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10 julho 2023

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Liberaram alguns outros cupons hoje que já expiraram (primevisa, primevisa100 e visa100), então pode ser que logo este visakindle já não sirva mais. Se soubermos mais, atualizaremos aqui.

Dica da incrível Jéssica, amiga querida do clube do livro, a quem agradecemos. ❤️ 

O rastreamento digital de contatos da COVID-19 funcionou - lições para futuras pandemias.

A pandemia tive no centro uma questão de informação. Isto está bem claro em situações como a apresentada a seguir, conforme um artigo publicado na Nature (tradução do chatGPT):

Durante o primeiro ano da pandemia de COVID-19, cerca de 50 países implementaram o rastreamento digital de contatos. Quando alguém testava positivo para o SARS-CoV-2, todas as pessoas que estiveram em proximidade próxima com essa pessoa (geralmente por 15 minutos ou mais) eram notificadas, desde que ambos tivessem instalado o aplicativo de rastreamento de contatos em seus dispositivos.

O rastreamento digital de contatos recebeu muita atenção da mídia e muitas críticas no primeiro ano. Muitos estavam preocupados que a tecnologia fornecesse uma maneira para governos e empresas de tecnologia terem ainda mais controle sobre a vida das pessoas do que já têm. Outros consideraram os aplicativos um fracasso, após as autoridades de saúde pública enfrentarem problemas ao implementá-los.


Três anos depois, os dados contam uma história diferente.

O Reino Unido integrou com sucesso um aplicativo de rastreamento digital de contatos com outros programas e intervenções de saúde pública e coletou dados para avaliar a eficácia do aplicativo. Várias análises agora mostram que, mesmo com os desafios de introduzir uma nova tecnologia durante uma emergência e apesar da adesão relativamente baixa, o aplicativo salvou milhares de vidas. Também ficou mais claro que muitos dos problemas encontrados em outros lugares não tinham a ver com a própria tecnologia, mas sim com a integração de uma tecnologia do século XXI em infraestruturas de saúde pública que são em grande parte do século XX.

Hoje, as autoridades de saúde nacionais e internacionais não estão investindo em rastreamento digital de contatos. Também não o estão incluindo em planos de preparação para pandemias. Isso é uma oportunidade crucial perdida para prevenir que surtos futuros se transformem em pandemias.

Para aproveitar essa ferramenta potencialmente transformadora no futuro, os formuladores de políticas e outras partes interessadas devem considerar as evidências e lições que estão surgindo do seu uso durante a pandemia de COVID-19.

Em março de 2020, ficou claro que a velocidade de transmissão do SARS-CoV-2 ultrapassaria o rastreamento de contatos convencional, que geralmente envolve profissionais de saúde pública entrevistando pessoas que se sabe terem contraído o vírus e depois contatando os contatos identificados para pedir que sejam testados ou entrem em quarentena. Enquanto estava em casa, cientistas e engenheiros de todo o mundo começaram a colaborar remotamente para implementar o rastreamento digital de contatos em grande escala.

Na época, as autoridades de saúde em muitos países estavam imaginando um sistema centralizado. Muitas pessoas com quem falei argumentaram que ter um banco de dados sob controle do governo seria crucial para determinar se a abordagem estava funcionando e para melhorá-la. Muitas vezes, pareciam não estar cientes das possíveis implicações de privacidade de um banco de dados centralizado. Mais tarde, essas implicações se tornaram mais claras, por exemplo, quando as autoridades de Cingapura admitiram que dados de um sistema centralizado de rastreamento de contatos digitais, chamado TraceTogether, também poderiam ser acessados pela polícia, ao contrário das garantias anteriores. Na mídia, também estava surgindo uma narrativa de que, diante de uma pandemia histórica, as preocupações com privacidade teriam que ser deixadas de lado.

No entanto, para alguns de nós, o conflito percebido entre conter a doença e proteger a privacidade era uma ilusão. Nós começamos a desenvolver um sistema descentralizado que notificaria as pessoas se tivessem sido expostas à COVID-19, sem permitir que atores centrais coletassem grandes bancos de dados de informações altamente sensíveis. Um desses sistemas foi o protocolo DP3T, que ajudei a desenvolver no Instituto Federal de Tecnologia da Suíça em Lausanne (EPFL), juntamente com engenheiros, cientistas da computação e especialistas jurídicos de outras universidades.

Em vez de coletar informações de contato em servidores centrais, o protocolo DP3T, que disponibilizamos publicamente no GitHub em 3 de abril de 2020, mantinha as informações de forma segura nos smartphones das pessoas. Qualquer decisão sobre notificar alguém seria tomada por um aplicativo no telefone, em vez de um servidor central. Em outras palavras, o protocolo garantia que as pessoas seriam notificadas sem que os governos tivessem acesso às informações sobre seus contatos.

Em 10 de abril de 2020, o Google e a Apple, provedores dos dois sistemas operacionais móveis dominantes no mundo, anunciaram o lançamento da tecnologia de "Notificação de Exposição" - essencialmente uma variante do protocolo DP3T. As agências de saúde pública agora seriam capazes de incorporar essa tecnologia em seus próprios aplicativos de rastreamento de contatos.

Nesse período, eu estava tendo reuniões virtuais frequentes com autoridades de saúde de muitos países ou seus assessores científicos. Ficou claro que a insistência do Google e da Apple em aplicativos de rastreamento de contatos que preservassem a privacidade frustrou os governos ao redor do mundo. Na época, muitas autoridades de saúde que planejavam implementar o rastreamento digital de contatos pediam aos gigantes da tecnologia que reconsiderassem sua posição. Mas, eventualmente, a maioria delas começou a implantar o protocolo de Notificação de Exposição.

A segunda onda de COVID-19 ocorreu logo após a introdução dos aplicativos que utilizavam essa tecnologia, no meio de 2020, em países como Suíça, Alemanha, Itália e Letônia. Em meio a uma diminuição nos casos anteriormente e críticas crescentes da mídia aos aplicativos, as autoridades de saúde pública lutaram para integrá-los em seus sistemas de saúde e convencer o público a usá-los. Quando a COVID-19 aumentou no Hemisfério Norte no outono, o rastreamento digital de contatos muitas vezes foi deixado de lado, enquanto os governos se concentravam na prestação de cuidados de saúde.

Muitos países já estavam enfrentando dificuldades para acompanhar a demanda por testes de COVID-19. Em países como Suíça e Finlândia, as autoridades de saúde também tiveram dificuldades para lidar com a demanda por códigos de ativação de aplicativos. Os atrasos frustraram os usuários e minaram o objetivo principal do rastreamento digital de contatos: fornecer informações rapidamente. Assim, cresceu a percepção global de que os aplicativos eram um fracasso.

Embora seja mais fácil, em princípio, avaliar a eficácia do rastreamento digital de contatos quando é centralizado, também existem maneiras de fazer isso para versões descentralizadas. Em vez de depender da coleta centralizada de dados, os analistas podem usar questionários ou abordagens como telemetria para mapear quantas notificações foram feitas e onde, quantas delas ocorreram em telefones que também relataram um resultado positivo no teste e assim por diante. Tudo isso pode ser feito sem revelar as identidades das pessoas cujos telefones estavam recebendo os alertas.

Poucos países coletaram esses dados durante o caos do primeiro ano da pandemia, mas o Reino Unido o fez. Um estudo realizado nos primeiros três meses do uso do aplicativo de rastreamento de contatos descentralizado do Serviço Nacional de Saúde (NHS) do Reino Unido mostrou que o aplicativo poderia rastrear mais do que o dobro de contatos em comparação com o rastreamento de contatos convencional. Foram utilizados dois métodos de análise: um usando modelagem e o outro uma abordagem estatística. Esses métodos estimaram que, em apenas três meses, o aplicativo evitou 284.000 ou 594.000 casos, respectivamente, apesar de apenas 28% da população nessas regiões usá-lo. O estudo também sugeriu que, para cada incremento de 1% no uso do aplicativo, o número de casos poderia ser reduzido em 0,8% a 2,3%, respectivamente.

