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24 março 2018

Mercado de Trabalho: quem perdeu menos nos últimos 50 meses

Ao longo dos últimos meses o país contratou mais de 440 mil profissionais em contabilidade. O problema é que foram demitidos 481 mil, um resultado negativo de quase 41 mil trabalhadores a menos nas empresas brasileiras. Esta estatística engloba desde o início de 2014. Entretanto, a crise mesmo começou em 2015, prolongando por 2016 e 2017. Em 2016 foram destruídas quase 23 mil vagas e em 2017 quase 11 mil vagas. Ou seja, o ritmo parece da crise parece ter diminuído em 2017.

Apesar da crise não ter sido tão intensa em 2017, foi neste ano que a diferença salarial entre quem foi mandado para rua e quem teve a sorte de ter sido contratado foi maior: 18,6% de corte no salário em 2017, versus 16% do ano anterior. Em um ano, só na área contábil, foram 3 bilhões de reais a menos que deixaram de ser pagos.

Outro fato que podemos obter com os dados do mercado formal de trabalho é que a idade média do trabalhador admitido cresceu, assim como a idade média do demitido. Assim, depois de demitir os mais novos, as empresas estão contratando alguns profissionais com mais experiência, que terminam por aceitar um salário menor. Mas quem é o empregado que foi atingido pela crise? Inicialmente os mais novos e inexperientes; depois, com o passar do tempo, os mais antigos, talvez por falta de opção nas empresas.

Os dados também mostram que 2/3 da redução das vagas atingiram o sexo feminino. Mas isto não significa uma discriminação por gênero no momento da demissão, já que este é o percentual do mercado das mulheres no setor contábil.

Em 2015 a crise atingiu os contadores e auditores, com uma redução de mais de 5 mil vagas, poupando os técnicos (1,3 mil) e escriturários (2,4 mil). No ano seguinte, muitos escriturários perderam o emprego: 15 mil versus 6 mil entre contadores e auditores e 1,6 mil técnicos. Em 2017 foram extintas 5,1 mil vagas de contadores e auditores e 4,4 mil de escriturários, além de 1,4 mil vagas de técnicos. Parece que os técnicos não sofreram tanto com a crise mais isto não é verdadeiro: a sua proporção está diminuindo ao longo das últimas duas décadas, sendo hoje a menor ocupação entre as três.

Mas deixei para o final a grande surpresa: quem foi menos afetado pela crise? Os dados mostram que um estrato dos trabalhadores teve um aumento, pequeno é verdade, entre 2014 a 2018: os trabalhadores com curso superior. A soma entre admitidos e demitidos foi de 141, positivo, graças, principalmente, ao ano de 2014. Em 2017 o resultado foi de -225, reduzido diante o grande número de trabalhadores nesta categoria. E nos dois primeiros meses de 2018 tem-se um valor de 1.881 novas vagas criadas. Parece que o diploma está ajudando nesta crise.

Rir é o melhor remédio

Adaptado daqui

Mercado de Trabalho em Fevereiro

O governo divulgou ontem os dados do mercado de trabalho formal. Como tem sido praxe, este blog faz uma compilação do mercado de trabalho contábil para apresentar aos leitores. Os dados divulgados ontem dizem respeito ao mês de fevereiro de 2018. Em poucas palavras, o resultado quase foi um empate entre admitidos e demitidos: 9194 novos contratados versus 9204 demitidos. A análise comparativa revela que foi um bom resultado: desde que começou a crise no emprego no setor contábil, foi o melhor resultado de fevereiro: no ano passado reduziu em 1.109 o número de vagas; em fevereiro de 2016 foram -4.194; e em 2015 o resultado do mês foi de -973.
O resultado só não foi melhor quando comparamos com o desempenho da economia, que em fevereiro contratou mais que demitiu. O gráfico abaixo faz uma comparação entre o desempenho do país e o setor contábil desde 2014. É possível notar que nos últimos meses parece que a economia voltou a contratar, mas não o setor contábil. Duas são as possíveis explicações: ocorreu uma mudança estrutural no setor, com a informatização de certas tarefas, ou existe uma defasagem na recuperação da atividade meio.

Como tem sido usual, o a diferença salarial entre o empregado demitido e o admitido ficou acima de 20%. Isto significa dizer que o novo contratado estaria recebendo 20% a menos que aquele que foi demitido. Já o tempo de emprego do demitido está recuando, depois de apresentar um clara tendência de aumento em 2017.

