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12 agosto 2010

Controles internos

A TAM, maior companhia aérea do Brasil, encontrou falhas em seus controles internos para elaboração das demonstrações financeiras de 2009.

Nelson Niero

Os problemas, relacionados com arrendamento de aeronaves e motores, foram identificados pela empresa e sua auditoria externa, a PricewaterhouseCoopers (PwC). A companhia também revelou que teve dificuldades na elaboração dos balanços pelas normas internacionais de contabilidade (IFRS, em inglês).As informações constam de documento enviado ao regulador do mercado de capitais americano (SEC, na sigla em inglês).

As empresas com ações negociadas no mercado americano são obrigadas a avaliar anualmente seus processos de informação para garantir, com "segurança razoável", a consistência dos números do balanço.

A exigência faz parte da Lei Sarbanes-Oxley, de 2002, aprovada em meio à convulsão causada pelas fraudes contábeis do início desta década.

O temido artigo 404 da lei, que trata do assunto, tornou o executivo-chefe e o diretor financeiro diretamente responsáveis pelas informações publicadas.

O Valor fez um levantamento dos documentos - chamados 20-F - enviados pelas empresas brasileiras de 2002 a 2009.

O número de companhias varia em torno de 30 no período (29 em 2002; 32 no ano passado). Do total, dez tiveram algum problema com controles em algum momento, com maior concentração em 2006 - ano em que passou a ser obrigatório para empresas não americanas o relatório sobre controles internos - e em 2008. No ano passado, só a TAM foi reprovada.

O relatório da empresa, que também pode ser encontrado no Formulário de Referência enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), revela que classificação e o reconhecimento dos arrendamentos de aeronaves e equipamentos de voo "não foram realizados com o nível de detalhe ou com o nível de informações necessárias para garantir o devido tratamento contábil".

A área de relações com investidores da companhia aérea informou, por e-mail, que "a forma de contabilização foi mais complexa, fazendo com que o controle ficasse exposto a potenciais fragilidades na classificação das aeronaves".

Segundo a empresa, que divulga amanhã o balanço do segundo trimestre, a falha não causou "qualquer tipo de impacto financeiro". "Estamos revendo todos os mapas de controles de riscos, atualizando normas e focando na melhoria do processo de fechamento contábil e da elaboração das demonstrações financeiras", informou.

A TAM obteve lucro líquido de R$ 1,3 bilhão em 2009, comparado a um prejuízo de R$ 1,5 bilhão no ano anterior.

No "plano de melhoria" que consta da relatório, a empresa diz que vai criar "controles específicos sobre lançamentos contábeis relacionados a mudanças no valor justo dos bens arrendados". No fim de 2009, os arrendamentos financeiros de aeronaves e motores equivaliam a R$ 4,5 bilhões, segundo dados no balanço de 2009.

Com relação aos problemas na elaboração das demonstrações financeiras pelas normas internacionais, a companhia afirmou que vem contratando "profissionais contábeis seniores adicionais com a expertise necessária". Outras medidas incluem "a criação de novos níveis de revisão e [maior] foco na análise das demonstrações financeiras", além de um programa de treinamento em IFRS.


TAM encontra falha nos controles internos - Valor Econômico - 10 Ago 2010 (Fonte: aqui)

Links

Mulheres bonitas são rejeitadas em alguns empregos

O divorcio é contagioso?

Pobres subsidiam os ricos no uso do cartão de crédito

Aversão ao risco, jogo e fome

O aprendizado rápido das crianças

Como ganhar no pedra-papel-tesoura (inclui informação sobre o campeão mundial)

Sexo e usuário


A figura mostra a relação entre o número de parceiros, por tipo de usuários de equipamentos (Android, de azul; Blackberry, de verde; e iPhone, de vermelho). Os usuários do iPhone possuem mais parceiros sexuais.

Dois alertas: os dados não dizem respeito a frequência da atividade sexual, mas ao número de parceiros; e correlação não é causalidade.

Mais aqui e aqui

Evolução



A figura acima, mostra uma típica transparência utilizada no passado por Gates nas suas apresentações. Nada de anormal, mas segundo o sítio Presentation Zen este tipo de transparência não é didático. (Observe como a transparência parece com aquelas que usamos diariamente). Este sítio costuma comparar as apresentações de Gates com as de Jobs. As apresentações do executivo da Apple têm como característica o fato de ser simples e direta.

Recentemente Gates fez uma palestra e usou transparências como esta:



Observe a diferença e a qualidade superior. Nada de muitas palavras, que chame a atenção para a transparência.

Aqui, links sobre powerpoint neste blog

11 agosto 2010

Rir é o melhor remédio



Embalagem criativa

Links

CVM aprova pronunciamentos do CPC

As profissões mais confiáveis do Brasil

Uma forma inteligente de estacionar (vídeo sobre estacionamento em São Francisco)

Um dos problemas matemáticos do milênio solucionado? P vs NP (problema que Charlie, de Numb3rs, tenta resolver) parece que foi solucionado

Teste #327

Quando você faz uma pesquisa no Google, qual o termo que possui maior número de respostas: Contabilidade, Ciência Contábil ou Contador? (A resposta é simples e não é necessário entrar no Google para saber).

Resposta do Anterior: Trata-se do princípio da incerteza, de Heisenberg.

JBS 3

Diante do tratamento privilegiado que a empresa tem recebido do BNDES, uma possibilidade seria um aditivo ao contrato, prorrogando o prazo contratual, por acordo de ambas as partes. Esta alternativa não foi contemplada nos textos dos jornalistas, talvez pelo fato de representar uma quebra de contrato e pelo custo político.

Como curiosidade, apliquei a Lei Newscomb-Benford as demonstrações contábeis da empresa.

A Lei NB diz que o número um tende a aparece mais vezes como o primeiro algarismo. Depois, numa proporção menor, o número 2. O número que deve aparecer menos será o número nove. Nas demonstrações contábeis da empresa o número 1 aparece 28,5% (a lei indica 30,1%). O número dois apareceu, como primeiro dígito, 13,1% das vezes (a lei fala em 17,6%); o número três apresentou maior divergência: apareceu 23,1% das vezes como primeiro dígito dos montantes das demonstrações contábeis da empresa, sendo que a lei sugere 12,5%.

Os valores que obtido foram os seguintes:

1 = 28,5% 30,1%
2 = 13,1% 17,6%
3 = 23,1% 12,5%
4 = 11,5% 9,7%
5 = 5,4% 7,9%
6 = 3,8% 6,7%
7 = 3,8% 5,8%
8 = 3,8% 5,1%
9 = 6,9% 4,6%

Todas as postagens do Blog sobre a Lei, aqui

Finanças dos clubes brasileiros

O mercado de transferência de atletas para o exterior rendeu mais de R$ 2,6 bilhões só nos últimos sete anos, segundo estudo da Crowe Horwath. De acordo com dados da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), 11 mil atletas foram negociados nos últimos 15 anos. Mas alguns dados chamam a atenção.

Um deles é que R$ 1,4 bilhão veio de apenas oito clubes, 56% do total de negócios. Todos os outros clubes nacionais foram responsáveis por 44%. Outro detalhe que chama a atenção é que essa importante fonte está em fase descendente. Enquanto em 2007 respondeu por 37% da receita dos clubes, em 2009 os recursos com atletas chegam a apenas 19% do total levantado.

Dois motivos podem ter influenciado. Um deles é a crise econômica mundial, que fez os negócios com o futebol diminuírem significativamente, especialmente no mercado europeu. Outro é o maior interesse dos grandes times do mundo por jogadores de outros centros.

De acordo com Amir Somoggi, especialista em marketing e gestão no esporte, “esse mercado é suscetível a situações como essa, em que a crise econômica global criou um cenário diferente”. Outro detalhe que influencia diretamente é a cotação cambial. “Com a valorização do real, por exemplo, alguns jogadores que foram vendidos há alguns anos acabam tendo um valor de mercado maior do que alguns negociados recentemente, mas é apenas circunstancial”, explica.

Cadê os cariocas? A pesquisa realizada pela Crowe Horwath chama a atenção pela ausência dos grandes clubes do Rio na lista dos maiores exportadores de craques. Mas, segundo Somoggi, não há nenhum equívoco nisso. O melhor entre os quatro grandes do Rio é o Flamengo, que atingiu pouco mais de R$ 75 milhões com transferência de atletas no período. Esse número provavelmente não o colocaria nem entre os dez maiores. Vasco, Fluminense e Botafogo tiveram desempenho ainda pior.

Custo mais alto. Embora a receita com a transferência de atletas tenha caído nos três últimos anos, o custo dos clubes com o departamento de futebol cresceu R$ 321 milhões na mesma época. Por sorte, outras receitas também foram inseridas, como uma melhor utilização de seus estádios, venda de ingressos com pacotes como sócio-torcedor, licenciamento de produtos com a marca do clube, marketing na camisa, entre outras.

Obviamente, os que mais lucraram com negociações foram os que mais investiram. O líder nesse quesito, no entanto, não é o Inter. O clube gaúcho é o 2.º colocado (R$ 127,7 milhões), atrás do Corinthians (R$ 133,5 milhões), o que mais gastou. O São Paulo é o 3.º (R$ 113,9 milhões). /A.P.



Oito clubes mantêm 56% do mercado - 11 Ago 2010 - O Estado de São Paulo

JBS 2

O segundo texto sobre a JBS:

Faltou combinar com o mercado
Raquel Landim, David Friedlander - 9 Ago 2010 - O Estado de São Paulo

Com o mercado americano sem apetite, todas as opções para cumprir o contrato com o BNDES hoje são ruins para o JBS. Se insistir na oferta de ações nos EUA, vai receber um preço muito abaixo do que planejou. Outro caminho, a conversão do empréstimo do BNDES em ações no Brasil, elevaria a participação do banco estatal no JBS de 17% para perto de 30% - isso seria politicamente complicado para o BNDES, que já é criticado por seu apoio aos frigoríficos - e reduziria a participação da família Batista para menos de 50% em sua própria empresa.

