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12 novembro 2007

Projeto caminha

Notícia da imprensa informa que o projeto 3741 está caminhando...

Lei da padronização vai ao Senado
Gazeta Mercantil - 9/11/2007 - Aluisio Alves

São Paulo, 9 de Novembro de 2007 - Projeto n 3741, que tramita há sete anos na Câmara, foi aprovado ontem pela CCJ. Sete anos. Esse foi o período de tramitação na Câmara dos Deputados do projeto de lei n 3741, de autoria do Poder Executivo, que altera a parte contábil da Lei das SA e alinha o Brasil ao padrão internacional de contabilidade. Ontem, o texto foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Após cinco sessões ordinárias da Câmara, se não houver pedido de apreciação do assunto em plenário, o texto seguirá para o Senado Federal, instância onde o assunto deve ter seu desfecho.

Segundo o deputado federal Carlos William (PTC-MG), que relatou o projeto na CCJ, a tramitação do texto no Senado deve ser rápida, devendo ser aprovado até janeiro de 2008. Em seguida será submetido à sanção presidencial. Se isso acontecer, a publicação de demonstrações financeiras de acordo com as International Financial Reporting Standards (IFRS) torna-se obrigatória a partir de 2009 para todas as empresas abertas e para as de capital fechado com patrimônio líquido acima de R$ 240 milhões ou receita anual de superior a R$ 300 milhões.

De acordo com William, a mudança vai facilitar a recepção de investimentos estrangeiros por parte das companhias brasileiras. "Elas precisam estar em linha com o que há de modernização administrativa no mundo", disse. Atualmente, o IFRS já é o padrão contábil utilizado por 107 países. "É um avanço que coloca o País no mundo real", comemorou o presidente do Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon), Francisco Papellas.

A adesão ao modelo internacional já foi determinado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para as companhias abertas a partir do exercício de 2010. Até lá, a autarquia pretende emitir uma série de pareceres contábeis já em acordo com as IFRS. O primeiro deles, que trata da redução do valor recuperável de ativos, foi publicada na quarta-feira. "A idéia é fazer com que a transição não fique traumática", diz o superintende de normas contábeis da CVM, Antônio Carlos Santana.

Durante a tramitação do projeto na Câmara, foi derrubado o artigo que permitia às empresas fechadas de grande porte publicar suas demonstrações de forma condensada nos jornais, disponibilizando a íntegra do documento apenas na internet. O episódio fez advogados de empresas interessadas no assunto a afirmar que a obrigatoriedade de qualquer publicação dos balanços por parte dessas empresas teria sido suspensa.

Polêmica desfeita

Mas de acordo com o relator do projeto na CCJ da Câmara, não há dúvida: "Todas as empresas fechadas enquadradas no texto estarão submetidas às mesmas exigências das companhias de capital aberto, ou seja, também terão que publicar a íntegra de suas demonstrações financeiras nos jornais", explicou.



Projeto de reforma contábil irá ao Senado após sete anos
Valor Econômico - 9/11/2007

Enquanto, na prática, a harmonização contábil das normas brasileiras aos padrões internacionais caminha há muito tempo sem a ajuda de Brasília, o legislativo nacional deu o primeiro empurrão para que o projeto tenha a chancela oficial. A Câmara dos Deputados concluiu ontem, após sete anos de discussão, a análise e votação do projeto de lei 3.741, que altera as normas contábeis das sociedades anônimas. A votação foi concluída com a aprovação do projeto pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Agora segue para o Senado.O projeto é determinante para resolver o nó da regulação da contabilidade nacional e oficializar os esforços para a convergência das regras domésticas aos padrões internacionais, o IFRS (International Financial Reporting Standards).Um dos principais avanços da sua aprovação é fim da sobreposição de órgãos com capacidade para normatizar a questão.

Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Banco Central (BC), Superintendência de Seguros Privados (Susep), Comitê Federal de Contabilidade (CFC), Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon), entre outros, regulam simultaneamente o tema.A solução veio com a criação de uma única instituição para cuidar do tema: o Comitê de Práticas Contábeis (CPC). A transformação do projeto em lei irá oficializar a regulação por esse comitê, uma vez que a responsabilidade toda passa a ser centralizada na CVM - que, por sua vez, trata das questões contábeis dentro desse comitê. "Não haverá mais diversos órgãos ditando regras que, em alguns casos, eram até divergentes", diz Ariovaldo dos Santos, professor da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi). Ele lembra que o debate sobre as práticas contábeis brasileiras vem ocorrendo desde 1990. A demanda por mudanças tem quase duas décadas. O CPC já está a pleno vapor para orientar a contabilidade brasileira ao IFRS. Enquanto o Senado se debruça sobre o projeto, as companhias trabalharão para digerir a iniciativa inaugural do comitê, que trouxe para o Brasil a regulação do que tecnicamente é chamado de valor recuperável do ativo ou "imparmeint". O objetivo da medida é assegurar que os ativos não estejam registrados contabilmente por um valor superior ao que pode ser recuperado ou concretizado. Apesar de avançar junto do projeto de lei, o professor da Fipecafi crê que a convergência dos padrões nacionais aos internacionais andaria "praticamente sozinha", com o CPC.O próprio Banco Mundial, recentemente, reconheceu a melhoria do cenário brasileiro da contabilidade ao publicar estudo realizado em 2005 sobre a realidade das auditorias. Para divulgar o documento, fez um adendo destacando que boa parte dos problemas críticos caminhavam para um solução com o surgimento do CPC e as inciativas do Banco Central e da CVM, obrigando banco e companhias abertas a publicarem balanços seguindo o IFRS a partir de 2010. No caso das empresas abertas, a regra vale apenas para as demonstrações consolidadas.A expectativa é que o projeto vire lei antes disso. O trâmite no Senado deve ser bem mais rápido do que foi na Câmara. Antônio Carlos Santana, superintendente de normas contábeis e auditoria da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), acredita que a lei poderá ser sancionada em 2008. Ele avalia que os temas polêmicos já foram tratados em profundidade suficiente na Câmara. Assim, aposta o Senado agilizará o debate. "Há um grande engajamento para que o país avance na questão da harmonização internacional."Entre os temas polêmicos, estava a publicação dos balanços das grandes companhias - mesmo as limitadas. Mas, com as mudanças sofridas na Câmara, as empresas não terão de tornar os dados públicos, apenas auditá-los. A medida de grandeza das companhias também foi alterada. A versão original, encaminhada pelo Poder Executivo no governo de Fernando Henrique Cardoso, considerava de grande porte a sociedade ou grupo sob controle comum com ativos superiores a R$ 120 milhões ou receita bruta anual acima de R$ 150 milhões. Após as alterações, esses valores subiram, respectivamente, para R$ 240 milhões e R$ 300 milhões.

Iasb: mudanças - parte 2

Recentemente postei sobre as mudanças no Iasb (aqui).

O seguinte texto do Financial Times (Global accountancy regulators plan supervision body for IASB, de Jennifer Hughes, 8/11/2007, Asia Ed1, Page 15) não ajuda muito a esclarecer as razões do comunicado:

The long-held ambition of creating a single set of global accounting rules moved a step closer to reality yesterday with proposals designed to improve supervision of the board that sets international standards.

Leading regulators are supporting plans that centre on creating a supervisory group to oversee the work of the International Accounting Standards Board, with representatives from the US Securities and Exchange Commission, the European Commission and the Japanese Financial Services Authority.

The aim is to make IASB more independent and accountable to those who oversee the capital markets.

As the use of international financial reporting standards has grown, so have concerns about the complex governance of IASB, which is overseen by a foundation. This has meant a private-sector group has been setting public-interest accounting "law" in a growing number of jurisdictions.

International financial reporting standards issued by IASB are used or being adopted in more than 100 countries including the Group of Seven, except the US, and emerging economies such as China and India.

IASB's lack of accountability has led some national regulators to issue their own guidance and interpretations of IFRS - a path that risks disrupting the move to convergence by creating regional versions of standards.

In a joint statement yesterday, regulators, including Charlie McCreevy, the European Commissioner, and Christopher Cox, chairman of the SEC, said: "IFRS are becoming more widely used throughout the world."

They went on: "We have a common interest of ensuring continuing user confidence in the institutions responsible for the development."

The regulators said it was a "natural step" to involve the governmental bodies in scrutinising the standard setter.

The governance improvements would remove one roadblock to the US eventually switching to IFRS - a move looking increasingly likely.

Currently, the SEC is considering whether to drop its requirement for foreign filers to reconcile their accounts to US accounting rules if they already file in IFRS. IASB and FASB, its US counterpart, are also working on a long-term convergence project.

