Valor Econômico
Rachel Sanderson, Financial Times, de Londres
Bob Herz, presidente do Conselho de Padrões de Contabilidade Financeira (Fasb), responsável pelas normas contábeis dos Estados Unidos, confirmou o que já era um dos segredos mais mal guardados da profissão.
As principais reguladores contábeis do mundo não cumprirão o prazo, até junho de 2011, determinado pelo G-20, Grupo dos 20 países mais industrializados, para criar um padrão contábil mundial único.
A convergência global das normas de contabilidade vem sendo o santo graal dos contadores há mais de 30 anos. Argumentam que se as maiores companhias do mundo conseguissem harmonizar seus balanços financeiros melhorariam os fluxos de capital, atenderiam melhor os investidores e reduziriam a possibilidade de fraudes empresariais, como as da Enron e Parmalat.
Desde a recente crise financeira, autoridades reguladoras e políticos compartilham cada vez mais dessa opinião.
A iniciativa pela convergência assumiu um caráter mais premente depois que o promotor americano Anton Vakulas ter revelado em março que o Lehman Brothers havia transferido US$ 50 bilhões de suas contas no fim de trimestres graças ao artifício contábil Repo 105.
Embora admissível pelas regras americanas, o uso da Repo 105 não era permitido pelas internacionais.
Agora, no entanto, os responsáveis por criar as normas contábeis mundiais - o Fasb, dos EUA, e o Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade (Iasb, na sigla em inglês) - sinalizaram após semanas de especulações que estão reavaliando o cronograma da convergência.
Essa sinalização chega na esteira das queixas de investidores e empresas de que as autoridades estão apressando o processo e poderiam prejudicar a contabilidade das companhias no futuro.
Herz disse que os responsáveis por criar as normas podem aguardar que o processo de convergência - que inclui mais de uma dezena de projetos - ocorra no início de 2012.
Especialistas dizem que o atraso é um contratempo, mas pode não ser muito desastroso.
"É importante para nós termos padrões confiáveis e de boa qualidade, e se for preciso demorar mais um pouco eles deveriam usar o tempo que for necessário", diz Pauline Wallace, chefe de assuntos regulatórios da auditoria PricewaterhouseCoopers.
Canadá, Brasil e, possivelmente, Japão adotarão as normas internacionais ao longo deste ano e "havia pressões para ter a convergência até lá [junho de 2011]" para incrementar a força do processo, diz David Larsen, da firma de assessoria financeira americana Duff Phelps.
Há receios entre os integrantes do Comitê de Supervisão Bancária da Basileia sobre como calcular as taxas de alavancagem, porque os responsáveis pelas normas ainda não chegaram a um acordo sobre as grandes diferenças entre o que deve ficar fora e dentro do balanço patrimonial.
Os investidores continuam esperançosos. Peter Vipond, diretor de regulamentação financeira da Associação de Seguradoras Britânicas (ABI, na sigla em inglês), um dos maiores grupos de investidores do Reino Unido, afirmou que, embora o grupo apoie a convergência, isso não deve ocorrer à custa da qualidade das normas.
De fato, alguns contadores dizem que o principal derrotado poderia ser David Tweedie, presidente do Iasb, cuja data de aposentadoria coincidiria com o prazo para a convergência, junho de 2011, algo que traria brilho adicional a seu legado.
Tweedie, cuja anúncio de substituição é esperado em julho, disse repetidas vezes que tal atraso poderia ser prejudicial para o processo de convergência porque o novo presidente poderia levar tempo para estabelecer-se em seu novo cargo.
Fonte: Valor Econômico
07 junho 2010
Atraso na Convergência
Conforme postado anteriormente neste blog, a convergência sofreu um atraso. Na postagem, comentei uma reportagem do Financial Times sobre o assunto, onde destaquei que o principal derrotado teria sido David Tweedie, presidente do Iasb. Eis o texto completo do artigo em português, publicado no Valor Econômico (via Manual de contabilidade Simplificada:
Custo da Energia

Um dos principais vilões do custo da energia no Brasil é a carga tributária, que saltou de 35,91% em 2002 para 45,08% em 2008, segundo estudo da PricewaterhouseCoopers. Nesse período, a arrecadação cresceu 115%, de R$ 21,4 bilhões para R$ 46,2 bilhões – resultado de 20 tributos e encargos sociais e setoriais.
“A conta de energia virou um varal para pendurar todo tipo de encargo. A maior esperança para reduzir o valor da tarifa sempre foi eliminá-los”, afirma o coordenador da Comissão de Energia da Associação Brasileira de Alumínio (Abal), Eduardo Spalding.
Ele destaca, porém, que a realidade tem se mostrado outra. Alguns encargos que deveriam ser extintos, conforme determina a lei, são sempre prorrogados por mais algum tempo. É o caso da Reserva Global de Reversão (RGR), que acabaria no fim deste ano, mas deve ser estendida.
Outro exemplo é a Conta do Consumo de Combustível (CCC), usada para subsidiar a tarifa da Região Norte, onde a geração é térmica. Em vez de ser extinta, a cobrança praticamente dobrou de 2009 para cá. Este ano, serão recolhidos do consumidor R$ 4,8 bilhões.
O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Nelson Hubner, reconhece que a carga do setor é elevada. Mas avalia que o problema apenas seria resolvido com uma reforma tributária. Em relação aos encargos, ele diz que se trata de uma opção do governo. “O dinheiro da CDE (Conta de Desenvolvimento Energético), por exemplo, é usado para a universalização dos serviços de energia. Isso não é ruim.”
Outro fator que tem pesado bastante nas tarifas é o custo do sistema de transmissão, que saltou 500% em dez anos. Esse foi o preço para expandir a malha nacional, que até 1999 contava com 67.048 km de extensão. Mas o aumento do custo da transmissão é um mal necessário. Em 2001, o Brasil entrou no racionamento porque não tinha transmissão suficiente para trazer energia do Sul para o Sudeste.
Concessões. Uma alternativa para reverter o quadro de alta das tarifas de energia é a renovação das concessões das usinas elétricas, que vencem em 2012. Como a maioria das unidades é antiga e já foi amortizada, o governo poderá definir uma tarifa (bem menor que a atual) para a empresa que quiser continuar com a concessão.
A medida terá impacto direto na conta de luz de todos os consumidores brasileiros, avalia o coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Gesel/UFRJ), Nivalde de Castro. Até 2015, vence a concessão de cerca de 20 mil megawatts (MW) de potência instalada.
Hubner acredita que a renovação das concessões também possa permitir reequilíbrio de tarifas nas diversas regiões do País. Ele destaca, porém, que a medida dependerá de amparo legal e deve ficar para o próximo governo. O problema é que, em 2012, vencem vários contratos de energia velha, aquela que foi vendida no leilão de 2004.
Se até lá a questão das concessões não estiver resolvida, o governo terá de fazer um leilão de médio prazo. “É aí que mora o perigo. Se essa energia for vendida a preços atuais, o aumento no custo da tarifa seria de 25%”, calcula o diretor da Fiesp/Ciesp, Julio Diaz.
Em 2008, 45% do custo da energia era imposto - Renée Pereira - O Estado de São Paulo - 7 junho de 2010 (Foto: Design You)
06 junho 2010
Rir é o melhor remédio

Adaptado daqui
BP = British Petroleum, empresa responsável pela poluição do Golfo do México, num torneio de soletrar.
Enquanto isto, em 1892...
A Companhia Commercio e Industria Nacional apresentou, no dia 10 de junho de 1892, suas informações contábeis. A seguir o formato da Demonstração da Conta de Lucros e Perdas:

Os valores referiam ao semestre encerrado em 31 de março de 1892 e a demonstração era apresentada como um razonete T. Esta demonstração era assinada por "Arthur Severino, guarda-livros". Abaixo, o formato do "Balanço Geral em 31 de março de 1892".

O balanço não segue a ordem que estamos acostumados nos dias de hoje. A conta Caixa, por exemplo é a última do Activo. (Mantive o português da época). O Balanço era assinado pelo Director-presidente, o Director-gerente e pelo guarda-livros.
Sobre as demonstrações, o parecer do Conselho Fiscal afirmava:
Com a assinatura de três conselheiros.
É interessante que o relatório da administração da empresa ocupa uma página inteira do Diario Oficial.
No item Escriptorio, discorre sobre a contabilidade da empresas:
Observe que a contabilidade tem sido usada com finalidade de controle, além de ajudar nas decisões.

Os valores referiam ao semestre encerrado em 31 de março de 1892 e a demonstração era apresentada como um razonete T. Esta demonstração era assinada por "Arthur Severino, guarda-livros". Abaixo, o formato do "Balanço Geral em 31 de março de 1892".

