Proposta de Deliberação que aprova o Pronunciamento Técnico CPC 06 (R2) – Operações de Arrendamento Mercantil (correspondente ao IFRS 16 – Leasing)
“O novo pronunciamento altera de maneira mais substancial a contabilidade das entidades arrendatárias, sendo também requeridas certas divulgações no caso das entidades arrendadoras.” – José Carlos Bezerra, superintendente de normas contábeis e de auditoria (SNC).
O objetivo do novo pronunciamento é garantir que arrendatários e arrendadores forneçam informações relevantes de modo que representem fielmente essas transações.
Essas informações fornecem a base para que usuários de demonstrações contábeis avaliem o efeito que os arrendamentos têm sobre a posição financeira, o desempenho financeiro e os fluxos de caixa da entidade.
A nova revisão do CPC 06 (R2) terá vigência aos exercícios sociais que se iniciarem a partir de 1/1/2019.
Aqui
02 junho 2017
Os auditores da JBS
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão regulador do mercado de capitais, instaurou dois processos administrativos para fiscalizar os auditores indepententes que assinaram os balanços do frigorífico JBS entre 2009 e 2016, de acordo com comunicado enviado nesta quinta-feira (1).
Os dois processos administrativos foram instaurados no dia 23 de maio e foram solicitados pela Superintendência de Normas Contábeis e de Auditoria.
Uma das empresas investigadas é a BDO RCS Auditores Independentes, que assinou os demonstrativos financeiros da companhia entre 2013 e 2016. A outra é a KPMG Auditores Independentes, responsável pelo balanço de 2009 e 2012.
Fonte: Aqui
Os dois processos administrativos foram instaurados no dia 23 de maio e foram solicitados pela Superintendência de Normas Contábeis e de Auditoria.
Uma das empresas investigadas é a BDO RCS Auditores Independentes, que assinou os demonstrativos financeiros da companhia entre 2013 e 2016. A outra é a KPMG Auditores Independentes, responsável pelo balanço de 2009 e 2012.
Fonte: Aqui
Chance de Perder o Emprego para um robô
Este site mostra qual a chance de um robô tomar seu trabalho. O trabalho tradicional de contabilidade irá sofrer muito: existe 94% de chance do contador e auditor perder o emprego para um robô. É praticamente a mesma chance dos contabilistas e pessoas que trabalham com impostos. Mas o analista financeiro a chance é menor: 23%. Assim como para advogados (3,5%), economistas (43%), estimadores de custos (57%) e analista financeiro (23%)
Links
Sobre o conceito de micro-entidade para fins de contabilidade: uma discussão comparativa com alguns países
PCAOB dos Estados Unidos aprovam um novo relatório de auditoria
Primeira grande mudança em 70 anos
Inclui Critical Audit Matters e irá incluir a frase "whether due to error or fraud" nas suas responsabilidades
JBS prepara para enfrentar a justiça dos EUA
PCAOB dos Estados Unidos aprovam um novo relatório de auditoria
Primeira grande mudança em 70 anos
Inclui Critical Audit Matters e irá incluir a frase "whether due to error or fraud" nas suas responsabilidades
JBS prepara para enfrentar a justiça dos EUA
Frase
Baseado na nossa experiência, recomendamos o reconhecimento dos efeitos da inflação seja feito quando a taxa de inflação acumulada em três anos for de 26% (aproximadamente 8% ao ano)
Sugestão do GLASS (Grupo da América Latina de Reguladores Contábeis) em encontro no início de maio. Pelo levantamento do grupo, cerca de 50 países ultrapassaram este número pelo menos uma vez entre 2010 a 2014. O Brasil chegou perto: 19,37%. Atualmente o parâmetro é de 100% em três anos. Por este critério, o número de países cairia de 50 para 4 países do mundo.
Sugestão do GLASS (Grupo da América Latina de Reguladores Contábeis) em encontro no início de maio. Pelo levantamento do grupo, cerca de 50 países ultrapassaram este número pelo menos uma vez entre 2010 a 2014. O Brasil chegou perto: 19,37%. Atualmente o parâmetro é de 100% em três anos. Por este critério, o número de países cairia de 50 para 4 países do mundo.
