Translate

16 outubro 2010

Rodízio e Gerenciamento

Os auditores independentes têm função de atestar as demonstrações contábeis, de modo a atender com a fidedignidade da situação financeira e econômica da empresa. Assim acredita-se que a troca da firma de auditoria contribui para o aumento da independência entre o relacionamento da auditoria e do cliente, que se pode desgastar durante o tempo. Espera-se que o novo auditor seja severo em relação à prática do Gerenciamento de Resultados (GR) e, como consequência, ocorra um menor nível de gerenciamento de resultados. Neste sentido, o objetivo desta pesquisa é verificar se o rodízio de auditoria influencia no gerenciamento de resultados das empresas de capital aberto dos setores econômicos da Bovespa, utilizando o modelo de Kang e Sivaramakrishnan (1995). Tem-se, como hipótese, que no ano da troca da firma de auditoria o gerenciamento de resultados tende a diminuir e que nos anos subsequentes tende a aumentar. A pesquisa foi realizada nos dados das três empresas com maior ativo de cada setor econômico, que possuem papéis negociados na Bovespa no exercício de 2008, excluindo o setor financeiro. Desta forma, a pesquisa se caracteriza como descritiva e documental com abordagem quantitativa. Os resultados evidenciam que a troca de firma de auditoria não está diretamente relacionada à diminuição do gerenciamento de resultados. Alguns setores apresentam uma tendência para tal, porém, não se pode aceitar as hipóteses em sua totalidade.


Análise do Gerenciamento de Resultados e o Rodízio de Firmas de Auditoria nas Empresas de Capital Aberto - Júlio Orestes da Silva, Francisco Antonio Bezerra

Mandelbrot

Faleceu Benoit Mandelbrot, um gênio e inovador em finanças. Pioneiro na área de fractral, propôs uma abordagem diferente a algumas questões financeiras. Este matemático francês foi considerado um gênio. Recentemente uma de suas obras foi publicada em língua portuguesa.

Aqui, aqui, aqui e aqui postagens deste blog sobre Mandelbrot. Aqui uma aplicação do seu trabalho para determinar as fronteiras artificiais de países. Aqui um texto de 1999, publicado na Scientific American, que mostra como os fractais podem explicar o mundo.

Aqui, uma dissertação de mestrado brasileira, usando o que Mandelbrot ensinou, da doutoranda Márcia Athayde Matias. Uma das dissertações mais brilhantes na nossa área.

15 outubro 2010

Dia do professor

Eis um texto interessante com a professora caçula da UnB:

A experiência da caçula

Ludmila Souza passou no concurso antes de concluir o mestrado em Ciências Contábeis. A maioria dos alunos são mais velhos que ela, mas a respeitam como mestre
Luciana Teixeira - Da Secretaria de Comunicação da UnB

Duas vezes por semana, Ludmila de Melo Souza passa pelos corredores da Universidade de Brasília (UnB) carregando livros e cadernos, como tantas estudantes universitárias. Mas não é uma delas. Aos 24 anos, Ludmila é a professora mais jovem da UnB.

A relação com a universidade começou ainda no ensino fundamental. Mineira de Patos de Minas, ela sempre sonhou em estudar na UnB e já se preparava para enfrentar o vestibular mesmo sem ter escolhido a profissão. “Na oitava série, eu já sabia que queria a UnB e não pensava em outra coisa”, relembra.

Em 2004, Ludmila deixou a cidade natal para estudar Ciências Contábeis no campus Darcy Ribeiro. Aos 18 anos, foi morar com uma amiga, também aprovada na UnB, em um pensionato. “Tinha que pagar contas, arrumar o quarto, mas como já ajudava na casa dos meus pais, a diferença não foi tão grande”, conta. A UnB era como ela havia imaginado na oitava série. “Jamais me arrependi de ter vindo para cá.”

Ludmila não imaginava a carreira de docente até iniciar o mestrado
E foi como aluna que encontrou sua verdadeira vocação. “Fiquei apaixonada pela pesquisa e pela vida acadêmica”, revela. “Participei de projetos de iniciação científica e decidi que faria mestrado para continuar aprendendo”, comenta. Curiosa, Ludmila passava horas estudando na Biblioteca Central. “Meu orientador me incentivava a escrever artigos e comecei a gostar de produzir”, comenta a jovem professora.

Em 2008, recebeu o diploma e decidiu não voltar para Patos de Minas. “Meus pais vieram para Brasília e a vida ficou mais fácil”. Com o apoio da família, Ludmila apresentou projeto de mestrado em Contabilidade. Foi aprovada e permaneceu na UnB. Durante o mestrado, deu aulas de Metodologia de Pesquisa em Ciências Contábeis. “Foi meu primeiro contato com a docência. Nunca imaginei ser professora, mas gostei da experiência.”

CONCURSO – Perto de concluir o mestrado, surgiu a oportunidade de fazer concurso para a UnB. Foi quando se tornou professora. “Tive que correr para terminar o mestrado e fui nomeada no dia 12 de agosto”, comemora.

No começo da carreira docente, enfrenta agora a insegurança diária de encarar alunos, muitas vezes mais velhos que ela. Ludmila recorda que no primeiro dia de aula um estudante perguntou se ela era a professora. “Respondi que sim e ele questionou: mas você tem mestrado?”. No final da aula, o mesmo aluno tornou a procurar Ludmila. “Dessa vez queria saber a minha idade. Falei e ele disse que achava legal ter uma professora jovem”.

Os estudantes sempre procuram a jovem professora para conversar sobre pesquisas, projetos de extensão e demais assuntos da vida acadêmica. “Eles gostam de falar comigo. Acho que tenho uma linguagem mais parecida com a deles”, avalia. Para ela, ter idade próxima à dos alunos não traz prejuízos. “Eles me respeitam como alguém que tem algo a ensinar e as aulas são muito tranquilas”. Nesse primeiro semestre como professora, Ludmila recebeu a missão de ensinar Custos, disciplina do terceiro semestre de Ciências Contábeis, para 87 alunos.

Ludmila pretende fazer doutorado e continuar trabalhando na instituição. De acordo com ela, a pouca idade pode contribuir para o processo de renovação da UnB. “As pessoas ficam cansadas e é muito importante ter gente nova e disposta a realizar um bom trabalho e desenvolver os projetos existentes.”

Rir é o melhor remédio

Comenta-se que as empresas de internet/informática estão interessadas em fabricar automóveis. Eis o que pode acontecer:







Adaptado The Joy of Tech

Teste #367

Já divulgamos neste blog questões relacionadas a contabilidade do clube de futebol Barcelona. Existem alguns questionamentos aos resultados divulgados durante a gestão do ex-presidente Laporta (de 2003 a 2010 presidente do Barcelona). Laporta, defendendo sua gestão no clube, chamou a contabilidade por um nome diferente:

"balance positivo"
"contabilidad creativa"
"creatividad de rosea"

Resposta do Anterior: lavagem de dinheiro. Fonte: Cesan patrocinio a líder de fútbol colombiano por caso de lavado de activos. Agence France Presse 13 de outubro de 2010

Contabilidade em Espinho

Eis um texto interessante sobre a contabilidade pública numa cidade de Portugal

A dívida da Câmara de Espinho, em 31 de Outubro do ano passado, ascendia a quase 50 milhões de euros, cerca de mais 7,5 milhões do que o actual Executivo liderado pelo social-democrata Pinto Moreira estava a contar.

O valor foi detectado numa auditoria encomendada pela Câmara à empresa Deloitte [1], depois do vice-presidente Vicente Pinto, em Dezembro do ano passado, ter detectado a existência de despesas facturadas à Câmara no valor de cerca de 600 mil euros, sem que existissem para o efeito os processos administrativos de aquisição.

Através da auditoria, detectou-se que existem 7,5 milhões de euros que não foram, pura e simplesmente, reconhecidos na contabilidade da Câmara de Espinho [2].

O resultado do trabalho da Deloitte foi dado a conhecer exactamente na mesma altura em que vieram a lume os resultados de mais duas auditorias, desta feita, levadas a cabo pela Inspecção-Geral de Finanças (IGF(. Ambas com incidência ainda sobre a gestão encabeçada pelo actual governador Civil de Aveiro, o socialista José Mota.

Duas auditorias das Finanças

Na auditoria, de carácter financeiro e referente ao triénio 2006/2008, a IGF apurou "um sistemático empolamento das receitas orçamentais, em particular as de capital, permitindo a realização de despesas em 2008 no valor de 11 milhões de euros para cujo pagamento não existiam meios monetários disponíveis".

Na segunda auditoria feita pela IGF, em 2009, mas referente a 2008, nesse caso sobre o controlo das políticas tributárias, concluiu-se que os serviços municipais desconheciam o paradeiro de 858 processos de contra-ordenação pendentes e que mesmo depois de concluídas as verificações continuaram desaparecidos 317.

Tal falta de controlo levou a que os cofres da Câmara Municipal de Espinho perdessem uma soma de 84,4 mil euros respeitantes a tarifas de água, saneamento e resíduos sólidos, cujos processos prescreveram.


NATACHA PALMA - Auditoria eleva dívida da Câmara para 50 milhões - 14 Out 2010 - Jornal de Notícias [3]

[1] Empresa privada de auditoria
[2] Ou seja, não foram lançadas contabilmente
[3] Achei interessante o título da reportagem. Parece que a auditoria foi responsável pela dívida, quando na verdade somente revelou o valor real.

Plano de Contas do Setor Público

O principal objetivo do Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP), é uniformizar as práticas contábeis públicas. Consolidado em 2010 pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), é considerado um avanço da contabilidade pública e promete benefícios para toda a classe contábil e para a sociedade.