O balanço não segue a ordem que estamos acostumados nos dias de hoje. A conta Caixa, por exemplo é a última do Activo. (Mantive o português da época). O Balanço era assinado pelo Director-presidente, o Director-gerente e pelo guarda-livros.
Sobre as demonstrações, o parecer do Conselho Fiscal afirmava:
Cumprindo com o disposto no no. 1 do art. 27 dos nossos estatutos, procedemos á verificação dos saldos do balanço geral desta Companhia, realizado em 31 de Março ultimo, assim como á verificação das contas que nos foram apresentadas, as quaes se acham de acordo com os respectivos lançamentos.
Somos, portanto, de accôrdo, que devam merecer a vossa approvação as contas apresentadas pela nossa directoria"
Com a assinatura de três conselheiros.
É interessante que o relatório da administração da empresa ocupa uma página inteira do Diario Oficial.
No item Escriptorio, discorre sobre a contabilidade da empresas:
Escriptorio
Exerce as funcções de guarda-livros e chefe do escriptorio, desde 17 de setembro ultimo, o Sr. Arthur Severino, cuja proficiência, dedicação ao trabalho e zelo pelos nossos intereses, muito o recomendam ao nosso apreço, e muito têm contribuído para a regularidade a que chegamos nos variados serviços da nossa empresa.
Em o nosso escriptorio central são examinadas semanalmente as contas, o movimento e os escriptos parciaes das diversas casas feliaes; e, mensalmente, procede-se ao balanço em cada um destas.
Foi com a adopção desta pratica que conseguimos cortar despesas abusivas e harmonizar a marcha do serviço com a necessidade de garantir nossos interesses, estabelecendo um centro de acção e fiscalização para todas as ramificações do nosso negocio.
E acreditamos que, sem esse rigor, nada poderemos conservar de estável e proveitoso
Observe que a contabilidade tem sido usada com finalidade de controle, além de ajudar nas decisões.
05 junho 2010
Rir é o melhor remédio
Numa madrugada qualquer, um ladrão entra pelo quintal de uma casa e começa, em silêncio a arrombar a porta dos fundos....
Logo no início, escuta uma voz sussurrando:
- Jesus tá te olhando!
O ladrão se assusta, olha para os lados (na penumbra), mas não vê nada......
Segue tentando arrombar a porta e escuta novamente a voz:
- Jesus tá te olhando!
Meio incrédulo, mas com a certeza de ter escutado a frase, olha novamente ao seu redor e nada...
Quando reinicia sua "tarefa", ouve novamente a voz:
Jesus tá te olhando!!!
Desta vez, ele percebe de onde vem a voz e acende a lanterna, iluminando um canto da área de serviço...
Nisso, ele vê um papagaio na gaiola e já aliviado, pergunta:
- Ah... é você o Jesus?
E o papagaio responde:
- Não. Eu sou o Judas.
- Judas??? E quem é o louco que bota o nome de Judas em um papagaio?
- O mesmo que botou o nome de Jesus no Pitbull.
(Enviado por Jomar, grato)
Logo no início, escuta uma voz sussurrando:
- Jesus tá te olhando!
O ladrão se assusta, olha para os lados (na penumbra), mas não vê nada......
Segue tentando arrombar a porta e escuta novamente a voz:
- Jesus tá te olhando!
Meio incrédulo, mas com a certeza de ter escutado a frase, olha novamente ao seu redor e nada...
Quando reinicia sua "tarefa", ouve novamente a voz:
Jesus tá te olhando!!!
Desta vez, ele percebe de onde vem a voz e acende a lanterna, iluminando um canto da área de serviço...
Nisso, ele vê um papagaio na gaiola e já aliviado, pergunta:
- Ah... é você o Jesus?
E o papagaio responde:
- Não. Eu sou o Judas.
- Judas??? E quem é o louco que bota o nome de Judas em um papagaio?
- O mesmo que botou o nome de Jesus no Pitbull.
(Enviado por Jomar, grato)
A história não oficial da Contabilidade no Brasil
Provavelmente o leitor já conhece parte da história oficial da contabilidade no Brasil: a data da fundação do primeiro curso, a lei que reconheceu a profissão, os primeiros congressos dos profissionais, entre outros fatos importantes.
Mas como era a contabilidade antes destes fatos formais? Desconheço uma referência sobre o assunto, o que significa que ainda é necessário pesquisa sobre o mesmo.
Lendo História do Brasil com Empreendedores, de Jorge Caldeira (Mameluco) encontrei a seguinte passagem (p. 45) sobre a vida da família Prado. Ao falar da vida de Antonio da Silva Prado (1778 a 1875), Caldeira conta como ele enriqueceu: fez uma viagem para Chapada Diamantina como tropeiro e obteve uma alta margem de lucro. A partir daí, passou a fornecer capital para outros tropeiros. Ajudou o governo de Dom Pedro I a pagar algumas contas e ganhou o contrato para cobrar impostos em Sorocaba. Nesta função de cobrador de impostos, comprou milhares de mulas; suas mulas passavam pela barreira fiscal sem pagar impostos, mas as tropas concorrentes eram duramente taxadas. O dinheiro obtido era reaplicado no negócio. Eis um trecho importante do livro.
Observe que o trecho diz respeito ao início do século XIX, quando ainda não existiam escolas de contabilidade no Brasil. Mas isto não impedia que algumas pessoas tivessem conhecimento da contabilidade. No caso Veridiana, provavelmente a educação recebida em contabilidade deve ter ocorrido através de professores particulares, contratado pelo pai, Antonio da Silva Prado. Além disto, a relevância da educação na contabilidade indica claramente que Prado já conhecia o método, de alguma forma, e considerava importante que sua filha aprendesse.
Sabe-se que antes da criação de escolas formais de contabilidade, a mesma era ensinada nas famílias. E no Brasil, como isto ocorreu? Talvez fosse necessário alguém investigar a história não oficial da contabilidade para descobrir a freqüência que isto ocorria. O livro de Caldeira já é relevante por revelar outra visão da história brasileira: existia um intenso mercado interno no Brasil colônia, a economia não dependia da exportação e os trabalhadores eram em sua maioria pessoas livres.
Mas como era a contabilidade antes destes fatos formais? Desconheço uma referência sobre o assunto, o que significa que ainda é necessário pesquisa sobre o mesmo.
Lendo História do Brasil com Empreendedores, de Jorge Caldeira (Mameluco) encontrei a seguinte passagem (p. 45) sobre a vida da família Prado. Ao falar da vida de Antonio da Silva Prado (1778 a 1875), Caldeira conta como ele enriqueceu: fez uma viagem para Chapada Diamantina como tropeiro e obteve uma alta margem de lucro. A partir daí, passou a fornecer capital para outros tropeiros. Ajudou o governo de Dom Pedro I a pagar algumas contas e ganhou o contrato para cobrar impostos em Sorocaba. Nesta função de cobrador de impostos, comprou milhares de mulas; suas mulas passavam pela barreira fiscal sem pagar impostos, mas as tropas concorrentes eram duramente taxadas. O dinheiro obtido era reaplicado no negócio. Eis um trecho importante do livro.
Nesse ritmo, Antonio da Silva Prado se tornou logo um dos homens mais ricos de São Paulo. Deu o passo seguinte ao reunir para si toda a herança da família, ao casar sua filha Veridiana com seu meio-irmão Martinho. A noiva tinha recebido a educação que seu pais julgava mais adequada, que incluía um longo treinamento na contabilidade de partida dupla.
Observe que o trecho diz respeito ao início do século XIX, quando ainda não existiam escolas de contabilidade no Brasil. Mas isto não impedia que algumas pessoas tivessem conhecimento da contabilidade. No caso Veridiana, provavelmente a educação recebida em contabilidade deve ter ocorrido através de professores particulares, contratado pelo pai, Antonio da Silva Prado. Além disto, a relevância da educação na contabilidade indica claramente que Prado já conhecia o método, de alguma forma, e considerava importante que sua filha aprendesse.
Sabe-se que antes da criação de escolas formais de contabilidade, a mesma era ensinada nas famílias. E no Brasil, como isto ocorreu? Talvez fosse necessário alguém investigar a história não oficial da contabilidade para descobrir a freqüência que isto ocorria. O livro de Caldeira já é relevante por revelar outra visão da história brasileira: existia um intenso mercado interno no Brasil colônia, a economia não dependia da exportação e os trabalhadores eram em sua maioria pessoas livres.
04 junho 2010
Teste #289
O desastre ecológico da empresa BP no Golfo do México trouxe, na terça-feira, algumas estimatimas.
1) Qual a perda no valor de mercado das ações da empresa, desde 20 de abril, data do acidente?
A. 10%
B. 20%
C. Um terço
D. Metade
2) O valor da queda do valor de mercado é de:
A. 10 bilhões de dólares
B. 20 bilhões de dólares
C. 50 bilhões de dólares
D. 75 bilhões de dólares
3) A empresa informou que já gastou, até terça, o seguinte valor no esforço de limpeza:
A. 1 bilhão de dólar
B. 2 bilhões de dólares
C. 5 bilhões de dólares
D. 10 bilhões de dólares
4) A responsabilidade da empresa na limpeza, que aproxima-se da perda com turismo e com a pesca, pode chegar a:
A. A metade dos lucros trimestrais da empresa, ou 3 bilhões de dólares
B. A 100% dos lucros trimestrais, ou 6,2 bilhões de dólares
C. A pelo menos o dobro do lucro trimestal, ou 14 bilhões de dólares
D. A pelo menos o lucro anual da empresa, ou 24 bilhões de dólares
Resposta do Anterior: 1) C; 2) C; 3) D; 4) B; 5) A Fonte: CFO Magazine, 1/6/2010, Someone is Up to no Good
1) Qual a perda no valor de mercado das ações da empresa, desde 20 de abril, data do acidente?
A. 10%
B. 20%
C. Um terço
D. Metade
2) O valor da queda do valor de mercado é de:
A. 10 bilhões de dólares
B. 20 bilhões de dólares
C. 50 bilhões de dólares
D. 75 bilhões de dólares
3) A empresa informou que já gastou, até terça, o seguinte valor no esforço de limpeza:
A. 1 bilhão de dólar
B. 2 bilhões de dólares
C. 5 bilhões de dólares
D. 10 bilhões de dólares
4) A responsabilidade da empresa na limpeza, que aproxima-se da perda com turismo e com a pesca, pode chegar a:
A. A metade dos lucros trimestrais da empresa, ou 3 bilhões de dólares
B. A 100% dos lucros trimestrais, ou 6,2 bilhões de dólares
C. A pelo menos o dobro do lucro trimestal, ou 14 bilhões de dólares
D. A pelo menos o lucro anual da empresa, ou 24 bilhões de dólares
Resposta do Anterior: 1) C; 2) C; 3) D; 4) B; 5) A Fonte: CFO Magazine, 1/6/2010, Someone is Up to no Good
Convergência