Exxon e o Ambiente: mensuração na contabilidade da empresa
Um notícia importante do NY Times sobre a questão ambiental nas empresas de petróleo. Mais especificamente sobre a Exxon:
Durante anos a Exxon Mobil insistiu que nas suas decisões de investimento levava em consideração o que a poluição por carbono poderia custar para a empresa.
(...) há evidências que a empresa (...) exagerou o valor dos seus ativos, fraudando os acionistas (...) "a evidência sugere não só que as informações públicas da Exxon sobre suas práticas de gerenciamento de risco eram falsas e enganosas, mas que a Exxon estava no meio de um esquema fraudulento para investidores e o público em geral".
O foco do texto do NYTimes é um relatório que a empresa divulgou em 2014 sobre o risco da empresa com as mudanças climáticas e como isto poderia prejudicar seus negócios. Esta semana os acionistas aprovaram uma medida para que a empresa tenha uma contabilidade mais aberta e detalhada. Um problema são as reservas que a empresa diz que possui. Ao avaliar estas reservas, a Exxon não considera a possibilidade de existir uma grande pressão pública para que estas reservas não sejam exploradas. Isto, naturalmente, poderia reduzir o seu valor na contabilidade da empresa. Além disto, parece que a empresa usa um número interno mais realista para o custo relacionado com o efeito estufa.
Durante anos a Exxon Mobil insistiu que nas suas decisões de investimento levava em consideração o que a poluição por carbono poderia custar para a empresa.
(...) há evidências que a empresa (...) exagerou o valor dos seus ativos, fraudando os acionistas (...) "a evidência sugere não só que as informações públicas da Exxon sobre suas práticas de gerenciamento de risco eram falsas e enganosas, mas que a Exxon estava no meio de um esquema fraudulento para investidores e o público em geral".
O foco do texto do NYTimes é um relatório que a empresa divulgou em 2014 sobre o risco da empresa com as mudanças climáticas e como isto poderia prejudicar seus negócios. Esta semana os acionistas aprovaram uma medida para que a empresa tenha uma contabilidade mais aberta e detalhada. Um problema são as reservas que a empresa diz que possui. Ao avaliar estas reservas, a Exxon não considera a possibilidade de existir uma grande pressão pública para que estas reservas não sejam exploradas. Isto, naturalmente, poderia reduzir o seu valor na contabilidade da empresa. Além disto, parece que a empresa usa um número interno mais realista para o custo relacionado com o efeito estufa.
Por que copiar pessoas bem-sucedidas é uma má ideia?
O Presh Talwalkar do Mind Your Decisions fez uma análise interessante sobre a febre de conselhos de especialistas. As pessoas de sucesso recebem toda a atenção: de atletas campeões a líderes de sucesso. Então o que há de errado em copiar uma estratégia que alguém já provou que ela funciona?
A base foi o seguinte vídeo (há legendas em inglês, mas não em português):
Eis um sumário:
Copiar pessoas de sucesso é um erro pois pessoas bem-sucedidas são amostras aleatórias. Para avaliar uma estratégia, você precisa considerar os resultados típicos. Assim como você não julgaria uma dieta com base em algumas histórias de sucesso, você não deveria acreditar em uma estratégia de negócios com base em algumas poucas empresas lucrativas.
1. Pegue o e-mail de 50.000 pessoas e afirme ser capaz de prever o mercado acionário.
2. Para a metade das pessoas, fale que o mercado ficará estacionário ou subirá; para a outra metade diga que o mercado cairá.
3. Após uma semana, o mercado seguirá uma das duas previsões. Agora, então, siga com as 25.000 pessoas que receberam a previsão correta.
4. Repita o processo: mande para metade das pessoas uma previsão de que o mercado se manterá estável ou aumentará; envie para a outra metade uma previsão de que o mercado acionário cairá.
5. Repita o processo ao remover as pessoas que receberam a previsão errada.
6. Após 10 semanas haverá 50 pessoas que receberam apenas informações corretas e pensarão que o seu sistema de previsão funciona. Se cada um deles investir RS10.000, você poderá arrecadar RS 500.000.
