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Mostrando postagens com marcador imprensa. Mostrar todas as postagens
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19 julho 2012

Imprensa e Valor da Empresa


O papel da imprensa tem sido extensamente discutido em diversas pesquisas acadêmicas. Acredita-se que um jornal ou um noticiário de televisão possa influenciar as pessoas. Por isto, tem sido muito comum tentar associar as atitudes das pessoas com o que foi noticiado pelos veículos de comunicação de massa.

Em tempos de internet e da existência de inúmeras formas de comunicação, as pesquisas ainda mostram esta influencia. Entretanto, o número de pesquisas sobre o papel da imprensa no mercado financeiro ainda é reduzido. Mas quando surge uma pesquisa deste nível geralmente envolve um elevado grau de criatividade: em lugar da monotonia de processar dados em pacotes estatísticos, as investigações envolvem certo grau de subjetividade. Nem por isto, são menos científicas que os estudos realizados com base de dados de empresas e negócios de ações.

Uma forma de analisar a imprensa é verificar como os fatos são noticiados. Se estivermos falando da área financeira, isto significa analisar as notícias financeiras nas suas diferentes dimensões. Dois pesquisadores,  Umit Gurun e Alexander Butler, investigaram como a imprensa local apresenta as notícias financeiras, quando se compara com a imprensa não local. Os cientistas estavam interessados nas notícias envolvendo empresas locais. Sua descoberta é óbvia, mas nem por isto irrelevante: a imprensa local usa menos palavras negativas quando se trata de notícias sobre empresas da região onde atuam. Ou seja, empresas da cidade têm notícias apresentadas de maneira mais suave pela imprensa local. O motivo é o potencial de geração de receita publicitária.

A pesquisa de Gurun e Butler descobriu também que o efeito é mais forte para pequenas empresas, entidades com predomínio de investidores individuais, empresas ilíquidas ou com elevada volatilidade.

Já se sabia do “home bias”, onde as pessoas tendem a investir, de maneira desproporcional nas empresas geograficamente próximas. Agora temos o “media bias”. Assim, na próxima vez que você ler o jornal local, seja mais crítico com as notícias financeiras das empresas de sua região.

Fonte: GURUN; BUTLER. Don´t Belive the Hype. Journal of Finance, vol LXVII, n. 2 , abr, 2012. 

14 outubro 2011

Auditoria em jornal


O tradicional jornal Wall Street Journal está sendo investigado por fraude nos números de circulação. Aparentemente o WSJ aumentou, de maneira pouco ortodoxa, os números de jornais vendidos na Europa. O problema já levou a renúncia do executivo responsável pelo WSJ na Europa.

Uma das formas de inflar a circulação do jornal era através de um acordo com “parceiros”, que compravam a edição por um valor reduzido (1 centavo de euro) para distribuição em universidades. Só com um dos “parceiros” doze mil cópias foram distribuídas. As denúncias afirmam que os “parceiros” eram citados de forma excessiva nos textos do WSJ.

Um auditor certificou a circulação de 74,8 mil exemplares no primeiro semestre, sendo 53 mil podem estar inflados pelos expedientes usados no WSJ. Um aspecto importante é que o WSJ é de propriedade da News Corp, recentemente envolvida num escândalo de espionagem de um dos seus jornais na Inglaterra.

A questão da circulação é importante para os jornais pois revela a penetração do veículo de comunicação, aumentando a receita de publicitária.

Fonte: Auditors Scrutinizing Wall Street Journal Europe's Circulation, NY Times,  ERIC PFANNER, 13 out de 2011

13 fevereiro 2011

A expansão da tecnologia

A série de gráficos abaixo mostra a expansão da imprensa, desde a sua invenção (aprox 1440, por Gutemberg) até 1500. Lembrando que o primeiro livro de contabilidade impresso foi publicado em 1494, em Veneza, na Itália. A imprensa já existia na Itália na década de 1460. Ou seja, levou mais de 30 anos para que a primeira obra de contabilidade fosse publicada.










