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16 junho 2020

Sem designação

Eis um comunicado que despertou o interesse. A Smiles, empresa originária do sistema de pontuação da Gol, anunciou um novo Diretor Financeiro e de Relações com Investidores. Até aí nada original. Mas ao final do comunicado, a empresa afirmou... Bom é melhor reproduzir o comunicado completo da empresa (grifo meu):

Barueri, 12 de junho de 2020 – A SMILES FIDELIDADE S.A. (B3: SMLS3) (“Smiles” ou "Companhia"), em cumprimento à Instrução CVM nº 358, de 03 de janeiro de 2002, comunica aos seus acionistas e ao mercado em geral que o Conselho de Administração da Companhia aprovou a eleição do Sr. Hugo Reis de Assumpção para o cargo de Diretor Financeiro e de Diretor de Relações com Investidores da Companhia na reunião do conselho de administração realizada na data de hoje, com mandato até a data da reunião do conselho de administração que irá deliberar sobre as demonstrações financeiras relativas ao exercício social de 2020.
O Sr. Hugo Reis de Assumpção é formado em Engenharia Mecânica pela Escola de Engenharia Mauá, possui MBA pelo IBMEC - International Finance e Extensão em Controladoria para Executivos, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O Sr. Hugo é um Executivo com mais de 25 anos de experiência, principalmente em Finanças e Marketing, liderando times em empresas como Accenture, Credicard, Citibank, WPetroleo dentre outras, inclusive no exterior, e no varejo e na prestação de serviços nos EUA, Canadá, Reino Unido, Alemanha, Itália, Espanha e França.
Em razão da eleição do Sr. Hugo, o conselho de administração da Companhia também consignou que o Sr. André Fehlauer, Diretor Presidente da Companhia, deixa de cumular os cargos de Diretor Financeiro e Diretor de Relações com Investidores.
Em razão das deliberações descritas nos itens acima, a Diretoria da Companhia passará a ser composta pelos Srs.: (i) André Fehlauer, como Diretor Presidente; (ii) Hugo Reis de Assumpção, como Diretor Financeiro cumulando [sic] o exercício deste cargo com o de Diretor de Relações com Investidores; e (iii) Murilo Cintra Grassi, como Diretor sem designação específica, todos com mandato até a data da reunião do conselho de administração que deliberar sobre as demonstrações financeiras relativas ao exercício social de 2020.

Fiquei pensando e me perguntei: o que faz um "Diretor sem designação específica" ? Só rindo mesmo.

17 fevereiro 2017

A “Volta por Cima” da Gol

A GOL divulgou seus resultados hoje. Destaque para a reversão no lucro da empresa; no ano de 2015 o prejuízo foi de 4,3 bilhões de reais e no ano passado a empresa obteve um lucro de 1,1 bilhão de reais. Em um ano a empresa teve uma diferença de 5,4 bilhões de reais no resultado. Isto aconteceu sem que ocorresse um aumento substancial da receita (+90 milhões ou 1%), mas com uma redução no custo do serviço prestado (700 milhões) que não justifica este desempenho. A empresa continua tendo um volume muito elevado de despesas financeiras (1271 milhões em 2016 contra 1329 milhões em 2015), mas o que realmente fez diferença foram as variações cambiais: em 2015 foi 2.267 milhões negativos e em 2016 foi 1368 milhões, positivo). Fazendo as contas, a diferença do resultado líquido, de 4,3 bilhões, 3,6 bilhões ou mais de 80% tem esta justificativa.

A empresa divulga que o câmbio médio em 2016 foi de 3,4878 versus 3,3313, uma valorização de 4,7%; mas a taxa de final de período caiu 16.5%, de 3,9048 para 3,2591.

Assim, o desempenho da Gol depende substancialmente de um evento externo – a variação da taxa de câmbio. Se em 2016 o movimento do câmbio foi favorável para empresa, uma reversão pode conduzir a resultados negativos. A nota explicativa 26 informa que a exposição cambial reduziu de 7,3 bilhões para 4,8 bilhões durante o ano de 2016. O grande problema tem sido a dívida em moeda estrangeira, acima dos 3 bilhões de reais. A recente modificação cambial, com um dólar cotado a quase 3 reais ajuda a empresa. Mas isto não possui muita relação com o desempenho das operações da empresa: o caixa das operações ainda é negativo e o lucro das operações é baixo em relação ao ativo.

Ao analisar as demonstrações contábeis da Smiles, a antiga unidade de negócio da Gol na área de fidelização de cliente, temos uma perspectiva distinta. O lucro de 548 milhões para uma receita de 1,5 bilhão indica uma margem líquida de 35%. Com um patrimônio líquido de 635 milhões no final de 2016, o retorno dos acionistas é de 86%.