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11 dezembro 2006

A briga pela Corus


A briga entre a CSN e a Tata pela Corus prossegue. A Tata agora oferece 9,2 bilhões de dólares pela siderúrgica da Europa. A CSN estava preparando para oficializar o lance que tinha feito na semana passada (8,1 bilhões). A primeira oferta da Tata era de 7,6 bilhões.

Quem ganhar sobe no ranking dos produtores de açõ. Ambos ficariam em quinto lugar

Segundo o jornal Estado de S. Paulo de hoje, a direção da companhia será obrigada a recomendar esta nova proposta da Tata para os acionista. "Analistas de mercado dizem que, se a CSN tivesse feito sua oferta há 12 meses, teria levado a Corus por um valor de 300 pence por ação." (contra os 515 da atual oferta)

Previ


Reportagem de hoje do Estado de S. Paulo afirma que a Previ, fundo de pensão dos empregados do Banco do Brasil, já administra R$ 100 bilhões.

A reportagem destaca a grandeza do fundo, informando que seu patrimônio "poderia comprar, à vista, qualquer um dos dois maiores bancos privados do País (Bradesco ou Itaú) que estavam avaliados pouco acima de R$ 70 bilhões nas bolsas de valores no final do mês passado." (Isto não é bem verdade. Compraria as ações baseadas no valor de mercado. Mas o controle seria mais caro.)

"Pode ainda comprar duas vezes o Banco do Brasil. É o típico caso em que a criatura ficou maior que o criador."

Entretanto, a reportagem não deixa de considerar um fato preocupante. "A Previ é um dos poucos fundos de pensão no País que mantém a modalidade de ‘benefício definido’, em que o aposentado recebe, indefinidamente, valores semelhantes aos salários dos tempos em que estava trabalhando. A outra opção (contribuição definida) é proporcional à poupança acumulada no período de trabalho."

10 dezembro 2006

Fatos da Semana


1. Uma ONG a venda - clique aqui

2. Mudança no ranking dos bancos brasileiros - o Itaú é o maior banco segundo o Banco Central - Clique aqui e aqui

3. Reajuste no minério da Vale - clique aqui

4. Accor compra Ticket - clique aqui

5. O futuro da contabilidade - clique aqui

Origens




Justiniano Henriques Tibúrcio deixou sua cidade natal, Santa Luzia (região metalúrgica) e migrou-.se para Patos (hoje Patos de Minas). Consta que tenha tomado tal atitude, deixando, inclusive estudos superiores, por desentendimentos com familiares. Casou-se com Maria Madalena, moça simples e muito dedicada à família, com quem teve prole numerosa. Dedicou-se à profissão de sapateiro (fabricante de sapatos e botinas sob medida) e, nas horas vagas foi também mestre-escola, nome dado aos professores de primeiras letras, na época. Numerosos de seus descendentes, mesmo não levando seu nome, se destacaram na Cidade de Patos de Minas: Dácio Pereira da Fonseca, advogado e professor, que foi Prefeito da Cidade; Eurípedes Gonçalves Martins, contador e empresário, foi Presidente da Associação Comercial e Industrial de Patos de Minas (primo e cunhado do anterior, Dácio). Ambos são visnetos de Justiniano Henriques Tibúrcio. Monsenhor Vicente Ambrósio dos Santos, sacerdote conceituado em Uberaba, onde é vigário da Paróquia de São Benedito, que é seu neto, filho de sua. filha Hermínia (e João Ambrósio dos Santos).

Maria Madalena, uma das filhas de Pé Justo (como era carinhosamente chamado o Sr. Justiniano acima referido), casou-se com o comerciante Zama Alves Pereira, com quem teve doze filhos. O Sr. Zama foi pessoa de destaque na comunidade patense, tendo sido Juiz de Paz durante algum tempo, época em que chegou a assumir as funções de Juiz Municipal, autoridade de quem o Juiz de Paz era o substituto legal. Embora vivendo em época em que não se dava o devido valor à educação e formação profissional qualificada, o Sr. Zama preocupou especialmente em proporcionar aos filhos esta formação. Vejamos: um médico, um dentista, um farmacéutico, dois advogados, três professoras. Dos quatro outros, uma faleceu em criança, um faleceu adolescente, um deixou os estudos de medicina por motivos de saúde o outro foi seu auxiliar no comércio e depois seu sucessor, não tendo prosseguido os estudos. Destaquemos as atuações de alguns deles: Da. Celcídia Alves Tibúrcio Campos, professora., foi a Diretora do então Grupo Escolar (hoje Escola Estadual de 1º e 2º Graus) “Marcelino de Barros” durante muitos anos. Omar Alves Tibúrcio, advogado, foi Diretor do Rádio Clube de Patos a que impulsionou e em cujos funções veio a falecer, além de advogado de renome, juntamente com seu irmão Zama Alves Tibúrcio. Ambos se dedicaram a causas cíveis. O Sr. Zama foi ainda Vereador à Câmara Municipal de Patos de Minas.