A evidência mais convincente até agora, no entanto, vem de uma análise publicada este ano sobre o uso e o impacto do aplicativo de rastreamento de contatos do NHS em seu primeiro ano de implantação. Ela descobriu que o aplicativo evitou cerca de um milhão de infecções e salvou mais de 9.600 vidas na Inglaterra e no País de Gales entre setembro de 2020 e setembro de 2021. E isso foi alcançado mesmo com apenas cerca de 25% da população em média usando o aplicativo.

Para o futuro, uma solução melhor seria produzir um protocolo que não estivesse ligado a uma empresa de tecnologia específica ou a um dispositivo pré-existente. Qualquer solução futura precisa combinar acessibilidade e independência de plataforma. Por exemplo, pulseiras de baixo custo equipadas com tecnologia de banda ultralarga poderiam, em um futuro surto, funcionar como dispositivos independentes de rastreamento de contatos ao lado de dispositivos de ponta mais comuns.

As autoridades de saúde devem priorizar o rastreamento de contatos digital que preserva a privacidade, e os governos devem se comprometer com investimentos de longo prazo nessa área. Mas é igualmente importante que os sistemas de saúde pública se tornem mais familiarizados com a tecnologia digital. No Reino Unido, as pessoas podiam marcar testes de COVID-19, receber os resultados e receber notificações sobre exposição potencial, tudo no aplicativo NHS COVID-19. E o NHS atualizava regularmente o software para melhorar a eficácia do rastreamento digital de contatos ao longo do tempo.

A desconfiança das pessoas em relação à eficácia e confiabilidade do rastreamento digital de contatos é compreensível, especialmente porque foi implementado em grande escala durante momentos difíceis. Mas a ciência que mostra o quão eficaz pode ser o rastreamento de contatos preservando a privacidade em um surto futuro não deve ser ignorada.

Foto: Yoav Aziz

Taylor Swift e o valor de uma obra regravada

Taylor Swift lançou na quinta-feira a versão regravada de um de seus álbuns mais antigos, "Speak Now", chamando a iniciativa de "forma de rebelião".

A cantora está em uma missão para regravar os seis primeiros álbuns de seu catálogo (ela já fez três) depois que os direitos dos originais foram vendidos em um acordo controverso para a Ithaca Holdings do superagente Scooter Braun em 2019 por mais de US$ 300 milhões. A empresa de investimentos Shamrock Capital Advisors comprou as matrizes um ano depois por aproximadamente o mesmo valor.

Swift argumenta que regravá-las permitirá que ela seja reconhecida como a legítima proprietária de seu trabalho. Mas, embora o esforço tenha sido aplaudido pela integridade artística, a outra questão que paira é se foi um bom negócio. (Outros artistas tentaram e não conseguiram recuperar suas matrizes.) O DealBook analisou os números.

As duas primeiras regravações foram lançadas em 2021: "Fearless" em abril e "Red" em novembro. Dados da Luminate, relatados anteriormente pela Music Business Worldwide, mostram que, no final de 2022, os relançamentos de Swift estavam vencendo nas paradas de streaming de áudio. (O streaming representa a maior parte das vendas de música gravada).


"Red" (a versão de Swift) foi transmitida 961 milhões de vezes no ano passado, contra 254 milhões da original - uma queda de 41% em relação ao ano anterior. Para "Fearless", o relançamento de Swift superou o original em 401 milhões contra 257 milhões.

As regravações elevaram todo o catálogo de Swift. O streaming de seus seis discos aumentou cerca de 6,5% para quase 2,5 bilhões de vezes em 2021. É importante ressaltar, porém, que uma grande proporção desses - 736 milhões - foi para o álbum "1989", que Swift ainda não regravou.

O acordo da Shamrock é "muito vulnerável", disse Larry Miller, diretor do programa de negócios musicais da N.Y.U., ao DealBook. Ainda assim, como a empresa adquiriu o catálogo de Swift depois que ela tornou conhecida sua intenção de regravar suas obras-primas, é possível que a Shamrock tenha considerado o possível impacto da diluição como parte do acordo. (A empresa não respondeu a um pedido de comentário).

Swift causou um impacto no setor mais amplo. O Universal Music Group começou a incluir termos de regravação mais restritivos em seus contratos com artistas. E, na devida diligência para os negócios, os compradores estão agora "quase que universalmente" examinando os contratos para ver se há uma restrição sobre regravações, disse David Dunn, fundador do banco de investimentos Short Tower Capital.

Fonte: Deal Book, New York Times. Foto: Raphael Lovaski

Apple quebra mais um recorde

 

As ações da Apple terminaram de ser negociadas apenas alguns centavos abaixo de US$ 194 na sexta-feira, avaliando toda a empresa em incríveis US$ 3,05 trilhões - a primeira empresa da história a fechar acima da barreira dos "3T".

A notável alta nas ações da Apple significa que a empresa já adicionou incríveis US$ 984 bilhões em capitalização de mercado somente neste ano, o que equivale a ganhar o valor de 12 Airbnbs, 6 Disneys, 2,3 Walmarts ou 122 Ralph Laurens.

Muito longe da garagem da Califórnia onde a empresa foi fundada, os investidores estão claramente confiantes na longevidade contínua do iPhone que - como exploramos em maio - continua sendo a gravidade no centro da galáxia da Apple. 16 anos desde seu lançamento, o dispositivo ainda atrai os consumidores para outros produtos da Apple, como acessórios de alta qualidade, streaming de música, TV, tablets, laptops e, em um futuro não tão distante, a ideia da Apple de realidade virtual.

Atualmente, as mudanças no iPhone tendem a ser mais evolução do que revolução, e os consumidores tendem a esperar mais tempo antes de atualizar seu modelo. A Apple navegou pelo mercado em amadurecimento com o lançamento da linha Pro, mais cara, em 2019, ajudando as vendas a subir mais.

É claro que a Apple não é a única empresa de tecnologia que está tendo um bom ano. As ações da Microsoft, Alphabet (Google), Amazon, Meta e Tesla subiram muito em 2023. Mas nenhuma empresa teve uma ascensão tão dramática quanto a Nvidia. As ações da empresa triplicaram em apenas 6 meses - tornando-a o mais novo membro do clube de US$ 1 trilhão - impulsionadas por apostas de que os semicondutores da empresa provarão ser uma engrenagem essencial no boom da IA.

Navio de cruzeiro de carnaval emite mais vapores tóxicos do que todos os carros da Europa, segundo estudo


Um novo estudo encomendado pela Federação Europeia de Transportes e Meio Ambiente revelou que as emissões tóxicas de óxidos de enxofre de 63 navios de cruzeiro pertencentes à Carnival Corporation eram 43% maiores que todos os veículos de motores de combustão na Europa. Essa estatística impressionante ocorre quando os líderes da UE decidiram proibir pequenos motores de combustão para carros até 2035. 

Fonte: aqui

Com a exigência de informações sobre a questão ambiental nas empresas, será que uma estatística destas irá aparecer nas demonstrações da Carnival? 

09 julho 2023

Dois tipos de fraude

(...) Além disso, um dos pontos principais do livro é que existem dois tipos de fraudes, que chamarei linear e exponencial.


Em uma fraude linear, o fraudador tira dinheiro do reservatório comum a uma taxa aproximadamente constante. Exemplos de fraudes lineares incluem cobrança excessiva de todos os tipos (taxas médicas, pagamentos de horas extras, trabalhos fantasmas, cobrança dupla, etc.).), juntamente com o outro lado disso, que não está pagando por coisas (desvio de impostos, despejo de resíduos tóxicos, etc.).). Uma fraude linear pode continuar indefinidamente, até você ser pego.

Em uma fraude exponencial, o fraudador precisa continuar roubando cada vez mais para permanecer solvente. Exemplos de fraudes exponenciais incluem esquemas de pirâmide (é claro), fraude de mineração, manipulações do mercado de ações e golpes de investimento de todos os tipos. Um exemplo familiar é Bernie Madoff, que levantou zilhões de pessoas prometendo retornos irrealistas sobre seu dinheiro, mas, como resultado, incorreu em muito mais zilhões de obrigações financeiras. O golpe era inerentemente insustentável. Da mesma forma com Theranos: quanto mais dinheiro eles levantavam de seus investidores, mais problemas estavam, já que eles nunca tiveram um produto. Com uma fraude exponencial, você precisa continuar expandindo seu círculo de otários - uma vez que isso pare, você estará pronto.(...)