Mapa australiano


Na Austrália o mapa tem este formato. Isto coloca aquele país (e o nosso) no topo do mundo. Fonte: Aqui

Petrobrás

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) - o xerife do mercado de capitais brasileiro - tem pela frente uma de suas mais difíceis tarefas, a de investigar a possibilidade de vazamento e uso de informação privilegiada (o "insider information") no caso do campo de Tupi, da Petrobras. Não apenas por ser uma estatal e a maior empresa da bolsa brasileira, mas também pelo fato de envolver nada menos que o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo publicou o jornal "Folha de S. Paulo" na sexta-feira, o presidente teria contado aos governadores que o acompanharam na viagem para o anúncio da Copa de 2014, em 30 de outubro, que a Petrobras anunciaria descobertas que aumentariam em 50% as reservas de petróleo do país.

Petrobras coloca a CVM em saia justa
12/11/2007 - Valor Econômico - Daniele Camba

09 novembro 2007

Rir é o melhor remédio

Dois menininhos estavam saindo do estádio do Maracanã quando m deles foi atacado por um Rottweiler feroz. O outro menino imediatamente pegou um pedaço de pau e deu na cabeça do cachorro, fazendo com que o cão caísse morto e o amiguinho ficasse apenas com alguns arranhões.

Ao ver a cena, um repórter que passava correu para ser o primeiro a cobrir a fantástica história. Pensou em voz alta:
"Já estou até vendo a manchete: - "Jovem VASCAÍNO salva amigo de animal feroz'."
- "Mas eu não sou VASCAÍNO..." disse o menino.
- "Me desculpe, apenas presumi que fosse, já que estamos na saída do MARACANÃ... Então vou escrever: - "Pequeno BOTAFOGUENSE evita tragédia com amigo".
- "Mas eu também não sou BOTAFOGUENSE" Disse novamente o menino.
- "Ok! Então: 'Pequenino, valente e muito corajoso TORCEDOR DO FLUMINENSE vira herói'."
- "Não sou FLUMISENSE, moço."
- "Mas, afinal... Pra que time você torce?"
- "Sou FLAMENGUISTA."
E o repórter escreve em seu caderninho:
- "Delinquente FLAMENGUISTA mata brutalmente e sem piedade adorável animal doméstico.
Enviada por Matias

União entre BHP e Rio Tinto

A imprensa (comentou a possibilidade de união de duas mineradoras: BHP e Rio Tinto.

BHP Billiton, a primeira empresa do mundo no setor, propôs um acordo com a Rio Tinto, que rejeitou a idéia. A perspectiva era de um movimento de 150 bilhões de dólares, o que teria, inclusive, um reflexo interessante no mercado de fusões e aquisições.

A razão da rejeição foi que a administração achou o valor reduzido.

Notícias anteriores, clique aqui

Viés contra a Ciência

Uma discussão interessante sobre o viés contra o método científico:

1) Poder de autoridade = Na ciência você não deve acreditar nas pessoas, mas nas evidências. Neste sentido, não existe "consenso científico" pois ciência não é "pesquisa de opinião".

2) Poder do relato de uma experiência = As pessoas tendem a acreditar em casos mais do que em dados estatísticos. O avião é um meio de transporte seguro (em relação a outros meios), mesmo que os jornais enfatizem os "casos"

3) O culto a expressão pessoal - A ciência não é democrática no sentido de permitir que todos expressem sua "opinião". Ciência é fato, não achomêtro

4) Superconfiança - a confiança em nossa opinião cresce mais rápido do que a evidência.

Corrupção

Aqui, uma medida diferente de corrupção. Usando a internet, dois pesquisadores buscaram saber quantos documentos com a palavra "corrupção" aparecia no mesmo parágrafo que o nome de um determinado país. A relação com a medida de transparência internacional foi muito forte, conforme figura


Links

1) Milionários Chineses - Na China aumenta o número de milionários, podendo representar hoje o país com mais milionários, após os Estados Unidos.

2) Artigo de Mankiw sobre os números da Health Care

3) O Governo norte-americano fornece ajuda para produção de carne e outros produtos que provocam para obsidade e outras doenças, mas não vegetais e frutas.


3) Segundo documentos liberados por um tribunal, a pop-star Britney Spears gasta de forma suntuosa em roupas e diversão, mas não poupa ou investe. Além disto, seu gasto em educação é zero e a contribuição para caridade é simbólica ($500 dólares, de uma renda mensal de 737 mil dólares)

4) Amortização Negativa e Contabilidade

Educação pelo estado

Uma possível explicação para que a educação seja fornecida pelo estado é que a pessoa que irá escolher não será a pessoa que será beneficiada, a exemplo do que ocorre com um presente de amigo oculto. Nestas situações, a escolha será no sentido de prejudicar o beneficiário. É um argumento estranho, mas que vale uma reflexão

Pague quanto quiser

O conjunto Radiohead decidiu colocar seu novo trabalho à venda na internet, permitindo que o usuário pagasse o preço que considerasse justo. A experiência apresentou algumas conclusões interessantes. Cerca de62% não pagaram nada; 17% pagaram entre um centavo e $4, um valor muito abaixo do preço de um CD.

Mas a comparação (aqui, por exemplo) não é adequada pois deveria ser feita entre as pessoas que comprariam o CD, mas também entre as pessoas que baixaram as músicas sem pagar nada na internet. Somente assim seria possível determinar se foi ou não um sucesso.

10 Pesquisas Bizarras

Aqui uma relação de dez pesquisas bizarras. Fiquei perguntando se era verdade mesmo. Gostei muito do "Efeito da Música Country no Suicídio" e achei que poderia ser replicada para o Brasil, substituindo por música sertaneja e avaliando o impacto sobre a taxa de suicídio. Outra pesquisa interessante é a preferência das galinhas por humanos bonitos. Mas mereceria uma premiação no Ignóbil a pesquisa que concluiu ue a velocidade ultrasônica num queijo Cheddar é afetada pela temperatura.

08 novembro 2007

Rir é o melhor remédio


Relógio de NERD

Anti-doping: como verificar o não doping

A leitura da The Economist é sempre cheia de pequenas e grandes surpresas. Talvez por este motivo está é a melhor revista do mundo. Na sua última edição, uma reportagem interessante sobre a questão do doping no esporte.

Para revista, além do desafio de controlar o doping do atletas, as agências de controle de exame anti-doping tem um novo desafio: verificar o "não doping". A questão parece ser estranha, mas não é.

A razão disto é o chamado efeito placebo:

é um tratamento inerte, que pode ser na forma de um fármaco, e que apresenta efeitos terapêuticos devido aos efeitos fisiológicos da crença do paciente de que está sendo tratado. Medicamentos com princípios ativos também podem ter algum efeito placebo, apresentando efeitos terapêuticos diferentes do esperado. Por exemplo, um comprimido de Vitamina C pode aliviar a dor de cabeça de quem acredite estar ingerindo um analgésico, sendo um exemplo clássico de que o que cura é não o conteúdo do que inferimos mas sim a forma.


As agências de controle anti-doping divulgam uma lista de substâncias proibidas, divididas naquelas que são proibidas em qualquer tempo ou naquelas proibidas durante a competição. Pesquisas mostraram que um medicamento da segunda categoria pode ser usado em conjunto com o efeito placebo de forma criativa e engenhosa.

Por exemplo, considere uma droga que não é descoberta se ingerida até dois dias antes de uma competição. O atleta consome esta droga nos dias que antecede e durante os dois dias anteriores ingere um placebo (sem saber disto). Mesmo assim, seu desempenho será melhor do que os outros atletas. Isto já foi comprovado por alguns estudos, que a revista cita (How to cheat without cheating, 1/11/2007).

Blog empresarial: livre ou não?

Algumas empresa fazem restrições aos blogs de seus funcionários. Conforme este endereço aqui isto não é bom. Uma empresa que deixa seus empregados postarem de forma livre pode ajudar na reputação da própria empresa. Uma postagem crítica chama a atenção para a empresa e termina por destacar as postagens favoráveis. É o caso da Sun Microsystems.

FIA tem destaque no seu MBA

FIA é a única escola da América Latina no ranking do FT
Stela Campos - 29/10/2007

O MBA Executivo Internacional da Fundação Instituto de Administração (FIA) é o único representante latino-americano no concorrido ranking dos melhores cursos de MBA Executivo (EMBA) deste ano do jornal britânico "Financial Times".

O curso brasileiro ficou na 55ª colocação entre os 100 melhores do mundo. "É um grande desafio concorrer com as escolas mais importantes e descobrir que temos um conteúdo parecido", diz o coordenador James Wright.

O MBA Executivo, no geral, é oferecido em horários alternativos, permitindo ao executivo continuar trabalhando enquanto estuda. Por esta razão, atrai alunos mais seniores. Um dos quesitos que pesou na escolha da FIA foi justamente o fato dela agregar estudantes mais experientes. "Eles têm, em média, 38 anos de idade e 15 anos de atuação no mercado", diz Wright. Segundo ele, são diretores e gerentes seniores que aspiram chegar à presidência.

Segundo o FT, os alunos da FIA recebem, em média, US$ 218, 6 mil ao ano, o que os coloca entre os dez maiores salários entre as escolas selecionadas. O curso custa R$ 57.420. No geral, segundo Wright, os executivos são patrocinados por suas companhias, que custeiam 80% desse valor.

