Atualizei os links (esquerda do blog). Aqui mais alguns links de interesse:
1)Responsabilidade legal do auditor
2) Blog sobre IFRS (dica de Marcos César)
3) Dicas de boa apresentação
4) Ex-funcionário da Siemes condenado por corrupção
28 julho 2008
26 julho 2008
O valor da nota de uma nota

Quanto vale uma nota de 100 bilhões? No Zimbabwe, três ovos. Conforme postado anteriormente, o governo do Zimbabwe lançou novas cédulas de dólares do Zimbabwe. A figura (fonte, aqui) mostra o que se pode comprar com essa nota. Mas já surgiu a notícia que cédulas destas estão sendo vendidas no eBay.
Segundo o Carpe Diem uma nota de 100 bilhões está sendo oferta no eBay por entre 50 dólares a 70 dólares.
A figura abaixo, da The Economist, lembra os principais processos de hiperinflação mundial.
Fraude usando uma Planilha
Parece piada, mas não é. Segundo a CFO Magazine (SEC: Ex-CFO Used Spreadsheets for Fraud, Stephen Taub, 22/julho/2007) o CFO de uma empresa escondia a conciliação entre a informação financeira divulgada e a fraude com “fonte branca” na sua planilha.
Efeito colateral
A implantação da Sarbox apresenta, segundo a Association of Certified Fraud Examiners, um efeito collateral: está mais difícil descobrir a fraude numa empresa.
The ACFE report surveyed 959 cases of reported occupational fraud that were examined by certified fraud examiners from 2006 to 2008. The report breaks down fraud into three broad categories: fraudulent statements (most notably financial statement fraud, but also false employment credentials or falsification of internal and external documents), asset misappropriation (for example, larceny, skimming, fraudulent disbursements), and corruption (including bribery, illegal gratuities, economic extortion, invoice kickbacks, and bid rigging).
Of all of these types of fraud, the report said, financial statement fraud proved the most costly. The median loss for the 99 companies experiencing financial statement fraud during the study period was $2 million.
Veja Aqui também
The ACFE report surveyed 959 cases of reported occupational fraud that were examined by certified fraud examiners from 2006 to 2008. The report breaks down fraud into three broad categories: fraudulent statements (most notably financial statement fraud, but also false employment credentials or falsification of internal and external documents), asset misappropriation (for example, larceny, skimming, fraudulent disbursements), and corruption (including bribery, illegal gratuities, economic extortion, invoice kickbacks, and bid rigging).
Of all of these types of fraud, the report said, financial statement fraud proved the most costly. The median loss for the 99 companies experiencing financial statement fraud during the study period was $2 million.
Veja Aqui também
Concentração ou Criatividade
“Muitos estimulantes, como cafeina, Adderall e Ritalin aumenta o foco (...). Concentração vem com um alto custo de reduzir a criatividade. “Existe uma boa razão para Google colocar mesa de Ping-Pong nos escritórios”, Kounios diz. “Se você quer encorajar idéias, então encoraje as pessoas a relaxar.
The Eureka Hunt
The Eureka Hunt
25 julho 2008
Desafios da Contabilidade Internacional
Dentro deste tema vejam uma dissertação de mestrado de autoria do Prof. Tiago Henrique de Souza Echternacht, orientada pelo professor Jorge Katsumi Niyama da UNB, por título "O ensino da contabilidade internacional nos cursos de graduação em ciências contábeis do Brasil". O trabalho apresenta uma boa discussão sobre o ensino da contabilidade internacional no Brasil, mostrando a realidade nas principais IESAlexandre Alcantara
Parabéns ao são-paulino Tiago.
Acontece nas melhores famílias
Um relatório do governo norte-americano (em Reports Find Errors and Fraud in Small Business Administration Contracts, New York Times, Elizabeth Olson, 24/07/2008) mostra que milhões de dólares em contratos federais que deveriam ser destinados a pequenas empresas terminaram por premiar empresas como Xerox e John Deere.
Entre as razões apontadas para esse problema está erro na entrada das informações; dados incorretos (algumas empresas constavam como pequenas empresas na base de dados); e falha dos servidores em verificar o tamanho real dos negócios.
Entre as razões apontadas para esse problema está erro na entrada das informações; dados incorretos (algumas empresas constavam como pequenas empresas na base de dados); e falha dos servidores em verificar o tamanho real dos negócios.