A alternativa que sobrou, por enquanto, é pagar a multa. O mercado especula o que os banqueiros, os advogados e os donos do JBS podem estar planejando para escapar dessa despesa que não estava no roteiro. Na semana passada, circulou um rumor de que a empresa poderia partir para um mecanismo conhecido como “fusão reversa”: ao invés de a JBS USA absorver a Pilgrim’s, esta é que poderia incorporar seu comprador. Assim, não seria necessário abrir o capital da JBS nos Estados Unidos porque a Pilgrim’s já é listada em bolsa.

A companhia negou a especulação. Mesmo que seguisse por esse caminho, teria complicações. Como são donos de 64% da Pilgrim’s, os Batista precisariam convencer os aguerridos minoritários americanos a aceitar a operação. Com 36% da empresa, eles podem cobrar caro para trocar os papéis da Pilgrim’s pelos da nova companhia formada pela fusão entre as duas.
E, dependendo da maneira como o negócio fosse realizado, a participação do BNDES na filial americana poderia acabar diluída, ou seja, a fatia do banco estatal ficaria menor do que os 20% a 25% combinados na operação original - o que seria um golpe para o parceiro dos Batista.

“A questão das debêntures com o BNDES é hoje um dos principais riscos para quem compra papéis do JBS. O problema é que a empresa tem um tempo limitado para fazer a abertura de capital”, disse Gustavo Wigman, analista da Goldman Sachs. “Esse é o grande ponto de interrogação da empresa hoje”, concorda Pedro Herrera, analista do HSBC em Nova York.

Entusiasmo. A encrenca das debêntures aparece num momento em que o mercado finalmente começa a mostrar entusiasmo com o JBS. Nas últimas semanas, as agências de classificação de risco melhoraram as notas da empresa. Espera-se que, com o aparente arrefecimento do processo de aquisições em série, o JBS comece a se beneficiar das sinergias e do poder de mercado que seu tamanho pode proporcionar.

Dos oito analistas de bancos que acompanham o desempenho da JBS, sete recomendam a compra das ações da empresa no Brasil. O oitavo analista é neutro. O maior atrativo, dizem esses profissionais, é que o papel está barato. Vendida a R$ 8 quando estreou na bolsa, em 2007, a ação hoje é cotada a R$ 8,4 apesar de tudo que a empresa cresceu no período. “O papel não se valorizou porque a estratégia deles exige tempo para mostrar resultados. Agora é que a empresa deve começar a colher os frutos”, diz Gabriel Andrade Vaz de Lima, analista do Santander.

Apesar das dificuldades nos Estados Unidos, fora de lá o JBS já recorreu este ano duas vezes ao mercado com sucesso. Em abril, fez uma oferta de ações no Brasil e captou R$ 1,6 bilhão para desenvolver um sistema próprio de distribuição global dos seus produtos. Em junho, vendeu US$ 700 milhões em bônus na Europa para trocar dívidas de curto prazo por títulos de longo prazo.

Quando chegaram aos Estados Unidos, os irmãos Batista assustaram os concorrentes locais com seu estilo agressivo. Depois de cortar custos e sanear as finanças da Swift, primeira empresa comprada no país, partiram para o ataque. Aumentaram a produção, derrubaram os preços e ocuparam o espaço dos tradicionais frigoríficos americanos. A dúvida é quando essa agressividade vai virar lucro e encorajar os investidores americanos a se tornarem sócios dos irmãos Batista.

JBS

Duas reportagens do Estado de São Paulo sobre JBS mostram uma situação interessante: o que fazer diante de um empréstimo concedido pelo BNDES para compra de um frigorífico estrangeiro. Eis o primeiro texto:

O ponto de interrogação do JBS
Raquel Landim, David Friedlander - 9 Ago 2010 - O Estado de São Paulo

Era para ser um negócio de pai para filho: um empréstimo de R$ 3,5 bilhões, sem juros, pagamento de dividendos ou qualquer outro custo durante o prazo de um ano. Com esse dinheiro, fornecido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o frigorífico JBS comprou a americana Pilgrim’s no ano passado e se consolidou como o maior produtor de carne processada do mundo.

Pelo plano original, o JBS abriria em seguida o capital de sua filial nos Estados Unidos - e assim o BNDES transformaria a dívida em ações e a empresa da família Batista começaria a ganhar dinheiro com a operação americana. Faltou combinar com o mercado. O último repique da crise econômica assustou o investidor americano e o JBS já anunciou que não há condições para abrir seu capital este ano.

O tropeço no mercado americano não é culpa do JBS, mas deverá custar à companhia US$ 300 milhões - o equivalente a meio bilhão de reais. Esse é o valor de uma multa prevista no contrato com o BNDES no caso de o JBS não conseguir abrir o capital nos EUA até dezembro. Procurados, o JBS afirmou que está em período de silêncio e o BNDES não quis se pronunciar.

O JBS já adiou duas vezes o plano de lançar ações nos EUA. Seria o arremate do agressivo processo de crescimento internacional que começou com a compra da Swift na Argentina, em 2005. Dois anos depois, a empresa abriu seu capital no Brasil, captou recursos e adquiriu outras dez empresas no exterior, em apenas três anos.

Desde a compra da Pilgrim’s, em setembro, o cenário mudou, tornando as coisas mais difíceis para o JBS. A recuperação da economia global está mais lenta do que se imaginava por causa da crise na Europa. Os preços do milho e da soja, base da ração dos animais, subiram. A Rússia, um dos maiores clientes dos exportadores de frango dos EUA, fechou as portas para o produto. Tudo isso minou o interesse dos investidores americanos por ações de empresas de alimentos.

A compra da Pilgrim’s foi um negócio de ocasião. Como a empresa estava quebrada, suas ações, que chegaram a custar US$ 32 cada, despencaram para US$ 0,40 no auge da crise. O JBS arrematou a empresa pagando US$ 3,5 por ação. Hoje, elas valem o dobro. Além da pechincha, os irmãos Batista (Júnior, Joesley e Wesley) encontraram apoio no BNDES e sua política de criação de multinacionais brasileiras.

O BNDES comprou R$ 3,5 bilhões em debêntures (dívida que pode ser convertida em ações) do JBS. Esse modelo teve duas vantagens para os Batista: ao contrário de um empréstimo normal, não há pagamento de juros; e, como os papéis são convertíveis em ações, não contaminam o balanço da empresa, já muito endividada, com mais débito.

Para não ficar desprotegido, o banco estatal impôs uma condição - a tal abertura de capital nos Estados Unidos, até o fim do ano. Caso isso não aconteça, o BNDES tem direito a receber ações do JBS no Brasil. O frigorífico tem a opção de esticar o prazo até dezembro de 2011. Mas nesse caso é obrigado a pagar uma multa de 15% sobre o valor
da operação - cerca de R$ 520 milhões.

Concentração em Auditoria

Alta concentração - Fernando Torres (Jornal Valor Econômico) - 10.08.2010 (via Claudia Cruz)

Os três maiores contratos do setor garantiram à PricewaterhouseCoopers (PwC) 69% do total de R$ 132,1 milhões que ela faturou fazendo a auditoria de 33 companhias abertas entre as 200 maiores do país em 2009. Isso dá uma ideia de como os grandes clientes são importantes nesse mercado. O Itaú Unibanco foi o que mais gastou com auditoria dos balanços no ano passado: R$ 38,7 milhões. O Bradesco aparece em segundo, com despesa de R$ 31,4 milhões, e é seguido pela mineradora Vale, que desembolsou R$ 21,1 milhões.
Petrobras, auditada pela KPMG, e Santander, pela Deloitte, completam a lista das cinco empresas abertas que mais pagaram aos auditores no ano passado.

Os dados foram obtidos com informações divulgadas pela primeira vez pelas companhias abertas brasileiras e que constam dos Formulários de Referência enviados à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O estudo considera a soma do que as empresas pagaram pela auditoria dos balanços e também em outros serviços.

Antes da divulgação desses dados no formulário, a única informação que havia sobre a divisão do mercado de auditoria era o ranking da CVM, que mostra as maiores do setor por número de clientes, entre as mais de 500 companhias abertas do Brasil.

Os números obtidos com base nos Formulários de Referência mostram que os bancos são destaque em termos de custo de auditoria. Além de terem centenas de bilhões de reais em ativos e milhares de agências, eles ainda demandam serviços específicos por questões regulatórias ligadas à gestão de risco. Há ainda uma certa correlação entre porte e gasto com auditoria, embora haja algumas distorções.

É importante destacar que, entre as instituições financeiras, não existe mais rodízio de auditorias a cada cinco anos [1]. Nas demais empresas abertas, sob fiscalização da CVM, a troca periódica de firmas está suspensa ao menos até o fim do processo de mudança contábil para o padrão internacional, chamado de IFRS.

Além de mostrar concentração maior entre as quatro grandes, o levantamento do Valor aponta uma configuração de mercado diferente daquela que aparece no ranking elaborado pela CVM. Enquanto a KPMG lidera o ranking oficial, com 99 clientes entre as companhias abertas, ela aparece na terceira posição na pesquisa feita pelo jornal. A maior participação de mercado entre as 200 empresas da lista do Valor está com a Deloitte, com 51 contratos. Somada com a Terco, a Ernst & Young encosta na líder, com 50 contas.[2]

Já a PwC, líder em receita, fica no quarto lugar tanto no levantamento do jornal como no da CVM em número de clientes.[3]

No ranking por receita, a Deloitte ficou em segundo por esse quesito, com R$ 89,4 milhões. A KPMG veio em terceiro lugar por esse critério, com R$ 74,6 milhões, mas deve ser superada pela soma da Ernst & Young (R$ 68,7 milhões) com a Terco (R$ 11,1 milhões), que alcança R$ 79,8 milhões.