A padronização de um plano de contas tem sido considerado o principal benefício do PCASP. Segundo o coordenador geral de normas de contabilidade da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), Paulo Henrique Feijó: “Com um plano de contas padronizado, o trabalho dos contadores será facilitado, pois o nível de disseminação da informação e assimilação das mudanças será maior e os contadores poderão falar a mesma linguagem”.

O processo de padronização auxila na comparabilidade. Se todos os estados fizerem contabilidade do mesmo jeito, será possível comparar a situação entre eles. Por outro lado, a padronização da contabilidade é uma Tendência mundial. Assim, uma empresa multinacional não precisará adaptar seus balanços, deixando o processo contábil mais simplificado.

O contador e administrador Wellington Silva, trabalha há mais de 10 anos com contabilidade pública. Para ele, o principal benefício e também um grande desafio do PCASP é a atualização dos profissionais: “É preciso estudar. Muitos contadores precisarão abrir os livros, fazer pesquisa e até mesmo voltar as faculdades para tentar absorver e se atualizar dos novos conceitos que serão aplicados a contabilidade pública”.

Esses novos conceitos precisam ser interpretados pelo contador e refletidos no lançamento contábil. O plano de contas vai auxiliar o profissional a assimilar esses conceitos e colocá-los em prática. Para Paulo Henrique Feijó, “o grande diferencial do plano de contas é ser um instrumento que vai transformar em prática a teoria que vem sendo discutida”, afirma o contador.

A Sociedade será de fato a maior beneficiada com o processo de padronização das contas públicas. A transparência contábil promovida pela padronização será um instrumento contra a corrupção. O sócio-diretor da ASPEC, empresa desenvolvedora de softwares na área de gestão pública, Luciano Peixoto, acredita nisso. “Quando a União, os estados e municípios fizerem contabilidade do mesmo jeito, será possível comparação desses lançamentos contábeis. Consequentemente, haverá mais transparência no uso do dinheiro público”, diz Luciano.

O PCASP é um dos principais marcos da contabilidade pública, pois muda a organização das informações contábeis. É uma mudança que aproxima a contabilidade pública da contabilidade comercial trazendo um novo modo de fazer contabilidade.

Mais sobre o PCASP:

O Tesouro Nacional promoveu mais uma Ação do seu Planejamento Estratégico no sentido de padronizar os procedimentos contábeis entre os entes da Federação (União, Estados, DF e Municípios), visando a consolidação das contas públicas e a sua convergência metodológica e conceitual às Normas Internacionais e às Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público, conforme estabelecem a Portaria MF 184/2008 e o Decreto 6.976/2009. Esta iniciativa apoiará o processo de construção dos Planos de Contas por parte dos Estados, Distrito Federal e Municípios.”

O PCASP será obrigatório em 2012 para a União, Estados e Distrito Federal e 2013 para os municípios.


PCASP representa modernização para a contabilidade pública
Por Tiago Vieira - Portal da Classe Contábil

Novo presidente do Iasb

O presidente eleito do Conselho Internacional de Normas de Contabilidade (Iasb, na sigla em inglês) está seguro de que uma rixa transatlântica em torno dos métodos de avaliação de empréstimos e outros instrumentos financeiros ainda poderá ser equacionada, impulsionando planos para harmonizar demonstrações financeiras por todo o mundo.

Hans Hoogervorst disse ontem que, em sua opinião, os Estados Unidos adotarão os Padrões Internacionais de Demonstrações Financeiras (IFRS, na sigla em inglês) apresentados pelo Iasb no lugar dos Princípios Contábeis Amplamente Aceitos (Gaap, a sigla em inglês) dos EUA, sua própria norma.

"Companhias americanas de grande porte têm muito a ganhar [com uma transição para o IFRS]", ele disse.

Hoogervorst, um ex-ministro das Finanças holandês, foi indicado como o homem que substituirá sir David Tweedie no comando do Iasb, quando o escocês deixar o cargo em meados de 2011.

Sir David tem sido uma das forças motrizes por trás de uma tentativa de tornar o IFRS - o sistema seguido pelas companhias registradas em bolsa na União Europeia e por um número crescente de países na Ásia e na América Latina - intercambiável com o Gaap dos EUA.

O objetivo é facilitar para os investidores comparar companhias internacionalmente e, dessa forma, reduzir o custo do capital para os empreendimentos. Os EUA decidirão em 2011 se passarão para a IFRS. O plano de convergência que Hoogervorst herdará no ano que vem, porém, foi minado por abordagens divergentes em relação à reforma da contabilidade dos instrumentos financeiros nos dois lados do Atlântico.

O Conselho de Padrões de Contabilidade Financeira dos EUA (Fasb, na sigla em inglês), que fiscaliza o Gaap dos EUA, sugeriu um modelo segundo o qual bancos e outras entidades seriam obrigados a usar mais contabilidade pelo valor justo - também conhecida como marcação a mercado - para seus ativos financeiros.

A proposta provocou protestos nos EUA. O Iasb, com sede em Londres, por outro lado, prefere uma abordagem menos polêmica, que não tem a mesma ênfase sobre valor justo.

Em meio a rumores de que o Fasb possa suavizar a sua posição, Hoogervorst disse ao "Financial Times" que um denominador comum poderia ser alcançado pelos dois formuladores de normas nesse tema estratégico.

"Para mim não é um resultado inevitável que no fim haja mais divergência do que convergência [sobre instrumentos financeiros]. Acredito que os dois sistemas possam se aproximar bastante", ele disse.

Ao ser questionado sobre se os EUA adotariam o IFRS, ele respondeu: "Penso que sim". Ele não quis dizer, porém, o que poderia acontecer se o país não agisse assim, argumentando que ele se recusou a pensar sobre aquele cenário particular.

Sir David tem sido mais acessível a respeito desse tema, sugerindo recentemente que uma recusa ou isolaria os EUA ou enfraqueceria o poder de atração do IFRS como um padrão internacional na Ásia e América Latina.

Hoogervorst é o principal dirigente do órgão regulador dos mercados financeiros holandeses. Mas apesar de possuir experiência financeira de alto nível, ele não é um contador profissional.

Ele argumenta que a presente situação não lhe é estranha, dizendo que sua carreira política envolveu um período como o primeiro ministro da Saúde holandês que não tinha uma formação médica.

"O fato de eu ter sido capaz de analisar o mundo médico com um novo olhar foi uma importante contribuição para o meu sucesso como ministro da Saúde", ele disse, admitindo, porém, que ainda enfrenta uma acentuada curva de aprendizagem no seu novo cargo.

A nomeação de um ex-ministro para o cargo máximo no Iasb é um reconhecimento de como a contabilidade se tornou ainda mais uma arena política na esteira da crise financeira.

Hoogervorst, porém, está ansioso para se distanciar do conceito de que as normas contábeis devam ser um instrumento financeiro, em vez de serem usadas para servir investidores.

Ele ressalta que as normas devem ser redigidas independentemente dos políticos, um princípio que nem sempre sobreviveu à pressão de governos no passado.

"O motivo para eu acreditar que eu possa ser eficaz nesse cargo é que eu sei o que é ser diplomático, mas também sei o que é ser determinado", acrescentou
.


Novo chefe do Iasb mostra-se otimista sobre adesão dos EUA - Adam Jones - Valor Econômico - 14/10/2010

Conflito de interesse?


Estes são tempos difíceis para os contadores. Dados recentes relativos às receitas de duas das quatro grandes empresas de contabilidade mostram pequena redução. Seus negócios de auditoria e consultoria fiscal estão estagnados. Mas a consultoria é flutuante. Receitas de consultoria da PWC, anunciada em 4 de outubro, subiu 7,9% entre 2009 e 2010. Deloitte Touche Tohmatsu cresceu 14,9%. Ernst & Young cresceu modestos 2%, mas a tendência é clara. Para os quatro grandes, que também incluem a KPMG, isto agora gera entre um sexto e um terço da receita global, e este número está crescendo.

Algumas pessoas acham isso preocupante. Na América, os contadores estão proibidos de fornecer a maioria dos serviços de não-auditoria a empresas que auditam. Em outros países, no entanto, as regras são menos rígidas.

Na Grã-Bretanha, as empresas podem realizar "auditoria interna" para uma empresa, que envolve dar alguns conselhos, e ao mesmo tempo realizar a sua tradicional de auditoria externa. A KPMG, por exemplo, no ano passado venceu a corrida para fornecer serviços a Rentokil, uma empresa britânica de controle de pragas. Tal acordo seria ilegal na América.

Alguns acadêmicos argumentam que fazer uma auditoria interna traz ao auditor mais conhecimento sobre o cliente e, portanto, faz dele um auditor externo melhor. O chefe do Institute of Internal Auditors discorda: diz que tem "potencial para causar sérios conflitos de interesse". A KPMG insiste que pode manter as duas funções adequadamente distantes. Para PWC (anteriormente PricewaterhouseCoopers), na Grã-Bretanha, a consultoria é quase tão grande (£ 804m), como auditoria (£ 893m). (...)


Accountancy firms - A conflict of interest? – The Economist - 14 outubro 2010 | NOVA IORQUE

Câmbio


A figura mostra que o câmbio está valorizado demais no Brasil. O país é o segundo no índice Big Mac, índice que mede se a taxa cambial está valorizada ou desvalorizada. A revista The Economist toma o preço do Big Mac em cada país e converte em dólar. A seguir, compara com o preço nos Estados Unidos. No Brasil o Big Mac custa o equivalente a 5,26 dólares, em média. Nos Estados Unidos, US$ 3,71. A diferença é de 40% (que aparece no gráfico).

Frase

O IASB insiste que a questão geográfica não foi considerada, mas certamente ajuda ele ser do continente europeu, que deve ser aceitável para Grã-Bretanha e América.