Fonte: aqui. Foto: Bermix Studio

Emoji de 'Joinha' é Considerado uma Assinatura Válida em Caso Judicial

Um tribunal canadense determinou que um "joinha" digital em resposta a uma solicitação é um acordo legalmente vinculativo. Quando solicitado a confirmar um contrato de linho, um vendedor respondeu com um emoji de "joinha". O comprador confiou nesse "joinha", mas surgiu um processo judicial quando o linho não chegou.


O significado do emoji e a mensagem que o remetente alega ter pensado que estava enviando foram discutidos, mas no final, o juiz determinou que, nessa situação, era de fato uma forma válida de "assinatura" de contrato. O juiz acredita que essa não será a última vez que tal interpretação será necessária; o mundo está mudando e em breve estará ainda mais cheio de emojis.

Durante o processo, o réu afirmou que não teve tempo para revisar o contrato de linho e apenas queria indicar que recebeu a mensagem de texto. Ele admitiu que nunca pesquisou o significado do emoji de "joinha" e seu advogado afirmou que ele "não é um especialista em emojis".

No entanto, na decisão, o juiz Timothy Keene decidiu que, embora o emoji de "joinha" seja "uma forma não tradicional de 'assinar' um documento, mas, no entanto, nessas circunstâncias, foi uma forma válida de transmitir as duas finalidades de uma 'assinatura'".

O juiz considerou o contrato como executável e, consequentemente, violado. Ele concedeu uma indenização no valor de $82.200,21 ($61.498,09 dólares americanos) mais juros.

Fonte: Boing-Boing

08 julho 2023

Saúde no mundo

 

A saúde da população e o sistema de saúde são analisados neste índice. Cingapura, Japão, Coréia do Norte, Taiwan e Israel estão bem, mas não o Reino Unido ou Somália. Os dados dos outros países também podem ser consultados e o Brasil aparece em 83o., sendo 63o no índice de prosperidade. 

O índice abarca diversos itens. Vale a pena conferir. A seguir, a posição do Brasil em cada item:

Segurança = 119

Liberdade pessoal = 67

Governança = 86

Capital social = 35

Investimento em ambiente = 77

Condições de empreendedorismo = 120

Infra-estrutura e acesso ao mercado = 87

Qualidade econômica = 81

Condição de vida = 57

Saúde = 83

Educação = 91

Ambiente Natural = 18


07 julho 2023

Feliz dia do Chocolate

Hoje é o Dia Mundial do Chocolate. Originário da América Central e do Sul, chocolate era conhecido dos astecas e maias, entre outros povos. As pesquisas parecem mostrar que sua origem retrocede a milhares de anos e hoje faz parte da cultura universal. 

Ele também é um exemplo da globalização, sendo cultivado em países como Gana, Equador e Indonésia. Os grãos de cacau geralmente são enviados para Europa, local onde se produz os melhores chocolates do mundo. 

Alemanha, Bélgica e Holanda foram os maiores exportadores mundiais de chocolate e outras itens fabricados tendo por base o cacau (gráfico abaixo). As exportações foram de 1.009, 594 e 482 milhões de kg, respectivamente. O Brasil não está entre os dez maiores produtores. 


Mas nem todo mundo gosta tanto de chocolate como eu. Em muitos países da Ásia, as pessoas preferem outros lanches. Os suíços são os campeões de consumo per capita, com 11,8 quilos por ano. É de lá que vem os chocolates Toblerone e Lindt. O consumo deles é de dez vezes o consumo do brasileiro, conforme o gráfico abaixo



Rir é o melhor remédio

Em The Windors, uma sátira da família real, o príncipe Charles é um idiota preocupado com o ambiente. Em uma cena, com a então primeira-ministra Teresa May, ela discute com ele sobre seu papel. O tema é a compensação pela emissão de carbono: 




PwC Austrália

A PwC Austrália informou tardiamente os detalhes de uma investigação oficial sobre o escândalo de vazamentos fiscais a um poderoso órgão fiscalizador de auditorias dos Estados Unidos, o que aumenta significativamente o risco para as operações globais da empresa.

A empresa australiana também perdeu o prazo estatutário de 30 dias para autodeclarar "eventos reportáveis" para a Junta de Supervisão de Contabilidade de Empresas Públicas (PCAOB, na sigla em inglês) dos EUA em mais de um ano, aumentando o risco de ação regulatória.

O professor emérito da Macquarie Business School, James Guthrie, disse que a PwC teve que reportar o assunto dos vazamentos porque isso afetou os parceiros globais da PwC, especialmente os parceiros nos EUA. "Isso é muito importante porque afetará a reputação da PwC nos EUA".

A PwC Austrália tem sido alvo de críticas localmente desde maio, quando o The Australian Financial Review noticiou um conjunto de e-mails que mostravam que vários parceiros da PwC receberam correspondência relacionada a um plano para explorar informações fiscais confidenciais do governo.

A PCAOB, criada em 2002 pelo Congresso dos EUA devido ao fracasso da autorregulação dos auditores, supervisiona as empresas de contabilidade e pode impor sanções por comportamento inadequado, incluindo multas financeiras de milhões de dólares e restrições à capacidade de uma empresa continuar auditando empresas públicas. O conselho também tem amplos poderes coercitivos para exigir documentos e informações das empresas.

(...) 

Fonte: Australian Financial Review

Significado do termo BRL e diferença para o R$

Eis um texto bem interessante: a diferença entre o termo BRL e o real: 

Ao realizar compras internacionais em plataformas pela internet, é comum que os consumidores se deparem com o termo BRL. Mas será que de fato você sabe o que significa esse termo?

Apesar desse código simbolizar o real, quando o preço de um produto é colocado em BRL não é porque ele está sendo vendido diretamente em moeda brasileira. O valor que aparece ali é uma estimativa de quanto aquele item valeria após conversão para o real. Entenda o que é BRL e onde essa sigla é utilizada.

O que é BRL?

BRL é uma sigla ou código monetário que faz referência ao real brasileiro, embora ele seja o símbolo oficial da moeda no Brasil, já que essa função é realizada pelo “R$”.

No contexto de comércio, por exemplo, enquanto o “R$” é usado para demonstrar o valor do produto que já está precificado em reais, o BRL representa uma projeção de preço após a conversão de uma outra moeda para o real.

Nesse sentido, a função do BRL seria exibir o preço de produtos em sites de compras internacionais com valor estimado em reais, além de servir para converter os valores por meio da taxa de câmbio.

Por que BRL é diferente do real?

A principal diferença entre BRL e real é que enquanto o primeiro termo é um código usada para conversão de outras moedas para o real, o segundo se refere ao nome da moeda oficial do Brasil.

Sendo assim, apesar de representarem a mesma coisa, na prática, eles são utilizados de formas diferentes, o que acaba confundindo muitas pessoas que buscam entender o que significa BRL.

Para entender melhor a diferença entre real e BRL, vale citar um exemplo. Suponha que em uma plataforma brasileira X o preço de um produto é R$ 2.000,00. Enquanto isso, o mesmo produto no site estrangeiro Y, que vende inicialmente aquele item em dólar, mostra o preço na tela de 1841,25 BRL.

Desse modo, na plataforma X, o produto já foi colocado pelo vendedor como R$ 2.000,00, enquanto no site estrangeiro Y o produto foi colocado à venda por US$ 380,00. Assim, convertendo para o real conforme a taxa de câmbio, com uma cotação hipotética do dólar de R$ 4,85, o preço do item chega a R$ 1841,25, mostrado no site como 1841,25 BRL.

No segundo caso, o valor representado em reais é apenas estimado. Ele pode variar conforme mudanças na taxa de câmbio e segundo o tipo de cotação usada pelo site, que pode ser diferente da utilizada por operadoras e bancos.

