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23 agosto 2022

Gráficos

 Alguns gráficos interessantes. O primeiro mostra os países com maior poder de industrialização. Em 2020 não aparece o Brasil e a China domina, mas em 1990 o nosso país estava entre os dez primeiros. 


O Compact Disc já foi a forma mais usual de ouvir música. Seu auge foi nos anos 2000. Mas o vinil tem uma vida estimada de 100 anos, versus 30 do CD. 




O streaming passou a ser a forma mais popular de assistir televisão nos EUA pela primeira vez. Netflix e YouTube dominam o mercado. 
O Booking é uma plataforma que permite de hotéis independentes possam dominar o mercado. 




22 agosto 2022

Rir é o melhor remédio


 A importância da comparabilidade. 

FRC britânico está propondo algumas mudanças na contabilidade do Reino Unido


Nos últimos anos, alguns escândalos contábeis (Thomas Cook, BHS, Carillion e Patisserie Valerie) atingiram o Reino Unido. A percepção geral era de que o regulador foi parte responsável pelos problemas, juntamente com as empresas de auditoria. Como forma de solucionar esta questão, o Reino Unido decidiu acabar com o Financial Reporting Council (FRC), a entidade de fiscalização contábil.

Estes fatos foram apresentados aqui no blog ao longo dos anos. O Reino Unido desperta um interesse especial por dois motivos. Em primeiro lugar, a contabilidade sempre foi um parâmetro para outros países, seja na qualidade de formação dos seus profissionais, o respeito que desperta na sociedade e o nível das suas pesquisas. Assim, as reformas e as críticas ao processo regulatório foram destaques. O segundo motivo é que uma potencial reforma poderia afetar o mercado de auditoria global. 

Entretanto, a crise pandêmica, entre outras razões, fizeram com que o processo de mudança fosse mais tímido do que o esperado inicialmente. Mas o fim do FRC, com a criação de uma nova entidade, parece que permaneceu; já a reforma das empresas de auditoria parece que ficou para a próxima rodada de escândalos. 

Antes de fechar as portas, o FRC apresentou algumas reformas para melhorar o processo de regulação e punir a má conduta. Isto significa alterar algumas das regras existentes e, aproveitando a brecha, fortalecer os relatórios de sustentabilidade e de governança corporativa.

Ex-CFO de Trump admite culpa fiscal


Já falamos no passado sobre Allen Weisselberg (aqui, aqui e aqui). Ele foi CFO da Organização Trump, responsável pelas finanças dos ex-presidente.  Em 2021, Weisselberg renunciou do cargo e na semana passada declarou culpado de crimes como evasão e fraude fiscal. 

Mas além da condenação, Weisselberg será testemunha no caso contra a Organização Trump, que também será julgada por fraude fiscal. E isto deve ocorrer em outubro. Como recompensa, Weisselberg terá uma redução na pena de prisão. Mas terá que pagar os impostos em atraso.

Em 2018, o presidente concedeu a Weisselberg imunidade em razão dos pagamentos realizados por Cohen para a atriz Stormy Daniels, que parece ter tido um caso com Trump. Mas a condenação agora é diferente. 

O crime agora é um esquema de evasão fiscal, onde a Organização Trump evitava pagar uma remuneração de mercado para executivos, mas oferecia uma compensação paralela, não informada, que incluía moradia, mensalidades de escolas públicas e dinheiro para as despesas pessoais. Isto reduzia a carga tributária. 

Parece a versão moderna de Al Capone. Se não for possível pegar o mafioso pelos crimes, pegue pela fraude fiscal. 

Juízes recebiam propinas para enviar crianças para prisões

Merece está na relação dos crimes hediondos. Da AP:


Dois ex-juízes da Pensilvânia que orquestraram um esquema para enviar crianças para prisões com fins lucrativos em troca de propinas foram condenados a pagar mais de US $ 200 milhões a centenas de pessoas que eles vitimaram em um dos piores escândalos judiciais da história dos EUA.

O juiz distrital dos EUA Christopher Conner concedeu US $ 106 milhões em danos compensatórios e US $ 100 milhões em danos punitivos a quase 300 pessoas em uma ação civil de longa data contra os juízes, escrevendo que os queixosos são “as trágicas vítimas humanas de um escândalo de proporções épicas."

Ciavarella, que presidiu o tribunal de menores [e um dos juízes condenados], adotou uma política de tolerância zero que garantia que um grande número de crianças seria enviado à PA Child Care e suas instalações irmãs, Western PA Child Care.

Ciavarella ordenou a detenção de crianças de 8 anos, muitas delas infratores pela primeira vez consideradas delinqüentes por pequenos furtos, passeios de barco, evasão escolar, tabagismo nas dependências da escola e outras infrações menores. O juiz muitas vezes ordenou que os jovens que ele considerara delinqüentes fossem imediatamente algemados e levados sem lhes dar a chance de defender ou até dizer adeus às famílias.