Esse preço não inclui as passagens aéreas para as viagens realizadas durante o curso. As aulas na FIA acontecem quinzenalmente, às sextas e sábados, em tempo integral. A duração total do MBA Executivo Internacional é de 18 meses. Existem ainda quatro dias de imersão em São Paulo, uma semana na universidade Vanderbilt (EUA), outra semana dividida entre a universidade de Cambridge (Inglaterra) e EMLyon (França) e dez dias na escola Sunyatsen (China).

Outro ponto forte do curso da FIA, que desde 2005 aparece no ranking do FT, é sua forte presença internacional. "Quase 70% dos alunos são de empresas estrangeiras. Muitos estão sendo preparados para assumir cargos de comando em outros países", diz Wright.

Do ponto de vista acadêmico, o curso da FIA segue o modelo americano, com ênfase para estratégia e competitividade internacional. Ele foi criado em 1993 e já formou mais de 900 alunos. São 35 estudantes por classe. Os professores também mereceram destaque no ranking. "São todos doutores que atuam no mercado", diz Wright.

Para eleger as melhores escolas o FT analisa o progresso na carreira dos alunos formados há três anos, a qualificação dos professores e a projeção internacional. As primeiras colocadas no ranking 2007 foram: Kellogg/Hong Kong; HEC Paris/LSE/ Stern; Wharton; Columbia/London Business School; IE; London Business School; Chicago Business School; Universidade de Washington; Columbia Business School e Insead.

Valor Econômico

Enviado por Ricardo Viana

Anúncios de resultados

Dois novos anúncios de resultados e a discussão com os investidores. O primeiro, da Cisco Systems, é interessante observar que não é citado o caso da prisão realizada no Brasil. Ou seja (e conforme já mostrei em gráfico) o mercado norte-americano não considerou este um caso grave. O segundo é do Itau.

Doutorado

Foi divulgado o edital para a primeira turma do Doutorado da UnB-UFPB-UFRN:

http://www.unb.br/cca/pos-graduacao/doutorado/seletivo.htm

07 novembro 2007

Produto

A diferença entre o produto jovem, revolucionário, inovativo e flexível:



Fonte: Aqui

Mudanças no Iasb?

Numa linguagem cifrada, a SEC, Comissão Européia, a Financial Services Agency of Japan e a International Organization of Securities Commissions (IOSCO) enfatiza a necessidade de independência do Iasb. (Clique aqui para ler)

Notícias da GM

A GM irá baixar 39 bilhões em razão dos prejuízos nos Estados Unidos, Canadá e Alemanha, além dos problemas financeiros da GMAC Financial Services, o que inclui hipotecas. (Fonte, aqui e aqui.

Já não bastava os problemas do Citi e Morgan

Abaixo a cotação da ação do Morgan nos últimos seis meses:



E a seguir, da GM (antes do efeito da notícia):

Lucro do Bradesco

Aqui, a transcrição do lucro do Bradesco para os investidores estrangeiros. A apresentação dos resultados parece que foi muito pouco criativa; é possível observar que ocorreu uma leitura de slides ("aqui, o slide 23" e assim por diante). Nas perguntas, questões sobre o Santander, o crescimento do banco no mercado interno, dúvidas sobre alguns passivos etc. Achei também interessante que o banco usou o percentual de arrecadação da CPMF como um critério de participação no mercado (pelo menos serviu para alguma coisa).

Escolhendo um profissão

Deu vontade de colocar esta notícia com o rótulo de "rir é o melhor remédio". Uma dúvida de um leitor num sítio da internet sobre a profissão de "ator" em filme pornográfico (aqui): quanto ganha, como entrar na profissão etc.

A resposta indica que um astro deverá ganhar entre $50 a $1500 dólares por cena. Este é o único pagamento (nenhum royalties, por exemplo). Parece que é difícil tornar-se um ator deste segmento, principalmente para homens, e a resposta diz isto claramente. Existem atributos físicos necessários e necessidade de cumprir o papel de forma eficiente. Além disto, o salário do homem é muito menor do que os recebimentos das mulheres.

Mulheres e Desempenho

Empresas com elevadas percentagens de mulheres com o cargo de diretores superam significativamente as empresas com pouca ou nenhuma mulher nesta função (...)

constatou que as maiores empresas (Fortune 500) com o maior participação de mulheres com o cargo de diretores superaram aqueles com o mais baixo em cerca de 53%, em média de retorno sobre o capital próprio. (...)


Fonte: Aqui

Religião e renda per capita

Recentemente postei sobre a relação entre religião e renda per capita em diversos países do mundo. O gráfico a seguir (fonte, aqui) mostra esta mesma relação para os estados dos EUA. Em vermelho, os estados que votaram em Bush em 2004; azul, os que escolheram Kerry. A relação inversa entre riqueza e religiosidade permanece, com pequenas exceções.



Tentei encontrar esta relação para o Brasil. Como no Brasil as pessoas declaram no censo que são religiosas (cerca de 90%), este dado torna-se questionável e a relação foi fraca. Usei a percentagem de católicos, e também não encontrei nenhuma correlação. A minha supresa aconteceu com os evangélicos, conforme gráfico abaixo:



A relação foi de 0,455, significativa. Dados do IBGE.

06 novembro 2007

Rir é o melhor remédio

A diferença entre o amor e o jiu-jitsu é que no jiu-jitsu certos golpes são proibidos Millor Fernandes

Fotos

Propaganda interessante:



Bons Tempos

Cisco

O caso da Cisco apresenta uma boa oportunidade para discutir a questão dos controles internos numa grande empresa. No dia 1 de novembro um dirigente da empresa falou sobre a questão e tentou mostrar que a matriz norte-americana não sabia de nada. Ou seja, a estratégia é tirar a responsabilidade da empresa e passá-la para outras empresas que atuavam em seu nome.


A seguir a reportagem do Estado sobre o assunto (grifo meu):


Cisco diz que não sabia o que funcionários e distribuidor faziam
Renato Cruz - 01/11/2007 - O Estado de São Paulo

Ninguém da empresa tinha falado antes sobre o assunto no Brasil

A Cisco Systems diz que não sabia de nada. Em 16 de outubro, quatro funcionários da empresa foram presos na Operação Persona, incluindo seu presidente no País, Pedro Ripper, e o homem que trouxe a empresa para o Brasil, Carlos Carnevali. Três foram soltos e um, Carnevali, continua preso. Quarenta pessoas foram detidas para desmontar um esquema de fraudes no comércio exterior que teria causado prejuízo de R$ 1,5 bilhão em impostos sonegados durante cinco anos.

"O sentimento foi de choque de que o governo brasileiro possa alegar que um grande montante de impostos não foi pago e algum esquema foi criado para sonegar impostos ao governo brasileiro", afirmou ontem Howard Charney, vice-presidente mundial da Cisco, sobre como a notícia foi recebida na subsidiária brasileira.

É a segunda vez que ele visita o País em duas semanas. Na semana passada, se reuniu com os funcionários e clientes para afirmar que a empresa age eticamente e continua operando.

A Mude, maior distribuidora da Cisco no Brasil, foi fechada. Segundo a Polícia Federal, ela funcionava como o departamento de importação da Cisco. "A Cisco não tem participação na Mude", garantiu Charney. "Não sabíamos como eles construíram a empresa, qual era a estrutura corporativa. Nossa meta era que eles importassem o produto certo e pagassem por ele. Os distribuidores fornecem estoque e crédito para nossos revendedores. Eles estavam fazendo um bom trabalho ao oferecer estoque e crédito para os revendedores e os produtos estavam sendo entregues no prazo correto. Se os procuradores não tivessem intervindo e dito que havia alguma coisa errada, nós não saberíamos."

Ontem, foi a primeira vez que algum representante da Cisco falou sobre o assunto. Antes disso, a empresa só havia divulgado comunicados. Desde o início do problema, a estratégia de comunicação da empresa tem sido conduzida a partir da sede, em San José, nos Estados Unidos. Uma assessoria de imprensa foi contratada especialmente para gerenciar a crise. Nenhum dos executivos brasileiros foi autorizado a falar com a imprensa.

Charney concedeu ontem nove entrevistas de meia hora para publicações diferentes, no Hotel Caesar Park Faria Lima, em São Paulo. A mensagem foi parecida com o primeiro comunicado, que dizia que a questão "envolvia um grupo de empresas brasileiras e pelo menos uma é revendedora Cisco". O esforço é para mostrar que a Cisco ou sua subsidiária brasileira não teriam nada a ver com o que está acontecendo. Charney defendeu Ripper e os outros dois funcionários liberados pela polícia. Mas não foi tão enfático na defesa de Carnevali, ressaltando que a Cisco nunca soube que ele tivesse feito alguma coisa errada.