Hoteis mais Caros do Mundo
Custo do quarto por noite
1. Penthouse Suite, The Hotel Martinez, Cannes, France, Pounds 18,624;
2. Royal Penthouse Suite, President Wilson Hotel, Geneva, Pounds 17,523;
3. The Royal Villa, Grand Resort Lagonissi, Athens, Greece, Pounds 17,066;
4. Presidential Suite, Hotel Cala di Volpe, Costa Smeralda, Sardinia, Pounds 13,656;
5. Bridge Suite, Atlantis, Paradise Island, Bahamas, Pounds 12,516;
6. Palace Suite, Elounda Beach Hotel, Crete, Greece, Pounds 10,528;
7. Royal Suite, Plaza Athenee, Paris, Pounds 8,758;
8. African Sapphire Villa, Altamer, Anguilla, Pounds 5,721;
9. Presidential Suite, the Intercontinental, Hong Kong, Pounds 5,599;
10. Royal Suite, Burj Al Arab, Dubai, United Arab Emirates, Pounds 5,457
Source: Forbes/The Times (Top ten;Most expensive hotel rooms, by cost per night;The Daily Universal Register)
1. Penthouse Suite, The Hotel Martinez, Cannes, France, Pounds 18,624;
2. Royal Penthouse Suite, President Wilson Hotel, Geneva, Pounds 17,523;
3. The Royal Villa, Grand Resort Lagonissi, Athens, Greece, Pounds 17,066;
4. Presidential Suite, Hotel Cala di Volpe, Costa Smeralda, Sardinia, Pounds 13,656;
5. Bridge Suite, Atlantis, Paradise Island, Bahamas, Pounds 12,516;
6. Palace Suite, Elounda Beach Hotel, Crete, Greece, Pounds 10,528;
7. Royal Suite, Plaza Athenee, Paris, Pounds 8,758;
8. African Sapphire Villa, Altamer, Anguilla, Pounds 5,721;
9. Presidential Suite, the Intercontinental, Hong Kong, Pounds 5,599;
10. Royal Suite, Burj Al Arab, Dubai, United Arab Emirates, Pounds 5,457
Source: Forbes/The Times (Top ten;Most expensive hotel rooms, by cost per night;The Daily Universal Register)
Seguros e Contabilidade

A The Economist (Insurance: Black box blues, 24/07/2008) apresenta o momento ruim do setor de seguros. Mas uma das questões é a contabilidade. As normas do IFRS são criticadas. A alternativa é o Embedded Value (EV), que representa o capital dos acionistas mais lucros futuros que se espera gerar com a carteira atual, ajustada ao risco.
Uma alternativa proposta agora é o Market Consistent Embedded Value (MCEV)
The good news is that the industry is taking note. In June, a forum of Europe’s biggest insurers agreed to implement new Market Consistent Embedded Value (MCEV) rules in 2009. These require companies to make uniform assumptions about investment returns and apply the reporting standard across the entire company. In addition it will no longer be possible to book at once the profit expected from holding risky assets. Mr Crean argues that MCEV standards make it easier to see how much cash is being generated by the "back book" of existing business and how much of this is being reinvested in new business, rather than being handed to shareholders as dividends.
IFRS e US GAAP
"(...) a melhor maneira de ver a diferença é de observar os resultados. Aqueles que vivem e respiram o US GAAP passam mais tempo debatendo a questão "que item deve ser aplicado?". A título de comparação, amantes da IFRS passam mais tempo questionando "como é que vamos comunicar melhor com o que a regra permite?".
Less is more on IFRS - Ian Wright - 24/07/2008 - Accountancy Age
Less is more on IFRS - Ian Wright - 24/07/2008 - Accountancy Age
Tam e Gol
Abaixo, um interessante estudo de caso para uma aula de Análise Econômico-Financeira.
Custo maior e lucro menor jogam ação para baixo
Valor Econômico - 25/07/2008
A indefinição jurídica em relação à possível transferência de dívidas da antiga Varig para a Gol não é o único problema resultante da aquisição da VRG, a "nova Varig". O novo negócio também impacta o balanço da Gol, que vem mostrando aumento nos custos, redução nos lucros e um caixa menor. Esses indicadores ajudam a explicar a queda brutal dos preços das ações da companhia, de 62% neste ano. No mesmo período, os papéis da rival TAM caíram 21,7%.