A Suprema Corte da Pensilvânia rejeitou cerca de 4.000 condenações juvenis envolvendo mais de 2.300 crianças após a descoberta do esquema.

Além da multa, os juízes foram presos. São dos dois que aparecem na fotografia acima. 

Transparência, assertividade e agenda ESG

Da Época, autoria de Carlos Pires, da KPMG

(...)

Mas, vários atores da sociedade têm se movimentado para coibir este tipo de comportamento em relação a temas tão críticos para todos. Nos últimos 20 anos, as empresas têm prestado contas aos stakeholders, principalmente por meio dos Relatórios de Sustentabilidade, que, para muitas empresas, têm caráter voluntário e não requerem a verificação independente por parte de auditores externos (exceto para as Companhias Abertas no Brasil que preparam o Relato Integrado a partir de dezembro de 2021, no qual a verificação independente passou a ser obrigatória).

Tanto a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) como o Banco Central baixaram resoluções que estarão vigentes a partir de dezembro de 2022 (dependendo do tamanho da instituição financeira de acordo com as Resoluções colocadas em vigor). As instituições financeiras passam a integrar os riscos climáticos, ambientais e físicos em suas avaliações de riscos do negócio. Isso também é um fato novo. A Resolução 59 da CVM instituiu, com vigência a partir de 2023, alterações nas ICVM 480 e 481, incluindo a divulgação de práticas ESG nos Formulários de Referência, no viés de “pratique ou explique”. Outros reguladores abriram audiências públicas para escutar do mercado quais informações os stakeholders querem ver divulgadas pelas instituições financeiras – e seus clientes – e devem estar anunciadas até o final do ano.

Em âmbito internacional, os reguladores também abriram audiências públicas sobre este tema. Nos próximos meses, devem divulgar as primeiras normas a serem requeridas na divulgação dos riscos climáticos e ambientais sobre os negócios. A audiência pública da SEC (Securities Exchange Commission dos Estados Unidos) encerrou-se em junho passado. A audiência pública das duas primeiras proposições (exposure drafts) do ISSB (International Sustainability Standard Board, criada em novembro de 2021, durante a COP 26 em Glasglow), as IFRS S1 e S2, terminou em 29 de julho último.

Ainda há muito por vir e ser regulamentado no Brasil e no mundo nos próximos anos. Entretanto, voltando às considerações iniciais, a questão principal e que precisa ser reforçada aqui é: os stakeholders deterão acesso a uma série de informações que, inclusive, poderão ser comparadas entre empresas, e que possibilitará, em uma expressão popular, separar cada vez mais “o joio do trigo”. E, poderão influenciar, dentre outros: as tendências de consumo; a atração e retenção de talentos; quem e quais serão os provedores escolhidos em cadeias de suprimento; as taxas de juros nas captações financeiras; e quais serão seus prováveis clientes (e se eles querem e estarão associados com a marca ou o produto).

Diante de tudo isso, a transparência e a assertividade nas ações propositivas e proativas, e as consequentes divulgações apropriadas em torno da agenda de ESG, serão, em um futuro não muito distante, um tema vivo e dinâmico nas agendas de todos os Conselhos de Administração e, também, da sociedade civil. Além de ser um instrumento importante para identificarmos empresas socialmente responsáveis, ambientalmente sustentáveis e administradas de maneiras apropriadas, como resultado dessas ações, poderemos ter uma sociedade e um planeta muito melhor para se viver!

Rir é o melhor remédio

 Do vida de Suporte:


O significado dos números

21 agosto 2022

População mundial: 8 bilhões

 

A ONU está prevendo que em novembro o mundo terá 8 bilhões de seres humanos. A figura acima mostra que a projeção de mortes irá ultrapassar o número de nascimentos antes de 2.100, mas até lá o mundo talvez já tenha mais de 10 bilhões de pessoas. 

Índia, China, Nigéria e Paquistão são os países que estão contribuindo com o aumento da população, conforme gráfico acima. Paquistão, República Democrática do Congo, Indonésia e Estados Unidos seguem na ordem de nascimento. 

Frase

 

Nem tudo o que conta, pode ser contado, e nem tudo o que pode ser contado, conta. 

Rir é o melhor remédio

 


20 agosto 2022

Finanças pessoais é um problema entre os casais

 

A questão financeira é considerada um problema na discussão entre os casais dos Estados Unidos. Acredito que o mesmo seja verdadeiro também para o Brasil. É o segundo tópico de discussão, especialmente entre os casais mais jovens (ponto roxo). Há outros tópicos relacionados com finanças pessoais, como discussão sobre a carreira (especialmente entre os mais jovens). 

Mas observe que o principal tópico: o tom de voz. Especialmente entre os mais experientes. 