Ontem, o desembargador Nelton dos Santos, da segunda instância da Justiça Federal de São Paulo, negou dois pedidos de habeas corpus pedidos na segunda-feira pelos advogados dos envolvidos no caso Cisco. Um dos pedidos referia-se a Cid Guardia Filho e Ernani Bertino Maciel, ambos da K/E, e outro a Moacyr Álvaro Sampaio, Marcelo Naoki Ikeda, Fernando Machado Grecco e José Roberto Pernomian Rodrigues, da Mude. O terceiro pedido de habeas corpus, referente ao acusado José Roberto Carnevali, ex-presidente da Cisco Brasil, ainda estava em análise. A decisão do desembargador é monocrática, ou seja, ainda passará por julgamento. COLABOROU ANDREA VIALLI


A seguir, a entrevista:

O que vocês já descobriram na investigação interna que estão fazendo?
O Estado de São Paulo

O que vocês já descobriram na investigação interna que estão fazendo?

Ainda não existem resultados. Em 16 de outubro foi a primeira vez em que tivemos notícia de que havia algo realmente errado. Os procuradores e a Polícia Federal estavam fazendo seu trabalho e fecharam a Mude e os escritórios da Cisco em São Paulo e no Rio. Por alguns dias, agora já estamos trabalhando de novo. Ficamos sabendo que havia alguma coisa realmente errada naquela data. Foi muito perturbador e iniciamos uma investigação interna, mas ainda não conseguimos completá-la. É preciso ainda entender que não temos acesso à documentação da Mude. Eles são uma outra empresa e seus documentos foram levados pelos procuradores federais. Tentamos entender o que houve, quem vendeu o que para quem, mas ainda não temos respostas para todas as perguntas.

O sr. sabia que a Mude teria usado empresas em paraísos fiscais para trazer seus produtos aqui para o Brasil?

Nós vendíamos produtos nos Estados Unidos para uma empresa chamada Mude USA. A Mude USA era um depósito e uma entidade legal que enviava esses produtos, até onde sabíamos, para uma empresa no Brasil, que era a Mude Brasil. Quem controlava essas duas empresas não era necessariamente de nosso conhecimento ou relevante para nós. O que era mais relevante para nós eram os pedidos que eles faziam e se eles pagavam suas contas. Se, quando eles entregavam os produtos para o cliente, o cliente ficava feliz. Se a instalação era feita de maneira correta. Agora, sabemos que a Mude tinha várias empresas, mas antes não sabíamos. A resposta é não, nós não sabíamos.

A polícia disse que a Mude funcionava como um departamento da Cisco no Brasil. O que vocês dizem sobre isso?

Nós, da Cisco, temos uma relação próxima com a IBM, com a Ingram - e tivemos uma relação próxima com a Mude, que nos falava sobre oportunidades nos setores bancário, hospitalar, universitário e governamental. Essas conversas fazem parte do processo de negócios. Temos um relacionamento próximo com todos os parceiros de negócios. Dizer que a Mude funcionava como um departamento da Cisco não é verdade. A Mude é uma companhia de terceiros, nós não dizemos a eles o que comprar nem que produtos devem manter no estoque e nós não dizemos para eles para quem dar crédito ou quem treinar. Falamos sobre negócios no Brasil, mas falamos sobre isso com todos os parceiros. A IBM é uma organização de vendas para a Cisco? Bem... Eles vendem nossos produtos, mas claramente não são a Cisco, são a IBM.

Por que Pedro Ripper e outros funcionários da Cisco foram presos?

Quatro funcionários foram detidos. Três foram soltos e um continua detido. Acredito que os procuradores federais e a Polícia Federal, de boa fé e fazendo seu trabalho, acreditam que um grande montante de dinheiro é devido ao governo federal do Brasil em impostos e taxas que não foram pagos. Eles têm transcrições de conversas entre pessoas. Eu não sei qual é o contexto das conversas. Mas eles acreditam que esses três indivíduos precisavam ser presos. Nós não entendemos precisamente porque as pessoas foram presas. Pedro era, é, o presidente da Cisco no Brasil. Talvez eles tenham acreditado que, por estar à frente da empresa no Brasil, precisava ser detido. Mas nosso entendimento é que realmente não há nenhum caso contra esses três indivíduos. Eles voltaram ao trabalho agora e estamos muito felizes que tenham voltado. Um funcionário ainda está preso, mas os procuradores federais não compartilham conosco porque fizeram o que fizeram.

Vocês não tiveram acesso ao processo?

Não. Nós sabemos muito pouco. Eles compartilharam conosco alguma informação. Mas, por exemplo, sabemos o que está no nosso registro, mas não no registro da Mude. Temos alguma informação, mas não muita.

Por que Carlos Carnevali ainda está preso?

Você percebe que essa pergunta não deve ser feita para mim, mas aos procuradores federais? Nós acreditamos que as informações que a Procuradoria tem sobre Carlos Carnevali são mais significativas. Muito mais sérias. É a única coisa em que podemos acreditar. Mas não temos controle sobre quanto tempo o sr. Carnevali ficará na detenção ou será solto.

Qual é a sua opinião sobre o sr. Carnevali?

Deixe-me ser claro: se pensássemos que o sr. Carnevali tivesse cometido atos imorais ou ilegais, teríamos tomado uma atitude muito mais cedo. Não tínhamos informação de que o sr. Carnevali tenha cometido qualquer ação imprópria. Teríamos feito alguma coisa a respeito. Se você me perguntar qual foi a reação, foi de incômodo. As acusações são bastante sérias. Não sabemos se as acusações são verdadeiras e teremos que esperar, como você, um, dois, três ou mais anos até haver uma decisão judicial. Mas estamos preocupados porque, se as acusações forem verdadeiras, ele fez coisas que não deveria ter feito, mas não sabemos. Não estamos felizes, mas a vida continua.

A história do sr. Carnevali está muito ligada à da Cisco no Brasil. Ele trouxe a empresa para o País. E a Cisco garante que tem um código de ética forte. Se as acusações forem verdadeiras, como isso pode ter acontecido, já que ele está há tanto tempo com vocês?

Nós temos um código de ética forte na companhia. Cada funcionário da empresa assina um código de conduta. Não podemos participar do controle de outras empresas, não podemos pagar para ninguém para ganharmos contrato e temos que agir de determinada maneira. O sr. Carnevali esteve na companhia - ele ainda está na companhia, tecnicamente - por muito tempo e tenho que dizer que, durante esse período, ele foi muito bem. Quando você pergunta que, se ele está há tanto tempo numa empresa com uma ética forte, como isso poderia acontecer, nós não sabemos. Não tínhamos nenhum motivo para acreditar que estaria acontecendo qualquer coisa que fosse ilegal ou antitética. O que nós sabíamos é que, na verdade, os negócios eram conduzidos de uma forma muito honesta. Nós simplesmente não sabíamos. R.C.


É interessante também notar a reação do mercado norte-americano (últimos seis meses):

Citibank

A notícia da semana (desta e da passada) refere-se a crise do Citigroup. O jornal Estado de S. Paulo de 5/11/2007 faz um balanço desta crise, com algumas observações contábeis interessantes:

O presidente do Citigroup, Charles Prince, renunciou ontem à tarde, dias depois de o banco anunciar prejuízos de bilhões de dólares com investimentos lastreados em hipotecas. O anúncio foi feito após uma reunião de emergência convocada pelo Conselho de Administração do Citigroup. O conselho também discutiu um novo anúncio de perdas bilionárias por causa da crise das hipotecas de alto risco (subprime).

Prince acumulava as funções de CEO (presidente) e presidente do Conselho de Administração do Citi. Como presidente do Conselho de Administração, será substituído por Robert Rubin, ex-secretário do Tesouro americano e atual presidente do comitê executivo do banco. Win Bischoff, presidente do Citi na Europa e membro dos comitês de gerência e operações do grupo, ocupará o cargo de CEO interinamente.

É a segunda baixa importante em grandes instituições financeiras em apenas uma semana, por causa da crise do subprime. Na segunda-feira, o presidente da Merrill Lynch, Stanley O'Neil, anunciou que deixaria a instituição. O Merrill Lynch perdeu US$ 8,4 bilhões em créditos de risco e hipotecas. Em sua edição eletrônica, o jornal The Wall Street Journal, disse que o Citi deve anunciar hoje a revisão de preço de seus ativos, que pode levar a perdas de US$ 8 bilhões a US$ 11 bilhões em sua carteira de crédito. A instituição deve "marcar a mercado" parte dos títulos que mantém, ou seja, vai reduzir o valor dos papéis seguindo a queda na cotação dos títulos no mercado.


