Apesar de a conferência sobre o clima ter se estendido por duas semanas, Mark Gongloff descreve o documento final como ainda incompleto: "Como estudantes universitários supercafeinados, o Sultão Al Jaber, John Kerry e outros delegados da COP28 passaram a noite toda para transformar o que poderia ter sido um 'F' em um acordo climático global em um respeitável 'C'. Ainda assim, em sua luta para produzir um pacto histórico, eles deixaram uma omissão gritante que poderia condenar todo o empreendimento a longo prazo: Eles ignoraram o dinheiro". O compromisso de abandonar os combustíveis fósseis até a metade do século não significará nada se as nações em desenvolvimento não conseguirem colocar as mãos em US$ 6 trilhões em financiamento até 2030. Mark diz que o novo acordo da COP "acena vagamente com a mão para essa montanha de dinheiro sem entrar em detalhes sobre quem pagará pelo quê". Durante décadas, os EUA, a Europa e a China praticamente banharam suas cidades e empresas com combustíveis fósseis, transformando-se nas nações megapoluidoras e megarricas que conhecemos hoje. Mudar as regras para as nações mais pobres que ainda estão se desenvolvendo seria injusto, mas é basicamente isso que está acontecendo aqui. É como ordenar que "crianças carentes frequentem a faculdade sem lhes oferecer ajuda financeira", escreve Mark.
O fato de o destino desses países pobres estar sendo decidido em uma cidade tão opulenta e palaciana como Dubai é uma ironia (...) [Em Dubai há] (...) "a enorme Usina de Energia e Complexo de Dessalinização Jebel Ali, capaz de produzir mais de 2 milhões de metros cúbicos de água por dia para alimentar as opulentas piscinas, parques aquáticos e fontes de Dubai - e para fazer neve (para os pinguins, você entende). Alimentada por combustíveis fósseis, a instalação industrial é um lembrete incômodo das maneiras pelas quais os seres humanos exploram o planeta para seus próprios caprichos."(...)
A próxima COP irá ocorrer em outro país produtor de petróleo, o Azerbaidjão.
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