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13 agosto 2014

Resenha: Béla Guttmann

Este livro narra a história que parece o filme Forrest Gump. Guttmann é aquele personagem que esteve em nos principais momentos do futebol mundial no período entre as décadas de vinte e sessenta. Como jogador, Guttmann fez parte da equipe do Hakoah, de Viena, um time de judeus. Chegou a participar das Olimpíadas de 1924 pela seleção da Hungria. No final dos anos vinte, fez excursão aos Estados Unidos, onde o futebol era um esporte emergente. Na década de 30 torna-se treinador na Hungria. Durante a segunda guerra, Guttmann desaparece. Após o confronto, volta a trabalhar com treinador na Hungria. Num dos times que dirigiu tinha Boszik e Puskas, que seria base da poderosa seleção da Hungria da década de cinquenta. Em 1949 vai para Itália, Chipre, Argentina e retorna para Itália para treinar o Milan de Nordahl, Liedholm e Schiaffino. Apesar de estar em primeiro lugar no campeonato italiano, Guttmann é demitido do Milan. Em 1957, Guttmann chega ao Brasil para treinar o São Paulo. Neste clube, adota o sistema 4-2-4. O assistente de Guttmann no clube era Vicente Feola, que meses mais tarde tornaria o treinador da seleção brasileira e conquistaria a Copa do Mundo com o estilo adotado por Guttmann. Do Brasil, o treinador vai para Portugal, sendo campeão pelo Porto. No ano seguinte assume o time do Benfica , onde torna-se bicampeão europeu, num time que tinha Eusébio, o maior jogador português de todos os tempos. Depois do Benfica, Guttmann entra em decadência, treinando times no Uruguai, Suíça e Grécia.

O livro Béla Guttmann conta a história deste treinador em 170 páginas. Isto é bom e ruim. Por um lado, Claussen vai direto ao ponto, sendo bastante objetivo. Por outro lado, como a vida de Guttmann foi bastante atribulada, sentimos esta objetividade do autor do livro parece atrapalhar um pouco.

Vale a Pena? Para quem gosta de futebol e quer um panorama do esporte entre os anos 20 e 60 é uma boa leitura.


CLAUSSEN, Detlev. Bela Guttmann. São Paulo: Estação Liberdade, 2014.


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06 agosto 2014

Resenha: Guia Politicamente Incorreto do Futebol

Este é mais um livro da série “Guia Politicamente Incorreto (...)” da editora Leya. Esta coleção fez sucesso com outros temas e a fórmula tenta captar a atenção do leitor interessado em futebol. Mais de 400 páginas e 18 capítulos, o texto trata de assuntos diversos como racismo, seleção de setenta, batalha dos Aflitos, Barcelona, Pelé e Maradona.

Como o próprio título induz, algumas das posições dos autores são polêmicas, como é a afirmação de que “Messi não é um bom garoto” (último capítulo). O problema é que o livro, escrito por jornalistas, cai na “faláciado jornalista”. Esta falácia acontece quando se toma um ou dois depoimentos e fazem conclusões apressadas. No caso do Messi, o livro usa três acontecimentos para fazer esta conclusão.

Outros pontos levantados, como o “futebol não é um bom negócio”, já mereceu uma análise muito mais interessante e profunda no Soccernomics, por exemplo. Para quem já leu Soccernomics, o texto deste Guia é mais superficial.

Mas é inegável que a leitura do livro é agradável. O formato ajuda e os capítulos podem ser lidos de maneira independente. Neste sentido, os problemas apontados anteriormente não prejudicam a leitura.

Vale a pena? Para quem gosta de futebol, inclusive discutir futebol, é interessante sua leitura. Pode acrescentar polêmica nas conversas com os amigos.

ROSSI, Jones; MENDES JR, Leonardo. Guia Politicamente Incorreto do Futebol. Leya, 2014.

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30 julho 2014

Resenha: Man on the Run

No final dos anos sessenta, o maior grupo musical que já existiu estava acabado. As brigas internas romperam a antiga amizade que unia John, Paul, George e Ringo. Enquanto George tentava buscar na religião a infelicidade trazida pela fama e John unia-se a Yoko para fazer política, Paul tentava manter o grupo através de trabalho. E Ringo sempre foi o lado mais fraco da criatividade musical dos Beatles.

Até hoje se discute o que levou o maior sucesso da música optarem pela separação. Alguns acham que foi Yoko; outros, as tentativas forçadas de Paul; há ainda aqueles, como Tom Doyle, autor de Man on the Run, que consideram que o novo manager da banda, Klein, foi a principal razão para o fim da banda. Mas o livro da resenha da semana não é sobre os Beatles; é sobre o que aconteceu com Paul após o fim da banda. Inicialmente, Paul tentou fugir da responsabilidade de ser um ex-beatle com a bebida; depois, brigou com a banda, inclusive na justiça; e finalmente, conseguiu fazer uma brilhante carreira musical sem os seus antigos companheiros.

Man on the Run conta em 15 capítulos os dez anos seguintes ao fim da banda para McCartney. O contato, mais frequente do que eu imaginava, com Lennon; a criação de clássicos como Mull of Kintyre, Coming up, My Love, Jet, Let Me Roll It ou Live and Let Die; a tentativa de buscar substitutos na formação do Wings, os problemas com as drogas, a prisão no Japão, a criação dos filhos na Escócia e muitos outros assuntos. O livro conta que McCartney era péssimo em finanças e perdeu muito dinheiro, antes e depois dos Beatles, por confiar nas pessoas ou por ser perdulário. Mesmo jogando dinheiro fora, McCartney possui hoje uma fortuna perto de US$ 1 bilhão.

Vale a pena? Para quem gosta dos Beatles a obra conta boas histórias. É um livro simpático a Paul e geralmente todo fã da banda possui suas preferências. Trata-se de uma leitura bem agradável, mas pule a chata introdução. Para quem não gosta, esqueça.


DOYLE, Tom. Man on the run : Paul McCartney nos anos 1970. São Paulo: Leya, 2014.

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