(...) O código monetário BRL compõe um padrão internacional de moedas correntes, estabelecido pela Organização Internacional para Padronização, chamado ISO 4217. Essa padronização foi feita de modo que os códigos de moedas pudessem ter 3 caracteres.

Dos 3 caracteres, os 2 primeiros devem fazer alguma referência ao país da moeda, enquanto o terceiro pode ser uma letra aleatória, ou seja, sem uma regra definida. Não por acaso, todos os códigos de moedas brasileiras desde a criação do ISO 4217 começaram com “BR” e tiveram uma terceira letra sempre diferente da utilizada anteriormente.

Assim, a “moeda” BRL foi criada no ano de 1978, juntamente com a ISO 4217. Como se trata de um padrão internacional, os demais países também passaram a ter suas próprias siglas representativas de moedas correntes.(...)

Onde a sigla BRL é utilizada?

Geralmente, a sigla BRL é utilizada em duas situações principais: para compras internacionais e para identificação do real no sistema de câmbio. 

O primeiro caso é mais comum de ser observado em plataformas de produtos importados ou de fabricação estrangeira, em que os preços dos itens em moeda estrangeira são convertidos em BRL, apresentando uma estimativa do valor do produto em reais.

Um ponto importante a ser observado nesses casos é que o preço de produtos em BRL pode variar. Isso acontece em razão do câmbio flutuante, fazendo com que as movimentações do dólar frente ao real e o tipo de cotação utilizada pelo site possa influenciar no valor final do item.

No segundo caso de uso, observar as cotações de outras moedas em relação ao real pode ser mais simples usando os códigos estabelecidos no ISO 4217. Sendo assim, a sigla BRL pode ser útil quando for preciso realizar trocas de moedas.

Fonte: Exame

Oposição ao imposto mínimo mundial no maior país capitalist

O acordo mundial para estabelecer uma taxa mínima de imposto sobre as sociedades, liderado pelo presidente Biden, está enfrentando desafios nos Estados Unidos, segundo informa o Washington Post. Enquanto muitos países ao redor do mundo estão adotando ou se preparando para adotar legislação para implementar as alíquotas de imposto mínimas acordadas, o Congresso dos EUA não tomou nenhuma ação para ajustar a lei tributária do país. 



Isso significa que algumas empresas americanas podem encontrar maneiras de reduzir sua carga tributária abaixo do mínimo acordado. Os republicanos no Congresso estão lutando contra o plano e argumentam que ele prejudica a base tributária dos EUA. A falta de ação do Congresso e a estrutura do acordo podem levar a consequências, como notas fiscais complexas para as empresas americanas, diminuição da receita tributária dos EUA e possíveis penalidades de países estrangeiros contra as empresas americanas. 

No entanto, o governo Biden continua otimista de que o Congresso adotará a legislação necessária em algum momento. Alguns economistas questionam se o acordo será benéfico para os Estados Unidos ou se beneficiará principalmente outros países. O acordo global permitirá que os países tributem as subsidiárias de empresas não conformes para compensar a diferença se um país não tributar suas próprias empresas à taxa mínima acordada. A probabilidade de isso acontecer ainda não está clara.

(É bom lembrar que o jornal é de propriedade da Amazon, uma empresa com interesses nesta questão)

06 julho 2023

Gênero e imposto

Declaração de imposto de renda também mostra a questão de gênero - e sua evolução no tempo. Eis o resumo do artigo:

Casais casados que apresentam uma declaração conjunta colocam o nome do homem em primeiro lugar 88,1% das vezes no ano fiscal de 2020, uma queda em relação aos 97,3% de 1996. É mais provável que o nome do homem venha primeiro quando uma proporção maior da renda alocável do casal é atribuída a ele e quanto mais velho for o casal. Com base nas médias estaduais, colocar o nome do homem em primeiro lugar está fortemente associado a atitudes políticas conservadoras, religiosidade e uma medida baseada em pesquisa de atitudes sexistas. Tanto a disposição para correr riscos quanto a não conformidade fiscal estão associadas à colocação do nome do homem em primeiro lugar.

Denúncias e Fraude

Examinamos o impacto do aumento das recompensas por denúncias sobre a estratégia dos denunciantes e a eficiência regulatória na detecção de fraudes. Nossa análise mostra que o órgão regulador extrai informações sobre a incidência de fraudes das ações dos denunciantes, e a qualidade dessas informações depende do tamanho das recompensas por denúncias. Com uma recompensa maior, ao receber um relatório de denúncia, a qualidade das informações do órgão regulador sobre a fraude se deteriora, ao passo que, ao não observar nenhuma denúncia, a qualidade das informações sobre a ausência de fraude melhora. Embora a melhoria da informação quando não há denúncia não tenha sido amplamente discutida, demonstramos que ela é um determinante fundamental do programa ideal de denúncia. Demonstramos que, considerando o valor informativo da denúncia e da ausência de denúncia, o regulador deve definir a recompensa para incentivar mais denúncias quando a crença prévia de fraude for mais forte e o insider estiver mais bem informado. Nossa análise gera implicações políticas e empíricas para a elaboração e o estudo de programas de denúncia de irregularidades.

Via aqui

Desafios Financeiros e Gerenciais no Terceiro Setor: O Caso da Color of Change

A maior entidade do terceiro setor de justiça social dos Estados Unidos, com mais de sete milhões de membros, parece estar enfrentando dificuldades comuns às organizações sem fins lucrativos. Desde 2006, a Color of Change atua no combate ao preconceito, especialmente o racial. Após as manifestações de 2020 relacionadas ao assassinato de George Floyd pela polícia, a organização expandiu sua atuação, incluindo parcerias com o Airbnb, por exemplo, e seu presidente, Rashad Robinson (foto), tornou-se uma celebridade na mídia, com aparições na Oprah e na Forbes.


Isso também resultou em um aumento nas doações, com um valor de 30 milhões de dólares somente no primeiro semestre de 2020, superando as receitas anuais anteriores. Mais dinheiro deveria significar uma melhoria nos controles e na transparência contábil, mas isso não parece funcionar no terceiro setor, onde maiores receitas frequentemente são acompanhadas por descontrole financeiro.

Períodos de bonança levaram a um aumento nos salários dos executivos da Color of Change, realização de eventos maiores, projetos questionáveis e falta de supervisão. Com a redução da receita, esses gastos excessivos resultaram em déficits. Uma característica interessante das entidades do terceiro setor é que geralmente o volume de doações aumenta durante as crises para as quais a organização foi criada. Após o impacto da morte de Floyd, as receitas diminuíram. Embora houvesse uma expectativa de orçamentos anuais no valor total de 43 milhões nos últimos dois anos, o valor efetivo foi de 26 milhões.

A situação se complicou a ponto de, em uma reunião da diretoria, ser sugerida a falência da organização. Assim, a Color of Change começou a reduzir seu orçamento, o que incluiu demissões de funcionários.

Uma relação importante em uma entidade do terceiro setor é a relação entre despesas administrativas e receita, que consiste principalmente em doações para a organização. Com a queda na receita, essa relação aumentou para 1,52. Em outras palavras, a cada unidade monetária doada para a entidade, havia 1,52 unidades monetárias de gastos. Isso tem sido uma constante nos últimos meses.

A solução foi utilizar o caixa acumulado de 4 milhões para pagar as contas. No entanto, o valor não foi suficiente e resultou em atrasos nos pagamentos. Sem receber pagamento, os fornecedores começaram a interromper os serviços.

Um dos pontos observados é que a organização aparentemente não tinha uma auditoria independente. O termo "aparentemente" é sintomático aqui, pois a contabilidade da organização era e ainda é opaca. Esse parece ser um problema comum das entidades do terceiro setor, que só se preocupam com a contabilidade quando a crise surge.

Técnicas de análise de custo-benefício não eram consideradas. Em uma situação, a organização gastou 25 mil dólares em um podcast que tinha apenas 300 ouvintes mensais. Não é preciso ser um especialista em finanças para perceber que uma análise custo-benefício reprovaria esse gasto.

