15 setembro 2013
Teoria da Alocação do Tempo
Chegar cedo e sair tarde do escritório pode elevar a sua moral com o chefe e ajudar na suas perspectivas de carreira, mas pode prejudicá-lo de outra maneira. Pode não ser uma descoberta surpreendente, mas uma nova pesquisa confirmou o que já sabemos na prática: existe uma ligação entre o excesso de trabalho e a redução do bem-estar dos trabalhadores.
A pesquisa constatou que os funcionários que trabalhavam mais de 50 horas em uma semana sofreram um declínio na saúde física e mental. “Observamos essa associação entre o vício em trabalho e a saúde física e o bem-estar mental”, conta a pesquisadora Sarah Asebedo, estudante de doutorado na Kansas State University (EUA).
“Descobrimos que os ‘workaholics’ – aqueles que trabalham mais de 50 horas por semana – eram mais propensos a ter um reduzido bem-estar físico, medido pela quantidade de refeições puladas. Além disso, encontramos uma relação entre o vício em trabalho e a redução do bem-estar mental, constatada por meio de uma autoavaliação de depressão”.
O problema torna-se ainda mais complicado quando se analisa por que os trabalhadores optam por fazer horas extras. Asebedo e sua equipe de pesquisa de colegas doutorandos, Sonya Britt e Jamie Blue, buscaram descrever por que os trabalhadores trabalham tanto baseando-se na Teoria da Alocação do Tempo, proposta pelo economista estadunidense Gary Becker.
“Esta teoria sugere que, quanto mais dinheiro você ganha, mais propenso você é a trabalhar ainda mais”, explica Asebedo. “O tempo é interpretado como se fosse um bem de mercado e tivesse um custo. Se você não está envolvido em atividades relacionadas com o trabalho, então há um custo que se deve pagar por esse caminho alternativo, no qual você está gastando seu tempo. Mesmo que você entenda as consequências negativas que o vício em trabalho traz, você ainda pode se sentir suscetível a continuar trabalhando porque o custo de não fazê-lo é ainda maior”, completa.
Quando os trabalhadores começam a pensar dessa forma, os pesquisadores descobriram que eles passam a correr o risco de ser vítima dos efeitos negativos para a saúde que as horas extras causam. Para ajudar a minimizar esses sentimentos, os trabalhadores devem entender as limitações do trabalho. Além disso, eles precisam compreender o papel que o trabalho desempenha em suas vidas pessoais, dizem os pesquisadores.
Fonte: Live Science via HyperSciente.
A pesquisa constatou que os funcionários que trabalhavam mais de 50 horas em uma semana sofreram um declínio na saúde física e mental. “Observamos essa associação entre o vício em trabalho e a saúde física e o bem-estar mental”, conta a pesquisadora Sarah Asebedo, estudante de doutorado na Kansas State University (EUA).
“Descobrimos que os ‘workaholics’ – aqueles que trabalham mais de 50 horas por semana – eram mais propensos a ter um reduzido bem-estar físico, medido pela quantidade de refeições puladas. Além disso, encontramos uma relação entre o vício em trabalho e a redução do bem-estar mental, constatada por meio de uma autoavaliação de depressão”.
O problema torna-se ainda mais complicado quando se analisa por que os trabalhadores optam por fazer horas extras. Asebedo e sua equipe de pesquisa de colegas doutorandos, Sonya Britt e Jamie Blue, buscaram descrever por que os trabalhadores trabalham tanto baseando-se na Teoria da Alocação do Tempo, proposta pelo economista estadunidense Gary Becker.
“Esta teoria sugere que, quanto mais dinheiro você ganha, mais propenso você é a trabalhar ainda mais”, explica Asebedo. “O tempo é interpretado como se fosse um bem de mercado e tivesse um custo. Se você não está envolvido em atividades relacionadas com o trabalho, então há um custo que se deve pagar por esse caminho alternativo, no qual você está gastando seu tempo. Mesmo que você entenda as consequências negativas que o vício em trabalho traz, você ainda pode se sentir suscetível a continuar trabalhando porque o custo de não fazê-lo é ainda maior”, completa.
Quando os trabalhadores começam a pensar dessa forma, os pesquisadores descobriram que eles passam a correr o risco de ser vítima dos efeitos negativos para a saúde que as horas extras causam. Para ajudar a minimizar esses sentimentos, os trabalhadores devem entender as limitações do trabalho. Além disso, eles precisam compreender o papel que o trabalho desempenha em suas vidas pessoais, dizem os pesquisadores.
Fonte: Live Science via HyperSciente.
