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22 outubro 2011

Inquérito sobre PanAmericano mostra doações ocultas a partidos

Entre as peças mais explosivas do inquérito da Polícia Federal que apura o socorro ao PanAmericano, está um relatório de auditoria sobre “doações ocultas a partidos políticos”, informa o “Painel”, editado por Renata Lo Prete, e publicado na Folha.

Os investigadores alimentaram essa pasta com e-mails em que executivos do banco falam abertamente de negócios fechados e em tratativas com lideranças dos três maiores partidos do país: PT, PMDB e PSDB.

Numa das mensagens, de 2009, Guilherme Stoliar, sobrinho e braço-direito de Silvio Santos, afirma que o tio “ficou de boca aberta” ao saber dele quais eram “os amigos” que ajudariam a concretizar a venda de parte do banco à Caixa Econômica Federal.

Os e-mails em poder da PF revelam, também, que o PanAmericano estava preparado para bater à porta do Banco do Brasil caso a transação com a Caixa, selada no final de 2009, não tivesse sido concretizada.

Em novembro de 2010, menos de um ano após a aquisição, veio à tona um rombo de R$ 2,5 bilhões –mais tarde recalculado para R$ 4,3 bilhões–nas contas do banco de Silvio Santos.

O escândalo foi um dos motivos que levaram à troca de quase todo o primeiro escalão da Caixa na passagem do governo Lula para Dilma.

O inquérito da PF sobre o socorro ao PanAmericano revela que Luiz Gushiken manteve contato direto e frequente com o então presidente do banco tanto em 2009, quando este teve 49% de seu controle adquirido pela Caixa Econômica Federal, como em 2010, quando veio à tona o rombo de R$ 4,3 bilhões na instituição criada por Silvio Santos, informa o “Painel”, editado por Renata Lo Prete, e publicado na Folha.

Entre os e-mails reproduzidos na peça policial, há um intitulado “igrejas evangélicas”, no qual o ex-ministro de Lula pede a Rafael Palladino que as “reuniões de fechamento” com a 1ª Igreja do Evangelho Quadrangular de Paulínia e “outras congêneres” ocorram somente com sua “anuência” e “participação”.

Gushiken pretendia, segundo suas palavras, “evitar o by passe (sic)”. O e-mail é de junho de 2010, cinco meses antes da quebra do banco. Embora tenha recebido respostas reasseguradoras, o petista voltou a escrever a Palladino em julho para se queixar: “Pergunto-lhe por que razão estou excluído das tratativas”. O contexto da conversa sugere que se trate de contratos de crédito consignado.

O ex-titular da Secom, que mesmo depois de deixar o governo no rastro do mensalão manteve influência sobre fundos de pensão, prestou ao PanAmericano uma consultoria em bases jamais esclarecidas. Em e-mail de março de 2009, Palladino pede a subordinados a compra de um “brinde para o sr. Luiz Gushiken”.

O “Painel” não conseguiu falar ontem com Gushiken, que está em tratamento quimioterápico.

Fonte: Folha de S. Paulo

Doutorado e pós doutorado na Suécia


A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) divulga nesta sexta-feira, 21, o primeiro edital firmado entre a Capes e a Swedish Foundation for International Cooperation in Research and Higher Education (STINT) para a cooperação acadêmica e científica entre grupos de pesquisa brasileiros e suecos.

O programa, que é fruto do acordo assinado entre a Capes e a STINT, em 17 de maio de 2011, tem como objetivo apoiar o desenvolvimento de projetos conjuntos de pesquisa e a mobilidade de pesquisadores e de estudantes de doutorado e pós-doutorado em todas as áreas do conhecimento.

Os grupos interessados deverão submeter seus projetos conjuntos de pesquisa até o dia 30 de novembro, por meio do site da Capes. Cada proposta deverá planejar suas atividades considerando a duração de dois anos, podendo ser prorrogada por igual período, conforme critérios das agências financiadoras.

O apoio financeiro consistirá no custeio de missões de trabalho, que consistem em viagens de curta duração para o coordenador do projeto; em missões de estudo, que são bolsas de estudo no exterior a fim de desenvolverem atividades letivas e/ou de pesquisa em área de interesse do projeto, além de recursos de custeio.

O início das atividades dos projetos está previsto para maio de 2012.

Fonte: Capes


21 outubro 2011

Rir é o melhor remédio

Fonte: aqui

O dragão está aprendendo a voar?

O progresso econômico da China, ao longo das últimas três décadas, tem sido amplamente creditado a capacidade de produzir bens manufaturados com baixo custo, com base na disponibilidade de mão-de-obra barata e economias de escala, não obstante, ainda é muito dependente de tecnologias de produção estrangeira. A capacidade chinesa de avanço tecnológico era prejudicado pela fraca proteção dos direitos de propriedade .

Recentemente, no entanto, há evidências que a China está avançando rapidamente em termos de inovação científica e tecnológica. Por exemplo, o número de registros de patentes nacionais cresceu a uma taxa anual de 35% entre 1999 e 2006,de 15.600 para 122.000 . No entanto, as razões por trás desta explosão de patentes não são tão claras. Veja a evolução:

The Chinese patent explosion at home and abroad: Patent filings by Chinese residents (in thousands of patents)

Data source: WIPO Statistics Database, January 2011.

Os autores do working paper, "Is the dragon learning to fly? An analysis of the Chinese patent explosion", analisaram as questões supracitadas. Segundo eles, as razões para o aumento do número de patentes são: a maior proteção ao direito de propriedade, incentivos governamentais para investimentos em pesquisa e desenvolvimento, e transferência de tecnologia estrangeira. Contudo, será que a China deixará de copiar tecnologia para ser um país genuinamente inovador?

Evidências sugerem que a maior parte da inovação na China é de natureza meramente incremental e, portanto, não há a criação substantiva de novas tecnologias. Assim, a grande preocupação é que, o forte aumento nos registros de patentes chinesas são dominadas por invenções de baixa qualidade, que não são novidades para o mundo. Isso ocorre, pois os incentivos criados pelo governo chinês estimulam diretamente o registro de patentes, o ideal seria de modo indireto através do estimulo a inovação.

O que está por trás da explosão do número de patentes? Para responder a essa questão, os autores dividiram 20.000 indústrias registradas na China, em dois grupos: as que registram a propiedade intelectual no SIPO(State Intellectual Property Office of China) e no USPTO (US Patent and Trademark Office).

Os resultados mostram que empresas da indústria de comunicação e tecnologia da informação são os maiores responsáveis pela aumento das patentes, com uma concentração,consideravelmente maior de registros no USPTO que no SIPO. No entanto, as patentes estão concentradas em um setor limitado da indústria e mesmo assim são realizadas por poucos. Observe na tabela abaixo que a concentração de patentes registradas no USPTO, está na mão 10 empresas, que respondem por 85% de todos os registros de indústrias chinesas nos EUA. Adicionalmente, dentre as dez, 3 pertencem ao grupo Foxconn.