No mês de fevereiro, o saldo da movimentação foi desfavorável para as mulheres (-153 versus 143 positivo dos homens), mas ao longo da série histórica não tem sido observado um viés na demissão de um ou outro gênero. Em termos de grau de instrução, somente aqueles com curso superior tiveram um valor positivo e este é um ponto que merece destaque.


23 março 2018

Baby Nobel

A Medalha Clark é dada pela American Economic Association a pesquisadores jovens na área de economia. É considerada, com exagero, o "Baby Nobel". A seguir a relação dos ganhadores:

2017: Dave Donaldson
2016: Yuliy Sannikov
2015: Roland Fryer
2014: Matthew Gentzkow
2013: Raj Chetty
2012: Amy Finkelstein
2011: Jonathan Levin
2010: Esther Duflo (foto)
2009: Emmanuel Saez
2007: Susan C. Athey
2005: Daron Acemoglu
2003: Steven Levitt = do Freakonmics
2001: Matthew Rabin
1999: Andrei Shleifer
1997: Kevin M. Murphy
1995: David Card
1993: Lawrence H. Summers
1991: Paul R. Krugman = venceu em 2008
1989: David M. Kreps
1987: Sanford J. Grossman =
1985: Jerry A. Hausman
1983: James J. Heckman = vencem em 2000
1981: A. Michael Spence = venceu em 2001
1979: Joseph E. Stiglitz = venceu em 2001
1977: Martin S. Feldstein
1975: Daniel McFadden = venceu em 2000
1973: Franklin M. Fisher
1971: Dale W. Jorgenson
1969: Marc Leon Nerlove
1967: Gary S. Becker = venceu em 1992
1965: Zvi Griliches
1963: Hendrik S. Houthakker
1961: Robert M. Solow = venceu em 1987
1959: Lawrence R. Klein = venceu em 1980
1957: Kenneth J. Arrow = venceu em 1972. Talvez o maior economista do século XX
1955: James Tobin = venceu em 1981
1953: No Award
1951: Milton Friedman = venceu em 1976
1949: Kenneth E. Boulding
1947: Paul A. Samuelson = venceu em 1970

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Imagens da internet: novos aparelhos para ginástica
Uva passa
A força é forte aqui
Conta congelada

22 março 2018

Uma solução para a crise de replicação?

Butera e List propuseram uma abordagem diferente para tentar contornar a crise de replicabilidade existente em ciências sociais. Muitas pesquisas que são divulgadas não são replicadas, o que impede de verificar se o método estava correto, se a amostra não era enviesada, se os pesquisadores não cometeram erros ou manipularam os resultados ou fizeram realmente a pesquisa, entre outros problemas. O assunto tem sido discutido extensamente e para que se interessar tem um site que apresenta algumas considerações interessantes: Replication Index. Outro endereço interessante, que aponta pesquisas que tiveram que se retratar é este aqui.

Os autores citados fizeram uma pesquisa e descobriram que aumentando a incerteza tem-se um aumento na cooperação entre as pessoas. Uma conclusão interessante. Mas em lugar de encaminhar o artigo para um periódico, com revisão por pares, Butera e List colocaram os dados online e fizeram uma promessa de não submeter para publicação. Em lugar disto, ofereceram co-autoria para algum interessado que replicasse o estudo. Neste segundo artigo, aí sim, seria submetido a um periódico.

Vide: Butera, L., & List, J. A. (2017). An economic approach to alleviate the crises of confidence in science: With an application to the public goods game (No. w23335). National Bureau of Economic Research.

Como é trabalhar com contabilidade no Canadá

Dica: Aumente a velocidade nos "detalhes" do vídeo (ícone da engrenagem)

O principal receio da Letícia foi encontrar a primeira vaga e então ela fez um curso de contabilidade no Canadá.

Resultado: Sorteio Contabilidade Pública 3D

Esta semana realizamos o sorteio do livro Contabilidade Pública 3D do professor Giovanni Pacelli. O premiado foi o Leonardo Palmezano. Conforme as normas do sorteio, entraremos em contato via e-mail. Parabéns!!! Temos certeza que você fara bom proveito da obra.

Agradecemos a todos que participaram e se interessaram pelo livro e pelo blog. Caso você queira adquirir a sua cópia do livro, clique aqui.



