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04 abril 2012

Composição do Endividamento


Definição – Este índice, também denominado de perfil da dívida, mostra a relação entre o passivo de curto prazo da empresa e o passivo total. Ou seja, qual o percentual de passivo de curto prazo é usado no financiamento de terceiros.

Fórmula – Composição do endividamento = (Passivo Circulante / Passivo) x 100

Sendo
Passivo Circulante – refere-se ao passivo de curto prazo usado pela empresa, ajustado pelas duplicatas e cheques descontados.
Passivo Total – corresponde ao capital de terceiros da empresa, ajustado pelas duplicatas e cheques descontados.

Unidade de Medida – O índice está expresso em percentagem, mostrando quantos por cento a empresa financia com recursos de curto prazo.

Intervalo da medida – Este índice irá variar entre zero e cem. Quanto mais próximo de cem, maior o uso de recursos de curto prazo.

Como calcular – Este índice é obtido com os valores do balanço patrimonial da empresa.

A figura a seguir é o balanço da empresa JBS, referente ao exercício encerrado em 31 de dezembro de 2011, em milhares de reais.

Para obter o índice basta usar as informações da figura:

Composição do Endividamento = [10 395 699 / (10395 699 + 15 415 997)] x 100
Composição do Endividamento = 40,3%

Isto significa que 40% da dívida com terceiros é de curto prazo. No ano anterior este índice era de 37,5%.

Grau de utilidade – Elevado. É um índice importante para saber o grau de compromisso de curto prazo da empresa. Ele deve ser usado em conjunto com outros índices para ter uma ideia precisa dos financiamentos da empresa.

Controvérsia de Medida – Alguma, referente a reclassificação

Observações Adicionais

a) Como todo índice, é importante que esta medida seja complementada com outras. Assim, uma análise com somente o endividamento oneroso pode revelar o grau de dificuldade da empresa com seus financiadores.
b) Valores elevados indicam um perfil da dívida mais arriscado. Isto pode representar, na teoria, um custo menor, mas o risco é maior.

Esta é uma série de textos sobre os principais índices usados na análise das demonstrações contábeis.  Outros textos publicados foram:

(...) Daí a insistência da Bolívia em manter uma marinha, embora esteja limitada principalmente ao Lago Titicaca. Anualmente, o país elege uma Miss Litoral, uma rainha de beleza para a sua província costeira inexistente. E a cada 23 de março a Bolívia celebra o Dia del Mar ("Dia do Mar"), lançando olhares ávidos em sua ex-costa.

Fonte: aqui

03 abril 2012

Rir é o melhor remédio

Fonte: aqui

Links


Trabalho e Contabilidade
Treinadores na área tributária são bem remunerados 
Abandonou a auditoria para jogar xadrez 

Música
Toque guitarra enquanto estiver no banheiro 
O fim do afinador de piano 

Mulheres geniais
Scarpin: mulheres na contabilidade no Brasil 
Amalie Noether, a mais genial matemática que já existiu 
Lamar: a mulher mais bonita do mundo trabalhou em invenções para os militares (foto)

Vídeo
A evolução louca do homem 
Nadal e Cristiano Ronaldo 

Retorno
Capitalização do mercado e economia: indicador 
Os filmes mais lucrativos em retorno do investimento 

Venda
Máquinas de vender 
Menu do Titanic vendido no leilão 
Propagandas para o dia da mentira 

Cobertura de Dívidas


Definição – este índice se o fluxo das operações pode ser usado para pagar as dívidas da empresa.

Fórmula – Cobertura de dívidas = (Fluxo de Caixa das Operações / Passivo)

Sendo
Fluxo de Caixa das operações – refere-se ao fluxo de caixa gerado pela empresa nas atividades
Passivo Total – corresponde ao capital de terceiros da empresa, ajustado pelas duplicatas e cheques descontados.

Unidade de Medida – O valor do índice está expresso em percentagem, indicando quantos por cento a empresa obteve de caixa para cada unidade de passivo. O analista deve estar atento para o período usado no fluxo de caixa ao fazer a comparação histórica ou com outras empresas.

Intervalo da medida – Como este índice deve ser usado quando o fluxo de caixa das operações for positivo. O índice pode variar entre zero a infinito. Índices acima de cem por cento indicam que a empresa consegue pagar seus passivos com o fluxo gerado no exercício.

Como calcular – Os valores são obtidos na demonstração dos fluxos de caixa. É importante lembrar que este índice deve ser usado quando o fluxo das operações for positivo.

Iremos usar neste índice o exemplo da Abril Educação, uma empresa na área de livros (Scipione e Ática) e cursos (Anglo e pH). As informações são referentes ao ano de 2011 e foram obtidas no sítio da empresa.
Inicialmente aparece a seguir um pedaço da DFC da empresa.



Abaixo, as informações do passivo da Abril Educação.
 Como o fluxo das operações foi positivo somente em 2011, iremos usar este índice para este período. Temos então:

Cobertura de Dívidas = (102 500 / 792 967 ) x 100 = 12,9%

Isto significa dizer que o fluxo das operações permite quitar 12,9% das dívidas do passivo da empresa.

Grau de utilidade – Regular. Este índice só pode ser usado quando a geração de caixa é positiva. Em situações onde a empresa não gera caixa com as atividades operacionais não faz sentido calcular este índice.

Controvérsia de Medida – Alguma, em especial sobre qual o valor do passivo que devemos usar. Temos dois aspectos aqui. O primeiro é se deve ser o valor final ou o valor médio. No caso da empresa do exemplo, isto não afetaria muito o resultado final; mas poderão existir situações práticas onde isto não é o usual. O segundo, é se devemos considerar todo o passivo ou somente o passivo oneroso ou somente o passivo de curto prazo. Se no exemplo tivéssemos usado somente o passivo oneroso, o valor do índice seria de 37%, indicando que o fluxo das operações permitiria quitar mais de um terço das dívidas. Se fosse usado o passivo de curto prazo o valor seria de 29%.