Custos do impacto ambiental: o caso da SpaceX


Para lançar seus foguetes no Texas, a empresa SpaceX tem que adotar 75 ações para mitigar o impacto ambiental, antes de receber a licença. Entre estes itens estão:

- contratar um biólogo para investigar o efeito da iluminação nas tartarugas marinhas

- fazer limpezas trimestrais nas praias locais

- escrever um relatório sobre a guerra com o México

- ajudar a proteger as jaguatiricas

- fazer uma doação anual para um programa de pesca recreativa

- colocar um ônibus entre a cidade de Brownsville e o local do lançamento

Fonte: aqui, via aqui. Foto: aqui

Rir é o melhor remédio

 

Serei produtivo hoje

19 agosto 2022

Supersônico, a preocupação ambiental e o ponto de equilíbrio

A Boom Supersonic anunciou o jato supersônico Overture, com uma grande preocupação ecológica. O jato parece com o antigo Concorde, mas há diferenças em termos de tecnologia e especificações. Talvez o avião comece a operar em 2029. 


[o jato] utiliza diferentes tipos de resíduos, tais como óleo de cozinha usado para gordura animal, para oferecer o mesmo desempenho que o combustível de avião convencional - apenas com uma (alegada) redução da pegada de carbono.


"O desempenho ambiental está sendo considerado em todos os aspectos do Overture, desde o projeto e produção até o vôo e a reciclagem em fim de vida útil", lê-se no site da Boom.
 

Sendo um jato supersônico, uma viagem entre Nova York e Londres, atualmente com uma duração de 7 horas, seria reduzida pela metade. 

Uma questão contábil: o ponto de equilíbrio. Com uma capacidade de somente 65 a 80 assentos, a redução da quantidade de horas de viagem poderá ser compensada em termos do aumento do preço. Mas o valor pode ser muito elevado. 

Na Wikipedia há uma afirmação que os custos operacionais poderão ser menores que um jato comum. O texto afirma que a tarifa entre Nova York e Londres seria de 5 mil dólares. Mas isto seria bem mais que uma tarifa normal. 

B3 quer exigir diversidade e outras coisas

Eis uma notícia sobre a B3:


A operadora da bolsa brasileira B3 disse hoje (17) que colocou em audiência pública um conjunto de regras sobre representatividade em empresas listadas, incluindo a previsão de que as companhias tenham que explicar ao mercado a falta de diversidade nos cargos mais altos.

Uma das regras prevê que as companhias listadas tenham ao menos uma mulher e um integrante “de comunidade minorizada” na diretoria ou conselho de administração, disse a B3 em comunicado à imprensa. Quem descumprir, porém, terá apenas que comunicar ao mercado os motivos.

A B3 considera comunidade minorizada pessoas pretas ou pardas, integrantes da comunidade LGBTQIA+ ou pessoas com deficiência. Serão utilizados critérios de autodeclaração.

Além disso, se uma mesma pessoa se enquadrar em ambos os critérios – uma mulher com deficiência, por exemplo -, a empresa também já estaria enquadrada na regra, segundo a B3.

Das mais de 400 empresas listadas, 60% não têm nenhuma mulher na diretoria estatutária, e 37% não possuem participação feminina no conselho, de acordo com a operadora da bolsa. A B3 afirmou não ter dados amplos sobre raça e etnia, mas um levantamento com 73 companhias mostrou que 79% delas responderam ter entre zero e 11% de pessoas negras em cargos de diretoria.

A audiência pública, onde podem ser sugeridas mudanças, vai até 16 de setembro e a previsão da B3 é que o texto comece a vigorar em 2023.

Além das normas para representatividade em conselho e diretoria, o conjunto de regras proposto ainda engloba a inclusão de indicadores sociais, de governança e ambientais nas remunerações variáveis (condicionadas ao desempenho) dos conselheiros das companhias listadas.

A série de regras vale para empresas listadas em todos os segmentos. Os prazos de implementação são distintos, com tempo de carência até 2026, por exemplo, para a norma de representatividade nas lideranças das companhias, sendo que em 2025 as empresas já precisariam comprovar a eleição de uma das posições.

As companhias que listarem ações na B3 após a vigência das novas normas também terão um tempo de adaptação às regras.

E a B3? Atende aos critérios? Vamos olhar o conselho de administração da empresa, que possui 11 pessoas, sendo duas mulheres. A diretoria estatutária possui 10 pessoas listas, duas mulheres. O conselho fiscal, com seis pessoas, quatro mulheres (mas o coordenador é um homem). O comitê de auditoria tem quatro pessoas, uma mulher. De governança também são quatro e duas mulheres. Produtos e precificação são nove pessoas, nenhuma mulher. Pessoas e remuneração, três e um. Risco e financeiro, seis e zero. Somando os cargos, são 53, sendo 12 mulheres. Ou 23%. 

Se a B3 quiser, podemos indicar nomes para que a empresa atenda a solicitação da bolsa. 

