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22 maio 2015

Resenha: Vampeta Memória do Velho Vamp

Este é um livro de histórias... São vários casos narrados por um dos maiores gozadores do futebol brasileiro, Marcos André Batista Santos, o Vampeta.
Vampeta foi jogador de futebol que atuou no Corinthians, Vitória, Brasiliense, Flamengo e outros clubes. Durante o período que esteve em campo, Vampeta foi protagonista de três histórias que ficaram na memória de qualquer pessoa que acompanhou o futebol nos últimos anos e que são descritas neste livro.

A primeira ocorreu na entrega de medalhas aos Penta Campeões da Seleção Brasileira: a cambalhota que deu quando estava no Palácio do Planalto sendo homenageado pelo presidente da república, Fernando Henrique. Sim, estava bêbado, mas expressou a alegria dos brasileiros pela conquista. E deixou a medalha cair.



A segunda quando chamou os adversários são-paulinos de “bambis” e provocou a ira dos adversários.

E, finalmente, quando declarou que o Flamengo fingia que pagava os jogadores e eles fingiam que jogavam.

Enfim, Vampeta era daqueles jogadores que despertavam curiosidade num jogo por suas declarações e provocações, a exemplo do eterno Dadá Maravilha. Assim, um livro que se propõe a contar os acontecimentos engraçados da carreira de Vampeta só pode ser muito bom. É bem verdade que muitos casos já foram contados nos “desimpedidos” ou na Rádio Jovem Pan, mas é sempre bom lembrar as brincadeiras com Evaristo de Macedo (a melhor parte do livro), Ronaldo, técnicos, Edilson capetinha, Gilmar Fubá e outros mais. Em alguns, Vampeta simplesmente repassa o que ouviu de terceiros, mas isto não perde o interesse. E como as narrativas são curtas, o livro torna-se interessante.

Uma das pérolas:

O presidente do Grêmio Osasco se chama Linderber Pessoa. Ele fundou o clube, que tem só quatro anos de vida e já está na segunda divisão do Campeonato Paulista. O Lindenberg é muito atento à contabilidade do clube (...) estou dando o orçamento, falando quanto vai sair a folha de pagamento e quanto cada atleta vai ganhar (...)

- João Paulo, dois e quinhentos. Bruno, dois e quinhentos; Guilherme, dois; o outro Bruno, mil e quinhentos; Agnaldo, mil e quinhentos... 

Estou fazendo a folha de pagamento e ele está olhando.

- Total: trinta e quatro mil e quinhentos.

Aí ele vem em mim:

- Vampeta, por que todo mundo ganha mil e quinhentos e esse tal de "Total" tá ganhando trinta e quatro  mil e quinhentos? Quem é esse "Total"? Ele é craque?

Vale a pena? Gosta de futebol? Se a resposta for sim, vale. Caso contrário, que tal as memórias de Sampras.

UNZELTE, Celso. Vampeta Vampeta. Memórias do Velho Vamp. São Paulo: Texto, 2012.


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Evidenciação: Livro adquirido com recursos particulares, sem ligações com os escritores ou a editora.

13 agosto 2014

Resenha: Béla Guttmann

Este livro narra a história que parece o filme Forrest Gump. Guttmann é aquele personagem que esteve em nos principais momentos do futebol mundial no período entre as décadas de vinte e sessenta. Como jogador, Guttmann fez parte da equipe do Hakoah, de Viena, um time de judeus. Chegou a participar das Olimpíadas de 1924 pela seleção da Hungria. No final dos anos vinte, fez excursão aos Estados Unidos, onde o futebol era um esporte emergente. Na década de 30 torna-se treinador na Hungria. Durante a segunda guerra, Guttmann desaparece. Após o confronto, volta a trabalhar com treinador na Hungria. Num dos times que dirigiu tinha Boszik e Puskas, que seria base da poderosa seleção da Hungria da década de cinquenta. Em 1949 vai para Itália, Chipre, Argentina e retorna para Itália para treinar o Milan de Nordahl, Liedholm e Schiaffino. Apesar de estar em primeiro lugar no campeonato italiano, Guttmann é demitido do Milan. Em 1957, Guttmann chega ao Brasil para treinar o São Paulo. Neste clube, adota o sistema 4-2-4. O assistente de Guttmann no clube era Vicente Feola, que meses mais tarde tornaria o treinador da seleção brasileira e conquistaria a Copa do Mundo com o estilo adotado por Guttmann. Do Brasil, o treinador vai para Portugal, sendo campeão pelo Porto. No ano seguinte assume o time do Benfica , onde torna-se bicampeão europeu, num time que tinha Eusébio, o maior jogador português de todos os tempos. Depois do Benfica, Guttmann entra em decadência, treinando times no Uruguai, Suíça e Grécia.

O livro Béla Guttmann conta a história deste treinador em 170 páginas. Isto é bom e ruim. Por um lado, Claussen vai direto ao ponto, sendo bastante objetivo. Por outro lado, como a vida de Guttmann foi bastante atribulada, sentimos esta objetividade do autor do livro parece atrapalhar um pouco.

Vale a Pena? Para quem gosta de futebol e quer um panorama do esporte entre os anos 20 e 60 é uma boa leitura.


CLAUSSEN, Detlev. Bela Guttmann. São Paulo: Estação Liberdade, 2014.


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06 agosto 2014

Resenha: Guia Politicamente Incorreto do Futebol

Este é mais um livro da série “Guia Politicamente Incorreto (...)” da editora Leya. Esta coleção fez sucesso com outros temas e a fórmula tenta captar a atenção do leitor interessado em futebol. Mais de 400 páginas e 18 capítulos, o texto trata de assuntos diversos como racismo, seleção de setenta, batalha dos Aflitos, Barcelona, Pelé e Maradona.

Como o próprio título induz, algumas das posições dos autores são polêmicas, como é a afirmação de que “Messi não é um bom garoto” (último capítulo). O problema é que o livro, escrito por jornalistas, cai na “faláciado jornalista”. Esta falácia acontece quando se toma um ou dois depoimentos e fazem conclusões apressadas. No caso do Messi, o livro usa três acontecimentos para fazer esta conclusão.

Outros pontos levantados, como o “futebol não é um bom negócio”, já mereceu uma análise muito mais interessante e profunda no Soccernomics, por exemplo. Para quem já leu Soccernomics, o texto deste Guia é mais superficial.

Mas é inegável que a leitura do livro é agradável. O formato ajuda e os capítulos podem ser lidos de maneira independente. Neste sentido, os problemas apontados anteriormente não prejudicam a leitura.

Vale a pena? Para quem gosta de futebol, inclusive discutir futebol, é interessante sua leitura. Pode acrescentar polêmica nas conversas com os amigos.

ROSSI, Jones; MENDES JR, Leonardo. Guia Politicamente Incorreto do Futebol. Leya, 2014.

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