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17 maio 2010

Retrato do Sistema Tributário Nacional

Desde que a Receita topou com o deputado federal José Tatico (PTB-GO) pela primeira vez, em 1993, sabe que ele sonega impostos. Dono de uma rede de supermercados e fazendas de gado, ele ficou 12 anos sem recolher tributos. Até o ano passado, já tinha sido autuado seis vezes. Em março, uma nova operação encontrou indícios de sonegação em suas empresas.

Apesar do histórico e de uma dívida acumulada de cerca de R$ 260 milhões, Tatico encontrou um jeito de limpar sua ficha: desde novembro, paga R$ 1.000 por mês ao Fisco e com isso ficou livre de punições da Receita e da Justiça.

Tatico está blindado porque entrou no Refis, o programa de parcelamento de dívidas tributárias do governo [1]. A adesão ao programa, feita em novembro do ano passado, suspendeu automaticamente várias ações que correm contra ele no Supremo Tribunal Federal (STF), como processos por crime contra a ordem tributária e por falsidade ideológica. Autoridades que acompanham os passos do deputado acreditam que ele tenha recorrido ao Refis justamente para escapar das encrencas na Justiça.

"As ações no Supremo foram o pano de fundo, mas o maior objetivo foi regularizar a situação dele na Receita", diz Abelardo Lima, o advogado de Tatico. "Queremos aproveitar os benefícios do programa. São 100% de desconto nas multas e nos juros, mais o escalonamento." [2]

A situação de Tatico no Refis ainda é provisória, mas isso não prejudica o deputado. Até que defina com a Receita [3] quanto de suas dívidas vai incluir no programa (ele pode continuar discutindo algumas autuações na Justiça), Tatico continuará pagando a parcela mínima de R$ 1.000 por mês e continuará quites com o Fisco. Quando a situação for definida, o deputado terá até 180 meses para parcelar o débito - mas a prestação vai subir.

Se Tatico quiser parcelar seu débito tributário inteiro, cerca de R$ 260 milhões em valores atualizados, irá desembolsar algo em torno de R$ 1,4 milhão por mês, ao longo de 15 anos. Mas, passados quase seis meses do fim do prazo de adesão ao último Refis, a Receita ainda não convocou [4] aqueles que entraram no programa para fazer as contas e parcelar suas dívida.

Processos. Tatico tem um comportamento que intriga os agentes da Receita. É deputado federal por Goiás, mas antes foi eleito pelo Distrito Federal e, nas eleições de outubro, vai tentar a reeleição por Minas Gerais. Embora seja parlamentar, aparenta ter dificuldades para cumprir leis. Tatico já foi denunciado numa lista imensa de processos, que vão de crimes contra a ordem tributária e apropriação indébita a sonegação previdenciária e danos ao meio ambiente. Cassado pelo Tribunal Eleitoral de Goiás por supostas irregularidades em campanha, ele se mantém como deputado federal por força de uma liminar.

Nas eleições de 2006, o deputado declarou à Justiça Eleitoral um patrimônio de quase R$ 18 milhões, formado por 25 mil cabeças de gado e duas fazendas em Goiás. Para a Receita, no entanto, seu patrimônio é bem maior do que isso. Além da rede de supermercados Tatico, com lojas no Distrito Federal e em Goiás, ele seria também sócio de frigoríficos e de um curtume, pelo menos. Nada disso aparece na declaração à Justiça eleitoral.

Considerado um sonegador incorrigível pela Receita, em março Tatico foi escolhido como primeiro alvo de uma operação ostensiva - o Regime Especial de Fiscalização (REF), regulamentado no fim do ano passado. Por seu histórico de reincidência na sonegação, Tatico foi escolhido para dar um recado aos demais sonegadores.

Na manhã do dia 15 de março, a sede das empresas do deputado, em Brasília, foi ocupada por 18 agentes da Receita, seis fiscais da Secretaria da Fazenda do Distrito Federal e três procuradores da Fazenda Nacional. Durante 15 dias, esses agentes vasculharam os negócios empresariais do deputado. O relatório final da operação não foi concluído. [5]

Cobrança. Mas por que Tatico sonegou tanto? Segundo seu advogado, a culpa é dos impostos [6]. "O caso dele não é isolado", diz Lima. "Até 2004, a forma de cobrança do PIS e da Cofins era muito pesada, injusta, e ele não conseguia pagar 100% do imposto. Nem ele, nem muita gente do setor de supermercados. Depois a legislação mudou e permitiu que meu cliente pudesse voltar para a formalidade."

O Estado apurou, no entanto, que Tatico não sonegou apenas PIS e Cofins. Além desses tributos, ele e suas empresas deixaram de pagar também Imposto de Renda Pessoa Física, Imposto de Renda Pessoa Jurídica e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), entre outros.


Devo, não nego, mas quero um Refis [7] - David Friedlander - O Estado de S.Paulo - 16 de maio de 2010

[1] Não somente. O fato de ser Deputado facilita.
[2] O Refis é injusto e incentiva o comportamento do sonegador.
[3] Quanto maior a postergação, mais interessante para Tatico
[4] Idem
[5] Idem
[6] Muito boa esta frase.
[7] O título da reportagem é extremamente feliz. E resume muito bem o texto.

IFRS

A adaptação à IFRS é um processo complexo, que teve início neste ano com balanços do primeiro trimestre de grandes companhias saindo sob o novo padrão. “Antes a contabilidade estava voltada para atender ao Fisco, e depois à contabilidade societária, agora é ao contrário”, explica Diva. A contabilidade societária procura dar informações relevantes aos acionistas e possíveis investidores. A mudança do IFRS é basear a contabilidade do Fisco a partir da contabilidade societária. “A lei 11.638/07 (que estabelece a IFRS), em sua formatação, é baseada na utilidade para a sociedade.”

Houve surpresas, como empresas que apresentavam prejuízo no padrão antigo, mas demonstraram lucro pela IFRS. As distorções seriam fruto, de acordo com a presidente, das mudanças dos padrões contábeis, que antes variavam de país para país. Ela lembra que não existe padrão de contabilidade “certo” ou “errado”, mas diferentes interpretações. O papel da IFRS é buscar uma harmonização em um mundo cada vez mais globalizado, para eliminar a necessidade de adaptar os balanços para diferentes padrões. (...)


Fábio Ferreira - 7 de maio de 2010 - Jornal do Commércio do Rio de Janeiro

16 maio 2010

Rir é o melhor remédio


Como nasce um vilão

Fonte: aqui

Permutas

A permuta de produtos e serviços não exime o empresário de emitir notas fiscais, ressaltam empresas e contabilistas ouvidos pela Folha. Assim como faria se estivesse vendendo o bem ou o serviço, a empresa que realiza a troca deve lançar o documento, usando como valor o equivalente ao que cobraria numa transação monetária.

A convergência costuma ser fácil, pois, em geral, os créditos utilizados pelas empresas de permuta equivalem ao real.

"Se eu cobro R$ 400 por um serviço e, ao permutá-lo, pedirei o equivalente em créditos, é esse valor que deve constar da nota fiscal emitida", ensina Celso Moraes, proprietário do escritório contábil Asselfis, que assessora a Tradaq e é associado à empresa de permuta.

Na área contábil, esse tipo de transação requer controle, para não haver confusão entre as receitas e as despesas em dinheiro e as realizadas por meio das trocas. Como há emissão e recebimento de notas fiscais, por exemplo, mas não recebimento ou pagamento equivalente em dinheiro, a contabilidade fica vulnerável a erros.

Para evitá-los, a sugestão de especialistas é que o responsável pelas transações crie uma conta e um fluxo de controle só para as permutas, separados da gestão das transações em dinheiro. Além disso, ele deve informar o contador ou o setor contábil da firma sobre quais notas referem-se a permutas.