Observações Adicionais
a) O inverso do índice indica quanto tempo a empresa levaria para pagar sua dívida com o fluxo gerado com as operações;
b) O uso do passivo do final do período possui duas grandes vantagens sobre o uso do passivo médio: em primeiro lugar, ganhamos uma informação; em segundo lugar, é mais intuitivo pensar que o fluxo gerado “será” usado para pagar a dívida existente no final do período (a dívida do início que não existe mais já foi paga).
c) A análise por tipo de passivo pode ser interessante. Observe que o índice é: FC Operações / Passivo. Multiplicando ambos por passivo circulante: [FCO x PC] / [P x PC], que corresponde a cobertura das dívidas de curto prazo vezes a participação da dívida de curto prazo no total da dívida. Denominamos esta parcela de composição da dívida. No caso a empresa que analisamos tempos que a cobertura da dívida foi de 12,9%, que corresponde a cobertura da dívida de curto prazo ou 29,3% vezes a participação da dívida de curto prazo no passivo, que é de 44,1%. Temos então que 12,9% = 29,3% x 44,1%.

Esta é uma série de textos sobre os principais índices usados na análise das demonstrações contábeis.  Outros textos publicados foram: 

Originalidade

Para cada um dos anos, os filmes com maiores bilheterias. Em 1981, dois eram sequências (de vermelho) e existia uma adaptação. O resto eram filmes originais. Em 2011, oito sequências e duas adaptações. 
Fonte: aqui

Racismo

Racismo

Incentivo na Inbev

Um texto interessante mostra que a remuneração da Inbev esteve atrelada ao nível de endividamento da empresa. Somente o presidende da AB Inbev deve receber 325 milhões de reais de bônus.

Essa seria a sua parte no pacote de incentivos no valor de 1,2 bilhão de euros (R$ 2,8 bilhões) que foi garantido aos executivos do alto escalão da fabricante da Budweiser e da Stella Artois pelo cumprimento das metas de redução do endividamento, segundo o jornal [Financial Times]

No acordo original, 40 executivos considerados cruciais para o processo de integração terão direito de receber 28,4 milhões de opções de ações pelo preço de 10,5 euros. Como as ações da companhia hoje estão sendo negociadas por mais de 53 euros, as opções renderiam em média 30 milhões de euros a cada um dos executivos. Brito foi contemplado com 3,25 milhões de opções, que valeriam hoje 138 milhões de euros (R$ 325 milhões), informa o jornal financeiro.

Twitter

A empresa Twitter parece promissora. Entretanto, os números contábeis não são animadores. O sítio Gawker obteve alguns valores da contabilidade, incluindo receita e lucro. Com mais de cem milhões de usuários, o Twitter seria um negócio interessante pelo potencial de obtenção de receita de publicidade.

Com seis anos de vida, o Twitter obteve 28,5 milhões de dólares em 2010 de receita, com uma despesa superiores a este valor, produzindo um prejuízo de 67,8 milhões.

Em 2011 o prejuízo deve reduzir para 25,8 milhões, para uma receita de 238 milhões, com o exercício encerrando no final de abril. Para fins de comparação, o Facebook teve 26 vezes mais receitas, sendo um terço de lucro.


02 abril 2012

Rir é o melhor remédio



Fonte: Aqui

Pesquisa

O aluno Tonny Kerley, do Mestrado em Administração da UFLA, está pedindo para que as pessoas envolvidas com Micro e Pequenas Empresas respondam a pesquisa sobre este assunto. O questionário não pede informações que possam revelar a identidade do respondente e leva pouco mais de cinco minutos para responder.

Clique aqui para responder.

Cobertura de Investimento

Definição – este índice mostra quanto do investimento que a empresa realizou estaria coberto pelo seu caixa gerado nas operações. Corresponde a um índice de autofinanciamento.

Fórmula – Cobertura de Investimento = [Fluxo de Caixa das Operações / | Fluxo de Caixa de Investimento |] x 100

Sendo
Fluxo de Caixa das operações – corresponde ao fluxo de caixa gerado pela empresa nas atividades
Fluxo de Caixa de Investimento – refere-se ao fluxo gerado nas atividades de investimento ou caixa líquido usado nas atividades de investimento.

Unidade de Medida – Em percentagem. Representa quantos por cento a empresa foi autofinanciada.

Intervalo da medida – varia entre zero e infinito, já que o índice não é usado quando o fluxo das operações for negativo e o fluxo de investimento for positivo.

Como calcular – Os valores são obtidos na demonstração dos fluxos de caixa da empresa. É importante lembrar que este índice deve ser usado quando o fluxo das operações for positivo e o fluxo dos investimentos negativo.

Veja o exemplo da empresa Abyara (Brasil Brokers), referente ao fluxo consolidado, de 2011 e 2010, nesta ordem, em R$mil, na figura abaixo:

A cobertura de investimento é dado por:

Cobertura de Investimento em 2011 = 115 951 / |248 564| = 0,47 ou 47%.

Isto significa dizer que o caixa gerado nas atividades operacionais da empresa conseguiu cobrir 47% dos investimentos realizados. No ano anterior o valor era de:

Cobertura de investimento em 2010 = 61 932 / |20634| = 3,00

Indicando que o fluxo das operações foi mais do que necessário para pagar os investimentos.

Grau de utilidade – Regular. A necessidade que o fluxo das operações seja positivo e o fluxo dos investimentos seja negativo restringe seu uso. Além disto, a demonstração dos fluxos de caixa ainda está restrita a algumas empresas.

Controvérsia de Medida – Não.

Observações Adicionais
a) Quando uma empresa consegue um índice maior que a unidade, isto evitaria, a princípio, a necessidade de captação de recursos com acionistas ou capital de terceiros;
b) Empresas em fase de implantação terão valores reduzidos para este índice.
c) Valores elevados pode indicar que a empresa não consegue usar, em investimentos, o caixa gerado. Isto pode comprometer o crescimento futuro da empresa.