Top 10 companies in China patenting with USPTO (1985-2006)
Rank
Company
# of Patents
Share
Industry Affiliation
1
Hongfujin Precision Industry (Foxconn)
513
26.42%
Electronic computer (404)
2
Huawei Technology
399
20.55%
Communications equipment (401)
3
Fuzhun Precision Industry (Foxconn)
215
11.07%
Electronic computer (404)
4
China Petroleum Chemical (Sinopec)
161
8.29%
Crude Petroleum and Natural Gas Exploration (079)
5
Semiconductor Manufacturing International
126
6.49%
Electronic apparatus (405)
6
Futaihong Precision Industry (Foxconn)
100
5.15%
Communications equipment (401)
7
ZTE
61
3.14%
Communications equipment (401)
8
Lenovo
38
1.96%
Electronic computer (404)
9
BYD
33
1.70%
Automobiles (372)
10
China International Marine Containers
18
0.93%
Containers and metallic packages (343)

Other
278
14.32%


Total
1,942
100.00%


Notes: Share indicates the proportion of total USPTO patents filed by our sample of 20,000 manufacturing firms between 1985 and 2006. Chinese GB/T 3 digit industry codes are indicated in brackets.


O estudo mostra que, em determinados nichos, algumas empresas chinesas parecem ser verdadeiramente inovadoras. No entanto, essas são poucas, e algumas das mais ativas são de capital estrangeiro. Portanto,a grande maioria é propensa a se concentrar na inovação incremental, em vez de a geração substantiva de novas tecnologias. Assim, ao contrário de outras economias asiáticas bem sucedidas em inovação tecnológica,a possibilidade da China inovar de forma genuína ainda é pequena.

Basileia III

O Brasil abrirá consulta pública até o fim do ano para por em prática os novos padrões de capital e liquidez de instituições financeiras, pelo chamado Acordo de Basileia 3, que exigirá esforço adicional dos bancos.

O Comitê de Basileia de Supervisão Bancária (CBSB) publicou ontem o estado da implementação de Basileia 3 e mostrou que o Brasil está em linha com outros países. Somente a União Europeia já publicou os detalhes de mudanças importantes na regulamentação bancária, com impacto nas atividades e comportamento do setor financeiro. Já Canadá e Japão deixarão o trabalho para 2013.

A consulta pública no Brasil poderá ter prazo de 60 dias e já será quase uma minuta de resolução detalhada. As recomendações de Basileia 3 visam melhorar a capacidade das instituições financeiras de absorver choques, reduzindo a severidade de futuras crises bancárias e efeitos negativos sobre toda a economia.

O Banco Central do Brasil já avisou que antecipará algumas regras. Aplicará certos ajustes regulatórios a partir de junho de 2012 para melhorar a qualidade do capital dos bancos, enquanto o Acordo de Basileia estabelece 2014.

Alguns ativos que podem ter valor muito depreciado em momentos de crise, como ágios e créditos tributários, vão começar a ser deduzidos do capital principal do banco em julho de 2012, inicialmente numa proporção de 20%, até chegar aos 100% em 2018.

Além disso, o BC exigirá a adoção gradual de capital contracíclico a partir de janeiro de 2014, também dois anos antes do previsto por Basileia 3. Começará com exigência adicional de capital de 0,625% até alcançar o nível de 2,5% em 2019.

A consulta pública no Brasil deve trazer detalhes sobre a penalização para o banco que não cumprir as regras sobre os colchões de capital. O banco faltoso não poderá distribuir dividendos e pagar bônus, até que cumpra os níveis de colchão de capital (de conservação e contracíclico), como prevê o Acordo de Basileia 3.

As regras prudenciais no Brasil são mais conservadoras do que o padrão internacional. O BC tem reiterado que as novas regras vão exigir ‘algum tipo de adaptação’ para os bancos reforçarem a base de capital, mas menor do que o que será exigido dos bancos dos outros países.

A União Europeia, em plena crise da dívida soberana, calcula que os mais de 8 mil bancos e firmas de investimento operando na Europa, representando 53% do total mundial, vão precisar levantar € 460 bilhões de capital de melhor qualidade para se enquadrarem nas novas regras de Basileia 3 até 2019.

Com seus bancos em situação combalida, a UE quer ir além das recomendações do acordo global. Planeja introduzir sanções mais severas para quem violar as regras de capital. As multas poderão chegar a 10% da receita anual de um banco, ou interdição temporária para executivos das instituições. Incluiu também reforço de governança corporativa, o que outros países fazem em normas separadas.

Para o diretor-geral do Banco Internacional de Compensações (BIS), Jaime Caruana, os novos padrões de Basileia 3 serão “duros”, mas necessários para enfrentar futuras turbulências, e rejeita conclamações de bancos para adiar a implementação de algumas exigências no cenário atual.

“O próximo passo é colocar as regras em prática. Para vários bancos, a implementação de Basileia 3 terá barreiras importantes. As regras de capital e liquidez são desenhadas para reforçar de maneira importante o capital do banco e a gestão dos riscos.”

Ele lembrou que os bancos precisam atrair novo capital, preservar o existente limitando o pagamento de dividendos e bônus e realizar ganhos de eficiência. “Não são apenas os reguladores que estão pedindo por essas mudanças, é o mercado mesmo que está levando os bancos a fazer mais, e mais rápido, nessas frentes”, afirmou em discurso em Lisboa.

Ontem, o Conselho de Estabilidade Financeira (FSB, na sigla em inglês) anunciou que os reguladores globais vão rever anualmente se as regras do setor financeiro acertadas no G-20 estão sendo aplicadas. As áreas prioritárias para monitoramento incluem as exigências de capital mínimo para os bancos e remuneração para os executivos de bancos, além de medidas para controlar os bancos paralelos (“shadow banks”) e os derivativos de balcão.

Fonte: Assis Moreira, Valor Economico

Ambiente de negócios

Apenas 57 países têm ambiente para negócios pior do que o Brasil, afirma estudo anual do Banco Mundial lançado nesta quinta-feira. O país é o 126º dos 183 avaliados no relatório "Doing Business 2012" (Fazendo negócios em 2012) - queda de seis posições.

O relatório elogia o país por ter "melhorado o sistema de informação sobre crédito ao permitir que agências privadas coletem e divulguem dados positivos", o cadastro positivo, lei que cria uma lista de bons pagadores que ajuda empresas e instituições financeiras a decidirem a quem emprestar dinheiro.

Ainda assim, o Brasil tem um dos piores ambientes da América Latina: enquanto o Chile ficou em 39º, o México, em 53º, e a Argentina, em 113º, superamos apenas vizinhos politicamente instáveis, como Honduras, Equador, Bolívia e Venezuela (o país de Hugo Chávez é o 177º).

Na conta do Banco Mundial, estão na Ásia os países com melhor ambiente para negócios hoje: Cingapura lidera o ranking, seguida por Hong Kong e a ex-comunista China (Nova Zelândia, EUA e Dinamarca vêm em seguida).

O índice é calculado com base em dez indicadores, como facilidade em abrir um novo negócio e índices de inadimplência, além de questões práticas, como obter uma conexão elétrica.


Fonte:Folha


Basileia III e a contabilização de crédito tributário

As regras de adaptação dos bancos brasileiros ao Acordo de Basileia 3 devem trazer algumas possibilidades mais maleáveis de contabilização dos créditos tributários como capital.