Em uma declaração conjunta, o FASB e o IASB disseram que o projeto de convergência deve permanecer no prazo de 30 de junho de 2011, mas que a concretização das metas de alguns projetos deve ser estendida para além do segundo semestre de 2011.
Fonte: CPA Sucess
Aqui o texto do Iasb e do Fasb aos membros do G20. Aqui declaração conjunta anunciando a prioridade na convergência.
David Albrecht considerou que estas declarações correspondem a um retrocesso no processo.
Malcolm McKay também considerou que a declaração do Fasb/Iasb que não irão cumprir o prazo de 30 de junho de 2011 para convergência, conforme solicitado por G20, um retrocesso.
Já Rachel Sanderson, do Financial Times, em Deadline setback for global accounting rules, 3 de junho de 2010, afirma que:
Na verdade, para alguns contadores, o principal perdedor pode ser Sir David Tweedie, presidente do International Accounting Standards Board, cuja aposentadoria data deveria coincidir com o prazo de junho 2011, uma situação que teria adicionado brilho ao seu legado.
Foto: Design You
03 junho 2010
Custo de Extrair petróleo
Ipea: custo de extrair petróleo triplica de 2003 a 2008
Por Alessandra Saraiva
Os custos de extração do petróleo no País triplicaram em cinco anos. É o que revelou o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) que apresenta hoje no Rio o estudo "Perspectivas de desenvolvimento do setor petróleo e gás no Brasil". Segundo o instituto, do terceiro trimestre de 2003 para o terceiro trimestre de 2008, o custo de extração saltou de US$ 3,42 para US$ 10,42 por barril. De acordo com o levantamento, o aumento reflete não somente um cenário de escassez mundial de equipamentos e serviços, como também a expansão da fronteira petrolífera em direção a áreas mais inóspitas - no caso brasileiro, a exploração em alto-mar em profundidades cada vez maiores.
O Ipea avalia que, para dar conta dos custos elevados, será necessário "um imenso esforço de inovações tecnológicas, para maximizar o petróleo e o gás natural a serem produzidos", além de ênfase aos aspectos institucionais, políticos e regulatórios, visto que, com a fronteira de exploração e de produção do pré-sal, houve uma mudança radical nas condições de contorno da indústria brasileira do petróleo.
Na prática, para os pesquisadores do instituto, as descobertas recentes do pré-sal irão demandar a reorientação das diretrizes de política energética no Brasil. Entretanto, se houver esgotamento precoce das reservas pode ocorrer perda de competitividade, bem como atrofia dos demais setores econômicos, de acordo com o instituto.
O aumento nos custos provoca um aumento no ponto de equilíbrio. Ou seja, o preço do barril do petróleo precisa ser elevado o suficiente para que a extração seja viável financeiramente.
02 junho 2010
Teste #288
Você conhece fraude? Então responda as perguntas a seguir e depois confira seu grau de conhecimento:
1) Qual a percentagem de fraudes corporativas descoberta pelos auditores internos?
A. 2%
B. 10%
C. 14%
D. 25%
2) Os crimes do colarinho branco cometidos por proprietários e executivos em 2008 - com perdas média de 834,000 dólares - ultrapassaram os crimes cometidos por funcionários por que margem?
A. 2-1
B. 5-1
C. 9-1
D. 20-1
3) Muitas vezes, os fraudadores se entregam. Qual é o sinal mais comum de comportamento de alerta de fraude corporativa?
A. Reclamar das dificuldades financeiras
B. Recusar tirar férias
C. Amizade com fornecedores / clientes
D. Viver além de seus meios
4) Mais de 80% de todas as fraudes eram cometidas por funcionários em seis departamentos. Qual departamento liderou a lista, com 22% dos crimes e mediana perdas estimadas de $ 180.000?
A. Vendas
B. Contabilidade
C. Administração sênior
D. Compras
5) Um estudo mostrou que 80% dos fraudadores
A. Não têm condenações anteriores de fraude.
B. Passaram por pelo menos uma auditoria fiscal.
C. Eles têm atuado através de várias funções corporativas.
D. Eles mudaram de emprego pelo menos uma vez.
Resposta do anterior: Alemanha. Fonte: aqui
1) Qual a percentagem de fraudes corporativas descoberta pelos auditores internos?
A. 2%
B. 10%
C. 14%
D. 25%
2) Os crimes do colarinho branco cometidos por proprietários e executivos em 2008 - com perdas média de 834,000 dólares - ultrapassaram os crimes cometidos por funcionários por que margem?
A. 2-1
B. 5-1
C. 9-1
D. 20-1
3) Muitas vezes, os fraudadores se entregam. Qual é o sinal mais comum de comportamento de alerta de fraude corporativa?
A. Reclamar das dificuldades financeiras
B. Recusar tirar férias
C. Amizade com fornecedores / clientes
D. Viver além de seus meios
4) Mais de 80% de todas as fraudes eram cometidas por funcionários em seis departamentos. Qual departamento liderou a lista, com 22% dos crimes e mediana perdas estimadas de $ 180.000?
A. Vendas
B. Contabilidade
C. Administração sênior
D. Compras
5) Um estudo mostrou que 80% dos fraudadores
A. Não têm condenações anteriores de fraude.
B. Passaram por pelo menos uma auditoria fiscal.
C. Eles têm atuado através de várias funções corporativas.
D. Eles mudaram de emprego pelo menos uma vez.
Resposta do anterior: Alemanha. Fonte: aqui
Ritmo das mudanças
Em What's New? Don't Ask, Sarah Johnson (CFO Magazine, 1 de junho de 2010) apresenta uma visão interessante: o ritmo das mudanças contábeis e a dificuldade das empresas em acompanhar.
Nas áreas financeiras das empresas, as alterações constantes nas normas contábeis têm gerado fadiga, hora extra e dificuldade de acompanhar. E, segundo Johnson, dificilmente isto irá mudar no médio prazo, podendo agravar, nos Estados Unidos, em razão do processo de convergência.
Algumas alterações pendentes regra, como os que envolvem o reconhecimento de receita e apresentação das demonstrações financeiras, pode ter fortes efeitos em cascata por possivelmente alterar as métricas utilizadas nos contratos de dívida e os planos de compensação, e colocando novas exigências sobre os serviços fora do financiamento, incluindo TI, investidor relações e recursos humanos.
O impacto deste cenário depende do porte da empresa. Em pequenas empresas de contabilidade, não existe recursos humanos suficiente para acompanhar todas as normas. Nestas, deve-se estabelecer prioridades. Mas em outras empresas, não basta acompanhar, mas também ajudar a determinar as novas normas. Isto inclui apresentar sugestões no processo de elaboração das novas regras e atuar como um local de teste.
O texto de Johnson não diz, mas o ritmo das mudanças termina sendo injusto com as empresas que não conseguem manter-se atualizadas.
Nas áreas financeiras das empresas, as alterações constantes nas normas contábeis têm gerado fadiga, hora extra e dificuldade de acompanhar. E, segundo Johnson, dificilmente isto irá mudar no médio prazo, podendo agravar, nos Estados Unidos, em razão do processo de convergência.
Algumas alterações pendentes regra, como os que envolvem o reconhecimento de receita e apresentação das demonstrações financeiras, pode ter fortes efeitos em cascata por possivelmente alterar as métricas utilizadas nos contratos de dívida e os planos de compensação, e colocando novas exigências sobre os serviços fora do financiamento, incluindo TI, investidor relações e recursos humanos.
O impacto deste cenário depende do porte da empresa. Em pequenas empresas de contabilidade, não existe recursos humanos suficiente para acompanhar todas as normas. Nestas, deve-se estabelecer prioridades. Mas em outras empresas, não basta acompanhar, mas também ajudar a determinar as novas normas. Isto inclui apresentar sugestões no processo de elaboração das novas regras e atuar como um local de teste.
O texto de Johnson não diz, mas o ritmo das mudanças termina sendo injusto com as empresas que não conseguem manter-se atualizadas.
Créditos Tributários
Créditos tributários são legais, diz BM&FBovespa
Folha de São Paulo - 2/6/2010 - LEONARDO SOUZA
Em conferência telefônica internacional, o presidente da BM&FBovespa, Carlos Kawall, afirmou ontem que os créditos tributários apurados a partir da união da BM&F com a Bolsa de São Paulo, em 2008, são legais.
Kawall negou que a companhia esteja sob fiscalização formal da Receita Federal. Ele admitiu, contudo, que o fisco pediu informações sobre a fusão das duas companhias.
Conforme a Folha revelou ontem, equipe especial de quatro auditores já iniciou diligências na BM&FBovespa e solicitou diversos dados de sua contabilidade.
O fisco suspeita que a Bolsa tenha feito incorporações somente para gerar ágio, benefício que pode ser abatido da base de cálculo do IR e da CSLL. Kawall disse que as incorporações decorreram naturalmente da fusão.
A Bolsa chegou a um ágio de R$ 16,3 bilhões, conforme fato relevante de outubro de 2008. Isso significa deixar de pagar R$ 5,54 bilhões em IR (25%) e CSLL (9%).
Kawall disse ontem que, com base em novos cálculos de especialistas, o valor do ágio foi refeito para R$ 13,3 bilhões -crédito de R$ 4,5 bilhões. Ele informou também que já foram abatidos R$ 458 milhões de tributos.
Analistas de bancos estrangeiros, como JPMorgan e HSBC, perguntaram o que a Bolsa fará caso a Receita aplique um auto de infração.
Kawall respondeu que não acha esse cenário provável, mas que, se ocorrer, a empresa contestará a multa.
01 junho 2010
Teste #287
O IASC, antecessor do Iasb, foi criado por um acordo entre órgãos de contabilidade de diversos países. Da lista abaixo, qual país não fez parte da fundação do Iasc?
Alemanha
Austrália
Holanda
México
Resposta do Anterior: Chile. Fonte: aqui
Alemanha
Austrália
Holanda
México
Resposta do Anterior: Chile. Fonte: aqui
Clube do bilhão
A receita somada dessas companhias não financeiras equivalia a US$ 470,4 bilhões em 2009, ou 30% do PIB (1)
As empresas bilionárias com ações em bolsa já faturam [2] o equivalente a quase um terço do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro [1]. São 85 companhias de capital aberto com receita líquida anual superior a US$ 1 bilhão e nove com ganho [2] acima de US$ 10 bilhões. A receita somada dessas companhias não financeiras foi de US$ 470,4 bilhões em 2009, ou 30% do PIB [1].
Em 2000, o Brasil tinha 39 empresas com faturamento líquido superior a US$ 1 bilhão - apenas a Petrobras estava acima de US$ 10 bilhões -, que somavam receitas correspondentes a a 17% do PIB. Desde o ano passado, a receita líquida da estatal do petróleo supera US$ 100 bilhões.
A explicação para esse avanço combina estabilidade político-econômica, captação de recursos na bolsa e crescimento doméstico [3]. Ao assumir seu papel de agente de financiamento, o mercado de capitais deu fôlego para as empresas brasileiras investirem, promoverem a consolidação setorial e ainda partir para aquisições de companhias internacionais. Desde sua retomada, a partir de 2004, o mercado já forneceu R$ 134,4 bilhões às empresas em emissões de novas ações.
Além de commodities como minérios, aço, petróleo, papel e celulose, outros setores foram à bolsa e financiaram sua expansão, muitas vezes internacional. O país tem hoje a maior companhia do mundo de carne bovina, a JBS, que abriu seu capital há pouco mais de três anos. A maior companhia de etanol é brasileira, a Cosan, que deve fechar em breve uma associação com a multinacional Shell.
Apesar do avanço significativo, o espaço para consolidação e crescimento no Brasil ainda é expressivo. Nos Estados Unidos, eram 934 companhias com receita anual superior a US$ 1 bilhão no ano passado e 210 com vendas líquidas superiores a US$ 10 bilhões. A soma das receitas dessas empresas chegava a 67% do PIB do país [1]. Há uma década, essa relação já estava em 64%.
"A retomada da atividade do mercado foi essencial para o país. A empresa brasileira hoje não precisa mais depender só das disponibilidades do empreendedor [4] para crescer", avalia o professor Antonio Carlos Rocca, do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec).
'Clube do bilhão' tem 85 empresas abertas no país
Graziella Valenti, de São Paulo – Valor Econômico - 01/06/2010
(1) Esta comparação não faz sentido. São coisas diferentes.
(2) Provavelmente diz respeito a receitas, não a faturamento
(3) Isto não seria uma boa justificativa, pois aumentaria o PIB, não necessariamente a receita
(4) E do capital bancário
Crescimento do Mercado Brasileiro
Em 1999, quando a Agência Estado e a Economática começaram a elaborar um ranking para medir, com uma metodologia própria, o desempenho de companhias de capital aberto, a bolsa paulista contava com 312 empresas listadas, somando valor de mercado de US$ 194 bilhões. Dez anos depois, as 325 empresas que negociam na Bovespa têm valor de mercado de US$ 1,26 trilhão, segundo dados da Economática.
Companhias valem 6,5 vezes mais em dez anos - Estadão via Istoé Dinheiro - Por Teresa Navarro
Observe que o texto destaca o crescimento da capitalização, mas esquece destacar que o crescimento atingiu basicamente as mesmas empresas. O número de empresas aumentou de 312 para 325, somente.
Custo do pré-sal
O empresário Eike Batista, dono do grupo de investimentos EBX, que tem negócios nas áreas de mineração e petróleo, disse nesta segunda-feira que o acidente no Golfo do México vai encarecer os custos das empresas petrolíferas que vão explorar os campos do pré-sal.
Segundo ele, nada que inviabilize o negócio de exploração de petróelo em camadas mais profundas, mas as companhias terão que gastar mais para criar sistemas redundantes de segurança para evitar situações que acabaram causando a explosão e o vazamento na plataforma de petróleo da inglesa British Petroleum (BP).
Eike: acidente no Golfo do México vai encarecer exploração do pré-sal - O Globo - Lino Rodrigues
Os custos aumentam, mas o ponto de equilíbrio continua interessante para as empresas. Mas o volume de recursos necessário ao investimento tende aumentar.
Ágio
O jornal Folha de São Paulo traz reportagens sobre a questão tributária do ágio. Em "Mantega afirma que vai tornar regras tributárias mais rígidas" o destaque é para posição do governo sobre o assunto. A seguir, o texto mais completo, "Receita Federal quer cobrar R$ 5,5 bi da BM&FBovespa" (1/6/2010, Leonardo Souza). Finalizando, a posição das empresas em "Bolsa diz que agiu na lei; Natura e Santander recorrem de multa"
O fisco estima que o potencial de perda de arrecadação com essa prática seja da ordem de R$ 37 bilhões.
Na conta do fisco, o estoque de crédito tributário a partir do ágio em incorporações está em R$ 110 bilhões.
A redução no recolhimento de tributos é calculada aplicando as alíquotas conjuntas de IR (25%) e CSLL (9%) sobre o ágio -34% de R$ 110 bilhões.
Em 2009, a cúpula do fisco levou o tema para o ministro Guido Mantega (Fazenda), pedindo que a legislação fosse alterada de modo a vedar as brechas nas quais as empresas tentam se escorar para justificar o benefício fiscal.
Por meio de sua assessoria, o ministro confirmou à Folha que o governo estuda o assunto e que pretende ainda neste ano eliminar ou tornar as regras contra o ágio mais rígidas.
O atual comando da Receita também concorda que a legislação sobre o tema precisa ser modificada.
= = =
A Receita Federal abriu uma investigação especial contra a BM&FBovespa pela suspeita de que a Bolsa paulista tenha criado benefícios fiscais fictícios para deixar de pagar mais de R$ 5,5 bilhões em tributos federais.
Por operações de mesma natureza, calcadas em reorganizações societárias, grandes grupos tomaram multas gigantescas do fisco, como o Santander (R$ 3,95 bilhões) e a Natura (R$ 544 milhões).
A BM&FBovespa nega irregularidades. Santander e Natura recorrem das multas.
Na origem da ação do fisco, está o que especialistas em tributação chamam de "indústria do ágio", um incentivo estabelecido no governo de Fernando Henrique Cardoso para estimular, na época, as privatizações.
O ágio é a diferença entre o valor de mercado da empresa adquirida e o preço efetivamente pago pelo comprador.
Em linhas gerais, esse custo adicional (calculado com base na expectativa dos lucros futuros a serem gerados pela companhia comprada) pode ser abatido pelo novo controlador da base de cálculo do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido.
Nos últimos anos, contudo, grandes grupos passaram a realizar incorporações entre empresas do próprio conglomerado somente para gerar o ágio.
É essa a suspeita que os auditores do fisco lançam contra a BM&FBovespa. Em 2008, a Bolsa de Mercadorias & Futuros e a Bolsa de Valores de São Paulo se uniram. Os sócios eram basicamente os mesmos -corretoras.
ÁGIO
Com a decisão da fusão, o conglomerado fez uma série de incorporações entre suas empresas. Ao final do processo, chegaram a um ágio de R$ 16,3 bilhões. Isso significa deixar de pagar R$ 5,54 bilhões em IR e CSLL ao longo dos próximos anos. Esse valor é obtido ao aplicar a alíquota dos dois tributos (25% e 9%) sobre o ágio.
Equipe especial de quatro auditores já iniciou diligências na BM&FBovespa e solicitou diversos dados da contabilidade da companhia.
Segundo a Folha apurou, eles já constataram indícios de irregularidade na constituição do ágio. Se confirmarem a ilegalidade, devem lançar um auto de infração bilionário contra a Bolsa.
Sem mencionar casos específicos, o especialista em contabilidade societária Heraldo Oliveira, professor da Fipecafi, disse que, a partir da lei 11.638, de 2007, as operações de ágio interno não têm mais base na legislação.
"Entretanto, as operações passadas têm lá sua justificativa legal. É uma boa briga entre contribuintes e fisco."
Jorge Vieira, da UERJ, vai na mesma linha.
"As operações anteriores à 11.638 contam com o amparo da lei."
A Receita e o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, porém, têm mantido avaliação contrária. Entendem que as manobras societárias internas não têm fundamentação econômica, o que justifica a multa, independentemente da data.
Tanto a operação do Santander quanto a da Natura são anteriores a 2007.
= = =
A BM&FBovespa informou, por meio de sua assessoria, que a constituição do ágio decorrente das incorporações entre empresas do grupo deu-se com base na legislação vigente.
A assessoria também disse não ter conhecimento de fiscalização da Receita.
O fisco, contudo, já iniciou diligências em relação à BM&FBovespa e solicitou informações à companhia.
Como a contabilidade das grandes empresas é processada em arquivos magnéticos, numa primeira fase da investigação os auditores não precisam estar fisicamente dentro da companhia.
O Santander informou que não iria se manifestar sobre o caso porque havia recorrido da multa aplicada pelo fisco.
O caso do banco espanhol remonta à privatização do Banespa, realizada em 2000. Para usufruir do benefício fiscal do ágio, o Santander criou uma empresa "veículo" no Brasil para receber o dinheiro que seria usado na compra do Banespa.
Essa empresa "veículo" (existente somente no papel) adquiriu o Banespa e depois foi incorporada pelo próprio banco, gerando o ágio. Se os espanhóis tivessem comprado diretamente o Banespa, sem a empresa "veículo" no Brasil, não teriam como usar o benefício fiscal.
O fisco considerou uma simulação a operação do Santander e multou o banco, em R$ 3,95 bilhões, em dezembro de 2008.
Em prospecto a investidores em outubro de 2009, o Santander admitiu que recebeu a multa, mas informou que tinha a convicção de que conseguiria derrubá-la.
Procurada pela Folha, a Natura não quis se manifestar sobre o auto de infração de R$ 544 milhões recebido em junho do ano passado.
A multa aplicada pelo fisco se deu por conta de uma reestruturação societária iniciada pela Natura em 2000 e que se estendeu até 2004.
A Natura recorreu da multa. Nos dois casos, ainda não houve uma decisão final na esfera administrativa.
IFRS e a profissão contábil
Todos los profesionales contables forman parte de un nuevo entorno de capital global, cuyo objetivo es distribuir el capital de una forma eficiente en todo el mundo. Los múltiples PCGA locales pueden afectar a la eficiencia de los mercados de capitales globales, sobre todo en la competencia por obtener fondos y en la toma de decisiones relativas a la asignación de capital en préstamos, inversiones y adquisiciones. Sin embargo, contar con un único conjunto de normas puede ayudar significativamente a la estandarización y racionalización de los sistemas y procesos de consolidación y a la armonización de la formación y la educación. De tal modo que, dado que las NIIF se reconocen cada vez más como el "idioma" global de la información financiera, nos encontramos ante una gran oportunidad para ahorrar costes.
Creo que las ventajas derivadas de la adopción de las NIIF son más obvias para las multinacionales, pero las pequeñas empresas también pueden beneficiarse. ¡No hay por qué estar presente a escala internacional para comprar, vender, obtener o conceder préstamos de forma internacional! Entender la información financiera de todas las partes con las que trabajas representa una gran ventaja. Cuando todo el mundo presenta información de la misma forma, es más fácil tomar decisiones de negocio y evaluar la calidad de la información financiera de las distintas entidades. Se ha avanzado mucho en el ámbito de la formación y la educación. Una gran parte del material didáctico ha sido desarrollado por académicos y por las principales firmas contables. La iniciativa formativa de la Fundación IASC ayuda también a través de resúmenes y guías sobre las NIIF. Estamos creando un material didáctico muy completo dirigido a ayudar en la implantación de las NIIF en las pymes. De igual manera, estamos trabajando con las asociaciones profesionales regionales y agencias de desarrollo globales, ayudando a aumentar la capacidad de implantación de las NIIF en las pymes mediante seminarios dirigidos a formar a los futuros formadores, lo que en inglés se denomina talleres train the trainer. El primero se llevó a cabo de forma conjunta con la Confederation of Asian and Pacific Accountants y con el apoyo financiero del Banco Asiático de Desarrollo. Otra relación importante es la que se mantiene con la comunidad académica de cara a desarrollar en los estudiantes las capacidades necesarias para realizar juicios de valor bajo NIIF. ¡Las normas basadas en principios no siempre están claramente definidas! Es importante entender los fundamentos y conceptos subyacentes de las NIIF. Ahí reside la fortaleza que se deriva de formar a personas desde un marco conceptual; puedes proporcionarles las capacidades para formular esos juicios y aplicar las normas en el mundo real. La transición de los PCGA locales a las NIIF representa una buena oportunidad para realizar el análisis desde una nueva perspectiva y también para despertar el interés de los estudiantes. Estamos avanzando hacia una formación contable reconocida a nivel global. Algunos colegios contables están estableciendo oficinas en otras partes del mundo, lo que probablemente indica una tendencia hacia una mayor reciprocidad y reconocimiento mutuo, algo que ya se puede ver en iniciativas como la Global Accounting Alliance. De forma que los contables bajo NIIF van a experimentar una demanda de sus habilidades independientemente del país en el que se encuentren.
Cómo afectan los IFRS a los profesionales contables - MIKE WELLS (Iasb) - Expansión - 1/6/2010
Nome como ativo
Já postamos anteriormente casos de nomes da internet que representam ativos. O trecho a seguir, do Estado de São Paulo, revela situações ocorridas no Brasil:
Domínio de internet dá lucro de até 133.000% - Fernando Scheller - 1/6/2010 - O Estado de São Paulo
O empresário Ricardo Vaz Monteiro fez um investimento que rendeu mais de 133.000% em cinco anos. Em 2004, muito antes de a palavra portabilidade entrar para o vocabulário do brasileiro, ele registrou o domínio do termo na internet com a extensão .com.br - para isso, pagou R$ 30. Cinco anos depois, com as empresas disputando clientes que queriam mudar de operadora mantendo o número antigo, a palavra portabilidade ganhou valor. Em 2009, Monteiro vendeu o domínio à Claro por R$ 40 mil.
(...) Segundo o especialista - que até escreveu um livro sobre o tema, chamado Escolha seu.com -, as principais características de um bom investidor em domínio são a simplicidade e a paciência. “O melhor é escolher um nome simples e esperar que ele se torne valioso. Não adianta escolher uma marca já conhecida, porque isso configura a má-fé de vender posteriormente para o natural proprietário.”
Encontrar um bom conceito não registrado e esperar que alguém se interesse por ele é o que fazem profissionais que têm a venda de domínios como primeira ou segunda carreira. “É uma atividade de microempresas e de home office, que exige pouco investimento”, diz Monteiro.
Segundo Lauro de Lauro, empresário que comprou a Nomer de Ricardo Vaz Monteiro, a reserva de domínios cresce também entre pessoas físicas. Ele diz que os nomes registrados com CPFs já representam 46% dos 27 mil clientes com sites ativos da Nomer. “Comprei a Nomer para complementar o trabalho da Dualtec, que atende grandes clientes”, diz ele, referindo-se à empresa que fatura R$ 12,5 milhões por ano.
Nos sites especializados em domínios, a esperança de tirar a sorte grande é alimentada por blogs que anunciam negócios polpudos: a mais recente, que circula sem a identificação do felizardo vendedor, dão conta da venda do domínio “imóveis.com.br” por cerca de US$ 500 mil.
Domínio de internet dá lucro de até 133.000% - Fernando Scheller - 1/6/2010 - O Estado de São Paulo
Mitos da Convergência

