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06 março 2007

Contabilidade mais feminina

Reportagem da Gazeta de hoje mostra que a profissão contábil está mais feminina:

Uma ciência contábil e mais feminnina

São Paulo, 6 de Março de 2007 - Elas já são 37% dos profissionais em atividade, com 144.767 contadoras por todo o País. Desta vez silenciosamente e mais centradas em objetivos" corporativos", as mulheres, que lideraram a revolução dos costumes nos anos 1960, preparam-se para comemorar o seu dia, em 8 de março, mantendo o nível ascendente de suas conquistas. Inclusive em áreas que havia pouca representatividade feminina, elas também estão chegando lá.

Um estudo do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) mostra um rápido crescimento feminino na carreira contábil, que tem sido sempre eminentemente masculina. As mulheres correspondem, hoje, a 37% dos profissionais ativos, num total de 144.767 contadoras em todo o País. São Paulo, com a maior concentração desses profissionais em níveis técnico e superior, claro, lidera o ranking: as mulheres correspondem a 33% da mão-de-obra do segmento. (...)

Pesquisa e Ensino

Uma questão que tem sido debatida em alguns blogs refere-se à pesquisa e ensino na universidade.

De uma maneira geral, a pesquisa tem sido a questão mais destacada quando se comenta sobre o ensino superior. Recentemente, na última Revista Brasileira de Contabilidade, foi discutida uma pesquisa realizada no Brasil sobre os maiores pesquisadores brasileiros na área de contabilidade. Destaco, inicialmente, o ineditismo desse ranking no Brasil. Entretanto, a metodologia usada poderia ser questionada. Afinal, a qualidade é igual a quantidade?

Recentemente no Blog de Greg Mankiw foi publicada uma crítica ao fato do peso na universidade ser para as pessoas que publicam. Argumenta-se que a maioria dos artigos que são publicados é realmente questionável.

Nessa semana, o debate Posner e Becker foi sobre escolas de economias e ranking. Posner acha que os rankings são manipuláveis pelas escolas, dependendo do atributo. Becker lembra que nos últimos anos tem crescido o interesse por ranking. Isso ocorre devido à dificuldade dos estudantes, pacientes e outros consumidores em ter uma informação suficiente sobre os atributos que são oferecidos nas escolas, hospitais e outros serviços. Becker lembra que os rankings podem conduzir a um "jogo" na medida. Por exemplo, se os hospitais são classificados pela taxa de mortalidade dos seus pacientes, isso pode conduzir essas organizações a não aceitar pacientes que estão em estado grave.

Voltando nossa atenção para a academia, a presença de rankings pode conduzir a distorções. Hoje os pesquisadores brasileiros sabem, por exemplo, que publicar um artigo num periódico pode significar mais pontos que publicar em outro periódico. Isso também é válido para congressos e outras atividades. Quando faço um parecer para um periódico não ganho pontos na minha atividade de pesquisador na visão da Capes. Mas quando publico um artigo num periódico de nível A, ganho. Esse tipo de situação conduz ao que Becker chamou de "jogo", incentivando o comportamento do pesquisador para algo que talvez não seja adequado.

Andrew Oswald, da University of Warwick, fez uma pesquisa simples, mas interessante. Usando dados de periódicos antigos na área de economia, Oswald critica as universidades que tem sua política voltada para publicação em periódicos de prestígio. Para Oswald, publicar nesses periódicos não significa necessariamente qualidade. Utilizando o impacto da citação como variável, Oswald mostra que uma pesquisa publicada num periódico de alto nível pode ser "pobre" pois não é lembrada posteriormente. Já uma excelente pesquisa publicada num periódico de nível mediano pode ser considerada de maior qualidade já que é lembrada mais vezes. (Oswald explica que isso decorre do desvio-padrão)

Ellison, do MIT e do NBER, mostrou que nos últimos anos o número de artigos publicados nos periódicos científicos de economia escritos por departamentos de universidades de renome tem declinado. A justificativa para isso talvez seja o acesso mais fácil aos dados proporcionado pela Internet.