Até o fim do ano, conforme antecipado pelo Valor na edição de hoje, o Banco Central colocará em audiência pública os termos de adequação das instituições no Brasil às novas exigências de capital e liquidez.

Segundo Sérgio Odilon dos Anjos, chefe do Departamento de Normas do Banco Central, o uso do crédito tributário está em estudo internacionalmente neste momento. Isso porque, para muitos países, os créditos tributários têm uma importância muito grande na contabilização do capital.

Esse é o caso, por exemplo, de Brasil, Itália e Suíça. “Está claro que não podemos nos afastar do conceito internacional, mas não se pode afrouxar para não existir arbitragem dos bancos entre os países”, disse Odilon, que participou de seminário sobre gestão de risco em São Paulo.

Com as maiores exigências de capital vindas do Acordo de Basileia 3, os bancos brasileiros também devem passar a contar com novas ferramentas de captação. De acordo com Odilon, o BC permitirá o uso de instrumentos híbridos de capital, como papéis conversíveis ou títulos de dívida perpétuos. Essa possibilidade, porém, não será aberta a todos os tipos de instituição, segundo o chefe do Banco Central.

A colocação em audiência pública do edital com as regras de Basileia 3 já neste ano tem por objetivo dar um maior prazo de adequação às instituições financeiras no Brasil. “Quanto antes colocarmos as regras na rua, há mais previsão para os bancos se programarem”, afirmou Odilon. No mundo todo, os bancos têm até 2019 para se adaptar às normas de Basileia 3.

Fonte: Carolina Mandl - Valor Economico

20 outubro 2011

Rir é o melhor remédio



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Lista


Países com mais reatores nucleares

As cinquentas comidas mais deliciosas do mundo - não tem nenhum prato brasileiro

Comportamento

Lo: Existe uma teoria do comportamento humano?

Prêmio: em dinheiro ou em ativo tangível? O que é melhor?

Custo do salva-vida, o contribuinte e a propensão ao risco

Cotas para os feios também

Mercado

Transação ultra-rápida chega a bolsa

Citibank paga para encerrar processo

O significado da taxa livre de risco (Rf)

BC reduz taxa de juros

Teste 528


Um dos grandes problemas na área financeira é determinar se um produto está caro ou não. Em certos setores do serviço público isto é mais difícil, já que estamos falando de produtos que não possuem substitutos.

É o caso, por exemplo, da construção de um caça sob encomenda para as forças armadas. O teste de hoje é sobre isto.

Em 1965 um caça F4E Phantom II custava 2,4 milhões de dólares. Um caça F-35A Lightning II, o mais moderno (foto), custa 122 milhões de dólares. A questão relevante para o gestor público é determinar se o valor do avião militar novo está razoável ou não.

Duas maneiras: fazendo o ajuste da inflação, sendo que a comparação será feita com os valores reais ou usando uma medida proporcional. Para este segundo caso, o preço sobre o tamanho da economia pode ser uma alternativa.

Suponha que o índice de preços ao consumidor em 1965 fosse igual a 100, em 2010 seria igual a 683,65. Com base neste valor, o avião F4 é mais caro ou mais barato que o F35?

Considere que o PIB dos Estados Unidos em 1965 era de 747,5 bilhões. Em 2010 era de 15012,8 bilhões. Faça os cálculos para determinar se o F4 é mais caro em relação ao PIB.

Resposta do Anterior: Caixa Dois

Contador e Finanças Comportamentais


Recentemente terminei de ler o livro Pense Duas Vezes, de Michael Mauboussin (Best Business, 2011). Talvez pelo por não esperar muito da obra, foi uma surpresa agradável sua leitura. Este é um livro de finanças comportamentais e poderia ser indicado para os iniciados da área.

Veja o seguinte trecho:

Muitas decisões ruins resultam de incentivos inadequados em vez de erros. Os vieses que acompanham os incentivos, em geral, são subconscientes. Max Bazerman, professor na Harvard Business School que estuda o processo decisório, e alguns pesquisadores pediram a mais de cem contadores que revisassem cinco vinhetas contábeis ambíguas e que julgassem a contabilidade em cada uma. Metade dos contadores foi informada que tinha sido contrata pela empresa e o restante foi informado que havia sido contratados por um outra empresa. Quem desempenho o papel de auditor da empresa tinha 30% mais chances de achar que as opções estavam de acordo com os princípios contábeis, sugerindo que mesmo uma relação hipotética com a empresa afetara o julgamento. Os pesquisadores escreveram: “Talvez a característica mais notável dos processo psicológicos em ação nos casos de conflito de interesse é que eles podem ocorrer sem qualquer intenção consciente de favorecer a corrupção.” Os incentivos são um fato que contribui muito para a visão de túnel. 

Ou seja, quando um auditor comete um erro no seu parecer, talvez não seja um erro deliberado, mas uma tendência natural dos indivíduos a defenderem o ponto de vista da empresa para o qual foi contratado.

Desempenho dos índices de ações

A tabela ao lado apresenta o desempenho médio das cotações de ações dos mais importantes índices acionários de 78 países no ano de 2011. É interessante notar que os BRICs estão com uma performance ruim. No entanto, países como Venezuela, Botswana, Jamaica e Equador obtiveram os melhores resultados até o momento.Por outro lado, os índices da Grécia e Ucrânia têm a pior performance com quedas respectivas de 45,15% e 46,93%.

O Reino Unido ocupa o segundo lugar dos países do G7 com um declínio de 7,35%, seguido por Canadá (-10,13%) e Alemanha (-13,70%).Com uma queda de 19,25%, a Itália é o tem o pior desempenho dentro desse grupo.Em primeiro lugar no G7, o S&P 500(EUA) teve uma queda de 2,63% até o momento.

Teste CPA no Brasil

Segundo informação do Going Concern, a partir de 2012 os testes CPA poderão ser feitos no Brasil. Este teste é mantido pela AICPA e administrado pela NASBA. O teste inclui conhecimentos de direito comercial, auditoria e contabilidade financeira. Em termos de horas, o exame chega a atingir 14 horas.

Achei interessante que a notícia do Going Concern estava acompanhada da foto ao lado. Faz sentido?

Empresa fechada

Nos Estados Unidos, o Fasb é o órgão regulador de contabilidade. Entretanto, este organismo está focado nas empresas de capital aberto. As empresas de capital fechado ficaram "abandonadas".

Para suprir esta ausência, a AICPA está propondo a criação de uma entidade reguladora, não independente. Sua atividade seria supervisionada pelo Fasb e comandada por um membro do próprio Fasb.

Fonte: Aqui

China e a Auditoria

No mês passado, reguladores dos Estados Unidos pressionaram para que a Deloitte entregasse documentos sobre a auditoria realizada na China.

Para impedir que esta pressão aumente, os chineses convocaram uma reunião com as Big Four e solicitaram que as empresas fizessem uma revisão da auditorias feitas em 2010.

Goodwill em combinação de negócios

Reconhecimento de goodwill em combinação de negócios: análise das transações com pagamento em ações e em dinheiro
DA COSTA, G. P. C. L.; PAULO, E.; BARBOSA, G. C.