Um artigo do blog Accounting Onion (Is Mary Shapiro a “Mythbuster” or a Myth Maker?) analisa a palestra feita por Mary Shapiro no CFA Institute. Mary Shapiro é a poderosa executiva da SEC dos Estados Unidos e a análise do blog foca a questão da adoção das normas internacionais por parte daquele país.
Shapiro deu a entender que o processo de convergência estava condicionado a conclusão de alguns projetos conjuntos entre o Fasb e o Iasb. O texto lembra que as normas dos EUA são superiores as normas internacionais.
Foto: Design you Trust
31 maio 2010
Teste #286
Nos últimos dez anos, a OECD não admitiu nenhum membro novo. Esta organização congrega os países mais ricos do mundo. No final de maio, um novo país foi admitido na OECD. Qual país é este?
Chile
China
Rússia
Resposta do Anterior: A frase foi dita por Mick Jagger, cantor de rock e economista, formado pela prestigiosa London School. Fonte: aqui
Chile
China
Rússia
Resposta do Anterior: A frase foi dita por Mick Jagger, cantor de rock e economista, formado pela prestigiosa London School. Fonte: aqui
Efeito da crise
Os recursos usados para fazer frente à crise financeira já superam 25% do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos) dos países mais avançados, segundo relatório confidencial obtido pelo jornal espanhol “El País”. O documento foi elaborado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e pela Comissão Europeia a pedido do G-20 (grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo) e mostra que já foram reservados mais de US$9,6 trilhões para socorrer bancos, embora parte desse montante não tenha sido usada ainda.
(...) O impacto da crise no setor público se concentra praticamente nos países ricos do G-20 — como EUA, França, Alemanha e Reino Unido — que consumiram um total de US$9,5 trilhões, segundo o relatório. Entre os países emergentes do G-20, o dinheiro dos contribuintes consumido no Brasil até agora, por exemplo, foi de 1,3% do PIB, e na Rússia, de 9,6% do PIB, de acordo com o documento. Já países como Arábia Saudita e Turquia não gastaram um centavo para resgatar bancos.(...)
FMI: socorro a bancos já passa de US$9,6 tri
O Globo - 31/5/2010 - p. 18
BP sabia do risco
Documentos internos da BP mostram que existiam problemas sérios na plataforma Deepwater Horizon, que explodiu, e que preocupações com segurança eram um tema constante.
Além disso, a agência federal responsável por fiscalizar a empresa permitiu que ela utilizasse materiais que não tinham sido testados como deveriam.
Em junho de 2009, por exemplo, os engenheiros da empresa se diziam preocupados com o material metálico utilizado para revestir a estrutura no fundo do mar. Ele precisa ser resistente pois a pressão do local é muito alta.
Um deles, Mark Hafle, dizia, em relatório interno, que o material poderia não aguentar e se partir. "Certamente esse seria um cenário pessimista", escreveu. "De qualquer forma, eu já vi isso acontecer antes."
A BP, porém, foi em frente com o material, apesar de ele violar as políticas de segurança e engenharia que a empresa segue. Os relatórios não explicam, porém, o motivo da exceção.
Além disso, em pelo menos três ocasiões, os registros mostram que o "blowout preventer", a válvula do poço que deveria ter impedido o vazamento após a explosão, não funcionava bem.
Após informar isso ao Serviço de Administração Mineral dos EUA, que serve de agência reguladora da exploração de petróleo no país, a empresa pediu para adiar os testes obrigatórios com a válvula, que o governo americano exige que se faça a cada dois meses. Eles achavam que ela não ser aprovada.
Primeiro, o pedido foi rejeitado. Mas a BP insistiu e então se permitiu que o "blowout preventer" fosse testado a uma pressão 35% menor do que a utilizada normalmente. Ela, então, passou nos testes.
BP sabia que plataforma tinha problemas, dizem relatórios
Folha de São Paulo - 31/5/2010 - DO "NEW YORK TIMES"
Risco da Propaganda