07 janeiro 2010

Teste #208

Uma empresa com participação acionária brasileira declarou guerra a imprensa econômica inglesa. Tudo por conta de documentos que foram entregues antes de uma operação de takeover. Qual seria esta companhia?

Gerdau
Interbrew
Vale do Rio Doce

Resposta do Anterior: Itália Fonte: aqui

21 junho 2009

Aracruz e imprensa

A reportagem a seguir mostra a relevância da imagem.

Aracruz mede estrago na sua imagem
17/06/2009
Valor Econômico

O estrago provocado pelas operações mal feitas com instrumentos derivativos acabou trazendo prejuízos àAracruz Celulose muito além dos financeiros. A fabricante de celulose viu sua imagem ser manchada pelas notícias sobre as operações financeiras e decidiu medir o tamanho do índice de exposição negativa na mídia impressa.

A quantidade de reportagens jornalísticas publicadas depois de a empresa ter admitido as bilionárias perdas financeiras cresceu 28.100% no período de agosto e dezembro. Nos meses anteriores, de janeiro a julho, a quantidade de notícias ruins já tinha sido 100% maior.

Em todo o ano, a exposição negativa da Aracruz na mídia representou um crescimento de 6.700%, o que acabou ocupando 16.200 centímetros por coluna. Como comparação, isso significa o equivalente a um jornal com 54 páginas inteiras (tamanho "standard", igual ao qual o Valor é impresso) preenchidas apenas com as matérias, excluindo espaço para fotos, artes e anúncios. Em 2007, o número de artigos negativos havia sido de 200 centímetros por coluna, o que mal preenchia uma página.

Mesmo assim, a Aracruz teve mais reportagens positivas no ano, causadas principalmente pelos anúncios de novos investimentos em fábricas no Rio Grande do Sul e Minas Gerais - que foram depois adiados - e a compra da Arapar pelo grupo Votorantim. Foram 31.800 mil centímetros por coluna, o dobro da quantidade de notícias ruins. A empresa avaliou que sua imagem institucional nas regiões onde opera permaneceram estáveis, a despeito das notícias sobre os derivativos.

Os dados constam de levantamento publicado pela própria Aracruz no seu recém-publicado relatório anual de sustentabilidade. O documento traz informações sobre diversos índices, os quais incluem os dados relativos aos ativos intangíveis da Aracruz - ativos não-físicos, como a imagem da empresa. Procurada, a Aracruz não quis conceder entrevista para falar sobre os índices divulgados sobre a visibilidade da empresa.

A crise também levou a empresa a ser excluída neste ano do índice Dow Jones de Sustentabilidade Global (DJSI World), da Bolsa de Valores de Nova York, que seleciona as empresas com melhores práticas de sustentabilidade no mundo corporativo. A empresa fez parte do índice desde sua criação, por quatro anos consecutivos.

Os prejuízos à imagem da empresa em 2008 podem ser um dos motivos de extinção do nome Aracruz a partir da fusão da companhia com aVotorantim Celulose e Papel (VCP), tema em estudo pelos novos donos da fabricante de celulose. Nas próximas semanas, os novos acionistas da gigante de celulose, o grupo Votorantim e o BNDESPar, deverão divulgar as novidades, como o novo nome da empresa e seu corpo diretivo.

"Os acionistas têm algumas alternativas se não quiserem utilizar o nome Aracruz: engavetar o nome da empresa para que ninguém o utilize, reduzir o peso da marca dando nome a uma unidade, um segmento ou um ativo ou ainda vendê-lo para terceiros", opina o presidente da GlobalBrands, José Roberto Martins, especialista em marcas.

30 outubro 2008

Imprensa no Brasil

A The Economist da semana passada faz uma análise sobre a exigência de diploma de curso superior para quem deseja trabalhar com jornalismo no Brasil(Licensed to scribble 23/10/2008). O texto começa lembrando que esta é uma das heranças do período militar, mas que continua. Ao final, a revista lembra que 271 políticos brasileiros (deputados, prefeitos e senadores) são proprietários de empresas de comunicação. A existência do que a revista chama de “mini-berlusconis” (em alusão ao primeiro ministro da Itália, que controla a imprensa naquele país) é uma restrição a efetiva liberdade de imprensa.