Outro exemplo de gasto inadequado foi o pagamento de aluguel para o filho da presidente da diretoria da organização em Manhattan, além de despesas com sua segurança e automóveis de luxo. E o salário anual do presidente da organização, até recentemente, era próximo de 500 mil dólares, muito embora essa informação não foi, e ainda não é divulgada, sendo baseada em suposições.

Fonte: Business Insider

Rir é o melhor remédio

 

Parece óbvio, mas o cartaz diz: Este quarto está equipado com luz elétrica Edison. Não tente acender com fósforo. Basta girar a chave na parede ao lado da porta. 

Fonte: aqui

05 julho 2023

Economia do desmatamento tropical

Dois fatores têm elevado recentemente o interesse acadêmico e político no desmatamento tropical: em primeiro lugar, a percepção de que ele é um importante contribuinte para as mudanças climáticas; em segundo lugar, uma revolução na medição baseada em satélite que revelou que o desmatamento está ocorrendo em ritmo acelerado. Começamos revisando os avanços metodológicos que possibilitaram a medição da perda florestal em alta resolução espacial em todo o mundo. Em seguida, desenvolvemos um modelo de referência simples de desmatamento com base em modelos clássicos de extração de recursos naturais. Ao incorporar características que caracterizam o desmatamento em países em desenvolvimento - pressão por mudança no uso da terra, externalidades locais e globais significativas, direitos de propriedade fracos e restrições da economia política - obtemos um quadro para revisar a crescente literatura empírica sobre a economia do desmatamento nos trópicos. Essa combinação de teoria e empiria oferece insights não apenas sobre os impulsionadores econômicos e os impactos do desmatamento tropical, mas também sobre políticas que podem afetar sua progressão. Concluímos identificando áreas em que mais pesquisas são necessárias nesse importante campo de estudo.

The Economics of Tropical Deforestation - Clare A. Balboni, Aaron Berman, Robin Burgess & Benjamin A. Olken


O Brasil é citado 48 vezes neste texto de 45 páginas. Há uma discussão sobre o valor da conservação ambiental, destacando a importância do valor de opção de não desmatar como um fator de grande importância na tomada de decisão dos proprietários de terras. Enquanto abordagens anteriores se concentraram no valor das diferentes utilizações alternativas da terra, o artigo ressalta a importância do valor de manter a terra como floresta, o que pode gerar retornos futuros potenciais. 

Foto: Unsplash+

Clima e Zona climática ideal

As condições climáticas permitiram à humanidade florescer ao longo dos últimos milhares de anos. Após um período de temperaturas relativamente estáveis nos últimos 7.000 anos, o aquecimento global está agora interrompendo rapidamente o clima confiável que favoreceu o desenvolvimento da agricultura avançada, a construção de cidades e o progresso tecnológico.


Um estudo publicado na revista Nature Sustainability descreve duas consequências perigosas dessas mudanças rápidas. Primeiro, grandes populações estão vendo suas regiões de origem se deslocarem para fora da chamada "zona climática" ideal para a vida humana. Segundo, os riscos de eventos extremos de calor, como a onda de calor de 2021 que causou mais de 1.000 mortes em Oregon, Washington e Colúmbia Britânica, estão aumentando.

No entanto, o estudo mostra que tomar as medidas certas agora pode ajudar imensamente. A cada décimo de grau de aquecimento global que a sociedade puder evitar, mais de 100 milhões de pessoas permanecerão em um clima mais favorável. Isso pode ajudar a prevenir problemas previstos pelos autores do estudo, como o aumento do risco de doenças, agricultura e trabalho menos produtivos, e crescentes riscos de violência, instabilidade e migração em massa.

O estudo utiliza a expressão "zona climática ideal" para descrever o clima que era mais adequado para a produtividade econômica e agrícola em 1980. A maior parte das pessoas vivia em áreas com temperaturas médias anuais entre 7°C e 17°C. À medida que as temperaturas globais aumentam, áreas mais quentes próximas ao equador se tornarão menos adequadas e perigosamente quentes, enquanto algumas regiões frias se beneficiarão de temperaturas mais elevadas.

No entanto, o estudo destaca os desafios enfrentados pelas populações que estão fora dessa "zona climática". A exposição a temperaturas extremas pode resultar em aumento de morbidade, mortalidade, queda na produtividade, aprendizado prejudicado, queda na produção agrícola, aumento de conflitos, migração e disseminação de doenças infecciosas.

Para a contabilidade, a presença em regiões mais quentes é um fator de risco para os negócios, podendo afetar a geração de riqueza futura, com influencia até na continuidade. Por este motivo, levar em consideração o clima no risco de negócio é algo necessário. Resta saber como devemos fazer isto. 

Baseado aqui

CPA e o ChatGPT: aprovado na segunda tentativa

Uma versão aprimorada do ChatGPT obteve sucesso em seu segundo teste simulado do exame de CPA (Certified Public Accountant). Com uma pontuação média de 85,1, o ChatGPT conseguiu passar no exame após um fracasso inicial, assim como cerca de metade dos candidatos humanos que falham em sua primeira tentativa.


Esse resultado levanta questionamentos sobre a suposta "vantagem competitiva" dos contadores humanos em relação às máquinas. Pela primeira vez, a inteligência artificial (IA) desempenhou tão bem quanto a maioria dos contadores humanos em uma tarefa de contabilidade do mundo real, o que traz à tona importantes questões sobre a colaboração entre máquinas e contadores no futuro.

Os autores do estudo destacaram a importância desse marco, levantando reflexões sobre como as máquinas e os contadores poderão trabalhar em conjunto no cenário contábil. Será necessário repensar o papel dos contadores e como eles podem aproveitar o potencial da IA para melhorar sua eficiência e desempenho.

Embora o sucesso do ChatGPT no exame de CPA seja significativo, ainda existem questões a serem exploradas. O desafio será encontrar uma maneira de combinar a capacidade analítica e interpretativa dos contadores humanos com a precisão e a velocidade da IA. A colaboração entre máquinas e contadores pode resultar em uma sinergia poderosa, na qual a IA complementa as habilidades humanas, resultando em um desempenho aprimorado e uma eficiência aprimorada.

Fonte: aqui

Curso sobre Taylor

A Universidade de Stanford está oferecendo um novo curso sobre Taylor Swift, intitulado, em português, de "A Anti-Heroína, Taylor Swift". A iniciativa foi liderada por uma estudante chamada Jeffs, que criou seu próprio programa para o curso e conseguiu o apoio do professor de língua inglesa Mark McGurl. O curso faz parte do programa de Cursos Iniciados pelos Estudantes da universidade, que permite que os alunos explorem áreas de interesse ou enriquecimento. As aulas serão avaliadas como "satisfatórias" ou "não satisfatórias" e não terão impacto na média dos alunos. Alguns fãs da cantora, não necessariamente alunos da universidade, estão empolgados em discutir sobre a cantora. 


Fonte: aqui

Rir é o melhor remédio


 Este cartoon é do texto sobre clima, publicado hoje. Localização, localização e localização é um mantra para enfatizar a relevância de escolher bem o local (vide, por exemplo, um dos capítulos do livro Não confie nos Instintos, de Stephens-Davidowitz). A casa está entre uma em chamas e outra coberta de gelo. Localização. 

04 julho 2023

Prime Day

Queridos amigos e leitores, nos dias 11 e 12 de julho haverá o Prime Day, da Amazon. É um dia em que os clientes que assinam o Prime conseguem descontos em vários produtos.

O "esquenta" do Prime Day já começou, então é possível encontrar itens com desconto, especialmente livros. 

Nesse clima, vamos aproveitar para divulgar o nosso link de associados Amazon. A gente ganha uma pequena porcentagem em cima das compras de vocês, que usamos na anuidade do domínio aqui do blog. Se, antes de pagarem as compras, vocês clicarem no nosso link e de lá forem pro carrinho, já conta! 