Segundo Henrique Luz, sócio da PricewaterhouseCoopers, o mercado de capitais ainda incipiente no Brasil tira representatividade do ranking da CVM. "Nos EUA, das 500 maiores empresas, 99% são companhias abertas. No Brasil, das 500 maiores, só 40% são cotadas em bolsa", afirma.[4]

Já Charles Krieck, sócio de auditoria da KPMG, que lidera o ranking da autarquia, tem outra visão. "É claro que não é coisa mais importante do mundo, porque nem todas as empresas são abertas. Mas ele é interessante porque mostra o quanto de experiência você tem nesse mercado e qual foi o crescimento nos últimos anos", afirma.

Sobre o movimento da concorrente Ernst & Young com a Terco, os dois disseram ver a transação como uma consequência da disputa pelo mercado, especialmente do segmento de pequenas e médias empresas, que eles também garantem que estão disputando. "Seria totalmente inaceitável não olhar esse segmento no Brasil emergente", diz Luz, da PwC.

Para Krieck, da KPMG, é uma visão errada achar que as quatro grandes do setor só têm clientes de grande porte. "Mais da metade dos nossos clientes são pequenas e médias", diz o executivo.


[1] Uma argumentação contra o rodízio era o custo elevado. Com as informações não é possível afirmar que isto seria uma desvantagem. Mas existe realmente um custo de preparação inicial de auditoria, o que tornaria o custo final da auditoria muito maior do que os valores atuais.
[2] Em razão da recente aquisição da Terco pela EY
[3] Isto significa que a PWC dependeria mais de poucos clientes e seria, a rigor, mais afetada pelo rodízio.
[4] Mas com a auditoria obrigatória nas grandes empresas fechadas isto não seria um problema.

Valor 2

Continua

Quando se determina um valor de um ativo ou de uma empresa, o processo de avaliação diz respeito a uma data específica. Alterações na empresa e no ambiente externo onde atua pode alterar as projeções realizadas. Assim, quando se procede a uma avaliação, deve-se deixar claro qual da data base da avaliação.

Sétimo, a expressão do valor pode ser adaptada para situações mais simples ou mais complexas. Se o item avaliado tiver vida finita, os fluxos de caixa estimados serão somados até este prazo; se os fluxos e as taxas de descontos foram constantes no tempo, a expressão pode ser substituída pela fórmula da perpetuidade; e em situações onde o custo de estimar o valor é elevado, pode-se utilizar “regras de bolso”, como ocorre com as pequenas empresas.

Oitavo aspecto, deve existir uma relação razoável entre os fluxos gerados e taxas de descontos. Assim, quando existe a possibilidade do risco aumentar num determinado período de tempo, isto provavelmente irá refletir tanto na taxa de desconto quanto no fluxo de caixa.

A relação entre o fluxo e a taxa de desconto também deve ser conceitual. O fluxo de caixa que será gerado para os acionistas deve ser descontado por uma taxa que reflita o custo de oportunidade dos acionistas. Já o fluxo de caixa da empresa deve ter como taxa de desconto o custo médio ponderado do capital empregado. Descontar o fluxo dos acionista pelo custo médio é um grave erro conceitual.

Finalmente, e décimo, a expressão mostra que quanto maior o fluxo de caixa gerado, maior o valor. E quanto menor a taxa de desconto, maior o valor. Estas são as duas variáveis relevantes para o processo de mensuração. Entretanto, estas duas medidas irão refletir um conjunto enorme de aspectos, como carga tributária, tipo de financiamento, incertezas da economia, risco país etc.

Madoff Brasileiro

Justiça decreta prisão de ‘Madoff brasileiro’
Marcelo Portela BELO HORIZONTE - 10 Ago 2010 - O Estado de São Paulo

A Justiça mineira decretou a prisão temporária do empresário Thales Emanuelle Maioline, de 34 anos, um dos donos da empresa Firv Consultoria e Administração de Recursos Financeiros. Ele é investigado por estelionato, falsificação de documentos e falsidade ideológica e é acusado de ter dado golpe no valor de R$ 50 milhões em cerca de 2 mil pessoas que vivem em Belo Horizonte e mais 13 cidades do interior de Minas Gerais.

Maioline teve a prisão decretada por cinco dias, contados a partir de quando ele for encontrado. O suspeito foi visto pela última vez em 23 de julho, ao deixar um hotel em São Paulo em direção ao Terminal Rodoviário Tietê, na zona norte da cidade. A mulher com quem o empresário morava na capital mineira e o filho de pouco menos de dois anos foram deixados para trás. Ela diz não saber onde ele está.

Mailione desapareceu levando todo o dinheiro da Firv. Segundo as investigações da polícia, ele também teria desviado os recursos das contas dos investidores para paraísos fiscais como Suíça e Panamá.

De acordo com o delegado Islande Batista, da Delegacia de Combate às Falsificações e Defraudações da Polícia Civil de Minas, a prisão foi decretada na última sexta-feira. Desde então, há buscas por Maioline em 14 cidades mineiras. Além da capital mineira e de Itabirito, na Região Central de Minas, a polícia não divulgou quais são as outras cidades alegando que as investigações podem ser prejudicadas.

A foto dele e informações sobre o caso também foram encaminhadas à Polícia Interestadual (Polínter) de São Paulo e dos demais Estados para que a busca seja feita em todo o País.

Altos rendimentos. Apesar de não ter autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para operar na Bola de Valores, o empresário se apresentava como gerenciador de fundos de aplicação. Para atrair clientes, ele prometia rendimentos de até 5% ao mês, mais 11% a cada 6 meses - índices bem superiores à média do mercado.

A empresa oferecia cotas que variavam de R$ 2,5 mil a R$ 5 milhões e usava recursos de novos investidores para pagar quem queria resgatar as aplicações. Mas, segundo a polícia, a maioria das vítimas reinvestia o dinheiro, por causa dos altos rendimentos depositados nas datas combinadas.

A polícia recebeu denúncia de pessoas que chegaram a largar o emprego para viver das aplicações. Entre as vítimas estão donos de construtoras, de faculdades e de outros empreendimentos. Em ação proposta por uma dessas vítimas, a Justiça mineira já determinou o bloqueio de bens no valor de R$ 60 mil do empresário e de seus sócios na Firv - a irmã dele, Ianny Márcia Maioline, e o ex-administrador Oséias Marques Ventura, que também afirmam terem sido enganados.

O golpe foi descoberto após um investidor ter solicitado o resgate de R$ 3 milhões. Maioline teria criado obstáculos à devolução e desaparecido logo depois.

10 agosto 2010

Rir é o melhor remédio






Fonte: aqui

Teste #326

O contador, por mensurar eventos de uma entidade, pode influenciar o próprio processo de mensuração. A idéia de que uma pessoa que faz uma medida pode afetar a própria medida não é nova e é proveniente de outra ciência. Quem é o cientista que fez esta inferência?

Francis Galton, da Estatística
Heisenberg, da Física
Marie Curie, da Química

Resposta do Anterior: 100 bilhões de reais. Fonte: A indústria e o BNDES - 9 ago 2010 - O Estado de São Paulo

Valor

O valor de um ativo ou de uma empresa é medido da seguinte forma:


Sendo FC = fluxo de caixa previsto, t = tempo, i = taxa de desconto.

Existem muitas lições que podemos aprender com esta expressão. Neste texto, limitarei a listar alguns aspectos cruciais da fórmula de cálculo do valor.

Em primeiro lugar, o valor está vinculado a estimativa dos fluxos de caixa futuros. Por esta razão, na expressão, o termo do fluxo de caixa aparece com um sinal (o til), indicando que se trata de uma projeção. Isto tem muitas implicações práticas. A pessoa que usar da expressão deve olhar o futuro e ter a coragem de arriscar um palpite sobre o que irá ocorrer nos próximos períodos de tempo.

Uma conseqüência imediata deste fato é que cada analista terá uma projeção dos fluxos futuros. Se isto é correto, o valor obtido na fórmula deverá ser diferente para cada pessoa. Se uma pessoa acredita que no próximo ano o caixa gerado por uma entidade é de $100 e outra prevê um caixa de $120, os valores obtidos dificilmente serão idênticos.

Assim, uma discussão sobre os pressupostos assumidos por cada pessoa só deve ser questionado em termos de sua razoabilidade e na sua coerência técnica. Se a estimativa de fluxo pode ser $100 ou pode ser $120, os valores obtidos a partir desta previsão também deve ser razoáveis.

Quarto, para que a projeção dos valores seja razoável, é necessário que se tenha uma visão abrangente do ambiente no qual está inserido o objeto avaliado. Isto inclui conhecer os aspectos tecnológicos, as perspectivas econômicas, os avanços dos concorrentes, as características dos clientes etc. Ou seja, dificilmente será possível projetar o valor de um ativo ou de uma empresa sem ter uma visão mais ampla do ambiente.

Quinto, como conseqüência, para a projeção será necessário um conjunto muito amplo de conhecimentos. Isto irá abranger a economia, a contabilidade, a psicologia etc.

CONTINUA

10 anos do Programa Multi

Na sexta-feira, de 13 de agosto, estaremos comemorando os dez anos do programa Multi, uma parceria entre a Universidade de Brasília, a UFPB e a UFRN. Este programa abrange um curso de mestrado acadêmico e o seu doutorado. Ao longo dos dez anos foram formados 193 mestres em contabilidade.

