal nos próximos anos pode até haver melhora, mas em uma quantidade sem importância. Pra você isso é o suficiente? Participe nos comentários.

Instituto Ronald McDonald

O Instituto Ronald McDonald é muito conhecido no Brasil pelo trabalho assistencial na luta contra o câncer infantil. Todo ano, em agosto, a rede de fast food McDonalds promove o McDia Feliz que arrecadou, em 2010, 13 milhões de reais. Só nos cofrinhos existentes em cada loja foram 2,7 milhões.

O relatório de atividades do Instituto é muito interessante e comovente. São 56 páginas, com muitas fotos, sobre o que foi feito pelo Instituto. Da parte contábil, na página 51 o parecer dos auditores independentes e na página 52 o Balanço Patrimonial. No título de ambas as páginas: “Transparência”.

Eis o que os auditores dizem sobre os números:

Examinamos as demonstrações financeiras do Instituto Ronald McDonald de Apoio à Criança (Instituto) que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2010 e as respectivas demonstrações do resultado das atividades sociais, das mutações do patrimônio social e dos fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas. (...)

Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial
e financeira do Instituto Ronald McDonald de Apoio à Criança em 31 de dezembro de 2010, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

Perceberam algo estranho? Apesar dos auditores comentarem sobre as demonstrações financeiras (balanço patrimonial, mutações e fluxos), o Instituto não divulga, no Relatório de Atividades, estas demonstrações. Contador que é contador não participa do McDia Feliz!

Previsões para a economia brasileira

Postado por Pedro Correia

Previsões do Deutsche Bank Research:


Brazil will do much better during 2010-20 than during the 1980-2000 period. However, Brazil will not match Chinese and Indian growth rates. In our baseline scenario, by around 2020 Brazil will have overtaken both France and the UK to become the world’s seventh-largest economy, reclaiming the position it occupied in 1980. Economic and political stability, combined with an abundance of arable land and strategic commodity and energy resources, will also help raise Brazil’s importance. Recent oil and gas finds will turn Brazil into an increasingly important energy player, while it already accounts for 50% of coarse grain production and 50% of world beef exports. In addition, Brazil occupies promising positions in the Hausmannian product space (e.g. biofuel technology, aerospace).

However, even if Brazil surprises by implementing key structural reforms, it will still not match Chinese or Indian growth rates. In global economic and political terms, the rise of China and India will be the pivotal event of the 21st century. Neither will Brazil turn into a high-per-capita, high-tech Korea, whose success is due to high levels of investment, trade openness and human capital accumulation. However, economic and political stability will provide the backdrop for Brazil’s continued economic growth and its increasing international political importance, especially vis-à-vis the advanced economies.

Leia reportagens do Financial Times sobre a economia brasileira: Bolha imobiliária e a fragilidade financeira dos bancos.

Grifos meus.

Google vende títulos

Postado por Pedro Correia



O Wall Street Journal noticiou que o Google tem 37 bilhões de dólares em caixa,mas decidiu vender 3 bilhões de dólares em títulos da dívida norte-americana com vencimento de 3 anos.Ou seja, a empresa está se financiando com dívida,o que é incomum para companhias de tecnologia, pois estas costumam usar o caixa .Portanto, a empresa toma recursos de longo prazo e empresta no curto prazo .O normal seria o inverso, ou seja, fazer o que os bancos fazem.É bom lembrar que as taxas de juros de curto prazo, em economias desenvolvidas, é mais baixa que a de longo prazo.

Por que o Google adotou esta estratégia? O professor de economia Gregory Mankiw não conseguiu enteder o porquê.Não obstante, um leitor de seu blog apresentou uma resposta bem plausível. Segundo ele,apesar do Google ter US $ 37 bilhões em caixa e equivalentes, a maior parte desses recursos está em contas fora dos EUA (uma das estratégias da empresa é canalizar a maior parte dos seus lucros para Irlanda, que possui baixa carga tributária).Desse modo,não é possível usar os $ 37 bilhões nos EUA, sem incorrer em uma taxa de 35 por cento sobre os recursos que forem repatriados.Além disso,os empréstimos de longo prazo são para financiar os gastos nos EUA .