Dinheiro e Felicidade
O livro Happy Money tem uma ideia interessante: como ser feliz lidando com o dinheiro. Elizabeth Dunn, da University of British Columbia, e Michael Norton, da Harvard Business, escreveram este livro usando pesquisas que foram realizadas sobre como as pessoas podem gastar seus recursos de maneira esperta. Os autores dividem seus conselhos em cincos capítulos. Em cada capítulo, Dunn e Norton usam conceitos científicos para ajudar o leitor a conviver com o dinheiro. No primeiro capítulo, por exemplo, eles defendem a ideia que devemos comprar experiência. Assim, em lugar de comprar uma casa muito cara, as pessoas deveriam usar o dinheiro para fazer uma viagem maravilhosa para as ilhas Malvinas. Coisas materiais produzem menos felicidade que compra de experiências, como uma viagem, um concerto ou uma refeição especial. Esta experiência será lembrada por muitos anos.
O livro lembra que o dinheiro pode ajudar a indicar as prioridades. Felicidade estaria associada a fazer aquilo que é prazeroso. Por isto os autores insistem que as pessoas comprem tempo. Ou seja, tomem decisões financeiras que permitem ganhar tempo para fazer aquilo que as fazem mais felizes. Se uma pessoa não gosta de fazer limpeza, compre uma máquina de lavar pratos. Isto irá economizar tempo para se dedicar a assistir a um bom seriado na televisão.
Entre as surpresas do livro, o quarto conselho é: pague agora e consuma mais tarde. Isto, de certa forma, é contra o senso comum e os nossos hábitos. Quando usamos o cartão de crédito fazemos exatamente o oposto: consumimos agora e pagamos mais tarde. Dunn e Norton exemplificam com uma pessoa que comprou um pacote turístico e passa muito tempo olhando fotografias do local que irá viajar, pesquisando sobre o destino e sonhando com seu projeto.
Um ponto positivo da obra é o fato de ser um livro pequeno (cerca de 150 páginas). Além disto, a linguagem é bem acessível. Entretanto, considero que alguns exemplos eram inadequados. Sem dúvida nenhuma, é um texto para aqueles que desejam conciliar felicidade com dinheiro. Para Dunn e Norton,
o dinheiro não compra a felicidade, mas o seu uso sábio pode ajudar.
Parceiros do blog:
Amazon Brasil
Americanas
Submarino
Parceiros do blog:
Amazon Brasil
Americanas
Submarino
14 setembro 2013
Fato da Semana
Fato: A espionagem
empresarial. Nesta semana a imprensa divulgou que os Estados Unidos investigaram
a empresa brasileira Petrobras. O assunto foi tratado, por alguns, como um
atentado a nossa soberania. Por outros, cínicos, pode ser uma oportunidade para
sabermos o que se passa na empresa e o que foi descoberto.
Qual a relevância
disto? Existe uma tendência de negarmos a existência de espionagem
empresarial. É muita inocência imaginar que não exista e que países usam para
ajudar suas empresas ou com finalidade estratégica. O fato da semana chama
atenção sobre situações como esta.
Para uma empresa de grande porte, o fato da semana é um
alerta sobre os riscos de que informações sigilosas caiam nas mãos de
concorrentes. A empresa precisa desenvolver uma política de circulação interna
da informação, tomando o devido cuidado com os vazamentos para outras empresas.
Além disto, mostra como a comunicação dentro da empresa pode ser vulnerável a
externos.
Positivo ou Negativo?
Pode ser positivo, já que reforça a
necessidade de precauções por parte das grandes empresas brasileiras.
Desdobramentos – Haverá
desdobramentos políticos, mas talvez infelizmente a questão da qualidade da
comunicação na empresa não seja alterada com este fato.
Teste da Semana
Este é um teste para verificar se você acompanhou de perto os principais eventos do mundo contábil. As respostas estão ao final.