09 agosto 2010

Fora do Balanço

Por decisão do Banco Central (BC), os bancos pequenos e médios brasileiros vão continuar a manter bilhões de reais em ativos fora dos seus balanços individuais, ao menos até 2012. Levantamento feito pelo Valor com oito bancos que costumam ceder carteiras de crédito - Panamericano, BMG, Cruzeiro do Sul, Mercantil do Brasil, Rural, Paraná Banco, Bonsucesso e Matone - verificou um estoque de R$ 18,4 bilhões em empréstimos que só apareceram nas notas explicativas dos balanços individuais de 2009. Isso equivalia a 40% do total de crédito desses bancos no fim do ano passado.
Na semana passada, o Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu adiar, pela terceira vez, agora para 2012, a adoção de uma nova regra contábil que traria de volta para os balanços esses ativos, na maioria crédito consignado e financiamento de veículos cedidos a outros bancos e a fundos de recebíveis (FIDCs). As instituições menores vendem essas carteiras para antecipar receita, captar recursos para novos empréstimos e reduzir sua alavancagem. O adiamento representou um alívio para a liquidez do setor.

Especialistas em contabilidade e analistas de risco criticaram a decisão do CMN, que foi orientado pelo Banco Central. "O balanço deveria mostrar os riscos que existem numa entidade. Ao se fazer a antecipação da receita (no momento da cessão), há uma distorção nos números reais. Por isso, essa postergação de entrada em vigor da nova norma não é bem-vinda". afirma Rafael Guedes, diretor-executivo da agência de classificação de risco Fitch Ratings no Brasil.

O ex-diretor da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e professor de contabilidade Eliseu Martins disse lamentar a decisão. "Esse é uma assunto bastante relevante e delicado e que já causou problemas sérios no mundo. Pela não adoção de boas regras como essa, descobriu-se que o Lehman Brothers apresentou um balanço não tão próximo da realidade", afirma.

No Brasil, os bancos de capital aberto ficam no meio termo e mantêm os ativos vendidos para fundos de recebíveis quando divulgam o balanço consolidado.
Pelo que o Valor apurou, ao contrário do que ocorreu nos adiamentos anteriores, que tiveram como motivo a crise, não teria havido unanimidade sobre essa última decisão de prorrogação nem mesmo dentro do BC.

Segundo um ex-diretor do Banco Central que preferiu não identificar, é normal que os técnicos defendam o que eles consideram correto do ponto de vista teórico. Mas ele diz que a diretoria do BC precisa ter uma análise mais abrangente da situação, avaliando as implicações econômicas das suas decisões.

Conforme a percepção de especialistas do mercado, o adiamento pode estar ligado a uma preocupação com a redução dos lucros dos bancos, uma vez que a receita de venda da carteira não seria reconhecida antecipadamente. Segundo Ceres Lisboa, analista de bancos da Moody's, a nova regra deve levar os índices de retorno sobre patrimônio dos bancos médios a cair de uma faixa entre 20% a 30% para cerca de 12% ou 13% nos primeiros anos. "Adiar a mudança não dá uma solução definitiva. Vou continuar questionando por mais um ano a capacidade desses bancos para rodar essa máquina", diz ela.

Outro impacto seria uma redução dos índices de Basileia, o que poderia provocar uma corrida das instituições por capital, o que também poderia não ser desejável nesse momento, segundo o ex-diretor do Banco Central.

Com as regras vigentes, os bancos que vendem carteiras reconhecem toda a receita da operação, assim como os custos de comissão, no momento inicial. Ao sair do balanço do banco cedente, a carteira de crédito vai para o balanço do banco comprador.

A questão é que boa parte dessas operações é feita "com coobrigação", o que significa que o banco vendedor se mantém responsável pela inadimplência da carteira, ou seja, continua a correr o risco. A instituição costuma repor créditos atrasados e pode até mesmo ter que recompor o principal.

Com as novas regras, o reconhecimento da receita seria feito ao longo do prazo do empréstimo, e a carteira seguiria dentro do ativo do banco vendedor, sob o argumento de que ele mantém a maior parte dos riscos e benefícios ligados ao crédito.

Após o voto do CMN, a justificativa dada pelo Banco Central para o novo adiamento foi a existência de estudos dentro do Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade (Iasb) para rever essa regra até 2011. Nesse sentido, seria conveniente esperar a decisão final do Iasb para fazer a mudança aqui no Brasil, ainda que seja certo que o BC tem total autonomia para adotar ou não a regra decidida no exterior.

Com a crise global, o Iasb decidiu reavaliar diversas regras sobre instrumentos financeiros, inclusive essa. Uma das possibilidades em estudo seria usar o conceito válido atualmente no Brasil. Para especialistas ouvidos pelo Valor, é difícil imaginar que o Iasb reveja a regra atual, já que o preceito base do IFRS é que a essência deve prevalecer sobre a forma.


Bancos médios deixam bilhões fora dos balanços - 5 de agosto de 2010 - Valor Economico (SP) (via Corecon) - Fernando Torres, de São Paulo

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Propagandas criativas

Links

Iasb criou um órgão para implantar as normas em pequenas empresas

As bombas atômicas explodidas entre '1945 a 1998: gráfico


Elevada correlação entre o Euro e investimento no Brasil

Um português: verificador ortográfico

Teste #325

A crítica que se fez ao papel do BNDES na economia brasileira revelou que os contribuintes, através do Tesouro, repassaram um grande volume de recursos para aquele banco. Qual seria este valor repassado em 2009?

80 bilhões de reais
100 bilhões de reais
150 bilhões de reais


Resposta do Anterior: c. Vide aqui, um verbete sobre uma das empresas de Tiburcio, e aqui, um texto sobre a vida do ilustre Tiburcio

HP

SÃO FRANCISCO. Jodie Fisher, a ex-funcionária terceirizada da Hewlett-Packard, que acusou o então diretor-executivo Mark Hurd de assédio sexual, afirmou ontem que fez um acordo com ele para encerrar o caso. A mulher, que também é atriz e cuja identidade foi tornada pública ontem, disse estar surpresa e triste com a demissão de Hurd, uma vez que sua intenção não era fazer com que ele perdesse o emprego.

Hurd, de 53 anos, anunciou sua demissão na sexta-feira. O executivo teria falsificado relatórios de gastos da empresa para ocultar o caso com Jodie, de 50 anos. Ao ser demitido da HP, o executivo recebeu uma indenização de US$28 milhões.

O acordo para encerrar as investigações teria sido negociado na quinta-feira, um dia antes da renúncia de Hurd, e não envolveria a empresa. Jodie não deu detalhes sobre o caso ou o acordo, cujo valor não foi revelado. Ela afirmou apenas que não manteve relações sexuais com o Hurd confirmando a versão do executivo.

A diretora-executiva interina da HP, Cathie Lesjak, defendeu ontem a decisão da empresa de demitir Hurd. Ela afirmou que os investidores e grandes clientes da empresa têm demonstrado forte apoio a HP.


Assédio sexual na HP: ex-diretor obtém acordo - 9 Ago 2010 - O Globo

Sobre Jodie, aqui e aqui

08 agosto 2010

Rir é o melhor remédio


Fonte: aqui

Marca

A onda de fusões e aquisições de empresas no Brasil está tendo um efeito perverso: marcas que fizeram parte do cotidiano dos brasileiros por décadas estão com os dias contados. O Unibanco, que se uniu ao Itaú, vai desaparecer das ruas até novembro. O Banco Real, do Grupo Santander, não chega ao fim de 2011, assim como as Sendas, que começaram a ser substituídas por Extra semana passada num investimento de R$10 milhões.

A tendência, segundo especialistas, é que mais marcas desapareçam em breve. Na lista, nomes como Vivo, Embratel e Ponto Frio podem ter seu futuro contado apenas nos livros de marketing e na memória dos consumidores. Levantamento feito pelo GLOBO mostra que, das 250 maiores empresas em 2000, 17 nomes viraram pó, como Vasp, Gradiente, Rio Sul Linhas Aéreas e Sé Supermercados, adquirida pelo Pão de Açúcar.

Em geral, uma marca é aposentada de forma gradual, dizem publicitários. Isso é feito para que a companhia tenha tempo de transferir valores e manter a ligação emocional com os consumidores. Pesquisas indicam que após uma fusão ou aquisição só uma marca sobrevive — caso da Brasil Telecom (BrT), comprada pela Oi (ex-Telemar), em 2009. Em São Paulo, a rede de academias Fórmula passará a se chamar A! Body Tech.

Vivo vai virar Movistar e Embratel pode ser apenas 21

De acordo com estudo da consultoria Brand Finance, as 100 marcas mais valiosas do Brasil valem hoje R$273,2 bilhões. O número, embalado pelo crescimento da economia, é 22,3% maior em relação a 2009. Se somar o valor das marcas BrT, Unibanco e Real, haverá uma perda de R$9 bilhões.

— Com a forte competição, não há como administrar dois custos e duas estratégias. Sai muito caro. Não compensa. Por isso, as marcas estão acabando, apesar de terem seu valor — explica o publicitário Armando Strozemberg, presidente da Euro RSCG Contemporânea.

No setor de telefonia, muitas mudanças à vista. Com a compra da parte da Portugal Telecom (PT) na Vivo por 7,5 bilhões, a Telefónica, que passa a controlar sozinha a empresa, vai mudar o nome da Vivo para Movistar, segundo uma fonte na companhia. Apesar de ainda não estar nada decidido, diz a Telefónica, há quem garanta que a alteração será feita em até dois anos.

— Haverá alinhamento internacional, como já ocorre em toda a América do Sul. A marca Vivo é muito forte, mas a Telesp Celular e a Tele Sul também eram. Quando a Vivo foi lançada, em 2003, a ação de marketing foi tão intensa que em um mês o consumidor já reconhecia a marca — diz uma fonte envolvida na negociação.

Caso semelhante é o da Embratel, que está em processo de fusão com a Claro desde janeiro. De acordo com um outro executivo, há um grupo de estudo na companhia avaliando o fim da marca. Já é certo, por exemplo, o fim de nomes como o provedor Click 21. Oficialmente, a companhia não comenta.