O grupo que recebeu apenas previsões perfeitas só estará considerando o seu sucesso e não o processo como um todo, que teve várias falhas ao longo do caminho. Focar apenas os itens que “sobreviveram” a filtragem semanal é um exemplo de viés de sobrevivência.
Presh Talwalkar ressalta que no livro “Em Busca da Excelência” (Tom Peters, Robert H. Waterman) os autores descrevem 8 traços de sucesso de um grupo de 50 empresas utilizando dados de 1961 a 1980. Um estudo observou 35 empresas de capital aberto desde a publicação do livro, em 1982, até o fim de 2012. As companhias como um todo não tiveram um bom desempenho: 20 tinham retornos de mercado abaixo da média e 5 abriram falência.
Talwalkar afirma que por causa do viés de sobrevivência você deve ser cético a respeito de resultados baseados em uma amostra completamente aleatória. Você deverá analisar a estratégia com base em falhas e sucessos. Por exemplo, diversas pessoas seguem uma dieta da moda porque outras pessoas perderam vários quilos com ela. Esse comportamento ignora as falhas previsíveis de dietas da moda: se alguma delas funcionou antes, não haveria a necessidade de um novo tipo de dieta.
A maioria das pessoas cai no viés da sobrevivência e, então, aparecem várias reportagens e livros com conselhos enganosos do porquê se copiar pessoas de sucesso.
A base foi o seguinte vídeo (há legendas em inglês, mas não em português):
Eis um sumário:
Copiar pessoas de sucesso é um erro pois pessoas bem-sucedidas são amostras aleatórias. Para avaliar uma estratégia, você precisa considerar os resultados típicos. Assim como você não julgaria uma dieta com base em algumas histórias de sucesso, você não deveria acreditar em uma estratégia de negócios com base em algumas poucas empresas lucrativas.
1. Pegue o e-mail de 50.000 pessoas e afirme ser capaz de prever o mercado acionário.
2. Para a metade das pessoas, fale que o mercado ficará estacionário ou subirá; para a outra metade diga que o mercado cairá.
3. Após uma semana, o mercado seguirá uma das duas previsões. Agora, então, siga com as 25.000 pessoas que receberam a previsão correta.
4. Repita o processo: mande para metade das pessoas uma previsão de que o mercado se manterá estável ou aumentará; envie para a outra metade uma previsão de que o mercado acionário cairá.
5. Repita o processo ao remover as pessoas que receberam a previsão errada.
6. Após 10 semanas haverá 50 pessoas que receberam apenas informações corretas e pensarão que o seu sistema de previsão funciona. Se cada um deles investir RS10.000, você poderá arrecadar RS 500.000.
O grupo que recebeu apenas previsões perfeitas só estará considerando o seu sucesso e não o processo como um todo, que teve várias falhas ao longo do caminho. Focar apenas os itens que “sobreviveram” a filtragem semanal é um exemplo de viés de sobrevivência.
Presh Talwalkar ressalta que no livro “Em Busca da Excelência” (Tom Peters, Robert H. Waterman) os autores descrevem 8 traços de sucesso de um grupo de 50 empresas utilizando dados de 1961 a 1980. Um estudo observou 35 empresas de capital aberto desde a publicação do livro, em 1982, até o fim de 2012. As companhias como um todo não tiveram um bom desempenho: 20 tinham retornos de mercado abaixo da média e 5 abriram falência.
Talwalkar afirma que por causa do viés de sobrevivência você deve ser cético a respeito de resultados baseados em uma amostra completamente aleatória. Você deverá analisar a estratégia com base em falhas e sucessos. Por exemplo, diversas pessoas seguem uma dieta da moda porque outras pessoas perderam vários quilos com ela. Esse comportamento ignora as falhas previsíveis de dietas da moda: se alguma delas funcionou antes, não haveria a necessidade de um novo tipo de dieta.
A maioria das pessoas cai no viés da sobrevivência e, então, aparecem várias reportagens e livros com conselhos enganosos do porquê se copiar pessoas de sucesso.