1 – O comportamento do desemprego nos Estados Unidos pode ter sido influenciado pelos números do seguinte setor de serviços:
Esportes
Pornografia
Religião
2 – Numa das postagens do Rir é o Melhor Remédio, este blog divulgou um anúncio antigo que dizia que São Paulo era o berço
da auditoria mundial
da contabilidade pública
das partidas dobradas
3 – Na listagem das pessoas mais poderosas na área contábil, a revista Accounting Today elegeu a seguinte pessoa como a mais poderosa:
Barry Melancon, do AICPA
Mary Jo White, da SEC
Tom Hood, do MACPA
4 – Com respeito a listagem da Accounting Today, o número de mulheres, entre as 100 pessoas listadas
É maior que 40
Ultrapassa a 10 e é inferior a 20
Ultrapassa a 20 e é inferior a 30
5 – O Brasil apareceu em 24º. Num ranking da Onu sobre
Corrupção
Felicidade
IDH
6 – Os matemáticos que recebem a maior premiação da área geralmente apresentam uma produtividade
Maior após o prêmio
Menor após o prêmio
Não se altera com o prêmio
7 – Uma pesquisa mostrou que 20% das empresas
Apresentam problemas de controle interno
Não possuem contadores
Tiveram problemas de fraudes no último ano
8 – Segundo pesquisa da Folha de S. Paulo, a universidade com melhor ensino em contábeis foi
UFRGS
UnB
USP
9 – Uma análise da relação entre o público e o desempenho de uma equipe de futebol no campeonato brasileiro é
Direta
Inversa
Pouco expressiva
10 – A norma sobre este assunto está encerrando seu prazo de audiência pública. A proposta de alteração foi elaborada pelo Iasb em conjunto com o Fasb, mas recebido muitas críticas
Derivativos
Leasing
Reconhecimento da Receita
Acertando 10 ou 9 questões = medalha de ouro; 8 ou 7 = prata; 6 ou 5 = bronze
Respostas: (1) Pornografia; (2) das partidas dobradas; (3) Barry Melancon, do AICPA; (4) Ultrapassa a 20 e é inferior a 30; (5) Felicidade; (6) Menor após o prêmio; (7) Apresentam problemas de controle interno; (8) UnB; (9) pouco expressiva; (10) Leasing
1 – O comportamento do desemprego nos Estados Unidos pode ter sido influenciado pelos números do seguinte setor de serviços:
Esportes
Pornografia
Religião
2 – Numa das postagens do Rir é o Melhor Remédio, este blog divulgou um anúncio antigo que dizia que São Paulo era o berço
da auditoria mundial
da contabilidade pública
das partidas dobradas
3 – Na listagem das pessoas mais poderosas na área contábil, a revista Accounting Today elegeu a seguinte pessoa como a mais poderosa:
Barry Melancon, do AICPA
Mary Jo White, da SEC
Tom Hood, do MACPA
4 – Com respeito a listagem da Accounting Today, o número de mulheres, entre as 100 pessoas listadas
É maior que 40
Ultrapassa a 10 e é inferior a 20
Ultrapassa a 20 e é inferior a 30
5 – O Brasil apareceu em 24º. Num ranking da Onu sobre
Corrupção
Felicidade
IDH
6 – Os matemáticos que recebem a maior premiação da área geralmente apresentam uma produtividade
Maior após o prêmio
Menor após o prêmio
Não se altera com o prêmio
7 – Uma pesquisa mostrou que 20% das empresas
Apresentam problemas de controle interno
Não possuem contadores
Tiveram problemas de fraudes no último ano
8 – Segundo pesquisa da Folha de S. Paulo, a universidade com melhor ensino em contábeis foi
UFRGS
UnB
USP
9 – Uma análise da relação entre o público e o desempenho de uma equipe de futebol no campeonato brasileiro é
Direta
Inversa
Pouco expressiva
10 – A norma sobre este assunto está encerrando seu prazo de audiência pública. A proposta de alteração foi elaborada pelo Iasb em conjunto com o Fasb, mas recebido muitas críticas
Derivativos
Leasing
Reconhecimento da Receita
Acertando 10 ou 9 questões = medalha de ouro; 8 ou 7 = prata; 6 ou 5 = bronze
Respostas: (1) Pornografia; (2) das partidas dobradas; (3) Barry Melancon, do AICPA; (4) Ultrapassa a 20 e é inferior a 30; (5) Felicidade; (6) Menor após o prêmio; (7) Apresentam problemas de controle interno; (8) UnB; (9) pouco expressiva; (10) Leasing
Intervenção do governo no setor elétrico
A Eletrobras assumiu ontem a administração de duas empresas estaduais de distribuição de energia afundadas em dívidas: a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) e a Companhia Energética de Roraima (CERR). Por meio de acordos de gestão compartilhada, a estatal federal indicará o presidente e metade da diretoria e do conselho de administração de cada companhia, mas, por enquanto, não vai incorporar as duas distribuidoras, para não contaminar suas próprias contas.
Eis um típico exemplo de gerenciamento de resultados. Outro aspecto interessante é que as empresas são de médio porte. Mesmo assim, existe a preocupação de piorar, ainda mais, a contabilidade da Eletrobras.
Os governos estaduais vão receber empréstimos de R$ 2 bilhões da Caixa Econômica Federal — R$ 1,4 bilhão para o Amapá e 600 milhões para Roraima — e injetar recursos nas empresas para que elas possam investir e pagar dívidas com fornecedores. No fim do processo de saneamento, que deverá durar dois anos, as distribuidoras poderão ser compradas pela holding federal.