A avalição dos ativos do banco irá provocar uma redução no seu patrimônio líquido através do prejuízo com os títulos. Este valor provavelmente está estimado para baixo, o que significa dizer que o prejuízo pode ser maior. A reportagem continua:

Na semana passada, o Citigroup já havia anunciado uma perda de US$ 6,5 bilhões por causa de investimentos em títulos lastreados em hipotecas e outros instrumentos financeiros de alto risco. Com isso, o lucro do Citigroup no terceiro trimestre caiu 57%. As ações do Citigroup caíram 31% neste ano e 9% só na semana passada. Além disso, a instituição está sendo investigada pela Securities and Exchange Commission (SEC), a comissão de valores mobiliários dos EUA, por causa de fundos de investimentos mantidos fora dos balanços do banco, os SIVs, que têm ativos de US$ 80 bilhões. O Citi seria o maior beneficiário de um plano de resgate anunciado recentemente pelos bancos, com apoio do Tesouro. Prince, de 57 anos, dirigia o Citigroup desde outubro de 2003 e havia sido criticado por muitos acionistas porque as ações da empresa estavam perdendo valor em relação à concorrência. As ações do grupo fecharam a sexta-feira em US$ 37,73, acumulando perda de 20% no mandato de Prince. Rubin, de 69 anos, está no Citigroup desde 1999 e é bastante próximo de Prince. Entre 1995 e 1999 foi secretário do Tesouro e já trabalhou na Goldman Sachs.
Patricia Campos Mello e Agências - Robert Rubin assumirá comando do Citigroup
5/11/2007 - November 2007- O Estado de São Paulo - p. b3


Observe que o Citi buscou serviços em uma pessoa bem relacionada (ex-secretário do tesouro), assim como ocorre no setor financeiro no Brasil, onde os grandes bancos possuem um relacionamento muito próximo com o poder.

Existem uma série de reportagens interessantes sobre o problema do Citi na internet e gostaria de destacar algumas.

1) Uma conferência com os analistas pode ser encontrada aqui

2) Uma comparação rápida com escandâlos contábeis anteriores e a possibilidade da crise ser pior, aqui

3) Críticas a Robin e o papel que poderá desempenhar na crise => aqui

4) Uma análise da razão histórica dos problemas do Citi e o conceito de "financial supermarket", aqui

5) Um texto mostrando que o problema do Citi era antigo e já estava relatado nas demonstrações contábeis, aqui

6) A dificuldade de estimar o tamanho do problema - aqui

7) Os ativos "nível 3" do Citi, que representavam 135 bilhões, aqui. Os ativos nível 3 são ativos avaliados por parâmetros com dificuldade de serem observados.

8) Mais sobre ativos "nível 3" aqui

O que diz o mercado? O gráfico abaixo é a cotação do Citigroup nos últimos cinco dias.



O seguinte é a cotação nos últimos cinco anos.



Fonte: CNN Money.

Bundchen só recebe em euros

A modelo brasileira Gisele Bundchen foi destaque por insistir, em seus contratos, receber em euros. Aqui, em português, aqui, aqui e aqui

02 novembro 2007

Rir é o melhor remédio

Esta é uma história antiga, da época da União Soviética:

Uma comissão visita uma escola para verificar o patriotismo das crianças:

- Ei, pergunta um membro da comissão, quem é seu pai?
- Meu pai é a União Soviética, responde uma criança
- Bom garoto. E quem é sua mãe?
- O partido comunista, replica a criança
- E o que você quer ser quando crescer?
- Orfão

Um problema ético

Uma reportagem do Wall Street Journal informa que a Merrill Lynch fez um acordo com muitos fundos de hedge para atrasar a divulgação das perdas das suas carteiras.

Clique aqui para ler

Nomes populares

Os nomes mais populares em Nova Iorque:

1. Michael
2. Daniel
3. Mathew
4. Joshua
5. Justin
6. David
7. Christopher
8. Joseph
9. Anthony
10. Jayden

01 novembro 2007

Rir é o melhor remédio

Hola, que tal? Hoy es una gran ocasión, pues tratase de Lo Dia Internacional de Hablarse Portuñol! A fim de celebrar esta efeméride y homenagear este dialeto muy compliexo que amalgama dos idiomas, lo português e lo español, en lo dia de hoy todos los blogueiros debem publicar posts en portuñol. Citando las imuertais palabras del ratito Speedy Gonzales: "Ándale, ándale, arriba, arriba!".


(...)

- "O Homem que Copiava" = "El Hombre que Tiraba Fuetocôpias"
- "Rocky" = "Pedrito"
- "Velocidade Máxima I" = "Mas Rápido No Puesso Ir"
- "Velocidade Máxima II" = "Mas Rápido No Puesso Ir de Nuevo, Carajo!"
- "Psicose" = "El Hirro Es La Madre"
- "American Pie" = "La Tuerta de Los EEUU"
- "Procurando Nemo" = "Donde Si Meteu El Pechito?"
- "Amnésia" = "El Hombre que No Se Recuerda"
- "Duro de Matar" = "Cabrón Hijo de Puta que Nunca Muerre"
- "Sinais" = "Un Extraterriestre in mi Mijaral"
- "Buttman - Prazeres Anais" = "Cara de Nadegas - Placeres en Los Culos"
- "Lisbela e o Prisioneiro" = "Lisguapa y Lo Hombre Prendido"
- "Carruagens de Fogo" = "Carrueças Inflamabiles"
- "Karatê Kid" = "Mestre Myagi y El Maricón Karateca"
- "Premonição" = "Alguna Mierda Irá Acontecier"
- "O Homem Nu" = "Lo Pieladón"


Clique aqui para continuar a ler

Obesidade e gênero

"Finalmente (e mais especulativamente), a percepção da mulher de um "ideal" corpo feminino é maior do que a percepção do homem de um corpo "ideal", e indivíduos com uma imagem maior de corpo ideal são mais propensos a serem obesos"

De uma pesquisa sobre obesidade na África do Sul - Aqui

Complexidade do texto


Tenho feito algumas pesquisas sobre complexidade de textos, em especial de relatórios de administração (junto com a prof. Fernanda Rodrigues) e dos fatos relevantes (com o agora mestrando José Lúcio Tozetti).

A figura acima (fonte, aqui)mostra uma amostra reduzida de textos de alguns escritores. De forma resumida informa que quanto mais simples for a frase maior a venda de livros. Como é difícil ser simples!

Religião e Riqueza



A figura acima foi obtida neste endereço. Mostra a relação entre o número de igrejas por dez mil pessoas e o PIB per capita da população. Ou seja, existe uma relação inversa, e razoavelmente forte, entre a riqueza de um país e o grau de religiosidade. A figura abaixo apresenta alguns países, sendo que os Estados Unidos e o Kuwait são pontos fora da média.

Ciclo de vida de Shopping

Assim como qualquer outro produto, existe um ciclo de vida para o Shopping:

Cai "ciclo de vida" de Shoppings Centers
O 'ciclo de vida' dos shopping centers está ficando cada vez mais curto. Nos Estados Unidos, onde o fenômeno já vem sendo observado há alguns anos, pelo menos 150 centros de compra construídos entre os anos 1950 e 1970 foram fechados. Muitas dessas construções foram demolidas e suas áreas destinadas a outras atividades, causando danos econômicos e urbanos. Outras estão abandonadas, contribuindo para a deterioração de seus arredores. No Brasil, é necessário chamar a atenção para o problema e evitar que o mesmo venha a ocorrer com os shoppings construídos aqui.

Essas são as conclusões do estudo 'Os Shopping Centers e o Enfrentamento do Ciclo de Vida do Produto', que será apresentado durante o VII Seminário da Sociedade Latino Americana de Estudos Imobiliários (LARES, na sigla em inglês de Latin American Real Estate Society), em São Paulo, nos dias 25 e 26 de outubro.

De acordo com o autor do trabalho, o arquiteto e urbanista Fernando Garrefa, mestre e doutor em Planejamento Urbano pela Universidade de São Paulo (USP), o fenômeno acontece porque um shopping center é considerado produto imobiliário e, como tal, está sujeito a um 'ciclo de vida'. Ou seja: passa por períodos de introdução, maturação, diversificação e declínio. (...)


Fonte: Shopping Center Bursátil

Fundação Gates

A Fundação criada por Bill Gates anunciou que estará patrocinando uma pesquisa denominada “The Joys and Dilemmas of Wealth.” A pesquisa será feita entre os ricos, que possuem mais de 25 milhões de dólares. A pesquisa pretende entender o que leva um milionário a fazer doações para caridade.

Fonte: Aqui

31 outubro 2007

Acredite, se quiser

O assessor internacional da Presidência, Marco Aurélio Garcia, confirmou ontem que o Brasil está negociando com o governo boliviano a retomada de investimentos da Petrobras para exploração de gás naquele país, apesar dos seguidos ataques do presidente Evo Morales contra a estatal brasileira.

A intenção é que o pacote seja fechado nas próximas semanas, para ser publicamente anunciado durante viagem do presidente Lula a La Paz, ainda em novembro.


