'Cirurgia plástica' chega a dobrar preços de prédios - Rodrigo Brancatelli - 27 Jul 2010 - O Estado de São Paulo
Chamada de retrofit, modernização de edifícios vira moda em imóveis mais baratos; retorno é dez vezes maior que investimento
Foram exatos 17 meses e duas semanas aguentando o barulho de picaretas, de marteladas, de ladrilhos quebrando e de operários trabalhando de manhã até tardinha. Dona Carmem Castelo Domingues, médica aposentada de 68 anos, chegou a perder um prato de porcelana que pertenceu a sua mãe - por causa de uma megaobra de modernização em seu prédio na zona oeste de São Paulo, a parede de sua sala rachou e a tal lembrança da família espatifou no chão. Isso sem falar no elevador, que ficou intermináveis semanas sem funcionar. “Moro no quinto andar”, resume ela, sem um pingo de ironia na voz.
Dona Carmem acabou se acostumando com as marteladas e, no fim da reforma, viu seu apartamento valorizar 40%. “Antes da obra falavam que meu imóvel valia R$ 200 mil. Agora, calculam pelo menos R$ 280 mil”, conta ela, agora esboçando um sorriso. “Valeu a dor de cabeça.” Para muitos outros paulistanos, também tem valido - tendência internacional, a técnica de revitalização de edifícios antigos, chamada de retrofit, já começa a tomar conta da paisagem de São Paulo e a valorizar prédios históricos da capital que estavam degradados.
Imóvel antigo, mas com cara de novo em folha. De dois anos para cá, a palavra retrofit definitivamente entrou no vocabulário do paulistano. A cena de prédios antigos envelopados com telas de proteção já virou chavão em bairros como Perdizes, Sumaré, Bela Vista, Barra Funda, Cerqueira César, Liberdade, Santa Cecília e Vila Buarque, onde boa parte dos edifícios foi construída entre 1960 e 1980 - além de começar a se tornar comum em imóveis de classe média e em regiões mais novas da capital, como Morumbi e Moema.
Retorno financeiro. Essa onda de retrofit explica-se basicamente pelo boom imobiliário e pela escassez de espaços urbanos, principalmente terrenos vagos. As reformas variam de uma simples cirurgia plástica na fachada até uma total troca de elevadores, sistema hidráulico e elétrico - pode-se ainda transformar prédios de escritórios em habitações de renda média ou instalar novos equipamentos de lazer (como espaço gourmet e piscinas). Passada a confusão da obra, que pode demorar de um a três anos, o retorno financeiro é garantido - uma reforma que custe R$ 5 mil para cada condômino pode valorizar o imóvel em cerca de R$ 50 mil
Em alguns casos, o retorno é até maior. O Edifício Marambaia, por exemplo, localizado nos Jardins, passou por uma enorme reforma e ganhou varandas em todos os apartamentos. Cada condômino teve de desembolsar algo em torno de R$ 175 mil na modernização. Resultado: as unidades que valiam até R$ 600 mil pularam para mais de R$ 2,8 milhões.
Competitivo. “Um projeto bem elaborado, apesar de poder parecer caro à primeira vista, traz grande rentabilidade para os moradores em longo prazo”, afirma Angélica Arbex, gerente de Marketing da administradora de edifícios Lello Condomínios. Segundo ela, a iniciativa busca, além da modernização do condomínio, tornar o imóvel mais “competitivo e atrativo” no mercado em relação aos novos empreendimentos imobiliários.
06 agosto 2010
Retrofit
05 agosto 2010
Links
Cartazes: 50 anos de Brasília (dica Marginal Revolution)
Efeito Tretis
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Teste #323
David Brooks é mais uma empresário acusado de fraude. Fundador e ex-chefe da DHB, entre outros pecados, advinhe o que Brooks fez?
a) comprou pornografia para seu filho com dinheiro da empresa
b) comprou uma sepultura para mãe
c) pagou prostitutas para motivas seus empregados.
Resposta do Anterior: US$1. Fonte: aqui
a) comprou pornografia para seu filho com dinheiro da empresa
b) comprou uma sepultura para mãe
c) pagou prostitutas para motivas seus empregados.
Resposta do Anterior: US$1. Fonte: aqui
Estádio de 700 milhões de Reais
Este é o valor que deverá ser gasto no estádio em Brasília, para três ou quatro jogos da Copa. Como Brasília possui clubes na segunda divisão, que já tem seu próprio estádio, a construção deverá ser um elefante branco. Com o dinheiro da construção, seria possível:
Pagar 35 anos de salário de Lebron James, o astro do basquete;
Comprar 1 bilhão de barras de chocolate;
Adquirir 28 mil automóveis para os hospitais brasileiros
Fazer pelo menos 14 mil casas populares
Pagar 11 anos de salário da Sandra Bullock
Pagar 35 anos de salário de Lebron James, o astro do basquete;
Comprar 1 bilhão de barras de chocolate;
Adquirir 28 mil automóveis para os hospitais brasileiros
Fazer pelo menos 14 mil casas populares
Pagar 11 anos de salário da Sandra Bullock
Auditoria II
Regulador vê falhas em trabalhos da E&Y
Texto de Nelson Niero (São Paulo) publicado no Jornal Valor Econômico em 04/08/2010
A Ernst & Young Auditores Independentes também não passou no crivo do regulador americano de contabilidade.
O Conselho de Supervisão de Contabilidade de Companhias Abertas (PCAOB , na sigla em inglês) divulgou na segunda-feira mais uma lista de inspeções feitas em firmas de auditoria que atuam fora dos Estados Unidos, que incluiu a operação brasileira da E&Y, uma das chamadas "quatro grandes" do mercado global de contabilidade.
Anteriormente, o órgão divulgou relatórios sobre a Deloitte e a BDO no Brasil, com ressalvas.
No caso da E&Y, a equipe da PCAOB informa ter identificado "o que considerou ser deficiências de auditoria". Esses problemas foram encontrados em dois de três trabalhos examinados e, pela relevância, os investigadores concluíram que os auditores da E&Y "não obtiveram comprovação suficiente para dar base às suas opiniões sobre as demonstrações financeiras" dos clientes.
Os nomes das empresas não foram divulgados.
Os itens destacados pelo PCAOB estão relacionados com contratos fechados pelas empresas para proteger os balanços de variações cambiais e de taxas de juros. Num deles, o órgão afirma que os procedimentos de auditoria não foram suficientes para avaliar a operação.
A conclusão é contestada pela E&Y. "A auditoria é feita por amostra, com base no risco e na relevância", diz Idésio Coelho, diretor de auditoria da E&Y. Ele exemplifica: se a empresa tem 100 contratos de hedge, o auditor examina 10, por exemplo. "A equipe do PCAOB achou que deveriam ter sido feios mais testes. Refizemos, e a conclusão não mudou." A empresa, no caso, tinha despesas em dólar, e fez o contrato para proteger seu fluxo de caixa. Segundo ele, a possível deficiência já havia sido identificada pela revisão interna da firma.
A auditoria examina esses contratos de proteção cambial para saber se são "efetivos", ou seja, se protegem de fato o caixa da empresa. Isso é importante para determinar como as operações serão registradas no balanço. Se forem efetivas, são "marcadas na curva", pela taxa média. Caso contrário, serão registradas pelo valor de mercado, o que pode representar uma variação brusca nos números divulgados.
O outro ponto refere-se a um empréstimo em dólar com taxa de juros flutuante. A empresa trocou, no hedge, a moeda para reais, a uma taxa fixa.
"Nos dois casos não houve mudança no resultado, no patrimônio, nem no parecer", diz Coelho. "Foram intervenções pontuais."
A inspeção do PCAOB na E&Y foi feita no fim de 2006. Segundo Coelho, foram quatro semanas, divididas entre uma avaliação interna da firma - política de avaliação de sócios, relacionamentos de negócios, revisão de qualidade etc. - e o acompanhamento dos trabalhos nos clientes.
"Em algumas ocasiões, a equipe do PCAOB gastou mais tempo na revisão do que os auditores no trabalho original", diz.
O órgão privado americano, criado pela Lei Sarbanes-Oxley, de 2002, depois dos escândalos empresariais do início da década, examina todas as firmas de auditoria cujos clientes tenham papéis negociados no mercado americano. De 2005 até junho deste ano, o PCAOB fez inspeções em 34 países. Partes do relatório, especialmente a que se refere às críticas ao sistema de controle de qualidade, são mantidas em sigilo, a não ser que a firma não consiga reparar os erros encontrados
Via Claudia Cruz
Auditoria I
Domínio das quatro grandes volta à pauta
Texto de Rachel Sanderson, do Financial Times (Londres) publicado no Jornal Valor Econômico em 04/08/2010
O domínio das quatro grandes firmas mundiais de contabilidade,
PricewaterhouseCoopers, Ernst & Young, KPMG e Deloitte, as "Big Four", como são conhecidas em inglês, voltou à agenda dos órgãos de regulamentação.
Nesta semana, a Câmara dos Lordes, no Reino Unido, tornou-se mais uma instituição a abrir investigação sobre o papel desempenhado pelos contadores - especialmente das quatro grandes - na crise financeira.
A Comissão Europeia já havia anunciado outra investigação sobre os trabalhos de auditoria e contabilidade, incluindo a questão do impacto que o "domínio" das quatro grandes pode ter na estabilidade financeira. Isso pode levar a mudanças na forma como as empresas são regulamentadas e até como são estruturadas.
Paralelamente, a Autoridade de Serviços Financeiros (FSA, órgão regulador do mercado britânico), intensificou sua retórica neste mês ao criticar os auditores por "uma preocupante falta de ceticismo" em algumas das auditorias de instituições financeiras.
Essas três investigações são observadas de perto por autoridades reguladoras nos Estados Unidos e Ásia, pois são consideradas como a vanguarda do que se pensa sobre a profissão após a crise financeira mundial. Suas conclusões deverão sair no quarto trimestre, o que traz a perspectiva de que os contadores seniores, após o recesso de verão, terão meses bem quentes pela frente.
Se toda essa situação parece ser familiar, é porque de fato o é. O debate sobre a credibilidade dos auditores e, em particular, o domínio das quatro grandes não é novo. Está em voga desde 2003, quando a quebra da Arthur Andersen, após ser acusada por seu papel na fraude contábil da Enron, reduziu as cinco grandes para quatro.
Tendo em vista as investigações subsequentes nos EUA e Europa - que deixaram o status quo inalterado - algumas das quatro grandes empresas de contabilidade sentem-se frustradas em terem virado alvo de outra série de investigações tão pouco tempo depois.
Argumentam que a concorrência e a disputa de preços é ferrenha e que o motivo de terem o domínio entre as multinacionais - trabalham com 96% das empresas do índice FTSE 350 no Reino Unido - é por terem a experiência internacional exigida pelos clientes.
Algumas das sugestões mais radicais cogitadas, como dar um prazo às quatro grandes, digamos de 18 meses, para desmembrarem suas operações em dois ou abolir completamente os informes de auditoria, são tão improváveis quanto impraticáveis.
Depois da crise, no entanto, alternativas como encorajar concorrências abertas mais frequentes, exigem consideração como forma de abrir um setor que parece alarmantemente estático.
Segundo informe do governo britânico divulgado em 2006, apenas 2,1% das empresas do FTSE 100 trocaram de auditor por ano, em média, de 1996 a 2004.
