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20 novembro 2011

Natura integra projeto global para relatório mais transparente



A forma como a Natura se comunica com seus investidores será tomada como exemplo na criação de um modelo global de relatório que integre informações financeiras e não financeiras. A empresa é umas das 50 companhias, ao lado de Nestlé, Microsoft, Coca-Cola, Tata, entre outras, que farão parte de um projeto piloto do Comitê Internacional para Relatórios Integrados (IIRC, na sigla em inglês) para testar a nova abordagem, cujo principal objetivo é dar pistas sobre o futuro do negócio.

A Natura adota o relatório único, com dados financeiros e de sustentabilidade, desde antes da abertura de capital, em 2004, conta Roberto Pedote, o vice-presidente de finanças, jurídico e de tecnologia da informação. "Quando a empresa se comunica, ela procura abordar os diversos aspectos do negócio, não só os financeiros, como sua relação com a sociedade e o meio ambiente", diz.

Na visão do presidente do conselho do IIRC, Mervyn King, a Natura só faz isso porque a preocupação com a sustentabilidade do negócio está incorporada na gestão da companhia, desde o processo de produção. Pedote conta que toda decisão na companhia passa por uma avaliação de impacto não só financeiro, mas também na sociedade, como no caso da abertura de uma comunidades de fornecedores na Amazônia, ou no meio ambiente, quando da fabricação de uma nova linha de produtos.

Mas o trabalho não está terminado. Pedote cita, por exemplo, a necessidade de a comunicação das informações não financeiras ser feita com um olhar prospectivo. De maneira geral, diz, o relatório hoje trata do passado. Outro aspecto é integrar, de fato, os balanços financeiro e socioambiental, como pretende o IIRC. É aí que começa um dos desafios.

O primeiro passo é integrar as equipes, a fim de alinhar o discurso, segundo o professor Nelson Carvalho, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo, que também faz parte do IIRC. Enquanto o relatório financeiro é feito pela controladoria ou diretoria de finanças, o de sustentabilidade é feito pelo marketing, cujo mandato é vender a companhia. No relatório integrado, exemplifica, se o balanço financeiro mostrar um passivo ambiental ou trabalhista, a empresa vai ter de se explicar.

As companhias também poderão fazer conexões entre medidas gerenciais adotadas, por exemplo, para reduzir a emissão de poluentes e o reflexo disso no caixa. "Hoje, esse 'link' não é relatado", diz Carvalho. O professor conta ainda que a ideia é trabalhar não só com fatos, mas também com premissas - auditadas - e projeções para todas as atividades da empresa, incluindo as que afetam colaboradores, sociedade e ambiente. A nova contabilidade já incorpora uma visão prospectiva, porque traz o conceito do valor justo. Mas o desafio, diz o professor, é encontrar a ligação entre informações qualitativas e quantitativas.

"O valor contábil de uma empresa como a Natura nunca será igual ao valor econômico", afirma King, do IIRC. Segundo ele, não dá para colocar na conta ou avaliar ativos intangíveis, como boa reputação e governança, empregados orgulhosos e motivados. Mas King ressalta que a Natura tem consumidores satisfeitos e uma imagem de empresa que explora os recursos naturais de forma sustentável, o que tem impulsionado seu crescimento econômico.

Toda essa cultura da Natura, acrescenta Pedote, traduz-se numa marca valiosa. Mas colocar isso numa conta é perigoso, explica o executivo, uma vez que abre espaço para um "trade off" [negociação] de princípios. Do ponto de vista do investidor, diz, quando mais de uma empresa estiver adotando o relatório integrado, será possível compará-las para tomar uma decisão.

Pedote reconhece que a boa reputação da companhia não se reflete necessariamente no desempenho das ações da companhia. "Tem investidor que está conosco desde a abertura de capital, porque acredita no valor da empresa", diz. Para King, do IIRC, quem tem esse olhar não é operador, mas o investidor que aposta no negócio, na companhia e quer saber se ela vai sobreviver.

O relatório piloto da Natura, assim como o das outras empresas, servirá de base para um modelo padrão, juntamente com as sugestões que estão sendo colhidas em audiência internacional liderada pelo IIRC até o dia 14 de dezembro. A ideia, conta o professor Carvalho, é chegar no formato final até o fim de 2012 para então levar a proposta ao G-20, a fim de legitimá-la. "Mas isso é apenas o começo de uma jornada que pode levar 20 anos para se transformar em normas", diz.