Links

1. Qual a origem de marcas famosas?

2. Entrevista com Myron Scholes - Comenta sobre Long Term Capital Management

He readily acknowledges that the episode was financially and personally embarrassing: "In life you pay tuition, right? Sometimes you pay too much tuition. Sometimes learning is costly."


3. Qual a razão das melhores tenistas serem russas e terem surgido no clube Spartak?

05 março 2007

Contadores: estoques em elaboração e acabado

Segundo os dados do INEP para 2005, a posição do cursos de Contabilidade:

Número de cursos

1 Administração = 1578
2 Pedagogia = 1524
3 Prof. Língua/Lit. Est. Clássica = 872
4 Normal Superior = 871
5 Direito = 861
6 Contabilidade = 808

Vagas

1 Administração = 371.502
2 Direito = 212.739
3 Pedagogia = 153.962
4 Contabilidade = 89.984

Ingressos

1. Administração = 211.392
2. Direito = 144.845
3. Pedagogia = 81.234
4. Contabilidade = 51.970 (Relação entre ingresso e vaga de 58%)

Matrículas

Administração = 626.301
Direito = 565.705
Pedagogia = 288.156
Contabilidade = 170.437

CONCLUINTES, ou seja, novos contadores/ por ano:

1. Administração = 92.054
2. Direito = 73.323
3. Pedagogia = 71.662
4. Prof. Língua/Lit. Est. Clássica = 29.737
5. Normal Superior = 29.637
6. Contabilidade = 28.327

Taxa de Câmbio

Previsão da taxa de câmbio (Real/dólar) do JP Morgan

3 meses = 2,19
12 meses = 2,34

Fonte: JP Morgan, The economist

Rir é o melhor remédio - 51

Bancos Estrangeiros e tarifas

Uma das justificativas para a abertura do setor financeiro aos bancos estrangeiros era a promessa de maior competição. Reportagem do Globo de 05/03/2007 mostra que isso não ocorreu (Banco estrangeiro, tarifa elevada, Bruno Rosa):

A chegada das instituições financeiras estrangeiras ao Brasil em meados dos anos 90 ainda não surtiu efeito quando o assunto é concorrência bancária. Considerando os valores médios de 61 tarifas, os bancos internacionais cobram mais caro do que os concorrentes (instituições privadas nacionais, estaduais e federais) em 21 delas. O restante é divido entre os outros grupos. As diferenças nos preços dos serviços chegam a 3.025%. Os estrangeiros lideram ainda o grupo de bancos com o menor número de tarifas mais baratas. São cinco, contra 34 serviços das instituições federais, 14 das estaduais e nove das privadas.

Os dados fazem parte de levantamento inédito feito pelo site Vida Econômica, de Miguel José Ribeiro de Oliveira, vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). E o problema não pára aí: números do Banco Central mostram concentração maior do sistema financeiro nesta década. Entre 2001 e 2007, o total de bancos comerciais — o que inclui bancos estrangeiros com filiais no país — encolheu de 28 para 21.

Apesar de os bancos terem diferentes periodicidades de cobrança, a média das tarifas nas instituições estrangeiras atinge R$168,39, contra R$80,26 dos serviços dos bancos federais. Entre as tarifas das instituições privadas nacionais, a média é de R$148,14, enquanto a dos bancos estaduais fica em R$93,13.

Segundo Oliveira, o estudo mostra que a competição no sistema bancário está longe de ser acirrada. Apesar de o BC ter promovido a abertura do sistema financeiro nacional na década passada, permitindo a vinda de diversos bancos estrangeiros — que compraram instituições problemáticas como Banco Econômico e Bamerindus, além da privatização de diversas instituições como o Banerj — ainda não houve a tão sonhada queda dos custos dos serviços.

— A conclusão do levantamento foi surpreendente. Os bancos estrangeiros deveriam ter trazido nova mentalidade e maior concorrência ao país. Enquanto as instituições estrangeiras cobram mais caro em 21 tarifas, os federais têm maior custo em seis; os estaduais, em 13; e os privados nacionais, em 21 — afirmou Oliveira.