"O ideal é que as notas sejam emitidas como quitadas, uma vez que não há inadimplência em permutas", explica Marco Del Giudice, da Tradaq.

Depois que a empresa de permutas aprova uma transação, salienta Del Giudice, não há como o serviço ou o produto não ser prestado ou entregue.

Cálculo e limite

Segundo Tales Andreassi, professor e coordenador do Centro de Empreendedorismo da FGV-SP (Fundação Getulio Vargas), antes de aceitar a permuta, é importante que o empresário calcule em detalhes o que será transacionado, sem se esquecer de que terá de arcar com determinadas despesas em reais ao receber os créditos.

Um dos gastos mais importantes a ponderar é o relacionado aos impostos. Outro é a comissão cobrada pelas empresas de intermediação de permutas -cerca de 10% sobre a venda.

Em termos de gestão, a recomendação é analisar a permuta do ponto de vista estratégico da empresa. O empresário deve se questionar, por exemplo, se a troca ajuda na divulgação, se de fato levará à desova de estoque e se compensa as horas ociosas.

Limitar a permuta a um percentual do faturamento, para não prejudicar o fluxo de caixa, é outro ponto essencial de controle. "A empresa precisa de dinheiro. Não adianta permutar metade do faturamento, ainda que sejam ótimos negócios", explica Andreassi.

Operação exige nota fiscal e rigor contábil - 16 de maio de 2010 - Folha de São Paulo

15 maio 2010

Rir é o melhor remédio



Dois cartoons sobre a crise na Grécia. Adaptado daqui e daqui

Divergência e Convergência

O texto abaixo comenta um problema sério da adoção das normas internacionais de contabilidade no Brasil: a divergência entre o Banco Central e a CVM.

Convergência sob controle
Valor Econômico - 14/5/2010

Por Fernando Torres, de São Paulo

Depois de optarem diversas vezes por caminhos distintos no processo de convergência do padrão contábil brasileiro para o modelo internacional, IFRS, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e o Banco Central (BC) concordaram em um ponto: haverá restrição para antecipação de uso de novas normas emitidas pelo Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade (Iasb, na sigla em inglês).

Isso não significa que nunca haverá adoção antecipada de um novo pronunciamento. Mas que as novas regras serão aprovadas caso a caso e, quando entrarem em vigor, valerão para todas as empresas ao mesmo tempo.

Apesar de coincidente, a decisão não foi tomada em conjunto. Cada órgão fez a orientação a sua maneira, sendo que o BC tem poder sobre os balanços das instituições financeiras e a CVM regula as companhias abertas.

O objetivo da estratégia é evitar o uso "oportunista" de novas normas. Sem esse controle, haveria o risco de uma companhia adotar com antecedência apenas aquelas normas que lhe favorecessem. Outro problema seria a falta de comparabilidade, caso uma outra empresa do mesmo setor não fizesse a mesma opção.

O Iasb tem como prática emitir novos pronunciamentos e dar prazo de alguns anos para que ele se torne obrigatório. Também é comum que o conselho permita a adoção antecipada do normativo.

Um exemplo recente e relevante é a norma IFRS 9, que trata de mensuração e classificação de instrumentos financeiros. O Iasb publicou a regra no segundo semestre de 2009, mas a adoção obrigatória ocorrerá somente a partir do exercício de 2013.

Sem as recentes indicações do Banco Central e da CVM, as empresas brasileiras poderiam entender que tinham o direito de adotar antecipadamente a regra, uma vez que a orientação era apenas seguir as IFRS conforme emitidas pelo Iasb.

Para dar conta disso, o Conselho Monetário Nacional (CMN) publicou, no dia 29 de abril, a resolução 3.853, que afirma expressamente que "a adoção antecipada dos pronunciamentos (...) está condicionada à previsão normativa específica".

A CVM, por sua vez, colocou ontem em audiência pública uma minuta de instrução que tem como um dos objetivos regular essa adoção antecipada.

A proposta da autarquia é emendar a Instrução nº 457, que em 2007 determinou que as companhias abertas deveriam adotar, a partir do exercício de 2010, o padrão internacional IFRS no balanço consolidado.

No novo texto, haverá um dispositivo dizendo que o padrão internacional deve ser seguido de acordo com as normas emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e referendadas pela própria CVM.

Dessa forma, um normativo novo só terá validade para as empresas brasileiras após ser traduzido e aprovado pelo CPC.

"Se a CVM achar que determinado pronunciamento pode ser antecipado, faz uma regra somente sobre isso", explica Antonio Carlos de Santana, superintendente de normas contábeis da CVM. Segundo ele, a instrução inicial não previa isso porque, naquele momento, não havia os pronunciamentos do CPC.

Esse ajuste também evitará que uma empresa apresente patrimônio líquido e lucro líquido diferentes no balanço da controladora e no balanço consolidado.

Isso porque o IFRS, que vale para o consolidado, às vezes dá algumas opções de registro contábil para as empresas, o que foi restringido pelo CPC para as demonstrações individuais, principalmente por limitações legais.

Apesar de ter havido concordância sobre esse ponto, as divergências entre CVM e BC no processo de mudança do padrão contábil continuam. Na mesma resolução que trata da antecipação de normas, o CMN reforça a posição anterior de que os bancos não serão obrigados a apresentar os balanços trimestrais comparativos quando adotarem pela primeira vez o IFRS, ao contrário das empresas não financeiras. Já havia regra semelhante para o balanço fechado de 2010.

Se usar a opção, o banco não poderá declarar que seguiu o IFRS e provavelmente não terá um parecer "limpo" do auditor.

A decisão do Banco Central teria tido como base a questão do custo-benefício para instituições menos preparadas. Seria melhor não divulgar o dado, do que passar uma informação com erro.

14 maio 2010

Rir é o melhor remédio


O julgamento final

Teste #280

O que Wesley Snipes, Willie Nelson, Nicolas Cage, Dionne Warnick, Pamela Anderson e Prince possuem em comum? 

Resposta do Anterior: mais cara: Uruguai (e depois Inglaterra). Mais barata: Turquemenistão. Fonte: aqui 

Justiça e Iasb x Fasb

Um dos pontos divergentes entre a contabilidade baseada no Fasb e aquela feita segundo os preceitos do Iasb refere-se a "filosofia". Enquanto os pronunciamentos do Fasb são detalhados, aqueles do Iasb são mais abrangentes. Por este motivo costuma-se afirmar que as normas do Iasb são baseadas em princípios, enquanto as do Fasb são regras detalhadas. Isto tem sido alardeado como uma vantagem da convergência para a contabilidade baseada no Iasb.

Entretanto, existia uma preocupação de que o julgamento subjetivo do Iasb pudesse trazer como conseqüência um aumento no número de questionamentos legais por parte dos acionistas. Segundo uma pesquisa realizada por três professores, Rules-based accounting Standards and Litigation, a questão legal parece ser um problema na convergência internacional. As empresas que violam as regras detalhadas do Fasb parecem ter menor chance de processo em comparação com aquelas que violam os princípios.

Apesar das limitações metodológicas da pesquisa, o resultado pode ser importante no momento que se estuda a adoção das normas internacionais nos EUA.

Leia mais sobre a pesquisa aqui.

Quem ganha com a Copa da África?

A escolha para sediar uma copa do mundo de futebol pode trazer benefícios para a África. Talvez o principal seja o aumento no turismo, mas os investimentos realizados na construção de infra-estrutura podem ser relevantes.