A análise dos balanços das duas empresas no primeiro trimestre mostra que a Gol está em desvantagem. Embora sua receita tenha crescido bem mais do que a da TAM (54% contra 23%), as principais despesas operacionais avançaram em ritmo muito superior - 81% e 37%, respectivamente. Como conseqüência, a Gol teve prejuízo líquido de R$ 74,1 milhões enquanto a TAM manteve o lucro, ainda que pequeno.A piora dos números teve papel importante na forte desvalorização da Gol e queda mais moderada para a TAM.
"Os indicadores financeiros e as perspectivas de resultado continuam melhores para a TAM", afirma Maria Tereza Azevedo, analista do setor aéreo da corretora Link. É fato que as empresas do setor aéreo, no mundo todo, sofreram recentemente nas bolsas. As desvalorizações eram inevitáveis diante do aumento vertiginoso nos preços de petróleo, que por sua vez interferem no preço do combustível de aviação. Esse insumo, que no passado já equivalia a relevantes 35% a 40% dos custos operacionais das aéreas, tem um peso cada vez maior nas contas. A queda da Gol, entretanto, foi mais acentuada. Ela se equipara à redução de valor de papéis de grandes empresas aéreas dos Estados Unidos, de longe as mais afetadas no mundo pela crise do petróleo.
Numa lista que reúne onze companhias de aviação do continente americano, a Gol acumula a terceira maior desvalorização no ano, atrás da UAL, controladora da United Airlines, e da US Airways - os papéis dessas duas empresas caíram 77,6% e 69,3%, respectivamente. A TAM e a chilena LAN aparecem com a nona e décima quedas - de 21,7% e 21,2%. As duas empresas se beneficiam de uma previsão de crescimento de tráfego na América Latina que compensa a ameaça do petróleo.
No Brasil, onde a TAM é líder de mercado seguida pelo grupo Gol, a demanda de passageiros cresceu 10,8% entre janeiro e junho deste ano. É um aumento forte, mais do que duas vezes maior do que o crescimento do PIB previsto para este ano, de cerca de 4,7%. Mas por que a Gol não se aproveita mais desse cenário? Em primeiro lugar, a empresa tem registrado taxas de ocupação menores do que as da TAM. Entre janeiro e junho deste ano, a Gol conseguiu vender 66% de seus assentos em vôos domésticos. A sua subsidiária Varig, apenas 59%. A TAM, por sua vez, conseguiu manter-se perto dos 70%. Ocupações maiores permitem que as companhias aéreas cobrem mais pelos bilhetes e garantem mais lucratividade.
Um fator que pesa contra a Gol e favorece a TAM é a presença no mercado internacional. Gol e Varig, juntas, detêm pouco menos de 30% dos vôos ao exterior e operam apenas na América do Sul - no início do ano, a Varig cancelou rotas para Europa e México por causa das perdas. Já a TAM tem perto de 70% do mercado. "Com o dólar baixo, a demanda por viagens ao exterior está muito forte e quem se aproveita desse tráfego é a TAM", diz Azevedo. As operações internacionais também podem ser uma vantagem porque garantem receita em dólar e isso ajuda a compensar os custos das companhias aéreas atrelados à moeda americana.
Ao mesmo tempo em que a TAM reúne algumas vantagens, a Gol administra os prejuízos da Varig e isso ajuda a aumentar a diferença entre as duas. Em 2007, a Gol teria tido lucro operacional de R$ 309 milhões sem a Varig. Com a subsidiária, porém, teve prejuízo operacional de R$ 22,9 milhões. Analistas prevêem que as perdas não serão revertidas imediatamente. "O retorno à lucratividade no quarto trimestre de 2008 é o cenário mais provável", afirmou o analista do UBS, Rodrigo Góes, em relatório. A Gol e a TAM divulgarão resultados do segundo trimestre nos dias 12 e 14 de agosto, respectivamente. A analista Daniela Bretthauer, do Goldman Sachs, estima prejuízo operacional de R$ 300 milhões para a Gol no período, com provável redução "significativa" do caixa. No documento, não havia previsão para o resultado da TAM.
Auditoria, Futebol e INSS

Uma notícia do Globo (Federação na mira da Receita, 25/07/2008) mostra que os clubes adotam medidas para reduzir o repasse ao INSS. Vale tudo:
Após atrasar pagamento de imposto retido pelo Flu, entidade passará por auditoria
Chico Otavio e Gian Amato
(...) A auditoria da Receita vai investigar as contas relativas ao recolhimento de tributos federais em partidas de todos os clubes realizadas em 2008. Com base nos borderôs de jogos no Maracanã divulgados pela Federação, a arrecadação no estádio, até o clássico entre Vasco e Fluminense, na última quarta-feira, foi de R$34.093.710,50. Deste valor, R$1.704.685,53 correspondem aos 5% destinados ao INSS.