A propaganda mostra o risco da propaganda. O texto é da empresa BP, de 1999. A BP é a empresa britânica responsável por aquele que pode ser o maior desastre ambiental dos EUA: o derramamento de petróleo no golfo do México. Profético.
Fonte: Aqui
Receita e Despesa
Uma empresa de telefone assina um contrato com um cliente, onde o mesmo ganha um celular de graça, desde que permaneça na empresa pelos próximos meses. Como reconhecer a receita que será gerada por este cliente?
No momento do contrato, a empresa incorre em despesas que serão recompensadas com um fluxo de caixa futuro. Para a teoria contábil, o reconhecimento da receita e da despesa seria ao longo do período de fidelidade do cliente.
Nos Estados Unidos esta questão não estava muito clara e, por este motivo, o Fasb decidiu lançar um FASB Accounting Standards Update (ASU) 2009-13. Veja mais detalhes aqui
No momento do contrato, a empresa incorre em despesas que serão recompensadas com um fluxo de caixa futuro. Para a teoria contábil, o reconhecimento da receita e da despesa seria ao longo do período de fidelidade do cliente.
Nos Estados Unidos esta questão não estava muito clara e, por este motivo, o Fasb decidiu lançar um FASB Accounting Standards Update (ASU) 2009-13. Veja mais detalhes aqui
30 maio 2010
Estado na Economia
O jornal O Globo traz reportagem sobre a participação do governo nas empresas privadas. Esta participação inclui hotéis, centros de convenções, indústrias de bebidas, bancos, cooperativas agrícolas e até fábrica de lingerie, já fechada (Tentáculos do Governo, Gustavo Paul, 30/5/2010, p. 29). Na soma, são 330 empresas, segundo a ONG Contas Abertas, somando R$180,881 bilhões, além de R$4,9 bilhões que podem ser integralizados. Segundo a mesma fonte, este valor cresceu 50,9% desde 2005.
Uma conseqüência deste fato é o aumento das participações societárias (Ação em alta e injeção de recursos, O Globo, 30 de maio de 2010, p. 29). Em 2005 eram 119 bilhões de reais; agora, R$180 bilhões (dados da ONG Contas Abertas). Quanto a este valor, existem divergências metodológicas:
O jornal ouviu a opinião de analistas sobre esta participação (Tesouro afirma que dividendos cobrem despesas, O Globo, 30/5/2010, p. 30, Gustavo Paul).
Uma parcela dessas participações deve-se ao confisco em 1942 dos bens dos “súditos do eixo”, cidadãos alemães, italianos e japoneses, a quem o Brasil declarou guerra. Quando foram anistiados, em 1950, uma parte dessas ações nunca chegou a ser reclamada. Nas décadas seguintes, por força de lei, foram incorporadas pela União e não podem mais ser retomadas.
Uma conseqüência deste fato é o aumento das participações societárias (Ação em alta e injeção de recursos, O Globo, 30 de maio de 2010, p. 29). Em 2005 eram 119 bilhões de reais; agora, R$180 bilhões (dados da ONG Contas Abertas). Quanto a este valor, existem divergências metodológicas:
A contabilidade do Tesouro sobre suas participações difere do método do Contas Abertas. Enquanto este, via Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) do Ministério da Fazenda, considera o valor de mercado das ações, o governo adota o valor do capital social das suas ações depositadas. Por isso, registra a participação na Petrobras em R$25,3 bilhões, em dezembro de 2009. Paiva também questiona a informação de que o governo teria recursos a integralizar em empresas privadas. Para ele, a denominação usada pelo Contas Abertas está tecnicamente equivocada e o Tesouro só tem alocado recursos em empresas públicas.
O jornal ouviu a opinião de analistas sobre esta participação (Tesouro afirma que dividendos cobrem despesas, O Globo, 30/5/2010, p. 30, Gustavo Paul).
Segundo eles [os analistas], o ideal seria se desfazer desses ativos, para poupar a máquina pública. Em contrapartida, a Secretaria do Tesouro Nacional, do Ministério da Fazenda, alega que não há praticamente custo algum em deter esse patrimônio, que acaba revertendo dividendos para os cofres públicos. (...)
Para o economista Gil Castelo Branco, coordenador da ONG Contas Abertas, surpreende a pouca informação existente sobre tantas participações. Ele argumenta que o ideal seria a União dar mais transparência a esses ativos, para melhorar o controle e até facilitar sua negociação:
— São quase sociedades ocultas, que têm registro contábil, mas a maioria dos órgãos não sabe explicar como chegaram ali e por que permanecem.
Fazer uma faxina nessas participações seria uma forma de evitar o desperdício de recursos públicos. É o que diz o economista Alcides Leite, da Trevisan Escola de Negócios. Para ele, não é função do Estado ter participações acionárias de empresas privadas:
(...) O professor José Matias Pereira, da Universidade de Brasília (UnB), especialista em contas públicas, afirma que a posse de participações acionárias é resquício dos anos 1960, quando o Estado brasileiro representava mais de 50% do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos). Nos anos 1990, com as privatizações, o governo federal se livrou de boa parte dessas participações.
Para ele, o risco é haver uma volta ao passado, cuja conta cairá no colo do contribuinte:
— O governo atual sempre quis fortalecer a presença do Estado na economia. Mas o dinheiro injetado nas empresas vem dos impostos. O Estado não gera riquezas.
Futebol
Os clubes de futebol do Brasil já não dependem tanto da venda de jogadores para faturar e têm diversificado suas fontes de receitas, que estão em ascensão. Só que continuam gastando demais.
Essas são algumas conclusões tiradas de um estudo feito pela consultoria Crowe Horwath RCS, que também projetou a evolução do mercado da bola para os próximos sete anos, a começar por 2010, que deverá movimentar mais de R$ 2,1 bilhões.
Parece muito? Para se ter uma ideia, os 20 times da Premier League, a badalada divisão de elite inglesa, geraram cerca de R$ 5,3 bilhões só na temporada 2008-09.
"Estamos muito longe do ideal", afirma Amir Somoggi, diretor da Esporte Total da consultoria, que prevê para 2014, ano de Copa do Mundo no país, um faturamento na ordem dos R$ 3 bilhões.
O estudo mostra que em 2003, ano da introdução dos pontos corridos no Campeonato Brasileiro, 26% das receitas das equipes vinha da transferência de atletas. O ápice aconteceu em 2007 (37%) até despencar para 19% no ano passado.
Outras fontes, como bilheterias (de 7% para 13%) e patrocínio e publicidade (9% para 14%) vêm ajudando os times a reduzir a dependência do mercado externo.
Já os rankings dos mais ricos e endividados foram feitos com base nos balanços que os clubes publicam no "Diário Oficial" dos Estados.
Quanto vale o futebol brasileiro - Folha de São Paulo - 30/5/2010 - RENAN CACIOLI
29 maio 2010
Transbrasil

