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15 setembro 2011

Manutenção de Capital


O termo manutenção de capital está associado ao estudo do Patrimônio Líquido. Conforme Ahmed Riahi-Belkaoui, em Accounting Theory, existem quatro tipos de manutenção de capital:

a) O capital monetário, ou seja, a manutenção do capital em termos de unidades da moeda corrente do país
b) O poder de compra da moeda, que corresponde ao capital monetário ajustado para o mesmo poder de compra.
c) A manutenção da capacidade produtiva, que corresponde ao capital físico
d) A manutenção da capacidade física em termo do mesmo poder da moeda.

Esta questão faz parte da Estrutura Conceitual, quando o Iasb (e depois o CPC) apresentou os conceitos de manutenção do capital monetário e do capital físico.

Entretanto, fora este aspecto, o assunto não tem despertado a atenção dos pesquisadores. No Brasil existe uma tese de doutorado, do prof. Natan Szuster, sobre o assunto. E alguns outros poucos trabalhos.

Mas quando encaminhamos para a área financeira encontramos algo interessante: um grande número de pesquisa sobre o apreçamento de ativos. Ou seja, a teoria de finanças tem destacado não a questão sob a ótica do patrimônio líquido, mas sob o foco do ativo. A pesquisa em Asset Pricing é algo “quente” em finanças; mas não existe nada (ou pouca coisa) com o foco no patrimônio líquido. Isto de certa forma é coerente, já que a determinação do apreçamento do ativo conduz, naturalmente, ao valor do patrimônio líquido. Ou seja, a lógica está correta, já que o próprio patrimônio líquido é definido em termos residuais.

Foto: aqui

Economia de Escala em Conformidade


Este termo diz respeito a existência de um grande número de regulamentações que fazem com que reduza o estímulo a entrada de competidores no mercado.

Considere o setor de automóveis. Para que um produto seja aprovado pelas agências de regulação dos governos (municipais, estaduais e federais) é necessário que os fabricantes submetam a uma série de testes. Estes testes incluem aqueles relacionados com segurança e poluição. Um destes testes é verificar o efeito de uma batida sobre os passageiros. Ou seja, requer a destruição do automóvel. Assim, para ser vendida no país a empresa precisa destruir parte de sua frota. Isto tem um custo.

Quando o número de regulamentos aumenta, isto afasta potenciais competidores, que não tem condições financeiras de submeterem a estes testes.

A economia de escala em conformidade pode ser uma causa potencial para inexistência de modelos econômicos de automóveis, conforme explicado aqui; Pode ser também a causa para a perda de hábitos antigos, como comer galinha caipira (a galinha deve ser inspecionada e aprovada pelo governo; como o pequeno produto não possui condições de submeter a burocracia, a galinha caipira desaparece do mercado).

Foto: aqui

O Brasil na Encruzilhada

Albert Fishlow talvez seja o acadêmico americano que mais bem conhece a economia do Brasil. Viveu no país e, nos anos em que deu aulas em Berkeley e Columbia, orientou uma série de economistas que viriam a se tornar autoridades econômicas em toda a América Latina. Ontem, em Nova York, este brasilianista lançou o livro “Startin Over – Brazil Since 1985” e fez uma série de declarações céticas sobre o futuro da economia brasileira.

“Enquanto o Brasil vende commodities para a China, os chineses vendem produtos industrializados para os brasileiros e acaba com a indústria local”, disse ontem no Council of the Americas para uma platéia que incluía a embaixadora Maria Luiza Viotti e os principais investidores especializados em Brasil em Nova York. “Falam do superávit primário, mas se esquecem do déficit total”, acrescentou.

Fishlow advertiu ainda que a “China crescerá apenas 7% no ano que vem e esta taxa dois pontos percentuais a menos será grave para o Brasil”. O endividamento dos brasileiros das classes C, D e E e a baixa taxa de investimento também preocupa. “Na China, a taxa de investimento é de 45%; Na Índia, 38%; no Chile, 24%; na Coréia do Sul, 30%. Já no Brasil, apenas 18%”, repetiu o professar para um problema que ele sempre mencionava quando me dava aulas na Universidade Columbia cinco anos atrás.