Revista The Economist, sobre o novo presidente do Iasb (The IASB's new leaders - Double entry - 14 out 2010

Carrefour

Eis uma reportagem interessante sobre o desempenho do Carrefour. A seguir, alguns comentários ao texto:

PARIS/SÃO PAULO (Reuters) - O Carrefour previu nesta quinta-feira que terá encargos [1] no Brasil de cerca de 180 milhões de euros em todo o ano de 2010, devido à auditoria determinando ajustes de provisões relacionadas a descontos, litígios tributários e baixa contábil de estoques.

No primeiro semestre, o grupo varejista francês já teve impacto negativo [2] de 69 milhões de euros no resultado por causa da operação brasileira.

Diante disso, o Carrefour reduziu sua estimativa de lucro operacional neste ano de 3,1 bilhões de euros para ao redor de 3 bilhões de euros.

A empresa também divulgou que suas vendas no Brasil subiram 13,1 por cento no terceiro trimestre contra um ano antes, com base em uma taxa constante de câmbio, para 3,2 bilhões de euros. Considerando o câmbio atual, o crescimento chega a 33,8 por cento.

A bandeira Atacadão foi a que mais contribuiu para o desempenho [3] da varejista francesa no país entre julho e setembro, segundo comunicado.

Com o desempenho nos últimos meses, o Brasil ficou mais perto do segundo maior mercado para o Carrefour depois da França, posição que cabe à Espanha, onde as vendas somaram quase 3,6 bilhões de euros no último trimestre.

As vendas globais do Carrefour nos três meses até setembro totalizaram 25,6 bilhões de euros, expansão de 6,7 por cento pelo câmbio atual. A previsão de analistas consultados pela Reuters era de vendas de 25,5 bilhões de euros.

O presidente-executivo do Carrefour, Lars Olofsson, destacou o sólido desempenho da empresa no terceiro trimestre em um ambiente que permanece desafiador em muitos mercados importantes.

O executivo destacou as fortes vendas na China e na América Latina e disse que há sinais animadores de recuperação na Bélgica, Polônia e Taiwan.


Dominique Vidalon, em Paris, e Cesar Bianconi, em São Paulo - Carrefour prevê encargos no Brasil de 180 mi de euros em 2010 - Qui, 14 Out 2010 - Brasil Econômico

[1] o termo Encargos está estranho aqui.
[2] Novamente faltou clareza o que seria impacto negativo. Seria prejuízo líquido?
[3] Lucro ou receita? Ou nenhum dos dois?

Conflito de interesse

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) informou ontem que as instituições financeiras que participaram da megacapitalização da Petrobras poderiam ter divulgado análises sobre a oferta durante o período em que a operação ainda estava aberta. Semana passada, os bancos Itaú e Morgan Stanley causaram polêmica ao publicar relatórios negativos sobre a estatal logo após o encerramento oficial da transação. Ambos estavam entre os coordenadores da oferta, a maior da história mundial, que movimentou R$ 120 bilhões. Estima-se no mercado que cada negócio desse tipo origine comissões de 0,5% a 2% do valor do negócio - no caso, entre R$ 600 milhões e R$ 2,4 bilhões.

Para críticos, as instituições incorreram em conflito ético, porque venderam as ações aos investidores e logo depois da oferta publicaram relatórios rebaixando as projeções para os papéis. Os maiores prejudicados seriam os pequenos poupadores. "Não posso crer que um banco 'descobriu' que não era um bom investimento assim que acabou o período de silêncio", disse Marcello Klug Vieira, sócio da área de mercado de capitais do Salusse Marangoni Advogados. "Isso configura conflito de interesses, conflito ético."

A Itaú Corretora rebaixou a recomendação para os papéis da Petrobras de "desempenho acima da média do mercado" para "desempenho conforme a média do mercado". O banco de investimentos do grupo, Itaú BBA, foi um dos coordenadores globais da emissão da estatal. Já o Morgan Stanley reduziu o chamado preço-alvo para as ações - ou seja, o banco acredita que, no fim de 2011, elas valerão menos do que se esperava antes -, mas manteve a recomendação "acima da média do mercado".

Apesar das diferenças, os dois textos foram citados por operadores de mercado para explicar o desempenho das ações na semana passada - os papéis ordinários (ON, com direito a voto) recuaram 5,2% e os preferenciais (PN) caíram 5,5%. O banco inglês Barclays e o suíço UBS também rebaixaram a estatal, mas diferentemente dos outros dois não estiveram entre os líderes da megaoferta.

Procurados, Itaú e Morgan Stanley não quiseram se pronunciar. No entanto, fontes do mercado que pediram para não ser identificadas afirmaram que os bancos não divulgaram relatórios durante o andamento da operação por temer a reação da CVM. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


CVM: análise sobre Petrobras poderia ter saído antes - Estado de São Paulo -
Qui, 14 Out 2010, 08h31

Copa do Mundo

A verba financiada pelo banco corresponde a mais da metade do valor previsto para o projeto do estádio carioca, que é o mais caro entre as 12 cidades sedes e que está orçado em R$ 720 milhões.

As obras foram iniciadas há dois meses e estão previstas para terminar em dezembro de 2012.

Além do Maracanã, já aprovou o financiamento para as arenas em outras quatro cidades sedes: Fortaleza-CE, Cuiabá-MT, Salvador-BA e Manaus-AM.

No caso do Rio de Janeiro, os recursos do BNDES correspondem a 57% do investimento total.

Eles serão utilizados em estudos, projetos e obras civis, que incluem: demolição e reconstrução parcial de arquibancadas, reforço estrutural, construção de novas rampas de acesso, redesenho e alteração nas dimensões do campo e montagem de nova cobertura, ampliando a já existente.

A capacidade da arena, finalizada a intervenção, será de 76.525 espectadores, limitados a 75.027 durante os jogos da Copa do Mundo (de modo a que todos os assentos atendam às exigências da FIFA quanto à localização e visibilidade do gramado).



BNDES aprova R$ 400 milhões para a reforma do Maracanã - Brasil Econômico

O mais importante: qual a taxa de juros?

Passivo governamental

A questão do passivo governamental é complicada, mesmo em países desenvolvidos. A recente dificuldade de aprovação do aumento na idade da aposentadoria na França é um sinal dos enormes poderes dos beneficiários do setor público.

A revista The Economist fez um cálculo simplista da situação dos pensionistas dos Estados Unidos. Em algumas cidades daquele país, é comum a aposentadoria aos cinqüenta anos, com valores dos últimos salários.

Meredith Whitney, analista financeira, que previu a crise bancária, acha que os Estados da América poderá ser a próxima fonte de risco financeiro sistêmico.

A questão de determinar o valor do passivo é complicado, já que boa parte dos valores está fortemente vinculado ao futuro. Mas usando uma taxa de desconto de 8%, estima-se um passivo de 5,3 trilhões de dólares, para ativos de 1,9 trilhão.

Mas parte do problema refere-se a questão contábil. A The Economist propõe que os contribuintes sejam informados claramente das promessas de pagamentos futuros para os servidores públicos.

14 outubro 2010

Rir é o melhor remédio


Doações ocultas para políticos

Teste #366

A fabricante da cerveja Bavaria, do grupo SabMiller, decidiu retirar o patrocínio do clube de futebol Independiente Santa Fe, líder do campeonato colombiano. O presidente do clube, César Pastrana, afirmou que a situação era injusta e esta disposto a "mantener las puertas de la contabilidad totalmente abiertas para lo que quieran investigar". O patrocínio era de 800 mil dólares por ano. As acusações que levaram a desistência da Bavaria:

escândalo sexual envolvendo um jogador do clube e um suposto travesti
lavagem de dinheiro do tráfico de drogas
morte da mulher do zagueiro do clube

Resposta do Anterior: História. Fonte: aqui

Frase

Europa logra politizar el organismo que elabora las normas contables internacionales

Antonio León - El Economista - 14 out 2010

Clai 2010

Aqui link para o Congresso Latino-americano de Auditoria Interna, que ocorrerá no Rio de Janeiro, de 7 a 9 de novembro de 2010.

Dica Rossana Guerra, grato.

Europa contra as auditorias

O domínio das quatro grandes firmas de contabilidade global enfrentou um desafio de quarta-feira da União Europeia, que afirmou que iria analisar se leis são necessárias para reduzir o seu controle do mercado.

Anunciando um esforço para apertar o regulamento, após a crise financeira, Michel Barnier, o comissário europeu para os serviços financeiros, disse que para o setor de auditoria, "o status quo não é uma opção."

Barnier disse que os quatro grandes - Deloitte, PricewaterhouseCoopers, KPMG e Ernst & Young - controlam 70 por cento do mercado europeu de auditoria, enquanto na Grã-Bretanha, 99 por cento das cem empresas do FTSE contratam-nas.

"Nós pensamos que este tipo de concentrações pode levar a risco sistêmico", disse Barnier afirmou, acrescentando que as conseqüências de uma empresa de auditoria entrar em falência podem ser severas.

Ele também destacou que os auditores, junto com o resto da comunidade financeira, não conseguiram prever o início da crise financeira. [1]

"Precisamos de mais concorrência. Precisamos de mais diversidade ", disse ele, sugerindo que as pequenas empresas de contabilidade devem ser encorajados a expandir-se.

(...) A comissão vai decidir no próximo ano a possibilidade de propor legislação. (...)


E.U. Concerned by Big Four's Dominance in Auditing - New York Times - 13 out 2010 - STEPHEN CASTLE

[1] Isto não é papel das auditorias.