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Fonte: Aqui

21 março 2018

Educação como sinalização

Em 1973 Spence mostrou que a educação poderia servir como uma sinalização. Entretanto, uma análise dos dados do mercado formal mostra que um mestre que trabalha com contabilidade no Brasil ganha MAIS que um doutor. Considerando como ocupação contábil o “escriturário”, “técnico” e “contadores e auditores”, existiam na RAIS de 2016 um total de 3.229 mestres e 269 doutores. Enquanto os mestres tinham um salário médio de 11,93 salários-mínimos, a remuneração dos doutores era de 10,11 salários mínimos.

Educação como sinalização. Ou, não faça doutorado...

Conceito na outorga

As demonstrações contábeis do Aeroporto Internacional de São Paulo, referente ao exercício encerrado no final de 2017, apresenta um destaque no seu desempenho. A seguir a Demonstração do Resultado da empresa que é responsável pela administração do aeroporto de Guarulhos:
Observe que o grande destaque no resultado é o “resultado financeiro líquido”, de 1,1 bilhão de reais. Este resultado reverteu o lucro antes de “receitas e despesas financeiras” da empresa, de 350 milhões, para um prejuízo líquido de 634 milhões. A nota explicativa (reproduzida abaixo) indica que a maior parte do resultado é decorrente da atualização monetária sobre outorga fixa. Em termos conceituais, a atualização monetária de um ativo não poderia ser considerada como um resultado financeiro, como está na demonstração.

E a seguir temos a DFC da empresa, onde o “pagamento da outorga fixa”, de 1,6 bilhão, está classificado como fluxo de caixa de financiamento. A outorga fixa é decorrente do contrato de concessão feito com a União. É a razão da existência da entidade. Não poderia ser considerado, conceitualmente, como atividade de financiamento.

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Uma observação e um dúvida no balanço da Seguradora Líder

O balanço da Seguradora Líder, publicado no final de fevereiro. A entidade é responsável pelo consórcio do seguro DPVAT - aquele que você paga, não muito feliz, anualmente. Temos uma observação e uma dúvida. Primeiro a dúvida, que chega da figura abaixo:
A grande maioria das indenizações são para pessoas do sexo masculino. Qual a razão? Pensei em várias alternativas: a maioria dos motoristas são homens, os homens fazem mais solicitações de seguro, os homens são mais propensos ao risco etc. Nada me convenceu.

A observação vem da frase:
que tenta vender o Seguro DPVAT como uma necessidade. Sorry, Líder, mas você está enganada. Em 2004, Alma Cohen e Rajeev Dehejia provaram, a partir de um experimento natural, que a adoção do seguro obrigatório aumenta o número de fatalidades no trânsito. Assim, o seguro obrigatório é ruim para os brasileiros. A razão disto é o risco moral: o motorista sabendo que possui seguro irá agir de maneira mais imprudente no trânsito. O fato é parecido com o uso do cinto de segurança: dando a sensação de segurança, as pessoas tendem a dirigir de maneira mais veloz.

Cohen, A., & Dehejia, R. (2004). The effect of automobile insurance and accident liability laws on traffic fatalities. The Journal of Law and Economics, 47(2), 357-393.

20 março 2018

Notícias da Weinstein Co

A empresa Weinstein Company decretou falência nesta semana. Acredita-se que esta medida poderia facilitar a venda da empresa para um investidor. Ao mesmo tempo, a empresa anunciou estar liberando as vítimas e testemunhas que assinaram acordos de confidencialidade. Estes acordos podem ser encerrados pela outra parte, facilitando a apuração das denúncias contra Harvey Weinstein.

Facebook e sua parceira

Uma parceria entre a empresa Facebook e a companhia britânica de pesquisa Cambridge Analytica (CA) resultou em uma das maiores crises empresariais do ano. A CA está ligada a companha de Trump de 2016 e obteve dados de usuários do Facebook sem autorização.

Através de um aplicativo, alguns usuários do Facebook eram convidados a responder perguntas sobre seu “perfil digital”. Aceitando participar, o usuário não somente permitia o acesso da CA aos dados pessoais, mas também dos “amigos” do usuário. Com isto, uma pesquisa com 300 mil pessoas resultou na coleta de dados de 50 milhões de contas.