Um relatório recente da Grant Thornton estimou que a África do Sul terá um crescimento adicional de 0,5% na economia em decorrência do torneio de futebol. Como a previsão de crescimento do país para este ano é de 3%, isto é um percentual significativo. Na estimativa da empresa Grant Thornton, serão quase 400 mil turistas estrangeiros durante o torneio, com um tempo de permanência médio de 18 dias e gastos de $4 mil dólares por pessoa. Entretanto, esta estimativa provavelmente é otimista, já que o número de ingressos vendidos está abaixo do esperado.

Para a África do Sul a maior parte do efeito do torneio será proveniente dos gastos públicos com a infra-estrutura. Este gasto pode ter efeitos de curto prazo, em termos de geração de empregos, mas a médio e longo prazo talvez isto não apresente benefícios concretos.

Respondendo a pergunta, quem ganha com a Copa é a Fifa. Enquanto o país sede fica com a maior parte dos gastos, a entidade que organiza o futebol mundial deve ter um custo estimado pela The Economist de menos de 300 milhões de dólares. Segundo a mesma revista, no artigo Who Profits most?, o lucro da Fifa na Alemanha foi de US$ 1,8 bilhão ou 0,7% do PIB da África do Sul.

Você acredita que em 2014 será diferente?

Os maiores bancos do Mundo


Pela capitalização

Fonte: The Economist

Os maiores bancos do Brasil


Fonte: The Economist

IFRS nas Pequenas e Médias Empresas

Primeiro, foram as grandes companhias. Agora, a exigência recai sobre as pequenas e médias empresas brasileiras, que passarão a divulgar seus dados contábeis de acordo com as normas do International Financial Reporting (IFRS), sistema já adotado por 120 países, que padroniza as informações sobre lucro real e balanço patrimonial.

Elaborado pelo International Accounting Standards Board (IASB), o IFRS teve a versão adaptada para a realidade financeira e tecnológica das PMEs e já é utilizado por mais de 100 milhões de empresas de pequeno porte em diversos países.

Sobre o tempo que as pequenas e médias empresas podem levar para adotarem as normas do IFRS, Nelson Machado, do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), órgão autônomo que reúne seis entidades do setor, esclarece que não haverá prazo legal. “Não precisamos criar prazos, simplesmente os bancos passarão a não aceitar mais propostas de financiamento sem apresentação dos dados contábeis de acordo com as normas do IFRS. Creio que as PMEs mais maduras começaram adotar rapidamente, mas imagino mais dificuldades e resistência nas micro empresas”.

“O IFRS não é apenas uma mola na forma de reportar as informações sobre a vida contábil das empresas. O sistema contém orientação ética adequada à vida financeira das mesmas. Entre as grandes, o IFRS não é apenas uma obrigação, mas também um requisito imperioso. O desafio, no entanto, é disseminar isso entre as pequenas e médias empresas”, afirmou o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho.

O banco declarou apoio à prática e promoveu um seminário destinado a esclarecer representantes das PMEs. Coutinho acrescentou que o IFRS nas PMEs representa um avanço no sistema empresarial brasileiro, combatendo diretamente a informalidade e auxiliando no desenvolvimento de alternativas de financiamento para as empresas.
Representante do IASB, o especialista em IFRS Paul Pacter admite que muitas companhias sequer compreendem a utilidade das normas contábeis. “Muitos olham aquele livro grosso e perguntam o que é. Digo que são normas de contabilidade que compreendem informações relevante sobre e para o mercado de capitais e explico que, nos últimos anos, tenho trabalhado com pequenas empresas de todo o mundo e o problema número um delas é não ter acesso a capital. Por outro lado, bancos dizem que não confiam nos extratos das empresas. Essa é a utilidade do IFRS para ambos os lados”, acrescentou.

Ressaltando o gargalo no conhecimento do IFRS por parte dos contabilistas e das instituições de ensino brasileiras, Vania Maria da Costa Brogeth, chefe do Departamento de Contabilidade do BNDES, informou que o banco está investindo em capacitação, que promoverá cursos para profissionais formados, contadores de escritórios em cidades do interior dos estados, alunos e professores.

“Por enquanto, começaremos com treinamentos na primeira semana de agosto. Teremos a presença do Paul Pacter e do Amaro Gomes, do IASB. As aulas serão em inglês, com tradução simultânea, mas com todo material de apoio em português. Sabemos que não temos como atingir a todos fazendo o curso apenas no Rio de Janeiro e não descartamos a possibilidade de ter um treinamento e-learning”, finalizou.

Membro da junta diretiva do IASB, Amaro Gomes, informou que dados do Sebrae, de 2002, apontam que há entre sete a nove milhões de PMEs no Brasil e destacou que o uso da contabilidade como instrumento de gestão pode colocar o País na linha de frente dos investimentos internacionais. “Estamos desenvolvendo o conjunto de normas seguindo não só o processo de discussão das partes interessadas, mas também buscando contribuições dos países. Nossa expectativa é que no médio prazo, consigamos alcançar 150 países com o IFRS”, declarou.

ADAPTAÇÃO. Pacter explica que a partir de 2005, países europeus passaram a exigir que todas as empresas listadas em bolsas divulgassem balanços patrimoniais utilizando as normas do IFRS. Foi o pontapé inicial para que outros países fizessem o mesmo. Com a disseminação entre as grandes companhias, o debate passou para as pequenas e médias empresas, que demonstravam preocupação com as adaptação dos padrões.

A partir do feedback recebido, em 2003, o IASB deu início ao projeto de organização das normas do IFRS para PMEs, que foi concluído em julho do ano passado. Com a revisão, a versão passou a ter menos de 300 itens, contra 3 mil do modelo completo. As normas foram reorganizadas por tópicos, com diversos princípios simplificados, de acordo com a necessidade e com a capacidade dos usuários de se adaptarem. A discussão entre os conselheiros do IASB foi norteada pela participação de representantes dos países interessados. Segundo ele, cerca de 99% das empresas de todo o mundo são possíveis de serem listadas como PMEs.

“Se juntarmos as 52 bolsas mundiais, teremos menos de 50 mil empresas listadas. A força está nas PMEs. Então, verificamos a necessidade de uma versão especial. Eliminamos mais de 90% dos itens da versão original, fizemos a versão e a tradução brasileira está em andamento. A cada três anos haverá uma reunião para verificar se é preciso alterar alguma regra, mas não podemos obrigar as empresas a adotarem o sistema, isso é responsabilidade dos governos”, conta.

Auditor-fiscal da Receita Federal, Luiz Eduardo de Oliveira Santos esclareceu que o IFRS não interfere na apresentação de dados para a Receita Federal. “A Receita não é empecilho para este processo de convergência, mas precisamos deixar claro que o IFRS não é a solução de todos os problemas das empresas. Se não houver clareza para a Receita, vamos fiscalizar da mesma forma”, advertiu.


Regras contábeis para as PMEs - Jornal do Commércio do Rio de Janeiro - 11 de maio de 2010

Divulgação das Demonstrações

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) colocou, nesta quinta-feira (13), em audiência pública minuta que altera a instrução de n°457/07 referente à elaboração e divulgação das demonstrações financeiras com base no padrão contábil internacional (IFRS).

De acordo com o órgão regulador, o objetivo da mudança é estabelecer que as informações consolidadas, que devem ser apresentadas a partir do exercício de 2010, sejam elaboradas com base nos pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC).

Na época da edição da instrução 457, o CPC não havia emitido o conjunto de pronunciamentos seguindo o padrão contábil internacional."Hoje, com a conclusão desse processo e com o compromisso do CPC e da CVM em manter atualizado esse conjunto de normas tornou-se possível fazer a presente alteração", afirmou a CVM em comunicado ao mercado.

Ainda de acordo com a instituição reguladora, a medida não interfere no processo de convergência integral da contabilidade brasileira às normas internacionais de contabilidade (IFRS).

