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01 setembro 2022

PIX e a arrecadação


 Da coluna de Reginaldo de Oliveira

(...) Depois que o Pix foi criado, meio mundo de gente ingressou no sistema bancário e meio mundo de gente está agora fazendo transações financeiras e assim criando uma base de informações preciosas para a Receita Federal. Noutras palavras, milhões de pessoas antes ocultas, agora estão colocando sua vida financeira nas mãos do Fisco. Não demora muito, virá o bote fatal. E novamente, o Fisco vai direcionar todas as suas forças para a população pobre, enquanto o legislador cooptado vai criar infinidades de mecanismos legais para livrar o rico dessa nova taxação.

O entranhamento por completo do Fisco na vida financeira da sociedade vai levar à criação de um tributo nos moldes da CPMF que vai gerar somas astronômicas de arrecadação. Com isso, será possível reduzir a escandalosa tributação do consumo e ao mesmo tempo continuar não tributando o rico. Na verdade, toda essa engenharia confiscatória está sendo desenhada exatamente pela elite aristocrática, através de influenciadores e pseudointelectuais e suas teses mirabolantes que manobram o poder público e a sociedade como um todo.

Isto é bem controverso e acho que faltou considerar a relação custo-benefício. Mas pode fazer sentido, considerando que um dos candidatos para presidente tem como vice o defensor da figura do imposto único. 

Acrescento que o Pix, pela facilidade de uso, tende aumentar o consumo, em relação ao dinheiro vivo. Vale uma olhada nas sociedades que possuem uma resistência as modernidades bancárias, como a Alemanha. 

Foto: Giorgio Trovato

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