Uma reportagem da Isto É Dinheiro (Falência Turbinada, Hugo Cilo) informa que o Tribunal de Justiça de São Paulo fez felizes os antigos donos da Transbrasil. O Tribunal considerou que uma dívida de US$22,5 milhões, cobrada pela GE, eram indevidos.
Estranho, muito estranho. Além da devolução do valor em dobra da quantia cobrada, o tribunal decidiu cobrar uma indenização referente ao lucro cessante. Segundo o texto, o valor da indenização é de US$190 milhões. Estranho, muito estranho.
Prossegue o texto:
Às vésperas da falência, quando a empresa aérea ensaiava uma fusão com a americana Continental, a Merrill Lynch calculou em US$ 250 milhões o preço da Transbrasil – quantia que, segundo a consultoria Economática, em valores atuais seria de US$ 1,047 bilhão.
Vamos verificar este valor. Entre 2001, data da falência, e 2010 são nove anos. Como não sabemos como foi feita a correção, vamos obter a taxa anual usada. Para isto basta dividir o valor corrigido atual, de US$1,047 bilhão, pelo valor da empresa na época, US$250 milhões. Do resultado, para encontrar a taxa anual, é necessário extrair a raiz nove. Fazendo os cálculos, encontramos 17,25% ao ano. Se pesquisarmos no Wolfram Alpha, a inflação média dos Estados Unidos no período foi de 2,473% ao ano. Ou seja, o valor corrigido pela Economática está muito acima do razoável. Usando a taxa de inflação dos Estados Unidos, o valor final seria US$311 milhões.
O texto prossegue afirmando que quando a empresa faliu, administrava espaços nos aeroportos do país que valiam R$1,5 bilhão em direito de uso. Isto é questionável, já que os contratos talvez não possam ser considerados ativos (vide um exercício sobre isto no livro de Teoria da Contabilidade, de Niyama e Silva, capítulo Ativo).
Outro aspecto interessante da questão é que o STJ, em 2009, tinha confirmado a falência da empresa.
Finalmente, cabe perguntar: para onde irá o dinheiro recebido da indenização? Será usado para pagar as dívidas trabalhistas e fiscais?
Foto: Carlos NAscimento
Gisele...