— Mas é uma das hipóteses. O forte da companhia é o selo “21”. Esse é o patrimônio — revelou um executivo.

No varejo, as mudanças ainda estão em fase inicial. A carioca Sendas irá acabar no fim de 2011, e se juntará a nomes como Casas da Banha, Boulevard, Super Box e Paes Mendonça. A substituição da marca Sendas pela Extra Supermercado vai atingir 29 endereços até o fim deste ano. Em São Paulo, serão outros R$10 milhões para transformar o Compre Bem também em Extra.

— Essa é uma resposta à demanda do consumidor, que sabe que a marca não se modernizou. Com a mudança de Sendas para Extra Supermercado, esperamos um aumento de 30% no faturamento, pois vamos aumentar o sortimento de produtos — afirmou José Roberto Tambasco, vice-presidente executivo do Grupo Pão de Açúcar.

Gilson Nunes, presidente da Brand Finance, lembra que o Pão de Açúcar, que se associou a Casas Bahia, terá de fazer um reposicionamento do Ponto Frio, que perdeu 22% de seu valor de mercado em um ano:

— As empresas querem liderança. Por isso, acabam com uma das marcas. O processo tem de ser gradual, para não frustrar o consumidor.

Fabio Fernandes, presidente da agência F/Nazca, diz que a escolha é sempre do consumidor. Adilson Xavier, da Giovanni+Draftfcb, lembra o fim da marca DirecTV e a transformação em Sky, em 2007.

— Primeiro juntamos as duas em um nome só. Ficou Sky DirecTV por algum tempo. Depois transferimos o valor da DirecTV para Sky. Percebemos em pesquisas que o nome Sky era mais fácil de absorver — diz Xavier.

O próximo setor na lista é o de postos de gasolina. Isso porque a Cosan, que tem o direito de uso da marca Esso, assinou acordo de intenção de união com a Shell. Por isso, dizem fontes, uma das marcas pode sumir. Segundo as companhias, só haverá alguma decisão mês que vem. Especialistas lembram que o Grupo Ultra, dono da Texaco e da Ipiranga, também poderá fazer alguma mudança.


Marcas famosas vão ficar só na lembrança - 8 Ago 2010 - O Globo - Bruno Rosa

06 agosto 2010

Teste #324

Quem foi Tiburcio Parrot?

a) um papagaio famoso das histórias de pirata
b) um militar australiano, que lutou contra os Boers
c) um mexicano, empresário de mineração na Califórnia

Resposta do anterior: todas as alternativas. Fonte: aqui

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Fonte: aqui

IFRS em PMEs

Padrão internacional de contabilidade vai beneficiar micro e pequenas empresas - via Gestão Financeira

O padrão internacional de normas contábeis que as companhias brasileiras terão que adotar neste ano vai beneficiar as micro e pequenas empresas, na avaliação do vice-presidente da área técnica do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), Nelson Mitimasa. A padronização das normas, além de dar maior transparência à movimentação das empresas, poderá ser facilmente entendida pelos investidores. A mudança, segundo Mitimasa, pode representar mais facilidade na obtenção de crédito e atração de investimentos.

“O capital hoje não está mais restrito às grandes companhias. Com a globalização, as micro e pequenas empresas também se tornaram alvo de interesse. Mas para o investidor é fundamental saber que as demonstrações contábeis refletem a posição real da empresa, como capacidade de geração de caixa [1] para honrar os compromissos assumidos”, afirmou o vice-presidente da área técnica do CFC.

Adotadas pelo Brasil em janeiro deste ano, as Normas Internacionais de Contabilidade (International Reporting Standards -IRFS) são utilizadas em cerca de 110 países e alcançam perto de 100 milhões de empresas.

O novo padrão contábil é o tema do Seminário IFRS para as Micro e Pequenas Empresas, promovido pelo Conselho Federal de Contabilidade, que tem entre os parceiros o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Sebrae. O encontro, que começou na segunda-feira (2) e terminou na quarta-feira (4), reuniu no auditório do BNDES mais de 650 profissionais de todo o país. A proposta é formar multiplicadores para repassar o conhecimento nos estados.

No Brasil, onde 99% das empresas são micro e pequenas, esse seminário é particularmente importante para que os contabilistas possam preparar os empresários para adoção das novas normas. A proposta do IRFS é transformar as diversas práticas contábeis em uma linguagem reconhecida no mundo todo. Todo o conteúdo do seminário estará disponível na próxima semana no site do Conselho Federal de Contabilidade.


[1] As demonstrações contábeis não respondem a isto. Quanto se fala na capacidade de geração de caixa é importante notar que isto não é a DFC, que refere-se ao passado. É bem verdade que através de uma boa análise das informações sobre o passado de uma empresa talvez seja possível inferir sobre isto.

BNDES e contabilidade confusa 2

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está crescendo rapidamente demais e precisa de mais transparência e competição, diz a revista britânica The Economist. Em reportagem de capa na edição desta semana, a revista ataca o avanço do Estado empresário e diz que o papel do banco na economia brasileira vem provocando polêmica.

A publicação lembra que os empréstimos do BNDES já excedem os do Banco Mundial. Os desembolsos somaram R$ 137 bilhões em 2009, o dobro de 2007. A Economist destaca as conexões políticas do banco, ao lembrar que o atual ministro da Fazenda, Guido Mantega, é ex-presidente do banco e o atual presidente, Luciano Coutinho, é o favorito de Dilma Rousseff para sucedê-lo.

A revista faz três questionamentos principais: que o banco cresce demais, os empréstimos são subsidiados e com contabilidade obscura e o BNDES empresta a grandes empresas, como os frigoríficos JBS e Marfrig.

O diretor de planejamento do banco, João Carlos Ferraz, responde à revista que os financiamentos foram decisões comerciais, a taxas também comerciais. Segundo ele, os subsídios, de menos de US$ 6 bilhões por ano, não elevam a dívida pública.

Entre 2001 e 2008, o BNDES atuou como contrapeso útil ao ciclo de crédito, mas esse caminho vem mudando dramaticamente, diz a Economist. A economia se recuperou, mas os empréstimos do BNDES continuam a crescer.

‘Jurássico’. A publicação cita a comparação feita pelo ex-presidente do BNDES Luiz Carlos Mendonça de Barros, que chama o banco de fomento de “ovo da serpente”, numa referência ao filme de Ingmar Bergman sobre a origem do nazismo. Gustavo Loyola, ex-presidente do Banco Central, trata o órgão de “jurássico”. Já o empresário Eike Batista avalia que o BNDES é o “melhor banco do mundo”.

“A violência da retórica reflete a controvérsia crescente sobre o BNDES e a interferência do Estado na economia”, diz a revista.


Revista britânica questiona papel do banco na economia brasileira - Daniela Milanese, correspondente em Londres - 6 Ago 2010 - O Estado de São Paulo

BNDES e contabilidade confusa

O BNDES sofreu o escrutínio da revista “Economist” que chegou às bancas britânicas ontem. A reportagem de capa, chamada “Leviatã S.A.”, analisa o ressurgimento da mão do Estado no setor produtivo, para assegurar o crescimento da economia e a criação de empregos. Segundo a “Economist”, isso ocorre tanto em países ricos — o governo americano, por exemplo, tem hoje uma fatia da General Motors — quanto nos emergentes Brasil, Índia e China.

No Brasil, o BNDES representaria essa mão do Estado. A “Economist” cita o empresário Eike Batista, para quem o BNDES é “o melhor banco do mundo”, e o ex-presidente da instituição, Luiz Carlos Mendonça de Barros, que a chama de ovo da serpente, referência ao filme de Ingmar Bergman sobre as origens do nazismo.

O BNDES, diz a “Economist”, está envolvido na campanha das eleições presidenciais. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, já comandou o banco, e seu atual presidente, Luciano Coutinho, é visto como sucessor de Mantega se Dilma Rousseff for eleita, afirma a revista.

Outra crítica diz respeito ao crescimento excessivo do BNDES. “Este ano, deve financiar 40% do investimento total do Brasil em indústria e infraestrutura, o dobro do período 2004-2006. Depois, dizem os críticos, seus empréstimos são subsidiados e seus balanços, obscuros”, afirma a “Economist”. Outra crítica é o BNDES emprestar para grandes empresas, como Petrobras, JBS e Marfrig.

O diretor de Planejamento do BNDES, João Carlos Ferraz, rebate afirmando que os empréstimos para JBS e Marfrig foram decisões comerciais. Ele explica que os subsídios são inferiores a US$6 bilhões anuais e que não elevam a dívida pública líquida.

Mas, afirma a “Economist”, há críticas mais difíceis de rebater. O BNDES parece ter expandido demais seu crédito. Mesmo com a recuperação da economia este ano, seus empréstimos continuaram a subir. Além disso, ele está prejudicando o desenvolvimento do setor financeiro. “Os bancos comerciais precisam entrar no empréstimo corporativo de longo prazo. Mas enquanto Petrobras, Vale e JBS tiverem crédito subsidiado do BNDES, por que entrariam?”, argumenta a revista. “Algumas das críticas do BNDES são questionáveis. Mas o banco está crescendo rápido demais. E precisa de maior transparência e muito mais concorrência”.


Para ‘Economist’, um tentáculo do Leviatã - O Globo - 6 ago 2010

IFRS no Brasil

Conselho considera positiva adesão do Brasil às normas internacionais de contabilidade - Por Alana Gandra (da Agência Brasil) em 05/08/2010 (via Claudia Cruz)

A adesão do Brasil às normas internacionais de contabilidade (na sigla em inglês IFRS - International Financial Reporting Standards) não vai alterar a essência ou característica da contabilidade do país, que permanece a mesma. A iniciativa vai apenas adequar os balanços das empresas brasileiras ao padrão internacional de contabilidade. Foi o que disse hoje (5) o presidente do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), Juarez Domingues Carneiro. “Queremos apenas jogar lá fora com as leis do mercado.”