Fonte: Alessandra Bellotto De São Paulo
Valor Econômico 14/11/11

Leia o post: Divulgação de informações não financeiras

19 novembro 2011

Rir é o melhor remédio

Diante dos prédios do Citi, Bank of America, Goldman Sachs e AIG, trocadilho com "Too Big to Fail" (Muito grande para falir) e "Too Big to Jail" (muito grande para prisão)

Home Equity



A notícia de que sua filha Camila havia sido aprovada para o doutorado em química na Universidade da Califórnia em Berkeley, nos EUA, chegou como uma grande alegria e uma preocupação para a enfermeira Monica Cases da Silveira, 47.

Embora a estudante fosse contar com uma bolsa de estudo, muitos gastos referentes à viagem e à estadia no exterior deveriam ser cobertos pela família, que, entretanto, não dispunha do dinheiro.

Depois de pesquisarem as alternativas de crédito disponíveis, Monica e o marido, Cid, optaram por usar o apartamento em que vivem, em São Paulo, como caução para emprestar R$ 50 mil.

“Nós ficamos apreensivos, porque se trata do nosso único bem. Mas vimos que os juros eram muito menores do que os cobrados nas demais opções. Pareceu-nos a melhor solução”, afirma a mãe, que em julho embarcou a filha para a temporada de estudos nos EUA.

Pouco conhecida no país, essa modalidade de empréstimo que aceita casas, terrenos e até salas comerciais em garantia está crescendo notavelmente como uma fonte mais barata de recursos para a realização de projetos pessoais e a abertura e a ampliação de pequenos negócios.

Enquanto os grandes bancos cobram juros mensais a partir de 2,5% no crédito pessoal, as taxas do empréstimo com garantia de imóvel vão de 1,4% a 1,6% (veja quadro).

Os clientes também recorrem a esse tipo de operação para dar entrada em imóvel na planta e, assim, esperar que fique pronto enquanto continua morando no antigo.

E todos aproveitam para incluir na quantia solicitada valores de outras dívidas caras, como a do cartão de crédito e a do cheque especial.

PRÓS E CONTRAS

“Esse produto não foi lançado exatamente como um substituto do crédito pessoal tradicional, e sim para permitir que o brasileiro usufrua do seu patrimônio sem precisar se desfazer dele”, explica Elyseu Mardegan Junior, diretor da BM Sua Casa, financeira especializada na ferramenta.

A carteira da empresa deve fechar 2011 em R$ 1,5 bilhão, um aumento de cinco vezes ante os R$ 300 milhões de dois anos atrás.

Contudo esse empréstimo não é adequado para todas as situações, levando-se em conta que a transação é de longo prazo -no mínimo cinco anos- e compromete uma propriedade importante.

“Não se recomenda quando se tem o objetivo de resolver uma emergência ou de custear despesas cotidianas”, alerta Humberto Teófilo, superintendente da Caixa Econômica Federal, que viu esse crédito se multiplicar por 20, passando de R$ 70 milhões para R$ 1,7 bilhão, entre o final de 2009 e este ano.

O interessado também precisa realizar um planejamento cuidadoso para se certificar de que terá condições folgadas de honrar as parcelas.

Em caso de falta de pagamento, não havendo acordo para um refinanciamento, o imóvel penhorado vai a leilão. Descontado o débito com o banco, a diferença fica com o inadimplente.

A fácil execução da pendência, por causa da mudança do gênero do contrato de hipoteca para alienação fiduciária -que dá a posse do bem para a instituição financeira até a quitação-, ajuda a explicar em parte o atual crescimento da modalidade.

Fonte: Denyse Godoy, Folha de S.Paulo



Só porque você dança bem

Você é competente naquilo que faz, mas por alguma razão outras pessoas são escolhidas em seu lugar? Você conhece seu produto melhor do que qualquer outro, mas vendedores aparentemente inexperientes vendem muito mais? Sua empresa, ou departamento, está implantando novas estratégias e táticas administrativas, mas uma concorrente, aparentemente menos organizada e frágil, está tomando o mercado e sendo muito mais bem sucedida?

Talvez seu problema seja o de estar confundindo ficção com realidade. Na ficção que nos contaram, o importante eram as coisas, estratégias, sistemas, produtos, planilhas, crenças. Na realidade, o importante são as pessoas. Não existe nada sem pessoas.

Não existem vendas – portanto, não existe economia de mercado – não existem casamentos, não existem famílias e, para ser franco, não existe sequer civilização.
Tudo o que você faz, começa e termina em pessoas. Se você tivesse que passar o resto da sua vida com todas as riquezas do universo... sozinho em uma ilha deserta, de que valeria qualquer sucesso?