01 junho 2017
Links
Vídeo: a dificuldade de pronunciar Covfefe (uma palavra digitada por Trump no seu Twitter que ninguém sabe o que é)
HSBC faz parceria com empresa de AI para reduzir a lavagem de dinheiro
Toshiba e a falta do parecer do auditor
Eletrobras x Petrobras = briga de duas estatais por R$1,7 bilhão na justiça
Uber tem prejuízo
Wells Fargo: "sem fraude, a matemática não funciona"
HSBC faz parceria com empresa de AI para reduzir a lavagem de dinheiro
Toshiba e a falta do parecer do auditor
Eletrobras x Petrobras = briga de duas estatais por R$1,7 bilhão na justiça
Uber tem prejuízo
Wells Fargo: "sem fraude, a matemática não funciona"
Frase
O modelo de "rede global" da indústria de auditoria é o veículo legal usado para gerar responsabilidade, em uma versão Big Four de Catch Me If You Can . (Francine McKenna)
Segundo a McKenna, o modelo das empresas de auditoria é estabelecer sócios, até que surja um problema. Quando atende uma empresa em qualquer lugar do mundo, a auditoria enfatiza a rede global necessária para suprir as necessidades dos clientes. Se ocorre problema, negam a estrutura, para evitar responsabilidade legal. McKenna foca no caso da PwC, que "evitou" ver um problema de despesa pessoal com dinheiro da Fifa.
Segundo a McKenna, o modelo das empresas de auditoria é estabelecer sócios, até que surja um problema. Quando atende uma empresa em qualquer lugar do mundo, a auditoria enfatiza a rede global necessária para suprir as necessidades dos clientes. Se ocorre problema, negam a estrutura, para evitar responsabilidade legal. McKenna foca no caso da PwC, que "evitou" ver um problema de despesa pessoal com dinheiro da Fifa.
Notícias, notícias e notícias
Quatro textos diferentes, com origens diferentes, provocam uma reflexão sobre notícias e jornalismo. Comecemos por dois textos acadêmicos.
No início desta semana postamos um resumo de uma pesquisa realizada na França sobre a propagação de notícias. O advento dos meios modernos de comunicação aumentou o tempo que uma notícia é divulgada pelos meios de comunicação, através do mecanismo do “colar copiar”. A pesquisa mostrou que a rapidez na propagação é decorrente da cópia, mas que a reputação pode ajudar a resolver em parte este problema. A pesquisa é importante por discutir um aspecto bastante comum nos dias atuais, que é a reprodução de notícias. Mais do que a redução no custo de produção de notícias, tivemos uma substancial queda no custo de reprodução. Isto não ocorreu somente com o jornalismo, mas também com os livros acadêmicos - onde a cultura do PDF expandiu e fez cair a venda das obras, ou nos filmes, onde novos canais de acesso e o aumento da oferta derrubou os preços (vide Netflix ou torrents).
Ontem Danielle Nunes defendeu sua tese sobre Incerteza Política (vide aqui uma postagem do blog). A professora utilizou a base de dados do jornal O Globo de 1985 a 2015 para verificar o comportamento mensal dos fatos políticos que podem ter afetado o mercado acionário brasileiro. Os resultados mostram que o mercado sofre influencia da incerteza doméstica e daquela originária de outros países. O jornalismo, representado no estudo pelas notícias do jornal carioca, seria a expressão deste sentimento de incerteza.
As duas pesquisas citadas acima mostram a relevância das notícias sob a ótica acadêmica. Não menos importante para esta reflexão são dois textos postados na rede.
O primeiro é uma análise da relação entre notícia e dinheiro, feita no blog Stumbling And Mumbling. A discussão é o papel do dinheiro sobre a produção de notícias. Dillow pergunta se a presença de dinheiro na produção de notícias poderia afetar sua qualidade e se o jornalismo seria diferente. Ele faz uma ligação com textos acadêmicos, que teriam a mesma questão para responder: a pesquisa mudaria se não houvesse dinheiro envolvido? Não buscamos de forma obsessiva o p-valor dos resultados? Creio que o dinheiro não é o único motivador da escrita: afinal este blog existe há 11 anos. Mas prestígio intelectual, idealismo e necessidade de compartilhar nossos pensamentos também podem ser relevantes. O leitor precisa ver como ficamos (eu, Isabel e Pedro) contentes quando recebemos elogios.