Quando criou o índice Gisele Bündchen de ações, em 2007, o economista e professor americano Fred Fuld queria medir o efeito da top model brasileira sobre as ações das empresas que a contratavam para promover suas marcas. O resultado, para quem é fã de Gisele, não poderia ser outro: o desempenho do indicador, que reúne companhias como Volkswagen, Polo Ralph Lauren e Vivo Participações, superou o do Dow Jones Industrial, principal termômetro da bolsa nos EUA.
De janeiro de 2007 a setembro de 2009 (última vez que foi medido), o Dow Jones caiu 23% e o índice da beldade perdeu somente 2%. (...)
Gisele é a Isca - Por Juliana Schincariol - Isto é Dinheiro. Foto: Fffound
28 maio 2010
Links
Iasb começa a discutir impairment
Portal da Transparência com informações atualizadas diárias sobre a execução das receitas e despesas dos governos federal, estaduais e municipais
BMF & Bovespa recebem nota A1 e Aaa.br da Moody´s
Iasb e outros resultados abrangentes
Minuta do Fasb para instrumentos financeiros
Portal da Transparência com informações atualizadas diárias sobre a execução das receitas e despesas dos governos federal, estaduais e municipais
BMF & Bovespa recebem nota A1 e Aaa.br da Moody´s
Iasb e outros resultados abrangentes
Minuta do Fasb para instrumentos financeiros
Teste #285
As pessoas só ganharam dinheiro com gravações [de música] num período de tempo muito curto.
Houve um pequeno período, de 1970-1997, onde todos fizeram muito dinheiro. Mas agora esse período já passou.
Então, se você olhar para a história da música gravada a partir de 1900 para cá, houve um período de 25 anos, onde os artistas se saíram muito bem, mas no resto do tempo não.
Esta análise acurada da indústria da música foi feita por um economista muito famoso. Seu nome é:
Gary Becker
Mick Jagger
Paul Samuelson
Resposta do Anterior: 500 mil dólares. Fonte: Wall Street Journal
BP e o Golfo do México

A fotografia acima mostra um diretor da BP, empresa de petróleo responsável pelo vazamento de óleo no Golfo do México. Ele está explicando o que a empresa está fazendo para resolver o problema. No gráfico, a quantidade de petróleo recolhida pela empresa. Parece positivo, não é mesmo?
Mas Laura Conaway notou um ponto interessante. O gráfico apresenta o volume em termos cumulativos. É obvio que os valores terão uma tendência crescente no tempo. Seria uma tentativa de manipulação?
Custo da corrupção

Custo da corrupção no Brasil chega a R$ 69 bi por ano
por FinancialWeb - 14/05/2010
Renda per capita do País poderia ser de US$ 9 mil, 15,5% mais elevada que o nível atual, segundo pesquisa da Fiesp
Além dos incalculáveis prejuízos sociais, conhecidos por todos os brasileiros, que a corrupção acarreta, os econômicos também são enormes, com a diferença de que podem ser minuciosamente medidos. De acordo com estudo realizado pelo Departamento de Competitividade e Tecnologia (Decomtec) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o custo médio anual da corrupção no País gira em torno de R$ R$ 41,5 bilhões a R$ 69,1 bilhões. O montante é equivalente a 1,38% a 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB).
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No período entre 1990 e 2008, a média do PIB per capita do Brasil era de US$ 7.954. Contudo, a pesquisa constatou que se o País estivesse entre os menos corruptos este valor subiria para US$ 9.184. Ou seja, um aumento de 15,5%, equivalente a 1,36% ao ano.
No ranking da corrupção elaborado pela Transparência Internacional, que contempla 180 países, o Brasil está na 75ª colocação. Numa escala de zero a 10, sendo que números mais altos representam países menos corruptos, o Brasil tem nota 3,7, ficando abaixo da média mundial de 4,03 pontos.
Prejuízos
Além disso, o levantamento também traz simulações de quanto a União poderia investir, em diversas áreas econômicas e sociais, caso a corrupção fosse menos elevada.
Educação: o número de matriculados na rede pública do ensino fundamental saltaria de 34,5 milhões para 51 milhões de alunos. Um aumento de 47,%, que incluiria mais de 16 milhões de jovens e crianças.
Saúde: Nos hospitais públicos do Sistema único de Sáude (SUS), a quantidade de leitos para internação, que hoje é de 367.397, poderia crescer 89%, que significariam 327.012 leitos a mais para os pacientes.
Habitação: o número de moradias populares cresceria consideravelmente. A perspectiva do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) é atender 3.960.000 de famílias; sem a corrupção, outras 2.940.371 poderiam entrar nessa meta, ou seja, aumentaria 74,3%.
Saneamento: a quantidade de domicílios atendidos, segundo a estimativa atual do PAC, é de 22.500.00. O serviço poderia crescer em 103,8%, somando mais 23.347.547 casas com esgotos. Isso diminuiria os riscos de saúde na população e a mortalidade infantil.
Infraestrutura: os 2.518 km de ferrovias, conforme as metas do PAC, seriam acrescidos de 13.230 km, aumento de 525% para escoamento de produção. Os portos também sentiriam a diferença, os 12 que o País possui poderiam saltar para 184, um incremento de 1537%. Além disso, o montante absorvido pela corrupção poderia ser utilizado para a construção de 277 novos aeroportos, um crescimento de 1383%.
Encaminhado por Ronaldo Schimidt G. de Almeida
Foto Design you
Custo do vulcão
A erupção do vulcão islandês provocou prejuízos de 5 bilhões de dólares. Esta é a conclusão de um estudo divulgado num congresso de turismo ocorrido em Pequim (via Agencia Estado, Interrupção de vôos por vulcão islandês custa US$ 5 bi, Michelly Teixeira)
Entre os prejudicados, o estudo lista os passageiros, as empresas aéreas e os que dependem do comércio exterior. Um exemplo são os produtores de rosas, geralmente exportadas por avião. Neste caso, por ser um produto perecível, o custo corresponde ao produto que não foi vendido.
Entre os prejudicados, o estudo lista os passageiros, as empresas aéreas e os que dependem do comércio exterior. Um exemplo são os produtores de rosas, geralmente exportadas por avião. Neste caso, por ser um produto perecível, o custo corresponde ao produto que não foi vendido.
Basiléia 3
A revista The Economist da semana discute a questão do acordo de Basiléia. Este acordo, com o nome da cidade suíça, resulta da discussão dos bancos centrais dos principais países do mundo. O acordo da Basiléia representa uma tentativa dos bancos centrais de regular as instituições financeiras em termos mundiais.
O atual acordo é denominado de Basiléia 2. Os estudos para reformar o atual acordo devem ser concluídos no final do ano, e corresponderia ao Acordo da Basiléia 3.
E pelo que já se sabe as instituições financeiras não são favoráveis ao acordo. Algumas estimativas falam do aumento do custo dos empréstimos. (Bare-Knuckle in Basel, The Economist, 27 de maio de 2010).
A chegada do Basiléia 3 representa uma resposta a crise financeira. É sempre bom lembrar que o nascimento da SEC, a CVM dos EUA, ocorreu após a crise de 1929. E que a SEC foi um dos primeiros órgãos preocupados com o mercado e seus usuários, o que inclui as informações contábeis.