Abrir cadastro é 794% mais caro

A pesquisa, que traçou os valores médios dos serviços dos bancos em dezembro de 2006, constatou, por exemplo, que ter um cartão de crédito adicional internacional sai por R$250 nas instituições estrangeiras, valor 3.025% maior quando comparado ao dos bancos estaduais, onde sai a R$8. Nos bancos privados nacionais, o serviço custa R$18,67. As instituições federais não cobram pelo serviço.

Os bancos estrangeiros cobram R$137,91 de seus clientes para abrir um cadastro. O valor é 794,36% maior em relação ao verificado nas instituições estaduais, de R$15,42. Nas federais, o serviço custa R$16, e nas privadas nacionais, R$69,10.

Os clientes de bancos internacionais também pagam 51,5% mais caro para tirar um extrato da conta em terminais eletrônicos — sai a R$2,47 — em relação aos bancos federais (R$1,63). Já os bancos privados nacionais cobram R$1,93 e os estaduais, R$2,45.

(...) Na opinião de especialistas em varejo bancário, há várias razões para o cenário. A principal delas são os altos juros cobrados no país, que desestimularam uma guerra nos preços dos serviços. A falta de concorrência em alguns nichos do setor bancário, o baixo valor dos serviços cobrados no país, quando comparados aos fixados no exterior, são outras razões apontadas pelos analistas.

Taxa básica de juros alta afeta competição

Segundo Rodrigo Indiani, analista de risco da Austin Rating, as instituições estrangeiras tinham uma fonte de receita garantida com a Selic alta dos últimos anos. Esta semana o BC decide a nova taxa, hoje em 13% ao ano.

— Hoje o cenário mudou um pouco, mas demora. O primeiro passo foi o investimento da expansão da carteira de crédito. O segundo é a maior concorrência no preço de tarifas.

Alvaro Musa, presidente da Partner Consultoria, ressaltou que as tarifas no exterior são mais caras devido aos juros baixos. Com a Selic caindo no Brasil, os bancos estão se preparando para adotar, aos poucos, o perfil usado no exterior:

— No Brasil, o spread (diferença entre o custo de captação dos bancos e a taxa cobrada do cliente) é alto e as tarifas, baixas. No exterior, o spread é baixo e as tarifas, altas.

Ou seja, aqui os estrangeiros ganham não só com juros altos, mas também porque não baixaram tarifas.

Luis Roberto Troster, ex-economista-chefe da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), relacionou as altas tarifas ao perfil dos clientes.

— Os federais e estaduais têm uma carteira mais heterogênea. As instituições estrangeiras cobram mais caro porque possuem clientes de classes sociais mais elevadas. Esses bancos já possuem uma tradição de trabalhar com clientes de maior renda. Um TED, por exemplo, custa R$11,27 no Brasil, contra US$20 nos Estados Unidos.

03 março 2007

Na Austrália, trabalhadoras do Sexo estão satisfeitas com o emprego

Notícia da Austrália informa que prostitutas estão felizes com seus empregos. Em geral a satisfação é maior quando a família conhece a profissão da mulher, diz Seib, a pesquisadora responsável.

As razões para a escolha da profissão - ou, como afirma a fonte, "entrar na indústria": 82% pelo dinheiro e 52% pela flexibilidade das horas de trabalho. 39% citaram um objetivo particular, como um novo carro, uma casa ou férias. Um quarto das entrevistadas possuem no mínimo o grau de bacharel e 60% tinham emprego antes de se juntar a indústria.

A queda do mercado


A semana presenciou a queda na bolsa de valores. A figura é do Wall Street Journal e resume o que ocorreu. Quanto mais escura é a cor, maior a queda da bolsa. Na Argentina foi de 9,3%, um pouco acima da Malasia (9,26%); enquanto isso, a Bovespa foi de 7,92%. A única bolsa de subiu: Venezuela, com 4,39%. Clique no link para um gráfico em Flash

Power Point ganha Oscar

O sítio Presentation Zen, que trata de dicas para fazer uma boa apresentação, afirma que mostrar slides venceu o Oscar. Trata-se do filme "Uma Verdade Inconveniente", que venceu o Oscar de melhor documentário e de música.