A introdução das auditorias conjuntas, como na França, poderia ser uma forma de abrir o mercado, embora continuem as preocupações sobre o custo acarretado às empresas e se isso realmente ampliaria a concorrência para mais de cinco ou seis firmas.
A Grant Thornton, umas das seis grandes, defende que as autoridades acabem com o que entende estar virando uma tendência entre os bancos. Exigir que as companhias às quais concedem empréstimos usem alguma das quatro grandes. As evidências disso são escassas, mas Steve Maslin, chefe de assuntos externos da Grant Thornton, diz que restrições desse tipo levaram sua firma a perder pelo menos um acordo recente.
O aumento na concorrência poderia surgir a partir das mudanças resultantes do novo cenário de regulamentação pós-crise.
Uma ideia mais nova é encorajar comissões de auditoria para distribuir, para mais de uma firma, as auditorias geograficamente ou de acordo com sua categoria. É uma ideia interessante até porque atende aos pedidos de investidores de ampliação da segmentação da contabilidade, para que tenham uma noção mais clara para onde o dinheiro vai.
Via Claudia Cruz.
Sem dúvida sobre a IFRS
A discussão conjunta Iasb e Fasb sobre o reconhecimento da receita (vide postagem do blog sobre o assunto aqui) trouxe uma reação interessante de Barry Melancon, presidente da AICPA), entidade de agrega os contadores certificados dos Estados Unidos. Para Melancon, a convergência das empresas dos Estados Unidos para IFRS não é mais questão de “se” mas de “quando”.
Doubts about IFRS? What doubts?
Doubts about IFRS? What doubts?
Contabilidade e eleições
BRASÍLIA. Para conseguir o registro eleitoral este ano, o candidato não poderá mais apenas apresentar suas contas referentes à campanha anterior: é necessário que essas contas tenham sido aprovadas. A decisão foi tomada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), anteontem à noite, por quatro votos a três. Até as eleições passadas, era preciso apenas apresentar a contabilidade para obter o registro, mesmo que ela tivesse sido rejeitada. Segundo a nova tese, que será posta em prática neste ano, a quitação eleitoral deve ser comprovada, o que pode complicar a vida de muitos candidatos. Advogados do PT e do PSDB consideraram a medida controversa.
A novidade, que promete mais uma polêmica, foi defendida pelo presidente do TSE, ministro Ricardo Lewandowski, que convenceu a maioria dos colegas. Ele ponderou que só a aceitação da contabilidade, sem analisar se há quitação das dívidas, tiraria qualquer importância sobre a prestação de contas.
— Embora a literalidade da norma possa levar a essa consideração (de que é preciso apenas apresentar as contas), a melhor solução passa por um entendimento que leve em consideração a finalidade dos preceitos que regulam essa fase do processo eleitoral — disse Lewandowski.
Relator votou pela manutenção da regra anterior
Concordaram os ministros Marco Aurélio, Nancy Andrighi e Cármen Lúcia. O relator, ministro Arnaldo Versiani, votou pela manutenção da regra anterior. Os ministros Aldir Passarinho Junior e Marcelo Ribeiro concordaram com o relator e acabaram derrotados pela maioria. Em seu voto, Passarinho Junior ainda citou trecho da Lei 12.034, de 2009, a minirreforma eleitoral, segundo a qual a quitação eleitoral não está atrelada ao registro do candidato. Marcelo Ribeiro concordou.
— A lei é expressa ao dizer que exclusivamente se negará essa certidão de quitação àqueles que não apresentarem contas — disse Ribeiro.
O advogado Márcio Silva, que defende o PT no TSE, argumenta que não se pode mudar a regra do jogo a menos de um ano antes da eleição, segundo a Constituição. Para ele, a decisão pode provocar recursos de candidatos prejudicados ao STF.
— É controvertido, pois a legislação explicita que a apresentação das contas é necessária para obter o registro, e não a aprovação delas. Como há controvérsia entre jurisprudência e lei, entendo que não dá para aplicar essa alteração de entendimento para as eleições deste ano — disse o advogado do PT, acrescentando que nenhum de seus clientes será prejudicado.
Antonio Cesar Marra, advogado do PSDB, concorda com o colega petista:
— É uma interpretação que ainda precisa ser discutida. A meu ver, o conceito de quitação eleitoral é cumprir para com suas obrigações eleitorais. É obrigação do candidato prestar contas, mas não é obrigação dele ter as contas aprovadas. Causa certa perplexidade a decisão do TSE.
Márcio Silva disse que, em alguns casos, o sistema da Justiça Eleitoral não apontava pendência para certos candidatos e, após o período de registro, o sistema foi atualizado, com pendências em contabilidades. Ou seja, quem pensou que não teria problema com a candidatura foi surpreendido:
— Vários candidatos fizeram seus registros na certeza de que não havia pendência na Justiça Eleitoral.
Marra contou que Wilson Santos, candidato pelo PSDB a governador de Mato Grosso, poderá ser prejudicado pela decisão do TSE.
Políticos com a contabilidade reprovada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) também são impedidos de se candidatar. Em junho, o TCU divulgou uma lista com 4.922 nomes de gestores públicos que não poderão disputar as eleições de outubro. (Carolina Brígido)
Candidato precisará ter contas aprovadas - O Globo - 5 ago 2010
Ambiente
O governo do Equador acaba de fechar um acordo inédito: criou um fundo internacional, a ser administrado pela ONU, que receberá doações para compensar o país por abdicar de explorar grande parte das reservas de petróleo do Parque Nacional Yasuní, um dos mais biodiversos do mundo.
O governo equatoriano promete deixar debaixo da terra, em plena floresta amazônica, cerca de 850 milhões de barris de petróleo, ou 20% das reservas do país. Em troca, quer receber ao menos US$ 3,6 bilhões em dez anos, a metade estimada que ganharia se explorasse a área.
"O fundo que acabamos de assinar é histórico para o Equador e para o mundo inteiro", afirmou Rebeca Grynspan, diretora regional do Pnud, programa para o desenvolvimento da ONU.
É o Pnud que vai administrar o fundo, que será aplicado especialmente em projetos de educação e saúde e na área do parque, onde vivem o povo indígena huaorani, e dois outros povos isolados, tagaeri e taromenane.
O petróleo é explorado na Amazônia equatoriana desde 1972, e se prevê gastar parte do dinheiro em recuperação de áreas degradadas. Até agora, Alemanha, Suíça, Espanha e Suécia se comprometeram a doar US$ 1 bilhão.
O projeto do Yasuní é um plano de ativistas equatorianos há mais de dez anos.
O presidente esquerdista, Rafael Correa, foi eleito com a bandeira de levá-lo adiante e apresentou o plano na Assembleia-Geral da ONU, em 2007. Ele perdeu porém ao menos dois aliados importantes por conta de discussões ambientais e não foi à assinatura do acordo.
ONU compensará Equador por manter área ambiental
Folha de São Paulo - 5 ago 2010 - FLÁVIA MARREIRO
Contador do futuro
04/08/2010
O contador ideal que as empresas procuram no momento
Portal Exame (via CFC)
Com a adoção de regras internacionais, empresas buscam profissionais de contabilidade com perfil mais voltado para o mundo dos negócios
Talita Abrantes, de EXAME.com
São Paulo - O crescimento da presença das empresas brasileiras no mercado financeiro internacional está revolucionado o perfil dos contadores no país. Além de aumentar a demanda, o novo cenário pede profissionais com um perfil mais estratégico e voltado para o mundo dos negócios.
Isso significa que a imagem de senhores sisudos que passam o dia atrás de uma calculadora científica e de uma montanha de formulários não cola mais com essa carreira. "O profissional de contabilidade deixou de ser tecnicista", afirma Edgar Cornachione, professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP).
Os executivos das principais empresas brasileiras confirmam isso. Segundo pesquisa da consultoria Robert Half divulgada em julho, 96% das companhias brasileiras admitem que os profissionais de contabilidade tornaram-se peças centrais para a tomada de decisões.
De acordo com especialistas, o aquecimento da economia e o crescimento da participação brasileira no mercado internacional são os principais fatores para essa mudança nos rumos da profissão. "A competição está mais acirrada. Isso faz com que a empresa fique mais pressionada pelo mercado", diz Edilene Santana Santos professora da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV-EAESP).
Nesse novo cenário, as companhias estão mais cautelosas durante os processos decisórios. E, por conta disso, cresce a demanda por profissionais capazes de analisar todas as variáveis em questão.
O pesquisador da USP exemplifica isso com situações de compra de ativos pela empresa. Segundo ele, antes, o contador era chamado para apenas registrar a operação. "Hoje, ele participa da decisão junto com os outros gestores", diz.
Regras internacionais
O fenômeno é uma tendência mundial. "Recentemente, os países membros do G20 definiram que é prioritária a adoção de uma linguagem comum de contabilidade entre as nações do mundo", lembra Maria Clara Cavalcante Bugarim, vice-presidente de Desenvolvimento Profissional e Institucional do Conselho Federal de Contabilidade (CFC).
Depois que fiz a postagem, constatei que no endereço do CFC está faltando parte da reportagem, que consta do Portal da Classe Contábil. Eis a continuação:
Sem normas universais para o exercício da contabilidade, os países viviam em uma espécie de torre de Babel. "Era possível que uma empresa, de acordo com as regras usadas no Brasil, fosse altamente lucrativa, mas que em outro país apresentasse prejuízo, apenas por causa das diferenças entre as normas", afirma a especialista.
Por isso, a partir de 2007, o Brasil passou a adotar o International Financial Reporting Standards (IFRS), o conjunto de regras contábeis determinados pela International Accounting Standards Board (IASB), com sede em Londres. "Isso dá mais segurança para os acionistas", explica.
O novo conjunto de regras cooperou para a revolução na carreira. "O exercício da contabilidade era bem formalista. Tudo estava previsto na lei", explica Edilene, da FGV. Nem sempre, contudo, a legislação correspondia à realidade de todas as empresas. Um exemplo disso, segundo a professora, era o momento de registrar a depreciação dos Ativos da empresa. No caso de veículos, ela explica, a Receita Federal determina que após um período de cinco anos de uso, o valor do carro é igual a zero.
"No entanto, há muitos carros rodando com mais de cinco anos. Mas o contador não avaliava o tempo real de vida útil dos ativos. Seguia apenas o que as regras mandavam", diz. Com o IFRS, o profissional precisa julgar a vida econômica real do ativo. "E, para isso, ele precisa entender bem do negócio".
O fim do check list
Por isso, o contador não pode trabalhar em uma empresa sem entender qual a lógica por traz de cada dado que registra nos relatórios. "Antes era possível ser um bom contador sem entender tanto do negócio em questão. O profissional apenas reagia às transações", afirma Cornachione, da USP. "Agora, ele deixa de ser apenas a pessoa que tinha o conhecimento da linguagem dos negócios para deter conhecimentos sobre a lógica do negócio".
Nesse contexto, circular e compreender todas as áreas da companhia é essencial para o profissional, afirma William Monteath, diretor de operações da Robert Half."Isso o torna mais completo, afinal o setor de finanças interage com todos os outros", diz. Fluência em inglês, pós-graduação no setor de atuação e capacidade de liderança completam os requisitos do contador procurado pelas grandes companhias brasileiras.
Atualmente, os Serviços de Auditoria e consultoria, segundo os especialistas, são os que oferecem as melhores oportunidades de salário e carreira. Isso se deve, de acordo com Edilene, da FGV, ao fato de que, desde 2008, as empresas de grande porte são obrigadas a contratar Serviços de Auditoria externa. Até então, a exigência estava restrita às companhias de Capital aberto.