José Pereira, português, veio da Cidade de Guimarães e para se distinguir de outros Pereira, vindos de outras localidades, era chamado José Pereira de Guimarães. O local de origem acabou se incorporando ao nome, como aconteceu também com outros: Porto, Liboa, Coimbra, etc. quase sempre indicam a cidade de origem da família. José Pereira Guimarães era Capital da Guarda Nacional, amigo do Imperador Pedro II, chegou a arregimentar um bom contingente para a Guerra do Paraguai. Seguindo destino diferente de outros seus irmãos que vieram para o Brasil e ficaram em Cidades importantes, o Capitão Zé Pereira se embrenhou pelos sertões como um desbravador, fixando-se onde hoje é o Distrito de Santana de Patos. Tornou-se uma figura quase lendária pela bravura com que enfrentava seus adversários ou inimigos (coisa comum, na época. Mas especialmente ficou famoso pela perspicácia e inteligência com que intuía ou desconfiava de ciladas que lhes eram preparadas. Deixou prole numerosa.
Um seu neto, do mesmo nome e também Capitão da Guarda Nacional (que foi dissolvida, exatamente no seu tempo), Capitão José Pereira Guimarães, conhecido pela alcunha de JUCA MANDÚ, foi chefe político no mesmo distrito de Santana de Patos, sendo vereador por vários anos à Câmara Municipal de Patos de Minas. Em sua homenagem a Escola Estadual de 1º Grau de Santana de Patos e uma rua em Patos de Minas se chamam JUCA MANDU. Sempre se preocupou com o bem da comunidade e era pessoa muito querida. Um seu filho, Vicente Pereira Guimarães (Vicente Mandu) foi Prefeito de Patos de Minas de princípios de 1.948 a princípios de 1.951. Foi o primeiro Prefeito eleito depois do Estado Novo (período ditatorial implantado por Getúlio Vargas. Preocupou-se com escolas e estradas para a zona rural; água e eletricidade e esgoto nas sedes dos distritos; Urbanização da Cidade, fazendo ser elaborado uma planta Cadastral da Cidade em que previa a criação de um Parque Municipal onde tinha sido a Lagoa dos Patos que, drenada, se transformou em um brejal infestado de cobras e outros animais, bem no centro da Cidade. Este seu projeto não foi executado nas gestões subseqüentes, sendo o terreno correspondente invadido e nele criadas ruelas destoantes com a estrutura urbanística da Cidade. Infelizmente nem todos pensam de modo igual. Foi também o iniciador do asfaltamento da Cidade que, até então, tinha suas ruas todas com piso de terra batida. Para isto foi necessário refazer toda a rede de água e esgotos, pelo que foi impiedosamente criticado, devido o transtorno que as valas (necessárias para o serviço) causavam ao trânsito urbano.

Pedro Ferreira da Silva, também da Guarda Nacional, no posto de Tenente, era conhecido por Pedro Luiz, fazendeiro perto de Serra do Salitre (então distrito do Município de Patrocínio, hoje município autônomo).
Foi casado com Rita Francelina Leite, com quem teve 13 filhos. Ficando viúvo, casou-se com Rosa Cortes, irmã da primeira, com quem teve outros 17 filhos. Alguns destes filhos morreram em criança, mais a maioria chegou à idade adulta. Em reuniões de membros da Guarda Nacional formou conhecimento e amizade com o Capitão Juca Mandú, do que resultou troca de visitas (a família toda visitava a outra família). Hoje as localidades de Serra do Salitre e Santana dos Patos estão perto e de fácil acesso. Mas naqueles tempos eram dois dias de viagem a cavalo. Em marcha forçada, pode-se-ia fazer o percurso em um dia, desde que se saísse de madrugada. Destas visitas surgiu o namoro de José Pedra, primogênito de Pedro Luiz e Maria Delfina de São José (Maroca), filha primogênita de Juca Mandú. Casaram-se no dia 30 de julho de 1.911, ele com 24 anos e ela com 15. Tiveram 15 filhos. Alguns destaques Ana Guimarães Silva teve oportunidade de freqüentar aulas em escola particular em fazenda de parentes, juntamente com outros dois irmãos. Depois dedicou-se a ensinar os mais jovens, bem como a filhos de colonos. Os estudos primários recebidos nesta época valeram sobremaneira a todos. Com a falência (negócios de Zebu) a família ficou sem recursos financeiros. Aquele estudo serviu de base paro continuar e arrumar serviço para muitos dos filhos. O 7º filho, Gaspar Guimarães Silva foi pracinha na Força Expedicionária Brasileira, que lutou na Itália contra a prepotência de Hitler. Maria Teresa, a 10ª filha foi tabeliã no Distrito de São João de Serra Negra, Município de Patrocínio; Antonio Rafael da Silva, o único que pode estudar, formou-se em engenharia de minas e trabalhou nesta profissão até bem pouco tempo, na firma ALCAN (Alumínios Canadense). Fez cursos no exterior por diversas vezes (Alemanha, Japão e várias vezes no Canadá). É o mais novo, o l5º filho.