O último é um texto longo do promarket sobre o jornalismo empresarial . Representa um resumo de um painel no Stigler Center, mas existe uma nas linhas uma grande decepção com este tipo de texto. E isto inclui críticas a enorme dependência de relatórios produzidos pelas empresas, ao invés de buscar uma análise mais crítica, o que torna os jornalistas dependentes das fontes e passíveis de serem enganados. O texto lembra duas pesquisas conduzidas por Dyck e Zingales, uma de 2002 e outra de 2008 - esta com a participação de Moss, onde a imprensa é analisada sob a ótica corporativa. Alguns dos painelistas focam suas críticas as empresas que controlam as notícias, que exclui ponto de vista marginal e afastam os textos investigativos.
Talvez a única certeza seja que a discussão não acabou.
No início desta semana postamos um resumo de uma pesquisa realizada na França sobre a propagação de notícias. O advento dos meios modernos de comunicação aumentou o tempo que uma notícia é divulgada pelos meios de comunicação, através do mecanismo do “colar copiar”. A pesquisa mostrou que a rapidez na propagação é decorrente da cópia, mas que a reputação pode ajudar a resolver em parte este problema. A pesquisa é importante por discutir um aspecto bastante comum nos dias atuais, que é a reprodução de notícias. Mais do que a redução no custo de produção de notícias, tivemos uma substancial queda no custo de reprodução. Isto não ocorreu somente com o jornalismo, mas também com os livros acadêmicos - onde a cultura do PDF expandiu e fez cair a venda das obras, ou nos filmes, onde novos canais de acesso e o aumento da oferta derrubou os preços (vide Netflix ou torrents).
Ontem Danielle Nunes defendeu sua tese sobre Incerteza Política (vide aqui uma postagem do blog). A professora utilizou a base de dados do jornal O Globo de 1985 a 2015 para verificar o comportamento mensal dos fatos políticos que podem ter afetado o mercado acionário brasileiro. Os resultados mostram que o mercado sofre influencia da incerteza doméstica e daquela originária de outros países. O jornalismo, representado no estudo pelas notícias do jornal carioca, seria a expressão deste sentimento de incerteza.
As duas pesquisas citadas acima mostram a relevância das notícias sob a ótica acadêmica. Não menos importante para esta reflexão são dois textos postados na rede.
O primeiro é uma análise da relação entre notícia e dinheiro, feita no blog Stumbling And Mumbling. A discussão é o papel do dinheiro sobre a produção de notícias. Dillow pergunta se a presença de dinheiro na produção de notícias poderia afetar sua qualidade e se o jornalismo seria diferente. Ele faz uma ligação com textos acadêmicos, que teriam a mesma questão para responder: a pesquisa mudaria se não houvesse dinheiro envolvido? Não buscamos de forma obsessiva o p-valor dos resultados? Creio que o dinheiro não é o único motivador da escrita: afinal este blog existe há 11 anos. Mas prestígio intelectual, idealismo e necessidade de compartilhar nossos pensamentos também podem ser relevantes. O leitor precisa ver como ficamos (eu, Isabel e Pedro) contentes quando recebemos elogios.
O último é um texto longo do promarket sobre o jornalismo empresarial . Representa um resumo de um painel no Stigler Center, mas existe uma nas linhas uma grande decepção com este tipo de texto. E isto inclui críticas a enorme dependência de relatórios produzidos pelas empresas, ao invés de buscar uma análise mais crítica, o que torna os jornalistas dependentes das fontes e passíveis de serem enganados. O texto lembra duas pesquisas conduzidas por Dyck e Zingales, uma de 2002 e outra de 2008 - esta com a participação de Moss, onde a imprensa é analisada sob a ótica corporativa. Alguns dos painelistas focam suas críticas as empresas que controlam as notícias, que exclui ponto de vista marginal e afastam os textos investigativos.
Talvez a única certeza seja que a discussão não acabou.
Dinheiro para não falir
A Comissão Europeia e Itália concordaram em resgatar o banco problemático Monte dei Paschi di Siena, desenhando um projeto de plano de reestruturação que envolve cortes significativos de custos, algum bail-in da parte dos investidores, atingindo as obrigações, e a imposição de tectos à remuneração da administração, avança o FT.
Fonte: Aqui. É o dilema de salvar ou não um banco. Neste caso, uma instituição que existe desde 1472. Provavelmente a idade da instituição deve ter pesado na decisão: muito antigo para falir, então.