Centenárias

Empresas Brasileiras com mais de cem anos:

:: Gerdau (Siderurgia)

::Matte Leão (Bebidas)

::Salton (Bebidas)

:: Hering (têxtil)

:: Alpargatas (Calçados)

:: Malwee (têxtil)

:: Açúcar União (Alimentação)

:: Karsten (têxtil)

::Cedro Cachoeira (têxtil)

:: Cini (Bebidas)


Fonte: Exame (Notícias Contábeis)

Receita

Um clima de indefinição ronda o setor imobiliário brasileiro. Faltando aproximadamente seis meses para a largada da divulgação dos números consolidados do ano, construtores e auditores ainda não chegaram a um consenso sobre a adesão ao padrão internacional, o chamado International Financial Reporting Standards (IFRS).
O centro da discussão é a alteração no reconhecimento de receita das companhias do ramo de construção, tanto as de capital aberto como as fechadas, com faturamento acima de R$ 300 milhões.

No Brasil, os balanços do setor acompanham o desenvolvimento das obras, o modelo Percentage of Completion (POC) - ou percentual de conclusão, na sigla em inglês. Na nova regra, obedecendo a lógica do negócio, o dinheiro só entra oficialmente quando as chaves forem entregues ao proprietário do imóvel.

Ainda há muita polêmica e falta de clareza sobre o tema, admite Tadeu Céndon, sócio da Price. No entanto, isso não pode fazer com que as empresas deixem de alertar seus acionistas sobre os possíveis impactos das alterações.

"A nova norma pode pressionar o Valor Geral de Vendas, principal indicador das companhias do setor. A atenção dos analistas será redobrada, pois há muita pressão para que as empresas entreguem o que prometeram", diz.

Céndon lembra que uma das formas de tranquilizar o mercado é abastecê-lo com um número maior de informações. Balanços trimestrais robustos, recheados com notas informativas e cenários para esclarecer como a empresa pretende honrar o fluxo de pagamento de dividendos, serão ferramentas usadas pelas empresas que fizerem a lição de casa.

"Os benefícios da divulgação são maiores que os eventuais prejuízos em não divulgar a alteração adequadamente. As empresas precisam deixar claro que seus fundamentos permanecem." Em outras palavras: o novo modelo contábil não tem o poder de tornar uma empresa melhor ou pior do que era.

Se para as companhias listadas a principal preocupação é comunicar os impactos da nova norma para que o mercado não castigue suas ações na bolsa, para as de capital fechado os focos de atenção são outros, diz Julian Clemente, sócio de auditoria da Crowe Horwath RCS. "Elas temem ver suas receitas encolherem temporariamente, o que pode fazer com que os bancos dificultem ou simplesmente não aceitem abrir linhas de financiamento."

A regra que altera a forma de contabilizar as receitas das empresas do setor é tão complexa que tem provocado discussões acaloradas no mundo todo. E por aqui não tem sido diferente. Um grupo formado por grandes empresas de contabilidade, analistas de bancos de investimentos e representantes das companhias tem debatido o tema, cujo desfecho deve ocorrer entre o fim deste mês e o próximo.

A decisão de adotar a norma está condicionada à definição de uma dúvida: as empresas do segmento fazem uma venda com entrega futura ou são meras prestadoras de serviços. "A norma sobre receitas se aplica ao primeiro caso", diz Walter Dalsasso, da Deloitte.

Mas o que de fato parece inquietar as empresas nesse processo é o ciclo das obras. Ou seja, o intervalo que uma incorporadora demora entre o lançamento de um projeto e a efetiva entrega da unidade a seu proprietário. No Brasil, esse tempo é maior, de cerca de 30 meses, estima Dalsasso. E deixar de fora dos balanços receitas por todo esse tempo é a grande preocupação do setor.

Consenso

Segundo o professor Eliseu Martins, um dos grandes especialistas em contabilidade internacional no Brasil, a discussão está bastante evoluída e deve levar a um consenso rapidamente. Ele faz parte do grupo de trabalho da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que discute o tema desde março.

Qualquer adiamento é descartado. "Não há qualquer previsão ou intenção de postergar. O prazo para aplicação das normas está mantido", afirma José Carlos Bezerra, gerente da superintendência de normas contábeis e auditoria da CVM.


Novo Modelo Contábil Coloca Setor Imobiliário no Muro - Brasil Econômico - Via Contabilidade e Controladoria

Grafismo

Professor, o autor do texto publicado em seu blog comete uma serie de equivocos qto aos preceitos da analise tecnica (AT). Acho que seria interessante que o sr. publicasse a reportagem da Folha de SP (link abaixo) sobre as escolas de investimento: tecnica e fundamentalista.

Sou eng agronomo de formacao, mas, na pratica, sou investidor iniciante em mercado de acoes e estudioso da analise tecnica ou grafica, como eh mais conhecida.

Ao contrario do dito no texto, a analise tecnica nao anteve nenhum movimento do mercado. Ela simplesmente monitora o comportamento do mercado e busca, como objetivo mais importante, determinar a tendencia do ativo que se pretende negociar.

Qto ao status de bruxaria ou profecia auto-realizavel a que muitos atribuem a AT, isso tambem nao eh verdadeiro. A AT trabalha, entre outras coisas, com figuras graficas, as quais, conforme literatura especializada, apresentam diversos graus de probabilidade de sucesso na ocorrencia de determinados movimentos. A partir dessa constatacao, aumenta a probabilidade de se trabalhar com cenarios estatisticos favoraveis, ja que busca-se iniciar operacoes apenas com esperanca matematica positiva.

Na minha visao de AT, a unica bruxaria de algumas escolas de grafistas, sao as ondas de Elliot. A dificuldade e o atraso na identificacao na formacao das ondas retardam a entradaem uma operacao, o que reduz a possibilidade de ganho e torna o uso dessa tecnica muito complexo. A contagem das ondas eh muito dependente do movimento dos precos, alterando a numeracao das ondas, conforme o desenrolar do mercado.

Qto ao Fibonacci, assim como eh dito pelo Odir Aguiar (Didi), um dos grafistas mais respeitados do pais, seu uso eh dispensavel, ja que todo o mercado como um todo ja se encontra "Fibonaccizado", o que se verifica pelas localizacoes dos suportes e resistencias, muitas vezes coincidentes com os numeros de Fibonacci.

Caso o professor queira entrar em contato com verdadeira autoridade no tema, sugiro entrar em contato com o Didi. Outro analista muito competente e mais acessivel eh o Raphael Figueredo, analista do Forum da MYCAP corretora. Ele tem diversas analises de acoes publicadas em diversos jornais e sites, como o Infomoney.

Nessa reportagem da FOLHA de SP, ha um "confronto ideologico" entre um analista fundamentalista e um tecnico, nesse caso, o Didi. Vc vai notar as sultilezas da AT, atraves das respostas do DIdi.

http://www1.folha.uol.com.br/mercado/809349-qualquer-um-pode-ficar-rico-com-a-bolsa-diz-analista-de-mercado.shtml

Gustavo

Fisco

Os governos estaduais e o governo federal a cada ano estão aperfeiçoando os processos de fiscalização por meio de tecnologias inteligentes, com o objetivo de reduzir ou acabar com a sonegação fiscal no Brasil.

Algumas perguntas surgem neste cenário: o que as empresas têm a ver com isto? Minha empresa será atingida? Vou pagar mais impostos ou menos? A empresa que sonega irá sobreviver?

Atualmente, o governo tem controle sobre as compras que as pessoas e as empresas realizam utilizando o cartão e crédito, a compra e venda de imóveis, a movimentação financeira por meio dos bancos, sobre os produtos que as empresas compram e vendem usando a nota fiscal eletrônica e o sistema público de escrituração fiscal, sobre a contabilidade das empresas através do sistema público de escrituração contábil, entre outros. Todo esse controle exercido já chegou a ser apelidado de “Big Brother Fiscal”.

O que esses controles têm a ver com minha empresa? As empresas sonegadoras terão a cada dia menos oportunidade de burlar a lei, e, com isso, a concorrência será mais leal. Será mais difícil que os preços dos produtos e dos serviços se tornem menores (e, portanto, mais competitivos que os do mercado) à custa da sonegação.

A dúvida é se as empresas que sonegam sobreviverão, caso paguem todos os impostos, sendo que utilizam o não-pagamento das taxas para concorrer. A resposta é simples e complexa ao mesmo tempo. A grande diferença será a capacidade que as empresas terão de demonstrar para se manter e crescer gerenciando suas ações e não mais vivendo ou sobrevivendo da sonegação.

Gerenciar envolve conhecer o processo empresarial, desde entender o que os clientes querem com o produto ou serviço da empresa, passando pela gestão dos recursos financeiros, máquinas, custos e, principalmente, pela capacidade da empresa buscar e a manter profissionais qualificados para exercer suas funções.

Não tem volta em relação ao aprimoramento dos controles fiscais pelo governo, com o objetivo de reduzir a sonegação fiscal, o que as empresas precisam fazer é buscar incansavelmente como melhorar sua gestão e participar constantemente da sociedade através da participação nas entidades que podem representá-la.


Sua empresa, os impostos e a fiscalização - PAULO FELICIONI , DIRETOR-TESOUREIRO DA ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE JARAGUÁ DO SUL (ACIJS) - 14 Out 2010 - A Noticia

13 outubro 2010

Quem ganha e quem perde

... Com a escolha de Hans Hoogervorst:

Ganha:

Eurocentrismo - novamente uma europeu comandando o Iasb.

Mercado Financeiro/Bolsa de Valores - o novo chefe tem experiência em regulação do mercado financeiro. O papel o investidor deverá ser enfatizado.

Perde:

Países não europeus - a esperança de que o novo chefe fosse pelo menos neo-zelandês acabou.

Profissão contábil - ter um não contador como presidente do Iasb, órgão mundial responsável pelas normas contábeis. Precisa dizer mais?