O fato resultou em críticas sobre como a empresa usa os dados dos usuários, na violação de privacidade das pessoas, entre outras questões. As consequências para a empresa foi uma perda de valor de mercado de mais de 60 bilhões de dólares, convite do parlamento britânico e europeu para que seu principal executivo explique o que ocorreu, possível mandato de busca, além de não cumprir um acordo de 2011 sobre consentimento de informação do usuário. Este último caso pode gerar uma multa de 40 mil dólares/dia/usuário.

Aqui uma comparação interessante entre a Equifax e o Facebook: a primeira empresa foi hackeada e roubada; a segunda, forneceu os dados como parte do seu modelo de negócio, mesmo aqueles dados “excluídos” pelo usuário. Mas será que o usuário se importa com isso?

Já a Cambridge Analytica está sendo acusada não somente de usar dados sem permissão como também intimidação política, suborno e chantagem. Um repórter descobriu que a empresa chegou a enviar “meninas” para um candidato. Segundo o Valor, o consultor brasileiro André Torretta fechou um acordo com a CA para trazer a empresa para o Brasil.

(Fonte do Cartoon aqui)

DFC em uma empresa de capitalização

A DFC é uma importante fonte de informação sobre o desempenho de uma entidade. Saber se uma entidade está gerando caixa com as operações é uma informação crucial. Um exemplo é o caso da Petrobras, cujo desempenho nos últimos anos é muito melhor explicado pela DFC do que pela demonstração do resultado. (É bem verdade que a culpa não é da demonstração, mas das decisões gerenciais da empresa, que inclui a decisão de fazer a amortização de investimentos ruins em parcelas)

Mas, igual as outras demonstrações, a DFC é construída sob alguns pressupostos. E isto pode colocar toda análise a perder quando não se tem o devido cuidado. Um exemplo recente foi a demonstração da Cia Itau de Capitalização. Veja abaixo a DFC apresentada pela empresa:
Apesar de gerar um lucro de 386 milhões de reais, o caixa gerado nas operações foi somente de 39 milhões de reais. Este valor é muito pequeno, inclusive quando comparamos com o valor do ano passado: 504 milhões. O que aconteceu? A principal linha que poderia explicar é a de “variação nas contas patrimoniais”, “ativos financeiros”, com o sinal negativo de 452 milhões.

O balanço da entidade encontra-se abaixo:

Observe a variação nas aplicações, de 4,06 bilhões para 4,52 bilhões, um valor bastante próximo aos 452 milhões de reais. Nas notas explicativas, a entidade esclarece esta variação: aumento de Letras Financeiras (+470 milhões) e títulos de dívida de empresas (+199 milhões), compensado com algumas reduções.

Assim, a DFC entendeu que a entidade não estava gerando caixa com as operações pelo fato do valor obtido no caixa ter sido aplicado em ativos de média liquidez.

Sarkozy

O ex-presidente da França, Nicolas Sarkozy (fotografia, esquerda), está sendo investigado pelo financiamento ilegal da campanha eleitoral de 2007. A investigação começou quando as autoridades franceses conseguiram "livros" do ex-ministro libanês Choukri Ghanem indicando pagamentos ilegais a Sarkozy. Além disto, anteriormente o ex-ditador da Líbia, Muammar Gaddafi (fotografia, direita), tinha afirmado que contribuiu com a campanha de Sarkozy. Além disto, um empresário transportou 5 milhões de euros de Tripoli para Paris no início de 2007.

Sobre o Benfica

Sobre o caso do clube Benfica, onde informações judiciais sigilosas foram passadas para o advogado do clube português, em troca de camisas e ingressos para jogos do clube, um comentário de Ana Pina no Jornal Econômico:

O que nos devia preocupar neste “caso” não é o que poderá acontecer ao Benfica por ter comprado alguém para lhe revelar segredos de justiça a troco de camisolas e bilhetes ou um emprego para o sobrinho, mas o facto de poder ter havido quem, no seio do sistema de justiça, se tenha vendido em troca de camisolas e bilhetes ou um emprego para o sobrinho. Aliás, tanto a concentração de preocupações no Benfica como a ninharia pela qual o funcionário do sistema judicial se corrompeu mostram bem como a cultura do “pequeno favor”, da “cunha”, da “ajudinha”, do “fazer um jeitinho”, está enraizada no país e no Estado.