Baltazar Guimarães Silva, o 8º filho de José Pedro e Moroca, deixou de estudar (no Seminário) e, não tendo condições financeiras (coincidiu com a falência do Pai) foi ser funcionário da Prefeitura Municipal de Patos de Minas. Casou-se com Maria de Lourdes Alves Tiburcio, filha do Sr. Zama Alves Pereira, professora. Depois de 4 filhos fez o curso de Técnico em Contabilidade, estudando a noite e trabalhando durante o dia. Na profissão de contabilista (deixou a Prefeitura, naturalmente) teve oportunidade de ser Assessor da Associação Comercial e Industrial de Patos
de Minas, durante 20 anos. Ajudou a re-estruturar esta entidade pô-la a funcionar, pois já existia há 10 anos, mas quase nunca atuava, só esporadicamente. Iniciou a escrita da APAE, do Sindicato Rural, visando mais colaborar para que estas entidades pudessem sobreviver. Ajudou a fundar a Associação Profissional dos Contabilistas de Patos de Minas e, depois, a transformá-la em Sindicato. Depois de aposentado com 35 anos de serviço, ainda continuou por algum tempo, sendo compelido a parar por problemas visuais. Ajudou a fundar a Associação dos Aposentados e Pensionistas de Patos de Minas, especialmente na elaboração de seus Estatutos. Foi o Secretário Geral na Diretoria Provisória. É membro do Conselho Deliberativo e Segundo Secretário da Diretoria Executiva na Primeira Diretoria definitiva.
Tem cinco filhos de seu casamento, aos quais procurou dar condições de estudar, para o que contou com a boa vontade dos mesmos.

(Texto de Baltazar Guimarães Silva, para sua neta Caísa, de 1992. Na foto, Baltazar e Lourdes)

Crise aérea

O mais relevante foi dito na entrevista do dirigente da Vale


"Temos alguns problemas no Brasil que têm impacto lá fora. Como, por exemplo, a questão de segurança nos grandes centros urbanos e a crise de energia há alguns anos. Vira-e-mexe, temos problemas de natureza estrutural que influenciam a imagem brasileira."

O efeito da crise aérea


No Estadão de hoje:

"O caos da semana passada elevou o prejuízo das companhias aéreas para R$ 80 milhões, segundo estimativas preliminares do Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea). Nos primeiros dez dias de crise, o prejuízo havia sido de R$ 40 milhões. 'Os problemas dos últimos dias foram bem mais graves', afirma o diretor de assuntos institucionais do Snea, Anchieta Hélcias.

Além dos prejuízos diários com atrasos e cancelamentos, as companhias estão perdendo receita com passageiros que desistiram de voar. No caso de TAM e Gol, houve ainda o impacto financeiro. Nos últimos três meses, desde o acidente com o Boeing da Gol, a perda de valor de mercado das ações das duas companhias juntas na Bovespa foi de R$ 5 bilhões.

O prejuízo das companhias aéreas se soma ao do setor de táxi aéreo, que fala em perdas de R$ 70 milhões, por conta das restrições impostas pelas Aeronáutica."