Dinheiro do contribuinte. E as empresas continuaram com o governo.
Outra empresa que está sob regime de gestão compartilhada com a Eletrobras é a Companhia Energética de Goiás (Celg). Nesse caso, já está sendo negociado o processo de federalização. Por serem inadimplentes, a CERR e a CEA, há vários anos, não têm autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para reajustar tarifas, o que agrava a situação financeira de ambas.
Para Cláudio Sales, presidente do Instituto Acende Brasil, era preciso encontrar uma solução para as empresas, mas a questão é se a Eletrobras deve fazer isso, “considerando sua má performance na administração de distribuidoras, que lhe trazem prejuízos bilionários”. Para Sales, seria melhor privatizar as companhias.
A privatização não é considerada aceitável no atual governo. Além disto...
O governador do Amapá, Camilo Capiberibe (PSB), disse que é contra a privatização da CEA. “Isso não é bom para o desenvolvimento, e não é o que deve ser feito, de acordo com o discurso o governo federal”, disse. Segundo o atual presidente da companhia, José Ramalho de Oliveira, se, depois do saneamento, a Eletrobras quiser vender a distribuidora, o governo estadual vai assumi-la de volta.
Empresas estatais são geralmente usadas com a finalidade política. A privatização tira dos governantes este importante instrumento de captura de votos. A resistência à privatização tem uma justificativa real.
Socorro federal no setor elétrico - PAULO SILVA PINTO - Correio Braziliense - 13/09/2013. Cartoon aqui
Eis um típico exemplo de gerenciamento de resultados. Outro aspecto interessante é que as empresas são de médio porte. Mesmo assim, existe a preocupação de piorar, ainda mais, a contabilidade da Eletrobras.
Os governos estaduais vão receber empréstimos de R$ 2 bilhões da Caixa Econômica Federal — R$ 1,4 bilhão para o Amapá e 600 milhões para Roraima — e injetar recursos nas empresas para que elas possam investir e pagar dívidas com fornecedores. No fim do processo de saneamento, que deverá durar dois anos, as distribuidoras poderão ser compradas pela holding federal.
Dinheiro do contribuinte. E as empresas continuaram com o governo.
Outra empresa que está sob regime de gestão compartilhada com a Eletrobras é a Companhia Energética de Goiás (Celg). Nesse caso, já está sendo negociado o processo de federalização. Por serem inadimplentes, a CERR e a CEA, há vários anos, não têm autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para reajustar tarifas, o que agrava a situação financeira de ambas.
Para Cláudio Sales, presidente do Instituto Acende Brasil, era preciso encontrar uma solução para as empresas, mas a questão é se a Eletrobras deve fazer isso, “considerando sua má performance na administração de distribuidoras, que lhe trazem prejuízos bilionários”. Para Sales, seria melhor privatizar as companhias.
A privatização não é considerada aceitável no atual governo. Além disto...
O governador do Amapá, Camilo Capiberibe (PSB), disse que é contra a privatização da CEA. “Isso não é bom para o desenvolvimento, e não é o que deve ser feito, de acordo com o discurso o governo federal”, disse. Segundo o atual presidente da companhia, José Ramalho de Oliveira, se, depois do saneamento, a Eletrobras quiser vender a distribuidora, o governo estadual vai assumi-la de volta.
Empresas estatais são geralmente usadas com a finalidade política. A privatização tira dos governantes este importante instrumento de captura de votos. A resistência à privatização tem uma justificativa real.
Socorro federal no setor elétrico - PAULO SILVA PINTO - Correio Braziliense - 13/09/2013. Cartoon aqui
13 setembro 2013
Premiados de Agosto
Recebemos notícias e o Rafael (Top Facebook Fan de Agosto), o Elton (1o lugar no sorteio) e a Camila (2a colocada) receberam os prêmios. [Postagem original: aqui. Resultado final: aqui.] Atrasou um pouco porque eu me machuquei e demorei para postar. Desculpem-me.
Abaixo uma foto levemente modificada para manter tanto quanto possível a privacidade do Rafa. Foi compartilhada no Facebook e compartilhamos aqui, com vocês!
Obrigada a todos que se inscreveram e participaram do processo. Nos vemos nos próximo sorteio! E fiquem ativos e atentos à nossa página no Facebook pois de lá sairá um dos nossos próximos premiados.
Abraços,
Equipe do Contabilidade Financeira
Abaixo uma foto levemente modificada para manter tanto quanto possível a privacidade do Rafa. Foi compartilhada no Facebook e compartilhamos aqui, com vocês!