As fusões e aquisições são algumas das principais operações inseridas no conceito de combinações de negócios regidas pela IFRS 3. Normalmente em uma fusão ou aquisição a empresa adquirente realiza o pagamento em ações ou em dinheiro, sendo que em qualquer das formas de pagamento, normalmente haverá um ágio (goodwill) ou deságio (compra vantajosa). Estudos em finanças corporativas mostram que o pagamento em ações suaviza o efeito de uma sobreavaliação ou subavaliação causada pela assimetria de informações. Neste caso após a data da operação de combinação de negócios ocorre um ajuste (para mais o para menos) no preço das ações devido à postura dos investidores que afetará o custo da operação. Situação diferente ocorre quando o pagamento é efetuado em dinheiro, onde o aumento ou diminuição do preço das ações em nada afeta o custo da transação. Utilizando-se de simulações, observou-se que quando o pagamento se deu em ações o goodwill subsequente variou numa faixa de 25% para menos e de 12% para mais em relação ao valor do goodwill reconhecido quando o pagamento se deu em dinheiro. Esse resultado reforça a subjetividade e os riscos envolvidos no reconhecimento do goodwill que para uma empresa com a mesma substância econômica teve valores distintos dependendo da forma de pagamento.

http://revista.uepb.edu.br/index.php/qualitas/article/view/1178/651, v. 12, n. 2, 2011.

Futebol e Contabilidade

Ele descobriu um manuscrito de contas do rei James IV da Escócia, que mostrou que ele pagou dois xelins por um saco de 'fut ballis' em 11 de abril de 1497. Mais provas veio com nos deparamos com várias contas diário do futebol que está sendo jogado em lugares como Stirling Castle, Castelo e Castelo Edzell Carlisle. Os jogos foram disputados em campos menores do que o atual campo de futebol regular, e contou com entre 10 e 20 homens de cada lado.


Ou seja, através dos lançamentos contábeis descobriu-se que a origem do futebol é mais antiga do que se pensava. E que surgiu na Escócia. Fonte: Aqui. Imagem, aqui

Amor ao dinheiro

Não é só papo de filmes românticos: materialistas que se preocupam em excesso com dinheiro realmente tendem a ter um casamento mais infeliz. É isso que afirma um pesquisador americano, o psicólogo Jason Carroll.

A primeira fase do estudo foi realizada pela internet: 1.734 casais responderam um famoso questionário online, usado por conselheiros maritais, educadores e psicólogos dos Estados Unidos. Em seguida, ao receber o resultado, classificaram-se as pessoas em dois grupos: materialistas e não materialistas. Com o perfil de cada participante, rotularam-se quatro tipos de casais: ambos são materialistas (20%), nenhum é materialista (14%), apenas a mulher (11%) ou apenas o homem (14%) eram materialistas. Os 31% restantes não souberam se definir em um dos grupos.

Resultados negativos: os casais nos quais marido e mulher eram ambos materialistas apresentaram índices de 10% a 15% mais baixos em satisfação conjugal, estabilidade no relacionamento e habilidade de evitar conflitos.

Não importa a classe social, quando um dos cônjuges decide mergulhar em excesso na busca por sucesso financeiro, o casamento corre maiores riscos. (Talvez por más decisões financeiras ou por pessoas materialistas passarem menos tempo cativando seu amado na pressa de conseguir coisas).

Se ambos são materialistas, o resultado é aparentemente ainda pior: o casamento tende ao fracasso de maneira mais intensa.

Como conta Carroll, isso foi um dado surpreendente: eles imaginaram que o pior casamento seria aquele entre um cônjuge louco por sucesso financeiro e o outro “mão-de-vaca”, por exemplo. Mas a pesquisa indicou que a dissonância não é tão ruim. Já ambos serem amantes do dinheiro...

Fontes: LiveScience e HyperScience

19 outubro 2011

Rir é o melhor remédio








Enviado por José Matias-Pereira (grato)






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Justiça

Justiça dos EUA processa executivos brasileiros

Magazine Luíza acusada de dumping social

Salários do terceirizado é 54% do contratado

Administração

Mulheres ocupam 7,7% dos conselhos (e no Novo Mercado é pior)

Burocracia: “formulário da alfândega” com declaração dos astronautas da Apollo 11

A falta de criatividade de Hollywood nos cartazes (foto)

O outro lado de Steve Jobs

Contabilidade

Para que serve o contador? Vídeo

O Santander, a Receita e o Ágio no Banespa

Dez da Enron

Mercado

Damodaran: Vantagens e desvantagens da divisão de uma empresa

O que move o mercado?

As indústrias que fazem lobby possuem retorno no mercado acionário maior

Pesquisa

⅓ do Nobeis recebidos pelos EUA são de imigrantes

O impacto dos realitys shows nas bad girls

Falha no serviço da blackberry torna o trânsito mais seguro

O que veio primeiro, o ovo ou a galinha?

Os autores do artigo, "Ovos, galinhas: revisitando um dilema secular a partir de dados brasileiros", respondem a esta intrigante questão filosófica com uma boa dose de econometria e bom humor.




Os resultados da pesquisa indicam que:"... a hipótese nula de que Ovo não causa Galinha, é rejeitada a 1% de significância. O mesmo acontece com a hipótese Galinha não causa Ovo".


Assim, os economistas concluem que no caso brasileiro há bicausalidade (simultaneidade) entre ovos e galinhas, ou seja, ninguém veio primeiro.



O mais interessante nesse paper é a utilização dos testes de Granger com séries sazonais. Ademais, Clive Granger encontrou Buda.



Resumo:


Quem veio primeiro: o ovo ou a galinha? Economistas também podem responder
esta pergunta, por meio da econometria e com um pouco de bom humor. Foi o que fizeram
Thurman e Fisher (1988), cuja conclusão, para dados norte-americanos, foi que “ovos Granger causam galinhas”. Neste artigo, respondemos a mesma pergunta, mas com dados de um país periférico: o Brasil. A conclusão é a de que há bicausalidade entre ovos e galinhas.

Imagem: aqui

Contabilidade regulatória, IFRIC 12 e ICPC 01

No setor de energia elétrica, como em qualquer outro, as empresas publicam demonstrações contábeis de acordo com a lei 6.404/76 (e alterações posteriores). Entretanto, a ANEEL, agência reguladora do setor, instituiu a Resolução Normativa n. 396 em 23 de fevereiro de 2010 que “Institui a Contabilidade Regulatória e aprova alterações no Manual de Contabilidade do Setor Elétrico, instituído pela Resolução ANEEL nº 444, de 26 de outubro de 2001”.

Assim, num belo dia, o setor de energia elétrica percebeu que deveria publicar demonstrações não só em consonância com a lei societária, como também com a contabilidade regulatória.

Este ano foi apresentado no EnANPAD um artigo bem interessante intitulado “IFRIC 12, ICPC 01 e Contabilidade Regulatória: Influências na Formação de Tarifas do Setor de Energia Elétrica” dos autores Talles Vianna Brugni, Adriano Rodrigues e Cláudia Ferreira da Cruz.