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Gratos

PwC, Austrália e a captura do governo

(...) O mercado de consultoria de gestão da Austrália é o maior do mundo per capita e o quarto maior em geral, o que é notável para um país com apenas 25 milhões de habitantes. E o governo federal tem liderado nessa área. Entre 2013 e 2022, seus gastos anuais com consultores aumentaram de US$352 milhões para US$888 milhões. No mesmo período, as quatro principais empresas de serviços profissionais - PwC, KPMG, Deloitte e Ernst & Young - embolsaram US$1,2 bilhão em contratos de consultoria do governo federal. 



Ao contratar essas empresas, que prestam serviços tanto para o governo quanto para o setor privado, os riscos de conflito de interesses são inevitáveis. Nesta semana, por exemplo, a KPMG lançou sua própria revisão interna de seus contratos para aconselhar tanto o governo quanto os operadores em auditorias de qualidade e segurança de instalações de cuidados para idosos. Até mesmo a Polícia Federal Australiana, que está investigando Collins por possível conduta criminosa, concedeu contratos de consultoria à PwC no valor de mais de US$20 milhões nos últimos dois anos, e outros US$30 milhões para as outras "Sete Grandes" empresas de consultoria (um grupo que também inclui a Accenture). Ironicamente, a PwC também é a auditora externa da AFP.

Como sempre acontece com as grandes empresas de serviços profissionais, a corrupção vai além dos problemas de conflito de interesses. Embora esses problemas sejam relevantes, focar apenas no conflito de interesses é perder o ponto principal sobre a consultoria governamental; mesmo que fosse abordado dividindo as empresas, como a PwC está fazendo agora, é provável que as administrações ainda dependessem de consultorias externas - e isso é uma perspectiva muito preocupante.

Na Austrália, como em muitos outros países, os consultores externos se tornaram parte integrante das operações governamentais centrais, ganhando contratos lucrativos sem melhorias tangíveis no desempenho. Isso se tornou impossível de ignorar durante a pandemia de Covid-19. Em um exemplo notável, o governo federal terceirizou o planejamento, logística, monitoramento e entrega das vacinas. Ele concedeu à McKinsey contratos no valor de 3 milhões de dólares para planejamento estratégico, consultoria e serviços profissionais, enquanto a Ernst & Young recebeu mais de 1,5 milhão de dólares para conduzir avaliações de prontidão do sistema de vacinação.

Eles obtiveram retorno sobre seu investimento? Não exatamente. Até que fosse centralizado sob o comando do tenente-general John Frewen, o fracasso da campanha de vacinação da Austrália se tornou lendário, ganhando o apelido de "the strollout" (algo como "a caminhada lenta") - a palavra do ano do Dicionário Nacional Australiano de 2021. Os governos estaduais também dependiam fortemente de consultores em suas respostas à pandemia, com efeitos semelhantes. (...)

Ao criticar a crescente dependência de nossas elites políticas dessa nova classe de consultores, é comum os críticos se referirem à "desarticulação do Estado", em que funções anteriormente desempenhadas pelo governo são cada vez mais terceirizadas para fornecedores privados. Esse processo tem uma dinâmica auto-reforçadora: uma vez que o trabalho é feito fora do governo, os funcionários públicos perdem habilidades e capacidades vitais, tornando-se ainda mais dependentes do setor privado, especialmente em uma crise.

No entanto, um erro comum é atribuir esse processo apenas à ideologia neoliberal de "Estado mínimo" e a modismos da administração pública, como a "nova gestão pública". É certo que a terceirização muitas vezes é justificada com a premissa de que o setor privado é inerentemente superior às burocracias públicas burocráticas; além disso, a erosão da capacidade do serviço público também fornece argumentos para aqueles que gostariam de ver governos ainda menores. Mas na Austrália, mesmo com a diminuição da participação do serviço público na força de trabalho desde os anos setenta, a parcela do governo nos gastos públicos aumentou. Se o neoliberalismo não é o culpado, o que é?

Pelo menos na Austrália, a história maior por trás do aumento do uso de consultores externos pelos governos é a erosão da responsabilidade democrática. Aqui, a terceirização para o setor privado é uma das várias medidas projetadas para fornecer aos governos uma negação plausível, distanciando-se dos processos de formulação e implementação de políticas. Da mesma forma, houve uma tendência crescente de fortalecer órgãos estatais cujas operações são isoladas da política democrática. O Reserve Bank of Australia, por exemplo, tornou-se independente em termos operacionais nos anos noventa e recebeu uma meta de inflação que desde então substituiu outros possíveis objetivos de política, como pleno emprego, salários mais altos ou a sobrevivência da indústria manufatureira. (...)

Aqui podemos ver o verdadeiro problema por trás do uso excessivo de consultores: a existência de uma classe política que evita a responsabilidade e terceiriza a tomada de decisões para especialistas técnicos. À medida que a política pública se torna cada vez mais especializada e complexa, os políticos eleitos estão cada vez mais propensos a buscar soluções fora do governo, a fim de evitar o escrutínio público e se proteger de potenciais danos políticos. A terceirização para consultores externos é apenas uma forma desse processo mais amplo de evasão da responsabilidade democrática.

Portanto, enquanto o escândalo envolvendo a PwC na Austrália é certamente chocante e preocupante, ele é apenas um sintoma de um problema maior. A dependência excessiva de consultores externos é um sintoma de uma classe política que evita a responsabilidade e busca refúgio na expertise técnica, em vez de enfrentar as complexidades da governança democrática. Enquanto essa dinâmica persistir, o uso excessivo de consultores externos continuará a ser um desafio para a transparência, a responsabilidade e a eficácia governamental.

Fonte: aqui. foto: Antonio Albanese, da PwC

Chuva e religião

Crença religiosa e o clima, em um artigo do NBER

Estudamos o clima como determinante da crença religiosa. As pessoas acreditam no divino quando as autoridades religiosas (a "igreja") podem intervir de forma crível na natureza em seu nome. Apresentamos um modelo no qual a natureza determina o padrão de chuvas ao longo do tempo e a igreja escolhe o momento ideal para rezar, a fim de persuadir as pessoas de que causou a chuva. Apresentamos evidências de rezas por chuva em Murcia, Espanha, de que a igreja segue uma política ótima e que suas rezas, portanto, preveem a chuva. Em nosso modelo, rezar por chuva só pode persuadir as pessoas a acreditar se o risco de chuva durante um período de seca estiver aumentando ao longo do tempo, de modo que a probabilidade de chuva seja maior quando as pessoas mais desejam chuva. Testamos essa previsão em um conjunto de dados original sobre se grupos étnicos ao redor do mundo tradicionalmente rezavam por chuva. Descobrimos que a oração por chuva é mais comum entre grupos étnicos dependentes de agricultura intensiva para subsistência e que os grupos étnicos enfrentando um aumento no risco de chuva têm 53% mais chances de rezar por chuva, de acordo com nosso modelo. Interpretamos essas descobertas como evidência da instrumentalidade da crença religiosa.

Eis o mapa onde o ritual da chuva é praticado no mundo:



Reconhecimento da receita

O IASB emitiu uma consulta para revisar a eficácia do padrão contábil IFRS 15 para receitas de contratos com clientes. Alguns consideram o padrão complexo de implementar, mas reconhecem que melhorou a comparabilidade das informações de receitas. O IASB está avaliando se o padrão está funcionando conforme o planejado e se há necessidade de alterações. A revisão também aborda questões como incentivos de marketing, tratamento de receitas negativas e interações com outros padrões contábeis. O feedback dos interessados ajudará o IASB a decidir se são necessárias mudanças no padrão.


Andreas Barckow, presidente do IASB, disse: "Encorajamos os interessados a compartilhar conosco as evidências que possuem sobre se o IFRS 15 está alcançando seu objetivo, em relação à compreensibilidade do padrão e aos custos e benefícios de sua aplicação.

'Uma revisão pós-implementação de um padrão contábil não leva automaticamente ao estabelecimento de um novo padrão. Após analisar o feedback dos interessados e as evidências provenientes de atividades de divulgação e pesquisa, o IASB determinará se e quando realizará o estabelecimento de um novo padrão.'