![]() |
| Top Face Fan |
Obrigada a todos que se inscreveram e participaram do processo. Nos vemos nos próximo sorteio! E fiquem ativos e atentos à nossa página no Facebook pois de lá sairá um dos nossos próximos premiados.
Abraços,
Equipe do Contabilidade Financeira
Leasing finalizando a discussão
Está encerrando o prazo para a apresentação de comentários à proposta de revisão das normas de contabilidade para arrendamento. Estas normas foram desenvolvidas em conjunto pelo Financial Accounting Standards Board e o International Accounting Standards Board. O primeiro é a entidade que elabora as normas para as empresas com ações negociadas nos Estados Unidos; o Iasb é responsável pelas normas contábeis para vários países.
Fasb e Iasb estão programando uma série de reuniões públicas para discussão das propostas.
Mais sobre este assunto aqui. Cartoon adaptado daqui.
Fasb e Iasb estão programando uma série de reuniões públicas para discussão das propostas.
Mais sobre este assunto aqui. Cartoon adaptado daqui.
Aquisição em ensino
Há dias o grupo Laureate comprou a FMU por 1 bilhão de reais. Com 200 mil alunos, isto significa que cada aluno foi “vendido” por 5 mil reais, aproximadamente.
Anteriormente tínhamos feito um relativo entre o valor de negociação de faculdades e número de alunos e chegamos a um valor médio de R$6 mil por aluno. Ou seja, a aquisição da Laureate foi um negócio dentro da média do mercado.
Ontem a Estácio anunciou a aquisição da Uniseb por 615 milhões de reais. Com 37,8 mil alunos, a aquisição representou que cada aluno custou R$16,3 mil, muito acima do valor médio das negociações do setor.
Anteriormente tínhamos feito um relativo entre o valor de negociação de faculdades e número de alunos e chegamos a um valor médio de R$6 mil por aluno. Ou seja, a aquisição da Laureate foi um negócio dentro da média do mercado.
Ontem a Estácio anunciou a aquisição da Uniseb por 615 milhões de reais. Com 37,8 mil alunos, a aquisição representou que cada aluno custou R$16,3 mil, muito acima do valor médio das negociações do setor.
Passaporte
Felix Salmon, em The negative value of US citizenship, comenta o fato de existirem 8,3 milhões de pessoas nos Estados Unidos que possuem o green card, mas somente 750 mil naturalizaram em 2012. Ou seja, muitos preferem não optar pela cidadania daquele país. Salmon lista alguns possíveis motivos: tornar cidadão adquire alguns direitos e perde outros (do país de origem, por exemplo), ter passaporte de outro país pode ser mais fácil nas viagens internacionais e o pagamento de impostos.
12 setembro 2013
Ibovespa
Os investidores que estão na lida há mais de 20 anos sabem que de tempos em tempos alguma ação causa distorções ao Índice Bovespa, dificultando a gestão de carteiras referenciadas no índice, prejudicando a arbitragem entre os mercados futuro e à vista e o segmento de aluguel de ações. O impacto que algumas ações do grupo "X" está provocando no índice e, consequentemente, em instrumentos derivativos, já aconteceu antes. Talvez hoje, é verdade, em intensidade muito maior.
O Ibovespa é o principal indicador de desempenho do mercado de ações brasileiro e mantém sua metodologia de cálculo desde a implantação, em 1968. Esse é o indicador que normalmente o pequeno investidor olha como referência do desempenho da bolsa no dia a dia e que é citado pela maioria dos jornais e televisões quando se referem ao desempenho da bolsa no Brasil. É ainda um parâmetro de desempenho muito utilizado por gestores de fundos ativos e passivos, e para comparar o desempenho do mercado brasileiro com bolsas de outros países. Sem falar, é claro, em todos os produtos de futuros e opções criados a partir dele.
O Ibovespa tem se mostrado um excelente índice nesses anos todos. É natural ser cauteloso quando se cogita fazer aperfeiçoamentos num produto de tanto sucesso. Entretanto, a história mostra que, se um produto se prova obsoleto, ao longo do tempo, a concorrência de produtos mais eficientes prevalece. O Dow Jones manteve sua metodologia inalterada desde o início (em 1928), o que custou sua liderança quando foi superado pelo SP como indicador de desempenho mais representativo e eficiente do mercado.
A atual metodologia de cálculo do Ibovespa é baseada num conceito de negociabilidade que é uma "proxy" para a liquidez do papel em bolsa. Tanto o critério de inclusão na carteira quanto o de ponderação dos pesos de cada papel no índice utilizam esse conceito de negociabilidade. Basear a carteira do índice nesse conceito de negociabilidade tem uma razão válida, pois um bom indicador de desempenho deve poder ser replicável pelo investidor. Intuitivamente, um índice baseado em liquidez deveria ser facilmente replicável pelos investidores. O caso atual das empresas "X" mostra que às vezes a intuição falha.