Segue abaixo uma parte do resumo:

“[...] O objetivo deste trabalho foi investigar se as características contábeis da IFRIC12 e ICPC01 influenciam de forma significativa na formação de tarifas do setor de energia elétrica no Brasil. Justifica-se a escolha desse setor por sua relevância econômica, importância para o desenvolvimento do país e, principalmente, pelo fato de existir uma contabilidade regulatória específica no Brasil. Com uma abordagem estritamente qualitativa – justificada pela incipiência do estágio atual de pesquisa nesta área – foi realizado um estudo teórico, por meio de pesquisa bibliográfica, documental e de caráter exploratório buscando identificar – através de um estudo comparativo da norma internacional IFRIC 12 (correspondente à ICPC 01 no Brasil) e a contabilidade regulatória realizada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) – características dos normativos internacionais que podem influenciar na formação de tarifas cobradas dos consumidores finais de energia elétrica no Brasil. Para atingir este objetivo, realizou-se um estudo comparativo direto entre o Manual de Contabilidade do Setor Elétrico (MCSE) vigente e a norma brasileira que trata da contabilização de operações sob regime de concessão. Posteriormente foi feita uma comparação entre as mudanças trazidas pela norma e os novos procedimentos de regulação tarifária, com data de vigência prevista, segundo a ANEEL, para abril de 2011. Os resultados apresentados demonstram que o modelo de tarifação sofre alterações em função das normas IFRIC 12 e ICPC 01, o que torna uma tarefa difícil e complexa a aplicação efetiva dessas normas contábeis no ambiente regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica. A pesquisa também revela que a principal característica que fundamenta a criação da contabilidade regulatória promovida pela ANEEL é a impossibilidade de contabilização, pelas normas internacionais, dos chamados ativos e passivos regulatórios, sugerindo que o setor de energia elétrica do Brasil seja um dos setores que terão suas demonstrações financeiras mais afetadas pela convergência das normas contábeis para o padrão internacional.”.
Ontem recebi o seguinte informativo emitido pelo presidente da Associação Brasileira dos Contadores do Setor de Energia Elétrica – ABRACONEE, José Vicente Amaro:


A SUPERINTENDÊNCIA DE FISCALIZAÇÃO ECONÔMICA E FINANCEIRA – SFF, MAIS UMA VEZ GOSTARIA DE CONTAR COM A COLABORAÇÃO DOS AGENTES DO SETOR ELÉTRICO NA ELABORAÇÃO DE PROPOSTA PARA REVISÃO DA RESOLUÇÃO NO. 396/2010 QUE INSTITUIU A CONTABILIDADE
REGULATÓRIA.

A SFF RESOLVEU PROMOVER ALTERAÇÕES NO TEXTO DA RESOLUÇÃO
APÓS A REALIZAÇÃO DE ALGUMAS REUNIÕES COM AGENTES DO SETOR QUE APRESENTARAM DIFICULDADES E POSSÍVEIS SOLUÇÕES PARA O ATENDIMENTO DE ALGUMAS DISPOSIÇÕES CONTIDAS NA RESOLUÇÃO.

DESSA FORMA, NA INTENÇÃO DE BUSCAR O MELHOR RESULTADO, A SFF POR INTERMÉDIO DA ABRACONEE, SOLICITA QUE AS CONTRIBUIÇÕES PARA MELHORIA DA NOVA REDAÇÃO DA RESOLUÇÃO NO. 396/2010, SEJAM ENCAMINHADAS PARA O E-MAIL: ABRACONEE@ABRACONEE.COM.BR ATÉ O DIA 28 DE OUTUBRO DE 2011.


Meus olhos de pesquisadora espiam uma ótima oportunidade para novas pesquisas. Pena ser um prazo tão curto. Mas, para quem se interessa pela contabilidade do Setor, está aí uma excelente oportunidade de contribuição ativa. Pena mesmo ser um prazo tão curto.

Foto: Tucuruí.

Quanto custa o Kindle Fire?


A empresa Amazon lançou um tablet para concorrer com o iPad. Seu principal atrativo foi o preço, 200 dólares a unidade.

Diante desta postura agressiva, os analista começaram a perguntar o custo real do Kindle Fire. A primeira análise mostraria que o produto traria prejuízo para a Amazon, que recuperaria o dinheiro com os produtos que venderia para os consumidores que comprassem o Kindle.

Jay Yarow mostra que as partes do Kindle Fire devem custar 150 dólares a unidade. Como os componentes representam a maior parte do custo, isto poderia significar que talvez a Amazon não tenha prejuízo. Para fins de comparação, as partes do iPad custam 270 dólares para versão com wireless, enquanto do BlackBerry Playbooks tem um custo de 170 dólares na versão de 16 GB.

A tabela a seguir mostra o comparative de preços entre os três produtos:


Mas o assunto realmente é polêmico. A Reuters (via Folha de S Paulo) acredita que o Kindle custaria 210 dólares, mais precisamente, US$209,63. Segundo esta estimativa, os componentes custariam 191,65 dólares. O restante seriam despesas de fabricação adicional, ou US$17,98.

Isto significa um prejuízo de dez dólares por produto.

Um dos aspectos que contribui para o custo reduzido dos componentes é o fato da Amazon estar usando uma tecnologia na tela do seu produto que já está em circulação há mais de um ano. Isto significa dizer que o custo desta tela é reduzido pela curva de aprendizagem e o elevado volume produzido.

É interessante notar que se o custo de montagem e outras despesas divulgado pela Reuters estiver correto, a estimativa apresentada por Yarow indicaria um custo total de US$167,98. Com isto, a margem de cada produto vendido seria positiva em torno de 15%.

Falhas no Prêmio Nobel?

Na sua última edição, o célebre Prêmio Nobel completou 110 anos de existência. Ao longo da trajetória, muitos prêmios merecidos já foram outorgados – mas nem todos. Confira uma lista com cinco decisões, digamos, controvertidas.

1 – Ausência de um prêmio para Gandhi
Idolatrado até hoje por ter libertado a Índia da colonização britânica, pautado por uma doutrina obstinada de não violência, Mohandas Karamchand Gandhi jamais foi agraciado com o Prêmio Nobel. Embora tenha sido indicado cinco vezes, o líder espiritual que passou para a história com o nome Mahatma não foi lembrado como um expoente na luta pela paz. Em 1948, ano em que a premiação ocorreria poucos dias antes de seu assassinato, a organização deixou o prêmio vago por “falta de candidato adequado”.

2 – Prêmio para o criador da Lobotomia
Você já ouviu falar em lobotomia? É um procedimento cirúrgico primário que consiste, basicamente, em cortar (literalmente, e às vezes de forma rudimentar) as vias que ligam o lobo cerebral ao tálamo. Inventada em 1936 pelo psiquiatra português António Egas Moniz, essa técnica era usada para acalmar pessoas com surto psicótico.

Em 1949, a “cirurgia” rendeu a Moniz o Prêmio Nobel de Medicina. Mas se revelaria um erro. Inicialmente concebido para ser usado apenas em casos extremos, onde o doente mental ameaçasse violência ou suicídio, a lobotomia foi banalizada por Moniz e por um médico americano chamado Walter Freedman. Hoje considerado selvagem e anti-ético, o procedimento chegou a ser aplicado mais de 20 mil vezes nos Estados Unidos.