Rir é o melhor remédio



No Facebook de Clark Kent, fotos da infância e um recado da sua mãe, para comprar leite quando voltar de Saturno.

Fonte: aqui

Links

Ciclo Menstrual e compra por impulso

Tempo para formar um hábito: de 18 dias a 254 dias

Aversão a perda no tenis

Racionalidade do goleiro no penalti

Menina gasta mais que menino

Estudo mostra que crianças com menos de 10 anos são mais hábeis com tecnologia do que com leitura ou escrita

Cliente, ponto de venda e ciência da compra

Teste #365

O anunciado presidente do Iasb, a partir de 2011, é graduado em:

Contabilidade
Economia
História

Resposta do Anterior: Alemanha. Fonte: aqui

Notícias sobre o novo chefe do Iasb XI

O texto menos convencional foi do Financial Times, que destaca o fato de não ser um contador e publica também uma foto não convencional de Hans hoogervorst:

The non-accountant at the IASB - Jennifer Thompson - Oct 12 15:20.

Call off the search. After a year-long global quest and the examination of more than 300 applications, the International Accounting Standards Board has found its man.

And he’s not an accountant. He’s this man:


Hans Hoogervorst, the former Dutch Minister of Finance, will succeed Sir David Tweedie as chairman of the IASB at the end of June next year. Ian Mackintosh, current chairman of the UK Accounting Standards Board, will become vice-chairman.

From the press release:

Hans is a senior and well-respected securities regulator who has a strong record defending the principles of transparency and independence. Ian is an accomplished accounting expert and international standard-setter.

And from Sir David Tweedie:

Their skill sets are entirely complementary. This is an excellent outcome.

So there you have it.

Hoogervorst and Mackintosh will certainly have a rather big job on their hands — not least driving forward international accounting convergence.

There are also relationships to be managed closer to home. The IASB came under fire earlier this year from L’Autorité des Normes Comptables, a new accounting standards body, concerning new lease accounting and governance.

So for the moment, it could well pay off to be a diplomat, not a beancounter at IASB HQ

Notícias sobre o novo chefe do Iasb X

Aqui, no endereço oficial do Iasb:

Trustees appoint Hans Hoogervorst to succeed Sir David Tweedie
12 October 2010

The Trustees of the IFRS Foundation, the oversight body of the International Accounting Standards Board (IASB), today announced the appointment of Hans Hoogervorst as chairman and Ian Mackintosh as vice-chairman of the IASB.

Mr Hoogervorst will succeed Sir David Tweedie on his retirement as chairman of the IASB at the end of June 2011. He is currently chairman of the Netherlands Authority for the Financial Markets (AFM), the Dutch securities and market regulator, chairman of the Technical Committee of the International Organization of Securities Commissions (IOSCO) and co-chair of the Financial Crisis Advisory Group (FCAG), an independent body of senior leaders formed to advise accounting standard-setters on their response to the global financial crisis. He will step down from all his present positions in order to join the IASB.

Mr Mackintosh, a former chief accountant of the Australian Securities and Investment Commission, has more than 30 years experience of national and international accounting standard-setting. He is currently chairman of the UK Accounting Standards Board and chairman of the group of national accounting standard-setters, a body in which more than 20 national and regional accounting standard-setting organisations participate.

Under the 10-year leadership of Sir David Tweedie, the IASB has succeeded in establishing International Financial Reporting Standards (IFRSs) as the accepted set of financial reporting standards in more than 100 countries. As the organisation’s second decade begins, the goal of a single, high-quality and globally accepted set of accounting standards is within reach. The new chairman brings a strong understanding of, and an ability to navigate through, the challenges facing the IASB on the path to global IFRS adoption.

Mr Mackintosh’s significant experience in the standard-setting field will assist the IASB as it seeks to establish IFRSs as the global standard. Both Mr Hoogervorst and Mr Mackintosh have demonstrated a firm commitment to protecting the independence of the standard-setting process and acting in the interest of investors and other stakeholders.

The appointments mark the end of a nearly year-long international search process. Trustees sought nominations from more than 500 stakeholder organisations, considered more than 300 candidates from 28 countries before compiling a reduced list of 45 individuals from 20 countries. The appointments were unanimously approved by Trustees during their October 12 and 13 meeting in Seoul, Republic of Korea.

Commenting on the appointments, Tommaso Padoa-Schioppa, chairman of the Trustees said:

I am delighted that we have succeeded in identifying a strong team to lead the IASB in its second decade. Hans is a senior and well-respected securities regulator who has a strong record defending the principles of transparency and independence. Ian is an accomplished accounting expert and international standard-setter.

In announcing the appointments, I would also like to express my deep thanks to Sir David Tweedie, who through a combination of personal determination and limitless energy has transformed the international financial reporting landscape.

Finally, I want to thank Sir Bryan Nicholson, who as chairman of the Trustees’ nominating committee led the search process to a successful conclusion.


Sir David Tweedie, current chairman of the IASB said:

I am delighted that the Trustees have chosen Hans, supported by Ian, to lead the IASB. I got to know Hans when he co-led the Financial Crisis Advisory Group and I have worked with Ian for many years. Their skill sets are entirely complementary. This is an excellent outcome.


Hans Hoogervorst, chairman-elect of the IASB said:

As a securities and market regulator I have investor protection in my DNA. I strongly believe that a global set of accounting standards, set for investors by an independent standard-setter, is an essential component for the world’s financial markets. These will remain my priorities.

The IFRS story is a remarkable one. I relish the opportunity to build on the great work of Sir David Tweedie and to lead the organisation into a second decade of success.

Ian Mackintosh, vice-chairman-elect of the IASB said:

I welcome the opportunity to serve as vice-chairman of the IASB, and to work with Hans and my new colleagues on the Board in developing the highest quality standards.

As a national standard-setter and someone long involved in the standard-setting process I understand the challenges facing the organisation. I am strongly committed to the cause of global standards.

Further information related to the appointment process is available from the IFRS Foundation website at www.ifrs.org.

Biography for Hans Hoogervorst

Mr Hoogervorst is chairman of the executive board, the Netherlands Authority for the Financial Markets (AFM), chairman of the IOSCO technical committee, co-chair of the Financial Crisis Advisory Group to the International Accounting Standards Board and chair of the IFRS Foundation Monitoring Board.

Between 1998 and 2007 Mr Hoogervorst held a number of positions in the Dutch Government, including minister of finance, minister of health, welfare and sport, and state secretary for social affairs. Prior to this Mr Hoogervorst served both as a member and senior policy advisor to the Dutch Parliament and the Ministry of Finance. He also spent three years as a banking officer for the National Bank of Washington in Washington, DC.

Mr Hoogervorst holds a Masters degree in modern history (University of Amsterdam, 1981) and a Master of Arts degree in international relations (Johns Hopkins University school of advanced international relations, majoring in international economics and Latin American studies).

 

Biography for Ian Mackintosh

Ian Mackintosh is chair of the UK Accounting Standards Board.

Originally from New Zealand, Ian has spent much of his career in Australia, first with Coopers & Lybrand and later as a consultant in his own practice. In November 2000, he was appointed Chief Accountant of the Australian Securities and Investment Commission and following that was Manager, Financial Management, South Asia at the World Bank.

Mr Mackintosh has played an active role in standard-setting since 1983. He was a member, and later Deputy Chairman, of the Australian Accounting Standards Board, as well as chairing its Urgent Issues Group. Mr Mackintosh is also a member of the International Accounting Standards Board's Standards Advisory Council. He has substantial public sector experience, having chaired both the Australian Public Sector Accounting Standards Board and the IFAC Public Sector Committee.

Notícias sobre o novo chefe do Iasb IX

The new International Accounting Standards Board (IASB) chairman must be part-politician and part-technician, a head of the IASB’s oversight committee has said.

Tommaso Padoa-Schioppa, chairman of the IASB trustees, said the newly-elected IASB chairman Hans Hoogervorst, who will replace Sir David Tweedie in June next year, has the right mix of political and technical experience needed to move the body forward.
Advertisement

“Some of the key challenges facing the organisation in the next two or three years are technical but also highly political,” he said.

The nationality of the candidates was not a factor in the final decision, he told Accountancy Age from Seoul.

“The discussion…was not one where geographical factors played a significant role, it was much more about the profile and what sort of person the IASB would need in the coming years,” he said.

“The final decision gives a blend of political and policy-making experience, negotiating ability and leadership technical, expertise that I think that was seen by all trustees as the lend we need for the future.”

Hoogervorst will begin his new post just as the US is in the final stages of deciding whether to adopt international standards. The IASB has been trying to harmonise international and US accounting rules despite differences in how the two boards account for financial instruments.

Padoa-Schioppa said Hoogervorst had strong US connections.

“Hans has excellent relationships in the United States, he has co-chaired with Harvey Goldstein on the Financial Crisis Advisory Group.

He has a very strong relationship with [US Securities and Exchange Commission chairman] Mary Schapiro and he chairs the International Organisation of Securities Commissions (IOSCO) committee. He has lived in the US and worked there.”

Hoogervorst will also have to navigate a changing political landscape when he begins, with Japan, Argentina, Canada, Mexico and South Korea officially switching to international accounting rules in the next twelve months.

Hoogervorst said he had investor protection “in my DNA”.

“I strongly believe that a global set of accounting standards, set for investors by an independent standard-setter, is an essential component for the world’s financial markets. These will remain my priorities,” he said.

He will also have to work with European finance ministers, who have had a rocky relationship with the IASB since adopting of international accounting rules in 2005. The IASB has so far resisted pressure from Europe to change its accounting rules to meet regulatory needs.

Padoa-Schioppa believes Hoogervorst will be a balanced chairman who will not always agree with regulators.

