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18 fevereiro 2015

Resenha: Dinheiro Feliz

No universo literário há um bocado de livros de finanças pessoais. A maioria é muito ruim e não podem ser recomendados, pois são mais livros de autoajuda, sem nenhuma base científica. Este não é o caso de Dinheiro Feliz por três razões. Em primeiro lugar, esta pequena obra de duzentas páginas está focada na despesa pessoal. É uma boa premissa, já que a maioria das pessoas não consegue aumentar substancialmente sua receita. Em segundo lugar, as afirmações feitas no livro estão sustentadas por diversas pesquisas acadêmicas, citadas no final. Finalmente, o livro foi escrito por dois pesquisadores de instituições conhecidas, Elizabeth Dunn e Michael Norton.

Da mesma forma que nos livros tradicionais de autoajuda, a obra baseia-se em poucos princípios, repetidos a exaustão. Neste caso são cinco os princípios, para o qual os autores escrevem capítulo específico. A premissa do livro é mostrar para as pessoas como gastar o dinheiro para que você seja mais feliz.

O primeiro princípio é “Compre Experiências”. Embora as pesquisas indiquem que a maioria das pessoas sonhe com a casa própria, este tipo de compra não gera felicidade. O melhor e comprar experiências que podem trazer um prazer maior. É o caso de uma viagem especial ou para um local distante. O segundo princípio é “faça disso uma diversão”. Em lugar de negar radicalmente uma experiência, como deixar de tomar café, faça com que o copo de cappuccino seja um acontecimento especial, em lugar de ser uma rotina diária. A seguir, “compre tempo”. Em lugar de perder duas horas no trânsito, pense em usar o dinheiro para morar mais perto do trabalho. O quarto princípio é “pague agora, consuma depois”. Ao inverter o princípio geral da nossa sociedade – de consumir agora e pagar depois – as pessoas podem adquirir mais felicidade e gastar menos. O maior prazer das férias ocorre antes, quando sonhamos com o sossego da fazenda. O último princípio é “invista em outros”.

Quando estava relendo este livro, eu lembrava as diversas situações onde os princípios do livro se aplicaram na vida pessoal. A obra é muito prática e os princípios são poucos, mas suficientes para que as pessoas possam ter uma relação melhor com o dinheiro.

Vale a pena? Se tivesse que indicar um livro de finanças pessoais, esta seria a obra que indicaria. Então, a resposta é sim.

DUNN, Elizabeth; NORTON, Michael. Dinheiro Feliz. São Paulo: JSN, 2014.

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29 outubro 2014

Resenha: Você não é tão esperto quanto pensa

Quando você demora muito para ler um livro existem duas possíveis explicações. A primeira e mais óbvia é que este livro é pouco interessante e realmente não prende a atenção. A segunda razão é que a obra gera tantas reflexões que você sente a necessidade de parar para ganhar fôlego, antes de continuar. O livro “Você não é tão esperto quanto pensa”, de David Mcraney, enquadra-se no segundo caso. É um livro muito bom e com uma estrutura bastante agradável. Nas suas duzentas e poucas páginas, Mcraney apresenta 48 maneiras de se autoiludir.

Adquiri o exemplar do livro durante as férias de julho, ao encontrar por acaso com a obra na livraria do aeroporto. E somente agora terminei a leitura. Em cada um dos 48 capítulos, o autor apresenta o equívoco, logo a seguir a verdade e depois uma explicação, baseada em pesquisas científicas, para o engano. Veja por exemplo a falácia do mundo justo (capítulo 18). O equívoco é imaginar que as pessoas que estão perdendo no jogo da vida devem ter feito algo para merecer. A verdade é que as pessoas com sorte geralmente não fazem nada para merecê-la e as pessoas más geralmente se safam sem sofrer as consequências. Nós fingimos que o mundo é justo.