Esta é uma série de textos sobre os principais índices usados na análise das demonstrações contábeis.  Outros textos publicados foram:

01 abril 2012

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

Cafeína = trabalhador folgado ?


O que separa um bom trabalhador de alguém que faz apenas o mínimo necessário?

Uma nova pesquisa sugere que ambos possuemm diferentes formas de lidar com tarefas: os trabalhadores esforçados pensam mais na recompensa final, enquanto os “folgados” parecem focar mais o esforço necessário.

Todavia, o trabalho, que também foi conduzido com ratos, apresentou uma guinada: estimulantes - como anfetaminas - aparentam alterar essas abordagens. Segundo Jay Hosking, pos graduando da University of British Columbia, os trabalhadores estão escolhendo menos processos complicados. Os folgados, ao contrário, optam pelos mais diíceis.

Tem mais! A cafeína também transforma os trabalhadores esforçados em preguiçosos, mas não transforma ratos preguiçosos em superestrelas produtivas.

Hosking e colegas treinaram e testaram a motivação de 20 ratos. “Assim como humanos, entre os ratos existem os super preguiçosos e os super trabalhadores, em matéria de atividades”, afirma Hosking.

Quando os ratos receberam estimulantes, como a cafeína, a situação se inverteu. Os trabalhadores viraram “vagabundos”. E ainda, com a cafeína, os ratos folgados não trabalharam muito mais.

Staying stimulated

The results may explain why amphetamine-based stimulants such as Adderall can help calm someone who has attention deficit hyperactivity disorder (ADHD). Perhaps the drug works to turn those distracted people into focused workers.

Adderall has lots of "off-label" uses, too, Hosking noted. Everyone from overworked college students to long-haul truck drivers may take amphetamines.

"One treatment doesn't fit all individuals," Hosking said.

"In truck drivers, amphetamine is a common stimulant which helps keep drivers alert … but a quarter of truck accidents are related to that amphetamine use as well," he said. "Some people might do really well on the amphetamines, and some might be taking it and thinking it's helping and actually harming themselves."


Fonte: Aqui

31 março 2012

Rir é o melhor remédio



Perceberam? [Clique na imagem para melhor resolução.]
No rodapé está escrito mais ou menos isto:
Este capítulo poderia ter sido chamado de “Introdução”, mas ninguém lê a introdução e nós queríamos que você lesse isto. Sentimos-nos seguros em admitir tal fato aqui, na nota de rodapé, porque, igualmente, ninguém lê as notas de rodapé.

Fonte: "Stats: Data and Models: International Edition”. Richard D. De Veaux; Paul F. Velleman; David E. Bock.

Tradução difícil

Apesar de ser uma língua considerada universal e mais fácil do que muitas outras – incluindo o português – existem palavras em inglês que representam conceitos difíceis de traduzir para outras línguas. Inclusive, há centenas de palavras que são encontradas somente em inglês, sem correspondentes que as expressem suficientemente em outros contextos. O Dicionário de Inglês Oxford lista mais de 250.000 palavras distintas, não incluindo muitos termos técnicos ou gírias, o que torna o inglês uma das mais ricas línguas em termos de vocabulário. Como a cultura americana é muito conferida nesse lado do mundo, veja alguns exemplos de palavras que representam um desafio para tradutores:

1 – Pimp
A palavra “pimp” se refere ao verbo transitivo, não o substantivo. “Pimp” significa, aproximadamente, “decorar” ou “enfeitar”. Esse verbo se tornou popular em programas de TV como “Pimp My Ride” (que ajeitava carros antigos). Embora esse termo seja uma homenagem à cultura hip-hop e sua conexão com a cultura de rua, ele se tornou comum e mesmo padrão em uso comercial. A gíria espanhola “pompear”, usada em alguns países latino-americanos, evoluiu como uma derivação direta com um significado próximo.

2 – Auto-tuned
O mundo inteiro está familiarizado com aquela voz não natural, quase robótica, saindo de cantores ao longo dos últimos 10 anos ou mais. Qualquer música gravada é alterada para ter um som melhor. Tanto é assim que o inglês até inventou uma palavra para isso: auto-tuned. Muitos idiomas, entretanto, não tem um correspondente ainda. O adjetivo descreve um cantor cujas imprecisões, erros e falta de sintonia foram digitalmente disfarçados para que parecer que ele executou a canção perfeitamente. Como é um termo relativamente novo, é praticamente intraduzível.

3 – Trade-off
Essa palavra faz parte da lista “não consigo explicar com menos de 5 palavras”. O termo descreve uma situação em que alguém tem que perder alguma qualidade em troca de outra qualidade. Trata-se de uma decisão em que a pessoa compreende totalmente as vantagens e desvantagens de cada escolha. O termo é particularmente difícil de traduzir em qualquer idioma sem o uso de muitas palavras ou a explicação explícita do cenário.

4 – Spam
Essa é uma das palavras que provavelmente todos sabem o significado, mas que não tem tradução e é usada em sua forma original em muitas línguas. A definição de spam é o uso de sistemas eletrônicos para enviar mensagens não solicitadas indiscriminadamente. Nenhuma outra língua tem uma palavra não derivada para este conceito. Spam é, também, um termo para uma carne enlatada.

5 – Bromance
Esse é uma espécie de termo retro que não está mais em uso. Cunhado na década de 90, descreve uma relação muito íntima, mas não sexual, entre dois ou mais homens. Em muitas culturas, incluindo a americana, bromance é confundido com homossexualidade e, portanto, nenhuma outra cultura cunhou um termo para descrever essa relação incomum. Embora o termo possa ser descrito na maioria dos idiomas, nenhuma outra língua além do inglês tem uma palavra para isso.

6 – Facepalm
Esse termo popular nos EUA descreve o gesto de por a palma da mão sobre o rosto, em uma demonstração de exasperação. O gesto é obviamente mundialmente conhecido mas, surpreendentemente, nenhuma outra língua além do inglês parece ter um termo original para esse ato bastante comum.