“There are some regulators concerned with financial stability which may have in some cases different views as to what the best accounting methods will be, just as tax authorities will have accounting rules which are different,” he said

“The credentials of Hans are fully in line with the mission of IASB.”

He will be joined by the UK Accounting Standards Board’s current chairman Ian Mackintosh, who as appointed to the newly-created vice chairman position. Speaking from Seoul, Mackintosh said he had really enjoyed working at the ASB “and working with the fine folk involved with it”.

In an earlier statement he said he has been long-involved in the standard-setting process and understands the challenges facing the organisation.

“I am strongly committed to the cause of global standards,” he said.

Baroness Hogg, chairman of the UK’s reporting regulator, the Financial Reporting Council, congratulated Ian on his appointment and said he would join the IASB at a critical time for international standards.

New IASB chairman must be part-politician, says trustee chief

"The final decision gives a blend of political and policy making experience" trustee head Tommaso Padoa-Schioppa tells Accountancy Age


Mario Christodoulou - Accountancy Age, 12 Oct 2010

Notícias sobre o novo chefe do Iasb VIII


Bruselas, 12 oct (EFECOM).- El ex ministro holandés Hans Hoogervorst fue elegido hoy presidente del Consejo de Normas Internacionales de Contabilidad (IASB, por sus siglas en inglés), el organismo que establece los principios contables que se emplean en un centenar de países, entre ellos los Veintisiete de la UE.

La tarea principal de Hoogervorst en la segunda década de vida del IASB será la de ampliar los estándares internacionales de información financiera (IFRS, siglas en inglés), que no son empleados en Estados Unidos, explicó el consejo en una nota de prensa.

Hoogervorst, que en la actualidad preside la comisión de valores holandesa, sucederá a partir de junio a sir David Tweedie, que ha ocupado el puesto durante una década, mientras que Ian Mackintosh, antiguo jefe de contabilidad del organismo regulador australiano y actual presidente de la junta de estandarización de normas de contabilidad británica, hará lo propio como vicepresidente.

El nombramiento de un político para un trabajo antes desempeñado por un tecnócrata se ha interpretado como un reflejo de la importancia política y la controversia alcanzadas por la contabilidad financiera a raíz de la crisis económica.

El comisario europeo de Mercado Interior y Servicios Financieros, Michel Barnier, celebró el nombramiento del antiguo ministro de Finanzas holandés en un comunicado y expresó su confianza en trabajar con él para cumplir el compromiso alcanzado en el G20 de lograr una mayor convergencia global en reglas de contabilidad.

"En particular, deseo que la US Securities and Exchange Commission (SEC, regulador bursátil estadounidense) apruebe el empleo de las normas IFRS por sus usuarios nacionales, lo que debería suceder en 2011", dijo Barnier.

"IFRS es la única opción creíble si queremos crear un marco único de contabilidad para las compañías cotizadas de todo el mundo". añadió.

Sin embargo, el Congreso estadounidense mantiene ciertas cautelas ante una pérdida de soberanía del organismo nacional en este sentido, por lo que el nuevo presidente del Consejo de Normas Internacionales de Contabilidad tendrá que desplegar sus habilidades para lograr este cambio, según los analistas. EFECOM


Ex ministro holandés presidirá el organismo mundial de normas de contabilidad
12/10/2010 - Agencia EFE - Servicio Económico

Notícias sobre o novo chefe do Iasb VII

LONDON, Oct 12 (Reuters) - Hans Hoogervorst, head of the Dutch markets regulator AFM, was named as the new chairman of the International Accounting Standards Board (IASB), marking a new emphasis on winning political support for its global rules.

Hoogervorst, a former Dutch government minister, will take up the full-time position for an initial five-year period after current chairman David Tweedie steps down in June 2011, the board's trustees said in a statement.

Ian Mackintosh, current head of the UK accounting standards board, has been appointed in the new post of vice-chairman.

The selection of another European to replace Tweedie will please European Union governments and lawmakers who have complained the IASB is not transparent or accountable enough in its workings.

Tweedie, a Scot and an accountant by training, has been chairman for 10 years -- effectively from the IASB's start -- and his sometimes feisty, technical approach has ruffled feathers of politicians in the EU and United States.

Mackintosh is a former chief accountant of the Australian Securities and Investment Commission and his appointment will help address concerns in Asia that the London-based IASB is too heavily influenced by Europe.

"The geographical span is broadened and I think this should be welcomed," said Tommaso Padoa-Schioppa, who chairs the IASB's trustees.

"I don't expect a change of policy," Padoa-Schioppa told Reuters in a telephone interview from Seoul where the IASB's trustees voted unanimously for the changes.

Hoogervorst said investor protection, a single global set of accounting rules and independent standard-setting "will remain my priorities".

DIPLOMAT

The IASB has emerged as a powerful, global lawmaking body, its standards used in over 100 countries -- they are mandatory for the 8,000 listed companies in the European Union but not used in the United States.

The IASB is locked in talks with its U.S. counterpart, the Financial Accounting Standards Board (FASB), to converge their rules into a single set of global standards, as called for by the Group of 20 leading countries.

The U.S. Congress has been wary of adopting IASB rules, which would effectively give up sovereignty in standard-setting to a board seen as having been swayed by European influence, even though Congress forced FASB to make changes too.

The need to win over U.S. lawmakers to adopt IASB rules and to keep EU politicians fully on board is a task that now requires strong diplomatic skills.

Padoa-Schioppa said the new chair was chosen for his extensive global diplomatic and policymaking background -- Hoogervorst is not an accountant by training.

The role of overseeing the technical detail of IASB rules can then be left to Mackintosh, a veteran accountant, who can reassure the industry that rulemaking will independent.

"There is clearly a different profile for the new chairman," Padoa Schioppa said.

"He has a lot of diplomatic skills and the trustees felt this was the appropriate profile for the future chairman. He also has strong experience in investor protection practices which is one of the main concerns of the trustees," Padoa Schioppa said.

Michael Izza, chief executive of the ICAEW, an accounting industry body, said Hoogervorst's appointment heralds a new era for financial reporting and the board should continue to persuade the United States to adopt IASB rules.

"It is critical that Mr Hoogervorst engages with key IFRS stakeholders across the world at an early stage to understand their views and concerns," Izza said.

EU Internal Market Commissioner Michel Barnier said he looked forward to working with Hoogervorst to continue "strengthening the governance and accountability of the IASB".

The board has already begun reforming its fair value or mark-to-market rule which came under fire at the height of the financial crisis.

It forced banks to value assets at the depressed going rate, triggering firesales and heavy pressure from EU finance ministers and the European Commission to water it down.

But FASB has proposed extending the use of mark-to-market, helping to slow down convergence with IASB rules so that a June 2011 set by the G20 for reaching a full single set of global standards will now be missed by several months at least.

"Convergence is important but ultimately what really matters is adoption of IFRS by the United States... which is strongly backed by the G20," Padoa-Schioppa, a former Italian treasury minister, said.


UPDATE 2-Dutchman Hoogervorst to chair IASB accounts body - 12 October 2010 - Reuters News - Huw Jones

Notícias sobre o novo chefe do Iasb VI

Neste texto, o WSJ destaca a questão política na escolha:

On the face of it, a former Dutch finance minister with no accountancy qualifications is an odd choice to succeed David Tweedie as chairman of the International Accounting Standards Board. Hans Hoogervorst was only appointed at the eleventh hour after European politicians effectively vetoed Ian Mackintosh, an Australian standard-setter who had emerged as front-runner following an exhaustive yearlong search. For a body that prides itself on its independence, analytical rigor and commitment to the needs of investors, the decision to appoint a politician as chairman looks ominous.

In fact, Mr. Hoogervorst, who is currently chairman of the Dutch securities and markets regulator, may turn out to be an inspired choice. As co-chairman of the Financial Stability Action Group, a high-level global committee set up to advise both the IASB and the U.S.'s Financial Accounting Standards Board, he came out strongly in favor of accounting transparency and the need for global accounting convergence.

What is more, Mr. Hoogervorst's political skills and experience should be an asset to the IASB as it tries to improve its frequently strained relations with the European Union over its perceived lack of accountability. His relationship with FASB should help keep global efforts to achieve accounting-standards convergence on track. The appointment of Mr. Mackintosh as deputy chairman will further reassure practitioners that the IASB remains committed to high-quality independent standards.

The IASB has changed beyond recognition since it was set up nine years ago. From a scrappy start-up providing a parallel internationally comparable basis for accounts used in only a handful of countries, it is now a global body whose standards have been adopted by 130 countries, including every major economy with the exception of the U.S. It is a tribute to Sir David's success that the IASB has needed to turn to two people to replace him.


The Politicization of Global Accounting - Simon Nixon - 12 October 2010 - The Wall Street Journal (Online and Print)

Notícias sobre o novo chefe do Iasb V

The top securities regulator of the Netherlands was named to head the panel that sets global accounting rules.

Hans Hoogervorst, chairman of the Netherlands Authority for the Financial Markets, will become chairman of the International Accounting Standards Board in June. He was appointed by the trustees of the IFRS Foundation, which oversees the IASB's operations and selects its members.

Mr. Hoogervorst, a former Dutch finance minister, will succeed Sir David Tweedie of the U.K., who is retiring.

As chairman, Mr. Hoogervorst will play a key role in accounting "convergence," the effort to bring U.S. and international accounting standards closer together. Accounting rule makers have long wanted a single set of accounting rules to apply world-wide, as opposed to the current system in which international rules differ in some respects from U.S. generally accepted accounting principles. U.S. regulators are slated to decide next year on whether to adopt International Financial Reporting Standards, as the global rules are known, for American companies.

"I strongly believe that a global set of accounting standards...is an essential component for the world's financial markets," Mr. Hoogervorst said in a statement.