Você – e eu – precisamos compartilhar o tempo, a vida e as experiências com outras pessoas.

Empresas que se esquecem deste fator, se concentrando somente no balanço do trimestre, acabam soterradas por guerrilheiros dos negócios ou sabotadas por inúmeros funcionários descontentes que, na melhor das hipóteses, entram em "operação padrão".

Você pode ser genial, mas as pessoas gostam de trabalhar com você? (Eu não perguntei se elas gostam de passear com você. Isso é fácil. Perguntei se elas gostam de trabalhar com você). Seus chefes, subordinados e colegas confiam em você como profissional e gostam de trabalhar com você? Se apenas uma dessas perguntas tiver como resposta "não", você ficará abaixo de onde pode chegar. Se não gostam de estar com você, se notam que você as vê somente como um instrumento (para gerar vendas, por exemplo), o primeiro vendedor "amigo" que aparecer vai tomar seu cliente. Para sempre. Seus funcionários veem você como um líder, ou como um analista, que corta pessoal sem se preocupar com a "moral" das tropas. Alguém em quem não podem confiar?

Agora, deixe-me esclarecer um ponto. Isso não significa que você deva ser "amigo" de todos, ou um bajulador. Seja você mesmo. Sempre. Dá menos trabalho!

Faça o que tem que ser feito. Mas, se você não é parte da solução na empresa, na família, no romance, no clube ou na sociedade, então você é parte do problema.
E se este é seu caso, cuidado: problemas não são convidados para subir na empresa. Problemas não são bem vindos ao casamento. Problemas não são eleitos. Problemas são e-v-i-t-a-d-o-s, mesmo que inconscientemente. '

Seja a solução, concentrando-se nas pessoas. O que elas realmente buscam? Do que precisam? O que querem?

Você deve buscar a competência técnica, claro. Mas não precisa ser perfeito como um robô, porque somente pessoas avançam. Robôs a gente constrói, ou desliga. E o único modo de pessoas avançarem com lastro duradouro é quando são apoiadas por outras pessoas. Você é apoiado por outras pessoas?

Em outras palavras, depois da sua competência técnica, seus relacionamentos são a fonte mais importante para o seu futuro, em todos os níveis.

Seja na carreira, na família ou na sociedade. Por isso, lembre-se do que disse Michael Leboeuf: só porque você dança bem, não significa que vai ser convidado para o baile. E o baile da vida é bem curto. Curto demais. Não espere a última música para entender isso. Tudo começa, e termina, nas pessoas.


Por Aldo Novak

18 novembro 2011

Rir é o melhor remédio

Evolução das Ferramentas

Teste 532


Considere a seguinte notícia sobre o Enem:

O modelo híbrido do Enem alavanca o número de interessados em realizar a prova - neste ano, chegou-se a um número recorde de 5,3 milhões -, mas resulta em um preço alto para a organização e aplicação. A abstenção em 2011 foi menor que a do ano passado, entretanto ainda representa mais de um quarto dos inscritos. Segundo o Ministério da Educação (MEC), 26,4% dos candidatos faltaram - como comparação, esse índice fica em torno de 6 % a 8% em um vestibular como o da Fuvest.


O custo com os faltosos este ano foi de R$ 63,7 milhões - quando calculado um valor de R$ 45 por aluno inscrito. O governo cobra R$ 35 para o aluno fazer a prova, mas 71% são isentos. O contrato de aplicação do Enem teve aumento de 190% em um ano: saltou de R$ 128,5 milhões, em 2010, para R$ 372,5 milhões.

Fonte: Estado de São Paulo

Com base nas informações:
a) Qual o valor da receita obtida pelo governo com o Enem?
b) Como foi obtido o custo dos faltosos?
c) Sabe-se que o contrato de aplicação é de 372,5 milhões. Qual o valor do contrato por aluno?
d) Como o governo cobra R$35 por aluno inscrito, isto significa que o subsídio corresponde ao contrato por aluno menos este valor?


Resposta do Anterior: a) $500 x 10 mil – 4,5 = 500 mil, margem de 10%; b) 1400x 10 mil – 4,5 = 9,5 (margem de 68%); c) 500 x 9 mil – 4,5 = 0; d) 600 x Q – 4,5 = 0 ou Q = 7500


Contas pagas: o que você deve guardar e o que pode jogar fora

Já aconteceu de você receber correspondência de um fornecedor cobrando uma despesa que você sabe que já pagou? Pois é, pagou mas não tem como provar, porque não guardou ou não sabe onde guardou o comprovante?