(...) No caso de Fluminense x LDU, na decisão da Libertadores, o dinheiro do imposto sobre a renda bruta (R$3.910.044,00) não foi repassado pelo tricolor, apesar de o débito de R$195.502,20 ter sido publicado no borderô. Ao contrário do que declarou Rubens Lopes, presidente da Ferj, a Receita Federal afirmou que o borderô é considerado documento oficial para comprovar recolhimento de impostos.
O superintendente do Fluminense, Carlos Henrique Correa, prestará depoimento hoje na Delegacia do Consumidor (Decon). Ele foi intimado para esclarecer o destino de metade dos 68 mil ingressos da final da Libertadores, distribuída pelo clube para torcidas organizadas, agências de viagens, patrocinadores, sócios e programas de fidelidade, além de abastecer os cambistas, como O GLOBO antecipou no último domingo. (...)
Simplicidade de uma medida
Uma das características mais relevantes de um bom índice é a simplicidade (veja as características desejadas no livro de Administração do Capital de Giro, p. 101). Ou seja, deve ser fácil de construir com os dados existentes. Outros aspectos: adaptabilidade, abrangência, probabislítico, comparação e previsão. Tenho dúvidas se existe um índice que apresente todos esses pontos (ou esteja perto) na contabilidade.
A revista The Economist construiu um índice para analisar a taxa de câmbio dos diferentes países do mundo de uma forma simples e que cumpre, razoavelmente, os outros requisitos citados. Trata-se do índice Big Mac.
Usando o preço de venda do Big Mac em cada país, a The Economist compara com o preço do Big Mac nos Estados Unidos para determinar se a moeda local está valorizada ou não.
No dia 24 de julho a revista divulgou a última informação do índice Big Mac. Para o Brasil, cuja taxa de câmbio estava em 1,58, o valor mais adequado seria de 2,10, indicando que a nossa moeda está valorizada.
Não é o pior caso de valorização (Noruega), mas é um sintoma que a médio e longo prazo haverá uma desvalorização da moeda.
A revista The Economist construiu um índice para analisar a taxa de câmbio dos diferentes países do mundo de uma forma simples e que cumpre, razoavelmente, os outros requisitos citados. Trata-se do índice Big Mac.
Usando o preço de venda do Big Mac em cada país, a The Economist compara com o preço do Big Mac nos Estados Unidos para determinar se a moeda local está valorizada ou não.
No dia 24 de julho a revista divulgou a última informação do índice Big Mac. Para o Brasil, cuja taxa de câmbio estava em 1,58, o valor mais adequado seria de 2,10, indicando que a nossa moeda está valorizada.
Não é o pior caso de valorização (Noruega), mas é um sintoma que a médio e longo prazo haverá uma desvalorização da moeda.
24 julho 2008
Efeito da IFRS
Uma notícia de Portugal mostrando os efeitos da adoção da IFRS nos resultados semestrais:
Nova regra origina fortes quedas nos resultados semestrais das empresas
NoticiasFinancieras – 18/julho/2008
As empresas cotadas vão ter que abater aos seus resultados semestrais as menos-valias potenciais associadas aos seus investimentos financeiros, tal como prevêem as normas internacionais de contabilidade (NIC). Isso mesmo recorda a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários numa circular que vai ser enviada hoje a todos os emitentes a propósito da prestação de contas referente a 30 de Junho último.
A aplicação desta regra deverá originar fortes quedas nos resultados semestrais das empresas cotadas portuguesas, que vão ser apresentados a partir da próxima segunda-feira. Não é de excluir que, nalguns casos, possa mesmo haver sociedades a divulgar prejuízos no período relativo ao segundo trimestre do ano. (...)
As NIC, que entraram em vigor no início de 2005, determinam que as participações registadas na carteira de activos disponíveis para venda sejam contabilizadas de acordo com o "fair value" ( 'justo valor'), ou seja, tendo em conta o respectivo valor de mercado à data de encerramento de contas. E no caso de haver menos-valias potenciais, resultantes de uma desvalorização significativa ou prolongada, estas perdas latentes devem ser abatidas aos resultados através da constituição de uma imparidade (provisão).