Foto: Alexander Grey

Consulta pública ISSB trouxe um problema: muito feedback


Do site do CFC:

O International Sustainability Standards Board (ISSB, na sigla em inglês) recebeu mais de 1.300 comentários referentes às suas duas minutas de exposição referentes às normas de divulgação de sustentabilidade propostas. A minuta de Divulgação de Informações Financeiras Relacionadas à Sustentabilidade (IFRS S1) obteve 700 apontamentos e a minuta de Divulgação Relacionada ao Clima (IFRS S2) recebeu aproximadamente 600 respostas.

Para que o padrão tenha legitimidade, os comentários devem ser analisados com cuidado. Mas será possível fazer isto sem atrasar muito o prazo? Creio que o ISSB deverá fazer uma opção: fazer uma triagem prévia pode ser uma opção, mas não é adequado. 

Foto: K8

Rir é o melhor remédio

 

Finalmente o sistema de custos funciona

18 agosto 2022

Custo e o risco geopolítico

A decisão de uma empresa deve levar em consideração o custo e outras variáveis, como o risco geopolítico. Eis o que está ocorrendo agora com algumas multinacionais, como a Apple. 


A China sempre foi boa para esta empresas, em razão da mão de obra barata e comportada. Mas o risco geopolítico está fazendo com que as empresas estejam transferindo sua produção para o Vietnã. Este país já produz iPads e AirPods e poderá produzir MacBook brevemente. 

A questão é fazer isto sem comprometer os custos. principais beneficiários incluiria países como Vietnã, Índia, Brasil, Bangladesh, Indonésia, México, Turquia, Egito e África do Sul. 

Tim Cook, da Apple, parece ter aprendido uma lição valiosa este ano de que a alta exposição das cadeias de suprimentos à China durante as políticas de zero Covid de Pequim e o agravamento das tensões geopolíticas com o Ocidente são um coquetel perigoso, e a necessidade de diversificar a produção (...)            

Frase

A melhor parte de ser professor é dedicar bastante, para que seus alunos possam se dedicar pouco e aprender muito. (Gabriel F Silva) 

OMS e o esforço para escolher um nome

Isto parece tão estranho. A Organização Mundial de Saúde (OMS) decidiu buscar um novo nome para a varíola originada dos macacos, atualmente chamada de monkeypox. De uma modo geral, o nome das doenças são escolhidos pelos burocratas sem consulta pública, mas a OMS inovou agora abrindo o processo ao público. 


E pelo informado na reportagem da Época, a participação tem sido intensa:

A pressão está crescendo por um novo nome para a doença, em parte porque os críticos dizem que o atual é enganoso, já que os macacos não são o hospedeiro original do vírus. Um grupo de cientistas de renome divulgou um documento em junho se posicionando a favor de um nome que fosse "neutro, não discriminatório e não estigmatizante" em meio a temores de que o nome pudesse ser usado de maneira racista. 

No passado isto ocorreu com a gripe espanhola ou com a denominação do Covid como vírus chinês. Mas a própria OMS esteve envolvida em polêmica ao batizar uma variante do Covid como Omicron.

Acrescento mais um ponto: um entidade como a OMS está lançando uma consulta pública para a escolha de um nome de um vírus. O processo de consulta pública representa gastos, que talvez pudesse ser direcionado para outras atividades mais relevantes - imagino que o nome de uma doença talvez não seja tão importante assim. 

Foto: presidente Xi, da China, que também é uma letra grega e poderia ser o nome da variante que hoje conhecemos como Omicron.

BeReal: Como seus amigos realmente são

A mídia social BeReal parece que se tornou popular entre as pessoas da Geração Z. Lançada em 2020, de origem francesa, já tinha, em abril de 2022, 7 milhões de usuários. Em razão dos seus números, a rede está sendo avaliada em 600 milhões de dólares.


O que faz a BeReal ser diferente das demais mídias? Uma vez por dia, a BeReal notifica seus usuários, por um período de dois minutos, a postar uma foto, tanto da câmera frontal, quanto da câmera traseira. Veja a imagem acima, para um exemplo. As 9:41 os usuários tiveram que tirar as fotos daquilo que estavam fazendo naquele momento. É possível ver quantas tentativas a pessoa fez e onde a foto foi tirada. O limite máximo de postagem é de uma foto por dia.

Por conta de suas características, o BeReal poderá competir com o Instagram. Há dois problemas que percebi na mídia. O primeiro é a ênfase no vício da mídia social. Esta é uma crítica que está no verbete, mas penso que este não seja um problema não grande assim. Muitas pessoas acessam uma mídia como o Instagram mais de uma vez por dia e, para estes casos, o BeReal pode ser até um inibidor do uso de mídia social.


O segundo problema é que o BeReal pode ser inconveniente ou invasivo. Imagine que você esteja dirigindo um automóvel e receba a notificação para tirar a foto. O usuário irá parar o carro para tirar a fotografia. E se estiver embaixo do chuveiro? Em uma reunião? 

Em uma função de controller ou de auditoria, o BeReal pode ser útil para verificar se o funcionário que faltou ao trabalho por estar doente, realmente estava doente. Sendo um professor, posso querer acompanhar meus orientandos e meus alunos naquilo que estão fazendo. Obviamente que não irei fazer isto, mas quem garante que outro não irá fazer? 