Comparando as normas internacionais de contabilidade ao futebol, ele disse que a meta é que o país tenha as mesmas regras que são válidas em todo o mundo. “Imagine se as regras do futebol no Brasil fossem diferentes das dos demais países? Seria muito difícil competir”.

O Brasil será o primeiro país do mundo a adotar as IFRS para a totalidade das empresas, já a partir deste ano. As IFRS começaram a ser adotadas na União Europeia em 2005 e passaram a ser aplicadas às grandes companhias brasileiras e instituições financeiras a partir de 2007. Este ano, elas deverão ser adotadas também pelas micro, pequenas e médias empresas, que representam cerca de 99% das companhias nacionais.
Explicou que durante muito tempo o Brasil perdeu oportunidades e espaço no exterior porque a forma de contabilizar era diferente de outros países. “O Brasil foi, de certa forma, preterido em muitos negócios internacionais, porque as regras eram desfavoráveis ao país. No momento em que adota essas normas internacionais, o Brasil estabelece essa condição igualitária”.

A adequação às IFRS contribui para a redução da mortalidade das empresas [1], porque suas demonstrações financeiras são apresentadas de forma mais transparente e levam a um melhor gerenciamento das contas. O processo melhora a captação de crédito [2] com os agentes financeiros e sua relação também com os fornecedores, afirmou Juarez Carneiro. ”Conhecendo a contabilidade dessa empresa e sabendo de sua condição financeira, ele tem condições até de estabelecer uma linha de crédito maior para compras a prazo”.

O presidente do CFC estimou que as IFRS poderão ainda ter reflexos positivos sobre a geração de emprego nas companhias de todos os portes. “Estamos falando não só de normas internacionais, mas também de gerenciamento. Estamos falando de empresas que vão se estruturar melhor na área financeira. E essa estruturação demanda pessoas. Acredito que um dos impactos, quando a empresa melhora a gestão, é ter um resultado melhor, seja na venda, como nos serviços. E isso pode reverter em mais postos de trabalho para essas empresas.”


[1] Como é possível fazer uma observação desta sem qualquer comprovação. A mortalidade das pequenas empresas não está relacionada com a adoção ou não de uma norma. Se o gestor não sabe usar a informação, não importa se a mesma é uma norma internacional ou não.

[2] De igual modo, afirmar que melhora a captação de crédito também é temerário. O crédito é um recurso escasso. Se uma pequena empresa melhora suas informações, aquela que não o fez perdeu o acesso aquele dinheiro. Deste modo, como não existiu um aumento no volume de recursos no mercado financeiro, existe somente uma transferência entre as empresas. Mas o volume total de crédito não aumenta com a adoção da normas. Pelo menos no curto prazo.

Conselhos para Mensurar

1. Seu problema não é único como você imagina
2. Você possui mais dados que imagina
3. Você necessita de menos dados do que você imagina
4. Existe uma medida que muito mais simples que você imagina

Fonte: HUBBARD, Douglas. How to measure anything

(Isto deveria estar na porta da sala do contador)

Retrofit 1

Comum na Europa, 'retrofit' requalifica construções antigas - Rodrigo Brancatelli - 27 Jul 2010 - O Estado de São Paulo

Reforma do prédio precisa ser aprovada em assembleia e já existem até linhas de crédito para seu financiamento

O retrofit é uma prática extremamente utilizada na Europa para requalificar construções antigas, adequá-las a novos usos e reintegrá-las à vida urbana. Para que haja necessidade dessa modernização, os prédios devem ter pelo menos de 20 a 30 anos - pelas normas de condomínio, a decisão pela reforma precisa ser discutida em assembleia, e a empresa de arquitetura contratada faz um mapeamento de intervenções. Em São Paulo, por exemplo, endereços históricos como o Edifício Albertina, Cícero Prado e Cecília, na Avenida Rio Branco, o Edifício Viadutos, na Praça General Craveiros Lopes, e o Edifício Bretagne, na Avenida Higienópolis, já passaram por retrofit.

“Há casos no centro em que o investidor compra todo o prédio, faz o retrofit e depois revende por mais do que o dobro do valor investido”, diz Paulo Marchesi, dono de uma empresa de engenharia que fez 15 projetos de retrofit nos últimos 12 meses.

Atualmente, há até linhas de crédito para o financiamento de retrofit - um acordo firmado entre o setor da construção civil e bancos privados liberou recursos da caderneta de poupança para o financiamento de obras de modernização residencial - os recursos disponíveis somam R$ 2,5 bilhões.

Retrofit

'Cirurgia plástica' chega a dobrar preços de prédios - Rodrigo Brancatelli - 27 Jul 2010 - O Estado de São Paulo

Chamada de retrofit, modernização de edifícios vira moda em imóveis mais baratos; retorno é dez vezes maior que investimento

Foram exatos 17 meses e duas semanas aguentando o barulho de picaretas, de marteladas, de ladrilhos quebrando e de operários trabalhando de manhã até tardinha. Dona Carmem Castelo Domingues, médica aposentada de 68 anos, chegou a perder um prato de porcelana que pertenceu a sua mãe - por causa de uma megaobra de modernização em seu prédio na zona oeste de São Paulo, a parede de sua sala rachou e a tal lembrança da família espatifou no chão. Isso sem falar no elevador, que ficou intermináveis semanas sem funcionar. “Moro no quinto andar”, resume ela, sem um pingo de ironia na voz.

Dona Carmem acabou se acostumando com as marteladas e, no fim da reforma, viu seu apartamento valorizar 40%. “Antes da obra falavam que meu imóvel valia R$ 200 mil. Agora, calculam pelo menos R$ 280 mil”, conta ela, agora esboçando um sorriso. “Valeu a dor de cabeça.” Para muitos outros paulistanos, também tem valido - tendência internacional, a técnica de revitalização de edifícios antigos, chamada de retrofit, já começa a tomar conta da paisagem de São Paulo e a valorizar prédios históricos da capital que estavam degradados.

Imóvel antigo, mas com cara de novo em folha. De dois anos para cá, a palavra retrofit definitivamente entrou no vocabulário do paulistano. A cena de prédios antigos envelopados com telas de proteção já virou chavão em bairros como Perdizes, Sumaré, Bela Vista, Barra Funda, Cerqueira César, Liberdade, Santa Cecília e Vila Buarque, onde boa parte dos edifícios foi construída entre 1960 e 1980 - além de começar a se tornar comum em imóveis de classe média e em regiões mais novas da capital, como Morumbi e Moema.

Retorno financeiro. Essa onda de retrofit explica-se basicamente pelo boom imobiliário e pela escassez de espaços urbanos, principalmente terrenos vagos. As reformas variam de uma simples cirurgia plástica na fachada até uma total troca de elevadores, sistema hidráulico e elétrico - pode-se ainda transformar prédios de escritórios em habitações de renda média ou instalar novos equipamentos de lazer (como espaço gourmet e piscinas). Passada a confusão da obra, que pode demorar de um a três anos, o retorno financeiro é garantido - uma reforma que custe R$ 5 mil para cada condômino pode valorizar o imóvel em cerca de R$ 50 mil

Em alguns casos, o retorno é até maior. O Edifício Marambaia, por exemplo, localizado nos Jardins, passou por uma enorme reforma e ganhou varandas em todos os apartamentos. Cada condômino teve de desembolsar algo em torno de R$ 175 mil na modernização. Resultado: as unidades que valiam até R$ 600 mil pularam para mais de R$ 2,8 milhões.

Competitivo. “Um projeto bem elaborado, apesar de poder parecer caro à primeira vista, traz grande rentabilidade para os moradores em longo prazo”, afirma Angélica Arbex, gerente de Marketing da administradora de edifícios Lello Condomínios. Segundo ela, a iniciativa busca, além da modernização do condomínio, tornar o imóvel mais “competitivo e atrativo” no mercado em relação aos novos empreendimentos imobiliários.

05 agosto 2010

Rir é o melhor remédio



Adaptado daqui

Links

Cartazes: 50 anos de Brasília (dica Marginal Revolution)

Efeito Tretis

Cem melhores artigos publicados em revistas

Iasb busca apoio do Brasil: uma crítica

Vídeo David Tweedie enfatiza a importância do envolvimento dos EUA nas IFRS

Teste #323

David Brooks é mais uma empresário acusado de fraude. Fundador e ex-chefe da DHB, entre outros pecados, advinhe o que Brooks fez?

a) comprou pornografia para seu filho com dinheiro da empresa
b) comprou uma sepultura para mãe
c) pagou prostitutas para motivas seus empregados.

Resposta do Anterior: US$1. Fonte: aqui

Estádio de 700 milhões de Reais

Este é o valor que deverá ser gasto no estádio em Brasília, para três ou quatro jogos da Copa. Como Brasília possui clubes na segunda divisão, que já tem seu próprio estádio, a construção deverá ser um elefante branco. Com o dinheiro da construção, seria possível:

Pagar 35 anos de salário de Lebron James, o astro do basquete;

Comprar 1 bilhão de barras de chocolate;

Adquirir 28 mil automóveis para os hospitais brasileiros

Fazer pelo menos 14 mil casas populares

Pagar 11 anos de salário da Sandra Bullock

Auditoria II

Regulador vê falhas em trabalhos da E&Y
Texto de Nelson Niero (São Paulo) publicado no Jornal Valor Econômico em 04/08/2010

A Ernst & Young Auditores Independentes também não passou no crivo do regulador americano de contabilidade.