7 – Kitsch
“Kitsch” define toda arte que é considerada uma cópia inferior de um estilo existente. O termo também é usado de uma forma mais livre quando se refere a qualquer arte pretensiosa, desatualizada ou de mau gosto. Com a única exceção do alemão (de onde a palavra veio para o inglês), o termo é intraduzível para qualquer idioma.

8 – Gobbledygook
Essa palavra é definida como qualquer texto contendo jargão, ou inglês especialmente complicado, que resulta em um texto excessivamente difícil de entender, ou mesmo incompreensível. O termo foi cunhado em 1944 por Maury Maverick. Mesmo para os tradutores de literatura profissionais, essa palavra representa um desafio.

9 – Serendipity
“Serendipity” é qualquer descoberta inesperada, mas feliz. Você também pode chamá-la de achado sortudo, coincidência ou acidente. A palavra foi votada como uma das dez palavras em inglês mais difíceis de traduzir em junho de 2004, por uma empresa de tradução britânica. No entanto, devido ao seu uso sociológico, a palavra tem sido exportada para muitos outros idiomas.

10 – Googly
O “googly” é um termo do jogo de críquete. É um movimento complicado, um tipo de lançamento curvado com giro feito por um jogador com sua mão direita sobre o lado direito do corpo. O “googly” é importante no jogo em questão, mas é usado sem muita frequência porque sua eficácia é graças ao seu valor de surpresa. O termo é tão exclusivo do idioma inglês que o artigo da Wikipédia sobre ele não está disponível em qualquer outra língua. Se fosse para ser traduzido em outra linguagem, seria algo como “tiro curvado de críquete feito por um jogador com a sua mão direita”.


Fonte: Aqui

Coautoria na academia


Bela reflexão de Renato Colistete, professor do Departamento de Economia da FEA-USP, sobre a coautoria em artigos acadêmicos:


Tempos atrás, a coautoria em artigos científicos costumava respeitar critérios simples e objetivos. Um deles era a ordem alfabética, em geral do sobrenome (como na academia internacional) ou do primeiro nome (comum no Brasil). Quando autores colaboravam em mais de um artigo, também era frequente que se alternassem os nomes dos que viriam primeiro. Quase todos, porém, pelo menos nas ciências humanas e sociais, seguiam a regra básica e, aparentemente, lógica: os que assinam um artigo são aqueles que de fato fizeram a pesquisa, coletaram os dados e escreveram o texto.

A situação tem mudado nas últimas duas décadas. As ciências humanas e sociais (tendo a Economia na liderança) têm incorporado cada vez mais um péssimo exemplo das ciências exatas e da natureza, que é o de tornar trivial a inclusão de nomes que realmente pouco ou nada colaboraram com a realização da pesquisa e do artigo que veicula seus resultados.

30 março 2012

Rir é o melhor remédio

A verdade sobre o Panda

Links


Auditoria
A proposta do PCAOB para o novo relatório do auditor está chegando 
E&Y não é legalmente responsável pela fraude na Olympus 
Comentários da normas de rodízio dos EUA 

Eike
As empresas de Eike tiveram um prejuízo de 1,2 bilhão
Mas ele ficou mais rico com os investimentos arábes 

Veja
Messi: o documentário 
Vídeo: Married with children em búlgaro
Um jogador ator

Livros
Cristina Kirchner restringe a importação de livros na Argentina 
56% dos brasileiros nunca compraram um livro 

Prazo médio de pagamento a fornecedores


Definição – Indica o número de dias que a empresa leva para pagar seus fornecedores.

Fórmula – Prazo Médio de Pagamento aos Fornecedores = (Fornecedores Médio / Compras) x 360

Sendo
Fornecedores Médio – representa as dívidas com fornecedores. Pode ser circulante e não circulante. Em geral usa-se o valor inicial desta conta mais o valor final dividido por dois.
Compras – representa a média de compras do período. Em algumas empresas este é um valor difícil de obter, podendo ser substituído pelo custo dos produtos e serviços. Caso o valor seja trimestral, o índice será multiplicado por 90; sendo anual, por 360.

Unidade de Medida – Em dias. É possível calcular em meses ou ano. Se a demonstração for anual e os valores forem multiplicados por 12 teremos o resultado em meses. Se for anual e multiplicado por 1, o valor final estará em anos.

Intervalo da medida – Este índice só assume valores positivos. O usual é que o prazo de pagamento aos fornecedores esteja entre zero e 360 dias.

Como calcular – O valor de fornecedores é obtido no balanço patrimonial. Compras é possível calcular a partir da informação da demonstração do resultado. Este valor é difícil de ser obtido a partir das informações divulgadas pela empresa.

A figura a seguir corresponde ao balanço patrimonial da empresa Rossi, referente a 31 de dezembro de 2011.

Como é possível perceber, a empresa possuía na conta de Fornecedores de curto prazo, no valor de R$94 milhões de reais, no final do período. O valor médio é dado por:

Fornecedores Médio = (94 161 + 74 732) / 2 = 82 946,5

A figura abaixo apresenta a demonstração do resultado da empresa para o quarto trimestre de 2011.


O valor destacado refere-se ao custo de obras e terrenos da empresa, que para o último trimestre de 2011 foi de 615 milhões. Como não temos o valor das compras, usamos este item como uma aproximação.
Prazo de Pagamento aos fornecedores = (82 946,5 / 616 642) x 90 = 12,14 dias

Grau de utilidade – Elevado. Este índice é importante para saber quanto tempo a empresa está sendo financiada pelo principal passivo não oneroso, a conta de fornecedores.

Controvérsia de Medida – Alguma. Usamos no exemplo o custo, e não o valor das compras do período. No documento que acessamos não existia esta informação. Assim, o resultado obtido talvez não expresse o verdadeiro prazo de pagamento aos fornecedores.