A lobotomia jamais foi um método que realmente curou alguma coisa. Cortar ligações importantes do cérebro era apenas um paliativo, mas os surtos psicóticos retornavam no paciente pouco tempo depois, às vezes com violência. Em muitos casos, o paciente acaba ficando em estado vegetativo. O próprio Egas Moniz acabaria em uma cadeira de rodas, ao levar um tiro de um paciente que ele mesmo havia operado através de lobotomia. Apesar disso, levou o Prêmio de 1949.

3 – Israelenses e Palestinos vencem Nobel da Paz
No início da década de 90, foram muitas as reuniões entre o Primeiro Ministro de Israel Yitzhak Rabin, o Ministro de Relações Exteriores Shimon Peres e o líder da Organização para a Liberação Palestina Yasser Arafat. Apesar da série de encontros em Oslo (Noruega), mediados pela ONU entre os líderes, nenhuma proposta sólida para a paz na região foi alcançada, e eles nem chegavam a concordar em algum ponto das discussões. Apesar disso, os três foram laureados com o Nobel da Paz em 1994.

4 – Más indicações na literatura
Aparentemente, um erro de interpretação dos organizadores fez com que o Nobel de Literatura, entre 1901 e 1912, fosse entregue a autores sem expressão. Segundo a vontade expressa de Alfred Nobel, o fundador, a medalha deveria ir para o escritor que produzisse “no campo da literatura, o mais excelente trabalho de direção ideal”.

Quem outorgou os primeiros prêmios, conforme teoria do site americano LiveScience, imaginou que se tratasse de premiar autores com obras idealistas e puras. Por essa razão, autores renomados como James Joyce, Leo Tolstoy, Anton Chekhov, Marcel Proust, Henrik Ibsen e Mark Twain jamais foram lembrados. O motivo? Suas obras eram depressivas e pesadas.

5 – Ausência do criador da Tabela Periódica
O russo Dimitri Mendeleev criou, em 1869, uma ferramenta que iria revolucionar o mundo da química. Baseada no peso atômico dos elementos, a Tabela Periódica é até hoje o maior auxiliador dos cientistas em várias tarefas, e suas consequências indiretas estão em quase todos os campos da ciência.

Apesar disso, o cientista russo nunca teve a honra de levar o Prêmio. Ele morreu em 1907, seis anos depois da criação do Nobel, e não foi lembrado em nenhuma das edições. E se você acha que isso aconteceu porque o Nobel dá preferência a méritos mais recentes, é um engano: na edição de 2011, alguns dos premiados fizeram suas descobertas há mais de trinta anos.


Fontes: LiveScience e HyperScience

18 outubro 2011

Finanças Comportamentais e Instituições Financeiras

Um texto publicado hoje no Valor Econômico apresenta um conjunto de bobagens sobre finanças comportamentais. A seguir alguns trechos:

Segundo as finanças comportamentais, nossas emoções nos levam a exaurir nossos portfólios com atitudes como comprar na alta, vender na baixa e manter ações em queda em vez de eliminar nossas perdas.

Ou seja, o uso de finanças comportamentais por parte das instituições financeiras é para que estas entidades ganhem dinheiro e os seus clientes percam. 


Davis afirma que o uso das finanças comportamentais ajuda os clientes a conseguir retornos melhores no longo prazo. "É difícil medir o sucesso", acrescenta ele, por que às vezes os clientes deliberadamente partem para os ativos menos arriscados e de menor desempenho, para que fiquem mais emocionalmente confortáveis com suas carteiras e menos propensos a tomar decisões ruins.

Isto é questionável, já que até hoje não se provou que os conhecimentos de finanças comportamentais ajudem a ganhar. Mas seguramente estes conhecimentos podem ser úteis em gastar bem o dinheiro. 


Uma das maneiras que algumas instituições financeiras usam para tentar fazer os clientes poupar é dar um rosto a essas economias.

Será isto consequência das finanças comportamentais? Acho difícil de acreditar. 


Num sinal do agito em torno das finanças comportamentais, enquanto a maioria dos fundos de ações perdeu dinheiro em agosto, alguns fundos que usam a abordagem comportamental ganharam ativos.

Talvez aqui esteja a explicação. As FC estão sendo consideradas como um remédio milagroso para as perdas do mercado. Como o público está acreditando nisto, os bancos estão faturando nisto. 
(Imagem, aqui)

Rir é o melhor remédio

Jobs no céu. Fonte: Aqui

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Teste 527

O termo "saco azul" é comum em Portugal, mas não no Brasil. Veja a seguinte notícia: "Associação Académica de Lisboa gere "saco azul" com o aval das associações de estudantes."

Qual o significado do termo?

a) caixa dois
b) caixa pequeno
c) gorjeta

Resposta do Anterior: C, C e D

Lei Benford


Este blog já comentou diversas vezes sobre a Lei de Benford (aqui na eleição, aqui em WWW , aqui no programa R e aqui na JBS). Como professor, orientei um aluno que aplicou a lei em entidades do terceiro setor (prof. Rubens Foster, um grande amigo e excelente profissional na área de perícia).
A Lei de Benford fala sobre padrão de números. O interessante da lei é que sua proposição é contrária a intuição do ser humano comum. E por este motivo, é ideal para ser usada quando se deseja verificar a existência de fraudes.
Quando um fraudador deseja manipular as informações, ele geralmente escolhe os números de maneira aleatória, escolhendo de maneira proporcional os valores entre 1 a 9.
A lei de Benford mostra que os números não aparecem de forma aleatória: em geral, no primeiro dígito dos números, o “1” tem mais probabilidade de aparecer que os demais; o “2” tem mais chance de aparecer que os outros, exceto o número “1”; e assim por diante. Isto parece estranho e, como já dito, contra-intuitivo.
A lei de Benford aparece em várias situações reais, desde as fraudes contábeis até na população dos municípios. Por esta lei, é muito mais provável existirem localidades onde a população começa com o dígito 1 do que com o dígito 9.
A razão é fácil de explicar. Suponha que a população cresça a uma taxa de 10% a cada cinco anos. Assim, uma cidade que tenha 10 mil habitantes deverá ter, no próximo censo, 11 mil habitantes (10 mil mais 10% de 10 mil). No censo seguinte sua população será de 12,1 mil habitantes (11 mil mais 10% de 11 mil). Seguindo nesta proporção, a população da cidade aumentará para 13310; 14641; 16105; 17716; e 19487. Ou seja, serão necessários oito qüinqüênios para que a população da cidade tenha o dígito “2” no início.
Se você tiver uma calculadora poderá verificar que a população desta cidade passará quatro censos iniciando com o dígito “2”.
Agora imagine uma cidade com 90 mil habitantes e um crescimento de 10% a cada cinco anos. No primeiro censo sua população será de 99 mil habitantes (90 mil mais 10% de 90 mil). No censo seguinte, a população será de 108,9 mil habitantes, que é um número de começa com o dígito “1”. Assim, provamos que a lei funciona na prática. (continua)

Lei Benford 2


Jialan Wang fez uma experiência interessante. Ele baixou todas as empresas do Compustat, o que significa mais de vinte mil empresas. Selecionou 43 variáveis, como receita, despesas, ativos, entre outras. A conclusão é que a lei funciona. Veja o gráfico para ativo total e receita total:


Observe que o número 1 aparece como primeiro dígito quase 30% dos casos, enquanto o número 2 é primeiro dígito em menos de 20% das situações. O ponto no gráfico é a previsão da lei e a barra é o valor encontrado.