“São urgentes reformas educacionais, na saúde e política. Como podem ter 20 partidos”, alertou. Segundo o economista, “Dilma quer criar uma tecnocracia de Estado, mas isso não funciona em democracias”.
Intrigado, perguntei ao professor americano sobre como a Copa do Mundo e as Olimpíadas afetariam a economia brasileira. “Não sei se a Olimpíada será boa para o Brasil, mas a Grécia organizou uma em 2004″, respondeu. Com esta frase como resposta espetacular, tive que deixar de lado hoje os assuntos de EUA e Oriente Médio para falar de Brasil.


Pobreza nos EUA

Sei que muitos dirão – “O que este economista americano está falando, já que no país dele tem 46 milhões de pessoas vivendo na pobreza”. Bom, segundo os critérios do governo dos EUA , tem sim. Mas lembro que pobre nos EUA é quem tem uma renda familiar abaixo de US$ 22 mil por ano. Isso equivale a cerca de R$ 3 mil mensais no Brasil. Quantos brasileiros estariam na miséria se os critérios aplicados por Washington fossem usados por Brasília?[1]

Fonte: Gustavo Chacra

[1] Leia o post :Você acha que faz parte da classe média?

Por que às vezes o tempo voa quando não estamos nos divertindo?

Quem é que nunca vivenciou na pele o dito popular que afirma que o tempo voa quando estamos nos divertindo? Um dia na praia parece passar bem mais rápido do que um de trabalho, por exemplo. Em uma festa animada, a madrugada pode chegar mais cedo do que esperamos.

Mas, em outras ocasiões, não estamos nos divertindo, ainda sim o tempo parece voar. Não há nenhuma frase clichê para explicar o motivo pelo qual uma manhã em que você esteja extremamente atarefado no trabalho passa num piscar de olhos – mesmo que no período da tarde o tempo resolva se arrastar a passos de caracol.

Como dá para perceber, o tempo não voa necessariamente porque estamos em um momento divertido ou prazeroso. De acordo com Simon Grondin, psicólogo que realiza pesquisas sobre a percepção do tempo na Universidade Laval, no Canadá, uma frase mais precisa poderia ser: “o tempo voa quando você não está prestando atenção nele”.

Estudos têm mostrado repetidamente que quando você presta mais atenção à duração de um evento, ele parece demorar mais para acabar. E quando você ignora o tique-taque do relógio, o tempo corre mais rápido.

Distrações prazerosas realmente fazem o tempo voar, mas quando estamos focados em uma tarefa, o tempo passa mais rápido também – mesmo que seja uma tarefa cansativa e nem um pouco alegre. Para exemplificar: no trabalho, você pode estar mais concentrado de manhã do que durante a tarde, fazendo com que você tenha a impressão de que o tempo passou mais depressa no início do dia.

De acordo com cientistas, nosso cérebro é limitado a escolher apenas algumas atividades para nos focarmos. Ou o foco é no relógio, ou é em outra coisa que chame mais atenção – e que pode fazer um dia bom ou ruim voar.


Fonte: Aqui

Fraude no UBS


O banco suíço UBS informou nesta quinta-feira que descobriu perda de quase US$ 2 bilhões (1,456 bilhão de euros) em operações não autorizadas de seu banco de investimento.


Em comunicado divulgado minutos antes da abertura da Bolsa de Valores de Zurique, o banco informou que a suposta fraude ainda está sendo investigada, mas que até agora pôde constatar o volume da perda originada por esta atividade.


O UBS acrescentou que é possível que esta circunstância leve a uma importante variação nos resultados do terceiro trimestre de 2011 e antecipou a possibilidade de contabilizar perdas.


Em sua breve nota, a entidade assegurou que as operações não autorizadas não afetaram seus clientes.


A informação teve um efeito imediato nas ações do UBS, que perderam 8,5% nos primeiros minutos de atividade da Bolsa de Valores de Zurique.