Observações Adicionais
a) Quando o analista deseja fazer uma análise histórica e a quantidade de informações é reduzida, é comum usar somente o valor final de fornecedores. Assim evita-se perder uma informação da série histórica.
b) Valores reduzidos para o prazo pode indicar que a empresa não consegue obter prazo dos seus fornecedores para financiar seus ativos. Mas valores elevados pode indicar dificuldade em efetuar o pagamento aos fornecedores.
c) É sempre importante analisar as características do setor de atuação da empresa na análise.
d) Variações sazonais podem ajudar a explicar o comportamento deste índice para algumas empresas e setores. Em períodos que antecedem ao aumento das atividades as empresas tendem a aumentar o valor das suas compras, que interfere no prazo.

Esta é uma série de textos sobre os principais índices usados na análise das demonstrações contábeis.  Outros textos publicados foram: Taxa de Queima, Fluxo sobre lucroPrazo de EstocagemMargem LíquidaGiro do AtivoP/LRetorno sobre Patrimônio LíquidoEndividamento OnerosoEndividamentoEbitdaMargem OperacionalNIG sobre VendasValor do EmpreendimentoCapitalizaçãoMargem BrutaROI e Liquidez Corrente

Metal

O mapa mostra o número de bandas de metal por cem mil habitantes. Destaque das os escandinavos, que parecem adorar este tipo de música.

Entrevista com Daron Acemoglu


De acordo com Ideas/Repec, Daron Acemoglu, economista turco e professor do MIT, está entre os 10 economistas mais citados do mundo e, em 2005, foi premiado com o prêmio John Bates Clark Medal. Atua nas áreas de crescimento e desenvolvimento econômico, desigualdade de renda e capital humano. Sua fama está relacionada aos trabalhos que realiza acerca do impacto do ambiente político sobre o crescimento econômico.

Na última semana, juntamente com James Robinson lançou o livro Why Nations Fail:The Origins of Power, Prosperity and Poverty. A principal tese do livro é que o sistema político e suas instituições são a chave para o crescimento e desenvolvimento econômico e explicam as diferenças de renda entre as nações. Países que têm o que eles chamam de sistema político "inclusivo" - aqueles que estendem os direitos políticos e de propriedade tão amplamente quanto possível e, ao mesmo tempo, fazem cumprir as leis e fornecem alguma infra-estrutura pública - experimentam maior crescimento no longo prazo. Por outro lado, Acemoglu e Robinson afirmam que os países com sistema político "extrativista" - em que o poder é exercido por uma pequena elite - ou não conseguem crescer de forma ampla ou definham após curtos períodos de expansão econômica.

Segundo Acemoglu, o crescimento econômico depende de inovação tecnológica generalizada. Mas, a inovação somente se sustenta nos países em que promovem os direitos políticos e de propriedade, dando às pessoas mais incentivo para inventar coisas..O NYT publicou uma resenha otimista sobre o trabalho, enquanto a The Economist fez algumas criticas negativas sobre a tese do livro. Porém, a resenha mais interessante é de Francis Fukuyama.

Na entrevista abaixo, Acemoglu fala de desigualdade de renda e comenta sobre cinco livros que tratam do tema. Eis alguns trechos interessantes:

Inequality is in the news a lot right now. How should we be thinking about it and trying to get our heads around it?

Inequality is one of the things that has changed quite a lot in the United States and other economies over the last three decades or so. A lot of things don’t change radically, but inequality has. Understanding why that has happened and what it implies for our society is important. So it’s a good thing that it’s in the news, it’s an important topic and there is no reason for it to be taboo. Having said that, there is no broad consensus among social scientists about how to talk about inequality, and the average economist probably thinks about it very differently than the average layman. I’m not saying one is right and one is wrong, but the conversation needs to be expanded to bring these different viewpoints to the table.

What’s the economist’s view?

The default position of economists is that inequality reflects the unequal human capital or productive capabilities of different workers. If you start with that premise – that what people earn is commensurate with their contribution to their employer, and also perhaps to society – then greater inequality tells you something about how people’s productivities have evolved over time...We’ve seen a big increase in inequality, measured in various ways, and this reflects the fact that the top people, the more educated, high earners have become more skilled. Technology has favoured them, globalisation has favoured them, and inequality has increased for that reason.

Let’s go through your books. Your first choice is The Race between Education and Technology, published by Harvard University Press. You mentioned in an earlier email to me that it is “a must-read for anyone interested in inequality”. Tell me more.

Acemoglu: It highlights in a very clear manner what determines the productivities of different individuals and different groups. It takes its cue from a phrase that the famous Dutch economist, Jan Tinbergen coined. The key idea is that technological changes often increase the demand for more skilled workers, so in order to keep inequality in check you need to have a steady increase in the supply of skilled workers in the economy. He called this “the race between education and technology”. If the race is won by technology, inequality tends to increase, if the race is won by education, inequality tends to decrease.

One is that technology has become even more biased towards more skilled, higher earning workers than before. So, all else being equal, that will tend to increase inequality. Secondly, we’ve been going through a phase of globalisation. Things such as trading with China – where low-skill labour is much cheaper – are putting pressure on low wages. Third, and possibly most important, is that the US education system has been failing terribly at some level. We haven’t been able to increase the share of our youth that completes college or high school. It’s really remarkable, and most people wouldn’t actually guess this, but in the US, the cohorts that had the highest high-school graduation rates were the ones that were graduating in the middle of the 1960s. Our high-school graduation rate has actually been declining since then. If you look at college, it’s the same thing. This is hugely important, and it’s really quite shocking. It has a major effect on inequality, because it is making skills much more scarce then they should be.

One of the things they point out is that top income shares in the US and the UK started to increase during the Reagan and Thatcher administrations. Isn’t rising inequality just the result of Reagan and Thatcher reducing taxes on the rich?