Chama a atenção o fato de o Brasil ser o único no mundo a utilizar esse critério de negociabilidade. A pergunta que se coloca é: por quê? Será que o Brasil produz um índice superior? Levantamento feito pela própria Bovespa dos principais indicadores de ações do mundo mostra que a esmagadora maioria deles utiliza critérios que se baseiam no valor de mercado total da empresa ou da parcela que não está mãos dos controladores ("float"), e não necessariamente como critério de seleção mas, principalmente, na sua ponderação. A Bovespa há alguns anos lançou uma família de índices baseados em valor de mercado. Os dois principais são o IBrX-100 e o IBrX-50.
Observando-se a tabela abaixo, vemos que o desempenho médio anualizado do Ibovespa comparado com o dos outros dois índices desde suas criações é muito inferior, mostrando que a metodologia da família IBrX é mais eficiente.
Os dirigentes da Bovespa estão cientes das distorções da metodologia do Ibovespa e seu impactos nos diversos mercados. E, como bons dirigentes de seu negócio, estão decididos a efetuar mudanças para aperfeiçoar o índice, de tal forma que essas distorções não aconteçam mais.
Entre os diversos interlocutores que a diretoria da Bovespa procurou nos últimos meses, destaca-se um grupo representativo de participantes de mercado que, conjuntamente com a equipe técnica da Bovespa, trabalhou em propostas para colocar o Ibovespa entre os mais eficientes do mercado mundial.
As principais alterações que esse grupo sugeriu foram: (1) mudança do critério de ponderação dos papéis (peso no índice) para free float; (2) introdução de um "cap" de liquidez para que papéis com alto valor de mercado, porém baixa liquidez, não prejudiquem a replicabilidade do índice; (3) alteração do cálculo do índice de negociabilidade dando mais peso ao volume financeiro e menos ao numero de negócios, reduzindo o estímulo de "market makers" fragmentarem ordens para artificialmente aumentar o peso de seus papéis no índice; (4) alterações nos critérios de inclusão e exclusão de papéis, aumentando a representatividade de 80% para 85% da liquidez; (5) permissão para incluir ações novas porém representativas antes de completarem 12 meses de negociação; (6) exclusão das chamadas "penny stocks" (ações com valor de negociação abaixo de R$ 1); (7) introdução de um limite máximo de 20% por ação para reduzir a concentração da carteira em poucos papéis e (8) harmonização dos critérios de exclusão do índice com outros instrumentos derivativos e contratos de aluguel.
A diretoria da Bovespa já confirmou que pretende fazer aperfeiçoamentos no Ibovespa, porém parece preocupada em não descaracterizá-lo. Para a grande maioria dos participantes de mercado, a introdução de todas as melhorias sugeridas acima tornaria o Ibovespa um índice muito mais atualizado com as melhores práticas no mundo inteiro e, no fim do dia, é isso que importa para os investidores em geral.
A Bovespa está diante de uma oportunidade histórica de passar uma mensagem forte para todos os brasileiros e investidores do mundo inteiro: chega de puxadinho e jabuticaba. Está na hora de pararmos de reinventar a roda e fazer a coisa certa. Sejamos ousados. Vida longa ao Ibovespa!
O Ibovespa está morto. Vida longa ao Ibovespa! - Valor Econômico - 11/09/2013 - Marcos De Callis
O Ibovespa é o principal indicador de desempenho do mercado de ações brasileiro e mantém sua metodologia de cálculo desde a implantação, em 1968. Esse é o indicador que normalmente o pequeno investidor olha como referência do desempenho da bolsa no dia a dia e que é citado pela maioria dos jornais e televisões quando se referem ao desempenho da bolsa no Brasil. É ainda um parâmetro de desempenho muito utilizado por gestores de fundos ativos e passivos, e para comparar o desempenho do mercado brasileiro com bolsas de outros países. Sem falar, é claro, em todos os produtos de futuros e opções criados a partir dele.
O Ibovespa tem se mostrado um excelente índice nesses anos todos. É natural ser cauteloso quando se cogita fazer aperfeiçoamentos num produto de tanto sucesso. Entretanto, a história mostra que, se um produto se prova obsoleto, ao longo do tempo, a concorrência de produtos mais eficientes prevalece. O Dow Jones manteve sua metodologia inalterada desde o início (em 1928), o que custou sua liderança quando foi superado pelo SP como indicador de desempenho mais representativo e eficiente do mercado.