Fonte: aqui

14 setembro 2011

Rir é o melhor remédio



Fonte: Aqui

Depreciação


(...) Em suma, muito embora os coeficientes de depreciação publicados pela Receita Federal tivessem aplicação restrita ao âmbito tributário, muitas companhias acabavam se valendo desse mesmo critério para fins de escrituração contábil. Com as novas regras contábeis, isso mudou, uma vez que a Lei nº 11.638, posteriormente alterada pela Lei nº 11.941, de 2009, modificou a redação do parágrafo 3º do artigo 183 da Lei das Sociedades por Ações, determinando expressamente a revisão e ajuste dos critérios utilizados para determinação da vida útil econômica estimada e para cálculo da depreciação. Dessa forma, a observância do critério de depreciação pautado na expectativa de vida útil econômica do bem passou a ser obrigatória para fins de elaboração das demonstrações financeiras.


Este critério foi posteriormente ratificado por meio do Pronunciamento Contábil nº 27, ratificado pela Deliberação CVM nº 583, de 2009. Devido à neutralidade fiscal pregada pelo RTT, muito se discutiu se as novas regras implicaram em mudança da regra contábil atinente ao registro da depreciação, de forma que eventuais ajustes dela decorrentes seriam neutros do ponto de vista tributário.


Após a publicação de soluções de consulta no sentido da neutralidade fiscal de tais ajustes, no dia 9 de agosto a Receita Federal publicou, de modo a definir tal questão, o Parecer Normativo nº 1 reconhecendo que as diferenças no cálculo da depreciação de bens do ativo imobilizado decorrentes das novas regras contábeis não terão efeitos para fins de apuração do lucro real e da base de cálculo da CSLL da pessoa jurídica sujeita ao RTT, devendo ser considerados, para fins tributários, os métodos e critérios contábeis vigentes em 31 de dezembro de 2007. De forma exemplificativa, uma companhia que possuía imóveis registrados em seu ativo não circulante e que, para fins contábeis, adote quota de depreciação correspondente a 30 anos de prazo de vida útil econômica, poderá, com respaldo da definição da própria Receita Federal, excluir para fins fiscais, quota adicional de depreciação, haja vista que o prazo de depreciação de imóveis definido pelo referido órgão é de 25 anos.


Dessa forma, é possível concluir que a alteração na forma de contabilização da depreciação dos bens registrados no ativo imobilizado da companhia, em decorrência do novo regime contábil, trata-se de uma mudança de critério contábil e, por essa razão, seus efeitos contábeis podem ser enquadrados como ajustes tributários decorrentes dos novos métodos e critérios contábeis, portanto, abrangidos pelo RTT e neutros para fins fiscais.

Antonio Carlos Guzman e Guilherme Novello - Valor Econômico - 14 set 2011. Foto, flickr

Manchester United abre o capital

O Manchester United planeja conseguir até dois terços do U$ 1 bilhão planejado na sua oferta pública inicial em Cingapura por meio da venda de ações preferenciais - sem direito a voto. Com isso, o clube de futebol manteria até 88% do capital votante nas mãos da família Glazer, sua proprietária americana. 


Os planos em elaboração para a abertura do capital do clube são de que a Premier League inglesa venda um terço do patrimônio do clube - que está avaliado em cerca de US $ 3 bilhões -, sendo 12% na forma de ações ordinárias, parcela mínima de ações com direito a voto em circulação no mercado exigida pela Bolsa de Cingapura.

 Fonte: aqui. Foto, aqui

Ajuste Ebitda


É sabido que boa parte das companhias abertas não tem muito apreço pelas medidas contábeis na hora de divulgar seus resultados financeiros. A fixação de analistas e investidores pela geração de caixa diminuiu a importância que os gestores dessas empresas dão ao bom e velho lucro líquido, na mesma medida em que o Ebitda (sigla em inglês para lucro antes do resultado financeiro, de impostos sobre o lucro, depreciação e amortização) virou o principal foco da administração.