I personally don’t think that’s the main thing, though it certainly played a role. It played a role for capital income. When you look at the top 0.1%, many of them are capital earners. So if you tax capital heavily, then the rich are not going to have as much capital left and capital income is not going to be as unequally distributed. There is a very mechanical effect from taxation there. But there are two other, more subtle, effects from taxation. One is that more progressive taxation – higher taxes at the top – may discourage people from working very hard and putting in effort. That will reduce their earnings and thus inequality. That may be inefficient, but it’s one of the things that happen when you have high taxes. Secondly, it might change the way in which people bargain with their companies and engage in “rent-seeking” activities in order to increase their pay or their bonuses. In the extreme – and I don’t think this contributes a lot, but just to illustrate – if top incomes were taxed at 99%, then no CEO would be tempted to do semi-illegal things in order to increase his pay, because there would be nothing to gain from doing so. If the top tax rate is 30%, on the other hand, and CEOs get pay from options, they may be tempted to do things like the Enron CEO, Kenneth Lay, did, because they get a lot of money in return. So while high tax rates at the top may inefficiently reduce these people’s labour supply, it may also reduce their rent-seeking activities.

OK, so to get more of a sense of your own view, let’s talk about your book, Why Nations Fail: The Origins of Power, Prosperity and Poverty.

In terms of understanding this top inequality, I mentioned the possibility that it might be about politics. How should we think about politics? What are the levers of politics? For that we need a conceptual framework and that’s what this book tries to provide. It’s co-authored with my long-term collaborator and friend Jim Robinson – and it’s not about US or UK or Canadian inequality. It runs through several thousand years of history, and tries to explain how societies work and why, often, they fail to generate prosperity for their citizens. It’s a very political story.

...The absolutist institutions created a very unequal distribution of political power and a very unequal distribution of economic gains in society and the two became synergistic – the very unequal distribution of political power locked in a very unequal distribution of economics gains. This created a vicious circle, but the conflict it engendered sometimes led to a breaking down of the institutions that this unequal distribution depended on, opening the way for more open institutions, which are one of the engines of prosperity.

Venha competir no Programa Multi UnB, UFPB, UFRN - II

Fazer mestrado é difícil. Não posso falar do doutorado – ainda – mas o mestrado exige garra, determinação, bom humor. Ele espera que você seja inteligente, criativo e atento, mas, mais que nada, que haja resiliência. No meu Programa o curso dura, em média, dois anos. Eu tive que terminar antes para poder defender com o meu orientador na banca, já que ele iria (e foi) fazer um pós doutorado na Europa. Assim, para mim, foram 17 meses de curso.

Eu não posso reclamar da minha criação. Ou dos meus pais. Não tive maiores desafios, como o demonstrado em “Venha Competir no Programa Multi”. O que me assombra? Saúde. Ou a falta dela.

Acho que todos que acompanham o blog regularmente sabem o quanto considerei a pós graduação uma jornada gratificante. Os que me conhecem um pouco mais sabem que a caminhada foi árdua e que se não fossem as várias pessoas claramente listadas nos agradecimentos da minha dissertação, assim como os pequenos anjos que encontrei por aí, eu não teria terminado.

Meus parentes alimentam um relacionamento muito forte. Minha família materna é portuguesa, com direito a almoços dominicais, vinho, bacalhoada, vizinhos portugueses acompanhando. É tão natural que acho engraçado quando algum amigo frequenta a casa pela primeira vez e comenta o sotaque, pois, com raras exceções, me passa imperceptível.

Há exatamente um ano eu perdi o meu avô - para quem dediquei a minha dissertação. Isso foi no auge da minha pesquisa. Eu estava na biblioteca, polindo o referencial teórico, me preparando para mexer com a análise de resultados, quando o meu pai me ligou. Eu sabia que a ficha iria demorar um pouco a cair então eu mandei um e-mail para o meu orientador, outro para a minha turma avisando, guardei as minhas coisas, fui para o carro e desabei. Foi a primeira pessoa próxima e amada que perdi. Eu sofri e ainda choro muito quando penso nele - de orgulho e agradecimento, de saudade. Com o apoio dos meus amigos, com o suporte ao meu redor, voltei ao trabalho em mais ou menos quinze dias. Se não fosse a cobrança e a paciência do meu orientador...

Eu me lembro de que quando eu era pequena falava que seria professora e meu avô sorria orgulhoso. Ele não chegou a me ver dar aulas na Universidade de Brasília, ou me ver com o título de mestre. A defesa foi no dia seguinte ao que seria o aniversário de 95 anos dele. Foi a minha forma agradecer e homenagear: unindo a minha energia ao ciclo do meu avô. Foi triste e lindo ao mesmo tempo. Senti-me vitoriosa e em paz naquele dia.

Eu conheço muitos mestrandos que estão começando agora a jornada. Sei como é difícil dormir tentando estar preparado para os debates, querer não passar vergonha, achar motivação nas épocas de bloqueio quando temos que entregar páginas e páginas de pesquisa para o nosso orientador. Sei como dói seguir em frente, com a cabeça erguida, mesmo com o coração encharcado de lágrimas.

Ano passado foi um dos mais difíceis que tive. Foi o ano em que fui titulada. E valorizo: a conquista do meu sonho. Nem todos têm a chance ou a vontade de agir e realmente perseguir um sonho. Eu consegui. Foi difícil, mas deu certo. Tornou-se uma paixão.

Perguntam-me frequentemente o que é mais importante para se preparar para um mestrado, como agir na entrevista, o que fazer. A minha resposta: perseverança. É isso o que mais importanta. Não é o seu inglês, ou os seus certificados, nem mesmo os seus artigos publicados. De nada vale isso a não ser que você saiba claramente a resposta para esta pergunta: Quando os sinais parecem dizer para você desistir, o que você faz?

Alfabeto e filmes

Um teste para aqueles que gostam de cinema: descobrir o nome dos filmes da década de oitenta. Confesso que descobri 7 :(.