Além dos estragos diretos, o apagão aéreo também está afetando a economia

"Economistas consideram difícil estimar os prejuízos, mas no setor aéreo já se fala em perda de R$ 1 bilhão

(...) Segundo os analistas, a cadeia de contaminação do apagão aéreo é longa e tem como principal destaque o turismo - que já fala em uma perda de receita da ordem de R$ 1 bilhão. Empresas como as de transporte aéreo de cargas também estão sendo afetadas - mas aqui o prejuízo está concentrado mais no mercado doméstico do que na importação e exportação de componentes indústriais, uma vez que os vôos internacionais são menos afetados. Isso sem falar no prejuízo óbvio das companhias de aviação regular e de táxi aéreo, que calculam os prejuízos diretos em mais de R$ 150 milhões.

A dificuldade para mensurar o tamanho do impacto na economia deve-se, entre outros fatores, à pobreza de estatísticas do setor de turismo no Brasil. Nem mesmo a Embratur, órgão oficial do governo para a área, sabe informar qual sua participação no PIB. Extra-oficialmente, analistas dizem que esse porcentual varia entre 3% e 5%"


A crise é sentida no setor de turismo com as promoções inéditas de pacotes:

"Em plena alta temporada, a maior operadora de turismo do Brasil, a CVC, lançou uma grande campanha publicitária para anunciar descontos de até 20% em 10 mil pacotes turísticos, incluindo até mesmo noites de réveillon no Nordeste."

Quantos as exportações, os efeitos também são sentidos:

"Produtos que requerem agilidade e cuidados especiais, como as flores cultivadas em Holambra, no interior de São Paulo, chegam com pelo menos um dia de atraso, uma ameaça a contratos firmados com japoneses e americanos, caso o problema se agrave este fim de ano."

08 dezembro 2006

Impacto da crise aérea


Conforme noticiado aqui, a crise aérea está causando impacto no setor de turismo. O Estado de S Paulo de hoje informa que a crise provoca redução de 50% nos pacotes vendidos. O setor hoteleiro tem uma projeção de queda de 20%. (Observe a incoerência entre as duas informações...)

Ao mesmo tempo aumenta o número de reclamações no Procon contra as empresas aéreas.

Notícias breves

1. Novo contador - clique aqui para ler

2. YouTube de dados - projeto da Swivel pretende transformar-se no You Tube dos dados. Quem tiver uma base de dados pode colocar neste sítio. Clique aqui para ler

3. Contabilidade de clubes - Segundo a Folha de S. Paulo (8/12/2006), "apesar de a Timemania ter como objetivo principal o saneamento fiscal dos clubes de futebol, times que não têm dívidas poderão participar. A vantagem é que poderão utilizar livremente a sua parte na verba, sem a preocupação de saldar compromissos com o governo. (...) Além de ceder suas imagens, os times terão algumas obrigações. A partir do ano que vem, adotarão o balanço uniformizado de clubes, formatado pelo Conselho Federal de Contabilidade." (Sem-dívida pode aderir ao novo jogo)

4. Contabilidade de partidos políticos - O PT já admite que as contas de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva podem ser aprovadas com ressalvas pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) na terça-feira. Isso porque os advogados do partido não alimentam esperanças de que, mesmo depois de terem retificado dados da contabilidade de campanha, a área técnica do tribunal vá alterar parecer em que sugere a rejeição das contas de Lula. O parecer dos técnicos serve como base para que os ministros do TSE decidam a questão. Eles podem segui-lo ou podem decidir de forma diversa. (...) No caso da Deicmar, os advogados do PT apostam que as contas serão "salvas" por um precedente da ministra Ellen Gracie, relatora da contabilidade de Lula em 2002. A resolução (nº 21.308) foi resgatada pelo PT e anexada ao termo de retificação. À época, Gracie relevou uma doação de R$ 50 mil da Associação Nacional de Factoring, "fonte vedada" pela Lei Eleitoral": O argumento dela foi que a quantia era "ínfima". Ou seja, Materialidade. (PT já admite aprovação do TSE com ressalvas, Folha de S. Paulo, Silvio Navarro)

5. A Comissão Européia extendeu o prazo para que empresas estrangeiras possam adotar os padrões contábeis por mais dois anos. A idéia é promover o uso do IFRS, mas de uma forma mais eficiente. Esta decisão está de acordo com o compromisso realizado entre o Iasb e o Fasb para convergência das duas normas para 2009.

6. Pensão - Segundo notícia da Reuters, o Britain's Accounting Standards Board (ASB) está incentivando os planos de pensão a apresentar maior transparência sobre como medem os custos.

O futuro da contabilidade


As seis maiores empresas de contabilidade do mundo (PricewaterhouseCoopers (PwC) International, Grant Thornton International, Deloitte, KPMG International and Ernst & Young) produziram um documento sobre a revolução na evidenciação contábil. (Clique aqui para ler o documento).