Mas o Ebitda, que não é uma medida contábil e já desconta muitas linhas "negativas" do resultado, também não atende mais ao gosto de um grupo crescente de companhias. [1]


A medida preferida de resultado delas passou a ser, então, o Ebitda ajustado. Muitas nem dão "sobrenome" ao indicador, se limitando a colocar uma nota de rodapé para esclarecer que o Ebitda que aparece na tabela dos comunicados ao mercado tem suas peculiaridades.


Esses ajustes têm proporções que merecem a atenção dos investidores. Em um grupo de 15 companhias identificadas pelo Valor, o Ebitda ajustado foi 35% maior que o Ebitda "puro" apresentado pelas empresas no primeiro semestre deste ano. [2] Sem o ajuste, ou seja, considerando apenas o que as letras da sigla Ebitda significam, a soma dos resultados ficou em R$ 5,22 bilhões. Após os acertos feitos pelas companhias para divulgação ao mercado, o montante aumenta em R$ 1,84 bilhão, para R$ 7,06 bilhões.


Na análise do lucro, a diferença percentual foi ainda maior, de 70%. O resultado líquido publicado somado de um grupo de sete companhias selecionadas foi de R$ 806 milhões no primeiro semestre de 2011. O lucro ajustado divulgado ao mercado somou R$ 1,37 bilhão, com uma diferença positiva de R$ 570 milhões.


Os casos que mais chamaram a atenção no primeiro semestre foram os da Positivo Informática e o da Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário (CCDI).


A fabricante de computadores teve prejuízo de R$ 118 milhões de janeiro a junho deste ano. Na segunda página do seu comunicado sobre resultados, no entanto, o leitor verá um resultado líquido ajustado negativo de apenas R$ 24 milhões.


O principal motivo para a diferença, detalhado na página 20 do comunicado, está no fato de que, no segundo trimestre, a empresa reconheceu uma perda de R$ 94,7 milhões no valor de estoques que estavam com ela ou com terceiros, além de ter baixado do ativo peças usadas sem valor de recuperação. A empresa diz que o ajuste não teve efeito no caixa no momento da baixa. Isso é fato: o dinheiro foi gasto quando o estoque foi formado. Mas também é fato que a contabilidade segue o regime de competência, não o de caixa. [3]


O caso da CCDI é semelhante, embora com apresentação diferente. A empresa reviu seus orçamentos de obras e verificou que o custo de construção de alguns empreendimentos foi maior do que o originalmente previsto. O impacto negativo registrado no segundo trimestre foi de R$ 90,1 milhões.


A empresa divulga o resultado oficial registrado com destaque logo na primeira página do seu comunicado ao mercado e acrescenta um dado que chama de pro forma, que desconta esse ajuste e efeitos extraordinários do período.


Procurada na sexta-feira, a Positivo não deu uma resposta até o fechamento desta edição. A CCDI disse que as informações que poderia prestar já estavam no seu comunicado ao mercado.


Nesses dois casos, as diferenças mais relevantes têm ligação com eventos que realmente não se repetem com frequência.


Nos demais identificados pelo Valor, o que ocorre é um ajuste sistemático, que se repete em todas ou quase todas as divulgações de resultado trimestral.


Embora os analistas setoriais especializados já estejam habituados aos ajustes, para o investidor comum é importante conhecer alguns deles.


Empresas que realizam aquisições com frequência, como a companhia de bens de consumo Hypermarcas e a rede de ensino Anhanguera, estão entre aquelas que fazem ajustes repetidamente.


O diretor financeiro e de relações com investidores da Hypermarcas, Martim Prado Mattos, diz que desde a abertura de capital, em 2008, a companhia adotou a prática de retirar da conta do Ebitda as despesas e receitas extraordinárias ligadas às 19 aquisições que ocorreram no período.


Para ele, é exatamente para isso que serve o comunicado sobre resultados preparado pela área de relações com investidores. "É uma tradução, na visão da administração, de como foram os resultados. Senão bastaria divulgar o ITR."


O que é essencial, afirma o executivo, é que fique claro para os investidores os ajustes que foram feitos. "Aí cada um interpreta da forma que quiser. Tem gente que usa o ajustado e tem gente que não", explica o executivo.