Além disso, o crescimento Economia brasileira também está puxando a Demanda por profissionais no setor. Indústria e mercado financeiro lideram as contratações, apontam os especialistas.Mas, diante da miríade de oportunidades, profissional deve manter o foco. "Ele precisa repensar sua carreira e ver nitidamente em qual canoa quer colocar o pé. Para então, investir as fichas", afirma o professor Cornachione.
Pesquisa e Recursos
A história de Emily Rosa é interessante por mostrar que é possível fazer pesquisa científica com pouco dinheiro e de qualidade. Emily nasceu em 1987 e aos onze anos tornou-se a pessoa mais jovem a publicar um artigo no periódico da Associação Médica dos Estados Unidos, o Journal of the American Medical Association.
Em 1996, Emily assistiu a um vídeo sobre terapia do toque (Therapeutic Touch, ou TT), afirmando que os profissionais da área podiam sentir um campo energético e poderiam usar as habilidades para diagnosticar e tratar doenças. Emily elaborou então uma pesquisa para comprovar as propriedades da TT, que foi divulgado na feira de ciências da quarta série. Quinze médicos foram testados durante vários meses para verificar a capacidade de detectar a aura.
Os praticantes da TT deveriam adivinhar em qual mão Emily segurava uma moeda. Para cada dez tentativas, o índice de acerto foi de 4,4 vezes, indicando que a TT não era capaz de identificar a aura. O artigo foi publicado no dia 1º. de abril de 1998. A publicação tornou Emily uma sensação e símbolo do ceticismo. O feito de Rosa foi reconhecido no Guiness Book.
Em 1996, Emily assistiu a um vídeo sobre terapia do toque (Therapeutic Touch, ou TT), afirmando que os profissionais da área podiam sentir um campo energético e poderiam usar as habilidades para diagnosticar e tratar doenças. Emily elaborou então uma pesquisa para comprovar as propriedades da TT, que foi divulgado na feira de ciências da quarta série. Quinze médicos foram testados durante vários meses para verificar a capacidade de detectar a aura.
Os praticantes da TT deveriam adivinhar em qual mão Emily segurava uma moeda. Para cada dez tentativas, o índice de acerto foi de 4,4 vezes, indicando que a TT não era capaz de identificar a aura. O artigo foi publicado no dia 1º. de abril de 1998. A publicação tornou Emily uma sensação e símbolo do ceticismo. O feito de Rosa foi reconhecido no Guiness Book.
04 agosto 2010
Teste #322
A revista Newsweek já chegou a vender 3 milhões de exemplares por exemplar. Entretanto, o avanço da internet e a crise fizeram com que a tiragem em 2009 fosse de 2,3 milhões de exemplares. Nesta semana o grupo Washington Post vendeu a revista pelo seguinte valor:
US$ 1
US$ 10 milhões
US$ 100 milhões
Resposta do Anterior: Ativo e Passivo. Fonte: La Nacion
US$ 1
US$ 10 milhões
US$ 100 milhões
Resposta do Anterior: Ativo e Passivo. Fonte: La Nacion
Qual o automóvel do rico?
O blog “Contabilidade & Controladoria” comentou uma reportagem da revista Exame sobre o carro de um milionário. O texto começa perguntando: qual o automóvel de um milionário? Um Ford Fiesta ou o Toyota Lexus. A resposta seria o Fiesta, que possui um custo menor, com menor depreciação, menos gastos com seguros, gasolina e manutenção.
A sugestão é interessante: para ser um milionário, precisamos sacrificar bens de consumo, aumentando o volume de poupança. A lição é: se quiser ser um milionário, comece em casa.
Entretanto, qual a razão para as pessoas preferirem o Lexus? Ou melhor, será que esta resposta está sempre correta? A resposta é não.
Conforme observa Robert Franck, no excelente O Naturalista da Economia, apesar de existir uma relação entre renda e consumo de certos produtos, entre eles o automóvel, nem sempre isto ocorre. Franck pergunta: Por que os advogados gastam mais com automóveis e roupas que os professores universitários de mesma renda? A resposta mostra que a conclusão inicial pelo Fiesta pode estar incorreta.
Em certas profissões, a aparência é um indicador da qualidade de um profissional. Assim, um rábula que use um Fiesta será avaliado por um potencial cliente como sendo menos hábil que um advogado com o Lexus. O cliente irá concluir que o advogado que possui um Lexus é mais talentoso, e isto permitiu que pudesse comprar um automóvel mais caro.
A sugestão é interessante: para ser um milionário, precisamos sacrificar bens de consumo, aumentando o volume de poupança. A lição é: se quiser ser um milionário, comece em casa.
Entretanto, qual a razão para as pessoas preferirem o Lexus? Ou melhor, será que esta resposta está sempre correta? A resposta é não.
Conforme observa Robert Franck, no excelente O Naturalista da Economia, apesar de existir uma relação entre renda e consumo de certos produtos, entre eles o automóvel, nem sempre isto ocorre. Franck pergunta: Por que os advogados gastam mais com automóveis e roupas que os professores universitários de mesma renda? A resposta mostra que a conclusão inicial pelo Fiesta pode estar incorreta.
Em certas profissões, a aparência é um indicador da qualidade de um profissional. Assim, um rábula que use um Fiesta será avaliado por um potencial cliente como sendo menos hábil que um advogado com o Lexus. O cliente irá concluir que o advogado que possui um Lexus é mais talentoso, e isto permitiu que pudesse comprar um automóvel mais caro.
Inflação

O gráfico mostra a história da inflação no Brasil, entre 1963 a 2009, usando o deflator implícito do IBGE. Como se pode notar, os últimos anos foram de grande estabilidade na variação dos preços na economia. Enquanto a década de oitenta e início da década de noventa tivemos variações acima de dois mil por cento ao ano, os últimos valores não ultrapassam a casa de um dígito.
Este gráfico é uma atualização daquele constante no capítulo nove do livro de Teoria da Contabilidade, em co-autoria com o professor Jorge Katsumi. No capítulo discute-se a questão da contabilidade em ambientes inflacionários. Existem alguns pesquisadores que considera necessário manter métodos para corrigir as variações de preços, mesmo quando a inflação fica em 5%, como ocorreu em 2009. Entretanto, as empresas preferem adotar uma postura mais pragmática, evitando adotar métodos de correção das demonstrações contábeis.
Ernst & Young Terco
A empresa brasileira de auditoria e consultoria Terco e a britânica Ernst & Young anunciaram a união de suas operações no País. A Ernst & Young Terco começará a operar em 1.º de outubro e nasce com faturamento estimado de R$ 650 milhões.
Com a junção das operações, a Terco, que era a sexta colocada nesse mercado no Brasil, e a Ernst, dona do terceiro lugar, sobem juntas para a segunda posição. O ranking usado como referência no setor é o da Comissão de Valores Mobiliários, que enumera as auditorias com base nos clientes listados na Bovespa.
A meta da Ernst & Young Terco é alcançar o primeiro lugar nos próximos anos. A Ernst já é líder em outros mercados emergentes, como Índia, Rússia e países do Oriente Médio.
Na prática, a união das operações servirá para ampliar o campo de atuação das duas empresas. A Terco tem uma atuação forte no segmento imobiliário e com pequenas e médias empresas - o chamado middle market -, enquanto a Ernst & Young tem experiência no atendimento a grandes contas e clientes multinacionais. “Teremos uma ação complementar forte, atuando com empresas de todos os portes, nacionais e internacionais, públicas e privadas”, resume o CEO da Ernst & Young Brasil, Jorge Menegassi.
Ernst & Young se une à consultoria brasileira Terco - Aiana Freitas - 4 Ago 2010 - O Estado de São Paulo
Custo e crise aérea
Sobre a crise aérea, eis uma pequena nota sobre os custos da Gol:
Característica da Gol é manter custo baixo - Bastidores: Fernando Scheller - O Estado de São Paulo - 4 ago 2010
A Gol se define como uma companhia de “baixo custo e baixa tarifa”. É considerada por analistas uma empresa enxuta, que maximiza o uso de equipamentos e equipe - o que é bem visto por investidores. Se não fosse assim, a empresa teria problemas para enfrentar a concorrência. Conforme analistas, as empresas brasileiras de aviação são reféns do crescimento por escala, pois o preço está em patamares mais baixos do que em 2009, segundo a Anac. “A diferença está na atratividade pelo preço”, diz Brian Moretti, da corretora Planner.
Segundo o analista, o gasto com funcionários da Gol representa uma parcela menor dos custos do que na TAM, companhia com a qual disputa a liderança do mercado nacional de aviação. Nos últimos oito trimestres, em média, o item pessoal representou 18,8% dos custos da Gol e 19,8% dos gastos da TAM.
De acordo com o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), os gastos menores da Gol com pessoal se refletem em salários mais baixos do que na concorrência e em uma maior rotatividade dos funcionários da empresa. No mês passado, segundo dados oficiais da entidade, 162 funcionários deixaram a Gol e 139, a TAM.
Característica da Gol é manter custo baixo - Bastidores: Fernando Scheller - O Estado de São Paulo - 4 ago 2010
Mais bem pagas
Atrizes mais bem pagas:
1) Sandra Bullock = US$ 56 milhões
2) Reese Witherspoon e Cameron Diaz = US$ 32 milhões
4) Jennifer Aniston = US$ 27 milhões
5) Sarah Jessica Parker = US$ 25 milhões.
Fonte Forbes, via Brasil Econômico
1) Sandra Bullock = US$ 56 milhões
2) Reese Witherspoon e Cameron Diaz = US$ 32 milhões
4) Jennifer Aniston = US$ 27 milhões
5) Sarah Jessica Parker = US$ 25 milhões.
Fonte Forbes, via Brasil Econômico
Transparência
A busca por maior transparência no mercado de capitais brasileiro tem tirado o sono de muitos especialistas. Mas eles garantem que esse ambiente regulatório mais rígido trará valor às ações das companhias.
A clareza se dará através das Instruções 480 e 481, editadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), da reforma do regulamento do Novo Mercado da Bovespa e da adequação, ainda durante este ano, dos balanços de empresas às normas internacionais de contabilidade (IFRS),
"Qualquer regra que dê ao investidor a percepção de uma governança corporativa mais robusta agrega valor às ações", ressalta Antonio Castro, presidente da Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca).
Reginaldo Alexandre, presidente da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais de São Paulo (Apimec-SP), diz que as exigências estão alinhadas com o que está acontecendo no mercado internacional.
"Tudo isso traz melhorias importantes para o mercado brasileiro e nos aproxima das exigências que já se faz no exterior."
Embora a certeza de melhoria exista, é muito difícil quantificar o quanto o papel valoriza-se em função de um ambiente regulatório mais rígido.
"Quanto menor o ruído de comunicação, melhor o ativo será precificado. E isso vale para qualquer coisa: carro, apartamento e ações", exemplifica Geraldo Soares, superintendente de relações com investidores (RI) do Itaú Unibanco e vice-presidente do Instituto Brasileiro de Relações com Investidores (Ibri).
A Pricewaterhousecoopers (PwC) conseguiu mensurar esse impacto, especificamente no que diz respeito à convergência contábil ao IFRS.
"Identificamos que algumas ações europeias chegaram a subir mais de 10% após o encerramento do processo de convergência contábil ao IFRS", pondera Tadeu Cendon, sócio da área de risco e qualidade (R&Q) da PwC.