Aversão à perda

Mais vale prevenir do que remediar


A aversão à perda talvez seja o mais conhecido conceito das finanças comportamentais. O termo nasceu nos anos setenta, através da pesquisa de Amos Tversky e Daniel Kahneman (1) e refere-se ao fato de que sentimos mais dor com a perda, do que nossa alegria com os ganhos. Recentemente uma pesquisa mostrou que a aversão à perda existe até mesmo em animais (2). 

E os pesquisadores chamam a atenção para o fato de que é um comportamento oriundo da adaptação ocorrida por pressões evolutivas. Ao longo da história do homem, a aversão pode ter sido útil para sobrevivência. Diante de uma planta misteriosa, o ser humano sabia que comer algo desconhecido poderia significar a morte, ou então mais uma possibilidade na sua dieta. A escolha parece óbvia nesta situação, pois o aumento da chance de viver poderia ser útil na continuidade da espécie. 


Em termos numéricos, as pesquisas já estimaram que a dor da perda geralmente é duas vezes maior que a alegria do ganho (3). A medida desta relação é chamada de lambda e um valor maior que a unidade significa que há aversão a perda. 


O conceito tem sido confirmado na prática. Em uma fábrica chinesa, Tanjim Hossain e John List separaram os empregados em dois grupos (4). Para o primeiro grupo, foi anunciado um bônus de doze dólares caso conseguissem atingir uma determinada meta de produção. Para um segundo grupo, além do bônus, a possibilidade de perder o bônus, se a produtividade caísse.  A aversão à perda, além do efeito moldura, afetaram o ganho obtido. 


***

O Banco Barings foi fundado em 1762 (5). Era um banco tradicional do sistema financeiro britânico, até que a aversão à perda de um gestor, combinado com a falhas no controle interno e problemas na decisão resultaram na sua falência. No início do ano de 1995, um gerente de uma filial asiática, Nick Leeson, apostou sobre o comportamento do mercado acionário japonês. Este tipo de aposta é comum em termos de investimento, sendo que quando a aposta é correta você pode ganhar dinheiro, mas se seu palpite não é bom, isto pode significar prejuízo. 

 


A aposta de Leeson era que o mercado acionário do Japão teria uma alta. O problema é que ocorreu algo que Leeson não esperava: um terremoto na cidade japonesa de Kobe. Um terremoto significa mortes e destruição de propriedades, afetando, de forma negativa, o mercado acionário. Foi o que ocorreu com o mercado japonês após o tremor de terra. 


As primeiras perdas que Leeson teve fizeram com que apostasse ainda mais, tentando recuperar o prejuízo para o banco. Parte do que ocorreu na filial só tornou-se conhecimento da matriz em Londres dias depois, quando já era tarde demais. E em casos como este, a distância temporal entre as primeiras apostas de Nick Leeson e o alarme soando na sala do presidente do Barings em Londres foi de alguns dias. Mas foi tarde para que fosse possível recuperar o banco. 


Ainda no final de fevereiro de 1995, o Barings tornou-se insolvente e um estabelecimento tradicional fechou as portas. A aversão à perda do operador Leeson mostrou um efeito enorme sobre uma entidade que até aquele momento era considerada sólida. 


***

Muitos conceitos de finanças comportamentais são extensamente explorados pela área de marketing. Parece até uma piada: os pesquisadores levam anos para descobrir um comportamento irracional do ser humano, propor uma abordagem teórica, fazer uma pesquisa para certificar que o conceito está correto, publicar a pesquisa, receber os louros da inovação científica e, no final, para descobrir que a área de marketing já sabia do assunto e explorava tal conceito.


Este também é o caso da aversão à perda. O conceito surgiu nos anos setenta, mas muito antes o vendedor da loja anunciava no microfone: “compre antes que acabe nosso estoque”. Este apelo está alertando o consumidor que a promoção está acabando e que haverá um arrependimento depois. Mas vamos modernizar nosso exemplo.


Você decidiu passar uma temporada na exótica Islândia. E começou a procura por hoteis e aluguel de automóveis. Apesar de receber milhões de turistas por ano, a ilha perto do polo norte tem uma oferta limitada de quartos. E o melhor período para viagem, entre maio e setembro, aumenta a pressão pelo mercado de hospedagem. 


Você entra no Booking em busca de um hotel, mas percebe que os preços estão elevados. Surge uma dúvida se vale a pena continuar com seu sonho de conhecer a exótica ilha. Enquanto você está pesquisando os quartos disponíveis, o Booking começa a mandar mensagens no navegador lembrando que o preço está garantido por pouco tempo, que outras pessoas também estão olhando o mesmo quarto e que restam poucas vagas. Observe que o Booking está apelando para a aversão à perda. É uma forma moderna de dizer: alugue antes que não exista mais oportunidade. 