A facilidade com que alguém (alegadamente, é sempre preciso dizer para não ofender consciências) se corrompe, e a indiferença com que o país encara essa facilidade, só se excitando em defesa do “clube do coração” ou em ataque ao “rival”, mostram como a corrupção, em Portugal, é encarada com normalidade e amplamente praticada por todos ou quase, do político mais poderoso ao mais insignificante cidadão que tem de resolver um problema “nas Finanças”: quem tenha o número de telefone da pessoa certa, quem seja primo da pessoa no sítio certo, quem possa fazer o favor certo a quem no futuro lhe possa retribuir, “safa-se”. Num país onde a lei impere, “safa-se” quem por habilidade ou sorte presta algum bem aos seus pares. Num país como Portugal, “safa-se” quem, pela sorte ou falta de escrúpulos, consegue traficar eficazmente a influência de que goza.

Rir é o melhor remédio


Fonte: Aqui

19 março 2018

Sobre o BNDESPar

A Suzano comprou a Fibria. Um aspecto interessante foi relatado no Valor Econômico:

A estrangeira Paper Excellence (PE) (...) também encaminhou proposta pela Fibria à BNDESPar, de R$71,50 por ação em dinheiro, mas não conseguiu apresentar em tempo as garantias dos recursos - cerca de R$40 bilhões - , para honrar a transação (...)

Se o objetivo era obter o melhor preço, é estranho que não tenha esperado um pouco mais de tempo. Basta olhar como o mercado reagiu para ver que saiu ganhando e perdendo:

A outra notícia é que o BNDESPar insiste em afirmar que lucraria com a venda das ações da JBS. Já comentamos anteriormente aqui: “esquece” de levar em consideração a inflação do período.

BNDES pode devolver dinheiro para o Tesouro

O BNDES divulgou o balanço do exercício encerrado em 31/12/2017. E na demonstração contábil tem uma informação agradável para o governo: o banco tem recurso suficiente para devolver  o recurso que foi anteriormente emprestado pelo Tesouro. Anteriormente a instituição financeira alegada que não teria recursos suficientes para efetuar pagamentos de 130 bilhões de reais que a entidade deve, mas a contabilidade mostrou que isto parece não ser verdadeiro. Somando as aplicações interfinanceiras de liquidez (R$113 bilhões), com os títulos e valores mobiliários (R$48 bilhões) e a relações interfinanceiras (R$56 bilhões) tem-se um total 217 bilhões no consolidado. Há um ano este valor era de R$169 bilhões. E em 2017 a instituição fez um pagamento de R$50 bilhões.

Devolver o dinheiro também pode ser salutar para a economia. Nos últimos anos, o BNDES tem sido acusado de dois crimes graves. O primeiro, é fazer escolhas erradas na concessão dos empréstimos. Isto inclui investimentos nas “campeãs nacionais”, um mantra político do governo populista anterior, que colocou dinheiro em empresas como a JBS. A própria escolha destas campeãs era controversa e, hoje se sabe, sujeita a troca de favores políticos. O resultado é a baixa qualidade do lucro da entidade; com um ativo de 867 bilhões no seu consolidado, a entidade comemorou um resultado de 6,1 bilhões. Ou seja, menos de 1% de retorno. (É bem verdade que a comparação deveria ser entre o resultado operacional e o ativo, mas mesmo usando este dado, o retorno não é empolgante)

O segundo crime grave do BNDES é o fato de bangunçar o mercado de capitais, impedindo uma competição saudável. Uma empresa que contrata empréstimo em um banco privado terá uma grande desvantagem em relação a premiada empresa que conseguiu, muitas vezes através de contatos políticos, o acesso ao crédito barato do banco. Com tal distorção, como é possível comparar a qualidade de gestão entre empresas?

Leia mais: Balanço Mostra Folga de Caixa para pagar Tesouro. Alex Ribeiro, Valor Econômico, 15 de março de 2018, p. C3

Rir é o melhor remédio

Segunda...

Fonte: Aqui

18 março 2018

UnB é ouro em contabilidade

Enviado pelo professor Cláudio, a quem agradecemos


“O saber não é estático e completo. Ele deve sempre estar em movimento e ser útil para todos.” Foi essa a frase que Álvaro Bragança Marques, 20 anos, ouviu de um professor de filosofia no ensino médio e nunca mais tirou da cabeça. Até hoje, o aluno do 7º semestre de ciências contábeis da Universidade de Brasília (UnB) se sente inspirado a nunca ficar satisfeito com o conhecimento que tem e a buscar mais por causa da citação. Foi com esse lema em mente que o jovem se tornou campeão da Olimpíada Brasileira de Contabilidade (OBC) no fim de 2017. Álvaro ganhou a medalha de ouro numa disputa com outros 500 estudantes brasileiros. “Foi bem gratificante saber que eu consegui o primeiro lugar”, comemora. “Essa conquista é um reconhecimento de quanto tenho estudado, demonstra meu engajamento ao longo do tempo. Até porque a competição engloba muitos estudantes, pessoas que estão à frente ou atrás de mim no curso”, comenta.