The IFRS Foundation also named Ian Mackintosh vice chairman of the IASB. Mr. Mackintosh, a New Zealand native, is a former chief accountant of the Australian Securities and Investment Commission and currently serves as chairman of the U.K. Accounting Standards Board.


Hoogervorst Is Tapped to Head Global Accounting Board - Michael Rapoport -
12 October 2010 - The Wall Street Journal (Online and Print)

Notícias sobre o novo chefe do Iasb IV

Hans Hoogervorst, co-chair of the committee that helped steer accounting standard-setters through the financial crisis, will replace Sir David Tweedie at the IASB.

Former Dutch finance minister Hans Hoogervorst has been tapped to succeed Sir David Tweedie as chairman of the International Accounting Standards Board. The appointment was announced Tuesday by the trustees of the IFRS Foundation, the parent organization of the IASB.

Tweedie, who will step down at the end of June 2011, has been the only chairman of the IASB since its founding in 2001. His legacy undoubtedly will be his effort to establish international financial reporting standards as a global set of rules. Today, IFRS has been adopted by more than 100 countries.

Hoogervorst is currently chairman of the Netherlands Authority for the Financial Markets, the Dutch securities and market regulator; chairman of the technical committee of the International Organization of Securities Commissioners; and co-chair of the Financial Crisis Advisory Group (FCAG), an independent body of senior leaders formed to advise accounting standard-setters on their response to the global financial crisis. He is also chair of the IFRS Foundation Monitoring Board. He will give up these roles when he joins the IASB next summer.

Hoogervorst's experience and background made him an "immensely attractive" candidate, says Robert Glauber, vice chair of the IASB trustees, the group that appoints board members. "On the crucial issue of independence, his record is crystal clear: he is deeply committed to investor protection and to the independence of standard setting, and he is willing to stand up and speak strongly in defense of what he believes."

Board independence became a high-profile issue during the height of the financial crisis. At the time, politicians from the European Union forced the IASB to circumvent its due process and quickly push out accounting rules related to financial instruments as a way of addressing a perceived disadvantage between U.S. and EU corporations. Hoogervorst will "strongly" defend the board's independence, "partly because of his background and partly because of his personality," says Tom Jones, former vice chair of IASB and currently director of Pace University's Center for the Study of International Accounting Standards. "You can't set standards by negotiation, it's impossible, and [Hoogervorst] is the guy that knows that well," says Jones.

Indeed, in a May 2009 interview with CFO, Hoogervorst spoke candidly about the forces that strong-armed the IASB during the financial crisis. The banks and politicians who apply "continuous pressure" on standard-setters to alter fair-value and impairment rules have "no natural interest in transparency," he said. As co-chair of the FCAG, he said he felt "increasingly uncomfortable" with the "lopsided" standards that could result if the politicians got their way.

Hoogervorst's appointment comes two weeks after Robert Herz announced his retirement as chairman of the Financial Accounting Standards Board. Herz left FASB 2 years shy of his second term, while Tweedie is finishing out his 10-year stint at the IASB.


Former Dutch Regulator to Head IASB - Marie Leone - 12/10/2010

Parmalat

MILÃO (AFP) - O tribunal de Milão (norte da Itália) aceitou o pedido de prisão apresentado pela promotoria contra Calisto Tanzi, ex-dono do grupo Parmalat, cuja falência em 2003 deixou um rombo de 14 bilhões de euros, informaram nesta terça-feira fontes judiciais.

Tanzi, de 71 anos, que se encontra livre devido à idade, não será preso até que a corte de cassação se pronuncie em definitivo.

Os advogados do ex-fundado e ex-dono da Parmalat anunciaram que apresentarão um recurso ante o tribunal.

Tanzi foi condenado em 2008 a dez anos de prisão por informação privilegiada no mercado de ações e cumplicidade em falsos balanços, pena confirmada em maio passado.


Tribunal italiano aceita pedido de prisão de ex-dono da Parmalat
Ter, 12 Out, 04h51

Notícias sobre o novo chefe do Iasb III

Michel Barnier, the EU's internal market commissioner, has hailed the appointment of ex-Dutch Finance Minister Hans Hoogervorst as head of the International Accounting Standards Board, the international standard-setter. He will take over from David Tweedie, the sitting head, next June. The move will be closely watched by European policy makers anxious to push the US to adopt the IASB's new International Financial Reporting Standards (IFRS), which are currently being absorbed into EU law. "IFRS are the only credible option if we want to create a single accounting framework for listed companies worldwide," Barnier said in a statement, on 12 October. The US intends to make a decision next year on whether it will change over from its GAAP (Generally Accepted Accounting Principles) system, although the problem of how to value assets in the event of future market crashes continues to cause divisions on both sides of the Atlantic.


BARNIER WELCOMES NEW IASB HEAD - Europolitics

(ADPnews) - Oct 12, 2010 - The International Accounting Standards Board (IASB) on Tuesday named Hans Hoogervorst its new chairman, replacing Sir David Tweedie, the Financial Times reports.

The former finance minister of the Netherlands, who now heads the country's stock market regulator, is to take the place of Tweedie, who has held the post for ten years, at the end of next June.

The appointment of Hoogervorst, who is not an accountant but a former politician, reflects the important role ascribed to accounting by governments after the financial crisis.

Ian Mackintosh, who heads the UK Accounting Standards Board and was tipped by some as the front-runner to replace Tweedie, was named vice-chairman of the IASB, which sets the International Financial Reporting Standards.


Hans Hoogervorst to become IASB chairman
British Business Monitor

Notícias sobre o novo chefe do Iasb II

A notícia da Nova Zelândia destaca Ian Mackintosh, o "preterido":

Wellington, Oct 13 NZPA - A New Zealand accountant who missed out on replacing the ground-breaking British chairman of the International Accounting Standards Board (IASB) has been appointed deputy to a former Dutch politician, Hans Hoogervorst, who took the job.

New Zealander Ian Mackintosh -- who currently chairs the UK Accounting Standards Board -- is reported to have been considered a front-runner to replace the outgoing chairman, Sir David Tweedie, but "apparently the idea of naming two IASB chairmen in a row from the UK proved to be too much to stomach", according to an accountancy news website, WebCPA.

The Wall Street Journal reported that Mr Hoogervorst -- currently Holland's top securities regulator -- was only appointed at the eleventh hour after European politicians effectively vetoed Mr Mackintosh, who had emerged as front-runner following an exhaustive year-long search.

Mr Mackintosh has previously worked in Australia for Coopers and Lybrand, and as a consultant in his own practice, and is a former chief accountant of the Australian Securities and Investment Commission.

The New Zealander and the Dutchman will be taking over from Sir David, a Scotsman who has chaired the IASB for 10 years and will be retiring when his term expires next June.

Sir David has made it his mission to spread International Financial Reporting Standards (IFRS) across the globe, with the major holdout being the United States, and the transition in leadership has raised a question over whether the USA will continue moving towards adopting a comparable standard.

The Securities and Exchange Commission will make a decision next June on whether the process is sufficiently advanced to allow IFRS to be incorporated into the US financial reporting system.

Mr Mackintosh and Mr Hoogervorst will have a full agenda as they try to make sure the US and the rest of the world don't give up on the IFRS standard, while also doing more outreach to Africa, Asia and Latin America to spread the global accounting standards, the website reported.


NZ expert relegated to deputy of accounting body - New Zealand Press Association

Notícias sobre o novo chefe do Iasb

A seguir, uma conjunto de notícias sobre o novo chefe do Iasb.

Farewell, then, to Sir David Tweedie, stepping down as chairman of the International Accounting Standards Board after almost a decade. The Scot has led the push to harmonise international accounting standards and persuaded more than 100 countries to sign up to IFRS guidelines. Plaudits flowed for Sir David as his replacement was named yesterday, but his legacy is far from secure. European regulators are bitterly divided about how banks should account for losses in the wake of the financial crisis and the United States continues to drag its heels about whether to adopt IFRS. Hans Hoogervorst, the Dutchman who will take over, has his work cut out.


Farewell, then, to Sir David Tweedie, [...]; City Diary - Catherine Boyle - 13/10/2010 The Times

Sir David Tweedie will be a tough act to follow. In nearly a decade as chairman of the International Accounting Standards Board, he has achieved a degree of global harmonisation of standards that looked pretty inconceivable in 2001. The forceful Scot has persuaded more than a hundred countries to sign up to the IFRS rules. But there is much for his successor, Hans Hoogervorst, to do.

The US regulators have still not decided whether American companies should adopt IFRS, in place of US GAAP. And European regulators are divided over how banks should account for losses in the wake of the financial crisis.

It is no coincidence that, after a year-long search, the IASB has opted for a European politician with regulatory experience. Mr Hoogervorst, a former Dutch minister, is at present head of the Dutch equivalent of the Financial Services Authority.

Mr Hoogervorst, with his political contacts and experience, will be teamed with an experienced standard-setter in the form of Ian Mackintosh, a Kiwi who is currently chairman of the UK Accounting Standards Board.

The boards looks to have picked a good team. It needs one.


Strong team for a tough job; Business Editor's commentary - David Wighton - The Times

Presentes

Dicas para não estourar o orçamento no Natal:

1. Faça uma lista com o nome das pessoas que quer presentear e uma estimativa para o valor máximo que pretende gastar com cada item.

2. Caso a lista tenha ficado grande demais, pense em alternativas para reduzir o número de presenteados — como um presente único para uma família ou a adoção de amigo oculto (ou secreto) para um grupo de amigos ou parentes.

3. O preço dos presentes deve ser estabelecido de acordo com seu orçamento. É importante resistir a gastar além de suas possibilidades. A criatividade pode ser uma boa aliada para a economia, já que pequenas lembranças podem agradar tanto quanto presentes mais caros.