O título é “Global Capital Markets and the Global Economy: A Vision from the CEOs of the International Audit Networks,” o documento reune algumas das idéias que estes executivos têm sobre a contabilidade.

Uma das questões apresentadas é a possibilidade do investidor ter acesso, em tempo real, as informações da empresa. Outra questão apresenta é necessidade de apresentar, além do desempenho passado, a projeção do futuro baseado na informação financeira, inclusive intangível.

Outra questão é a necessidade de convergência das normas internacionais.

O relato enfatiza a necessidade de adotar a Global XBRL Initiative. No mundo, segundo o relatório, mais de 40 mil empresas já usam o XBRL para colocar seus dados.

Vale briga com os chineses


Além de discutir com os chineses sobre o reajuste do minério no próximo ano, a Vale enfrenta os chineses na África (Vale briga com a China por espaço na África, Estado de S. Paulo, 08/12/2006, de Jamil Chade). A China busca na África os recursos minerais que precisa. A reportagem narra o caso do Gabão:

"Um funcionário do alto escalão do governo do Gabão na Organização das Nações Unidas (ONU) informou ao Estado que a Companhia Vale do Rio Doce estava suspendendo suas atividades no país. A empresa teria revisto seus plano de exploração de manganês, setor que é tido como uma grande esperança no Gabão para gerar novos recursos ao país.

Um dos motivos que levou a Vale a desistir no momento de investir no país africano teria sido o fato de ter perdido um dos contratos mais cobiçados na África em 2006. A mina de ferro de Belinga, no norte do Gabão, acabou nas mãos de um consórcio chinês. Há cerca de três meses, o governo do Gabão optou pelos investimentos da China, apesar da proposta feita pela Vale do Rio Doce.

A Vale nega que esteja desistindo de investir no Gabão. A empresa informa que, apesar da perda do concorrência para a mina de Belinga, ainda mantém projetos de pesquisa de manganês e cobre no país.

Os investimentos em um complexo siderúrgico no Gabão seriam de quase US$ 3 bilhões, incluindo a construção de um porto, mais de 500 quilômetros de ferrovia e uma hidrelétrica para alimentar a produção."

Direitos Autorais


Notícia do sítio Blue Blus de ontem:

Sucessos dos Beatles serao 'dominio publico' em poucos anos - Mais de 4,000 nomes, entre eles o de Paul McCartney, foram publicados hoje em um anuncio de pagina inteira no Financial Times. Pedem que o Governo ingles aumente a proteçao de direitos autorais de gravaçoes de musicas para alem dos atuais 50 anos. A indústria fonografica inglesa quer copiar os EUA e proteger o copyright por 95 anos e diz que a decisao final cabe a Comissao Europeia. Ontem, o Governo inglês rejeitou a ampliaçao do prazo. Se o periodo de 50 anos for mantido, sucessos de artistas como Cliff Richards e Beatles começarao a cair em dominio publico nos proximos anos. 'Love Me Do', de 1962, e 'I Want To Hold Your Hand', de 1963, perderiam a proteçao em 2012 e 2013, respectivamente.

07 dezembro 2006

Xadrez


O resultado final do encontro entre o campeão mundial de xadrez e o computador foi 4 a 2 para o computador. Em outras palavras, em seis partidas foram 4 empates e duas vitórias.

Ao mesmo tempo o mundo perde o ex-jogador Bronstein. Este grande mestre soviético disputou o título com Botwinick, então campeão mundial. A disputa terminou empatada mas a última partida é polêmica até hoje. Alguns acham que Bronstein foi obrigado a entregar o jogo por ser judeu.

Notícias


1. O capitalismo brasileiro - sobre a Medley, empresa na área de genéricos - Clique aqui

2. É época de fusão - Clique aqui

3. Estréia "Enron: The Musical" em Houston, Texas. Clique aqui para ler

4. Amazon irá utilizar a HP para imprimir mais de 20 bilhões de páginas por ano em livros de baixo volume. Clique aqui para ler

06 dezembro 2006

Sustentabilidade


Reportagem do Estado, sobre o ISE da Bovespa. Nestes casos a propaganda é pela "empresa do bem" versus a "empresa do mal". Será que a regressão à média não funciona no mercado também? Ou seja, as empresas que são hoje consideradas no índice serão também rentáveis amanhã?