O Conselho de Supervisão de Contabilidade de Companhias Abertas (PCAOB , na sigla em inglês) divulgou na segunda-feira mais uma lista de inspeções feitas em firmas de auditoria que atuam fora dos Estados Unidos, que incluiu a operação brasileira da E&Y, uma das chamadas "quatro grandes" do mercado global de contabilidade.
Anteriormente, o órgão divulgou relatórios sobre a Deloitte e a BDO no Brasil, com ressalvas.

No caso da E&Y, a equipe da PCAOB informa ter identificado "o que considerou ser deficiências de auditoria". Esses problemas foram encontrados em dois de três trabalhos examinados e, pela relevância, os investigadores concluíram que os auditores da E&Y "não obtiveram comprovação suficiente para dar base às suas opiniões sobre as demonstrações financeiras" dos clientes.

Os nomes das empresas não foram divulgados.

Os itens destacados pelo PCAOB estão relacionados com contratos fechados pelas empresas para proteger os balanços de variações cambiais e de taxas de juros. Num deles, o órgão afirma que os procedimentos de auditoria não foram suficientes para avaliar a operação.

A conclusão é contestada pela E&Y. "A auditoria é feita por amostra, com base no risco e na relevância", diz Idésio Coelho, diretor de auditoria da E&Y. Ele exemplifica: se a empresa tem 100 contratos de hedge, o auditor examina 10, por exemplo. "A equipe do PCAOB achou que deveriam ter sido feios mais testes. Refizemos, e a conclusão não mudou." A empresa, no caso, tinha despesas em dólar, e fez o contrato para proteger seu fluxo de caixa. Segundo ele, a possível deficiência já havia sido identificada pela revisão interna da firma.

A auditoria examina esses contratos de proteção cambial para saber se são "efetivos", ou seja, se protegem de fato o caixa da empresa. Isso é importante para determinar como as operações serão registradas no balanço. Se forem efetivas, são "marcadas na curva", pela taxa média. Caso contrário, serão registradas pelo valor de mercado, o que pode representar uma variação brusca nos números divulgados.

O outro ponto refere-se a um empréstimo em dólar com taxa de juros flutuante. A empresa trocou, no hedge, a moeda para reais, a uma taxa fixa.

"Nos dois casos não houve mudança no resultado, no patrimônio, nem no parecer", diz Coelho. "Foram intervenções pontuais."

A inspeção do PCAOB na E&Y foi feita no fim de 2006. Segundo Coelho, foram quatro semanas, divididas entre uma avaliação interna da firma - política de avaliação de sócios, relacionamentos de negócios, revisão de qualidade etc. - e o acompanhamento dos trabalhos nos clientes.

"Em algumas ocasiões, a equipe do PCAOB gastou mais tempo na revisão do que os auditores no trabalho original", diz.

O órgão privado americano, criado pela Lei Sarbanes-Oxley, de 2002, depois dos escândalos empresariais do início da década, examina todas as firmas de auditoria cujos clientes tenham papéis negociados no mercado americano. De 2005 até junho deste ano, o PCAOB fez inspeções em 34 países. Partes do relatório, especialmente a que se refere às críticas ao sistema de controle de qualidade, são mantidas em sigilo, a não ser que a firma não consiga reparar os erros encontrados


Via Claudia Cruz

Auditoria I

Domínio das quatro grandes volta à pauta
Texto de Rachel Sanderson, do Financial Times (Londres) publicado no Jornal Valor Econômico em 04/08/2010

O domínio das quatro grandes firmas mundiais de contabilidade,

PricewaterhouseCoopers, Ernst & Young, KPMG e Deloitte, as "Big Four", como são conhecidas em inglês, voltou à agenda dos órgãos de regulamentação.

Nesta semana, a Câmara dos Lordes, no Reino Unido, tornou-se mais uma instituição a abrir investigação sobre o papel desempenhado pelos contadores - especialmente das quatro grandes - na crise financeira.

A Comissão Europeia já havia anunciado outra investigação sobre os trabalhos de auditoria e contabilidade, incluindo a questão do impacto que o "domínio" das quatro grandes pode ter na estabilidade financeira. Isso pode levar a mudanças na forma como as empresas são regulamentadas e até como são estruturadas.

Paralelamente, a Autoridade de Serviços Financeiros (FSA, órgão regulador do mercado britânico), intensificou sua retórica neste mês ao criticar os auditores por "uma preocupante falta de ceticismo" em algumas das auditorias de instituições financeiras.

Essas três investigações são observadas de perto por autoridades reguladoras nos Estados Unidos e Ásia, pois são consideradas como a vanguarda do que se pensa sobre a profissão após a crise financeira mundial. Suas conclusões deverão sair no quarto trimestre, o que traz a perspectiva de que os contadores seniores, após o recesso de verão, terão meses bem quentes pela frente.

Se toda essa situação parece ser familiar, é porque de fato o é. O debate sobre a credibilidade dos auditores e, em particular, o domínio das quatro grandes não é novo. Está em voga desde 2003, quando a quebra da Arthur Andersen, após ser acusada por seu papel na fraude contábil da Enron, reduziu as cinco grandes para quatro.

Tendo em vista as investigações subsequentes nos EUA e Europa - que deixaram o status quo inalterado - algumas das quatro grandes empresas de contabilidade sentem-se frustradas em terem virado alvo de outra série de investigações tão pouco tempo depois.

Argumentam que a concorrência e a disputa de preços é ferrenha e que o motivo de terem o domínio entre as multinacionais - trabalham com 96% das empresas do índice FTSE 350 no Reino Unido - é por terem a experiência internacional exigida pelos clientes.

Algumas das sugestões mais radicais cogitadas, como dar um prazo às quatro grandes, digamos de 18 meses, para desmembrarem suas operações em dois ou abolir completamente os informes de auditoria, são tão improváveis quanto impraticáveis.

Depois da crise, no entanto, alternativas como encorajar concorrências abertas mais frequentes, exigem consideração como forma de abrir um setor que parece alarmantemente estático.

Segundo informe do governo britânico divulgado em 2006, apenas 2,1% das empresas do FTSE 100 trocaram de auditor por ano, em média, de 1996 a 2004.

A introdução das auditorias conjuntas, como na França, poderia ser uma forma de abrir o mercado, embora continuem as preocupações sobre o custo acarretado às empresas e se isso realmente ampliaria a concorrência para mais de cinco ou seis firmas.

A Grant Thornton, umas das seis grandes, defende que as autoridades acabem com o que entende estar virando uma tendência entre os bancos. Exigir que as companhias às quais concedem empréstimos usem alguma das quatro grandes. As evidências disso são escassas, mas Steve Maslin, chefe de assuntos externos da Grant Thornton, diz que restrições desse tipo levaram sua firma a perder pelo menos um acordo recente.

O aumento na concorrência poderia surgir a partir das mudanças resultantes do novo cenário de regulamentação pós-crise.

Uma ideia mais nova é encorajar comissões de auditoria para distribuir, para mais de uma firma, as auditorias geograficamente ou de acordo com sua categoria. É uma ideia interessante até porque atende aos pedidos de investidores de ampliação da segmentação
da contabilidade, para que tenham uma noção mais clara para onde o dinheiro vai.


Via Claudia Cruz.

Sem dúvida sobre a IFRS

A discussão conjunta Iasb e Fasb sobre o reconhecimento da receita (vide postagem do blog sobre o assunto aqui) trouxe uma reação interessante de Barry Melancon, presidente da AICPA), entidade de agrega os contadores certificados dos Estados Unidos. Para Melancon, a convergência das empresas dos Estados Unidos para IFRS não é mais questão de “se” mas de “quando”.

Doubts about IFRS? What doubts?

Contabilidade e eleições

BRASÍLIA. Para conseguir o registro eleitoral este ano, o candidato não poderá mais apenas apresentar suas contas referentes à campanha anterior: é necessário que essas contas tenham sido aprovadas. A decisão foi tomada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), anteontem à noite, por quatro votos a três. Até as eleições passadas, era preciso apenas apresentar a contabilidade para obter o registro, mesmo que ela tivesse sido rejeitada. Segundo a nova tese, que será posta em prática neste ano, a quitação eleitoral deve ser comprovada, o que pode complicar a vida de muitos candidatos. Advogados do PT e do PSDB consideraram a medida controversa.

A novidade, que promete mais uma polêmica, foi defendida pelo presidente do TSE, ministro Ricardo Lewandowski, que convenceu a maioria dos colegas. Ele ponderou que só a aceitação da contabilidade, sem analisar se há quitação das dívidas, tiraria qualquer importância sobre a prestação de contas.

— Embora a literalidade da norma possa levar a essa consideração (de que é preciso apenas apresentar as contas), a melhor solução passa por um entendimento que leve em consideração a finalidade dos preceitos que regulam essa fase do processo eleitoral — disse Lewandowski.

Relator votou pela manutenção da regra anterior

Concordaram os ministros Marco Aurélio, Nancy Andrighi e Cármen Lúcia. O relator, ministro Arnaldo Versiani, votou pela manutenção da regra anterior. Os ministros Aldir Passarinho Junior e Marcelo Ribeiro concordaram com o relator e acabaram derrotados pela maioria. Em seu voto, Passarinho Junior ainda citou trecho da Lei 12.034, de 2009, a minirreforma eleitoral, segundo a qual a quitação eleitoral não está atrelada ao registro do candidato. Marcelo Ribeiro concordou.

— A lei é expressa ao dizer que exclusivamente se negará essa certidão de quitação àqueles que não apresentarem contas — disse Ribeiro.

O advogado Márcio Silva, que defende o PT no TSE, argumenta que não se pode mudar a regra do jogo a menos de um ano antes da eleição, segundo a Constituição. Para ele, a decisão pode provocar recursos de candidatos prejudicados ao STF.

— É controvertido, pois a legislação explicita que a apresentação das contas é necessária para obter o registro, e não a aprovação delas. Como há controvérsia entre jurisprudência e lei, entendo que não dá para aplicar essa alteração de entendimento para as eleições deste ano — disse o advogado do PT, acrescentando que nenhum de seus clientes será prejudicado.