Ele destaca ainda que o resultado ajustado é mais comparável com o de anos anteriores. Por exemplo, ele cita que a migração para o padrão contábil tirou do resultado as comissões pagas em ofertas de ações, mas incluiu despesas com advogados e bancos em operações de aquisição, que antes se refletiam apenas nas contas do balanço patrimonial.


Além dos resultados considerados não recorrentes, a Hypermarcas, assim como muitas empresas, exclui do Ebitda divulgado as despesas com plano de opção de ações para os executivos. "É um lançamento contábil. Do ponto de vista do caixa, não tem saída", afirma o executivo.


No caso da Anhanguera, o lucro ajustado desconta diversos lançamentos sem efeito caixa, como o ajuste ao valor presente do resultado financeiro, o Imposto de Renda diferido e a amortização de ágio da carteira de clientes de empresas adquiridas.


No cálculo do Ebitda, despesas e receitas consideradas não recorrentes também são excluídas.


Segundo Ricardo Scavazza, vice-presidente financeiro da Anhanguera, a divulgação de resultados ajustados é importante para favorecer a análise e para que o investidor entenda os efeitos de aspectos operacionais sobre o negócio. Ele ressalta que os ajustes são feitos tanto se forem positivos quanto negativos para o resultado final. "Nós chamamos atenção tanto para um ganho não recorrente para aquele período como, se for o caso, para despesas extraordinárias", diz.


O executivo afirma ainda que o investidor tem à sua disposição o resultado contábil e os ajustes. Assim, se alguém discordar da classificação de determinado item como não recorrente pela companhia, é possível não levar esse ponto em consideração.


Mas não são apenas essas empresas que divulgam números ajustados.


A BM&FBovespa, por exemplo, divulgou lucro líquido ajustado de R$ 793 milhões no primeiro semestre, 40% maior que medida contábil, que foi de R$ 564 milhões. A diferença se deve ao desconto de um passivo diferido de Imposto de Renda ligado à amortização do ágio gerado na fusão da Bovespa com a BM&F.


Questionada sobre por que considera relevante divulgar os dois dados, a bolsa informou que o resultado ajustado "é um número gerencial apresentado pela empresa para refletir de forma mais apropriada a geração de caixa da companhia". A empresa diz que a metodologia "é divulgada de forma bastante transparente, de forma que fica a critério de cada analista ou acionista utilizar ou não o conceito de lucro líquido ajustado".


Redecard e Cielo, que atuam como credenciadoras de estabelecimentos que aceitam cartão de crédito e débito, somam ao Ebitda o resultado financeiro que obtêm com a antecipação de recebíveis aos clientes. Apesar de a norma contábil não abarcar essa avaliação, a Redecard disse, em resposta, por e-mail, que "entende que essa atividade faz parte do seu resultado operacional".


A companhia disse ainda que as demonstrações contábeis são suficientes para que o leitor possa montar e analisar o Ebitda e acrescenta que, conforme ofício da CVM, também apresenta uma reconciliação do Ebitda ajustado nos seus comunicados ao mercado.


A Cielo preferiu não dar entrevista sobre o assunto.


Entre as procuradas, B2W, Rossi e Pão de Açúcar não responderam aos pedidos de entrevista. A Viver (ex-Inpar) disse que não tinha porta- voz disponível para falar e a Multiplan argumentou que está em período de silêncio por conta de uma emissão de debêntures. 

Ajuste Bilionário - Valor Econômico - Fernando Torres e Ana Paula Ragazzi - 14 set 2011. Foto, aqui

[1] Não é medida contábil, nem fluxo de caixa.
[2] Este número informa o objetivo do Ebitda ajustado: melhorar a imagem de desempenho da empresa.
[3] Uma observação interessante.