Mcraney não dá esperança: o mundo é injusto. Corruptos irão morrer nas suas mansões sem pagar pelos seus crimes, políticos sem escrúpulos continuaram sendo eleitos e reeleitos, aquele motorista que ocupa a vaga do deficiente não será multado e assim por diante. Você é um tolo em acreditar na justiça do mundo, afirma o autor.

Vale a pena? Muito. É um dos melhores livros que já li na área comportamental. Leitura fácil, com capítulos curtos, o texto é atraente para aqueles que buscam um livro para ler aos poucos. É bem verdade que em algumas partes fica a sensação de “já li isto antes”. Mas isto é decorrente a área que está sendo expandida com novas pesquisas e discussões.

 MCRANEY, David. Você não é tão esperto quanto pensa. Leya, 2012.

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22 outubro 2014

Resenha: Bartleby o Escrevente


Em geral fazemos resenhas de livros técnicos ou não ficção. Mas ousamos escrever sobre um conto, inicialmente publicado em 1853 e relançado em 1856, de autoria de Herman Melville. Melville ficou mundialmente conhecido pelo livro Moby Dick, de 1851 e Bartleby é seu conto mais conhecido.

O narrador é um escrivão que decide contratar um novo empregado. Aparece Bartleby disposto a ocupar o cargo de “copista”. Naquele tempo era usual o emprego de pessoas que escreviam, à mão, cópias dos documentos. O livro apresenta o estranho relacionamento do narrador com Bartleby em Wall Street. A história foi transformada em filme duas vezes e existem adaptações para o teatro. É uma das novelas mais famosas, precursora de Kafka e Camus. No Brasil, Veríssimo, o filho, possui um conto muito parecido com este. A frase do personagem, “Prefiro que não”  (I would prefer not to do) e derivados ficou famosa. (imagem)

Pessoalmente, sempre tive interesse por esta novela desde que encontrei numa lista das obras literárias com uma ligação com a contabilidade. É bem verdade que nenhum dos personagens é contabilista, mas o enredo poderia se passar num escritório de contabilidade. A única ligação é uma nota de rodapé sobre John Caldwell Colt, um contador e autor de um manual de contabilidade, referência no ensino da disciplina nos Estados Unidos. O irmão do inventor do revolver Colt ficou muito conhecido pela morte de Samuel Adams, um crime famoso no século XIX.

O texto é curto, afinal é um conto, com cerca de 80 páginas. O formato do livro é agradável e faz parte de uma coleção denominada “A Arte da Novela”, da Gruá Livros. Mas se você gosta de ler a orelha de um livro, esqueça. Como a capa e contracapa estão em amarelo e a letra em branco, a leitura é um teste para a visão. De noite então é impossível saber o que está escrito na orelha. Apesar do formato agradável, as paginas soltam facilmente.

Vale a pena: É uma novela interessante e que pode agradar aqueles que gostam de Kafka e de Melville.

MELVILLE, Herman. Bartleby O Escrevente. São Paulo: Grua, 2014.

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15 outubro 2014

Resenha: Eu sou Malala

Foi com os olhos cheios de lágrima que recebi a notícia que a paquistanesa Malala finalmente recebeu o Nobel da Paz. A mais jovem de toda a história!

Eu comprei “Eu sou Malala” em alguma promoção. Comecei a ler porque a letra é grande e ótima para o meu problema de vista. Ok. Também porque eu precisava de um livro bem conceituado porque tinha acabado de ler uma péssima, péssima, biografia e estava frustrada.

Enfim, lá fui eu ler a história da bela menina da capa. O subtítulo do livro resume bem o que vem pela frente: “a história de uma garota que defendeu o direito a educação e foi baleada pelo Talibã”.

Eu sinceramente não sei como resenhar esse livro (e tenho a impressão que já usei essa frase por aqui antes). A autobiografia, em coautoria com Christina Lamb, é uma leitura obrigatória e ótima pedida para este fim de ano. A história é linda, e triste, e cativante, e rica, e desoladora.