 

O que o Booking faz no seu site, a companhia aérea também faz quando você começa a pesquisar sobre uma passagem aérea. Ou o corretor de imóvel alerta que só pode “segurar o preço até a sexta”. E o microfone do supermercado informa que existem mais três unidades de uma televisão e você deve correr para comprar, antes que acabe. 


Para algumas pessoas, “perder um bom negócio” é algo levado a sério e provoca uma ação, de compra, sem observar, de forma atenta, se é realmente um bom negócio. 


***

As pesquisas com aversão a perda na área de finanças mostram três aspectos importantes que merecem uma explicação cuidadosa. O primeiro aspecto é o impacto macro da aversão a perda nos países em desenvolvimento (6). 


Nestes países, há diversas oportunidades de investimento, com um determinado retorno, aliado a um risco. Mas nos países em desenvolvimento, a falta de liquidez do mercado, os problemas jurídicos, a burocracia excessiva e a inexistência de um sistema bancário mais evoluído, fazem com que o risco seja elevado. É muito comum que tenhamos investimentos arriscados, em razão dos problemas citados. 


A situação não ajuda muito quem tem aversão à perda. Esta pessoa evitaria fazer investimentos em razão da possibilidade de sofrer perdas. O impacto da aversão à perda em termos macro é justamente afastar os investidores dos investimentos. Como consequência, muitos investimentos, com um retorno adequado, não são explorados em razão deste comportamento das pessoas. 


O segundo aspecto é que lidamos com um conjunto de investimentos, que chamamos de carteira ou portfólio, e aversão à perda pode se manifestar de maneiras distintas. Considere que um aplicador alocou seus recursos em quatro investimentos. O primeiro investimento foi de $100, com um valor atual de $80; o investimento segundo foi de $200 e atualmente tem um saldo de $220, indicando que ocorreu ganho; o terceiro investimento foi de $400 e o valor atual é de $480; e o quarto investimento foi de $800, com um valor atual de $990. Se você somar os investimentos realizados temos um total de $1.500 e o valor atual é de $1.770, um retorno de $270 para a carteira (7). 


Este aplicador tinha tudo para estar feliz. Dos quatro investimentos realizados, teve um valor atual maior que a aplicação em três. E naquele que ocorreu uma perda, foi justamente o investimento de menor valor. Mas se o aplicador tiver a tendência de considerar as decisões de investimento de maneira separada, talvez isso seja um problema. A aversão à perda pode se manifestar, mesmo que no geral as escolhas realizadas tenham sido adequadas. 


***

Em 1985 foi publicado um artigo em um periódico de economia em que os autores indicam existir algo estranho ocorrendo com o mercado acionário (8). Quando um investidor resgata seu dinheiro do título do governo e aplica no mercado de ações, está tomando uma decisão de investimento onde retorno e risco devem ser considerados. A aplicação em títulos públicos traz um baixo retorno, mas seu risco também é reduzido. E colocar dinheiro em ações pode trazer mais retorno, mas o risco é maior. A diferença entre o retorno do título sem risco e o retorno das ações é denominado de prêmio pelo risco. 


O que os autores do artigo perceberam é que seria possível explicar, historicamente, um prêmio de 0,35%. O grande problema é que o prêmio histórico era quase de 6%, um valor bem maior do que a teoria explica. Talvez não a teoria tradicional, mas quem sabe existiria uma outra possível explicação para esta questão. 


Dez anos depois, dois pesquisadores comportamentais propuseram uma solução para a questão (9). Benartzi e Thaler olharam a questão sob a ótica da aversão à perda e a miopia do gestor. Para a questão da miopia, os autores pensaram que o número de vezes que os investidores ficavam olhando suas carteiras poderia fazer com que vissem uma perda e a aversão poderia aumentar seu sofrimento. Por exemplo, imagine que um investidor esteja economizando para a aposentadoria, que irá ocorrer em 30 anos. Se ele ficar olhando sua carteira semanalmente, estaria agindo como se seu horizonte temporal de planejamento fosse de curto prazo (10). 


Um acompanhamento de perto de carteiras torna possível que o investidor verifique pequenas perdas com mais frequência. Se o investidor estiver exposto à aversão à perda tende a retirar seus investimentos de ativos de risco. 


Este é o terceiro aspecto que merece uma explicação mais detalhada do nosso texto. Vamos agora olhar situações práticas onde a aversão à perda está presente. 


***

Em 1998, Odean publicou uma ampla pesquisa com contas de investidores e seu fluxo de resgate e aplicação, ocorrido entre 1987 a 1993 (11). O trabalho de Odean foi um dos primeiros que utilizou uma base de dados tão grande e permitiu observar alguns comportamentos inusitados dos investidores. Usando mais de dez mil contas, Odean descobriu que quando um investidor sofreu uma perda, este ficava com seu investimento por um prazo de 124 dias. Mas quando a ação era vencedora, o prazo mediano era de 102. 