Com o aval da Bolsa de Valores

Aumenta número de companhias no índice de sustentabilidade empresarial da Bovespa

Andrea Vialli

Os investimentos feitos em empresas 'socialmente responsáveis' - aquelas com preocupações sociais e ambientais - ganham impulso no Brasil. Na semana passada, entrou em vigor a nova carteira do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da Bovespa, que reúne empresas que aliam preocupação socioambiental a um bom desempenho econômico. Foi a primeira revisão da carteira do índice, que passou de 28 para 34 empresas listadas. São 43 ações, de setores como financeiro, energia elétrica, siderurgia e papel e celulose, entre outros.

Embora ainda bastante nova, a carteira sustentável da Bovespa já segue uma tendência de maior valorização das ações em relação ao índice da bolsa - fato que ocorre também com o índice de sustentabilidade Dow Jones, da Bolsa de Nova York, que chega ter valorização 30% superior em relação índice convencional. 'No acumulado de 2006, o ISE teve uma valorização de 28,8%, superior à registrada pelo índice Ibovespa, que foi de 25,3% no período', diz Ricardo Nogueira, superintendente executivo de Operações da Bovespa.

O lançamento da carteira, em dezembro do ano passado, fez com que vários bancos lançassem fundos de investimentos atrelados ou inspirados no ISE. ABN Amro Real, Bradesco, Itaú, HSBC, Banco do Brasil e Safra têm fundos com esse perfil. 'Pela primeira vez, os fundos que operam no Brasil com o conceito de investimentos socialmente responsáveis ultrapassaram R$ 500 milhões em recursos de terceiros', diz Nogueira.

A entrada de empresas de setores como petróleo e gás (Petrobrás) e siderurgia (Acesita e Gerdau) tornou a carteira do ISE mais diversificada, na avaliação de Alex Carpenter, diretor de renda variável do HSBC Investiments, que tem entre seus produtos financeiros um fundo de investimento atrelado ao ISE. Antes, a maior parte das ações do ISE era de bancos.

A rentabilidade do fundo, segundo Carpenter, foi de 32,11%, no acumulado de 2006, e o patrimônio líquido administrado ficou em R$ 42 milhões. No entanto, boa parte da rentabilidade do fundo se deve ao bom desempenho do setor financeiro. 'O fundo teve rentabilidade, independentemente do foco na sustentabilidade. Havia muitos bancos na primeira carteira', diz. Ele acredita, no entanto, que em um segundo momento o investidor brasileiro tenderá a valorizar os conceitos de sustentabilidade. 'Lá fora, isso virou moda entre os investidores institucionais, como fundos de pensão, e isso deve se repetir por aqui', diz.

Roberto Gonzalez, assessor de sustentabilidade da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec), afirma que já existe interesse de fundos de pensão, como Previ, Petros e Valia, em investir em empresas focadas em sustentabilidade. 'As próprias empresas já incorporaram o conceito em seus processos produtivos, e a nova carteira reflete isso, com a entrada de grupos com visibilidade internacional como Petrobrás e Gerdau', diz Gonzalez.

CRITÉRIOS

Para compor o índice, as empresas são selecionadas a partir de uma análise de sua rentabilidade e de como lidam com questões socioambientais, feita por meio de um questionário com 150 perguntas que é enviado às companhias. Entram no índice as empresas que conseguem boa pontuação em todos os aspectos avaliados.

'Não adianta a empresa ter um bom desempenho ambiental se ela não for rentável, e vice-versa. E não adianta ter boa liquidez, se ela tem questões trabalhistas pendentes', explica Mário Monzoni, professor do Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (CES/FGV), um dos responsáveis pela elaboração do questionário enviado às companhias.

Mercado para tudo


No blog Marginal Revolution postam artigos com a denominação "Mercado para tudo". Nossa versão tupiniquim é a seguinte (Estado, 6/12/2006, p. c7):

Direção queria vender ONG de Campinas por R$ 100 mil

Primeira parcela venceria 30 dias após assinatura de contrato com a SAP

Marcelo Godoy

Um negócio como qualquer outro. Era isso que diretores da organização não-governamental Associação Comunitária Brasileira na Defesa da Consciência da Cidadania (Ascombras) queriam fazer quando decidiram vender a ONG. Para tanto, um contrato previa o pagamento de R$ 100 mil em cinco parcelas iguais. A primeira venceria 30 dias após a 'assinatura de convênio para administração do Centro Hospitalar das Penitenciárias, entre as Ascombras e a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP)'.