No filme mostra imagens de Al Gore trabalhando num microcomputador, aparentemente mexendo com a apresentação sobre o aquecimento global. Isso cria uma impressão, falsa, de que Al Gore, ex-candidato a presidência do Estados Unidos, é o responsável pelas transparências da sua apresentação.

A Duarte Design, de Nancy Duarte, também está feliz. A Duarte Design trabalha com Al Gore desde 2003, informa o sítio.

02 março 2007

Crise na Editora Três

A crise na editora Três, que publica a revista Istoé, já era antiga. A editora está à venda com dois ou três interessados. E agora, segundo o sítio Blue Bus, os funcionários estão em greve:

Funcionários da Editora Três acabam de distribuir por email manifesto que diz - "Em busca de salários e obrigaçoes trabalhistas nao cumpridas pela Editora Três - empresa que publica as revistas Istoé, Istoé Dinheiro, Dinheiro Rural, Istoé Gente, Planeta, Motor Show e Menu; A favor da finalizaçao das negociaçoes que envolvem o controle da companhia; E por informaçoes objetivas que apontem uma soluçao para as muitas questoes trabalhistas pendentes, comunicamos respeitosamente ao público que nós, profissionais da Editora Três, resolvemos entrar em greve - amparada em lei e registrada na Delegacia Regional do Trabalho - a partir desta data"

Mais dinheiro para o Pan

Do Estado de hoje:

Câmara aprova MP de R$ 438 mi

Os recursos fazem parte do orçamento para infra-estrutura, obras e segurança dos Jogos

Denise Madueño

A Câmara aprovou ontem medida provisória que libera mais recursos para pagar despesas com a realização dos Jogos Pan-Americanos que se realizarão em julho, no Rio de Janeiro. Ao todo, a MP destina R$ 438,3 milhões para custear gastos com infra-estrutura, realização dos eventos, segurança e para obras nos aeroportos que receberão turistas e atletas. (...)

Para justificar a edição da MP, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, argumentou que o atraso na liberação do dinheiro 'comprometeria os resultados esperados, prejudicaria a imagem do País, o que poderia acarretar debilidade do Brasil a futuras candidaturas para competições da mesma importância'. Ele também alegou que a falta dos recursos poderia comprometer a realização do Pan-Americano - caso as obras de infra-estrutura não sejam finalizadas em tempo hábil.


Esse é um típico caso que os livros de contabilidade de custos chamam de custos comprometidos. Nessa situação, apesar do custo está acontecendo agora, sua decisão que impactou os custos, foi no passado. Em tais situações, o principal ponto do processo decisório foi o momento da decisão e aprovação da candidatura. Depois que isso foi feito, os custos irão ocorrer em outros períodos, mas o administrador teria pouca influencia sobre o mesmo.

O presidente da FIFA já disse que, das duas candidaturas da Copa do Mundo, a do Brasil seria a mais séria. A Colômbia, a outra candidata, seria um país problemático, com muito crime, tráfico de drogas e o uso da Copa para fins políticos. No Brasil, isso não ocorre, segundo as afirmações de Blatter.

Como nossos estádios não tem condições de sediar jogos internacionais, os custos futuros serão decorrentes da decisão que foi tomada referente a candidatura.

01 março 2007

Rir é o melhor remédio - 50



As tirinhas do PhD Comics são interessantes por refletir um pouco a realidade de um universidade. Já fui mestrando e doutorando e sei como é estar no papel de um estudante com dúvidas e dificuldades para construir uma pesquisa, fatos que são narrados nas tirinhas. O humor é importante.