Todas as grandes empresas de tecnologia fazem a mesma coisa (como foi noticiado neste blog: a Microsoft evitou estes custos tributários na compra do Skype).Em outras palavras, diversas empresas dos EUA mantêm seu dinheiro fora do país para evitar as taxas tributárias. Em suma, o Google está apostando que os tributos sobre os recursos repatriados irão diminuir no futuro.

Fonte:Limericks

Ex-executivo da Enron sai da cadeia

O ex-chefe financeiro da empresa de energia Enron, Andrew Fastow, saiu hoje (18/5) da penitenciária onde estava desde setembro de 2006. Ele cumpre uma pena de seis anos por ter sido um dos principais arquitetos do esquema de corrupção ocorrido na empresa, no final de 2001.

Segundo a imprensa internacional, Fastow segue do estado da Luisiana, nos Estados Unidos, para Huston, no Texas, onde vai ficar em uma casa de reabilitação (uma espécie de intermediária entre a prisão e a liberdade), até o dia 17 de dezembro. De acordo com a agência Reuters, os advogados de Fastow afirmaram que o ex-CFO (Chief Financial Officer) teria começado a abusar de álcool e drogas dentro da prisão, o que pode acarretar no encurtamento da pena.

O executivo da extinta Enron foi para a cadeia depois de ser declarado culpado por ajudar a empresa a esconder prejuízos e dívidas e enganar investidores. Prestes a ter a liberdade, a pena de Fastow poderia ter sido muito maior. Sua primeira condenação ocorreu em 2004, quando concordou em pagar 10 anos de prisão em troca de cooperar com as autoridades. A punição, que já era uma regalia, foi reduzida para seis anos quando o acusado resolveu testemunhar contra os ex-presidentes-executivos da Enron Kenneth Lay e Jeffrey Skilling.

Em dezembro de 2001, a Enron, que era uma das maiores empresas dos Estados Unidos, decretou falência, revelando uma dívida de 22 bilhões de dólares, criada após os executivos fraudarem os livros de contabilidade da empresa. Em 2006, os dois principais executivos da Enron foram condenados. Lay morreu antes de receber a sentença, e Skilling teve que pagar 45 milhões de dólares de multa e, hoje, cumpre pena de 24 anos de prisão.

Fonte: Luciana Carvalho, Exame.com

Evite a procrastinação

Postado por Pedro Correia

Dica do wikiHow:

Work! Although this may sound counteractive to your goal of relaxing, procrastination never feels as good as having nothing to do. Get it done now and then you can truly relax.

18 maio 2011

Rir é o melhor remédio

Fonte: aqui

Teste 475

Uma notícia informa que o governo brasileiro está preocupado com a dívida das empresas brasileiras em dólar. Imagine uma empresa com um passivo de US$ 1 milhão e um patrimônio líquido de 2 milhões de reais. Suponha que a cotação do real para o dólar seja de 1,67 R$/US$. Uma desvalorização da moeda faz com que a cotação chegue a 2,5 R$/US$. Determine o valor do endividamento, medido pela relação entre passivo (capital de terceiros) e ativo, antes e depois da desvalorização da moeda. Qual o aumento do passivo? É maior ou menor que a desvalorização da moeda?

Resposta do Anterior: PanAmericano. Fonte. Aqui

Mais esclarecimento sobre acúmulo de bolsa e vínculo empregatício

Mais esclarecimento sobre acúmulo de bolsa e vínculo empregatício - Por Isabel Sales

Em continuidade à postagem sobre a Nota CAPES-CNPq sobre acúmulo de bolsa e vínculo empregatício, segue abaixo uma entrevista do presidente da Capes (indicada por Glauber Barbosa, a quem agradeço):

Capes torna sem efeito Ofício Circular nº 32/2011, enviado aos pró-reitores de pós-graduação no dia 2 de maio, que trata do cadastramento de bolsistas com vínculo empregatício remunerado. Mais esclarecimentos na entrevista com o presidente da Capes, Jorge Almeida Guimarães:

1. A Capes e o CNPq publicaram no dia 2 de maio uma nota sobre acúmulo de bolsa e vínculo empregatício, relacionada à Portaria Conjunta CAPES-CNPq n° 01/2010. Qual o motivo desta nota, quase um ano após a publicação da portaria?