Para comprovar o pagamento você precisa achar o boleto, a fatura, o extrato bancário, seja qual for a forma de pagamento utilizada. São muitos os comprovantes e os recibos de contas pagas que vão se acumulando, desorganizadamente, em gavetas, envelopes, pastas, bolsas, em casa ou no escritório. Será que estamos guardando os documentos certos? Por quanto tempo temos que guardá-los?

Não há regra única nesse assunto. Alguns documentos devem ser mantidos por prazo bem longo; outros, não. Segundo o Código Civil, cada obrigação contratual tem prazo específico para o credor exigir seu cumprimento. Passado esse período, a dívida prescreve, ou seja, não poderá mais ser cobrada, mesmo que não tenha sido paga.

IMPOSTOS

Carnês de IPTU, declarações do IR e outros documentos devem ser guardados por cinco anos, contados do primeiro dia útil do ano seguinte ao do pagamento.

Significa, na prática, que o prazo pode chegar a seis anos. Esse é o prazo para a União, os Estados, o Distrito Federal e os municípios cobrarem os contribuintes.

Aluguel e condomínio

Guarde os recibos de pagamento de aluguel por três anos e os de condomínio por cinco anos. Vale a pena solicitar à administradora do condomínio, em intervalos de tempo, uma declaração de que você não possui débito.

CRÉDITO IMOBILIÁRIO

Para os imóveis, conserve os recibos de pagamento das parcelas até que seja feito o registro da escritura no Cartório de Registro de Imóveis. Depois disso, o comprador adquire a propriedade plena sobre o imóvel.

Os recibos de consórcio devem ser mantidos até que a administradora oficialize a quitação do pagamento do bem e este seja liberado.

Consórcios

Para os consórcios, deve-se manter os comprovantes até que seja dada a quitação. A liberação da alienação fiduciária é a prova de que o pagamento foi feito.

PLANO DE SAÚDE

Guarde por cinco anos os recibos de assistência médica. Quem tem contrato de seguro-saúde deve guardar os documentos por um ano.

CARTÃO DE CRÉDITO

Mantenha os comprovantes dos pagamentos do cartão de crédito por cinco anos. Para discussão dos juros aplicados, o prazo é de três anos.

GARANTIAS

Se adquirir um bem durável (eletrodomésticos, eletroeletrônicos ou veículos automotores), guarde a nota fiscal durante toda a vida útil do produto.

Assim, poderá garantir-se contra o chamado “vício oculto”, um defeito que pode aparecer após a garantia do fabricante e que não surge pelo desgaste natural do bem.

Em relação a produtos e serviços não duráveis (alimentos, por exemplo), preserve o documento pelo menos durante o prazo da garantia legal de 30 dias.

INSS

Para efeito de Previdência Social, profissionais autônomos devem guardar o carnê do INSS até o pedido do benefício da aposentadoria. Pelo mesmo motivo, trabalhadores devem guardar os contracheques.

QUITAÇÃO

De acordo com a lei nº 12.007/2009, as empresas prestadoras de serviços públicos ou privados são obrigadas a emitir e a encaminhar ao consumidor declaração de quitação anual de débitos.

Portanto, sempre que você receber uma declaração de determinado fornecedor afirmando a quitação de seus compromissos em determinado exercício, guarde apenas essa declaração e jogue fora todos os boletos e documentos relativos aos 12 pagamentos feitos durante o exercício considerado quitado.

ORGANIZE

Não basta guardar. Organize a papelada para que você saiba onde está e como pode achar determinado comprovante. Adote um método com o qual você se sinta confortável e no controle da situação. Separe por tipo de conta, ou por ordem de vencimento (meses) e por ano.

Aproveite a tecnologia dos tempos modernos e transforme os documentos em arquivos digitais que podem ser arquivados em uma pasta no seu computador.

Lembre-se de manter um arquivo “backup desse” e de outros arquivos digitais.

Conheça o Código de Defesa do Consumidor e consulte o site do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor).

Fonte: Marcia Dessen, Folha de S.Paulo

FAF

Em postagem anterior no dia de ontem mostramos que a FAF é a entidade maior no que diz respeito ao estabelecimento de normas contábeis nos Estados Unidos. Estão subordinadas à FAF tanto o Fasb quanto o Gasb, por exemplo.