Melhoria contínua
Apesar de 2010 ser considerado como um dos anos mais ricos em termos de normas que pretendem ampliar a transparência das empresas de capital aberto, ainda há muito a ser melhorado.
"Quando se fala em transparência, das 400 empresas listadas na BM&FBovespa, apenas 100 fazem um bom trabalho. Então ainda há lacunas a serem preenchidas", acredita o vice-presidente do Ibri.
Ele destaca como exemplo a Instrução 480, da CVM. "O documento revolucionou o mercado, já que exige um nível de informação alto para as companhias. Isso vai possibilitar que o mercado mude, que os investidores tenham conhecimento de quais empresas não estão fazendo um bom trabalho."
O Itaú Unibanco vem se preparando para cumprir a extensa agenda de regulação. "Aumentamos equipe nos últimos meses, para darmos conta da quantidade de informações a serem divulgadas", aponta Soares.
Transparência pode aumentar preço de ações na bolsa
Vanessa Correia - Brasil Econômico - 03/08/10 19:19
03 agosto 2010
Rir é o melhor remédio
Fotografias com o bebê dormindo: surfista, herói, rock star, chuva, selva, gigante, elefante e leitor














CPC
No livro de Teoria de Contabilidade (Niyama e Silva, Atlas, p.36) existe uma passagem onde se comenta que a constituição do Iasb deveria respeitar o “equilíbrio geográfico global”. Isto é irônico, já que a composição da Fundação Iasb tem membros oriundos principalmente dos Estados Unidos e Europa.
E os nossos organismos reguladores, também levam em consideração o “equilíbrio geográfico”? Responder a esta questão é difícil, pois as pessoas evitam expor seus currículos na rede. Além disto, o próprio CPC não divulga este currículo.
Uma aluna de graduação da UnB, Ana Paula Figueiredo de Mello, fez um levantamento das pessoas que participam do CPC e tentou encontrar sua origem. O resultado é interessante e tentarei reproduzir, de maneira resumida, a seguir:
Nelson Jinzenji – Pernambuco
Idésio Coelho Jr – São Paulo
Alfried Ploger – São Paulo
Haroldo Levy Neto – São Paulo
Nelson Carvalho – São Paulo
Maria Clara Bugarim – Alagoas
Edison Pereira – São Paulo
Ernesto Gelbcke – São Paulo
Carlos Henrique Carajoinas – São Paulo
Eliseu Martins – São Paulo
Reginaldo Alexandre – São Paulo
Dilma Eguchi – São Paulo
Em resumo, dos dozes integrantes do CPC, somente dois não atuam em São Paulo. Coincidentemente ambos são originários do Conselho Federal de Contabilidade. Existem duas possíveis razões para explicar esta concentração geográfica. Em primeiro lugar, a própria composição do CPC induz a este resultado, uma vez que devem ter assentos representantes da Fipecafi e da Bovespa, entidades com atuação no estado de São Paulo. A segunda justificativa está na própria força econômica e cultural do Estado de São Paulo. Deve-se lembrar que este estado possui uma economia que representa mais de um terço da economia nacional.
Quais as implicações deste fato? O que deveria garantir a legitimidade do CPC é a qualidade do seu trabalho. E neste ponto, acredito que devemos reconhecer que o trabalho que está sendo realizado está acima de qualquer suspeita. Mas será que as características econômicas regionais não irão cobrar uma maior diversidade do CPC no futuro?
E os nossos organismos reguladores, também levam em consideração o “equilíbrio geográfico”? Responder a esta questão é difícil, pois as pessoas evitam expor seus currículos na rede. Além disto, o próprio CPC não divulga este currículo.
Uma aluna de graduação da UnB, Ana Paula Figueiredo de Mello, fez um levantamento das pessoas que participam do CPC e tentou encontrar sua origem. O resultado é interessante e tentarei reproduzir, de maneira resumida, a seguir:
Nelson Jinzenji – Pernambuco
Idésio Coelho Jr – São Paulo
Alfried Ploger – São Paulo
Haroldo Levy Neto – São Paulo
Nelson Carvalho – São Paulo
Maria Clara Bugarim – Alagoas
Edison Pereira – São Paulo
Ernesto Gelbcke – São Paulo
Carlos Henrique Carajoinas – São Paulo
Eliseu Martins – São Paulo
Reginaldo Alexandre – São Paulo
Dilma Eguchi – São Paulo
Em resumo, dos dozes integrantes do CPC, somente dois não atuam em São Paulo. Coincidentemente ambos são originários do Conselho Federal de Contabilidade. Existem duas possíveis razões para explicar esta concentração geográfica. Em primeiro lugar, a própria composição do CPC induz a este resultado, uma vez que devem ter assentos representantes da Fipecafi e da Bovespa, entidades com atuação no estado de São Paulo. A segunda justificativa está na própria força econômica e cultural do Estado de São Paulo. Deve-se lembrar que este estado possui uma economia que representa mais de um terço da economia nacional.
Quais as implicações deste fato? O que deveria garantir a legitimidade do CPC é a qualidade do seu trabalho. E neste ponto, acredito que devemos reconhecer que o trabalho que está sendo realizado está acima de qualquer suspeita. Mas será que as características econômicas regionais não irão cobrar uma maior diversidade do CPC no futuro?
Teste #321
Um determinado endereço da internet apresentou oito conselhos para obter a independência financeira. Num destes conselhos, adotou-se conceitos contábeis. A frase a seguir é a essência da segunda dica para conseguir a independência financeira. Complete com dois termos contábeis utilizados no texto:
Resposta do Anterior: Mallorca, da Espanha. Fonte: UEFA rejeita recurso do Mallorca. Isto é Dinheiro
Em seus livros, Robert Kiyosaki afirma que _______ é algo que põe dinheiro nos seus bolsos todos os meses, enquanto que ______ é algo que tira.
Resposta do Anterior: Mallorca, da Espanha. Fonte: UEFA rejeita recurso do Mallorca. Isto é Dinheiro
6174
Este número é conhecido como constante de Kaprekar, em homenagem ao matemático indiano. O número tem a seguinte propriedade interessante:
a) Pegue qualquer número de quatro dígitos, com pelo menos dois dígitos diferentes
b) Organize o número em ordem crescente e também em ordem decrescente. Com isto você obteve dois números de quatro algarismos (se for necessário, pode-se acrescentar zeros à esquerda)
c) Subtraia os dois números
d) Volte ao passo dois
Após algumas iterações, o resultado irá alcançar 6174. Exemplo: 1956. Colocando em ordem temos 1569 e 9651
9561 – 1569 = 8082
8820 – 0288 = 8532
8532 – 2358 = 6174
a) Pegue qualquer número de quatro dígitos, com pelo menos dois dígitos diferentes
b) Organize o número em ordem crescente e também em ordem decrescente. Com isto você obteve dois números de quatro algarismos (se for necessário, pode-se acrescentar zeros à esquerda)
c) Subtraia os dois números
d) Volte ao passo dois
Após algumas iterações, o resultado irá alcançar 6174. Exemplo: 1956. Colocando em ordem temos 1569 e 9651
9561 – 1569 = 8082
8820 – 0288 = 8532
8532 – 2358 = 6174
Futebol endividado
Dinheiro da china pode ser a salvação do futebol europeu
Jamil Chade / Genebra
O Estado de São Paulo - 3 ago 2010
Clubes endividados se voltam para os empresários e o mercado asiáticos
A China se apresenta como a esperança de solução para a crise financeira vivida pelo futebol europeu. O magnata chinês Kenny Huang negocia a compra do Liverpool, em um negócio que pode transformar a economia do futebol. Huang estaria em conversas com o Royal Bank of Scotland, o principal credor do time inglês.
Na Espanha, que vive a pior crise dos clubes em 50 anos, a federação modificará os horários das partidas da Liga para permitir que sejam transmitidas em horário nobre na China, além de criar um torneio anual com equipes espanholas na Ásia. Ontem, o Barcelona iniciou a pré-temporada no continente asiático.
Se a presença de magnatas russos e árabes no futebol chamou a atenção nos últimos dez anos, a chegada agora dos chineses promete ser ainda mais polêmica. O país não é conhecido por seu futebol e, nos últimos anos, esteve envolvido em diversos escândalos de corrupção no esporte.
Mas o magnata Huang não vem apenas com seu próprio dinheiro. O investimento seria feito com recursos do fundo estatal que o governo da China criou há poucos anos diante da acumulação de capital no país.
O fundo chinês estaria disposto a arcar com as dívidas de mais de 300 milhões (R$ 691.8 milhões), além de pagar um valor substancial aos proprietários. Mas os atuais donos, os empresários americanos Tom Hicks e George Gillett, resistem.
Huang representa a nova imagem dos magnatas chineses. Nada de comunismo ou citações de Mao Tse Tung. Nos anos 80, trabalhou na Bolsa de Valores de Nova Iorque. Estudou na Universidade de Guangzhou, na Universidade Columbia , nos EUA, e Universidade de Nova Iorque.
Nos últimos anos, vem ajudando empresas chinesas a fechar acordos de patrocínio com grandes clubes americanos de basquete e beisebol. Foram suas empresas que salvaram o Houston Rockets de situação crítica. Há algum tempo comprou parte das ações dos Yankees e, no início do ano, arrebatou 15% das ações do Cleveland Cavaliers.
No futebol, a China não disfarça que quer a organização de uma Copa do Mundo, depois do sucesso da Olimpíada de 2008. Mas o avanço chinês no mundo dos esportes não ocorre por acaso. Na semana passada, Pequim anunciou que estava se tornando a segunda maior economia do mundo, superada apenas pelos EUA e ultrapassando o Japão.
Nova ordem. O futebol europeu já entendeu essa dinâmica. O Barcelona viajou nesta semana para iniciar uma turnê de pré-temporada na Ásia, com jogos amistosos, principalmente em cidades chinesas. Ontem, na Coreia do Sul, o time foi recebido por uma multidão. Na China, cobrará 1 milhão (R$ 2,3 milhões) por partida amistosa.
Os objetivos também são de médio prazo, com a venda de camisas, direitos de TV e de produtos com o nome dos clubes. De olho nesse mercado, a Liga de Futebol Profissional da Espanha anunciou a alteração nos horários das partidas do campeonato nacional.
Pelo menos 17 partidas da temporada 2010/2011 serão adiantadas para aumentar a exposição dos times espanhóis no mercado asiático. “Está claro que necessitamos o mercado asiático para competir com as ligas inglesa e da Itália em igualdade de condições’’, afirmou Florentino Peres, presidente do Real Madrid. “Estamos falando de um mercado potencial de 2 bilhões de torcedores e não podemos deixar isso de lado.’’
“Nosso objetivo é ser uma das principais ligas na Ásia’’, declarou Francisco Roca, presidente da Liga. Para ele, portanto, colocar partidas ao vivo em horário nobre na Ásia é fundamental, mesmo que obrigue jogadores a atuar no meio do dia nas altas temperaturas da Península Ibérica.
Um torneio anual será ainda realizado na Ásia, com três times espanhóis e um asiático, para promover a Liga. “Os times não gostam de mudar seus hábitos e tradições. Mas acredito que todos entendem que essa é uma grande oportunidade e não temos outra forma de fazer’’, explicou Roca. ‘Vivemos a pior crise financeira no futebol em 50 anos e temos de aproveitar o sucesso da Espanha na Copa de 2010 para tirar vantagens’’, disse.