Malala defende algo simples: o direito a educação... E aí você vai sim ter um pouco de peso na consciência pelos dias em que resmungou por ter que acordar cedo por qualquer coisa relacionada a educação. Você vai se sentir feliz por muitas coisas em sua vida, assim como aprenderá um bocado sobre o mundo e será grato a sensibilidade e coragem de Malala porque saber que existem pessoas assim no mundo nos inspira.

Os vencedores do Nobel da Paz, Malala e Satyarthi, foram laureados devido a seus trabalhos em prol da educação. E por restaurarem um poço mais a nossa fé na humanidade.
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19 setembro 2014

Resenha:Sem Lugar para se Esconder


Este livro conta a história de Edward Snowden, o programador que denunciou a espionagem da NSA, uma entidade do governo dos Estados Unidos. Snowden era um funcionário terceirizado e que teve acessos aos processos de espionagem. Em 2013 ele procurou o jornalista Greenwald, do jornal The Guardian, que trabalhava no Rio de Janeiro e que é o autor do livro. Os dois se encontraram em Hong Kong e Snowden forneceu para Greenwald as provas para diversas reportagens que foram publicadas no jornal britânico.

Apesar de ter cinco capítulos, o livro pode ser dividido em três partes. Na primeira, que abrange os dois primeiros capítulos, Greenwald narra como o furo de reportagem ocorreu. Na segunda, ele descreve como o sistema de coleta da NSA funcionava. Finalmente, a última parte discute a questão da vigilância proporcionada pela internet nos dias atuais. Honestamente: a primeira parte é muito boa, com lances de suspenses, descrição dos fatos de maneira cativante e que prende o leitor. A segunda e terceiras partes quebram o clima do livro.

Vale a pena? Se você gosta de uma obra de suspense, os dois primeiros capítulos são muito bons. Gostei do livro por esta parte. Se você tem interesse sobre a tecnologia e outras discussões, os três últimos capítulos podem valer a pena. Mas confesso que não gostei, pois quebra o ritmo da obra


GREENWALD, Glenn. Sem Lugar Para Se Esconder. Edward Snowden, A NSA e a Espionagem do Governo Americano. Rio de Janeiro: Primeira Pessoa, 2014.


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06 agosto 2014

Resenha: Guia Politicamente Incorreto do Futebol

Este é mais um livro da série “Guia Politicamente Incorreto (...)” da editora Leya. Esta coleção fez sucesso com outros temas e a fórmula tenta captar a atenção do leitor interessado em futebol. Mais de 400 páginas e 18 capítulos, o texto trata de assuntos diversos como racismo, seleção de setenta, batalha dos Aflitos, Barcelona, Pelé e Maradona.

Como o próprio título induz, algumas das posições dos autores são polêmicas, como é a afirmação de que “Messi não é um bom garoto” (último capítulo). O problema é que o livro, escrito por jornalistas, cai na “faláciado jornalista”. Esta falácia acontece quando se toma um ou dois depoimentos e fazem conclusões apressadas. No caso do Messi, o livro usa três acontecimentos para fazer esta conclusão.

Outros pontos levantados, como o “futebol não é um bom negócio”, já mereceu uma análise muito mais interessante e profunda no Soccernomics, por exemplo. Para quem já leu Soccernomics, o texto deste Guia é mais superficial.

Mas é inegável que a leitura do livro é agradável. O formato ajuda e os capítulos podem ser lidos de maneira independente. Neste sentido, os problemas apontados anteriormente não prejudicam a leitura.

Vale a pena? Para quem gosta de futebol, inclusive discutir futebol, é interessante sua leitura. Pode acrescentar polêmica nas conversas com os amigos.

ROSSI, Jones; MENDES JR, Leonardo. Guia Politicamente Incorreto do Futebol. Leya, 2014.

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