Segundo o CFO, o presidente da FAF, John Brennan, escreveu uma correspondência à SEC sobre a eventual redução do papel do FASB nas normas contábeis dos Estados Unidos. Isto poderia "enfraquecer" a influência positiva das normas contábeis dos Estados Unidos na melhoria dos padrões contábeis dos investidores. Em lugar de um conjunto de normas internacionais, a FAF considera mais adequada alcançar normas comparáveis.

Bancos Brasileiros e Europa

O bancos brasileiros tem 16 bilhões em ativos vinculados a zona do Euro. Boa parte refere-se a relação do Santander com sua matriz.

Só com Portugal, Espanha e Itália, os bancos brasileiros tinham "a receber", respectivamente, US$ 1,542 bilhão, US$ 1,690 bilhão e US$ 525 milhões em junho deste ano, último dado do BIS. (...)


Com a Grécia, que terá calote de 50% de sua dívida, os bancos brasileiros têm só US$ 7 milhões. Somando todos os Piigs, os bancos do Brasil têm US$ 3,772 bilhões "a receber".

(Fonte: Folha de São Paulo) Isto representa 0,14% dos ativos dos bancos.

BRICs e Exportação

A figura mostra a participação das exportações na economia de cinco países: Brasil, China, Índia, Rússia e Coréia do Sul. Além disto, também mostra a participação dos produtos agrícolas (azul), mineração (cinza claro) e manufaturados (cinza escuro). A Coréia é o país que mais depende das exportações, seguida pela China e Rússia. Além disto, tanto a China quanto a Coréia estão exportando manufaturados. O Brasil depende pouco do comércio exterior e aparentemente sua exportação é diversificada.

17 novembro 2011

Rir é o melhor remédio



Tudo se copia. Cartazes de Filme

Links


Contabilidade


Problema de evidenciação na MF Global

Deloitte e MF Global

História das fraudes de auditoria

Os problemas contábeis do Groupon

Energisa irá recorrer da republicação do balanço

Modelos

As modelos com maiores receitas

O índice Gisele (foto), com ações de empresas que patrocinam Bunchen, cresceu mais que Dow Jones

Ciência

Nada de errado em gostar de trabalhar

Pessoas idosas compensam declinio cognitivo e tomam melhores decisões

O pensadores mais influentes

Futebol


Vídeo: um ator chamado Altintop

Coreia do Norte é campeã não oficial de futebol

Marca Neymar

Contabilidade e Economia

Será que a decisão contábil pode afetar os rumos da economia? O vínculo entre a contabilidade e economia sempre existiu. Mas recentemente uma discussão apresentada na University of Texas, de Austin, fez uma conciliação entre estes dois campos do conhecimento.

Michael Crawley estudou os efeitos do conservadorismo sobre as políticas macroeconômicas. Usando o modelo de Basu para mensurar o conservadorismo, muito conhecido dos pesquisadores contábeis, Crawley mensurou o lucro agregado das empresas dos Estados Unidos, no período de 1929 a 2007. Neste mesmo período, Crawley usou dados de contas nacionais para verificar a relação entre as variáveis. A ideia é a seguinte: o conservadorismo afeta os resultados mensurados das empresas. Estes resultados, por sua vez, fazem parte do cálculo das contas nacionais, que por sua vez são usadas pelos formuladores de políticas econômicas, em especial o Banco Central.

Crawley demonstrou que este vínculo ocorre e tem influencias relevantes. Segundo sua estimativa, entre 1963 a 2007, o lucro e o produto interno bruto seria em média 114 bilhões a mais por ano na ausência do conservadorismo.

Crawley chama a atenção que entre os usuários da informação contábil deveria ter um especial destaque os reguladores.

Fonte: Macroeconomic consequences of accounting: the effect of accouting conservatism on macroeconomic indicators and the Money supply.  Michael Crawley

Bancos chineses são sólidos, mas as vulnerabilidades trazem riscos



Os bancos chineses são sólidos, mas acumulam vulnerabilidades que podem criar riscos no futuro, alerta o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial (Bird) em documento conjunto que faz um amplo exame do sistema financeiro do país. Os principais riscos são a rápida expansão do crédito, altos preços de imóveis, desintermediação financeira e deficiências no monitoramento do sistema financeiro.

O FMI e o Bird fizeram um teste de estresse incluindo os 17 principais bancos chineses. Eles atravessariam muito bem cenários desfavoráveis como alta da inadimplência, queda nos preços dos imóveis, oscilações na curva de juros ou movimentos na taxa de câmbio. Mas se vários desses eventos ocorrerem ao mesmo tempo, afirmam os organismos, “o sistema bancário será severamente afetado”.