Links


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Tamanho dos balanços

O jornal Valor Econômico trouxe um texto sobre o tamanho dos balanços das empresas. O título (Balanços crescem muito e diretor da Vale teme mostro, de Fernando Torres, 13 set de 2011) chama atenção para uma afirmação do diretor de controladoria da Vale. Eis um trecho:


O professor Ariovaldo dos Santos, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP, cita por exemplo casos em que as notas explicativas detalham todos os 43 pronunciamentos contábeis, além das interpretações e orientações emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e ratificadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). "Que sentido faz isso?", questiona o professor.
Para ele, as empresas deveriam procurar ajuda de profissionais da área de comunicação e de letras para tornar as notas mais sucintas. "Essas pessoas vão conseguir resumir 12 páginas em uma e meia com competência", diz Santos, que avalia que os balanços, da forma como são divulgados hoje, são desinteressantes.
Esta é uma tendência, já notada não somente no Brasil. Algumas possíveis explicações para isto: (a) dificuldade de resumir assuntos complexos; (b) as empresas preferem pecar pelo excesso e talvez por medo de serem processadas preferem divulgar tudo; (c) a norma exige muita divulgação. 
Foto: aqui

Nos bastidores da Disney

Por Isabel Sales

Nos Bastidores da Disney (Tom Connellan, Ed. Futura) é um dos livros que mais indico por aí. E de forma bem insistente. Sou uma entusiasta por assuntos que envolvem a Disney, especialmente o que se relaciona a eficiência do modelo. O livro de Connellan fala sobre alguns dos princípios que orientam a cultura e o sucesso do grupo, que podem ser aplicados a outras empresas (e até ao nosso comportamento cotidiano). Mas, além disso, acaba sendo um guia turístico inusitado e divertidíssimo!

Vou transcrever apenas um pedacinho (que não é o meu preferido). Não vou falar muito, pra não estragar a diversão de vocês. Boa leitura!

Deixem-me contar o caso do outro membro do elenco que conheci. Estava conversando com ele quando um casal com três filhos apareceu e perguntou a que horas começava a parada das 15 horas. Fiquei pensando... Será que existe pergunta mais idiota?
"A reação do membro do elenco me surpreendeu. E, tenho de admitir, me humilhou. Ele sorriu para o pessoal e disse: 'Bem, a parada começa pontualmente, e vocês devem chegar por volta das 14h30 para conseguir um bom lugar'. O casal agradeceu e saiu caminhando."

Ao pensar no caso, percebi que ele não chegou a responder a pergunta que fizeram. Fez algo ainda melhor. Respondeu à pergunta que não fora formulada — aquilo que realmente queriam saber. É uma habilidade especial. E é uma atitude positiva: acreditar que as pessoas são mais inteligentes do que parece e saber que ocasionalmente elas têm dificuldade para se expressar com clareza. Gostaria que um número maior de funcionários do banco tivesse essa atitude.

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Evidenciação: Livro adquirido com recursos particulares, sem ligações com os escritores ou a editora.

Competição e governança

Este artigo examina se as empresas das indústrias não-competitivas beneficiam relativamente mais da boa governança do que as empresas em indústrias competitivas. Consistente com esta hipótese, encontramos que as empresas com má governança, medida pelo Índice G, têm retornos mais baixos de capital, pior desempenho operacional e menor valor de empresa, mas apenas nas indústrias não-competitivas.

Fonte: aqui

Valor do Diploma


Investir em uma formação de ensino superior resulta em ganhos futuros. A conclusão faz parte de relatório divulgado nesta terça-feira, 13, pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Segundo o documento, no Brasil, ter curso superior resulta em um aumento de 156% nos rendimentos. Um salário mínimo de R$ 545 seria elevado para quase R$ 1.400, por exemplo. Um salário de R$ 2 mil viraria R$ 5.120 com curso superior. É o mais alto índice entre todos os 30 países pesquisados.


O estudo aponta que, nos países analisados, em média, um indivíduo que concluiu a educação superior recebe pelo menos 50% a mais do que uma pessoa com ensino médio concluído.

Brasil é país onde fazer faculdade mais aumenta o salário - Agência Brasil . Foto, aqui

A China vai salvar a Itália?

Resposta de um economista chinês:

“China is a poor country with only $4,000 per capita income. To talk and think about China to rescue countries with $40,000 per capita incomes is ridiculous.”