A portaria tinha e continua tendo a intenção de estimular o estudante a ter a possibilidade de ser contemplado, durante a pós-graduação, com um vínculo empregatício. Não queremos estimular mecanismos de risco para o que é o principal objetivo da pós-graduação: estimular jovens que estão cursando pós-graduação, sobretudo os provenientes da iniciação científica, a obter um desempenho que permita um vínculo empregatício. Com a portaria, o bolsista que se desenvolveu bem no mestrado ou no doutorado e tem a oportunidade de trabalhar numa empresa ou em uma instituição privada para dar aula, por exemplo, poderá fazer isso legalmente, diferentemente do que acontecia antes, quando trabalhavam sem carteira assinada e sem comunicar às agências. Mesmo assim, há que se considerar a questão do tempo de dedicação ao curso e ao emprego, o que só pode ser decidido pelo orientador do bolsista, endossada pelo coordenador de pós-graduação (CPG).

Isso é importante para a instituição que contrata e para o aluno e é um exemplo para os colegas dado o seu desempenho. De maneira nenhuma a portaria estimula que, para ganhar bolsa, tenha que ter vínculo antes. O vínculo antes é o problema, pois é preciso que seja o orientador que autorize: salvo em pouquíssimos cursos, o aluno que está entrando não tem orientador ainda, e, quando tem, é tão novo que não sabe se o aluno tem desempenho suficiente e em que nível está o desenvolvimento de sua tese ou dissertação, portanto, como pode fazer isso antes? Isso só pode ser feito depois. E o depois é pelo menos seis meses. Não acredito que antes disso possa permitir ao orientador uma visão clara para essa autorização.

Por que a nota? Porque houve interpretação indevida e imprópria para atender casos específicos e particulares à revelia do juízo do orientador sobre a pertinência da concessão da bolsa, baseado do desempenho do aluno, após o início do curso e do projeto de pesquisa. Há casos de pessoas com vínculo na própria instituição sendo estimuladas a fazer o mestrado por causa da bolsa. Não é esse o papel da Capes e do CNPq. Não se trata aqui de considerar a bolsa como complementação salarial. Esta condição está contemplada de forma exclusiva para os professores da Rede Pública de Educação Básica, prevista na Portaria Ministerial nº 289, de 31/03/2011, modificada pela Portaria nº 478, de 29/04/2011. A formação é para prepararmos mais jovens para o bom desempenho em suas áreas de atuação para o desenvolvimento do país e não para complementar o salário que a pessoa já tinha. Em algumas instituições e cursos, o fato de já ter o vínculo empregatício estava predominando para a seleção, sendo que esta deve ser feita por mérito.

Quem deve decidir se o bolsista tem desempenho suficiente para ter ou não vínculo empregatício é o orientador, não o curso. Só o orientador sabe quem são os alunos qualificados para essa possibilidade. Cada um tem uma média de 4 a 6 orientandos e é obvio que nem todos merecem ter essa autorização. Alguns terão, outros não. Portanto, houve sim falta de consideração para com a motivação maior da Portaria Conjunta Capes-CNPq n° 01/2010, que é clara e objetiva. O que houve foi a emissão de uma circular de setor da Capes sem a ciência da Presidência desta agência e muito menos do CNPq, e que levou ao sobressalto que estamos verificando.