O FMI e o Bird, porém, fazem uma grande ressalva às suas conclusões – elas podem não ser as mais exatas porque seus técnicos não tiveram acesso a todos os dados de que precisavam. Alguns dados são imprecisos, insuficientes ou simplesmente inexistentes. Em alguns casos, a equipe que fez o relatório não teve acesso a informações que as autoridades chinesas consideram confidenciais.

O relatório expõe os desafios de fazer uma análise confiável da solidez do sistema bancário da China, que vem ganhando importância nas últimas décadas e, para muitos analistas econômicos, representa uma fonte relevante de risco à contínua expansão da segunda maior economia do mundo.

O documento, divulgado nesta madrugada, faz parte de uma iniciativa mais ampla do FMI e Bird para analisar a solidez dos bancos dos 25 países considerados sistemicamente importantes – ou seja, cuja quebra poderá repercutir na economia de outros países ou do mundo como um todo. O Brasil faz parte da lista, assim como o México, a Turquia e grande parte das economias desenvolvidas. “Acreditamos que os riscos são administráveis e podem ser gerenciados por reformas”, disse um dos principais autores do relatório, Jonathan Fiechter, do FMI. Ele ponderou que outros países, incluindo os Estados Unidos, deixaram de fornecer dados que consideram sigilosos para as equipes do FMI e do Bird.

As 17 instituições financeiras incluidas no teste de estresse representavam 83% dos bancos comerciais chineses e 66% do sistema bancário no fim de 2010, data que serve de base para os exercícios.

Se o índice de inadimplência, que estava em 1,1% das carteiras em 2010, subir 400%, nenhum dos bancos cairá abaixo dos requerimentos mínimos de capital, de 8%. Houve uma melhora considerável em relação a 2008, quando bancos que representam 25% dos ativos teriam capital abaixo dos níveis exigidos.

De lá para cá, o que melhorou foi basicamente a queda da inadimplência, que passou de 7,5% para 1,1% das carteiras. Esse é o resultado da limpeza no balanço de alguns bancos e também da rápida expansão do crédito. “O rápido crescimento do crédito, porém, poderá resultar numa deterioração na qualidade dos ativos nos próximos anos”, pondera o relatório.

Outra parte do teste de estresse investigou o impacto de uma possivel crise no mercado imobiliário. Foram construídos dois cenários, um deles supondo uma queda de 30% nos preços dos imóveis. O impacto seria relativamente modesto – queda menor que 1 ponto percentual no índice de requerimento de capital.

Segundo o FMI e o Bird, o aperto monetário recente feito na China conseguiu conter a expansão do crédito imobiliário e o avanço dos preços dos imóveis. Os empréstimos imobiliários respondem por apenas 20% dos ativos dos bancos, diz o relatório, índice relativamente pequeno quando comparado com percentuais nos Estados Unidos e Hong Kong, por exemplo.

Mas nesse número não estão considerados empréstimos que usam imóveis como colateral. Nos cinco maiores bancos chineses, eles correspondem por 30% a 45% das carteiras. “Uma grande correção nos preços dos imóveis poderá reduzir o valor dos colaterais e, dessa forma, a recuperação de valores no caso de imadimplência”, afima o relatório.

Os bancos chineses estão vulneráveis, porém, a choques macroeconômicos que afetem diferentes váriaveis ao mesmo tempo, como inadimplência, preços de imóveis, juros e câmbio. Se o crescimento cair a 4% ao ano, mostra o teste de estresse, cerca de 25% dos bancos cairiam abaixo dos níveis mínimos de capital. Para o FMI e o Bird, isso corrobora estimativa anterior feita pelo próprio organismo de que uma queda de um ponto percentual no crescimento da China leva a um aumento de pelo menos 1% na taxa de inadimplência.

Outro risco relevante, aponta o FMI e o Bird, é a crescente desintermediação financeira. A China implementa sua política monetária por meio de limites quantitativos para o crédito. Para driblar os limites, bancos criam veículos financeiros fora de seus balanços para conceder empréstimos.

O relatório aponta também fragilidades na regulação e supervisão. A China não tem, por exemplo, uma autoridade independente com mandato para monitorar o surgimento de riscos sistêmicos. Também falta um sistema de resolução de crises bancárias. A coleta de dados é outra área que precisa melhorar, segundo o FMI e o Bird, incluindo informações sobre o nível de alavancagem, descasamento de prazos entre captações e empréstimos, operações de crédito de grandes volumes e posições financeiras mantidas fora do balanço.