-Yu Yongding, a Chinese top economist and former member of the central bank’s monetary policy committee.


Fonte: NYT

Leilões

O uso de softwares "robôs" para fraudar pregões eletrônicos do governo federal está levando empresas ao Judiciário. Uma liminar do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região, em Brasília, suspendeu uma licitação do Ministério da Saúde em que a vencedora é acusada de burlar o sistema do Comprasnet - o site de compras do governo - usando um programa de computador capaz de cobrir, em frações de segundos, cada lance da concorrente. É a primeira decisão judicial de que se tem notícia sobre o uso desses softwares, disseminados principalmente no último ano nos pregões.


Fonte: aqui. Foto: aqui

Adoção das normas


Um estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef) de Campinas (SP) em parceria com a KPMG e a Policamp mostra que as empresas ainda estão patinando para se adequar às novas regras contábeis.


A pesquisa refere-se ao exercício de 2010, primeiro ano em que a entrega das demonstrações financeiras no padrão IFRS passou a ser obrigatória. Foram avaliadas 61 empresas de grande porte e 39 empresas de pequeno e médio porte (PMEs) da região - principal polo industrial e de tecnologia do Estado de São Paulo-, que, juntas, somam ativos de R$ 119 bilhões e geraram um caixa de R$ 12 bilhões em 2010.


Como era de se esperar, existe um grande vale entre os padrões de divulgação das empresas de grande porte - com ativo total superior a R$ 240 milhões ou receita bruta anual acima de R$ 300 milhões - e das PMEs. Em 2010, 87% das grandes empresas da amostra divulgaram suas demonstrações financeiras de forma completa - em 2009, esse porcentual foi de 81%. Já no universo das PMEs, apenas 59% entregaram todas as peças contábeis em relação ao exercício do ano passado. É o primeiro ano em que esse tipo de empresa integra a pesquisa.


A checagem das demonstrações financeiras por auditores independentes foi observada em 85% das grandes empresas da amostra em 2010, mesma fatia verificada no ano anterior. O parecer de auditores registrados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é uma exigência para as companhias de capital aberto, instituições financeiras e empresas de grande porte. Entre as pequenas empresas, para as quais a obrigatoriedade não se aplica, apenas a metade teve seus balanços auditados.


O número de ressalvas por parte dos auditores, que ocorrem quando há itens que não atendem às especificações previstas pelo IFRS, também aumentou, refletindo o fim do processo de convergência para o novo padrão.


Dentre as grandes empresas cujas demonstrações foram auditadas, apenas 38% não apresentaram nenhuma ressalva em 2010, uma redução significativa frente ao exercício anterior (85%).


Os desvios constatados pelos auditores concentraram-se no cumprimento da resolução que diz respeito aos ativos imobilizados, que determina que se atendam a critérios como a revisão da vida útil dos ativos em vez de taxas de depreciação fiscais.

Empresas ainda patinam na adoção - Por Natalia Viri | De São Paulo - Valor Econômico. Foto aqui

Reguladores X Deloitte

A firma afiliada à Deloitte na China disse ter colaborado com a comissão de valores mobiliários americana (SEC) tanto quanto possível sob as leis chinesas com relação ao caso de seu ex-cliente de auditoria Longtop Financial Technologies.

A lei impede que a Deloitte libere documentos para um regulador estrangeiro sem a aprovação das autoridades chinesas, informou um porta-voz da auditoria na sexta-feira.

Um dia antes, a SEC entrou com uma ação de execução contra a Deloitte Touche Tohmatsu CPA, de Xangai, por não ter liberado documentos relacionados a uma investigação da Longtop depois de intimações feitas em maio.

A Longtop informou naquele mês que a Deloitte renunciou por causa de erros nos registros financeiros da companhia.

Em julho, a SEC e o Conselho de Supervisão de Companhias de Capital Aberto (PCAOB) reuniram-se com seus colegas na China para discutir fiscalização internacional.