O entendimento referido pelos especialistas aponta para que seja considerada significativa uma perda de valor da participação de 20% ou mais. Além disso, entende-se por prolongada uma desvalorização que se mantenha por dois trimestres consecutivos. Além de abaterem as perdas latentes aos resultados, os bancos, por exemplo, têm de deduzir as menos-valias aos fundos próprios.
Os Problemas da GM
Uma reportagem do Wall Street Journal faz um levantamento dos problemas da General Motors:
O grafico mostra a história do preço da ação da GM desde 1971 (fonte, aqui). O preço atual é o menor desde 1975.

Os problemas são mais sérios quando se sabe que pela primeira vez, desde 77 anos, a GM deixou de ser a montadora com maiores vendas de automóveis do mundo. A Toyota Motor vendeu cerca de 300 mil unidades a mais na primeira metade de 2008 (Toyota Ahead of G.M. in Auto Sales, Nick Bunkley, New York Times). As vendas estão boas nos mercados emergentes, mas em queda nos Estados Unidos. Não é uma boa para uma empresa que está fazendo 100 anos.
(Mas a própria Toyota anunciou um corte, modesto, na previsão de vendas - Toyota (TM) finally cuts sales forecast, Douglas McIntyre)
Reproduzo, a seguir, um comentário que recebi do Marcos (blog IFRS):
GM anuncia novos cortes e prepara medidas para melhorar liquidez
John D. Stoll and Sharon Terlep, The Wall Street Journal, de Detroit - 16 Julho de 2008
The Wall Street Journal Americas – 1
A General Motors Corp. espera sobreviver à profunda retração do mercado automobilístico americano ficando menor — mas não muito.
A montadora anunciou ontem que pretende cortar US$ 10 bilhões em custos nos próximos 18 meses com corte de pessoal administrativo e uma redução ampla nos gastos de marketing, engenharia e outros. Ela também vai tentar captar US$ 5 bilhões no mercado financeiro ou com a venda de ativos para ajudar a contrabalançar os prejuízos previstas e outras perdas de caixa.
Mas a empresa descartou a venda ou fechamento de mais marcas, passo que muitos analistas acreditam que ela precisa dar. (...)
O corte maciço de custos e os planos para captar recursos adicionais surgem três anos depois de a GM começar uma reestruturação que, se supunha, faria a empresa estar engatando agora em direção à lucratividade. Mas a empresa e outras montadoras estão sendo golpeadas por uma forte queda nas vendas de veículos nos Estados Unidos e uma repentina migração do consumidor para longe das caminhonetes e dos utilitários esportivos e em favor de carros de passeio e outros modelos que consomem menos combustível.(...)
Com a preocupação cada vez maior dos analistas de Wall Street de que o acúmulo de prejuízos este ano está prejudicando a liquidez da empresa, a ação dela caiu para valores que não eram vistos desde os anos 50, e seu valor de mercado baixou para US$ 5,57 bilhões, cerca de um quinto do que era no começo da década.
O grafico mostra a história do preço da ação da GM desde 1971 (fonte, aqui). O preço atual é o menor desde 1975.

Os problemas são mais sérios quando se sabe que pela primeira vez, desde 77 anos, a GM deixou de ser a montadora com maiores vendas de automóveis do mundo. A Toyota Motor vendeu cerca de 300 mil unidades a mais na primeira metade de 2008 (Toyota Ahead of G.M. in Auto Sales, Nick Bunkley, New York Times). As vendas estão boas nos mercados emergentes, mas em queda nos Estados Unidos. Não é uma boa para uma empresa que está fazendo 100 anos.
(Mas a própria Toyota anunciou um corte, modesto, na previsão de vendas - Toyota (TM) finally cuts sales forecast, Douglas McIntyre)
Reproduzo, a seguir, um comentário que recebi do Marcos (blog IFRS):
Problemas da GM: Prestei serviços na GM até Janeiro último (durante 5 anos), o que "talvez" explique esta situação, que já vem de algum tempo, pelo qual passa a empresa é o excesso de formalismo, posso lhe dizer que para se mudar qualquer coisa na organização é necessário efetuar reuniões até com o "papa", a sequência exigida para se mudar algo na GM é espantosa, posso lhe garantir que na Fiat não é assim (trabalhei lá na malfadada parceira Fiat-GM) e acredito que na Toyta também não seja assim, deve ser por isto que estas duas últimas estão comendo a GM pelas pernas,já passaram da canela e agora estão mordendo perto do joelho.
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