Antonio Cesar Marra, advogado do PSDB, concorda com o colega petista:

— É uma interpretação que ainda precisa ser discutida. A meu ver, o conceito de quitação eleitoral é cumprir para com suas obrigações eleitorais. É obrigação do candidato prestar contas, mas não é obrigação dele ter as contas aprovadas. Causa certa perplexidade a decisão do TSE.

Márcio Silva disse que, em alguns casos, o sistema da Justiça Eleitoral não apontava pendência para certos candidatos e, após o período de registro, o sistema foi atualizado, com pendências em contabilidades. Ou seja, quem pensou que não teria problema com a candidatura foi surpreendido:

— Vários candidatos fizeram seus registros na certeza de que não havia pendência na Justiça Eleitoral.

Marra contou que Wilson Santos, candidato pelo PSDB a governador de Mato Grosso, poderá ser prejudicado pela decisão do TSE.

Políticos com a contabilidade reprovada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) também são impedidos de se candidatar. Em junho, o TCU divulgou uma lista com 4.922 nomes de gestores públicos que não poderão disputar as eleições de outubro. (Carolina Brígido)


Candidato precisará ter contas aprovadas - O Globo - 5 ago 2010

Ambiente

O governo do Equador acaba de fechar um acordo inédito: criou um fundo internacional, a ser administrado pela ONU, que receberá doações para compensar o país por abdicar de explorar grande parte das reservas de petróleo do Parque Nacional Yasuní, um dos mais biodiversos do mundo.

O governo equatoriano promete deixar debaixo da terra, em plena floresta amazônica, cerca de 850 milhões de barris de petróleo, ou 20% das reservas do país. Em troca, quer receber ao menos US$ 3,6 bilhões em dez anos, a metade estimada que ganharia se explorasse a área.

"O fundo que acabamos de assinar é histórico para o Equador e para o mundo inteiro", afirmou Rebeca Grynspan, diretora regional do Pnud, programa para o desenvolvimento da ONU.

É o Pnud que vai administrar o fundo, que será aplicado especialmente em projetos de educação e saúde e na área do parque, onde vivem o povo indígena huaorani, e dois outros povos isolados, tagaeri e taromenane.

O petróleo é explorado na Amazônia equatoriana desde 1972, e se prevê gastar parte do dinheiro em recuperação de áreas degradadas. Até agora, Alemanha, Suíça, Espanha e Suécia se comprometeram a doar US$ 1 bilhão.

O projeto do Yasuní é um plano de ativistas equatorianos há mais de dez anos.

O presidente esquerdista, Rafael Correa, foi eleito com a bandeira de levá-lo adiante e apresentou o plano na Assembleia-Geral da ONU, em 2007. Ele perdeu porém ao menos dois aliados importantes por conta de discussões ambientais e não foi à assinatura do acordo.


ONU compensará Equador por manter área ambiental
Folha de São Paulo - 5 ago 2010 - FLÁVIA MARREIRO

Contador do futuro

04/08/2010
O contador ideal que as empresas procuram no momento
Portal Exame (via CFC)
Com a adoção de regras internacionais, empresas buscam profissionais de contabilidade com perfil mais voltado para o mundo dos negócios

Talita Abrantes, de EXAME.com

São Paulo - O crescimento da presença das empresas brasileiras no mercado financeiro internacional está revolucionado o perfil dos contadores no país. Além de aumentar a demanda, o novo cenário pede profissionais com um perfil mais estratégico e voltado para o mundo dos negócios.

Isso significa que a imagem de senhores sisudos que passam o dia atrás de uma calculadora científica e de uma montanha de formulários não cola mais com essa carreira. "O profissional de contabilidade deixou de ser tecnicista", afirma Edgar Cornachione, professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP).

Os executivos das principais empresas brasileiras confirmam isso. Segundo pesquisa da consultoria Robert Half divulgada em julho, 96% das companhias brasileiras admitem que os profissionais de contabilidade tornaram-se peças centrais para a tomada de decisões.

De acordo com especialistas, o aquecimento da economia e o crescimento da participação brasileira no mercado internacional são os principais fatores para essa mudança nos rumos da profissão. "A competição está mais acirrada. Isso faz com que a empresa fique mais pressionada pelo mercado", diz Edilene Santana Santos professora da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV-EAESP).

Nesse novo cenário, as companhias estão mais cautelosas durante os processos decisórios. E, por conta disso, cresce a demanda por profissionais capazes de analisar todas as variáveis em questão.

O pesquisador da USP exemplifica isso com situações de compra de ativos pela empresa. Segundo ele, antes, o contador era chamado para apenas registrar a operação. "Hoje, ele participa da decisão junto com os outros gestores", diz.

Regras internacionais
O fenômeno é uma tendência mundial. "Recentemente, os países membros do G20 definiram que é prioritária a adoção de uma linguagem comum de contabilidade entre as nações do mundo", lembra Maria Clara Cavalcante Bugarim, vice-presidente de Desenvolvimento Profissional e Institucional do Conselho Federal de Contabilidade (CFC).


Depois que fiz a postagem, constatei que no endereço do CFC está faltando parte da reportagem, que consta do Portal da Classe Contábil. Eis a continuação:

Sem normas universais para o exercício da contabilidade, os países viviam em uma espécie de torre de Babel. "Era possível que uma empresa, de acordo com as regras usadas no Brasil, fosse altamente lucrativa, mas que em outro país apresentasse prejuízo, apenas por causa das diferenças entre as normas", afirma a especialista.

Por isso, a partir de 2007, o Brasil passou a adotar o International Financial Reporting Standards (IFRS), o conjunto de regras contábeis determinados pela International Accounting Standards Board (IASB), com sede em Londres. "Isso dá mais segurança para os acionistas", explica.

O novo conjunto de regras cooperou para a revolução na carreira. "O exercício da contabilidade era bem formalista. Tudo estava previsto na lei", explica Edilene, da FGV. Nem sempre, contudo, a legislação correspondia à realidade de todas as empresas. Um exemplo disso, segundo a professora, era o momento de registrar a depreciação dos Ativos da empresa. No caso de veículos, ela explica, a Receita Federal determina que após um período de cinco anos de uso, o valor do carro é igual a zero.

"No entanto, há muitos carros rodando com mais de cinco anos. Mas o contador não avaliava o tempo real de vida útil dos ativos. Seguia apenas o que as regras mandavam", diz. Com o IFRS, o profissional precisa julgar a vida econômica real do ativo. "E, para isso, ele precisa entender bem do negócio".

O fim do check list
Por isso, o contador não pode trabalhar em uma empresa sem entender qual a lógica por traz de cada dado que registra nos relatórios. "Antes era possível ser um bom contador sem entender tanto do negócio em questão. O profissional apenas reagia às transações", afirma Cornachione, da USP. "Agora, ele deixa de ser apenas a pessoa que tinha o conhecimento da linguagem dos negócios para deter conhecimentos sobre a lógica do negócio".

Nesse contexto, circular e compreender todas as áreas da companhia é essencial para o profissional, afirma William Monteath, diretor de operações da Robert Half."Isso o torna mais completo, afinal o setor de finanças interage com todos os outros", diz. Fluência em inglês, pós-graduação no setor de atuação e capacidade de liderança completam os requisitos do contador procurado pelas grandes companhias brasileiras.

Atualmente, os Serviços de Auditoria e consultoria, segundo os especialistas, são os que oferecem as melhores oportunidades de salário e carreira. Isso se deve, de acordo com Edilene, da FGV, ao fato de que, desde 2008, as empresas de grande porte são obrigadas a contratar Serviços de Auditoria externa. Até então, a exigência estava restrita às companhias de Capital aberto.

Além disso, o crescimento Economia brasileira também está puxando a Demanda por profissionais no setor. Indústria e mercado financeiro lideram as contratações, apontam os especialistas.Mas, diante da miríade de oportunidades, profissional deve manter o foco. "Ele precisa repensar sua carreira e ver nitidamente em qual canoa quer colocar o pé. Para então, investir as fichas", afirma o professor Cornachione.

Pesquisa e Recursos

A história de Emily Rosa é interessante por mostrar que é possível fazer pesquisa científica com pouco dinheiro e de qualidade. Emily nasceu em 1987 e aos onze anos tornou-se a pessoa mais jovem a publicar um artigo no periódico da Associação Médica dos Estados Unidos, o Journal of the American Medical Association.

Em 1996, Emily assistiu a um vídeo sobre terapia do toque (Therapeutic Touch, ou TT), afirmando que os profissionais da área podiam sentir um campo energético e poderiam usar as habilidades para diagnosticar e tratar doenças. Emily elaborou então uma pesquisa para comprovar as propriedades da TT, que foi divulgado na feira de ciências da quarta série. Quinze médicos foram testados durante vários meses para verificar a capacidade de detectar a aura.

Os praticantes da TT deveriam adivinhar em qual mão Emily segurava uma moeda. Para cada dez tentativas, o índice de acerto foi de 4,4 vezes, indicando que a TT não era capaz de identificar a aura. O artigo foi publicado no dia 1º. de abril de 1998. A publicação tornou Emily uma sensação e símbolo do ceticismo. O feito de Rosa foi reconhecido no Guiness Book.

04 agosto 2010

Rir é o melhor remédio


Fonte: aqui

Teste #322

A revista Newsweek já chegou a vender 3 milhões de exemplares por exemplar. Entretanto, o avanço da internet e a crise fizeram com que a tiragem em 2009 fosse de 2,3 milhões de exemplares. Nesta semana o grupo Washington Post vendeu a revista pelo seguinte valor:

US$ 1
US$ 10 milhões
US$ 100 milhões


Resposta do Anterior: Ativo e Passivo. Fonte: La Nacion