O contrato da Ascombras com a SAP é um dos 13 feitos com ONGs que foram cancelados durante a investigação feita pelo secretário da Administração Penitenciário, Antônio Ferreira Pinto, revelada ontem pelo Estado. Contratos com outras três unidades prisionais estão sob suspeita. Ao todo, dez ONGs administravam 9,6 mil presos. Os convênios assinados somavam R$ 31,4 milhões.

O contrato de venda da Ascombras, que consta do dossiê de Ferreira, previa que o presidente da entidade ia substituir a 'atual diretoria e o Conselho Fiscal' e renunciar ao cargo de presidente 'no ato de assinatura do convênio'. O desligamento seria 'irrevogável de qualquer função ou cargo na mesma'. Segundo o relatório de Ferreira, o contrato evidencia 'a aventura irresponsável da administração pública na manutenção'. A transação não se realizou porque os diretores mudaram de idéia após a assinatura de convênio em 2005 para cuidar das 729 presas da Penitenciária Feminina de Campinas em vez do centro hospitalar.

No dossiê sobre a Ascombras há ainda notas fiscais frias apresentadas pela ONG. Elas encobririam gastos fictícios com computadores, reformas de presídio e compra de alimentos. São casos em que nos endereços dos fornecedores existem outras empresas, ou o prestador do serviço não é conhecido no local informado pela nota.

O caso da Ascombras é o primeiro em que o ex-secretário Nagashi Furukawa admite a possibilidade de irregularidades. Ele disse que tomou conhecimento em março do caso por meio de relatório do então coordenador de presídios, Hugo Berni Filho. O ex-secretário disse que se reuniu com a direção da ONG e ordenou a imediata prestação de contas sobre os gastos, pois até aquele momento, desde a assinatura do convênio, a entidade não havia feito isso.

Segundo a apuração feita na SAP por Ferreira, foram achadas 44 notas frias. Elas justificaram, por exemplo, o pagamento de R$ 5,7 mil a um pedreiro de São Paulo, que devia fazer um serviço em Campinas. No endereço da nota não havia ninguém com o nome do pedreiro. O mesmo expediente foi usado para justificar mais R$ 48 mil gastos.

Também foram constatadas cinco notas falsas para cobrir gastos de R$ 40,6 mil com materiais de informática. A empresa que supostamente vendeu os equipamentos em 2005 está inapta desde 2004 no Cadastro nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ). No endereço da empresa, na Rua Santa Ifigênia, funciona outra loja, que não vende material de informática. Há ainda uma dezena de notas fiscais de uma empresa de materiais escolares para justificar a aquisição de alimentos.

Por fim, a ONG juntou ainda notas de uma empresa chamada Sermix, em cujo endereço na Cidade Dutra, zona sul de São Paulo, não está estabelecida. As notas nesse caso justificaram gastos de R$ 32 mil.

Furukawa, que anteontem disse ao Estado por a mão no fogo pelos diretores das ONGs, voltou atrás ontem. 'Não posso pôr a mão no fogo por essa ONG. Não sei nem mesmo se foram os meus assessores que descobriram as notas frias e as indicaram para a atual administração', afirmou.

Lei do contador terá consulta pública

Conforme notícia do Valor Econômico de ontem (Lei do contador vai a consulta pública)

A proposta de projeto de lei a ser encaminhada ao Congresso Nacional para modificar a legislação que regulamenta a profissão dos contadores deverá ser colocada em audiência pública em todos os Estados da federação a partir do dia 12 de dezembro. (...) O setor até hoje obedece às regras previstas no Decreto-Lei nº 9.295, de 1946.

(...) Um dos pontos que deverá suscitar maior polêmica é com relação à reserva de mercado. A proposta tende a excluir os técnicos de contabilidade da carreira.(...) a existência de três vertentes possíveis: de elevação ao status de graduação para quem quiser manter o registro, de preservação apenas dos atuais técnicos, sem a inclusão de novos contadores sem graduação, e de que técnicos só poderão ter o registro de contadores com um determinado tempo de exercício profissional.

Os conselhos também querem passar a exigir um exame de qualificação para a profissão - à semelhança do que faz a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) - com exame de atualização a cada dois anos. O CFC já tentou instituir a prova em 1999, mas a exigência foi derrubada na Justiça por ser instituída por resolução, e não por lei, como querem agora os conselhos."

Itaú é o maior Banco?

Reportagem de hoje do Estado contesta a notícia que o Itaú é o maior banco do País ( Bradesco ainda é o maior, garante a Austin Rating, de Leandro Modé, Milton F. da Rocha Filho).