CVM propõe alteração para IFRS – Financial Web – 13 de maio de 2010

Custo da Corrupção

De acordo com o relatório Corrupção: Custos Econômicos e Propostas de Combate, o custo com a corrupção representa entre 1,38% a 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB). (...)

O estudo também revela, citando informações da organização não governamental (ONG) Transparência Internacional, que o país conseguiu reduzir a corrupção, mas não foi suficiente para tirá-lo, em 2009, da 75ª colocação em um ranking de 180 países.

O relatório da Fiesp propõe como medidas de combate à corrupção uma reforma política que, entre outras coisas, estabeleça regras e procedimentos transparentes para o controle do financiamento de campanhas eleitorais; uma reforma do judiciário, com medidas que reduzam a percepção da impunidade e que punam mais rapidamente os casos de corrupção; uma reforma administrativa, que reduza as nomeações para cargos de confiança, o poder de barganha no jogo político e a captação de propinas nas estatais; além de reformas fiscal e tributária, que aumentem o controle sobre os gastos públicos e evitem o pagamento de propinas.


Corrupção no Brasil Custa até R$69,1 bilhões por ano – Brasil Econômico – 13 de maio de 2010.

13 maio 2010

Rir é o melhor remédio

Três cartoons. O primeiro, os parabéns para os formandos, direto para fila do desemprego. O segundo, sobre a nomeação de uma mulher para a Suprema Corte, mas originária de Harvard, como vários outros ministros. O terceiro, sobre o desastre ecológico da empresa BP e o personagem do desenho papa-léguas.






Teste #279

Um destes países possui a gasolina mais cara do mundo (US$1.98 por litro) e outro a gasolina mais barata (US$0.03 por litro):

Inglaterra
Turquemenistão
Uruguai

Resposta do Anterior: Custo de oportunidade. Fonte aqui

Links

ABN Amro admite que alterou documentos e irá pagar multa de 500 milhões de dólares de multa

O vídeo da partida final entre indiano Anand e o búlgaro Topalov, onde Anand manteve o título de campeão mundial de xadrez

A mudança no valor justo do passivo pelo Iasb 1

A mudança no valor justo do passivo pelo Iasb 2

Os mistérios da crise de 6 de maio

A dívida da Grécia e a dívida dos EUA http://www.ritholtz.com/blog/2010/05/debt-america-versus-greece/?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed:+TheBigPicture+(The+Big+Picture)

Al Gore

O ex-vice-presidente Al Gore comprou uma casa em Montecito, Califórnia, por 8,9 milhões de dólares. Montecito fica às margens do Pacífico, entre 15 a 55 metros acima do nível do mar.

Al Gore ficou mundialmente conhecido por um filme onde destacava o perigo do aquecimento global. Uma das conseqüências deste problema seria o aumento dos oceanos, em razão do derretimento do gelo dos pólos. As estimativas falam que os locais próximos ao nível do mar serão submersos. Algumas destas previsões citam 16 metros, mas as pessimistas falam em 282 metros acima do nível do mar.

Em outras palavras, Al Gore pagou por um imóvel que está na área de risco das previsões dos ambientalistas.

Na postagem Al Gore´s Revealed Beliefs duas hipóteses possíveis para o comportamento de Al Gore: ou ele é estúpido ou uma fraude.

12 maio 2010

Rir é o melhor remédio

ETA MINAS GERAIS!!!

Durante escavações no estado do Rio de Janeiro, arqueólogos
fluminenses descobriram, a 100 m de profundidade, vestígios de fios de cobre que datavam do ano 1000 d.C.Os cientistas cariocas concluíram que seus antepassados já dispunham de uma rede telefônica naquela época.

* *

Os paulistas, para não ficarem para trás, escavaram também seu subsolo, encontrando restos de fibras óticas a 200 m de profundidade./*
Após minuciosas análises, concluíram que elas tinham 2000 anos de
idade..Os cientistas paulistas concluíram, triunfantes, que seus antepassados já dispunham de uma rede digital a base de fibra ótica quando Jesus nasceu!/*


* *

Uma semana depois, em Belo Horizonte, foi publicado por cientistas
mineiros o seguinte estudo:

"Após escavações arqueológicas no subsolo de Contági, Betim, Barbacen, Passs-Quato, Jijifó, Sans Dumont, Pouso Alegre, Santantoin do Monte, Varginha, Nanuque, Águas Formosas, Moncarmelo, Carnerim, Lagoa Dorada, Sanjão Del Rei, Beraba, Berlândia, Belzonte, Bosta do Raguari,Divinópis,Pará de Mins, Furmiga, Vernador Valadars, Tiafloton, Piui, Carmo du Cajuru,Lagoa Santa, Morro do Ferro, PatdeMins, Biraci e diversas outras cidades mineiras, até uma profundidade de 500 metros, não foi encontrado absolutamente nada.. /*

Concluindo então que os antigos mineiros já dispunham há 5000 anos de uma rede de comunicações sem-fio: "wireless".

Nota dos arqueólogos: Por isso se pronuncia "UAI" reless.


(Enviado por Matias)

Teste #278

Neil Gaiman é muito conhecido entre os fãs de quadrinhos. Responsável por obras como Sandman, Gaiman recentemente foi questionado sobre como alguém poderia contratá-lo para uma palestra. Afirmando que cobra 45 mil dólares por palestra, Gaiman disse que é muito ocupado como escritor e aparições, em qualquer lugar, por um preço muito alto é uma forma de desencorajar as pessoas que querem retirá-lo daquilo que é mais relevante: escrever. Qual o conceito usado por Gaiman?


 

Resposta do Anterior: são 194 horas mensais por 36 meses ou 194 x 36 = 6.984 horas. R$200 milhões por este valor é igual a R$ 28.600, aproximadamente. Acha muito? É muito menos que a hora paga pelo governo, ou seja, pelos contribuintes, na propaganda eleitoral "gratuita".

Aventuras Públicas e Aventuras Privadas

Explorar os extremos da Terra – o Ártico, a Passagem Nordeste e o Pólo Norte - era o sonho dos aventureiros do século XIX e início do século XX. Este era o grande desafio para os heróis daqueles tempos. Entretanto, ao contrário da exploração da América na época do descobrimento, a terra gelada não apresentava nenhuma promessa de riqueza.

Assim, uma viagem ao Ártico teve muito mais interesse científico do que econômico, sendo um campo ideal para que uma expedição seja financiada por um governo mais benevolente. Mas algumas das aventuras realizadas no período foram financiadas pela iniciativa privada.

Em 2001, Jonathan Karpoff, da Universidade de Washington, publicou um interessante estudo sobre estas expedições ocorridas entre os anos de 1818 e 1909. Este estudo foi publicado no Journal of Political Economy e apresentou alguns resultados importantes. Karpoff comparou as viagens realizadas sob o financiamento do governo com aquelas que tinham dinheiro de empresários. O resultado mostrou que as viagens com o dinheiro público possuíam melhores navios e maiores pessoas envolvidas. Em termos contábeis, as aventuras com recursos públicos possuíam melhor financiamento. Assim, enquanto em média uma viagem com recursos de empresários tinha em média 17 pessoas, as expedições públicas tinham em torno de 70 pessoas.

Mas as aventuras com recursos governamentais tiveram uma taxa maior de problemas, seja no número de mortos de tripulantes, sejam em doenças ou em chance de perda de um navio. O resultado final também mostra que as expedições com recursos privados foram responsáveis pela maior parte do número de descobertas realizadas no período: cinco dos seis grandes achados.