4. Faça uma pesquisa na internet e nas lojas antes de começar as compras. Compare preços e peça descontos para compras à vista ou em quantidade.

5. Quanto antes começar as compras, maior será a chance de encontrar preços mais baixos e maior variedade de produtos.

6. Se por acaso encontrar um presente que goste muito, mas que ultrapassa o limite estabelecido, faça um esforço para descontar a diferença em outro item.

7. Comece desde já — no salário de outubro — a separar algum dinheiro para as compras de Natal. É melhor parcelar os gastos antes de dezembro.

8. Os ingredientes da Ceia de Natal também podem afetar, e muito, o orçamento. Itens que não são perecíveis podem ser comprados com antecedência com preços menores, como bebidas e azeite. Nozes e aves típicos de Natal começam a aparecer com mais força nas prateleiras nas próximas semanas.

9. Na véspera do Natal, alguns supermercados podem fazer promoções. Mas, neste caso, há risco de não se encontrar exatamente o que queria. Avalie a melhor opção.

10. Resista à tentação de ultrapassar os limites que estabeleceu. Lembre-se que o início de ano reserva gastos extras, como matrícula escola, IPTU e IPVA. Com isso, dívidas acumuladas no Natal podem acabar se arrastando por todo o primeiro semestre do ano seguinte.


Dez dicas para não passar dos limites - 4 Out 2010 - O Globo

Acrescento mais uma: se for economista, tire cópia do artigo da AER que prova que presentear é irracional.

Goodwill

O Financial Times faz um questionamento interessante sobre a contabilidade recente das grandes empresas. A crise financeira recente deveria influenciar o goodwill das empresas. Através do teste de imparidade, as empresas deveriam descontar o fluxo de caixa futuro dos negócios que foram adquiridos no passado. Neste caso, uma crise implicaria em novas estimativas de fluxos de caixa, com menores valores, que conduziria a necessidade de reduzir o valor do ativo. Isto teria, obviamente, com reflexos no resultado.

Entretanto, uma análise nas maiores empresas européias revela que de um gasto entre 2005 a 2008 de 1,7 trilhões de euros em aquisições, que significa um goodwill de 900 bilhões de euros, o volume de baixa contábil, ao final de 2009, foi de 32 bilhões de euros. Este é um valor muito reduzido para novos cenários econômicos, que inclui redução na taxa de crescimento das economias européias.

Uma possível explicação diz respeito ao comportamento da taxa de juros. Como o fluxo de caixa futuro estimado deve ser trazido a valor presente, a redução destes valores poderia ser compensada por menores taxas de descontos. Mas este argumento do Financial Times não faz muito sentido, já que ocorreu também um aumento no risco sistêmico. Ou seja, a taxa de desconto provavelmente não reduziu no período.

Talvez a explicação esteja no próximo título do texto do Financial Times: Goodwill Games. Como o teste de imparidade é uma área nebulosa da contabilidade, em momentos de crise, para evitar notícias ruins, as empresas evitam as baixas do seu goodwill.

Leia mais: Goodwill games - 28 Set 2010 - Financial Times - p. 16

Difficulties with valuing and accounting for goodwill - 1 Out 2010 - Financial Times - 10 - D.R. Myddelton.

Remuneração

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) "está adotando todas as providências cabíveis" para reverter a decisão tomada na última sexta-feira pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), que concedeu medida cautelar favorável ao Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (IBEF), suspendendo a divulgação da remuneração de executivos nos balanços das empresas.

De acordo com a assessoria de imprensa da CVM, as providências da autarquia visam "a reversão da decisão judicial que suspendeu provisoriamente os efeitos das decisões unânimes do Tribunal Regional Federal da 2a. Região de revogação da liminar anteriormente obtida pelo IBEF."

A decisão de sexta-feira representa mais um round na batalha jurídica entre a CVM e o IBEF que teve início ainda no primeiro trimestre, com a exigência, pela CVM, via Instrução Normativa, de que as empresas são obrigadas a divulgar a média salarial de toda a diretoria, assim como os valores mínimo e máximo dos salários.


CVM tenta reverter decisão do STJ a favor do IBEF - Por Jacqueline Farid

12 outubro 2010

Convergência, segundo o novo presidente do Iasb

O novo presidente do Iasb não acredita numa convergência total:

Segundo a Reuters (G20 deadline for accounting convergence seen tough, 7/10/2009) a convergência mundial na contabilidade em dois anos é improvável, mas a pressão é útil. O grupo G20 definiu o prazo de 2011 como limite para convergência mundial. Mas segundo
o holandês Hans Hoogervorst, co-chaired do Financial Crisis Advisory Group, a "convergência total não será possível". Ele também afirmou que "Justo valor é de longe o principal problema"


Convergência improvável

Novo Presidente do Iasb é um Holandês


Atenção. Segundo o Journal of Accountancy (Dutch Official to Succeed Tweedie at IASB, 12 de outubro de 2010), o próximo presidente do Iasb será um holandês. Ele irá substituir o polêmico David Tweedie. O nome dele é Hans Hoogervorst. Tweedie irá aposentar em junho de 2011.

Para que imagina que a influência britânica irá reduzir, também foi anunciado o futuro vice-presidente do Iasb, que será o britânico Ian Mackintosh, UK Accounting Standards Board.

Hoogervorst é presidente da Netherlands Authority for the Financial Markets, regulador no mercado da Holanda. Além disto, é presidente da Technical Committee of the International Organization of Securities Commissions (IOSCO, organização que reúne os reguladores do mercado). Juntamente com Harvey Goldschmid, presidiu Financial Crisis Advisory Group, criado durante a crise financeira.

O foco do escolhido é a proteção aos investidores:

“As a securities and market regulator, I have investor protection in my DNA. I strongly believe that a global set of accounting standards, set for investors by an independent standard setter, is an essential component for the world’s financial markets. These will remain my priorities.”


Enquanto o holandês tem uma carreira no governo holandês, Mackintosh tem experiência na Coopers & Lybrand. Mackintosh era o favorito ao cargo, conforme postado anteriormente (aqui e aqui). De certa forma, a escolha representa uma derrota dos franceses, que gostariam de um presidente mais próximo ao usuário governo.

Rir é o melhor remédio


Fonte: New Yorker

Cisco

A Justiça determinou o bloqueio dos bens da Cisco do Brasil no processo em que a companhia é acusada de importação fraudulenta com uso de empresas fantasmas.

Duas delas foram usadas para fazer doação de R$ 500 mil ao PT, na campanha presidencial de 2006, conforme a Folha revelou em 2007.

Com a decisão, a Cisco ficou sem poder movimentar bens e contas bancárias. Recorreu, mas conseguiu liberar somente ativos financeiros. Na última semana, cartórios e juntas comerciais já registravam os bloqueios.

A Cisco é a maior empresa do mundo em equipamentos para redes de computadores. Aparece na 58ª posição no ranking das 500 maiores empresas da revista "Fortune" de 2010. No ano passado, suas vendas somaram US$ 40 bilhões (R$ 68 bilhões).

O congelamento dos bens é o desdobramento de uma das maiores autuações da história brasileira -a Cisco e uma rede de empresas foram multadas pela Receita Federal em R$ 3,3 bilhões devido ao suposto esquema, desvendado pela Operação Persona, realizada pela Polícia Federal em 2007.

A Receita já aplicou multas maiores por sonegação. A Parmalat, por exemplo, foi autuada em R$ 10,7 bilhões, mas conseguiu reduzir o valor para R$ 12 milhões.

Segundo a PF e a Procuradoria da República, a Cisco usava uma rede de empresas fantasmas para importar dos EUA, por valores até 70% abaixo do preço real, equipamentos usados em redes de computadores.

A empresa importou R$ 724 milhões em equipamentos com preços subfaturados, de acordo com a PF.

Em 13 de setembro, a juíza Simone Ribeiro, da 11ª Vara das Execuções Fiscais de São Paulo, acatou pedido da Procuradoria da Fazenda e mandou congelar cautelarmente bens da Cisco, da Mude -distribuidora da Cisco- e de executivos supostamente envolvidos nas importações.

A medida foi tomada, diz a juíza, porque a dívida com a Receita supera em 30% a soma dos bens dos réus, avaliados em R$ 105,3 milhões. O maior patrimônio é o da Cisco, de R$ 49,4 milhões.

DOAÇÃO AO PT

Segundo a investigação da PF, a empresa usou a ABC Industrial e a Nacional Distribuidora de Eletrônicos como biombo para esconder as importações fraudulentas.

As mesmas ABC e Nacional foram usadas para dar R$ 500 mil ao PT porque a lei americana proíbe que corporações daquele país façam doações a partidos.

Após a Folha ter revelado que a companhia articulara a doação ao PT, a Cisco afastou dois funcionários que teriam participado das negociações.

As investigações da PF apontaram indícios de que a doação seria uma compensação para favorecer uma das empresas do esquema, a Damovo, revendedora da Cisco, na disputa por um contrato de R$ 9 milhões com a Caixa Econômica Federal.

Em uma conversa gravada com autorização da Justiça, Sandra Tumelero, então gerente de contas da Cisco que atendia a Caixa, dizia já ter os "recibos" em mãos.

A Polícia Federal apreendeu na época dois recibos, de R$ 250 mil cada um. Estavam com um diretor da Mude.

O então tesoureiro do PT, Paulo Ferreira, confirmou as doações. Em nota, fez a ressalva de que o partido não tinha "obrigação nem possibilidade de aferir se a empresa é suspeita de alguma irregularidade fiscal ou de outra natureza, ou se é investigada pelos órgãos públicos".


Justiça bloqueia bens da Cisco do Brasil - 12 Out 2010 - Folha de São Paulo - José Ernesto Credendio & Mario Cesar CArvalho