 

A razão para este comportamento é a aversão à perda, associado com o frame (12). Um pouco depois, o mesmo Odean, agora em conjunto com Barber e Zheng (13) estudaram o comportamento de investidores de fundos mútuos, abrangendo 32 mil famílias, entre 1990 a 1996. 

 

Os pesquisadores perceberam que os investidores olham os fundos de investimento e seu desempenho passado. Esse é um comportamento de quem imagina que o passado irá se repetir no futuro. Mas quando se trata de vender um dos fundos de sua carteira, a preferência é para os fundos vencedores. O comportamento de aversão a perda se manifestou, com 14% das vendas sendo dos fundos com 20% de desempenho inferior. 


***

As pesquisas descobriram que a aversão à perda não se manifesta de forma igual para todas as pessoas. Algumas pessoas possuem este sentimento de forma mais forte do que outras. É como se existisse uma escala. 


Em certas situações, ter uma grande aversão à perda por ser uma vantagem e em outros casos não. Geralmente os executivos das empresas possuem um excesso de confiança (14), não encontrado em um funcionário comum. No caso, a aversão à perda parece ser uma desvantagem nesta situação. Mas funções mais “conservadoras” pode demandar um comportamento mais avesso a perda. Uma pesquisa (15) relatou que os tesoureiros com maior aversão à perda são melhores na gestão de dívidas ruins. Esses tesoureiros tendem a manter os níveis de dívidas ruins abaixo de 1%, um parâmetro bem abaixo do usual. Um crédito ruim é considerado uma perda e para evitar a dor, associada a este tipo de perda, os tesoureiros gastam muito tempo gerenciando os créditos duvidosos. 


Algumas das melhores frases que podemos usar para tratar do assunto foram ditas por esportistas. A aversão à perda é algo valorizado nas competições esportivas. Um famoso tenista, Jimmy Connors, afirmou que 


Eu odeio perder mais que amo ganhar 


Quem possui aversão à perda detesta perder, mais do que ganhar. A derrota pesa mais que a vitória. E estamos falando de um tenista vitorioso, com muitos títulos. Evitar a derrota parece que impulsiona mais o esforço de Connors nas quadras do que a possibilidade de uma grande vitória. Billy Jean King, uma das maiores tenistas de todos os tempos, afirmava que 


A vitória é um encontro; a derrota é para sempre


Isto também traduz este sentimento ruim diante da perda. 


***

Quando estudamos sobre o nosso assunto, uma pesquisa clássica aparece. É bem verdade que mistura um pouco de moldura com a aversão à perda, mas usualmente é lembrada como uma típica situação de aversão à perda (16). 


Para um grupo de pessoas é feita a seguinte pergunta: 


Uma nova doença atingiu a população da cidade onde você reside. Um grupo de  cientistas trabalha para conter a epidemia. Eles esperam que no mínimo 600 pessoas morram por causa da  doença. Duas soluções para combater a doença foram encontradas: Solução “A” e Solução “B”. Se a Solução “A” for aplicada, 200 pessoas serão salvas. Se a Solução “B” for aplicada, há 1/3 de probabilidade de 600 pessoas serem salvas e 2/3 de probabilidade de ninguém ser salvo. Qual  das duas soluções você escolheria?


Antes de continuar é importante destacar que em termos frios, ambas soluções possuem um resultado parecido. A Solução “A” salva 200 pessoas e a Solução “B” salva um valor correspondente a 200 pessoas: afinal um terço de 600 pessoas corresponde a 200. Apesar da igualdade, geralmente as pessoas que respondem a esta pergunta preferem a primeira solução. Talvez o elemento de incerteza existente na segunda solução termine por conduzir esta escolha. 

 

A pesquisa não termina aqui. Para um outro grupo de pessoas, os pesquisadores fizeram uma pergunta ligeiramente diferente:


Uma nova doença atingiu a população da cidade onde você reside. Um grupo de  cientistas trabalha para conter a epidemia. Eles esperam que no mínimo 600 pessoas morram por causa da  doença. Duas soluções para combater a doença foram encontradas: Solução “X” e Solução “Y”. Se a Solução “X” for aplicada, 400 pessoas morrerão. Se a Solução “Y” for aplicada, há 1/3 de probabilidade de que ninguém morrerá e 2/3 de probabilidade de 600 pessoas morrerem. Qual  das duas soluções você escolheria?


Veja que a questão é a mesma, somente alterando a maneira como perguntamos: em lugar de 200 pessoas que serão salvas, temos 400 pessoas que irão morrer. O mesmo ocorre com a segunda solução apresentada: em lugar de um terço que serão salvos, é apresentado que um terço da chance de ninguém morrer. 


O resultado da segunda pergunta deveria ser o mesmo da primeira. Mas não é o que acontece. Outras perguntas derivadas destas podem ser feitas e o resultado geralmente é o mesmo. 