Este melhor resultado deve-se, segundo Karpoff, a três razões. Em primeiro lugar, as aventuras governamentais geralmente funcionavam através de comitês e os fatores políticos tinham um papel nas decisões, inclusive na composição da tripulação. Uma segunda razão é que as expedições privadas possuíam uma melhor curva de aprendizagem, com reflexo na forma como as experiências anteriores eram incorporadas nas viagens. Terceiro lugar, os incentivos funcionavam melhor nas aventuras com recursos privados.

John Lott, em Freedomnomics (p. 130), ao comentar este artigo, afirma:

O mercado não é perfeito, claro. Mas o governo normalmente está muito mais distante da perfeição

Balanços das Limitadas

Uma sentença da Justiça Federal obrigou as sociedades limitadas de grande porte a publicar suas demonstrações financeiras em diário oficial e jornal de grande circulação. O juiz Djalma Moreira Gomes, da 25ª Vara Cível de São Paulo, julgou procedente o pedido da Associação Brasileira de Imprensas Oficiais (Abio) e declarou nulo o item 7 do Ofício-circular nº 99, de 2008, do Departamento Nacional de Registro do Comércio (DNRC), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. No documento, o órgão, ao interpretar a Lei nº 11.638, de 2007 - que alterou dispositivos da Lei das Sociedades Anônimas, a Lei nº 6.404, de 1976 -, tornou facultativa a publicação dos balanços. 

A questão surgiu com a Lei 11.638, que obrigava grandes empresas, abertas ou não, a evidenciar seus resultados. O mais relevante da notícia é que a causa foi apresenta não por entidades que deveriam defender os usuários da informação ou por profissionais, mas por uma associação que certamente está mais interessada nas receitas que serão geradas com esta publicação. É uma pena. (Fonte da notícia: Valor Econômico, via Contabilidade e Controladoria)

11 maio 2010

Rir é o melhor remédio

Roupas interessantes:


Fonte: aqui e aqui

Teste #277

Seja a seguinte notícia:


 

O bispo RR Soares, da Igreja Internacional da Graça de Deus, está fechando uma negociação de cerca de R$ 200 milhões com a RedeTV! Os programas do missionário, que já ocupam a madrugada e o final da tarde, terão em breve mais horários no canal. RR Soares esteve na semana passada na RedeTV! negociando a compra também da faixa das 13h às 14horas, tirando de lá produtos da Igreja Universal. Com isso, terá 194 horas mensais de programação na RedeTV!, fatia gorda (27%) das 720 horas mensais de um canal. Fontes do mercado garantem que, com a compra, a RedeTV! receberá cerca de R$ 70 milhões anuais do bispo, em um contrato de três anos.


 

Fonte: aqui 

Qual o custo da hora do contrato?


 

Resposta do Anterior: Chernobyl. Este acidente contaminou 50% da área de Ucrânia, demandou a evacuação de 200 mil pessoas e matou em torno de 125 mil pessoas, incluindo aquelas que morreram de câncer anos mais tarde. O custo estimado de 200 bilhões de dólares. Exxon Valdez teve um custo de 2,5 bilhões. Titanic, de 150 milhões. Fonte: aqui 

Valor justo para passivos

O Iasb acaba de lançar um comunicado sobre a questão da contabilização dos passivos financeiros pelo valor justo. Segundo o Iasb, a proposta atende a opinião de usuários sobre a volatilidade dos resultados em razão da adoção da mensuração pelo valor justo.

O Iasb usou o termo "contra-intuitivo" para referir a questão e afirmou que a adoção do valor justo não apresenta "informações úteis para os investidores".

O comunicado do Iasb é uma forma de reconhecimento das limitações do valor justo para mensurar os elementos patrimoniais, apesar do instituto ter afirmado que a proposta não muda sua posição com respeito a mensuração dos passivos.

A proposta do Iasb é que os ganhos e perdas dos passivos financeiros sejam considerados em "outros resultados abrangentes", não afetando o resultado reportado.

Links

Ilusão de ótica da American Scientific

Estudantes estudam menos nos dias de hoje

Vídeo: Neymar, Robinho e Ganso ao som de Beyoncé num comercial

Bafômetro para pedestres na Austrália

Os mais caros acidentes da história

Ser o primeiro

Por que alguém se apressaria para comprar um produto novo sabendo muito bem que ele estará mais barato, e provavelmente melhor, alguns meses depois?

Centenas de milhares de compradores do iPad agiram assim no mês passado. Steve Jobs, presidente da Apple, se gabou dizendo que, em apenas 28 dias após o lançamento, a Apple vendeu um milhão de aparelhos. Os compradores correram às lojas duas vezes mais rápido do que no caso do iPhone.

Uma dura lição sobre essa mania de querer ser o primeiro a comprar novidades tecnológicas foi aprendida pelos pioneiros do iPhone, em 2007. Eles pagaram US$ 600 pelo aparelho nos Estados Unidos. Dois meses depois, a Apple reduziu o preço para US$ 400. E depois, em junho de 2009, a empresa lançou uma nova versão do telefone, com o dobro da capacidade de armazenamento de dados, por um terço do preço original.

Mas como é que esses compradores afoitos justificam suas ações? Com frequência, eles dizem que conseguiram fazer um bom negócio.

Naturalmente, não é fácil para um consumidor saber o real valor de um produto. Alguns dias depois do lançamento do iPad ? que, na sua versão mais básica, custa US$ 500 nos Estados Unidos ?, os analistas da empresa de pesquisa de mercado iSuppli desmontaram o aparelho e calcularam o valor de suas peças em US$ 260. Essa é uma base para o preço. Ninguém espera que a Apple venda seu lançamento por um valor tão baixo ? ainda.

O primeiro comprador está em busca de uma espécie de limite do preço, e foi o que a Apple ofereceu. Quando anunciou a iminente venda da primeira série de iPads, a companhia disse que uma segunda leva seria lançada em breve ao custo de US$ 130. Mas a versão mais cara dessa nova série, que tem 64 gigabytes de memória e está conectada à rede de celular da AT&T, custa US$ 830. Isso dá ao consumidor uma referência, o que as empresas chamam de "âncora de preço". A estratégia ajuda a convencer as pessoas de que elas vão "economizar" comprando alguma coisa por menos de US$ 830.

Professores de Economia podem dizer que esse comportamento é irracional, mas isso não significa que trata-se de algo inútil. Aquelas pessoas que fazem fila para comprar novidades são responsáveis por passar informações importantes sobre o produto recém-lançado para outros consumidores, diz Jonah Berger, professor assistente de Marketing na Wharton School da Universidade da Pensilvânia.

Dam Ariely, professor de teoria econômica comportamental na Duke University e autor do livro The Upside of Irrationality (O Ápice da Irracionalidade), fez um estudo sobre as razões que levam os consumidores loucos por novidades a agir desse modo. "Não tem a ver com a análise de custo-benefício", diz ele. Está mais relacionado com a expressão da identidade dos consumidores.

Embora as pessoas ávidas para serem as primeiras não façam exatamente essa conta ? "pagaria US$ 100 pelo meu ego" ? elas estão pagando pela exibição de seus produtos novíssimos ou pela imagem de vanguardista.

Para Ariely, o reconhecimento público é importante. Alguns consumidores aceitam pagar mais caro por um carro Prius, cujos benefícios ecológicos podem ser discutíveis. Mas essas mesmas pessoas podem ser bem mais cautelosas na hora de comprar um novo sistema de isolamento térmico para a casa, reconhecidamente um dos melhores meios para economizar energia.

A lógica é mais ou menos essa: seus amigos vão vê-lo desfilando por aí num Prius. Mas ninguém vai ver as duas polegadas extras de R-38 no seu sótão.