29 março 2012

Rir é o melhor remédio


Fonte: Aqui

Taxa de Queima


Definição – Para as empresas que não estão gerando caixa com as atividades operacionais mostra quanto tempo o capital circulante líquido será consumido na empresa

Fórmula – Taxa de Queima = Capital Circulante Líquido /|Fluxo de Caixa das Operações|

Sendo
Capital Circulante Líquido = diz respeito a diferença entre o ativo circulante e o passivo circulante. Só é usado quando o CCL for positivo.
Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais = corresponde ao caixa gerado pela empresa derivado as atividades operacionais. O índice é calculado quando este item é negativo. Assim, usamos o módulo do valor no índice.

Unidade de Medida – Em exercícios sociais. Se o fluxo for anual indica quantos anos, mantendo a empresa este desempenho, irá suportar seu CCL.

Intervalo da medida – O índice só pode ser usado para situações onde o denominador é negativo e o numerador é positivo. Como usamos módulo de fluxo de caixa, o intervalo estará entre zero a infinito.

Como calcular – Os valores são obtidos na demonstração dos fluxos de caixa e no balanço patrimonial.
Para exemplificar, considere o balanço da Marfrig, controladora. O fluxo de caixa das atividades operacionais é apresentado a seguir.
A empresa não tem gerado caixa nos dois últimos anos: R$1,05 bilhão e R$960 milhões, em 2011 e 2010. Isto significa que o fluxo de caixa é negativo, que corresponde a primeira condição para o uso do indicador.
Para calcular o Capital Circulante Líquido é necessário o ativo circulante e o passivo circulante. As duas figuras a seguir apresentam esta informação.

O Capital Circulante Líquido seria igual a R$1,395 ou R$4 000 285 – R$ 2 605 409.

A taxa de queima para o final de 2011 é dada por:

Taxa de Queima = 1 394 876 / 1046 373 = 1,33 anos

Ou seja, mantendo esta geração negativa do fluxo de caixa, a empresa irá suportar 1,33 anos com o CCL positivo. No final de 2010 a taxa de queira era de:

Taxa de Queima  = 2 428 884 / 960 127 = 2,53 anos

Em um ano a taxa de queima reduziu em 1,19 em razão do fluxo das operações mais negativo.

Grau de utilidade – Regular. Seu uso está restrito a situações onde o fluxo das operações é negativo e o CCL é positivo. Entretanto, nestas situações, a taxa de queima pode ser um índice relevante.
Controvérsia de Medida – Não existe controvérsia. No livro de Administração do Capital de Giro, de Assaf Neto e Silva, este índice é apresentado de maneira invertida.


Observações Adicionais
a) A taxa de queima é um sinalizador para as empresas em dificuldades. Outros parâmetros devem ser levados em consideração na análise, antes de uma conclusão mais incisiva.
b) Uma empresa pode sobreviver no curto e médio prazo com um fluxo negativo nas operações e um CCL menor de a unidade. Entretanto esta situação geralmente não persiste no longo prazo.
c) Neste índice, menores valores indicariam uma situação mais crítica da empresa. No exemplo apresentado, a situação em 31 de dezembro de 2011 era pior do que doze meses antes.
d) Persistindo um fluxo de caixa negativo, a tendência da empresa é ter uma taxa de queima cada vez menor, indicando que a situação da empresa é mais crítica.


Veja também
Fluxo sobre lucro
Prazo de Estocagem
Margem Líquida
Giro do Ativo
P/L
Retorno sobre Patrimônio Líquido
Endividamento Oneroso
Endividamento
Ebitda
Margem Operacional
NIG sobre Vendas
Valor do Empreendimento
Capitalização
Margem Bruta
ROI
Liquidez Corrente

Princípios do Controle Interno

Existe uma série de regras básicas que toda entidade deve observar visando preservar seu patrimônio. Os aspectos apresentados aqui correspondem a uma listagem mínima de princípios de controle interno de uma organização. Sua observância permite a redução do chamado risco de controle interno, que é o risco decorrente das falhas existentes nos mecanismos de controle interno de uma organização.

A observância destes princípios não garante a ausência de irregularidades na empresa. A rigor não existe um sistema de controle ótimo, que elimine estes problemas. Ao gestor responsável pela implantação do controle interno é necessário ponderar entre o custo de implantar e manter um sistema de controle interno e o custo das irregularidades e erros que podem ser evitados com o sistema.

Rodízio de Funcionários

Nas empresas é importante que os funcionários tenham um rodízio das suas funções. Isto significa dizer que se deve evitar que um funcionário fique muito tempo numa mesma função. É muito comum as empresas descobrirem desfalques quando fazem rodízios dos funcionários. Outra prática de um bom controle interno é exigir que os funcionários tirem férias. Quando um funcionário permanece muito tempo na mesma função existe mais chance de agir de maneira inapropriada.

Supervisão das Operações

Os funcionários devem ser supervisionados na execução das suas funções. A supervisão irá garantir que as tarefas estão sendo executadas para atingir os objetivos da organização. A supervisão também reduz a probabilidade de desfalques e furtos, tanto por parte dos funcionários como de pessoas externas.

A supervisão das operações pode ser feita por um funcionário superior na escala hierárquica. Mas mesmo o mais elevado nível da hierarquia de uma organização deve ter seu trabalho monitorado. Em grandes empresas, o presidente reporta suas estratégias e ações a um conselho de administração, garantindo a existência das supervisão das operações.

Estabelecimento de Responsabilidade

Dentro de uma organização, as tarefas devem ser delegadas aos funcionários. Para cada tarefa, deve existe somente um funcionário responsável por sua execução. Usando este princípio é mais fácil para a empresa gerenciar a execução das atividades. Em tais situações, é possível determinar claramente a responsabilidade por um erro. Além disto, numa organização onde existe uma premiação baseada no mérito, determinar claramente a responsabilidade por cada tarefa facilita o pagamento por desempenho.

Segregação de funções

A segregação de funções permite aumentar o controle as ações internas da entidade. Quando uma mesma pessoa é responsável por muitas tarefas, o potencial de erro e irregularidades aumenta.
Um exemplo de segregação de função ocorre numa empresa comercial, quando a pessoa que efetua a venda não é a mesma que recebe o dinheiro. Outra situação ocorre na área financeira da empresa, onde o responsável pela autorização de um gasto não é o mesmo que faz o registro contábil.