Há uma semana, o Mallorca foi suspenso da Liga Europa por dívida além dos limites permitidos pela Uefa. Deve 77 milhões (R$ 177,5 milhões).
Iasb
Conselho internacional de normas quer ouvir o Brasil
Valor Econômico - Fernando Torres, de São Paulo (via CFC)
Único representante brasileiro no colegiado do Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade (Iasb), o ex-chefe do departamento de normas do Banco Central (BC) Amaro Gomes desembarca nesta semana no Brasil com uma missão: estimular a participação de empresas, investidores e agentes locais no processo de discussão das novas regras contábeis internacionais, chamadas de IFRS.
Em entrevista exclusiva ao Valor, Gomes contou que o Iasb considera importante a opinião dos brasileiros. "O Brasil é a 11ª economia do mundo e tem empresas que estão entre as primeiras do mundo em diversos setores. Todos querem ouvir o que elas têm a dizer", afirma.
Ele cita como exemplo uma discussão que se iniciou recentemente sobre regras contábeis relacionadas à indústria extrativista, em que as posições da Petrobras e da Vale, por exemplo, seriam de extrema importância.
A manifestação de empresas e entidades brasileiras já começou, com o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e empresas de energia elétrica tendo enviado comentários em discussões recentes do Iasb. "A minha ideia, o meu desejo, é que essas contribuições aumentem e sejam mais regulares", afirma o conselheiro do órgão.
Entre hoje e quarta-feira, Gomes estará no Rio para participar de evento organizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC). O seminário, que ocorrerá na sede do banco, terá como tema a adoção do IFRS pelas pequenas e médias empresas, o que passa a ser obrigatório a partir do balanço de 2010. Há 700 inscritos, e o ex-funcionário do Banco Central diz que será o maior evento do tipo com a participação do Iasb, se for considerado que o público é de apenas um país.
Na quinta e na sexta-feira, além de participar em São Paulo de outro evento ligado à contabilidade, este organizado pelo Banco Central, Amaro tem encontros marcados com representantes da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec) e também da Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca).
Nesses encontros é que o conselheiro do Iasb pretende incentivar uma maior participação dos brasileiros nas discussões das novas normas contábeis, assim como receber um retorno das entidades sobre o processo de adoção do IFRS pelas empresas de capital aberto, que já está em curso.
Não está prevista nenhuma reunião formal de Gomes com membros do CPC. Mas está mantida a segunda reunião técnica entre os dois órgãos, agendada para setembro, e que desta vez ocorrerá em Londres.
Cerca de um ano após a entrada no Iasb, Gomes se diz plenamente adaptado à nova função e também à vida na Inglaterra.
Questionado sobre as reuniões em busca de convergência contábil com o Fasb, órgão que edita as normas nos Estados Unidos, o ex-funcionário do BC garante que o clima é tranquilo, apesar de reconhecer que há pontos em que não existe consenso atualmente. "Sinceramente, estamos trabalhando muito bem juntos. Mas é natural que em um processo que envolve 15 pessoas do lado Iasb e cinco do Fasb nem todos concordem com as mesmas alternativas."
Ele faz questão de ressaltar, entretanto, que mesmo sobre instrumentos financeiros, em que as divergências parecem mais gritantes, nem tudo está perdido. Isso porque o texto colocado em audiência pública pelo Fasb, que acaba com o registro pelo custo amortizado (ao contrário do que diz o IFRS 9), ainda pode mudar após a manifestação do mercado. Se isso não funcionar, a saída será apresentar, nos dois padrões, as diferenças nas notas explicativas.
Multa
Comerciante multado em 3 mil Mt por faltar ao comício de Itai Meque
Jorge Marcos
Eventual abuso de poder em Alto-Molócuè
O caso deu-se em Alto-Molócuè, onde a edilidade acusa um comerciante de desacato às autoridades municipais.
O comerciante do município de Alto-Molócuè foi multado em 3 mil meticais por não ter encerrado o seu estabelecimento comercial, para participar no comício popular que era orientado pelo governador da província da Zambézia, Francisco Itai Meque.
Tudo aconteceu aquando da recente visita de trabalho de Itai Meque a Alto-Molócuè, razão pela qual o conselho municipal local decidiu interromper o curso normal das actividades de rendimento, para que houvesse enchente no comício popular do governador da Zambézia.
Na altura, a edilidade estipulou que, em caso de desacato à decisão, os visados fossem, compulsivamente, sujeitos ao pagamento de uma multa de 3 mil meticais. Nos termos da decisão, o comerciante que não fechasse o seu estabelecimento comercial e, por isso, faltasse ao comício do governador, seria sujeito a uma pena e a pagar o referido montante. E assim foi.
Documento/sentença
O documento que anuncia a sentença ao infractor, que não encerrou o seu estabelecimento comercial e, consequentemente não participar do comício do governador, refere que ele (o comerciante) só reabrirá o seu estabelecimento comercial após o pagamento da quantia estabelecida.
Trata-se de um documento datado de 14 de Julho de 2010, assinada por Elton Paulo, vereador de Urbanização e Saneamento.
“O conselho municipal anunciou que todas as barracas deviam estar encerradas. Verificando-se que V.excia não cumpriu com a orientação, vimos por meio desta aplicar-lhe a multa no valor de 3.000,00 (três mil meticais) a ser pago na contabilidade deste município. Comunicamos que não deverá voltar a abrir enquanto não pagar a devida multa”, lê-se no documento da edilidade dirigido ao suposto infractor.
O PAÍS – 02.08.2010
02 agosto 2010
Reconhecimento da Receita
Nós aprendemos em teoria contábil (vide capítulo 7 do livro de Teoria da Contabilidade, de Niyama e este blogueiro) que o processo de reconhecimento da receita pode ocorre ao longo do ciclo operacional da empresa. De uma maneira geral, registra-se a receita no momento da venda, sendo este o fato gerador da receita. Entretanto admitem-se algumas exceções a esta regra geral. Uma empresa cujo ciclo produtivo é muito grande pode considerar a geração da receita ao longo do processo de produção. Outra situação ocorre quando existem muitas incertezas sobre o potencial de recebimento, sendo possível admitir o reconhecimento na entrada do caixa.
O processo de reconhecimento da receita é complexo e inconsistente. Em razão disto, o Iasb, órgão regulador das normas contábeis internacionais, e o Fasb, entidade de normatiza a contabilidade nos Estados Unidos, juntaram esforços no sentido de modificar as normas de contabilidade sobre este assunto. A proposta básica é atacar estes problemas, focando o processo de registro da receita no momento que o produto ou serviço é transferido para o cliente. Através de um exposure draft de mais de cento e cinqüenta páginas, as duas entidades querem acabar com os contratos de longo prazo, responsável pelo reconhecimento da receita ao longo da produção. Além disto, as receitas onde existem incertezas no recebimento devem ser reconhecidas usando estimativas.
Algumas observações importantes sobre estas mudanças:
1. Não se aplicam a arrendamento, contratos de seguros e instrumentos financeiros
2. Os comentários e sugestões a proposta do Iasb e do Fasb encerram em outubro. A perspectiva é que o padrão final esteja pronto em meados de 2011.
3. Será exigido mais evidenciação dos contract costs
4. A mudança nas receitas que anteriormente eram registradas no recebimento representa uma mudança no foco do reconhecimento. Em lugar da preocupação com o “quando reconhecer” a receita, a proposta é no sentido de reconhecer, modificando a quantidade, ou seja, o “quanto”.
5. A proposta irá substituir a IAS 18 e IAS 11
6. O assunto é polêmico. Somente no Preliminary Views on Revenue Recognition in Contracts with Customers, 220 comentários foram recebidos.
Leia mais sobre o assunto:
Big Changes Proposed for Revenue Recognition - Journal of Accountancy, 24 de junho de 2010.
Big Revenue Recognition Changes to Come - Accounting principles, 25 junho de 2010
IASB and FASB propose a new joint standard for revenue recognition – 24 junho de 2010
O processo de reconhecimento da receita é complexo e inconsistente. Em razão disto, o Iasb, órgão regulador das normas contábeis internacionais, e o Fasb, entidade de normatiza a contabilidade nos Estados Unidos, juntaram esforços no sentido de modificar as normas de contabilidade sobre este assunto. A proposta básica é atacar estes problemas, focando o processo de registro da receita no momento que o produto ou serviço é transferido para o cliente. Através de um exposure draft de mais de cento e cinqüenta páginas, as duas entidades querem acabar com os contratos de longo prazo, responsável pelo reconhecimento da receita ao longo da produção. Além disto, as receitas onde existem incertezas no recebimento devem ser reconhecidas usando estimativas.
Algumas observações importantes sobre estas mudanças:
1. Não se aplicam a arrendamento, contratos de seguros e instrumentos financeiros
2. Os comentários e sugestões a proposta do Iasb e do Fasb encerram em outubro. A perspectiva é que o padrão final esteja pronto em meados de 2011.
3. Será exigido mais evidenciação dos contract costs
4. A mudança nas receitas que anteriormente eram registradas no recebimento representa uma mudança no foco do reconhecimento. Em lugar da preocupação com o “quando reconhecer” a receita, a proposta é no sentido de reconhecer, modificando a quantidade, ou seja, o “quanto”.
5. A proposta irá substituir a IAS 18 e IAS 11
6. O assunto é polêmico. Somente no Preliminary Views on Revenue Recognition in Contracts with Customers, 220 comentários foram recebidos.
Leia mais sobre o assunto:
Big Changes Proposed for Revenue Recognition - Journal of Accountancy, 24 de junho de 2010.
Big Revenue Recognition Changes to Come - Accounting principles, 25 junho de 2010
IASB and FASB propose a new joint standard for revenue recognition – 24 junho de 2010
Teste #320
A questão financeira dos clubes pode ser preocupante. Apesar do livro Soccernomics constatar que o índice de falências de clubes de futebol é muito baixo, esta semana a UEFA manteve um clube fora da Liga Europa por conta de dívidas de 60 milhões de euros. Este clube é
Aston Villa, da Inglaterra
Braga, de Portugal
Mallorca, da Espanha
Resposta do Anterior: BP. Fonte: The Gulf Oil Spill: BP Seeks Tax Cut On Cleanup Costs, Neil King Jr. , 28 jul 2010, The Wall Street Journal
Aston Villa, da Inglaterra
Braga, de Portugal
Mallorca, da Espanha
Resposta do Anterior: BP. Fonte: The Gulf Oil Spill: BP Seeks Tax Cut On Cleanup Costs, Neil King Jr. , 28 jul 2010, The Wall Street Journal
Efeito da Sarbox
A Sarbox foi uma lei aprovada nos Estados Unidos após o escândalo da Enron. Pela influência daquele país na contabilidade mundial, uma nova regulamentação será acompanhada de perto pelos outros países do mundo. Também foi o caso desta norma.
Segundo uma pesquisa publicada no International Journal of Disclosure and Governance, no número de agosto de 2010, (The recent international growth of mandatory audit committee requirements, Jason Fichtner), a Sarbox exerceu uma grande influencia sobre as normas de outros países. O artigo explora a criação dos comitês de auditoria, criados para melhorar a qualidade das informações contábeis. Antes da aprovação da Sarbox, somente 10 dos 40 maiores mercados do mundo exigiam tal comitê. Com a nova lei, o número aumentou para 31.