A ansiedade de ser o primeiro - Por que milhares de consumidores se acotovelam em filas para comprar produtos recém-lançados que vão ficar mais baratos em poucos meses - THE NEW YORK TIMES 

Estado de São Paulo – 10 de maio de 2010 - / TRADUÇÃO DE TEREZINHA MARTINO 

10 maio 2010

Rir é o melhor remédio


Adaptado daqui

Teste #276

Em tempos de acidentes, qual o acidente mais caro da história? Exclui ataques terroristas ou desastres naturais.

Chernobyl
Exxon Valdez
Titanic

Resposta do Anterior: de crédito

Links

Uma análise da obra de Agatha Christie e a percepção do envelhecimento da autora

Dormir e viver mais

Cinema: criadores e revolucionários

Os benefícios duvidosos da inovação em Wall Street

Experimento para ver o que tem de informação num cartão de crédito

Transparência e risco


O gráfico mostra a relação entre a transparência e a remuneração dos títulos governamentais. O índice de transparência é uma aproximação para a percepção sobre a corrupção em cada país. Assim, Grécia e Itália seriam países mais corruptos que Suíça, Suécia ou Alemanha. No eixo vertical, a remuneração dos títulos governamentais. A relação entre as duas medidas é inversa. Isto significa dizer que países mais corruptos são países onde o governo paga mais na emissão dos títulos.

Dívida na Petrobrás

"Os esforços do governo para destravar o processo de capitalização da Petrobrás indicam a difícil equação com a qual a empresa terá que lidar nos próximos anos. Com uma dívida na casa dos R$ 100 bilhões, a estatal está prestes a atingir seu limite de endividamento. Sem a capitalização, dizem analistas, a empresa não terá condições de arcar com todos os investimentos anunciados, como o desenvolvimento do pré-sal e as novas refinarias.

A capitalização da Petrobrás esteve em pauta nos últimos dias, diante de medidas aprovadas pelo governo para agilizar o processo e de algumas reações negativas, que culminaram com o rebaixamento das ações da empresa pelos bancos JP Morgan e UBS.

Nos dois primeiros dias da semana, quando os rebaixamentos foram anunciados, as ações da companhia caíram quase 7,5%. Os papéis continuaram em queda, mas com forte influência da crise financeira global.

Mesmo com todas as dúvidas sobre o processo, é consenso no mercado que a Petrobrás conseguirá fazer algum tipo de capitalização, mesmo que os prazos políticos não permitam a aprovação do projeto de lei que prevê a venda de reservas do governo para a estatal, processo chamado de cessão onerosa. Há expectativas sobre um plano B, que seria a colocação de ações no mercado sem a cessão, em uma capitalização de menor porte.

"As únicas alternativas à capitalização seriam postergar investimentos ou vender ativos. Mas desinvestimento não faz parte da tradição da Petrobrás", diz o analista de petróleo do Banco do Brasil Investimentos, Nelson Rodrigues de Mattos.

O adiamento de alguns projetos não parece ser levado em conta pela companhia, que já anunciou investimentos entre US$ 200 bilhões e US$ 220 bilhões para os próximos cinco anos.

Tal orçamento é justamente a razão pela qual o governo pressiona pela capitalização. A Petrobrás fechou o ano de 2009 com uma dívida de R$ 100,329 bilhões, a maior de sua história, 55% superior ao registrado no fim de 2008.

Contribuíram para o crescimento da dívida uma série de empréstimos tomados durante o ano para garantir a manutenção dos investimentos quando todas as petroleiras anunciavam cortes por causa da queda dos preços do petróleo.

Empréstimos. Os dois maiores empréstimos foram tomados junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), de R$ 25 bilhões, e ao China Development Bank, de US$ 10 bilhões. No auge do pânico provocado pela crise, a companhia fechou ainda um financiamento de US$ 6,5 bilhões com um sindicato de bancos internacionais e obteve US$ 2 bilhões junto ao Eximbank dos EUA.

Ao fim do ano, a empresa apresentou uma taxa de alavancagem de 31%, a maior desde 2004, quando o petróleo oscilava na casa dos US$ 50 por barril.

A taxa de alavancagem é uma relação entre a dívida líquida (R$ 71 bilhões, descontado o dinheiro dos empréstimos que ainda não foi gasto, no caso da Petrobrás) e o patrimônio líquido. A política financeira da companhia impõe um teto de 35%, para manter o título de investment grade pelas agências classificadoras de risco.

Ou seja, há pouco espaço para novas captações sem comprometer essa política. E o último plano de investimentos, anunciado ainda em 2009, já previa uma situação apertada.

Com orçamento de US$ 174,4 bilhões, o plano contava com uma geração de caixa de US$ 148,6 bilhões e um caixa mínimo de US$ 5 bilhões. Para cumprir o planejado, a empresa teria que buscar no mercado pouco mais de US$ 30 bilhões.

Mantidas as premissas, portanto, terá que ampliar a previsão de financiamento para US$ 76 bilhões se quiser investir os US$ 220 bilhões anunciados para o novo plano de negócios no período entre 2010 e 2014.

Essa tarefa é impossível de ser cumprida sem comprometer o limite de alavancagem. Daí a pressão pela capitalização: além de obter recursos com a venda de ações, a empresa aumenta seu patrimônio líquido, ampliando a margem para novas captações.

Uma capitalização de R$ 50 bilhões, portanto, permitiria à companhia chegar a uma dívida líquida de quase R$ 100 bilhões, ou R$ 30 bilhões a mais do que tem hoje.

A Petrobrás evita falar em números, alegando que precisa calcular os investimentos futuros e o custo das reservas da cessão onerosa antes de divulgar o novo plano de investimentos. O mercado, porém, espera algum sinal na próxima sexta-feira, quando a empresa divulga seu balanço do primeiro trimestre.

De todo modo, embora vejam com bons olhos a capitalização, há críticas com relação à qualidade dos investimentos propostos. A questão foi citada no relatório do UBS, para quem a empresa "investe em áreas secundárias". "Há muita reticência no mercado quanto aos investimentos em novas refinarias, por exemplo. Os custos mencionados são altos e exportar combustíveis é normalmente menos racional do que fazê-lo com óleo", acrescenta o analista do BTG Pactual, Gustavo Gatass.

Petrobrás deve R$ 100 bilhões e precisa se capitalizar - Nicola Pamplona - O Estado de S.Paulo – 10 de maio de 2010



Sobre o assunto, veja a postagem O Caixa da Petrobrás, onde fizemos uma análise do volume de caixa da empresa.

09 maio 2010

Rir é o melhor remédio


Fonte: aqui

Comparação



A figura compara dois computadores da Apple. O primeiro, o Macintosh de 1984 que custaria hoje algo em torno de 5 mil dólares. O segundo, o atual Imac, que é vendido por algo em torno de 3,8 mil dólares. A diferença de preço é maior quando comparamos os desempenhos.

Este exemplo ilustra bem a dificuldade de lidar com o conceito de capital físico, em lugar do conceito de capital monetário. A diferença tecnológica entre os dois modelos mostra que a comparação deve levar em consideração também este aspecto.