Fonte: Aqui

Doutorado nos Estados Unidos

Um estudo interessante, publicado na Revista de Contabilidade e Finanças de junho de 2007, e desenvolvido pro Murcia, Borba e Ambrósio, mostra que o custo de oportunidade de fazer o doutorado em Contábeis nos Estados Unidos é elevado: as universidades exigem dedicação exclusiva e os candidatos perdem dinheiro nesta dedicação. O estudo mostra a ênfase no conhecimento geral, inclusive em métodos quantitativos. Os 5 melhores programas são:

1. Pennsylvania
2. Chicago
3. Texas Austin
4. Illinois - Urbana
5. Michigan

No período de 2001 a 2005 a média de doutores formados nos Estados Unidos ficou abaixo de 40 por ano. A seguir o resumo do artigo:


O presente trabalho busca conhecer algumas características dos principais programas de doutorado em contabilidade dos Estados Unidos. Para a seleção da amostra deste estudo, utilizou-se, como base, o ranking divulgado pela revista U.S. News & World Report – America´s Best Graduate Schools in Accounting-2006. Esse ranking lista os 31 principais programas de pós-graduação em contabilidade nos Estados Unidos. Contudo, para o presente trabalho, 3 dessas universidades foram excluídas, restando para análise um total de 28 universidades. A coleta dos dados foi realizada nos sites eletrônicos dos programas selecionados. Buscou-se identificar 4 características desses programas de doutorado: critérios do processo seletivo, exigências para a obtenção do título de Ph.D. in Accounting, disciplinas oferecidas e perfil do corpo docente. Os resultados encontrados evidenciam algumas características dos programas analisados que podem permitir um benchmarking, possibilitando um crescimento da pesquisa acadêmica brasileira. Nesse sentido, o trabalho contribui para a construção e o aperfeiçoamento da contabilidade, à medida que evidencia possibilidades de melhorias nos programas de pós-graduação no Brasil.

Você é um quant?

Muito engraçado esta lista, em PDF, feita por Andrew Lo: você é um quant? Alguns itens:

=> Se você leu tudo que Robert C. Merton publicou, mas nunca ouviu sobre o seu pai, Robert K. Merton, você é um quant

=> se outubro de 1987 e agosto de 2007 tem mais sentido para você do que julho de 1776, agosto de 1945 ou abril de 1975, você é um quant.

=> se você conhece quem é Kiyosi Ito, mas não tem idéia quem é o Juiz Lance Ito, você deve ser um quant.

=> se você conhece quem é Leonardo Fibonacci e Henry Poincaré, mas nunca ouviu sobre Giorgio Armani e Louis Vitton, você deve ser um quant.

O homem mais rico do mundo

O empresário indiano Mukesh Ambani tornou-se o homem mais rico do mundo, segundo o The Independent. Estima-se que sua riqueza tenha dobrado nos dois últimos anos, atingindo a 63 bilhões de dólares. Com isto, Ambani ultrapassa Carlos Slim Helu e Bill Gates.

O império de Ambani é composto por indústrias que atuam em diversos setores e geram mais de 27 bilhões de dólares de receita.

30 outubro 2007

Problema contábil?

Esta saiu no sítio da minha Universidade. Um professor de engenharia discute um projeto de um veículo leve sobre a W3, uma avenida de Brasília. Após uma série de considerações sobre a viabilidade do projeto, o referido professor resolveu atacar com considerações financeiras:


A própria viabilidade financeira e comercial do novo sistema é um outro ponto importante. Sistemas sobre trilho são, em regra, deficitários, se contarmos apenas com as receitas tarifárias. Entretanto, esse cálculo está errado, pois tais sistemas viabilizam-se pela receita fiscal acrescida em função da dinamização econômica da área atendida. Eles costumam valorizar terrenos adjacentes, desde que sua implantação seja lastreada em um projeto urbano que agrega valor, prevendo um adensamento controlado. No Distrito Federal, já temos o exemplo do metrô, cujo déficit é uma falácia contábil, pois as receitas com a venda de terreno de Águas Claras e mais a arrecadação fiscal de toda a área uma vez construída asseguraram, em um fluxo de caixa de dez anos, o equilíbrio financeiro do empreendimento (incluindo os déficits operacionais).


Enviado por Vinicius Alves.

Para se ter uma idéia...

Na fotografia abaixo, o número de garrafas plásticas usada nos Estados Unidos a cada 5 minutos:



Nesta outra foto, um detalhe maior da fotografia anterior:



Agora mais de perto:




Fonte: Aqui

Intangíveis

O estudo feito pelo BNDES/Coppe para mensurar o ativo intangível das empresas recomenda a elaboração de um relatório de intangíveis a ser incorporado aos relatórios anuais das companhias. No Japão, mais de cem empresas acoplam essas informações ao divulgar seus resultados anuais, apesar de não ser uma medida obrigatória. No Brasil, o grupo Suzano já divulga essa informação.Durval Soledade, diretor da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) (...) recebeu bem a idéia, adiantando que a mensuração dos intangíveis vem sendo uma preocupação da autarquia, mesmo sabendo das dificuldades de normatizar a questão.

"A SEC [a comissão de valores mobiliários dos EUA] está gastando milhões de dólares num projeto para tentar fazer isso", lembrou Soledade.Para Soledade, o mercado explodiu com a operação de abertura de capital da Bovespa porque o que estava em jogo era o valor do intangível da bolsa paulista, no caso a marca, credibilidade, capacidade de fazer planejamento, dentre outras. "O que se discutiu foi a visão que cada um tinha do intangível da Bovespa. O tangível da Bovespa é muito pouco, um ativo tangível que não chega perto do valor atribuído a empresa. É a visão holístico do intangível funcionando."Por essa razão, Soledade acredita que as superintendências de registro, de valores contábeis e de empresas da CVM têm que começar a examinar isto. "Em breve será matéria corrente no mercado." Ele destacou que os 19 artigos da Lei das S.A. que falam em avaliação ou em laudo de avaliação não se referem aos intangíveis. O assunto só é mencionado no caso de fechamento de capital. "Para cada empresa o intangível tem uma importância diferente. No caso das companhias abertas, o maior ativo intangível pode ser a governança. Já nas empresas emergentes e de capital semente o principal intangível é a tecnologia", disse Soledade.A CVM lida muito com o capital intangível quando examina os recursos que são encaminhados ao colegiado. A discussão mais recorrente nos laudos de avaliação das empresas é sobre o valor do intangível. Durante o seminário, Natan Szuster, professor da UFRJ e especialista em contabilidade, também apoiou a idéia do relatório de intangíveis. "Ele funcionaria como uma demonstração complementar para o mercado, já que os intangíveis não podem ser contabilizados no patrimônio líquido das companhias", afirmou.

CVM apóia relatório de intangíveis
Valor Econômico - 30/10/2007

O tempo passa

Para os fãs da Wikipedia, aqui como era sua versão em 2001.

29 outubro 2007

Faça o que eu digo, não faça o que eu faço

Onde os professores de finanças aplicam seus recursos? A resposta pode ser encontrada na pesquisa "What Really Matters When Buying and Selling Stocks?". Aqui um resumo

Os professores não usam o CAPM, o mercado eficiente e outras abordagens conhecidas, mas trabalham com PE, múltiplo de mercado e abordagens mais tradicionais.

Utilitarismo

Próximo as discussões de Harford, uma discussão sobre o utilitarismo e a decisão de Kerry Katona (quem? aqui foto abaixo) de fazer ou não um certo tipo de operação plástica pode ser encontrada aqui.


Qual o limite da economia (ou dos economistas)?

Tim Harford é um economista conhecido pela sua abordagem não tradicional, comentando sobre café e outros temas curiosos. É uma versão inglesa do Freakonomics.

Mas o limite para os comentários de Harford não são amplos demais? Aqui Harford responde a uma leitora sobre virgindade. Aqui compara o valor da vida. E aqui discute a questão da pontualidade.

Sony e PS3

Mais uma notícia sobre a guerra dos games: estimativa de perda de 1 bilhão de dólares para a Sony e seu PS3. Aqui

Vale do Rio Doce

Aqui, as transcrição da conferência dos executivos da Vale com os investidores estrangeiros. Alguns questionamentos sobre o mercado de níquel.

Bovespa Holding

O lançamento de ações da Bovespa foi considerado um sucesso. Foi a maior oferta de ações (IPO) da história do País (R$6,6 bilhões) e reflete a força do mercado de capitais no Brasil. (Fonte: É dia de glória', diz Magliano Presidente da Bovespa Holding festeja primeiro pregão, Daniela Milanese Ana Paula Ragazzi, Estado de S. Paulo, 27/10/2007).

Para o investidor que fez a subscrição ocorreu uma valorização de 52,13%, afetando o comportamento do mercado. Alguns dados interessantes:

=> O volume negociado na Bolsa ao longo do dia foi o maior já registrado num único pregão: R$ 10,1 bilhões, metade só com ações da holding.
=> O Índice Bovespa subiu 3,1%, atingindo o recorde de 64.275 pontos.
=> A cotação do dólar caiu para R$ 1,769, menor valor desde abril de 2000.
=> Investidores estrangeiros foram os responsáveis por 80% da compra de ações da holding, criando a expectativa de que o dinheiro que vai entrar no Brasil para o pagamento dos papéis derrubará ainda mais o valor da moeda americana.
(Ações da Bovespa sobem 52% no dia do lançamento Sucesso dos papéis da Bovespa Holding faz bolsa bater recordes de pontuação e volume de negócios, O Estado de São Paulo, 27/10/2007)


A grande controvérsia foi o estabelecimento de um filtro para afastar especuladores que compram papéis no primeiro dia e os vende no dia seguinte, geralmente com um lucro significativo.