A atual metodologia de cálculo do Ibovespa é baseada num conceito de negociabilidade que é uma "proxy" para a liquidez do papel em bolsa. Tanto o critério de inclusão na carteira quanto o de ponderação dos pesos de cada papel no índice utilizam esse conceito de negociabilidade. Basear a carteira do índice nesse conceito de negociabilidade tem uma razão válida, pois um bom indicador de desempenho deve poder ser replicável pelo investidor. Intuitivamente, um índice baseado em liquidez deveria ser facilmente replicável pelos investidores. O caso atual das empresas "X" mostra que às vezes a intuição falha.
Chama a atenção o fato de o Brasil ser o único no mundo a utilizar esse critério de negociabilidade. A pergunta que se coloca é: por quê? Será que o Brasil produz um índice superior? Levantamento feito pela própria Bovespa dos principais indicadores de ações do mundo mostra que a esmagadora maioria deles utiliza critérios que se baseiam no valor de mercado total da empresa ou da parcela que não está mãos dos controladores ("float"), e não necessariamente como critério de seleção mas, principalmente, na sua ponderação. A Bovespa há alguns anos lançou uma família de índices baseados em valor de mercado. Os dois principais são o IBrX-100 e o IBrX-50.
Observando-se a tabela abaixo, vemos que o desempenho médio anualizado do Ibovespa comparado com o dos outros dois índices desde suas criações é muito inferior, mostrando que a metodologia da família IBrX é mais eficiente.
Os dirigentes da Bovespa estão cientes das distorções da metodologia do Ibovespa e seu impactos nos diversos mercados. E, como bons dirigentes de seu negócio, estão decididos a efetuar mudanças para aperfeiçoar o índice, de tal forma que essas distorções não aconteçam mais.
Entre os diversos interlocutores que a diretoria da Bovespa procurou nos últimos meses, destaca-se um grupo representativo de participantes de mercado que, conjuntamente com a equipe técnica da Bovespa, trabalhou em propostas para colocar o Ibovespa entre os mais eficientes do mercado mundial.
As principais alterações que esse grupo sugeriu foram: (1) mudança do critério de ponderação dos papéis (peso no índice) para free float; (2) introdução de um "cap" de liquidez para que papéis com alto valor de mercado, porém baixa liquidez, não prejudiquem a replicabilidade do índice; (3) alteração do cálculo do índice de negociabilidade dando mais peso ao volume financeiro e menos ao numero de negócios, reduzindo o estímulo de "market makers" fragmentarem ordens para artificialmente aumentar o peso de seus papéis no índice; (4) alterações nos critérios de inclusão e exclusão de papéis, aumentando a representatividade de 80% para 85% da liquidez; (5) permissão para incluir ações novas porém representativas antes de completarem 12 meses de negociação; (6) exclusão das chamadas "penny stocks" (ações com valor de negociação abaixo de R$ 1); (7) introdução de um limite máximo de 20% por ação para reduzir a concentração da carteira em poucos papéis e (8) harmonização dos critérios de exclusão do índice com outros instrumentos derivativos e contratos de aluguel.
A diretoria da Bovespa já confirmou que pretende fazer aperfeiçoamentos no Ibovespa, porém parece preocupada em não descaracterizá-lo. Para a grande maioria dos participantes de mercado, a introdução de todas as melhorias sugeridas acima tornaria o Ibovespa um índice muito mais atualizado com as melhores práticas no mundo inteiro e, no fim do dia, é isso que importa para os investidores em geral.
A Bovespa está diante de uma oportunidade histórica de passar uma mensagem forte para todos os brasileiros e investidores do mundo inteiro: chega de puxadinho e jabuticaba. Está na hora de pararmos de reinventar a roda e fazer a coisa certa. Sejamos ousados. Vida longa ao Ibovespa!
O Ibovespa está morto. Vida longa ao Ibovespa! - Valor Econômico - 11/09/2013 - Marcos De Callis
Seria manipulação?
O fato de Eike Batista ter prometido à OGX um aporte - na forma de uma opção de venda de ações da companhia, ou "put", no jargão do mercado - de US$ 1 bilhão e, agora, afirmar que não irá honrar o compromisso poderá se configurar em evidência de que o empresário tentou manipular as expectativas do mercado em relação à petroleira, afirmaram fontes ao Valor. Procurada, a OGX não concedeu entrevista.
(...) Na época, o mercado especulou que a empresa poderia estar fazendo um colchão de recursos para participar de uma eventual próxima rodada de licitação de blocos exploratórios da ANP. Ou que, por alguma razão ainda desconhecida, o caixa seria comprometido ou a geração de caixa operacional seria menor. Uma potencial capitalização para a realização de nova parceria também foi comentada. Ou seja, não ficou exatamente claro porque a "put" foi lançada, embora ela tenha sido um sinal de confiança do empresário no negócio. A opção de venda, que seria exercida a R$ 6,30, estava 36% acima do valor de mercado da OGX naquele dia de outubro. O valor passou a ser também um teto para o papel.