07 maio 2010

Rir é o melhor remédio


Adaptado, daqui

Teste #275



O teste de hoje diz respeito a 16a. edição da revista Mônica, de 1971. Num gibi, Cebolinha negocia com a Fada dos Dentes a venda do seu "dente" de leite. A fada só tem um nota de $5 cruzeiros e o dente será "vendido" por Cebolinha por $1 cruzeiro. Ao final, a fada deixa a nota de cinco e diz que fica "com quatro dentes em haver". O termo "em haver" pode ser substituído por:


 

de crédito

de débito

de troco


 

Resposta do Anterior: 88%. Fonte: Almost all Fortune 500 companies show Zeus botnet activity


 

Links

Anatomia dos heróis em quadrinhos

As cem marcas mais valiosas

As escolas de negócios e a crise: mudanças nos MBAs

Iasb conclui ciclo anual de melhoria nas IFRs

O Contador Terrorista

Qual a profissão de  Faisal Shahzad, o paquistanês, naturalizado estadunidense, acusado de tentativa de atentado no carro bomba em Nova Iorque? Certo para quem respondeu C O N T A D O R. Ele estudou na universidade de Bridgeport, a partir do ano de 2000, e obteve diploma em ciências da computação. Ao mesmo tempo em que fazia um MBA, conseguiu emprego no grupo Elizabeth Arden, na função de contador. Trabalhou ali até junho de 2006, quando se tornou analista financeiro de outra empresa.

Sua esposa, Huma Mian, formou-se em...? C O N T A B I L I D A D E, na Universidade do Colorado.

Fonte: Faisal Shahzad: do sonho americano ao carro bomba. Isto é Dinheiro, AFP,

Susto no Mercado


Os mercados acionários levaram um susto. Aparentemente um operador do Citigroup trocou bilhões por milhões, com efeitos nas ações da Procter & Gamble:

Olhe para o gráfico de volume: o que você vê aqui é um grande bloco de negociação das acções da P & G em torno de 02:30, seguido de outro bloco de direita enorme antes que o mercado caiu. E então, nada. 

(...)Se o mercado fosse racional, poderia sem dificuldade a lidar com essas coisas. (...) Mas a maior lição é que, no curto prazo, um mercado podem falhar temporariamente.

(Felix Salomon – How a market Crashes? – 6 de maio de 2010

Pintura e Comida

A comida pintada por diversos artistas famosos ao longo do tempo, em quadros e murais que retratam a Última Ceia, desperta crescente interesse dos historiadores da alimentação. O estudo mais curioso foi divulgado no final de março, às vésperas da última Páscoa cristã, pela revista científica International Journal of Obesity, dos Estados Unidos. Os americanos Brian Wansink, diretor do laboratório de alimentos e marcas da Universidade de Cornell, e seu irmão Craig Wansink, professor de estudos religiosos da Universidade Wesleyan, da Virgínia, descobriram que o volume dos alimentos atribuídos à derradeira refeição de Jesus aumentou gradualmente entre os séculos 11 e 20. (...)

O Inflacionado Menu da Última Ceia – Dias Lopes – Estado de São Paulo – 6 de maio de 2010 – Caderno Paladar

Na Bíblia, Jesus nunca cometeu excessos na mesa. Pelo contrário, sua comida era frugal.

06 maio 2010

Rir é o melhor remédio


Fonte: aqui

Links

Moody´s pode rebaixar Portugal

Convergência na Colômbia (com vídeo e apresentação)

Como o mercado responde aos desastres das petroquímicas: perda de 12% meses após o acontecimento

A indústria da pornografia e a questão do copyright

Teste #274

O Trojan Zeus já infectou diversas empresas. segundo uma pesquisa da RSA's FraudAction Anti-Trojan, o percentual das 500 maiores empresas mundiais (Fortune 500) é de:

88%

64%

34%

Resposta do Anterior: 5,5 milhões de dólares. Fonte: aqui

A beleza é fundamental

Em 2005, um artigo publicado na revista Science mostrou que as pessoas conseguiam prever os candidatos vencedores nas eleições somente através da fotografia. Esta pesquisa chamou atenção para a importância da beleza em situações como a política. Agora, uma nova pesquisa, realizada por John Graham, Campbell Harvey e Manju Puri, A Corporate Beauty Contest (Concurso de Beleza Corporativo) mostra que os traços faciais são importantes nas empresas. Conduzindo diversos experimentos com fotografias de executivos de diversas empresas, os autores encontraram algumas coisas interessantes.

Os executivos de grandes empresas parecem mais competentes e simpáticos que aqueles de pequenas empresas. Em outro experimento, os autores encontraram que os executivos que parecem mais competentes são recompensados na sua remuneração. Outra descoberta interessante é que os rostos mais "maduros" são aqueles executivos considerados mais "competentes". Além disto, pessoas com "cara de bebê" também causam boa impressão.

Mas na prática, a "competência" facial possui pouca vinculação com a competência efetiva, medida por desempenho financeiro.

Telebrás

O governo federal anunciou que o Estado está voltando a investir na área de telefonia. As notícias mostram que a decisão não foi tomada pensando no bolso do contribuinte ou nos usuários do serviço público. Mas a razão foi provavelmente ideológica.

Etevaldo Siqueira, especialista na área, mostra que o governo enrolou durante sete anos a definição de uma política de banda larga. Mas a decisão deve enfrentar questionamentos legais e insegurança institucional por parte dos investidores.

Uma conseqüência da notícia foi o aumento no preço da ação da empresa. A previsão é obter 5,7 bilhões em dez anos, com Ebitda anunciado por um burocrata de 51% (Aqui um comentário: o Ebitda é uma medida em unidades monetárias).

Será viável o investimento para o governo? Fazendo um exercício simplista de rentabilidade, vamos admitir que o investimento seja todo realizado no ano inicial (isto não é verdade, provavelmente serão três anos, segundo as notícias). Vamos considerar também que o retorno de 5,7 bilhões seja distribuído igualmente entre os dez anos. Esta suposição também não é muito verdadeira, pois geralmente o retorno de um projeto ocorre mais fortemente nos últimos anos. Além disto, estamos supondo que não haverá nenhum avanço tecnológico que poderia destruir o negócio do governo. E que o governo resista a tentação de não usar a prestação do serviço para fins eleitoreiros ou como cabide de empregos.

Analisando sob esta forma, temos um retorno anual de 12% (taxa interna de retorno), o que afasta do fantástico negócio anunciado pelo governo. Provavelmente o negócio mais lucrativo foi para aqueles que compraram as ações da empresa antes do anúncio.

Ao leitor do blog é importante enfatizar: R$32,00 é o preço que iremos pagar por esta aventura.

Concentração de renda


O gráfico mostra a evolução da concentração de renda em diferentes países, entre a década de 50 do século passado até os dias atuais. O Brasil, cuja concentração de renda aumentou no período do milagre econômico, persiste com elevado índice de Gini. Mas atualmente ocorreu uma redução, para próximo a 0,5. A China também aparece com elevada concentração de renda.

Bulgária versus Índia 2

Continua o desafio entre o bulgário Topalov e o indiano Anand para saber que é o campeão mundial de xadrez. Na partida de número 7, Topalov, em desvantagem no placar, fez os primeiros 15 lances em 3 minutos, incluindo um sacrifício de uma peça no nono lance. Isto é algo espantoso, pois cada jogador possui duas horas para fazer os quarenta primeiros lances. O indiano Anand levou muito tempo para analisar os lances, mas conseguiu controlar os nervos e o tempo. O jogo terminou num empate em pouco mais de cinqüenta lances.

Na partida seguinte, Topalov jogando de brancas construiu uma vantagem de posição que levou a uma vitória. O placar agora está empatado, já que cada um possui duas vitórias, com quatro empates. Faltam quatro partidas, sendo a nona iniciando hoje – dia 6 de maio – as 9 horas de Brasília. O novo campeão mundial será aquele que conseguir 6,5 pontos no mínimo: uma vitória vale um ponto, um empate meio e a derrota zero.

Duas curiosidades: (1) uma das partidas do match teve que ser interrompida por falta de energia elétrica no Clube Militar de Belgrado, onde ocorrem os jogos; (2) há alguns dias morreu o dirigente filipino Carpomanes, que ficou famoso por beneficiar Karpov no match contra Kasparov, na década de oitenta.