Segundo uma pesquisa publicada no International Journal of Disclosure and Governance, no número de agosto de 2010, (The recent international growth of mandatory audit committee requirements, Jason Fichtner), a Sarbox exerceu uma grande influencia sobre as normas de outros países. O artigo explora a criação dos comitês de auditoria, criados para melhorar a qualidade das informações contábeis. Antes da aprovação da Sarbox, somente 10 dos 40 maiores mercados do mundo exigiam tal comitê. Com a nova lei, o número aumentou para 31.
Os mais influentes no Twitter
1. Barack Obama (@BarackObama)
2. Lady Gaga (@ladygaga)
3. CNN Breaking News (@cnnbrk)
4. Taylor Swift (@taylorswift13)
5. Pete Cashmore (@mashable)
Fonte: Aqui
2. Lady Gaga (@ladygaga)
3. CNN Breaking News (@cnnbrk)
4. Taylor Swift (@taylorswift13)
5. Pete Cashmore (@mashable)
Fonte: Aqui
Lucro após morte
Obra póstuma de M. Jackson é mais lucrativa que sua carreiraes.
Brasil Econômico - Por AFP - 25/06/10
Obrá póstuma do cantor já supera seus 40 anos de carreira
A revista Billboard, especializada em música, constatou uma verdade mórbida: Michael Jackson pode valer mais morto do que vivo. A notícia surge um ano após a morte do astro americano.
As vendas de sua obra somaram mais de US$ 1 bilhão num balanço das vendas feito pela própria revista de todos os produtos relacionados com a voz, a imagem e danças do Rei do Pop.
Outro passo importante que contribuiu para o sucesso financeiro após a morte de Jackson foi a venda das gravações dos seus ensaios quando ele se preparava no Staples Center de Los Angeles para a turnê de 50 shows que estrearia em Londres, em 13 de julho passado.
O estúdio Sony Pictures comprou essas gravações por US$ 60 milhões e, em 28 de outubro, multidões foram ao cinema ver "Michael Jackson: This Is It".
Segundo o site especializado em bilheterias, o Boxofficemojo.com, este documentário figura como o filme de um show que mais arrecadou na história do cinema.
Logo depois vieram a vendas de DVD do mesmo documentário, e mais lucros pelos direito de transmissão do material na televisão, e assim o fundo de Michael Jackson somou mais US$ 392 milhões.
Outros milhões vieram com o lançamento de edições especiais de sua música, cerca de US$ 130 milhões, assim como com um acordo assinado com a Sony Music (US$ 31 milhões) para lançar dez álbuns do cantor até 2017 e, inclusive, US$ 35 milhões pela licença e a turnê que nunca chegou a realizar.
Paradoxalmente, a situação financeira do cantor em seus últimos anos de vida era caótica, a ponto de hipotecar seu rancho de Neverland. Suas dívidas chegavam a US$ 500 milhõ
01 agosto 2010
Copa do Mundo e Dinheiro Público
Candidatas a financiamentos de R$ 4,8 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), as obras milionárias dos estádios para a Copa do Mundo de 2014 reúnem indícios de superfaturamento, desperdício de recursos e negócios arriscados para os cofres públicos. Até sexta-feira, o Comitê Organizador do evento contabilizava o início das obras em apenas metade das 12 arenas pré-selecionadas para o Mundial. O palco de São Paulo segue indefinido.
A reconstrução do estádio da Fonte Nova, em Salvador, por exemplo, custará R$ 591,7 milhões, mas o Estado da Bahia já se comprometeu a pagar valor pelo menos 50% maior ao parceiro privado, responsável também pela administração e exploração da nova arena. Em Brasília, a reforma do Mané Garrincha é a obra mais cara da Copa, orçada em R$ 745,3 milhões. O novo estádio, com 71 mil lugares, corre o risco de virar um elefante branco em uma cidade sem torcidas nem tradição no futebol. Em Manaus, a construção da Arena Amazônia começou sob suspeita de preços superfaturados em pelo menos R$ 63 milhões.
De acordo com a divisão de responsabilidades, os governos locais se encarregam da construção e reforma dos estádios. A União participa com os financiamentos do BNDES, que têm taxas de juros abaixo da média do mercado, além de três anos de carência e 12 para pagar. “Tememos que aconteça como nos Jogos Pan-Americanos”, observou o procurador da República no Amazonas, Athaíde Ribeiro Costa. Ele coordena grupo do Ministério Público (MP) responsável por acompanhar os empreendimentos do Mundial. No Pan-Americano de 2007, o orçamento inicial estourou e a União cobriu o rombo para evitar o fiasco do evento. O grupo de procuradores se reúne no final desta semana em Brasília.
Riscos. As primeiras movimentações dos órgãos de controle tornam evidentes os riscos dos negócios da Copa para os cofres públicos. Correspondência encaminhada ao BNDES pela procuradora da República Juliana de Azevedo Moraes recomenda que o banco não conceda empréstimo de R$ 400 milhões ao consórcio responsável pela reconstrução da Fonte Nova. O consórcio é integrado pelas empreiteiras OAS e Odebrecht.
Contabilidade do Ministério Público mostra que em 15 anos o Estado pagará ao consórcio mais de três vezes o valor do estádio. O governo da Bahia contesta o cálculo, mas confirma que o pagamento supera o custo da obra, apesar de o parceiro privado ter assegurada pelo menos parte da bilheteria dos eventos. A taxa de retorno do investimento foi fixada em 16,47% ao ano, informou o secretário executivo da Parceria Público-Privada, Rogério Princhak.
O BNDES se limitou a informar que não há decisão sobre o empréstimo. Ao Estado, o banco informou que analisa os pedidos de financiamento já formalizados por seis Estados, mas o crédito ainda não foi aprovado para nenhum deles.
O estudo de viabilidade econômica dos estádios a longo prazo é uma das exigências do BNDES para a liberação do dinheiro. Esse pré-requisito pode inviabilizar o financiamento da reforma do Mané Garrincha. Caso a operação dos estádios não se mostre lucrativa, os governos estaduais serão chamados a cobrir os prejuízos.
Elefantes brancos. Em relatório aprovado há pouco mais de um mês, o Tribunal de Contas da União (TCU) destacou o risco de gestão dos estádios em Brasília, Manaus, Recife e Cuiabá. “O risco de elefantes brancos pode ser considerado alto em virtude de serem locais com pouca tradição de futebol”, destaca o documento.
Para o TCU, o novo estádio do Amazonas reúne os principais riscos das obras iniciadas no País para adequar as arenas das cidades-sede às exigências da Fifa. Auditores do Tribunal identificaram indícios de 46% de superfaturamento em apenas uma amostra dos custos do Vivaldão. O preço extra apontado era de R$ 63 milhões.
Risco dos elefantes - Marta Salomon/BRASÍLIA - 1 Ago 2010 - O Estado de São Paulo
31 julho 2010
30 julho 2010
Teste #319
Esta empresa estimou que terá uma redução de impostos no valor de 10 bilhões de dólares. Quem é esta empresa?
BP
Boeing
Google
Resposta do Anterior: Barcelona. Fonte: Futebol: FC Barcelona -- Auditoria revela prejuízos de 77,1 ME – Agência Lusa - 27 Jul 2010
BP
Boeing
Resposta do Anterior: Barcelona. Fonte: Futebol: FC Barcelona -- Auditoria revela prejuízos de 77,1 ME – Agência Lusa - 27 Jul 2010
Oligopólio
A questão do oligopólio no setor de auditoria volta ao debate na Inglaterra, informa Raquel Sanderson, do Financial Times (New thinking is key to opening door of Big Four's club, 29 jul 2010). As quatro grandes empresas de auditoria (PwC, Ernst & Young, KPMG e Deloitte) dominam o setor e uma investigação da Casa dos Lordes procura verificar o papel do oligopólio na crise financeira.
Esta discussão pode afetar a forma como as empresas de auditoria são organizadas, segundo informou Sanderson. E a questão tem sido acompanhada de perto por reguladores dos Estados Unidos e Ásia. Esta questão não é recente, mas no passado nenhuma medida incomodou as denominadas Big Four. Estas empresas possuem 96% das contas das multinacionais que fazem parte do FTSE 350.
Um relatório apontou que apenas 2,1% das empresas que compõe o índice FTSE 100 mudaram de auditoria a cada ano, no período compreendido entre 1996 a 2004. Uma das sugestões aventadas é a auditoria conjunta, prática já adotada na França.
Esta discussão pode afetar a forma como as empresas de auditoria são organizadas, segundo informou Sanderson. E a questão tem sido acompanhada de perto por reguladores dos Estados Unidos e Ásia. Esta questão não é recente, mas no passado nenhuma medida incomodou as denominadas Big Four. Estas empresas possuem 96% das contas das multinacionais que fazem parte do FTSE 350.
Um relatório apontou que apenas 2,1% das empresas que compõe o índice FTSE 100 mudaram de auditoria a cada ano, no período compreendido entre 1996 a 2004. Uma das sugestões aventadas é a auditoria conjunta, prática já adotada na França.
Novo Mercado
O Novo Mercado (NM) da BVMF-Bovespa completará dez anos em dezembro. Seu sucesso é motivo de orgulho do mercado de capitais brasileiro e os números falam por si. Após um começo muito tímido, quando nos seus três primeiros anos apenas duas empresas aderiram a este segmento, a partir de 2004 teve início a sua arrancada. Praticamente todas as empresas que abriram o capital o fizeram neste segmento. Em dezembro de 2005 eram só 17 companhias, com um valor de mercado de R$ 78 bilhões, ou 9,2% do total da Bolsa, e um volume financeiro diário de R$ 133 milhões. Em junho de 2010 eram 106 companhias listadas (23% do total), com capitalização de R$ 550 bilhões (27% do mercado) e 32% do volume financeiro diário da Bolsa de São Paulo (R$ 1,6 bilhão do total de R$ 5 bilhões).
Em paralelo a esse desenvolvimento, várias companhias do NM passaram a ter a estrutura de capital pulverizada, isto é, elas não têm um acionista ou grupo de acionistas que, isolada ou conjuntamente, detêm mais de 50% das ações com direito a voto. Já são mais de 50 companhias sem controle definido no NM. Este é o embrião das futuras corporações brasileiras, tal como existe nos mercados de capitais acionários mais desenvolvidos. Para ilustrar o ponto, Steven Jobs, da Apple, começou detendo 100% das ações que hoje, em grande parte, estão nas mãos do mercado. Na medida em que mais recursos são exigidos das companhias por conta do desenvolvimento tecnológico ou de projetos cada vez mais intensivos em capital, é de esperar que o fenômeno da dispersão do controle passe a predominar.
A nossa lei que rege as sociedades anônimas é de 1976, época em que predominava o controle familiar das companhias. A qualidade dessa legislação é indiscutível, mas após 35 anos algumas lacunas começam a surgir, em particular no que diz respeito à realidade das companhias de controle disperso. Para preencher esse vácuo e aprimorar a governança das companhias do NM, a Bolsa está promovendo uma reformulação das regras do regulamento deste seguimento, que poderá se concretizar no dia 6 de agosto, se um terço dessas companhias não votar contra a proposta.