Algumas previsões destas mudanças já aparecem. Analistas do Credit Suisse, uma instituição financeira, estima que os resultados dos bancos europeus daqui a dois anos podem cair 37% (The Banks battle back, 27 de maio de 2010). Se isto tornar-se real, as reformas podem enfrentar o poderoso lobby dos banqueiros.
O atual acordo é denominado de Basiléia 2. Os estudos para reformar o atual acordo devem ser concluídos no final do ano, e corresponderia ao Acordo da Basiléia 3.
E pelo que já se sabe as instituições financeiras não são favoráveis ao acordo. Algumas estimativas falam do aumento do custo dos empréstimos. (Bare-Knuckle in Basel, The Economist, 27 de maio de 2010).
A chegada do Basiléia 3 representa uma resposta a crise financeira. É sempre bom lembrar que o nascimento da SEC, a CVM dos EUA, ocorreu após a crise de 1929. E que a SEC foi um dos primeiros órgãos preocupados com o mercado e seus usuários, o que inclui as informações contábeis.

Outras propostas de reforma incluem impostos sobre transações financeiras e mudanças na contabilização dos empréstimos, usando o valor justo.Fonte da foto aqui
Algumas previsões destas mudanças já aparecem. Analistas do Credit Suisse, uma instituição financeira, estima que os resultados dos bancos europeus daqui a dois anos podem cair 37% (The Banks battle back, 27 de maio de 2010). Se isto tornar-se real, as reformas podem enfrentar o poderoso lobby dos banqueiros.
Variação da Receita e Risco
O analista Saj Karsan chama a atenção (Understanding Risk on the Revenue Side: Wal-Mart vs. Apple) para a importância da receita estável na avaliação do risco de uma empresa.
1) As empresas que são influenciadas por ciclos econômicos podem apresentar maior risco. Imagine se ocorrer uma recessão prolongada; seus os efeitos serão piores nestas empresas.
2) As empresas que conseguem proteger-se da competição possuem receitas mais estáveis. Neste caso, receitas seriam sintomas desta vantagem. Isto inclui situações onde a empresa não depende de um produto.
3) Provavelmente receitas estáveis representam uma capacidade de manutenção de criatividade.
Karsan faz uma comparação entre a Apple e a Wal-Mart. A estabilidade da receita da Wal-Mart seria uma garantia de menor risco. Para Karsan, o desempenho futuro da Apple depende de inovação constante.
1) As empresas que são influenciadas por ciclos econômicos podem apresentar maior risco. Imagine se ocorrer uma recessão prolongada; seus os efeitos serão piores nestas empresas.
2) As empresas que conseguem proteger-se da competição possuem receitas mais estáveis. Neste caso, receitas seriam sintomas desta vantagem. Isto inclui situações onde a empresa não depende de um produto.
3) Provavelmente receitas estáveis representam uma capacidade de manutenção de criatividade.
Karsan faz uma comparação entre a Apple e a Wal-Mart. A estabilidade da receita da Wal-Mart seria uma garantia de menor risco. Para Karsan, o desempenho futuro da Apple depende de inovação constante.
Saúde financeira nos clubes

O Comitê Executivo da União de Associações Europeias de Futebol (Uefa) adotou nesta quinta-feira o 'jogo limpo' financeiro, que prevê o impedimento de clubes sem equilíbrio em suas contas e cujas sanções devem entrar em vigor a partir de 2014, informou seu secretário-geral, Gianni Infantino.
(...) O 'jogo limpo' estipula que, para participar das competições europeias de futebol, os clubes não poderão gastar mais dinheiro do que arrecadam, para evitar a chamada "vitória dos gastos", quando os clubes se endividam para formar grandes equipes.
Uefa adota 'jogo limpo' nas finanças dos clubes - Isto é Dinheiro
Alguns clubes estavam fazendo inversões elevadas, sem ter o devido suporte de médio e longo prazo. Isto aquecia o mercado de salários, com efeitos perversos sobre os outros clubes. O termo "jogo limpo" diz respeito ao investimento sem ter condições no médio e curto prazo.
Foto: Design you
27 maio 2010
Rir é o melhor remédio
Custo de Oportunidade da Espera
No teste de ontem, foi apresentado o caso de um posto de gasolina que vendeu o produto por R$1,59, versus um preço normal de R$2,64. O comportamento dos consumidores provocou uma fila enorme. Muitas pessoas levaram muitas horas (quatro ou mais) para abastecer.
Um comentário ao teste levantou três questões sobre o preço praticado:
Admite-se que os impostos sejam recolhidos pelo posto. Sobre a segunda questão, diante do intenso impacto da promoção, a venda de gasolina de baixa qualidade poderia provocar um efeito contrário intenso.
O terceiro aspecto talvez seja o mais importante. Admitindo um tanque de 40 litros, a diferença de preço por litro é de R$1,05. Isto corresponde a uma economia de 42 reais. Supondo cinco horas de espera na fila, o custo de oportunidade seria de R$8,40 por hora.
Só podemos dizer que vale a pena em cada caso individual. Para algumas pessoas, provavelmente não é interessante. Um cálculo aproximado pode ser feito da seguinte forma:
Um trabalhador que recebe R$2.000 de remuneração e trabalha 180 horas por mês terá uma remuneração de R$11,11 por hora. Neste caso, talvez a espera não seja adequada.
(Mas observe que estamos supondo que esta pessoa passaria cinco horas do seu tempo somente numa fila de espera. Ele não faria nenhuma atividade produtiva neste período, o que pode ser irreal)
Um comentário ao teste levantou três questões sobre o preço praticado:
Quem irá recolher os impostos?
A gasolina tem a mesma qualidade?
Qual o custo de quatro, cinco ou nove horas de espera?
Admite-se que os impostos sejam recolhidos pelo posto. Sobre a segunda questão, diante do intenso impacto da promoção, a venda de gasolina de baixa qualidade poderia provocar um efeito contrário intenso.
O terceiro aspecto talvez seja o mais importante. Admitindo um tanque de 40 litros, a diferença de preço por litro é de R$1,05. Isto corresponde a uma economia de 42 reais. Supondo cinco horas de espera na fila, o custo de oportunidade seria de R$8,40 por hora.
Só podemos dizer que vale a pena em cada caso individual. Para algumas pessoas, provavelmente não é interessante. Um cálculo aproximado pode ser feito da seguinte forma:
Um trabalhador que recebe R$2.000 de remuneração e trabalha 180 horas por mês terá uma remuneração de R$11,11 por hora. Neste caso, talvez a espera não seja adequada.
(Mas observe que estamos supondo que esta pessoa passaria cinco horas do seu tempo somente numa fila de espera. Ele não faria nenhuma atividade produtiva neste período, o que pode ser irreal)
Dono da Parmalat condenado
O escândalo da Parmalat foi um dos mais famosos dos últimos anos. A empresa italiana, então com atuação no Brasil na área de laticínios, fraudou suas demonstrações contábeis. Agora a condenação do dono. Eis a notícia:
Ex-dono da Parmalat é condenado a 10 anos de prisão
Brasil Econômico - Por AFP - 26/05/10 14:39
Todas as notícias da Parmalat deste blog aqui
O Tribunal de Apelações de Milão confirmou nesta quarta-feira (26) a condenação a dez anos de prisão do ex-dono da Parmalat, Calisto Tanzi, no processo de falência do grupo agroalimentar italiano, informou a agência de notícias Ansa..
A Corte, no entanto, não acatou o pedido do Ministério Público de uma pena mais alta, de 11 anos e um mês de prisão.
Acusado de especulação na bolsa, de dificultar a atividade dos órgãos de vigilância e de ser cúmplice de falsificações em relatórios, Calisto Tanzi, fundador e ex-dono do grupo, foi condenado no fim de 2008.
O advogado de Tanzi, Giampiero Biancolella, informou que seu cliente irá recorrer.
O tribunal ainda condenou Giovanni Bonici, ex-presidente da Parmalat da Venezuela, a dois anos e meio de prisão e Luciano Silingardi, antigo administrador independente do grupo, a três anos, mesmo com os dois tendo sido absolvidos em primeira instância.
Por outro lado, as absolvições de três antigos dirigentes do banco americano Bank of America e de dois administradores do grupo foram confirmadas, apesar de irem contra a solicitação do Ministério Público, que queria as condenações.
Tanzi deve ainda pagar € 100 milhões para ressarcir 32 mil investidores afetados pela falência da Parmalat.
O processo de Milão começou em 2005 e é o primeiro de uma longa série de problemas com a Parmalat.
O maior processo, relativo à falência, em número de prejuízos e penas aplicadas foi aberto em março de 2008 em Parma, cidade sede do grupo. Tanzi foi julgado por falência fraudulenta.
Referência da economia italiana, a Parmalat empregava, na época, 36 mil pessoas em 30 países, reunia diversas empresas e estava presente no futebol, com o clube Parma, e no turismo.
Sua falência em 2003 representou um dos escândalos financeiros mais graves da Europa e engoliu as economias de 135 mil investidores, deixando um buraco de cerca de € 14 bilhões
Ex-dono da Parmalat é condenado a 10 anos de prisão
Brasil Econômico - Por AFP - 26/05/10 14:39
Todas as notícias da Parmalat deste blog aqui
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