O relatório faz uma série de recomendações às autoridades chinesas, entre elas o uso de taxas de juros como principal instrumento de política monetária. Não há, porém, nenhuma obrigração para a China em implementá-las.

Fonte: Alex Ribeiro Valor Economico

Reconhecimento da Receita

Sobre o reconhecimento da receita (vide também postagem de ontem deste blog), o Valor Econômico também publicou um texto sobre o assunto:

O princípio básico da norma é que a receita deve ser reconhecida quando um bem ou serviço é transferido para o comprador, com a possibilidade de isso ocorrer em um único momento ou ao longo do tempo.

"Não tenho dúvida de que a nova redação resolve a questão das incorporadoras, de que há transferência continuada nos contratos usados no Brasil. A leitura da norma não permite outra interpretação" disse Alexsandro Broedel, diretor da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Ele já entendia que a regra atual provocava o mesmo entendimento, mas admitia que "o texto era ruim", o que permitia interpretações distintas.

Com o aval da CVM e do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), as incorporadoras brasileiras vêm fazendo a contabilização conforme o andamento das obras e dizendo que isso está de acordo com o IFRS, adotado de forma obrigatória no Brasil em 2010.


Mas os auditores dessas empresas pensam de outra forma e, para não ser obrigados a dizer simplesmente que os balanços estão incorretos, vinham afirmando que as informações estavam de acordo com o "IFRS brasileiro". Eles mencionam ainda, em um parágrafo de ênfase, que o Comitê de Interpretações do IFRS (Ifric) está analisando a questão e que, a depender da solução encontrada, as companhias podem ter que rever o método de reconhecimento de receita.

Para as principais firmas de auditoria brasileiras, dentro do padrão internacional de contabilidade conforme ele existe hoje, a receita de venda de um imóvel só seria registrada no momento da entrega das chaves. (...)

A nova norma divide os ativos em dois tipos, um mais parecido com um produto de prateleira e outro com uma encomenda específica, ou seja, que o vendedor não pode vender facilmente para outro cliente, sem ter outros custos.


No primeiro caso entra, por exemplo, um veículo. O comprador escolhe a marca, o modelo e os acessórios, mas a loja não tem a obrigação de entregar um carro com determinado chassi. Se o comprador desiste do negócio, ele pode facilmente ser vendido a outro cliente.


No caso de imóveis no Brasil, o mais comum é que o comprador escolha um apartamento específico, de um determinado bloco e andar. Por exemplo, a unidade 112 do bloco B. A incorporadora não pode entregar um apartamento de outro andar ou bloco ao cliente, mesmo que do mesmo tamanho e com as mesmas características.


Nessa segunda categoria, a proposta de norma diz que é preciso se cumprir apenas uma de três condições para que o reconhecimento da receita seja feito ao longo do tempo: que haja transferência dos benefícios ao comprador ao longo do tempo; que no caso de outra empresa ter que concluir o contrato a partir de determinado ponto ela não tenha que refazer o trabalho da primeira desde o início; que a empresa tenha direito de receber pelo serviço prestado até determinado momento.

Segundo Broedel, há consenso de que as duas primeiras condições existem no Brasil, ainda que bastasse que uma delas fosse atingida. Ao falar do benefício transferido, ele destaca que o comprador de um imóvel no Brasil pode vendê-lo durante a fase da construção e ficar com o lucro, caso ele exista.

FAF & Condorsement

O Financial Accounting Foundation (FAF) é a entidade responsável por estabelecer e melhorar os padrões de contabilidade nos Estados Unidos. Para as empresas de capital aberto, o FAF utiliza o Fasb. Isto significa dizer que o FAF estaria, numa escala hierárquica, acima do Fasb.

Agora o FAF encaminhou uma correspondência para SEC com algumas recomendações sobre o processo de adoção das normas internacionais pelos Estados Unidos, denominada de condorsement (aqui também). O FAF defende que os membros do Fasb possam acompanhar as deliberações do Iasb e participar do processo de implantação de todos os itens da agenda do Iasb.

“A new major international standard should be incorporated into U.S. GAAP if that standard improves the quality of financial reporting already in place in the U.S.,” the letter states. “Other international standards would be incorporated that maintain the quality of financial reporting in the U.S. but also advance global comparability of financial reporting.”