O que torna a experiência de Wang mais interessante (e que foi noticiada em diferentes blogs da área financeira, econômica e contábil) é que ele também calculou o desvio da Lei. Ou seja, qual a diferença entre o valor previsto na lei e o valor observado. A fórmula usada é a seguinte:

Onde o segundo valor da expressão corresponde a distribuição teórica da lei de Benford.

O que Wang encontrou foi fantástico e assustador. Apesar dos números contábeis estarem seguindo a lei de Benford, a diferença entre a distribuição teórica e a distribuição prática tem aumentado!! O gráfico mostra isto:

Este gráfico representa a história recente da contabilidade. Se for observar bem, note que o desviou aumentou muito no início da década de oitenta, quando ocorreram muitas medidas de desregulamentação na economia dos Estados Unidos. Volta a aumentar também no período de 1998 a 2002, quando ocorreu a bolha da internet. Com a Sarbox, em 2002, ocorre uma redução, que volta a crescer atingindo o máximo em 2009.

Segundo Wang:

De acordo com a Lei de Benford, as demonstrações contábeis estão cada vez menos representativas do que se passa nas empresas.

Wang também observou a lei em três setores: finanças, tecnologia e indústria. O gráfico é o seguinte:


Observe que o desvio para finanças aumentou significativamente na década de oitenta, quando iniciou a crise conhecida como Savings and Loan. Para tecnologia, o grande salto ocorre com a bolha.

Veja mais aquiaquiaquiaqui e aqui.

Compensação


O artigo 368 do Novo Código Civil diz que “se duas pessoas forem ao mesmo tempo credor e devedor uma da outra, as duas obrigações extinguem-se, até onde se compensarem”. A obviedade dessa afirmação salta à vista de qualquer pessoa com um mínimo de discernimento. E o legislador foi sucinto e direto devido ao fato de não haver absolutamente nada a acrescentar ou especular. O estado de lucidez que permitiu a elaboração desse artigo só foi possível porque ele é destinado às relações que não envolvem o poder público. Quando o mesmíssimo assunto abrange as entidades fazendárias a coisa muda completamente de figura. O artigo 374, vizinho do 368, que tratava da compensação de dívidas fiscais e parafiscais, foi revogado pela lei de um artigo só e meia dúzia de palavras, a de número 10.677/2003. A exposição de motivos para tal revogação está na E.M. 26, de 09/01/2003, que menciona o comprometimento da estabilidade fiscal e graves prejuízos ao erário. (...)

PAPO DO MALANDRO - Reginaldo de Oliveira - Publicado no Jornal do Commercio em 11/10/2011

Frase

Sobre a razão de poucos contadores blogarem:

Existe uma diferença entre contabilidade e outras disciplinas acadêmicas que pode explicar a diferença significativa no padrão de blogar: o mercado de trabalho para os (melhores) estudantes é dominado pelas Big Four.


Fonte: aqui

Graduação-sanduíche

Estudantes de graduação brasileiros que pretendem fazer parte dos estudos em instituições norte-americanas têm prazo de inscrição até a próxima quinta-feira, 20. A chamada pública, aberta pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), na internet, oferece bolsas de estudos na modalidade graduação-sanduíche, que permite ao selecionado estudar por até um ano nos Estados Unidos.

Para se inscrever, os candidatos devem ser de nacionalidade brasileira e, entre outros requisitos, apresentar bom rendimento acadêmico, além de ter concluído no mínimo 40% e no máximo 80% do currículo previsto para o curso de graduação no momento de início da viagem de estudos. Por fim, comprovar nota mínima de 79 pontos no exame
Toefl-Ibet Test.

Os participantes terão auxílio financeiro pelo período de 12 meses, pagamento das taxas escolares norte-americanas, nos casos em que couber, além de passagens aéreas para o percurso entre o Brasil e os Estados Unidos, de ida e volta.

A primeira chamada pública da Capes permitirá a instituições de ensino superior nacionais selecionar estudantes brasileiros de graduação, em áreas de interesse para o país, para cursos ou estágio em instituições norte-americanas. O documento determina que as instituições brasileiras firmem acordo de adesão com a Capes, por meio do qual se habilitarão a selecionar e a indicar os alunos.

Outra forma de pleitear a vaga é individual. Nesse caso, é necessário observar alguns requisitos, como estar matriculado em curso de bacharelado em
áreas consideradas prioritárias pelo programa. É preciso ainda que o candidato tenha ingressado na instituição de ensino por meio do Programa Universidade para Todos (ProUni) ou do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), com nota no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) superior a 600 pontos. Outra opção é ter sido premiado em categorias dos prêmios Jovem Cientista e Iniciação Científica e em olimpíadas de matemática ou de ciências. O candidato pode comprovar ainda ser detentor de premiações de mérito acadêmico ou estar usufruindo de benefício do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) ou do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid) da Capes.

Mais informações na coordenação da graduação da instituição na qual o estudante estiver matriculado e nas páginas eletrônicas da
chamada pública e da Capes. Os primeiros atendidos embarcarão em janeiro de 2012.

(...)

Fonte: Aqui.

Google e Finanças



Uma pesquisa publicada no Journal of Finance mostrou que a busca no Google pode ser usada para medir a atenção dos investidores por uma ação. Mais ainda, este método é melhor e mais direto do que os tradicionais, como notícias ou despesa de publicidade.

Durante o período de 2004 a 2008 os autores mostraram que a quantidade de pesquisa no Google está relacionada com outras proxies de atenção dos investidores. Mais importante, um aumento na quantidade de pesquisa antecede em duas semanas um aumento no preço da ação. Aqui a relação causal funcionaria da seguinte forma: um investidor interessado numa determinada empresa usa o Google para saber notícias sobre a mesma.

Mais aqui

Prêmio Nemmers


O prêmio Nemmers foi criado para ser distribuído a cada dois anos a pesquisadores de destaque em Economia e Matemática.

Eis os vencedores em economia

2010: Elhanan Helpman - Comércio internacional
2008: Paul R. Milgrom - da teoria dos jogos
2006: Lars Peter Hansen - Econometrista
2004: Ariel Rubinstein - Teoria dos Jogos
2002: Edward C. Prescott (Nobel em 2004)
2000: Daniel L. McFadden (Nobel em 2000)
1998: Robert J. Aumann (Nobel em 2005)
1996: Thomas J. Sargent (Nobel em 2011)
1994: Peter A. Diamond (Nobel em 2010)

Pode-se observar que o prêmio reconheceu a contribuição de 5 dos ganhadores do Nobel, antes que este prêmio o fizesse.

Leia mais aqui

17 outubro 2011

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

Links



Listas:


Os melhores locais para um vida balanceada Dinamarca em primeiro e Portugal entre os 10 


As empresas mais detestadas dos EUA: Pepsico (empresa de energia) em 1o.

Crise





Ciência



Operações descontinuadas

Earnings Management Using Discountinued Operations
Autores: Abhijit Barua; Steve Lin; Andrew M. Sbaraglia
Periódico: The Accounting Review, v. 5, 2010.