Foto: Daniel Öberg

Venda antes da queda

De acordo com informações de Lauro Jardim, colunista do jornal O Globo, os diretores da companhia venderam R$ 244 milhões em ações da varejista ao longo do segundo semestre de 2022, meses antes da revelação do escândalo contábil em janeiro deste ano.


Esta foi a primeira vez que os números exatos foram divulgados desde o grande rombo na Americanas. Até o momento as únicas informações eram que os diretores haviam vendido os papéis, mas não os valores eram desconhecidos.

Ainda de acordo com Jardim, o ex-CEO, Miguel Gutierrez, vendeu R$ 156 milhões em ações da Americanas. Enquanto isso, Anna Saicali e Thimoteo Barros, venderam R$ 59 milhões e R$ 20 milhões, respectivamente. A menor venda foi de Marcio Cruz, que vendeu R$ 5,6 milhões.

Fonte: aqui

Consequência do censo

Preocupadas com a perda de recursos, centenas de prefeituras de todo o País, devem acionar a Justiça para pedir revisão dos dados populacionais do censo que contou a população do Brasil. A quantidade de moradores impacta os repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), receita importante para a maioria das cidades brasileiras. Segundo a Confederação Nacional de Municípios (CNM), 770 cidades receberão menos recursos do FPM devido à população menor contada pelo Censo Demográfico de 2022, divulgado no último dia 28. 

O FPM, principal receita para 7 de cada 10 municípios brasileiros, tem entre os fatores de cálculo do repasse a quantidade de moradores. A queda na população reduz o valor. As perdas, somadas, chegam a R$ 3 bilhões, segundo a CNM. 


Há uma clara manipulação no texto acima, publicado no Estadão. Sim, é verdade que algumas cidades irão perder receita em razão do censo. Este é o número de 770 cidades. Mas o país possui mais de cinco mil municípios, em que uma parcela deverá receber mais recursos. Isto não é contemplado no texto. 

03 julho 2023

Pesquisa sobre IFRS 7

O International Accounting Standards Board (IASB) procura nomear uma equipe de pesquisadores para concluir um projeto de pesquisa sobre o IFRS 7 'Instrumentos Financeiros: Divulgações'.

O projeto começará em 1 de agosto de 2023 e deve ser concluído até 1 de dezembro de 2023.

Os pesquisadores coletarão dados das empresas listadas sobre como essas entidades fornecem informações relacionadas ao risco de crédito em suas demonstrações financeiras anuais e como aplicam os requisitos de divulgação de risco de crédito na IFRS 7. Os resultados desta pesquisa serão resumidos em um relatório que será usado pela equipe do IASB e pelo IASB para informar a revisão pós-implementação do IFRS 9 Instrumentos financeiros.

Fonte: aqui. Este tipo de projeto é muito interessante para o regulador. Atrai pesquisadores especializados que podem contribuir com a norma, com um custo bem reduzido - bem menor que seus membros burocráticos caros. A única questão é fazer uma seleção de interessados. 

Frase

Do deputado federal Luiz Carlos Hauly (Podemos-PR) sobre uma proposta de reforma tributária que simplifique a cobrança de impostos:

Acaba com a era da burocracia declaratória, que tantos problemas trouxe para as empresas e a economia brasileira, a ponto de existir empresas com 10 ou 20 vezes mais funcionários na contabilidade do que qualquer país do mundo.

De onde ele tirou este número é uma incógnita. Se é assim, deveríamos ter as entidades de classe lutando contra a reforma tributária e não parece ser este o caso. 

Custo econômico da violência

 No índice Global da Paz, o Brasil ocupa a 132ª posição entre 163 países ao redor do mundo, o que coloca o país em uma posição desfavorável. Se considerarmos um termômetro para avaliar a situação, estaríamos em um patamar baixo, ao lado de nações como Venezuela, Colômbia, México e Estados Unidos, mas distantes de países como Argentina, Chile e Uruguai. Essa realidade me parece bastante preocupante.

No entanto, uma estimativa interessante apresentada pelo documento é o custo econômico da violência. Esse cálculo abrange tanto os custos diretos quanto os indiretos da violência, incluindo um multiplicador econômico aplicado aos custos diretos. É importante mencionar que o custo econômico da violência leva em conta apenas os custos diretos e indiretos. A partir desse cálculo, são determinados os resultados per capita e a porcentagem do Produto Interno Bruto (PIB) afetados pela violência.

Embora essas informações sejam um tanto limitadas, podemos observar que o maior impacto econômico da violência ocorreu, em 2022, em países como Ucrânia, Afeganistão, Sudão, Coreia do Norte e Somália, com porcentagens do PIB variando de 35% a 63%. No caso do Brasil, o documento estima que o impacto econômico da violência seja de 11%, o que nos coloca na 29ª posição em relação a outros países. Nesse ranking, estamos logo após Rússia, Palestina, Arábia Saudita, Bahrein e Mauritânia, que ocupam as posições de 24º a 28º. Em termos per capita, o impacto da violência é de 2.150 dólares no Brasil.



02 julho 2023

Doação para o Museu Nacional


O Museu Nacional da Dinamarca doou a sua mais excepcional Capa de Penas brasileira do século XVII para o novo Museu Nacional, a fim de ajudar na reconstrução do patrimônio do museu, após a destruição de toda a sua coleção etnográfica de 20 milhões de artefatos insubstituíveis em um incêndio em 2018. Curiosamente, as icônicas capas de penas de ibis escarlate não estavam entre elas, pois todos os poucos exemplares sobreviventes conhecidos estavam em museus europeus.

Feita com penas de ibis escarlate e arara em uma rede de algodão tecida, a capa remonta ao início dos anos 1600 e foi criada pelo povo Tupinambá do Brasil. Os Tupinambá foram os primeiros povos indígenas que os portugueses encontraram quando chegaram ao Brasil em 1500. Os cronistas europeus registram que os Tupinambá eram adeptos das penas e as utilizavam em joias, faixas, bandanas, mantos e até mesmo como agulhas de tatuagem, todas feitas com penas de aves locais. As capas escarlates de ibis, utilizadas em rituais e cerimônias importantes, eram reverenciadas por sua beleza e significado religioso. (...)

Sabe-se que apenas 11 capas de penas Tupinambá sobreviveram, sendo que várias delas também pertencem ao Museu Nacional da Dinamarca. A capa recém-doada é a melhor preservada de todas elas.

Fonte: aqui

Fiquei pensando em como a capa seria contabilizada pelo Museu Nacional. É uma doação, mas cujo valor monetário é muito difícil de ser estimado. 

ChatGPT combate chamadas de telemarketing indesejadas

O Jolly Roger é um serviço telefônico que usa inteligência artificial (IA) para combater as chamadas de telemarketing indesejadas. Ele cria personagens fictícios e tagarelas que mantêm os golpistas ocupados ao telefone, desperdiçando seu tempo. Esse serviço é uma maneira de revidar contra as chamadas automáticas que se tornaram cada vez mais frequentes.


O Jolly Roger utiliza o ChatGPT e um software de modulação de voz para criar e ler roteiros para os operadores de telemarketing. Os personagens digitais, como Whitey Whitebeard e Salty Sally, são criados para enganar e entreter os golpistas. Desde a introdução do ChatGPT, o tempo médio de conversa com os operadores chegou a até 30 minutos, proporcionando grande satisfação aos usuários.

Para ter acesso ao serviço, os usuários pagam uma assinatura anual de US$ 24,99 e têm acesso a um sistema telefônico baseado em nuvem. Além disso, existem aplicativos que permitem visualizar, ouvir e compartilhar as chamadas gravadas entre o bot e o operador de telemarketing frustrado. Os usuários também podem criar seus próprios personagens irritantes.

Fonte: Business Insider. Foto: Petr Macháček

Rir é o melhor remédio

 

Calvi. Junho acabou

01 julho 2023

Decisão humana ou IA?

Para Daniel Kahneman, psicológo ganhador do Prêmio Nobel de Economia, não tem como o ser humano competir com a inteligência artificial (AI) quando o assunto é tomada de decisão. (...)