Links

1. As casas mais caras da AL

2. Go e o Computador (Aqui postagem antiga)

3. 3. Efeito manada e a crise da China

28 fevereiro 2007

Provisão em Banco

Sobre a provisão em bancos norte-americanos, uma reportagem do Wall Street Journal que é uma lição contábil:

Os bancos estabelecem provisões para cobrir a parte de sua carteira de crédito que, estimam, pode não ser paga. As provisões garantem que os bancos tenham capital suficiente para cobrir essa perda.

Mas cada aumento das provisões representa uma despesa que reduz os lucros.

Normalmente, investidores e autoridades do mercado financeiro se queixam de que os bancos exageram nas provisões durante os bons anos para poderem ter uma reserva em tempos de vacas magras. Agora, porém, a preocupação é que eles não tenham reservado dinheiro suficiente para cobrir empréstimos de recebimento duvidoso, porque faz tempo que não precisam disso e porque eles não querem sufocar o crescimento do lucro.

Homem x Mulher

(...) Nós encontramos que as mulheres cobrem aproximadamente 9 ações na média comparada a 10 para homens. As estimativas de lucro das mulheres tendem a ser menos acuradas. (...) Apesar disso, nós encontramos mulheres são significativamente mais prováveis ser designados como All-Stars


Clique aqui para artigo (inglês e PDF) e aqui para crítica (inglês)

10 Stocks to Last the Decade

Esse é o título de um artigo publicado em 2000 pela Fortune. Listava dez empresas que estavam prontas para ... vencer. Segundo o artigo, com essas ações era possível proteger o patrimônio contra a volatilidade do mercado. Quais eram as ações?

O sítio Fool relembra as dicas da Fortune. Ao lado, o retorno desde agosto de 2000. Muito interessante a previsão:

Broadcom (Nasdaq: BRCM) = (78%)
Charles Schwab (Nasdaq: SCHW) = (51%)
Enron = Sem Palavras!!!
Genentech (Nasdaq: DNA) = 121%
Morgan Stanley (NYSE: MS)= 0%
Nokia (NYSE: NOK) = (45%)
Nortel Networks (Nasdaq: NT) = (96%)
Oracle (Nasdaq: ORCL) = (53%)
Univision = (42%)
Viacom = !!

Uma das possíveis explicações para o desastre da Fortune: a revista olhou o passado, não o futuro. Se for verdade, temos um típico caso de regressão à média, um fenômeno muito conhecido pelos estatísticos e financistas.

Um exemplo muito conhecido de regressão à média ocorre nos esportes. Quando um atleta se destaca numa competição seu nome vai para as manchetes. Mas o destaque do atleta ocorreu em razão do seu desempenho estar muito acima da sua média histórica de desempenho. Na próxima competição seu padrão volta ao normal - regride à média. É muito conhecido o azar da capa da Sports Illustrated, onde o atleta que aparece na capa piora o desempenho. Explicado pela regressão à média.

Rir é o melhor remédio - 49

Desafios da Profissão Contábil

Esses são os desafios da profissão contábil no México (originalmente publicado no El Economista, 27/02)

Desafíos de la profesión contable
Blanca Tapia Sánchez*

En la ponencia titulada "Análisis del problema y propuesta de solución" que se presentó en el Instituto Mexicano de Contadores Públicos (IMCP) en el 2001, se dieron a conocer los resultados de una encuesta que mostraba algunas de las razones y los motivos respecto con la disminución en la matrícula de la licenciatura en contaduría. Del total de los entrevistados, un 31% contestó que los salarios iniciales de los egresados eran bajos, 29% refirió que no tenían clara la función del contador hoy en día, 23% mencionó que la contaduría no es una profesión que ofrezca oportunidades reales de crecimiento y 16% percibió a esta carrera como menos retadora y gratificante que otras del área de ciencias sociales o administrativas.

En el pasado, las actividades del contador se centraban principalmente en preparar estados financieros, llevar los registros contables y resumir la información financiera para la dirección de la empresa, así como cumplir con los requerimientos fiscales, conocer y aplicar las reglas, criterios, procedimientos y principios contables.