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Nos dias atuais, diversos conceitos “clássicos” de finanças comportamentais estão sendo revistos, aprimorados e, em alguns casos, questionados. Isto também ocorre com a aversão à perda. As críticas são diversas e iremos, a seguir, apresentar algumas delas.

Talvez a principal crítica é sua generalização na nossa vida. Em outras palavras, será que a aversão à perda realmente é algo presente e relevante para a vida diária? Há controvérsias se o problema realmente funciona quando falamos em valores pequenos e quando não existe uma competição. Quem sabe este comportamento não possa ter outra explicação ou entendimento. 


Sendo o principal conceito da área de finanças comportamentais, o questionamento mais incisivo e definitivo também torna-se um alvo preferido para os críticos. Mas faz sentido, não faz? 




1 - Kahneman, D. & Tversky, A. (1979). "Prospect Theory: An Analysis of Decision under Risk". Econometrica. 47 (4): 263–291

2 - Chen, Keith; Lakshminarayanan, Venkat; Santos, Laurie. The Evolution of Our Preferences: Evidence from Capuchin Monkey Trading Behavior (June 2005). Cowles Foundation Discussion Paper No. 1524, Available at SSRN: https://ssrn.com/abstract=675503. Uma discussão pode ser encontrada em Wilkinson, Nick; Klaes, Mathias. An Introduction to Behavioral Economics. 2a. ed., 2012. Foto: By Basile Morin - Own work, CC BY-SA 4.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=74555820

3 - Na verdade, há diversas estimativas e fizemos aqui uma aproximação. Tversky e Kahneman, em 1992, chegaram a um valor de 2,25. Benartzi e Thaler (1995) estimaram em 2,77 e Schmidt e Traub (2002) chegaram a 1,43. Tversky, A., & Kahneman, D. (1992). Advances in prospect theory: Cumulative representation of uncertainty. Journal of Risk and uncertainty, 5(4), 297-323. Benartzi, S., & Thaler, R. H. (1995). Myopic loss aversion and the equity premium puzzle. The quarterly journal of Economics, 110(1), 73-92. Schmidt, U., & Traub, S. (2002). An experimental test of loss aversion. Journal of risk and Uncertainty, 25(3), 233-249.

4 - Hossain, T., & List, J. A. (2012). The behavioralist visits the factory: Increasing productivity using simple framing manipulations. Management Science, 58(12), 2151-2167.

5 - Algumas das informações a seguir vieram do verbete da Wikipedia: https://en.wikipedia.org/wiki/Barings_Bank 

6 - Bernheim, B. Douglas; DellaVigna, Stefano; Laibson, David. Handbook of Behavioral Economics - Foundations and Applications 2. Amsterdam, Elsevier, 2019.

7 - a ideia do exemplo é apresentar uma situação simplista. Não estamos aqui detalhando em quanto tempo o retorno foi obtido, se são valores nominais ou se seriam arriscados. Obviamente que uma análise prática deveria levar em conta tais aspectos. 

8 - O artigo é "The equity Premium: A Puzzle", Journal of Monetary  Economics 15 (2), 145-161, de Raj Mehra e Edward Prescott. O artigo foi publicado em 1985.

9 - Benartzi, S., & Thaler, R. H. (1995). Myopic loss aversion and the equity premium puzzle. The quarterly journal of Economics, 110(1), 73-92.

10 - A ideia é que o acompanhamento regular faz com que a chance de surgir um sentimento de aversão seja maior. Se um investimento apresentou rentabilidade positiva em 90% dos dias, mas teve rentabilidade negativa em 10% dos dias, esta pequena parcela de tempo é capaz de trazer a aversão à perda.

11 - Odean, T. (1998). Are investors reluctant to realize their losses?. The Journal of finance, 53(5), 1775-1798.

12 - Sobre o efeito moldura, há uma extensa literatura sobre este tópico.  

13 - Barber, B. M., Odean, T., & Zheng, L. (2005). Out of sight, out of mind: The effects of expenses on mutual fund flows. The Journal of Business, 78(6), 2095-2120.

14 - vide Crabbi, T. M., Pereira, C. C., & Silva, C. A. T. (2019). Excesso de confiança: análise comparativa da capacidade cognitiva de julgamento entre profissionais de mercado e estudantes de graduação. Revista Contemporânea de Contabilidade, 16(40), 169-189.

Silva, C. A. T., Brandrão, A. L. S., & Crabbi, T. M. FATORES COGNITIVOS E PROCESSO DECISÓRIO: Um estudo sobre a relevância dos aspectos visuais na escolha dos usuários.

Crabbi, T. M. (2020). A confiança é confiável?.Mestrado. UnB. 

15 - Ramiah, V., Zhao, Y., & Moosa, I. (2014). Working capital management during the global financial crisis: the Australian experience. Qualitative Research in Financial Markets.

16 - Sobre isto veja Criticas recentes: https://www.contabilidade-financeira.com/2022/04/morte-da-economia-comportamental.html


Rir é o melhor remédio


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