“Passamos os pedidos da SEC para os reguladores na China, como é previsto, mas até agora os reguladores não nos deram permissão para entregar os papéis de trabalho para a SEC”, diz o comunicado da Deloitte. “Esperamos que um mecanismo possa ser encontrado o mais breve possível para que haja uma solução que respeite as leis em ambas jurisdições.”

“O assunto é essencialmente uma questão entre reguladores na China e nos Estados Unidos; a Deloitte China ficará contente em seguir qualquer determinação que esteja de acordo com os dois”, diz o comunicado.

Em um comunicado divulgado na quinta-feira, a SEC diz que não pôde ter acesso a informações “cruciais” na investigação de uma possível fraude na Longtop.

A iniciativa da SEC seria “essencialmente uma disputa entre a SEC e os reguladores chineses que força a Deloitte a se apoiar na lei chinesa para justificar a não entrega dos documentos”, disse Jacob Frenkel, um ex-advogado da SEC que agora trabalha com o escritório Shulman Rogers Gandal Pordy & Ecker em Potomac, Maryland.

“Firmas de auditoria sabem que a SEC tem o direito de pedir e revisar os papéis de trabalho. A questão é a disputa sobre o acesso a documentos relacionados a auditoria de companhias chinesas.”

“Cumprir uma intimação da SEC não é uma opção, é uma obrigação”, disse Robert Khuzami, chefe da área de fiscalização da SEC no comunicado. (Colaboraram Dune Lawrence, em Nova York, e Joshua Gallu, em Washington.)

Fonte: Debra Mao, Bloomberg, Valor Economico

Ibracon pede transparência na discussão sobre rodízio

O Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon) encaminhou uma carta à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pedindo que a autarquia torne públicas as críticas que recebeu durante a audiência sobre o rodízio de firmas de contabilidade nas companhias abertas.

Praxe do órgão regulador brasileiro, a análise dos comentários e sugestões no período após o encerramento da audiência – e antes da emissão da norma – ocorre sob regime confidencial. Essa prática, no entanto, contrasta com o modelo de transparência adotado, por exemplo, pela Securities and Exchange Commission (SEC), nos Estados Unidos.

Segundo Alexsandro Broedel, diretor da CVM, essa é a primeira vez que a autarquia recebe um pedido de divulgação das críticas antes da conclusão da análise. “A demanda é inédita e achamos pertinente. Mas primeiro é preciso resolver as questões operacionais necessárias para a divulgação do material”, diz Broedel. “Se abrirmos os dados de uma audiência, teremos que abrir de todas”, complementa.

Entre os dias 15 de julho e 15 de agosto, a CVM recolheu sugestões para sua proposta de ampliar de cinco para dez anos o prazo de rotação de firmas. A contrapartida exigida das empresas seria a estruturação de um comitê para fiscalizar as atividades dos auditores.

A iniciativa da CVM reinaugurou a polêmica discussão sobre o rodízio obrigatório de auditorias. A exigência, presente hoje em poucos países, como Brasil e Itália, está sendo avaliada pelos reguladores dos demais países da União Europeia e dos Estados Unidos.

“O fato de o rodízio estar sendo discutido lá fora, não significa que será implementado”, aponta Ana Maria Elorrieta, presidente do Ibracon. Para ela, a instalação do comitê de auditoria deveria ser suficiente para que a empresa não precisasse mais trocar de firma. “Nos últimos 15 anos, houve diversos avanços na fiscalização da CVM e outros autorreguladores”, justifica.

Segundo Broedel, a análise dos comentários deve demorar pelo menos mais um mês. “Algumas pessoas confundiram. Não estamos discutindo a necessidade do rodízio, e sim a forma do comitê”, diz.

Broedel assume que algumas questões pontuais sobre o formato do comitê estão sendo revisadas. É o caso, por exemplo, da necessidade de troca dos seus membros a cada cinco anos e da tarefa de “avaliar e monitorar” a adequação das transações com partes relacionadas atribuída a eles na proposta original do órgão. “Mas não abriremos mão de que o comitê seja previsto no estatuto da empresa”, diz.

Fonte: Marina Falcão, Valor Economico

Como se concentrar na era da distração?


Fonte:aqui