Empresa de Capital Fechado

Comentamos anteriormente no blog que os Estados Unidos estavam estudando a criação de uma entidade responsável pelas normas de contabilidade para empresas de capital fechado. A proposta envolve a participação do Fasb, que teria o comando da nova entidade.

Agora o AICPA resolveu lutar contra o domínio do Fasb, criando uma ferramenta online para que os CPAs encaminhe uma carta protestando contra a falta de dependência da nova entidade.

Estadio Nacional

Nesta semana a seleção da Costa Rica jogou contra a Espanha no novo Estadio Nacional. Este Estadio, com capacidade para 36 mil pessoas, possui dois telões, um museu, pista de atletismo e outras comodidades.

O custo do estádio foi de 105 milhões de dólares, com uma projeção inicial de custo de 88 milhões.

O estádio foi pago pelos chineses. Para isto, a construção foi realizada por trabalhadores e matéria-prima da China, sendo considerado um “presente” para o povo da Costa Rica. Na construção, as leis trabalhistas da Costa Rica não foram observadas pela empresa que construiu o estádio.

Como se diz em finanças, “não existe almoço grátis”. Em troca a Costa Rica cortou relações diplomáticas com Taiwan e assinou um acordo de livre comércio com a China, duas semanas após a inauguração.

16 novembro 2011

Rir é o melhor remédio



Crise na Itália. Fonte: Aqui

Universidades ignoram governança exigida

Menos de 3% das universidades brasileiras oferecem disciplina relacionada à Governança Corporativa nos cursos de contabilidade, segundo estudo realizado pelo pesquisador Angelo Davis, da FEA-RP/USP, em Ribeirão Preto. O levantamento aponta que, das 1.182 instituições brasileiras que podem ministrar o curso de contabilidade, só 33 têm a disciplina. A realidade nas universidades contrasta com a dinâmica do mercado acionário brasileiro, que, através da BM&FBovespa procura sofisticar cada vez mais os instrumentos de governança das empresas a partir de rigoroso regulamento.

O professor de Governança Corporativa da Trevisan Escola de Negócios, Roberto Gonzalez, lembra que a disciplina é sugerida pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), mas não é objeto do exame de suficiência para os contadores que se formam. "Infelizmente o exame não cobra essa disciplina", diz, lamentando o fato de as universidades estarem formando profissionais que podem se tornar contadores, controladores ou auditores que não vão carregar esses conceitos na bagagem. Gonzalez entende que exigir questões sobre a matéria no exame oficial já seria um bom incentivo para aumentar a abrangência do tema nos cursos de contabilidade.

Davis, autor do estudo, lembra que a existência de uma disciplina específica de Governança Corporativa, além de ser uma solicitação do CFC e da Federação Internacional dos Contadores, também é sugerida pela UNCTAD (Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento).

O conteúdo programático dos cursos de contabilidade conta com um
a grade curricular que contempla atividades relacionas à governança como controle de fraudes, desempenhos operacionais e controladoria. No entanto, cada instituição decide como distribuir o conteúdo na própria grade e como aplicá-lo aos alunos, explica Antonio Miguel Fernandes, vice presidente de registro do CFC. "Não existe uma obrigação porque na verdade o assunto não está relacionado apenas ao curso de ciências da contabilidade. Economistas, administradores, entre outros profissionais também precisam conhecer as normas de governança", diz.

Desde junho de 2010, quando foi sancionada a Lei nº 2249, o CFC tem autonomia para avaliar e renovar autorização junto ao MEC das faculdades de contabilidade. Segundo Fernandes, a exigência com relação a grade curricular acontecerá de uma maneira evolutiva. "A partir do momento que houver uma revisão das grades, as universidades terão que se adequar", afirma.
O estudo também investigou o perfil de professores que ministram disciplinas onde a Governança Corporativa poderia estar inserida e aponta uma deficiência de profissionais capacitados para transmitir aos alunos a prática da matéria. Para Gonzalez, isso poderia ser corrigido com a contratação de professores que trabalham ou trabalharam no mercado.


Ao que parece os profissionais da contabilidade ainda não despertaram para a importância do tema, segundo João Verner Juenemann, coordenador da Comissão de Finanças, Contabilidade e Mercado de Capitais do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC). "A área de contabilidade ainda não acordou para o tema porque não imagina que seja uma atividade também do contador", diz Juenemann, destacando a importância do conselho fiscal, por exemplo, dentro de uma companhia que pretende manter um adequado nível de governança.

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