“Imagine uma situação de tomada de decisão: tem um ser humano com intuição e julgamento de um lado e tem o algoritmo do outro. E se eles não concordam? Quem tem a palavra final? É natural a gente dizer que é o ser humano, mas a decisão será ruim. Em última análise, é melhor optar pela decisão do robô”, afirmou durante sua apresentação na Febraban Tech 2023, nesta quinta-feira (29).

“A exceção é quando o humano tem uma informação que a máquina não possui. Aí, naturalmente, a decisão do ser humano será melhor”, acrescenta.

Na visão dele, pelo fato de o ser humano ser suscetível a vieses e ruídos, as nossas avaliações são prejudicadas por julgamentos e intuições.

O viés está associado à pré-conceitos, atalhos do cérebro e vícios das decisões intuitivas, como a discriminação de grupos ou o excesso de otimismo em momentos de bull market (mercado em alta). O viés prejudica o julgamento racional. Kahneman possui um livro que discute extensamente sobre o tema: “Rápido e Devagar”, publicado há dez anos.

O ruído, por sua vez, está associado à inconsistência e imprevisibilidade de um erro. Sobre este tema, Kahneman publicou o livro “Ruído: uma falha no julgamento humano”, em parceria com Olivirer Sibony, professor de estratégia na HEC Paris, e Cass Sustein, professor de direito em Harvard.

Um exemplo já conhecido é o da balança: se uma balança, ao pesar uma pessoa, sempre adiciona 5kg ao peso real do indivíduo, ela é enviesada; porém, se toda vez que alguém sobe na balança, ela apresenta variações de valores aleatórios, para cima ou para baixo, sem tendência definida, ela é um caso de ruído, conforme as teorias de Kahnemann.

Em seu livro, o escritor explica que há ruídos em vários momentos do nosso dia a dia, como médicos dando diagnósticos diferentes para o mesmo problema, analistas financeiros com opiniões opostas sobre o mesmo caso, entre outros.

Ainda, se uma balança sempre aumenta o peso real de quem sobe nela com valores diferentes, é enviesada e ruidosa. Ele afirma que viés e ruído combinados prejudicam muito o julgamento de situações — e ambos os fenômenos fazem parte do ser humano. Por isso, ele tem uma avaliação mais pessimista sobre a performance do ser humano na comparação com a inteligência artificial.

O tema é um dos assuntos do ano de 2023, depois da liberação do ChatGPT, da OpenAI, ao público no início do ano. A democratização em acesso foi o pontapé para uma série de discussões, além de um forte impulso para a corrida da AI generativa, com o Google e o lançamento do Bard, chatbot concorrente.

Kahneman acredita a interação com a inteligência artificial é um caminho sem volta e cada vez mais será aplicada em diferentes situações e para diversos usos, incluindo predições de problemas.

“Quando consideramos o diagnóstico de pacientes: o diagnóstico da inteligência artificial vai ser mais acurado que o do médico. A IA tem a capacidade de aprender de várias experiências com as quais tem interações, enquanto o ser humano aprende a partir da própria intuição e experiências que vive, tem sua própria perspectiva”.

Apesar disso, ele listou alguns tópicos que o ser humano ainda vai ter poder de decisão maior que o da IA pelo menos na próxima década:

 Grandes investimentos;

Tratamentos de saúde;

Guerras (se vai acontecer ou não).

Tem solução?

Diante da velocidade que a IA está sendo desenvolvida e de sua capacidade, há um problema, segundo Kahneman: “como melhoramos o nosso poder de julgamento? Urgentemente precisamos melhorar nossa avaliação, o padrão tá alto com a IA”, diz.



“A solução é padronizar processos. Não é legal dizer isso, mas para melhorar o julgamento humano precisamos fazer algo mais perto do que o algoritmo faz do que seguir nossa intuição. Especialistas cometem erros. A IA vai ser melhor do que o melhor expert humano, vai jogar xadrez melhor que o campeão mundial. Acreditamos em mais experts do que realmente existem”, afirma Kanehmann. E continua: “as pessoas podem acreditar na intuição e faz parte da nossa vida, por exemplo, quando você ouve o tom de voz consegue interpretar a pessoa. Mas em muitos casos não dá pra acreditar na intuição”.

Ele diz que um exemplo onde o julgamento humano é muito presente e gera muitos erros é na hora de contratar um novo funcionário. “Muito comum nas decisões de contratações. As pessoas têm intuições fortes sobre os candidatos, que costumam ser inacuradas debilitando a contratação”.

Na visão dele, embora o caminho seja árduo, uma evolução são as empresas. “Companhias como bancos, clínicas, seguradoras, são um caminho. Empresas aprendem melhor que o ser humano porque possuem procedimentos que evitam vieses e ruídos. E precisamos dessa evolução enquanto há tempo”, afirma.

Fonte: aqui

Bancas: passado saudoso

Sempre tive uma conexão sentimental profunda com as bancas de revistas. Desde os meus primeiros anos, havia uma banca na minha cidadezinha onde eu adquiria com entusiasmo a revista Placar, coleções da Abril, a revista Recreio e outras publicações. Ao me mudar para Brasília, já adulto, mantive o hábito de comprar jornais, livros e revistas na banca mais próxima de casa. 

Hoje em dia, entretanto, as bancas de revistas se transformaram e vendem uma infinidade de coisas, com as revistas se tornando apenas uma presença ocasional. 

Recentemente, duas notícias do mundo editorial trouxeram à tona essa nostalgia. A primeira delas foi o anúncio da revista National Geographic, agora pertencente à Disney, de que encerrará suas vendas em bancas a partir de 2023, resultando em uma série de demissões em sua equipe. São 135 anos de uma revista que cativou gerações, trazendo para o nosso alcance histórias inesquecíveis, como a icônica capa da menina afegã e as comoventes narrativas de "As Pontes de Madison".


A National Geographic sempre foi sinônimo de qualidade, tanto em seus textos cativantes quanto em suas fotografias deslumbrantes. Porém, sabemos que a qualidade tem seu preço, e foi exatamente isso que levou a revista a tomar essa difícil decisão. Ao invés de manter uma equipe fixa, optaram por contratar freelancers, resultando em textos mais rasos e baratos, projetados para gerar curtidas rápidas nas redes sociais. 

Em termos históricos, a perda do Wiener Zeitung é talvez maior. Esse jornal, pertencente ao governo austríaco, mesmo sendo independente, sofreu um duro golpe quando uma nova lei eliminou a exigência de publicação dos registros comerciais das empresas em sua edição impressa. Esse acontecimento resultou em uma drástica redução na receita e, consequentemente, na equipe editorial. De 63 pessoas, restaram apenas 20. Agora, o jornal passará a operar predominantemente online, com uma edição mensal impressa. É o fim de uma era para um jornal que já completou impressionantes 320 anos de história.



Política de Imigração e Taxa de Crescimento Populacional do Canadá

Esta semana tivemos a divulgação dos dados do censo demográfico do país. Em agosto de 2021 o IBGE tinha feito uma estimativa de 213 milhões de habitantes. Mas o censo indicou dez milhões a menos - uma cidade de São Paulo: 203 milhões. A taxa de crescimento da população foi de 0,52%, bem abaixo da média mundial ou do Canadá. 

Por sinal, o Canadá possui uma elevada taxa de crescimento populacional: 3,5%. Segundo estimativas, sua população chegou a 40 milhões de pessoas. Apesar desse número, o país ainda não é densamente povoado, pois o território canadense é um dos maiores do mundo.


A razão desse crescimento demográfico é a política de imigração do país. Além de estabelecer metas rígidas para a imigração, o Canadá está incentivando agressivamente a vinda de mais pessoas, especialmente imigrantes "brilhantes". Uma das ideias recentes é atrair pessoas que trabalham nos Estados Unidos com vistos H1B, ou seja, vistos qualificados. Em outras palavras, o Canadá está importando imigrantes de outros países.

(Gráfico com a taxa de crescimento da população do Canadá - em vermelho - e dos Estados Unidos)

Mais uma curiosidade: hoje é o dia do Canadá