(...) O flipper reserva ações de empresas que debutarão em bolsa de valores e as vende já no primeiro dia de negociações com o papel. Como, em geral, a procura por novas ações é grande, esse investidor tende a obter lucro com a operação. No entanto, do ponto de vista das empresas, a transação pode ser danosa, pois a venda de papéis pressiona a cotação para baixo. "É um tipo de especulação que, pelo momento no qual ocorre, não é saudável", afirmou Edson Garcia, superintendente da Associação de Investidores no Mercado de Capitais (Amec).
Filtro para afastar especulador pode se tornar padrão FINANÇAS Para especialistas, mecanismo usado pela Bovespa deve ser adotado em futuras aberturas de capital
Leandro Modé - O Estado de São Paulo 27/10/07


Um dos grandes ganhadores foi o Bradesco:

A Organização Bradesco vendeu parte de sua participação no capital da Bovespa Holding, no âmbito da oferta pública inicial, obtendo lucro antes dos impostos de cerca de R$ 178 milhões.
Bradesco lucra R$ 178 milhões na operação - O Estado de São Paulo - 27/10/07


Mas será que como investimento a Bovespa é interessante. Aqui uma discussão sobre isto

28 outubro 2007

Rir é o melhor remédio


Invenções Malucas - Coletor de ar de políticos

Os 100 melhores discos da música brasileira

A revista Rolling Stones elegeu o que ela considera os "100 maiores discos da música brasileira". As lista dos dez primeiros:

1. Acabou Chorare - Novos Baianos (1972 • Som Livre)
2. Tropicália ou Panis et Circencis - Vários (1968 • Philips)
3. Construção - Chico Buarque (1971 • Philips)
4. Chega de Saudade - João Gilberto (1959 • Odeon)
5. Secos e Molhados - Secos e Molhados (1973 • Continental)
6. A Tábua de Esmeralda - Jorge Ben (1972 • Philips/Phonogran)
7. Clube da Esquina - Milton Nascimento & Lô Borges (1972 • Odeon)
8. Cartola - Cartola (1976 • Discos Marcus Pereira)
9. Os Mutantes - Os Mutantes (1968 • Polydor)
10. Transa - Caetano Veloso (1972 • Philips)

A lista completa, aqui

26 outubro 2007

Rir é o melhor remédio


Invenções Malucas: relógio de sol que funciona no período noturno. Fonte: Aqui

A sedução do mercado brasileiro

Uma reportagem na The Economist de ontem (The view from cloud nine, 25/10/2007) tenta explicar a razão pela qual o Brasil parece um mercado emergente interessante. O texto destaca a redução da taxa de juros, a melhoria na governança e as finanças públicas (incluindo os preços dos commodities). Para a revista, a onda de IPO foi boa para a governança. O texto completo encontra-se aqui

O Efeito do Quantitativo: quando o problema é o modelo

Reportagem da The Economist (25/10/2007 Heart of darkness) discute um problema do sistema financeiro mundial, baseado, de forma significativa, nos quant, designação dos modelos baseados em métodos quantitativos desenvolvidos por especialistas da área de exatas.

Segundo a revista "eles usam a alavancagem. Isto significa que em lugar de fornecer liquidez na crise, os quants adicionam instabilidade." Clique aqui para ler texto completo

A representação da minoria


Na The Economist um gráfico importante: a falta de representação da minoria no parlamento de diversos países.

Estoques e desempenho da economia



O volume de estoques nas empresas tem sido considerado como uma variável preditiva dos problemas da economia de uma país. Quando o volume aumenta isto poderia significar que a economia deverá entrar num ciclo de recessão ou baixo crescimento.

A figura acima mostra o estoque nas empresas e foi preparado pelo Departamento de Comércio dos Estados Unidos. É perceptível que ocorreu um aumento nos estoques nos últimos meses, apesar do valor ainda estar dentro dos padrões normais dos últimos anos.

Entretanto, para alguns pesquisadores, aumento de estoque também pode ser um sinal de otimismo. As empresas estão aumentando seus estoques para antecipar o aumento da demanda.

Na realidade, o comportamento dos estoques deveria ser analisado por setores. É provável que seja verdade que o aumento dos estoques pode ser um indicativo de melhoria na economia quando estamos falando dos setores de máquinas e equipamentos. De igual modo, no varejo, o aumento dos estoques pode estar vinculado a uma maior possibilidade de recessão. Um bom tema para pesquisa.

Efeitos da política do governo

O Financial Times de 25/10/2007 (Cost of cheap food Just say No to subsidies, price controls and export tariffs, Europe Ed1, Page 10) lembra uma história da soja que serve para demonstrar os efeitos da política de governo. Em 1973 o presidente Nixon, pressionado pelo aumento dos preços dos produtos alimentícios, proibiu a exportação de soja. A questão é que a interferência do governo distorce o mercado, com efeitos inesperados. No caso da decisão de Nixon, permitiu a criação da indústria de soja no Brasil.

Passos necessários para a convergência

Trechos de um artigo sobre convergência contábil:

Vital steps on the road to common global standards.
IAN MACKINTOSH - chairman of the UK's Accounting Standards Board
Financial Times 25/10/2007 - Asia Ed1 - Page 19

(...) Whatever the conflicting views on certain aspects of certain standards, the overriding long-term benefits of convergence have not changed. They include comparability of company performance across borders, reduced compliance costs and the abolition of reconciliations. (...)

But equivalence without a proper basis in financial reporting has dangers. Do the investors really understand the financial position and performance of the capital seeker? Will they receive relevant and reliable information in years to come?

These are dangers that will exist as long as equivalence is accepted and could to a large extent be mitigated by making the vision of a single set of standards real.

(...) But this is a caricature of the debate. History and culture count for a lot and have polarised the debate.

No-one knows all the right answers and it would be better to approach the issues in the spirit of resolving differences rather than defending the status quo.

Differences need to be tackled in an objective way. Participants in the debate should understand the traditions that shape the opinion of others and all points of view need to be considered in a mutually respectful way.

The hard work and determination of the IASB and others is starting to bear fruit. The vision of a single set of high-quality global standards looks achievable, albeit with a lot more work and debate to come. It would be a shame if we let the scale of the task overwhelm the enormity of what we can achieve.

Rodízio de Auditores

Parece que a idéia do rodízio dos auditores não deu certo. A proposta tinha finalidade de reduzir o poder do oligopólio das 4 grandes empresas. Ontem a CVM suspendeu o rodízio até 2008:

O Conselho Monetário Nacional prorrogou, até 31 de dezembro de 2008, a suspensão de obrigatoriedade do rodízio de auditores independentes contratados pelas instituições financeiras. A medida vale também para as demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil e câmaras e prestadores de serviços de compensação e de liquidação.

O adiamento, por um ano, é necessário para aprofundamento dos estudos sobre a eficácia dessa exigência no mercado brasileiro, considerando seus custos e benefícios.

CMN suspende obrigatoriedade de rodízio de auditores até fim de 2008
Bruno Rosa, O Globo - 25/10/2007

Links

1) Um endereço interessante, que apresenta mapas da terra e ecologia

2) A Microsoft está disponibilizando para o Word 2007 uma ferramenta para citação. Mas não tem a ABNT

3. A expansão dos bancos chineses

25 outubro 2007

Estados Unidos no Iraque: fracasso na Contabilidade

O The New York Times comenta o fracasso norte-americano no Iraque na criação de um sistema contábil moderno (U.S. Faults Its Bid to Replace Iraq's Accounting System, de James Glanz e Andrew Kramer, 25/10/2007, p. 12). O projeto era substituir o sistema contábil corrupto de Saddam Hussein por algo que possibilitasse maior controle, em especial das receitas do petróleo.

BAGHDAD, Oct. 24 -- An American project to replace the Iraqi government's opaque and easily manipulated Saddam Hussein-era accounting system has failed to achieve its goals after four years and more than $38 million, an American oversight agency reported Wednesday.

An early objective of the American occupation was to streamline the corrupt Iraqi bureaucracy that had flourished under Mr. Hussein, and establish controls that would make it more difficult to divert the enormous Iraqi oil revenues that provide nearly all of the government's budget.

But the American oversight agency, called the Office of the Special Inspector General for Iraq Reconstruction, said Wednesday in a report that the system the United States had chosen had shown a ''lack of understanding of the existing Iraq financial and business processes,'' and had not taken root.

As a result, the new system has had little impact on Iraq's financial apparatus, said Ginger Cruz, a deputy inspector general in the office. The old system remains in place, she said.