O fato de Eike não honrar o compromisso pode ampliar a avaliação de que ao anunciar a intenção de capitalização da empresa o empresário tomou a medida baseado em informações que não foram amplamente divulgadas para o mercado e que podem explicar a situação delicada que a empresa hoje se encontra. A concessão de instrumentos desse tipo não é usual, embora Eike tenha assumido - e honrado - o mesmo compromisso em OSX, no momento em que o estaleiro abriu capital.
Se já estivesse ciente da deterioração da empresa, a "put" pode ter sido uma tentativa de reverter expectativas - uma sinalização de confiança no negócio para tranquilizar os investidores e atrair novos compradores para os papéis ou para fechar novos negócios.
Negativa de Eike pode abrir debate sobre manipulação - Valor Econômico - 11/09/2013 - Ana Paula Ragazzi
(...) Na época, o mercado especulou que a empresa poderia estar fazendo um colchão de recursos para participar de uma eventual próxima rodada de licitação de blocos exploratórios da ANP. Ou que, por alguma razão ainda desconhecida, o caixa seria comprometido ou a geração de caixa operacional seria menor. Uma potencial capitalização para a realização de nova parceria também foi comentada. Ou seja, não ficou exatamente claro porque a "put" foi lançada, embora ela tenha sido um sinal de confiança do empresário no negócio. A opção de venda, que seria exercida a R$ 6,30, estava 36% acima do valor de mercado da OGX naquele dia de outubro. O valor passou a ser também um teto para o papel.
O fato de Eike não honrar o compromisso pode ampliar a avaliação de que ao anunciar a intenção de capitalização da empresa o empresário tomou a medida baseado em informações que não foram amplamente divulgadas para o mercado e que podem explicar a situação delicada que a empresa hoje se encontra. A concessão de instrumentos desse tipo não é usual, embora Eike tenha assumido - e honrado - o mesmo compromisso em OSX, no momento em que o estaleiro abriu capital.
Se já estivesse ciente da deterioração da empresa, a "put" pode ter sido uma tentativa de reverter expectativas - uma sinalização de confiança no negócio para tranquilizar os investidores e atrair novos compradores para os papéis ou para fechar novos negócios.
Negativa de Eike pode abrir debate sobre manipulação - Valor Econômico - 11/09/2013 - Ana Paula Ragazzi
Público e desempenho
Será que um clube de futebol com melhor desempenho atrai mais público? Aparentemente não é isto que acontece no campeonato brasileiro. O gráfico mostra a relação entre as duas variáveis, onde a correlação é de 0,27:
Algumas equipes com desempenho abaixo da média conseguem atrair um bom público nos seus jogos (São Paulo e Flamengo, por exemplo). Outros, com boa colocação no campeonato, possuem média de público reduzida (Botafogo, por exemplo). O Naútico, com o pior desempenho no campeonato, possui uma média de público intermediária.
Em alguns casos, a torcida comparece para tentar animar o time. Em outros, a equipe reduziu o preço do ingresso para tentar ter o apoio da torcida.
Algumas equipes com desempenho abaixo da média conseguem atrair um bom público nos seus jogos (São Paulo e Flamengo, por exemplo). Outros, com boa colocação no campeonato, possuem média de público reduzida (Botafogo, por exemplo). O Naútico, com o pior desempenho no campeonato, possui uma média de público intermediária.
Em alguns casos, a torcida comparece para tentar animar o time. Em outros, a equipe reduziu o preço do ingresso para tentar ter o apoio da torcida.
II Seminário de Contabilidade da Face/UFG
O período de submissão de pesquisas para o II Seminário de Contabilidade da Face/UFG está oficialmente aberto.
O organizador é o queridíssimo ex-UnB, Cláudio Moreira Santana, que foi meu professor e é um mestre em movimento, sempre disposto a ajudar pesquisadores que vagam por aí, sem saber sobre o que escrever, sem conhecer a tal da norma ABNT. Já fiz várias postagens com textos e livros que foram por ele indicados. Já vi vários alunos serem resgatados e revividos pelas práticas animadas desse primoroso educador.
Então, queridos leitores, vamos lá! Mexam e remexam por aí, procurem artigos engavetados ou terminem o TCC. O prazo de submissão vai até 30 de setembro e o evento ocorrerá no dia 1º de novembro, em uma sexta-feira, na Universidade Federal de Goiás.
Clique aqui para mais informações, realização do cadastro e submissão dos trabalhos.
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