Actualmente, además de elaborar, analizar e interpretar información financiera, también debe tomar decisiones que tengan impacto en las entidades y en la sociedad. A su vez, debe cubrir áreas no sólo de contabilidad, sino de contraloría, tesorería, auditoría, finanzas e impuestos. También debe entender y aplicar la normatividad financiera y contable nacional e internacional, no quedándose atrás en el uso de las tecnologías de información. Además, tiene que conocer las áreas funcionales de las entidades y la administración de recursos financieros.

No debemos olvidar que una encuesta realizada por el Instituto Tecnológico y de Estudios Superiores de Monterrey (ITESM) revela que el contador es el profesional que más fácilmente accede a la dirección de la empresa tras 10 años de haber egresado de su carrera.

Las acciones para fortalecer la carrera de contador público, entre otras, pueden ser: diferenciar al técnico del profesional en todos los ámbitos, enfatizar sobre la importancia de las acreditaciones y las certificaciones en las instituciones educativas, reestructurar y modernizar el proceso enseñanza-aprendizaje, estar al tanto de nuevos requerimientos del mercado y de diferentes perfiles de los estudiantes que ingresan, utilizar a nuestro favor las nuevas tecnologías y vincularse con los agentes productivos, realizando investigación relevante que apoye su desarrollo. Los retos son: reivindicar la imagen profesional, impulsar la investigación sobre temas contables, actualizar y certificar constantemente a cuerpos docentes y a las instituciones mismas, además de flexibilizar los planes de estudio, ya sea con un grupo de materias comunes e indispensables en cualquier plan de estudios, pero dejando margen amplio para que haya un sello distintivo del profesional egresado de cada institución.

Puede concluirse que la disminución en la matrícula se debe a movimientos normales del mercado por factores independientes a la demanda de contadores públicos.

Entre los factores podemos mencionar la aparición de nuevas carreras con un perfil aproximado o semejante, aunque con un ámbito de acción más reducido y, en algunos casos, diferente. Además, se presenta una disminución en el interés y una mala percepción de la carrera en los alumnos potenciales debido a:

a) La falta de información sobre las posibilidades de desarrollo de la carrera.

b) Proliferación de universidades e instituciones de calidad cuestionable, lo cual merma el valor de la profesión.

El cuidado de la calidad educativa debe ser la premisa que guíe a todas las instituciones de educación superior y a cada uno de los profesores. Además, es muy importante y necesario realizar cambios en el proceso de enseñanza-aprendizaje para formar personas con conocimientos, habilidades, actitudes y comportamientos éticos.

*Blanca Tapia Sánchez es profesora de planta del Tecnológico de Monterrey, campus ciudad de México. Su correo electrónico es btapia@itesm.mx


Seria possível traduzir e publicar como desafios da profissão contábil no Brasil?

Governança: Centena

Segundo o Valor Econômico de hoje (28/02/2007)

Com a chegada da companhia de telecomunicações GVT ao Novo Mercado, o número de empresas listadas em algum dos níveis diferenciados de Governança Corporativa da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) chegou a 101. Criados em dezembro de 2000 pela Bovespa, os segmentos especiais de listagem de empresas oferecem aos acionistas garantias relacionadas às práticas de governança corporativa. O objetivo da bolsa com a criação dos níveis foi ampliar os direitos societários dos acionistas minoritários e aumentar a transparência das companhias, com divulgação de maior volume de informações com melhor qualidade, facilitando o acompanhamento da performance da empresa.

Atualmente, 36 companhias estão no Nível 1. Elas se comprometem com a prestação de informações mínimas ao mercado e com a manutenção de pelo menos 25% das ações em circulação no mercado (o chamado "free float"). Já no Nível 2, há hoje 14 empresas listadas que, além de preencherem os quesitos do Nível 1, também estendem a todos os acionistas detentores de ações preferenciais (PN, sem direito a voto) 80% do prêmio pago aos controladores no caso de venda da companhia. A maior parte das empresas está, no entanto, no Novo Mercado, com 51 companhias. Nesse segmento, o mais elevado em exigências, as empresas se comprometem a ter apenas ações ordinárias (ON, com voto).