15 outubro 2008

Krugman ganha outro prêmio

O prêmio Nobel de Economia para Krugman foi amplamente festejado na imprensa brasileira (veja aqui). Além deste prêmio, Krugman ganhou outro prêmio. Neste caso, não foi uma surpresa uma vez que desde 2002 Krugman ou é o vencedor ou obtem o segundo lugar.

Krugman foi escolhido como o Most Partisan Columnist in U.S.

Isto não é realmente uma honra. Pelo contrário, a presença de um viés partidário excessivo transforma o jornalismo numa propaganda, distorcida e pouco útil para o debate político.

A seguir os últimos premiados:

Final Rankings for Partisanship:

2002: #1 Paul Krugman

2003: #1 Ann Coulter, #2 Paul Krugman [COLOCAR LINK WIKIPEDIA]

2004: #1 Ann Coulter, #2 Paul Krugman

2005: #1 Paul Krugman

2007: #1 Ann Coluter, #2 Paul Krugman (tied with Joe Conason)

2008: #1 Paul Krugman

Fonte: Aqui

29 junho 2008

Agrenco: o valor da governança

Segundo fontes ligadas aos fundos de investimento, além do suposto esquema, eles também estariam intrigados com a revelação feita pelo Wall Street Journal, publicada no dia da operação da PF. A reportagem diz que 60% do dinheiro captado no IPO foi para o caixa do Credit Suisse (entre pagamento de dívidas, bônus e comissões). A Agrenco levantou R$ 666 milhões na abertura de capital. (...)

O ex-presidente do Instituto Brasil de Governança Corporativa (IBGC), José Guimarães Monforte, é um dos conselheiros da Agrenco. Para investidores, seu nome funciona como um aval da credibilidade da companhia. Além de conselheiro, Monforte foi contratado como consultor para preparar a Agrenco para a abertura de capital. O acordo previa pagamento de R$ 75 mil, além de uma taxa de sucesso de 0,3% do valor da operação, o que dá quase R$ 2 milhões. Monforte não quis dar entrevista.

Fundos querem investigar o que aconteceu com a Agrenco
Patrícia Cançado
28/06/2008
O Estado de São Paulo

25 abril 2008

Plágio nas Revistas




Aqui mostra que a The Republic copiou a capa da Time, que por sua vez copiou da Newsweek, que inspirou em Pablo Picasso. Nada se cria, tudo se copia.

26 março 2008

Mundo conforme a imprensa

Fantástico link. Didático, mostra a atenção que a imprensa dá a cada país do mundo. Clique no jornal da Austrália e veja como ele é paroquial. Observe o tamanho do Brasil para a imprensa internacional. Seria a nossa dimensão no mundo atual?

19 março 2008

Bear Stearns e a ética


O blog CJR critica a cobertura da imprensa econômica na crise do Bear. Mas lembra o artigo do NY Times de Morgenson sobre o banco e as críticas pesadas contra a instituição:

Mas porque salvar Bear Stearns? O beneficiário deste socorro, lembre-se, muitas vezes operou nas áreas cinzas de Wall Street e com uma agressiva abordagem. (...) Relembrem, também, de volta a 1998, quando o fundo hedge Long Term Capital Management exigiu recursos do FED, Bear Stearns recusou no esforço de salvação.

14 fevereiro 2008

Capa e Mercado


A foto é de Marisa Miller, modelo norte-americana, 1,73 m, 50 kg, 29 anos e capa da Sports Illustrated Swimsuit Issue deste ano. São dois objetivos da foto de Marisa.

Em primeiro lugar, a foto da capa de Marisa Miller significa que o mercado acionário norte-americano terá um bom desempenho em 2008. Nos últimos 30 anos, toda vez que uma modelo norte-americana foi capa desta revista a SP 500 teve um ganho de 13,9%. Quando foi uma modelo de outro país, inclusive do Brasil (1978) o ganho da SP é de 7,2% em 11 anos.

A série histórica está abaixo:


O segundo motivo de colocar a Marisa neste blog é óbvio, não?