(Nota: Core earnings é definido como os lucros operacionais antes da depreciação e dos itens especiais)


Este estudo investiga se os gerentes utilizam a mudança de classificação (classification shifting) para gerenciar os lucros quando estão reportando operações descontinuadas. Utilizando uma metodologia similar a de McVay (2006), os autores encontraram evidências consistentes com a hipótese de que as empresas alteram as despesas operacionais para operações descontinuadas, que diminuem o lucro para aumentar os core earnings. Os resultados também indicam que os gerentes adotam a mudança de classificação para alcançar ou superar as precisões dos analistas. Finalmente, os autores demonstram que, desde a introdução do SFAS 144, a freqüência de relato de operações descontinuadas tem aumentado; contudo, a magnitude da mudança de classificação tem diminuído.

Duas são as explicações potenciais para o fato de que os resultados mostram que a magnitude da alteração de classificações utilizando operações descontinuadas diminuiu desde a introdução do SFAS 144:

1. O SFAS 144 ampliou a definição de operações descontinuadas ao substituir os requerimentos para segmento de negócios sobre o APB 30 pelo conceito do componente de uma entidade. Essa alteração permitiu menores ativos disponíveis serem reportados como operações descontinuadas, aumentando a freqüência de divulgação. Ademais, permitir menores ativos disponíveis para qualificar as operações descontinuadas reduziu potencialmente o montante de despesas operacionais que poderia ser realocado aos disponíveis.

2. A Sox foi legalizada na mesma época em que o SFAS 144 e poderia ter levado ao decréscimo de alterações de classificações devido ao aumento da regulamentação e supervisão.

Acredita-se que os resultados desta pesquisa podem ter implicações para o projeto de convergência de operações descontinuadas entre o FASB e o IASB. Os autores também julgam que o estudo beneficiará os investidores ao alertá-los de potenciais utilizações das operações descontinuadas que diminuem o lucro para propósitos de gerenciamento do lucro.

Indicado pelo professor Paulo Lustosa, a quem agradeço.

Provisão


O texto a seguir comenta sobre a constituição de provisão para liquidação de créditos duvidosos, que o texto chama de "calote", nos dois tipos de instituição financeira:

Dados do Banco Central mostram que, no último trimestre, bancos particulares separaram R$ 1 em provisão para cada R$ 9,10 emprestados. Já os públicos reservaram R$ 1 para cada R$ 34,90 em novos financiamentos.


Bancos públicos e privados chegam ao atual estágio da crise - considerado o mais grave até agora - com estratégias bem diferentes para se preparar contra uma eventual piora da saúde financeira dos clientes. Desde o início do ano, instituições privadas têm aumentado as provisões em ritmo mais forte que as operações de crédito. Nos públicos, acontece exatamente o contrário: empréstimos crescem mais que as provisões contra calote.


Enquanto as operações de crédito dos bancos particulares cresceram 3,6% de junho a agosto, a provisão aumentou 6,5%. No mesmo período, empréstimos em instituições como Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e BNDES avançaram 5,8%, ritmo mais forte que a alta de 3,7% da reserva contra a inadimplência. A diferença se repete em outras comparações desde o início de 2011. (...)


Essa mudança, porém, ainda não provoca desconforto no mercado. Analistas que acompanham o setor bancário dizem que o fenômeno pode ser explicado pela natureza dos empréstimos. Bancos privados podem ter ficado mais conservadores graças ao aumento de empréstimos considerados mais "arriscados", como cartões de crédito e financiamento de veículos.


Nos públicos, por sua vez, a necessidade de provisão pode ter caído porque ganharam peso financiamentos mais seguros, como o crédito imobiliário (?) e o financiamento a grandes empresas. Realmente, instituições como a Caixa e BNDES atuaram agressivamente para ganhar mercado nesses segmentos. (...)

Bancos públicos ignoram efeitos da crise e reduzem reservas contra calote - Fernando Nakagawa, de O Estado de S.Paulo. (Imagem: The Guardian)

A redução da provisão nos bancos públicos pode ser em:

a) decorrência do perfil de empréstimo diferenciado - entretanto isto não justifica completamente, já que o risco sistêmico é maior;
b) em razão da maior utilização da conta de provisão nas instituição privadas como uma forma de gerenciamento de resultado; ou
c) em decorrência do não uso da conta de provisão nas instituições públicas, como uma maneira de continuar garantindo crédito na economia. Neste caso, os problemas de inadimplência irão aparecer no futuro, nas próximas gestões destas instituições. 

Provisão 2

Os bancos públicos argumentam que o perfil dos empréstimos realizados por essas instituições é diferente do observado nos concorrentes privados.


Por isso, explicam, a provisão dessas casas pode ser, proporcionalmente, menor que nos particulares. As instituições afirmam que têm monitorado os calotes e, se preciso, estão prontas para reagir.

Tudo parece lógico, mas vejam a seguinte afirmação:

O diretor de crédito do Banco do Brasil, Walter Malieni, diz que é preciso observar a carteira de cada banco para relativizar o nível de provisão. Cada operação, explica, gera necessidade diferente de reserva contra eventual inadimplência.


"Enquanto empréstimos mais curtos podem exigir mais, operações longas requerem menos. Além disso, a provisão para financiamento de veículo é diferente de um consignado", diz. Malieni argumenta que, no caso do Banco do Brasil, o banco é beneficiado por ser forte em empréstimos considerados seguros, como o consignado.

Dois aspectos prejudicam o raciocínio de Malieni. Em primeiro lugar, operações de curto prazo deveria exigir menos provisão que operações de longo prazo, pois apresentam um risco menor. Esta é uma lógica da teoria de finanças, já que uma dívida de curto prazo teria mais chance de ser paga que uma dívida de longo prazo. Em segundo lugar, e não menos importante, o risco sistêmico aumento para todas as operações, inclusive consignado.

Mas parece que o tema não preocupa os bancos estatais:

No BNDES, prevalece o entendimento de que a situação atual não gera "preocupação relevante" com a inadimplência. Por isso, a o tema é encarado com "normalidade e tranquilidade" no banco.


Um dos argumentos é que o banco é bastante focado em projetos de grandes empresas, clientes com menor risco. Além disso, financiamentos oferecidos aos pequenos e médios empresários são feitos via bancos "repassadores". Nessas operações, o risco de calote fica com a instituição financeira parceira.

O argumento do BNDES tem um problema: a concentração desta instituição é maior, dependendo da saúde financeira dos grandes tomadores de empréstimos (frigoríficos, por exemplo, que foram beneficiados com linhas de crédito elevadas e onde o risco, hoje, não é baixo).


Perfil de empréstimos é diferente, dizem bancos - Estado de S Paulo - 16 out 2011

Contabilidade e Economia

Veja que interessante a relação entre contabilidade e economia. Ao tentar argumentar que o crescimento chinês está com problemas (Crescimento Chinês começa a ter rachaduras, Claudia Trevisan, Estado de S Paulo, 16 out 2011) um artigo de um jornal afirma

Os sinais de esgotamento são a inflação e o quase certo aumento no volume de créditos irrecuperáveis no balanço dos bancos, que precisarão passar por um nova onda de recapitalização, afirma [Patrick Chovanec, professor da Universidade Tsinghua]


No gráfico, a taxa de crescimento da economia de 1961 até hoje.