Para a Austin Rating o Bradesco ainda é o maior banco privado do País em ativos pois o Banco Central não leva em consideração os balanços consolidados.

'Os balanços consolidados do trimestre encerrado em setembro ainda colocam o Bradesco como a principal instituição privada do País em ativos, que é o único critério reconhecido em vários países desenvolvidos para esse tipo de mensuração', disse o presidente da Austin, Erivelto Rodrigues. para a reportagem.

O Bradesco não entrou na polêmica, mas o Itaú considera que o ranking do Banco Central é o correto. Segundo a reportagem,

O chefe do departamento do BC responsável pelo ranking, Cornélio Pimentel, explicou ao Estado que a diferença entre os números do levantamento da instituição e os divulgados nos balanços devem-se a questões metodológicas.

Entre outros pontos, ele observou que o BC não inclui as empresas não financeiras no cálculo dos ativos. Isso significa que estão excluídas operações de seguradoras, participação em indústrias ou empresas agropecuárias.

05 dezembro 2006

Críticas a SOX

Na Folha de S. Paulo de hoje Benjamin Steinbruch, presidente da CSN, num artigo denominado "O controle do controle do controle" diz que:

"Normas de governança são novidade admirável na área corporativa. Mas excessos de burocracia são retrocessos (...)

NÃO VI em jornais brasileiros nenhuma referência a declarações feitas na semana passada pelo ex-presidente do banco central americano Alan Greenspan sobre a Lei Sarbanes-Oxley. (...)

Greenspan disse que a maior parte dessa lei americana, que estabeleceu regras de governança corporativa, é "criadora de custos sem benefícios". Ele tem uma forma jocosa de encarar o problema. Acha que todo o processo de contabilidade imposto pela lei é essencialmente um passatempo que desvia as atenções dos principais executivos das tarefas que eles efetivamente devem realizar, como projetar investimentos.

(...) É uma ótima lei. Ninguém pode ser contra normas que defendam ética, transparência e combate a fraudes. Ocorre que o conjunto de controles internos criados pela SOX gera um sem-número de burocracias de contabilidade que representa enormes aumentos de custos para as empresas e de receitas para os auditores. Segundo a Financial Executive International, uma entidade mundial que reúne diretores financeiros, uma empresa de capital aberto precisa gastar em média US$ 4 milhões por ano para cumprir a lei.

Nada contra as normas de governança. Elas representam uma novidade admirável deste novo século na área corporativa. Mas os excessos de burocracias significam retrocesso. Pela lei, a eficácia operacional das atividades de controle, por exemplo, precisa ser avaliada por equipes que gerenciam os programas de controle. Essas são controladas pelas auditorias independentes. Ou seja, criou-se o controle do controle do controle, com custos e burocracias que atrapalham a funcionalidade das empresas. "

Outras notícias


1. Ibovespa bate recorde - A Ibovespa fecha a segunda acima de 46.500 pontos. Isto significa alta de 1,72% em dezembro e de 27,50% em 2006.

2. Empresas aéreas tentam superar a crise - A TAM conta com novos perfis de tarifas. A Gol prefere concentrar nos clientes corporativos. A estratégia da TAM pode reduzir os custos do programa de milhagem. Segundo informa o Estado hoje, previsão de especialistas mostram que a ocupação média das empresas caiu para 67%, quase 8% abaixo do registrado até outubro.

3. A Telemar marcou para 15 de dezembro a assembléia geral extraordinária para sua reformulação e ingresso no Novo Mercado.

O maior banco privado brasileiro é o Itaú


Depois de dominar o ranking de maior banco privado brasileiro por anos, o Bradesco acaba de perder o posto para o Itaú. A compra do BankBoston fez com que o Itaú assumisse o posto de banco privado número 1 em ativos totais, um dos indicadores de porte do setor (Itaú ultrapassa Bradesco e vira o banco privado nº 1, de Leandro Modé, para o Estado de hoje)

A briga pelo primeiro posto é antiga e na nova posição o Itaú passa a ter ativos de R$ 201,3 bilhões em setembro, ultrapassando inclusive a Caixa Econômica Federal (CEF), atrás somente do Banco do Brasil. Os ativos do Bradesco somam R$ 195,7 bilhões e do Banco do Brasil 281,6 bilhões.

Quando o raking é depósitos, o Bradesco ainda vence o Itaú: R$ 78,9 bilhões versus R$ 56,4 bilhões.