05 maio 2010

Rir é o melhor remédio


Adaptado, daqui

Situação econômica do Brasil

Em um artigo intitulado precisamente assim (Latin swagger). o jornal avalia a maré de boas notícias econômicas sobre a região e, em especial, sobre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, escolhido pela revista americana "Time" na semana passada como o primeiro de uma lista de personalidades mais influentes do mundo.

Embora reconheça que haja motivos reais para celebrar sua situação econômica, o "Financial Times" faz uma alerta para o que chama de "complacência" latino-americana, e brasileira em especial, em relação ao seu próprio futuro.

"O maior perigo financeiro que a América Latina enfrenta agora é a complacência, especialmente no Brasil", diz o jornal. "As piores quedas normalmente ocorrem justo quando se está cantando de galo."

A argumentação do jornal é a de que a região contou com uma boa dose de "sorte" na última década. (1)

Primeiro porque, calejados por crises anteriores, os bancos latino-americanos preferiram olhar para o mercado interno e evitar embarcar no risco de se expor aos empréstimos do tipo "subprime", que terminaram contaminando as economias mais avançadas.

Além disso, diz o editorial, a demanda por commodities na Ásia puxou as economias latino-americanas mesmo durante a tempestade econômica nos países ricos. (2)

Por fim, argumenta o "FT", as baixas taxas de juros americanas, próxima do zero, fizeram a região receber um influxo de recursos em busca de retorno mais alto.

"Qualquer um desses fatores sozinhos seria capaz de sustentar um boom. Mas a América Latina está desfrutando de todos ao mesmo tempo. Como alertou o Fundo Monetário Internacional (FMI), se trata de uma bonança sem precedentes."

Para o "FT", os países da região devem procurar olhar para além da bonança e tomar medidas como evitar a apreciação exagerada do câmbio - o jornal menciona especificamente o Brasil e a Colômbia - e investir em obras de longo prazo, como no setor de infraestrutura. (3)

"Ainda assim, pode haver um excesso de capital", avalia o editorial. "O crédito brasileiro tem saltado a uma taxa de 47% e os preços de imóveis no Rio de Janeiro têm subido cerca de 50% ao ano."

Para o diário, esses são "apenas dois sinais de alertas de uma dor-de-cabeça pós-boom que ainda está por vir".

Financial Times alerta para 'fanfarronice' em recuperação econômica do Brasil - Estado de São Paulo - 5/5/2010

Para jornal britânico, situação econômica da América Latina é positiva, mas é preciso evitar 'cantar de galo'.

BBC Brasil  BBC


 

1 – Esta afirmação está correta. Mas ocorreu melhorias nas políticas econômicas também.

2 – A base de exportação do Brasil hoje são os produtos primários.

3 – Adiciono a questão da política fiscal, que aumentou de forma exagerada as despesas.

Efeito da titulação

Os pressupostos da teoria do capital humano estabelecem que as pessoas se educam e que o principal efeito da educação é a mudança que ela provoca nas habilidades e conhecimentos de quem estuda. A consequência prevista é uma melhora no nível de renda, na qualidade de vida e nas oportunidades profissionais e sociais. Tendo por base esse arcabouço teórico, o propósito desta pesquisa foi identificar e analisar as avaliações e percepções dos doutores em Ciências Contábeis, titulados pela FEA/USP, sobre as influências do doutorado nos seus desenvolvimentos e nas suas responsabilidades sociais. Os achados da pesquisa confirmaram as expectativas, explicações e previsões da teoria. Na percepção dos egressos, os 19 fatores possíveis de serem alterados que lhes foram apresentados, foram substancialmente influenciados com a titulação. Os resultados evidenciam que o Doutorado em Ciências Contábeis tem encontrado sua principal clientela entre homens casados que desenvolvem suas atividades no mercado. Titulam-se, em média, aos 42 anos e, ao ingressarem, buscavam seguir ou aprimorar a carreira de pesquisador, além da obtenção de melhor nível de renda. E, nesse último ponto, alcançaram pleno êxito. Os efeitos da titulação sobre os rendimentos são bastante acentuados.


Doutores em Ciências Contábeis: Análise sob a Óptica da Teoria do Capital Humano
Jacqueline Veneroso Alves da Cunha - Edgard Bruno Cornachione Junior - Gilberto de Andrade Martins - Art. #8, pp. 532-557

04 maio 2010

Rir é o melhor remédio


Adaptado daqui

Teste #273

As finanças pessoais é algo sério em alguns países do mundo. E sua divulgação é algo corriqueiro também. Em 2009, por exemplo, o presidente Obama obteve receitas principalmente através da venda de livros (o prêmio Nobel foi doado). Em dólares, a receita do presidente dos EUA foi de:

um pouco acima de 3 milhões de dólares

um pouco acima de 5 milhões de dólares

um pouco acima de 15 milhões de dólares


 

Resposta do Anterior: Petrobrás. Fonte, aqui 

Links

Um gráfico com os melhores restaurantes do mundo, incluindo o paulista D.O.M.

O impacto das normas internacionais depende da empresa

A implantação das normas internacionais de contabilidade

Benefícios da pirataria

Mito do valor justo e a crise

O efeito da mudança do clima nas exportações dos países pobres

Valor de Mercado

Um leitor pergunta:

Gostaria de saber qual é o conceito de valor de mercado de um bem ou serviço e como determiná-lo

A resposta é um “depende”. Alguns itens são possíveis de obter o valor de mercado facilmente. É o caso da grama de ouro, onde a cotação diária é divulgada nos jornais.

Outros, a obtenção do valor de mercado pode ser um pouco mais complexa. É o caso de um automóvel. Sabendo o modelo, é possível abrir as tabelas de mercado, onde são apresentados os valores máximos e mínimos.

Mas existem bens e serviços onde a determinação do valor de mercado é muito mais complexa. Por exemplo, qual o valor da hora de trabalho de um contador? A resposta depende da qualificação do trabalho.

03 maio 2010

Futebol e Ativo

"Presidente do Santos promete até o segundo semestre encaminhar à CVM a proposta para constituição de um fundo de investimentos no qual o investidor lucra com a valorização dos jogadores." (Mais do que craques, meninos podem virar ativos da Vila – Elaine Cotta e Regiane Oliveira – Colaborou Mariana Segala – 3 de maio de 2010 – Brasil Econômico)

A proposta é lançar uma Sociedade de Propósito Específico (SPE). A SPE capta recursos num grupo restrito de investidores, sem lançamento de ações. O Santos contratou a KMPG, o Santander e o Itaú BBA. Um dos entrevistados pelo jornal afirma que a legislação brasileira não permite que constitua um fundo para administrar compra e venda de ativo humano.

"A advogada do escritório Mattos Filho, Marina Procknor, diz que juridicamente são duas as formas de montar fundos que invistam em jogadores de futebol. Uma delas é o fundo de participações, ou FIP, mesma estrutura utilizada pelas companhias de private equity.

Neste caso, uma empresa detém os direitos econômicos dos jogadores e do outro, o fundo compra fatias dessa empresa. Esta, por exemplo, foi a estrutura adotada para a constituição do fundo Soccer BR 1, do banco BMG, que já fez duas captações privadas, mas ainda não foi aberto à aplicação do público em geral. Ele terá investimento inicial de R$ 1 milhão.

A outra alternativa é aplicar nos jogadores por meio de fundos de investimento em direitos creditórios (FIDC). Neste caso, a carteira compra os recebíveis da negociação dos jogadores - ou seja, adquire o direito de receber, no futuro, parte da receita que virá da venda dos atletas."

Uma curiosidade: a reportagem é assinada por três jornalistas (feminino). No Congresso USP um artigo sobre futebol também teve a autoria de pesquisadoras (feminino).