Fonte: Aqui. É o dilema de salvar ou não um banco. Neste caso, uma instituição que existe desde 1472. Provavelmente a idade da instituição deve ter pesado na decisão: muito antigo para falir, então.
Fraude fiscal no futebol
O agente de futebol Wagner Ribeiro foi condenado por fraude fiscal
. A sentença é de cinco anos de prisão. Ribeiro declarou que entre 2002 a 2005 teve rendimentos de 580 mil reais, quando o valor verdadeiro seria 4,3 milhões de reais.
Apesar de recorrer em liberdade, Ribeiro terá que entregar o passaporte, o que impede de sair do país.
O agente esteve também envolvido na controversa transação de transferência de Neymar para o Barcelona e trabalha também para Gabriel Gabigol, Vinícius Junior, Robinho e Lucas Lima.
. A sentença é de cinco anos de prisão. Ribeiro declarou que entre 2002 a 2005 teve rendimentos de 580 mil reais, quando o valor verdadeiro seria 4,3 milhões de reais.
Apesar de recorrer em liberdade, Ribeiro terá que entregar o passaporte, o que impede de sair do país.
O agente esteve também envolvido na controversa transação de transferência de Neymar para o Barcelona e trabalha também para Gabriel Gabigol, Vinícius Junior, Robinho e Lucas Lima.
Rir é o melhor remédio
Jackie apagou uma questão da prova com corretivo:
Fonte: Aqui
![]() |
| "Jackie, você não pode simplesmente apagar uma questão que não quer responder." |
31 maio 2017
Contabilidade forense como instrumento de investigação
Resumo
Neste artigo, investigou-se a percepção dos profissionais que atuam em atividades relacionadas ao combate à lavagem de capitais sobre a importância da Contabilidade Forense, como instrumento auxiliar nas práticas investigativas desse delito econômico-financeiro. Foi aplicado um questionário estruturado, submetido aos 84 participantes do módulo III do Curso de Combate à Lavagem de Dinheiro do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional do Ministério da Justiça do Brasil, ocorrido em março de 2009. O estudo permitiu concluir que a Contabilidade Forense é percebida como um componente relevante no combate à lavagem de capitais e na produção de provas no processo investigatório das organizações criminosas. Os respondentes também são da opinião de que há uma demanda de cursos de graduação e de pós-graduação, para capacitar os profissionais que atuam nessa área, tendo em vista o grau de sofisticação de tais crimes, que configuram uma modalidade criminosa não convencional. Todos os contadores e economistas da amostra têm intenção em participar de cursos de pós-graduação em Contabilidade Forense, opinião compartilhada por 69% dos respondentes que não têm formação em ciências contábeis e economia. A maioria dos profissionais da amostra se utilizou dos serviços de profissionais, com conhecimentos econômico-financeiros, na condução de atividades de combate à lavagem de dinheiro.
Fonte: Aqui
Neste artigo, investigou-se a percepção dos profissionais que atuam em atividades relacionadas ao combate à lavagem de capitais sobre a importância da Contabilidade Forense, como instrumento auxiliar nas práticas investigativas desse delito econômico-financeiro. Foi aplicado um questionário estruturado, submetido aos 84 participantes do módulo III do Curso de Combate à Lavagem de Dinheiro do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional do Ministério da Justiça do Brasil, ocorrido em março de 2009. O estudo permitiu concluir que a Contabilidade Forense é percebida como um componente relevante no combate à lavagem de capitais e na produção de provas no processo investigatório das organizações criminosas. Os respondentes também são da opinião de que há uma demanda de cursos de graduação e de pós-graduação, para capacitar os profissionais que atuam nessa área, tendo em vista o grau de sofisticação de tais crimes, que configuram uma modalidade criminosa não convencional. Todos os contadores e economistas da amostra têm intenção em participar de cursos de pós-graduação em Contabilidade Forense, opinião compartilhada por 69% dos respondentes que não têm formação em ciências contábeis e economia. A maioria dos profissionais da amostra se utilizou dos serviços de profissionais, com conhecimentos econômico-financeiros, na condução de atividades de combate à lavagem de dinheiro.