Autorização de Transação

Os pagamentos que são realizados por uma entidade devem ser devidamente autorizados pela pessoa responsável. Algumas entidades criam um processo padronizado de autorização de despesa, onde os gastos somente são realizados após cumprir todos os requisitos necessários.

Apesar disto representar uma redução na velocidade com que os negócios são realizados pela entidade, acredita-se que a cautela nos procedimentos pode prevenir fraudes e irregularidades.

Procedimentos Documentados

As atividades realizadas na entidade devem ser devidamente documentadas. Isto inclui, quando for o caso, o registro contábil das transações. A posterior verificação será possível com esta documentação. A ausência documentação facilita a ação de pessoas desonestas.
É importante notar que uma entidade pode adotar procedimentos documentados e mesmo assim funcionar de maneira ágil e sem burocracia.

Verificação independente

A verificação dos atos que ocorrem dentro da entidade deve estar sujeita a verificação independente. Esta verificação deve ser periódica, onde os problemas devem ser relatados para a administração resolvê-los.
Nas grandes empresas esta verificação pode ser feita pelos auditores internos e externos. Os auditores internos são funcionários da empresa que avaliam os controles e os registros contábeis. Os auditores externos são contratos para emitir um relatório de auditoria para os usuários externos.

Controles Físicos

Uma entidade deve ter controles físicos para suas operações. Existe uma ampla gama de instrumentos que podem ser usados, entre os quais citamos: câmeras de vídeos, cofres, máquinas registradoras, alarmes, programas antivírus, ponto eletrônico, senhas em computadores, entre outras possibilidades.

28 março 2012

Rir é o melhor remédio







Um série de posters sobre economia: mínimas palavras e máximo conteúdo: austeridade, correção, inflação, custo de oportunidade, previsão (o melhor !), mão invisível e incentivos.

Links


Contabilidade e Crime
CPA e o crime 
CEO da Deloitte holandesa tinha ações de empresas que auditava 

Mercado
Como evitar comprar combustível adulterado 
Transação diária de alta frequência 

Empresa
Muppet explica Goldman Sachs 
MEC fecha a Universidade São Marcos  (dica de A Alcantara)
Em crise, Gol começa demissão volutária 
A questão do Pão de Açúcar 
Gráfico: Ascensão e queda dos impérios on line 
Ponto eletrônico: vantagens e desvantagens 

Diversão
Os 50 maiores desenhos (cartoons): a vitória de Chuck Jones 
Uma lista de links de fantasia 
Volei de praia nas olimpíadas: trajes mais conservadores 

Outros
A impossiblidade do esperanto 
Um país novo com previdência de um país velho 
Coisas que não conhecemos na matemática 

Fluxo sobre Lucro


Definição – Mostra quanto do lucro foi transformado em caixa das operações. Compara uma medida pelo regime de competência com o desempenho medido pelo regime de caixa

Fórmula – Fluxo/Lucro = (Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais/Lucro Líquido) x 100

Sendo
Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais = refere-se ao caixa gerado pela empresa derivado as atividades operacionais
Lucro Líquido = corresponde ao lucro líquido do período

Unidade de Medida – O índice está expresso em valores percentuais

Intervalo da medida – As possibilidades do intervalo do índice são diversas. Como também o numerador quanto o denominador pode ser positivos ou negativos, o índice pode, teoricamente, variar entre menos infinito e mais infinito. O mais comum é que o índice esteja próximo dos 100%.

Como calcular – Os valores da determinação deste índice podem ser encontrados na demonstração dos fluxos de caixa e na demonstração do resultado do exercício. Para as empresas que usam o fluxo indireto, basta a demonstração dos fluxos de caixa.

A figura a seguir mostra o extrato desta demonstração para a BRMalls , uma empresa que administra diversos shoppings no Brasil.

Em 2011 a empresa gerou um lucro de 471 milhões de reais, mas o fluxo de caixa foi de menos 56 milhões de reais. Assim, o índice fluxo sobre lucro é dado por:

Fluxo sobre Lucro = (-55 710 / 471 019) x 100 = - 11,83%

Isto indica que a empresa, apesar de gerar lucro no exercício, não consegue transformar este resultado em fluxo das operações. Observe que no exercício anterior, de 2010, o índice era de 11,48%, indicando que a quantidade de caixa gerada representava somente onze por cento do lucro gerado. Ou seja, nos dois últimos exercícios a empresa não conseguiu transformar o lucro em dinheiro.

Grau de utilidade – Elevado. No longo prazo este índice deve ser igual a unidade, já que o lucro tende a ser igual ao caixa. Assim, quando o índice é menor que 100% podemos ter uma sinalização da existência de gerenciamento dos accruals na contabilidade.

Controvérsia de Medida – Existe alguma controvérsia sobre a medida. Alguns autores usam o lucro operacional em lugar do lucro líquido. Além disto, em razão dos valores assumirem tanto valores positivos quanto negativos, o sinal do índice pode provocar confusão no analista.


Observações Adicionais
a) Como tanto o numerador quanto o denominador podem assumir valores positivos e negativos o resultado do índice pode ser enganoso. Assim, se ambos são negativos, o resultado é positivo. O importante é comparar o valor do fluxo com o valor do lucro. Podemos estabelecer a seguinte regra: a1) ambos positivos – o valor deve ser próximo de 100%; b) ambos sendo negativos – o valor deve estar próximo de 100%; c) um deles negativo e outro positivo – o valor deve estar próximo de zero e os valores do lucro e do fluxo não devem ser expressivos.
b) Este índice pode variar quando a empresa está em fase de crescimento. Neste caso, o aumento da depreciação irá influenciar no lucro, mas não no fluxo operacional.
c) Para as empresas que consideram que a despesa financeira é um item decorrente da atividade de financiamento, o mais adequado é usar o lucro operacional.