2. Quais são então as regras para o acúmulo de bolsa e vínculo empregatício no âmbito da Capes?

Como eu disse anteriormente, a regra básica é que o aluno bolsista possa ter a possibilidade do emprego depois de já estar matriculado, quando seu orientador já tiver um conhecimento mais aprofundado sobre sua capacidade de se desenvolver no curso. Ou seja, como um produto do ganho do próprio curso de pós-graduação. Se não, nós prejudicamos a base inicial desse processo que é, sobretudo, o mérito e os bolsistas que provém da iniciação cientifica. Quem não observa esses requisitos, corre risco de não ter bons candidatos na pós-graduação.

Hoje temos cerca de 80 mil estudantes de iniciação cientifica no Brasil entre CNPq, agências estaduais e pessoas voluntárias – sem contar o Pibid da Capes e oriundos do Programa PET. Esses são os melhores candidatos para fazer mestrado. São 80 mil e o mestrado oferece anualmente, em todo o Brasil, 50 mil vagas. Portanto, é esse o nosso grande alvo. Claro que não é exclusivamente isso, mas colocar as bolsas nas pessoas já com vinculo estaria excluindo nosso principal candidato e isso nós não queremos estimular. Caso a situação persista as agências poderão considerar o cancelamento da Portaria.



3. No caso de um aluno que, sem vínculo empregatício, tenha sido contemplado com bolsa e, futuramente, seja contratado para o quadro da própria instituição na qual estuda. Ele terá a bolsa cancelada?

A bolsa deve ser cancelada, pois não foi instituída para estimular essa prática. Reafirmo: a bolsa não é uma complementação salarial. É para apoiar os jovens com mérito que, não tendo vínculo empregatício ainda, possam tirar proveito da oportunidade que o governo dá de estudar com bolsa nos cursos rigorosamente avaliados pela Capes e, a partir do seu desempenho, ter as oportunidades de conseguir um vínculo empregatício qualificado para as atividades que considerarmos prioritárias: tecnológicas e educação básica. Como acima mencionado, os professores da Educação Básica da Rede Pública podem acumular remuneração e bolsa, mesmo com o vínculo a priori.

4. As regras existentes antes da portaria, que permitiam o acúmulo de bolsas para professor da educação básica, professor substituto, tutor da UAB e profissional de saúde pública continuam valendo?

Continuam valendo. As portarias que tratam dessa questão mencionam claramente que são áreas de interesse do Estado. Permitir que professores da escola pública façam mestrado – sobretudo mestrado profissional, mas também acadêmico – recebendo bolsa é o principal objetivo. Estes, repito, nós consideramos interesse do Estado. O acúmulo, então, é permitido e vai continuar sendo.

5. No caso de servidor público. Quem já é servidor e torna bolsista, como proceder? E para casos em que o aluno que já é bolsista passa em concurso público, ele deve pedir o cancelamento da bolsa?

Não deve ganhar bolsa, essa é uma regra básica, exceto para professores da Rede Pública da Educação Básica. Os cursos têm que considerar o seguinte: tendo vínculo empregatício prévio, não deve ter bolsa de imediato. Essa é uma lógica fundamental sem a qual vamos colocar em risco a credibilidade e o sucesso da pós-graduação brasileira.

A Portaria não foi feita para estimular esse tipo de ação individual, foi feita para premiar os alunos que se destacam, estando na pós-graduação com bolsa do CNPq ou da Capes, venham, em função do próprio desempenho, conversar com seu orientador sobre a possibilidade de conciliar os estudos com o emprego. E não um direito prévio, isso é importante dizer. Portaria a gente faz e também desfaz e, se for seguida de maneira equivocada, poderemos cancelá-la.

6. Quais os desdobramentos possíveis em função dos questionamentos sobre a Portaria?

A Direção da Capes está determinando o cancelamento da citada circular e divulgando na sua página nota de esclarecimento sobre o entendimento a ser aplicado pelos orientadores e cursos sobre como deverão autorizar o bolsista a assumir compromisso de emprego.

A Capes e o CNPq farão um levantamento das situações junto aos cursos para posterior deliberação conjunta, além de, eventualmente, revisar a Portaria, tornando-a mais restritiva em seus objetivos ou, até, mesmo, revogá-la se as duas Agências considerarem que é melhor para o sistema.


Fonte: Capes