RIBEIRO, A.
A. D.; RODRIGUES, R. N.; PRAZERES, R. V.; DE ARAÚJO, J. G. Um Estudo sobre a
Relevância da Contabilidade Forense como Instrumento de Investigação: A
Percepção de Profissionais Ligados ao Combate à Lavagem de Capitais. Revista de
Gestão, Finanças e Contabilidade, ISSN 2238-5320, UNEB, Salvador, v. 6, n. 1,
p. 45-75, jan./abr., 2016.
Fonte: Aqui
Incerteza Política
O gráfico a seguir reflete a incerteza política no Brasil. Calculado por Baker, Bloom e Davis (vide aqui) a partir dos textos publicados no jornal Folha de S. Paulo. Analisando os textos, o método busca algumas palavras que refletem “incerteza”. A crise de 2008 aumento este índice para valores acima de 300. Em setembro de 2015 o índice atingiu 457, para recuar e voltar a subir no início de 2016 (473 em abril de 2016). Em março de 2017 atingiu seu ponto máximo, com 677 pontos.
Quanto maior, maior a incerteza política. Segundo o índice criado pelos autores, na história recente do nosso país, este é o momento de maior incerteza política.
Estes dados foram confirmados por Danielle Nunes, na sua tese de doutorado “Incerteza Política” (orientação do prof. Otávio Medeiros, PPGA da UnB), que desenvolveu um índice próprio para esta mensuração, mas chegou a mesma conclusão.
Quanto maior, maior a incerteza política. Segundo o índice criado pelos autores, na história recente do nosso país, este é o momento de maior incerteza política.
Estes dados foram confirmados por Danielle Nunes, na sua tese de doutorado “Incerteza Política” (orientação do prof. Otávio Medeiros, PPGA da UnB), que desenvolveu um índice próprio para esta mensuração, mas chegou a mesma conclusão.
30 maio 2017
Estimativa da multa da JBS: 31 bilhões
A conta leva em consideração os R$ 11 bilhões requeridos pelo Ministério Público Federal (MPF) como acordo de leniência da empresa, pelo crimes confessados pelos sócios controladores, R$ 15 bilhões por suposto ágil [sic] artificial gerado na fusão da empresa com o Grupo Bertin, até R$ 510 milhões que podem ser aplicadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) se comprovado que a empresa fez uso de informação privilegiada para comprar dólar antes da divulgação da delação da JBS, o que causou uma esticada na cotação do dólar.
Fonte: aqui. Será que não haverá multa em outros países? Tenho dúvidas, em razão das operações internacionais da empresa e eventuais prejuízos provocados.
Fonte: aqui. Será que não haverá multa em outros países? Tenho dúvidas, em razão das operações internacionais da empresa e eventuais prejuízos provocados.
Fraude no Imposto de Renda
A Polícia Federal e a Receita Federal deflagaram nesta terça-feira, 30, em Belo Horizonte operação contra quadrilha que fraudava declarações do Imposto de Renda (IR) para recebimento de restituições de pessoas físicas. O prejuízo estimado aos cofres públicos pode superar R$ 12 milhões, segundo a Polícia Federal.
A fraude ocorria com a inserção irregular, por contadores ligados a construtoras, de dados de parentes para o recebimento das restituições. Houve ainda participação de pelo menos uma auxiliar administrativa nas irregularidades. As investigações mostraram que a fraude ocorria desde 2011. A PF afirma que, a princípio, não há provas de que as empresas participavam do esquema.
A notícia não teria nada de anormal. Exceto pelo nome:
A operação foi batizada de Date a Cesare, uma referência à expressão "Dai a César o que é de César".
A fraude ocorria com a inserção irregular, por contadores ligados a construtoras, de dados de parentes para o recebimento das restituições. Houve ainda participação de pelo menos uma auxiliar administrativa nas irregularidades. As investigações mostraram que a fraude ocorria desde 2011. A PF afirma que, a princípio, não há provas de que as empresas participavam do esquema.
A notícia não teria nada de anormal. Exceto pelo nome:
A operação foi batizada de Date a Cesare, uma referência à expressão "Dai a César o que é de César".
Assinar:
Comentários (Atom)