Em linhas gerais, os pontos mais controversos são: 1) a obrigatoriedade da criação de um comitê de auditoria, eleito pelo conselho de administração, com a participação de pelo menos um conselheiro independente (observe: a regra exige a presença de pelo menos um conselheiro independente neste comitê. Quanto aos demais membros, são eleitos pelo conselho, mas não necessariamente dentre os membros do conselho); 2) o aumento do número de conselheiros independentes de 20% para 30%; e 3) a mudança mais importante, no entender da autora, a obrigatoriedade de realizar uma oferta pública para a aquisição de todas as ações no mercado quando um grupo de acionistas adquirir 30% das ações de uma companhia, oferecendo o maior preço pago pelo acionista adquirente nos 12 meses anteriores. Esse último ponto preenche uma lacuna da Lei das Sociedades Anônimas que prevê o pagamento ao acionista minoritário de 80% do preço recebido pelo controlador quando este aliena o controle, mas não tem dispositivo para o caso em que o controle é adquirido diretamente no mercado. A Bolsa escolheu o padrão europeu, pelo qual a aquisição de 30% presume o controle. Assim, se um grupo de acionistas adquire 30% de uma companhia, ele deve estender a oferta aos demais acionistas.
A exigência do Comitê de Auditoria e de um número maior de conselheiros independentes é salutar para as empresas de capital disperso, pois diminui o conflito entre a administração e os acionistas dispersos. Essas propostas podem não ser bem recebidas pelas companhias de controle definido. A proposta da Bolsa não permitiu flexibilidade nestes pontos controversos e será uma pena se no dia 6 o desenvolvimento do mercado acionário do País levar um cartão vermelho ao não aprovar o novo regulamento do Novo Mercado.
O aniversário e a reforma do Novo Mercado - Ana Novaes - 30 Jul 2010 - O Estado de São Paulo
Escândalo Frances
Um dos principais ministros do governo francês negou ontem, em depoimento, que tenha recebido ilegalmente envelopes de dinheiro das mãos de Liliane Bettencourt — principal acionista do grupo L'Oréal — para o partido do governo (UMP) ou para a campanha do presidente Nicolas Sarkozy. O nome do ministro do Trabalho, Eric Woerth, é citado várias vezes em conversas gravadas e entregues às autoridades francesas, num dos maiores escândalos de corrupção do país.
O caso foi parar na Justiça depois que o mordomo da bilionária gravou horas de conversas da patroa por conta de uma briga de família. Na gravação de 29 de outubro, o administrador de Bettencourt Patrice de Maistre lembra à bilionária que empregou a mulher do ministro — na época, do Orçamento — na empresa que gerencia a sua fortuna.
— Quem é este? — perguntou à bilionária, de 87 anos, ao ouvir o nome de Woerth.
— Ora, é o marido de madame (Florence) Woerth, que a senhora emprega. Ela é uma das minhas colaboradoras, e não é grande coisa. Mas ele é muito simpático e é o nosso ministro do Orçamento. É ele que se ocupa dos seus impostos. Portanto, não é idiota (convidá-lo para uma cerimônia) — disse o administrador.
Ministro nega conflito de interesse no caso L'Oréal - 30 Jul 2010 - O Globo
Delação premiada
A partir de la reforma financiera, la SEC tiene más presupuesto. Citi arregló un pago con el Gobierno por una causa sobre fraude a inversores
En los 21 años desde que la Comisión de Bolsa y Valores de Estados Unidos (SEC) instituyó el pago de recompensas por delatar el uso de información privilegiada, el organismo ha desembolsado tan solo u$s 1,16 millones a seis personas, incluso u$s 1 millón este mes a una mujer que denunció al fundador del fondo de cobertura de riesgo Pequot Capital Management. Con la nueva ley de normas financieras refrendada por el presidente Barack Obama el 21 de julio, el ritmo está a punto de acelerarse.
Arrinconada por las acusaciones de que hizo caso omiso de informaciones sobre las fechorías de Bernard Madoff, la SEC pidió al Congreso que aumentara los pagos y ampliara la autoridad del organismo para recompensar a quienes le ofrezcan pistas sobre otros tipos de infracciones, incluso las estratagemas de Ponzi y los fraudes en la contabilidad empresarial.
Esos deseos se cumplieron: la ley de reorganización financiera dice que la SEC puede otorgar recompensas a los soplones en cualquier caso que origine una multa de más de u$s 1 millón. Y ahora los informantes tienen derecho a hasta un 30% de todo el dinero que la SEC cobre, incluso multas y ganancias obtenidas ilícitamente. Antes, los delatores tenían derecho a solo un 10%. “La disposición sobre los delatores beneficiará considerablemente nuestro programa de fiscalización al alentar a las personas a dar conocimiento a las autoridades”, dijo el vocero de la SEC, John Nester.
Regulador de EE.UU. aumenta recompensas para ‘soplones’ - BLOOMBERG Y EFE Buenos Aires - 30 Jul 2010 - El Cronista Comercial
Ver também aqui, teste 317.
Responsabilidade pesa
“Um político de peso, capaz de opiniões abrasivas, quando questionado sobre seus atos, esquiva-se com argumentos escorregadios. Incapaz de sentir a pressão da culpa sobre a alma, dorme um sono leve.”
Você deve estar imaginando a que político estou me referindo, mas talvez não tenha percebido que o parágrafo acima contém cinco exemplos do uso de termos relacionados ao sentido do tato (peso, abrasivo, escorregadio, pressão e leve) para qualificar objetos que jamais percebemos por meio desse sentido (político, opiniões, Paulo, culpa e sono).
A associação de termos relacionados aos sentidos para qualificar objetos não relacionados ao sentido em questão ocorre em todas as línguas. Estudos quantitativos demonstraram que o tato é o sentido em que esse fenômeno de transferência é mais frequente, apesar de muitas vezes o sentido da visão (“uma mente brilhante”) e o do olfato (“aquele acordo fede”) também fornecerem qualificadores para objetos não relacionados.
Muitos linguistas e psicólogos acreditam que esse fenômeno se deve ao fato de o tato ser o primeiro sentido utilizado pela criança para perceber o mundo exterior. Mesmo antes de abrir os olhos, o recém-nascido sente o bico do peito na boca, prova o gosto do leite e se conforta com o cheiro e o abraço da mãe. Esses cientistas acreditam que mais tarde, durante o desenvolvimento da linguagem, a mente humana transfere para objetos abstratos muitas das qualificações derivadas dos sentidos. E ao longo da história da humanidade, em todas as culturas, essas associações se perpetuam em expressões verbais.
Agora, um grupo de cientistas deu um passo além e investigou se essa associação entre percepções táteis e objetos não relacionados influencia o comportamento e a capacidade de julgamento de pessoas adultas. O que eles testaram é se a presença de um estímulo tátil afeta nossa capacidade de decisão.
No primeiro estudo, pediram para 50 voluntários avaliarem o currículo de um candidato a um emprego hipotético. Todos os voluntários receberam o mesmo currículo, com o mesmo texto, impresso em folhas de papel idênticas, e tiveram o mesmo tempo para fazer sua avaliação. A diferença é que metade recebeu o currículo em uma prancheta leve, que pesava aproximadamente 300 gramas, e a outra metade, em uma prancheta pesada, de mais de 2 quilos. Uma diferença de 1 quilo e 700 gramas. Os voluntários deveriam avaliar, em uma escala de 0 a 10, se o candidato era adequado à vaga, se possuía os requisitos necessários e assim por diante.
Peso da linguagem. O resultado é impressionante. Os avaliadores que receberam a prancheta pesada deram notas maiores para as qualidades do candidato que, na língua inglesa, possuem expressões verbais associadas ao peso (capacidade intelectual e responsabilidade). Por outro lado, na parte da avaliação que perguntava sobre a capacidade de socialização do candidato, que na língua inglesa não possui expressões relacionadas ao peso, a avaliação pelo grupo de pessoas com as pranchetas pesadas ou leves foi idêntica.
Além disso, os cientistas pediram para que os voluntários avaliassem como se sentiam em relação à responsabilidade de avaliar um candidato a partir de apenas um currículo. Os que haviam recebido o currículo em pranchetas pesadas avaliaram sua própria responsabilidade como muito maior quando comparada à percepção dos que receberam as pranchetas leves. Ou seja, “sentiram o peso da responsabilidade”.
Outros cinco experimentos, que testaram se a manipulação de objetos rugosos ou lisos e duros ou moles afeta o julgamento de pessoas adultas, confirmou que nossa capacidade de julgamento e decisão é realmente afetada pelo estímulo tátil ao qual estamos submetidos. Esse experimento demonstra claramente que nossa capacidade de tomar decisões racionais é aparente e limitada.
Nosso cérebro, o aparato que processa informações e decide, está longe de ser isento de influências que datam de nossa infância. Tudo indica que nossa história tem um peso muito real sobre nossa capacidade de julgamento. Freud deve estar sorrindo no túmulo.
MAIS INFORMAÇÕES: INCIDENTAL HAPTIC SENSATIONS INFLUENCE SOCIAL JUDGMENTS AND DECISIONS. SCIENCE, VOL. 328, PÁG. 1.712, 2010
Responsabilidade pesa 1,7 kg
Fernando Reinach - 29 Jul 2010 - O Estado de São Paulo
Medicamentos
Pesquisa de funcionária da Secretaria de Estado da Saúde de SP mostra concentração dos processos para compra de remédios não incluídos no SUS nas mãos de poucos advogados, e sugere que laboratórios farmacêuticos estão por trás disso
Estudo publicado na Revista de Saúde Pública mostra que a maior parte das ações movidas contra o governo estadual paulista para obtenção de medicamentos não cobertos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) está concentrada nas mãos de poucos médicos e poucos advogados. Os resultados, segundo os pesquisadores, é mais um indício de que a indústria farmacêutica está por trás desses processos.
A pesquisa analisou 2.927 ações cadastradas no Sistema de Controle Jurídico da Secretaria de Estado da Saúde, movidas em 2006, em benefício de pacientes residentes na cidade de São Paulo. Dos 565 advogados responsáveis pelas ações, 19 ajuizaram cerca de 63% dos processos. No caso de alguns medicamentos específicos, um único advogado foi responsável por 70% das ações.
O estudo revela também uma concentração de médicos citados nas ações: nos processos para aquisição de quatro remédios, mais de 20% das justificativas foram assinadas pelo mesmo médico. O nome dos profissionais envolvidos não foram divulgados.
O título do artigo não deixa dúvidas sobre a conclusão: “Ações judiciais: estratégia da indústria farmacêutica para introdução de novos medicamentos”.
Segundo o artigo 198 da Constituição, todos devem ter acesso universal e integral à saúde. O estudo sugere que laboratórios manipulam esse princípio para, com a ajuda de médicos e advogados, aumentar os lucros. Remédios comprados com liminares não passam por licitação e, por isso, o Estado é obrigado a pagar o preço estipulado pelos fabricantes, sem negociação.
Argumentos. O trabalho é resultado do levantamento realizado por Ana Luiza Chieffi, funcionária da Secretaria de Estado da Saúde, para um curso de mestrado profissional em 2008 na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Ela oferece argumentos estatísticos para frequentes críticas de secretários de saúde a essas ações.
Em setembro de 2008, quando a polícia paulista desmontou um esquema que obrigava o Estado a adquirir drogas de alto custo para psoríase, a Secretaria Estadual da Saúde estimou que cerca de 50% dos R$ 400 milhões gastos com remédios via Justiça seriam decorrentes de fraudes.
Na ocasião, o então governador José Serra (PSDB) disse que “há uma indústria de ações judiciais” e chamou a operação de “ponta de um barbante de um nó que precisa agora ser desatado”. Em 2009, a secretaria afirma ter investido R$ 1,3 bilhão em remédios, cerca de R$ 400 milhões para cumprir medidas judiciais – 30% do total. No ano estudado (2006), o gasto com ações foi de R$ 65 milhões (5,4% do total).