''The convoluted way that they used to do accounting under Saddam was created for secrecy and control,'' Ms. Cruz said. (...)

Contabilidade do Futebol Colombiano

Eis uma notícia sobre a contabilidade dos clubes de futebol colombiano (aqui, nenhuma intenção de homenagear o Millionários). Observe que os problemas são próximos aos existentes no Brasil. O grifo é meu.

Rajan contabilidad de clubes de fútbol
Portafolio - 24/10/2007

La mayoría de los equipos profesionales del fútbol colombiano no tienen criterios contables unificados, y por el contrario, su información financiera presenta inconsistencias, de acuerdo con el análisis realizado por la Superintendencia de Sociedades en la inspección que realizó sobre los balances de los clubes, a diciembre del 2006.

El resultado del informe, entregado hace un par de semanas por el comité coordinador de la Supersociedades, a Everth Bustamante, director de Coldeportes, concluye de manera preocupante que "luego de la visita efectuada a los 36 equipos de fútbol con deportistas profesionales de las categorías A y B, se encontró que los activos más representativos de estos clubes son sus intangibles".

Es decir, los equipos no tienen cómo sustentar de manera contable el valor de sus activos, y aspectos como la ficha deportiva, los derechos sobre sus jugadores y el valor de la marca, son contabilizados de manera particular y a su antojo por cada institución.

(...)
Señala el informe que en el reconocimiento contable de estos activos es donde se genera la mayoría de las inconsistencias. También agrega que "en los casos analizados, el registro del monto de cada erogación no es claramente identificable por los clubes en la manera de ser adquiridos, constituidos y usados".

Ante tantas irregularidades, Coldeportes dio un plazo de dos meses para que cada equipo presente un plan único de cuentas, en el que establezca cada una de las transacciones de los derechos deportivos de sus jugadores, además de sus ingresos operacionales y no operacionales.

LÍOS EN MARCAS Y DERECHOS

La principal inconsistencia presentada tiene que ver con el valor que le asigna cada equipo a su ficha o cuota de afiliación a la Dimayor, ente que regula el campeonato colombiano.

El pago obligatorio de esta cuota se originó desde 1991, pero solo para los equipos que asciendan de la Primera B a la A. Sin embargo, los planteles fundadores de la Dimayor, que nunca han pagado ningún derecho de participación, le dan valor a este aspecto. Clubes como Millonarios, Santa Fe, Cali, América, Medellín, Nacional, Bucaramanga y Cúcuta, no solo lo registran contablemente, sino que lo valoran como uno de sus principales activos.

IRREGULARIDADES ENCONTRADAS

En el caso de Millonarios, no solo registró este activo sino que fue reconocido como un ingreso, sin ajustarse a la técnica contable, y tiene una sobrestimación de sus ingresos a 31 de diciembre del 2006 de 1.372 millones de pesos.

Por su parte, Santa Fe presenta 'Valorizaciones de otros activos', 1.000 millones de pesos por 'Ficha Dimayor'.

El Cali presenta en la cuenta 'Valorizaciones de intangibles' la suma de 2.040 millones de pesos por esta supuesta afiliación, cifras que ajusta anualmente.

El América, en 'Valorizaciones de otros activos' presenta la suma de 1.907 millones de pesos por 'Ficha Dimayor'.

El Medellín, en el grupo de intangibles, presenta un valor de 2.500 millones de pesos que corresponde a la 'Ficha'. Por su parte, Nacional presenta en la cuenta 'Valorizaciones de otros activos' la suma de 2.040 millones de pesos, también por esta ficha.

De otra parte, en los equipos santandereanos el panorama no cambia: tanto Bucaramanga como Cúcuta tasan el valor de sus fichas deportivas, como una 'Valorización de inversiones', con valores de 2.040 y 5.000 millones de pesos, respectivamente.

Los equipos necesitan una normativa que aclare su naturaleza jurídica: Coldeportes

Para Éverth Bustamante, director de Coldeportes, el resultado del informe realizado por la Superintendencia de Sociedades es preocupante, aunque dice que ya se tomaron medidas para contrarrestar la situación.

"A cada equipo se le han hecho las observaciones respectivas sobre sus inconsistencias y tienen un plazo de dos meses para rectificar, corregir la información y dar las explicaciones respectivas", señala.

El directivo sugiere que no se debe generalizar la situación. "El resultado demuestra inconsistencias de distinto nivel. No todos incurren en las mismas fallas, algunas son de forma, pero otras sí son graves. De todas maneras esperamos explicaciones en materia contable en cada caso", dice.

En este sentido, el director de Coldeportes plantea con carácter urgente que se debe elaborar una reforma que defina con claridad el caráter y la naturalez jurídica de los equipos de futbol, porque "actualmente funcionan como corporaciones sin ánimo de lucro y eso contradice el desarrolllo moderno de este deporte, que es el que más mueve la economía en el mundo. En Colombia hay que reconocer esa realidad con normas claras, determinar con claridad el origen de los recursos que se invierten, para evitar que el deporte sea un mecanismo para el lavado de activos".

Bustamante sugiere estructurar una nueva normativa para el desarrollo empresarial de estas instituciones y que la información sea transparente y que cualquier ciudadano pueda conocerla.

"Coldeportes desarolla un convenio con el Consejo Superior de España (su par en ese país), mediante el cual intercambia información, hace consultas, porque lo hecho en ese país es un buen ejemplo para aplicar en Colombia", agrega.

En los proximos meses, y como producto de ese intercambio, este organismo le presentará al Gobierno Nacional y al Cogreso de la República, una inciativa clara al respecto, para que se debata en la próxima legislatura, cuya finalidad es permitir y establecer la naturaleza juríduca de cada uno de los clubes profesionales. "Que se defina la relación entre deportistas y equipos, y que esto limpie de cualquier duda de corrupción a este deporte".

IFRS e sustentabilidade

(...)Algumas empresas já publicam como informação suplementar informações como a Demonstração do Valor Adicionado (DVA) e o Balanço Social de acordo com a Demonstração do Balanço Social Ibase (DBSI), ou pela norma Brasileira de Contabilidade Técnica (NBCT15). Mas o momento contribui para uma reflexão de como indicadores como o GRI poderão ser incorporados às demonstrações contábeis propriamente ditas, ou nas notas explicativas ou ainda em informes suplementares.

Hoje, os indicadores de sustentabilidade constantes das demonstrações contábeis trimestrais tradicionais são elementares. Depois da migração para o IFRS poderá ser mais comum o uso de indicadores mais completos de sustentabilidade.

Com o advento do IFRS amplia-se também a importância das notas explicativas. Uma dimensão disso pode ser vista no livro sobre IFRS publicado pela Atlas, em conjunto com a Deloitte, em que o capitulo dedicado as notas explicativas ocupa mais da metade do livro. A redação das notas explicativas terá que ser mais compreensível do que nunca e a parceria com os comunicólogos poderá contribuir para o melhor desenvolvimento desta parte das demonstrações contábeis, afinal os atos de gestão têm que estar fielmente retratados nas demonstrações contábeis.

Roberto Gonzalez - Por demonstrações financeiras mais completas - Gazeta Mercantil - 25/10/2007

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Volks e Comunidade Européia

Baixa Saxônia fica com menos poder na Volks
24/10/2007 - Stephen Power e Carolyn Henson - The Wall Street Journal, de Frankfurt e Bruxelas

(...) A decisão da Corte Européia de Justiça de derrubar a "Lei Volkswagen" da Alemanha representa uma vitória para as autoridades do mercado da União Européia num debate sobre até que ponto os países-membros deveriam ter liberdade para proteger empregadores importantes contra aquisições hostis.

O veredicto na prática reduz a influência do segundo maior acionista da Volkswagen, o governo de seu Estado-sede, a Baixa Saxônia. Durante anos, a lei alemã impediu que qualquer acionista tivesse mais de 20% dos direitos de voto na companhia, independentemente do tamanho de sua participação acionária. (...)

Mas nos anos recentes a Comissão Européia, braço executivo da UE, tem tentado eliminar nos países-membros leis que protegem empresas contra aquisições hostis, sob o argumento de que essas medidas inibem o livre fluxo de capital. Ontem, o tribunal concordou, concluindo que a lei alemã permite que a Baixa Saxônia "exerça influência considerável sobre os assuntos da Volkswagen a partir de um nível mais baixo de investimento do que seria necessário sob a lei geral" e que "essa situação acaba por deter investidores diretos de outros Estados-membros". (...)

No longo prazo, analistas crêem que o veredicto vai encorajar a Porsche a pressionar a diretoria e trabalhadores da Volks por cortes de custo e ganhos de produtividade. A decisão também poderia estimular a Porsche a aumentar sua fatia — hoje em torno de 31% — para garantir maior acesso à maior escala de compra e tecnologia da Volks. As vendas anuais de cerca de 6 milhões de veículos da Volks são 60 vezes maiores que as da Porsche.