“Estatisticamente é impossível – probabilidade igual a zero – ter um único médico e um único advogado responsáveis por mais de 50% das ações solicitando um único medicamento sem que exista algum tipo de articulação entre indústria, advogado e médico”, diz a pesquisadora Rita de Cássia Barradas Barata, pesquisadora da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e coautora do estudo.
Outros especialistas, entidades de pacientes e representantes da indústria discordam da análise apresentada no trabalho
Indústria usa ações judiciais para lucrar com medicamentos, diz estudo - Alexandre Gonçalves - 26 Jul 2010 - O Estado de São Paulo
29 julho 2010
Rir é o melhor remédio
Uma das insuficiências resulta do incêndio que terá destruído 75% da contabilidade da empresa-mãe Freeport PLC, no Reino Unido. Em 2006, as Finanças inspeccionaram a "Freeport Leisure", mas não encontraram justificativos para pagamentos de 6,9 milhões de euros, entre 1999 e 2004. A documentação de suporte dos pagamentos estaria em Inglaterra, mas ardeu num incêndio.
De resto, os investigadores verificaram que, em Maio de 2002, dois meses após a aprovação do Freeport, Charles Smith pediu dinheiro à empresa-mãe para pagar, a um indivíduo identificado como "Pinóquio", o que havia combinado com um tal "Bernardo". Mas nenhum deles foi identificado, tal como sucedeu com outro suposto beneficiário de comissões que era alcunhado de "Gordo".
Processo Freeport acusa só - 27 Jul 2010 - Jornal de Notícias- NELSON MORAIS
De resto, os investigadores verificaram que, em Maio de 2002, dois meses após a aprovação do Freeport, Charles Smith pediu dinheiro à empresa-mãe para pagar, a um indivíduo identificado como "Pinóquio", o que havia combinado com um tal "Bernardo". Mas nenhum deles foi identificado, tal como sucedeu com outro suposto beneficiário de comissões que era alcunhado de "Gordo".
Processo Freeport acusa só - 27 Jul 2010 - Jornal de Notícias- NELSON MORAIS
Teste #318
Este grande clube de futebol da Europa apresentou no balanço de 2009/2010 um lucro de 11,1 milhões de euros. Entretanto, uma auditoria realizada na contabilidade, realizada a pedido da nova diretoria, revelou que o resultado foi um prejuízo de 77,1 milhões de euros. Uma diferença de 89 milhões de euros. Qual o nome deste clube de futebol?
Barcelona
Chelsea
Inter de Milão
Resposta do Anterior: 1 milhão. Fonte: Washington Post, SEC pays $1 million to woman who ratted on her ex, Zach Goldfarb.
Barcelona
Chelsea
Inter de Milão
Resposta do Anterior: 1 milhão. Fonte: Washington Post, SEC pays $1 million to woman who ratted on her ex, Zach Goldfarb.
Os executivos mais bem pagos da década
1. Lawrence Ellison – Oracle – 1,8 bilhão
2. Barry Diller – Interactive – 1,1 bilhão
3. Ray Irani – Occidental Petroleum – 857 milhões
4. Steve Jobs – Apple – 748 milhões
5. R Fairbank – Capital One – 568 milhões
Fonte : Wall Street Journal Oracle's Ellison: Pay King --- Leads WSJ List of Top-Paid CEOs of the Decade; Diller, Irani, Jobs Rank High - Scott Thurm - 27 jul 2010
2. Barry Diller – Interactive – 1,1 bilhão
3. Ray Irani – Occidental Petroleum – 857 milhões
4. Steve Jobs – Apple – 748 milhões
5. R Fairbank – Capital One – 568 milhões
Fonte : Wall Street Journal Oracle's Ellison: Pay King --- Leads WSJ List of Top-Paid CEOs of the Decade; Diller, Irani, Jobs Rank High - Scott Thurm - 27 jul 2010
Sumiram com 8 bilhões de dólares
O jornal The Guardian apresentou uma reportagem muito interessante sobre a falta de controle dos recursos públicos. O que torna o texto atrativo, é que o problema ocorreu com recursos dos Estados Unidos. E os valores chegam a 8 bilhões de dólares. A grande questão é onde foram parar oito bilhões de dólares, que aparentemente foram gastos, mas não contabilizados.
Segundo texto de Martin Chulov (Accountants asked to trace missing $8.1bn of Iraqi oil cash, 28 julho de 2010) os valores eram destinados a reconstrução do Iraque. Entretanto, sabe-se que provavelmente os fundos foram gastos durante o período de 2004 a 2007, mas não existe nenhuma informação sobre comprovantes. O dinheiro deveria ser usado para reconstrução da infra-estrutura daquele país, após a guerra do Iraque.
Segundo texto de Martin Chulov (Accountants asked to trace missing $8.1bn of Iraqi oil cash, 28 julho de 2010) os valores eram destinados a reconstrução do Iraque. Entretanto, sabe-se que provavelmente os fundos foram gastos durante o período de 2004 a 2007, mas não existe nenhuma informação sobre comprovantes. O dinheiro deveria ser usado para reconstrução da infra-estrutura daquele país, após a guerra do Iraque.
Viabilidade do Trem-bala
A demanda de passageiros é uma das maiores interrogações no projeto do trem de alta velocidade (TAV), que unirá as duas principais metrópoles brasileiras. Cálculo preliminar feito pelo Ibmec-RJ a partir das variáveis do edital, como investimento inicial, tarifa, percurso e capacidade, indica que seria necessária lotação integral durante toda a operação entre Rio e São Paulo para garantir a viabilidade econômica do trem-bala.
“É um cálculo preliminar, porque não dispomos de informações abertas de todos os itens necessários para um estudo mais aprofundado. Tomando como referência o teto da tarifa, a viabilidade econômica - do ponto de vista pura e simplesmente do investidor - se daria com uma taxa de ocupação de quase 100% do uso dos trens, o que é inviável, basicamente impossível”, explica Luiz Magalhães Ozório, professor de Finanças do Ibmec.
Roberto Zentgraf, coordenador dos MBAs do Ibmec e coautor do estudo, explica que, além da perspectiva de investimento de R$ 33 bilhões e da fixação da tarifa de R$ 0,49 por quilômetro, foram verificados os percursos, tomando como referência uma taxa de ocupação próxima ao que hoje se verifica em outros modais de transporte, como a ponte aérea e a ponte rodoviária. “Usamos números de custos e margens de lucro de empresas no exterior, principalmente da França e do Japão”, explicou.
Os professores chamam a atenção para a ocupação atual da ponte aérea Rio-São Paulo, um dos corredores nacionais mais rentáveis de transporte de passageiros: 57%. “Obviamente, algumas companhias conseguem a totalidade em alguns horários, mas não todo o tempo. Tomando isso como referência, uma taxa de mais de 90% não nos parece viável, mesmo com uma taxa de eficiência bem alta, a não ser que fosse elevado o valor da tarifa. Mas aí o projeto perderia em competitividade de preços.”
Edital. O edital da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) estima uma receita anual de R$ 1,314 bilhão para o trem-bala, sendo R$ 811,7 milhões em horário de pico e outros R$ 502,2 milhões fora dele. A participação de mercado prevista no edital é 52,9% do mercado total. Sem contar o trem-bala, as projeções apresentadas no documento revelam que, em 2014, a demanda total entre Rio de Janeiro e São Paulo será de 10,7 milhões de viagens, com uma participação de mercado para avião de 68%, 16% para carro e 15% para ônibus.
Ainda de acordo com o estudo apresentado no edital da ANTT, a projeção para 2014 revela que o fluxo maior de passageiros do trem-bala ficará entre São Paulo e Campinas, com 12,3 milhões de passageiros. O segundo maior fluxo é São José dos Campos-São Paulo, com 8,6 milhões de passageiros; o terceiro, entre Rio de Janeiro e Volta Redonda/Barra Mansa, com quase 2,6 milhões. Todos os outros fluxos como, por exemplo, Rio de Janeiro- São José dos Campos, geram baixos níveis de demanda.
“O TAV é bem-sucedido na demanda desviada do carro em viagens mais curtas, que têm uma finalidade de viagem a trabalho, tais como Rio de Janeiro-Volta Redonda e São Paulo-Campinas”, conclui o estudo. Se o trem de alta velocidade fosse colocado em operação em 2008, data do primeiro levantamento, um pouco menos da metade das viagens existentes entre Rio de Janeiro e São Paulo seria desviada para o trem-bala. “A previsão é que cerca de 46% das viagens aéreas, 60% das viagens de ônibus e 38% das viagens de carro seriam desviados”, diz o texto do documento.
Migração. Pedro Janot, presidente da Azul Linhas Aéreas, companhia que oferece voos entre o Rio e Campinas, concorda que alguns passageiros podem migrar para o trem-bala. “Num primeiro momento, o trem-bala pode roubar um pouco dos passageiros do avião, mas numa segunda etapa os dois modais vão crescer juntos.” Adotando a linha da boa concorrência, ele afirma que o projeto criará sinergia com os aeroportos. “A ponte aérea é um produto caro e elitista. O trem-bala trará competição a essas estruturas. Há mercado para os dois produtos, mas certamente vamos ter de nos adequar a essa nova competição.”
A Gol também diz defender investimentos em infraestrutura, especialmente os que permitem mais acesso das populações do interior aos principais aeroportos. Em nota, a companhia declarou, no entanto, que considera prematuro fazer avaliações detalhadas a respeito do impacto do trem-bala sobre a demanda do setor de aviação comercial. Procurada, A TAM não quis comentar o assunto.
Os professores do Ibmec-RJ fizeram uma simulação para uma taxa de ocupação do trem-bala entre 40% e 50%. “A tarifa que se precisaria cobrar para garantir a rentabilidade seria próxima a R$ 1 por quilômetro, o dobro do que está sendo pedido”, diz Ozório. Ele lembra que isso determinaria uma passagem final em torno de R$ 400. “Seria R$ 100 a mais do que a tarifa média da ponte aérea, o que criaria outra dificuldade de competitividade.”
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que vai financiar o projeto, não quis comentar o estudo realizado pelo Ibmec-RJ. “O banco lembra que está na internet, no site da ANTT ( www.tavbrasil.gov.br), à disposição da sociedade, o amplo e profundo estudo de viabilidade técnica e econômica para implantação do trem de alta velocidade (TAV) Rio-São Paulo, realizado por consultoria especializada, selecionada mediante concorrência internacional organizada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento”, diz a nota enviada pelo banco ao Estado.
Operação deficitária. Os professores do Ibmec ressaltam que, no mundo inteiro, operações como a do trem-bala costumam ser deficitárias, ao menos nos primeiros anos. “Isso não é exclusivo do Brasil. É um tipo de investimento que não deve ser olhado só pelo lado financeiro”, diz Zentgraf. O professor argumenta, ainda, que a entrada do Estado empreendedor será necessária para garantir a obra, com financiamento de baixo custo e com renúncia fiscal.
“O Estado precisa saber elencar o que é mais importante. Nos próximos anos, teremos dois eventos que vão exigir investimentos enormes. E me pergunto: é melhor investir em infraestrutura de aeroporto, para receber as pessoas que vêm para cá, em segurança ou no trem-bala? O Brasil precisa começar a pensar de que forma o dinheiro público é usado, porque ele é escasso”, diz Zentgraf.
Estudo contesta viabilidade do trem-bala
Irany Tereza / RIO
O Estado de São Paulo - 26 jul 2010
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