Com Álvaro, outros dois alunos da Universidade de Brasília subiram ao pódio da última OBC: Ricardo Monteiro Ferreira e Marcus Guilherme Cruz Ventura ficaram na segunda e na terceira colocações no concurso, respectivamente. Para Fátima Freire, professora do Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais (CCA/UnB), o sucesso dos primeiros colocados é fruto de esforço e de método de estudo adequado. “Os nossos alunos se preparam bastante para concursos. Então, é um diferencial em relação às outras universidades. Isso pesa”, afirma Fátima, idealizadora da OBC. A olimpíada foi criada em 2014 como projeto de extensão da instituição e foi abraçada por docentes de unidades de ensino de outras regiões do país até chegar ao formato atual, com a participação de 17 universidades, entre federais e particulares. “O objetivo era ter um instrumento de avaliação do ensino de contabilidade, corrigir possíveis falhas e descobrir talentos.” Na primeira edição da olimpíada, em 2015, a vencedora era da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Em 2016, a UnB alcançou os dois primeiros lugares na disputa. 

Perfil de campeão

Filho de uma técnica em contabilidade e de um engenheiro civil, Álvaro vem de uma família com gosto por números. “Nunca me falaram para escolher uma carreira específica, mas foram a base para que eu me tornasse um estudante e um profissional dedicado”, observa. Fátima Freire deu aula de contabilidade de custos para o jovem e revela características dele em sala de aula. “O Álvaro não era um aluno passivo: é muito dinâmico, participativo e competitivo. Não no sentido de querer se afirmar como melhor, mas de correr atrás de conferir como se saiu em cada atividade”, conta.

“Estava sempre tirando dúvidas, questionando.” Outro traço do estudante é o apreço pelo compartilhamento de informações. “Acabo ajudando colegas com mais dificuldade. Isso é importante e toma outra proporção com a OBC, já que, assim, ajudo a formar uma classe mais forte.”

Foi no ensino médio, enquanto aluno do Colégio Marista de Brasília, que o universitário desenvolveu esse senso de responsabilidade social, inspirado no projeto Estudos Solidários, de participação voluntária. Na atividade, alunos davam aula de reforço para outros alunos, cooperando entre si. Estudantes com melhor desempenho acompanhavam colegas com dificuldade de aprendizagem. “O professor é importante, claro, mas, numa atividade apenas entre colegas, não existe autoridade, o clima é de solidariedade”, explica. Quando foi convidado para participar do projeto, Álvaro não hesitou. Durante os três anos do ensino médio, carregava um caderninho em que registrava as matérias que tinha a responsabilidade de ensinar e o desenvolvimento de cada aluno. “Todos que eu acompanhei tiveram bom desempenho no fim do ano. Conseguimos fazer essa ajuda de movimentar o conhecimento”, relata, com orgulho.

Depois de terminar a faculdade, Álvaro pensa em fazer mestrado e entrar no mercado de trabalho. “A contabilidade é uma ciência social aplicada. Então, o principal usuário da informação é, direta ou indiretamente, a sociedade. Poder contribuir com a área, seja como empregado, seja como servidor público, é ajudar a sociedade”, opina. Ciente das portas que podem se abrir no ambiente acadêmico e no mercado de trabalho a partir da conquista na OBC, Álvaro acredita que a importância de participar de uma seleção do tipo vai além disso. “Se nós tivermos mais conhecimento e pudermos propagá-lo, melhoraremos as coisas. Quando o profissional conhece a fundo o conteúdo da profissão dele, ele pode contribuir mais com a sociedade”, acredita. O universitário vê a própria área de atuação com um setor em crescimento, mas que ainda pode melhorar. “A contabilidade vem se adequando a padrões internacionais, que são mais dinâmicos. Com base nisso, contadores precisam se atualizar para gerar informações mais úteis, condizentes e relevantes para a tomada de decisões econômicas”, diz.

Formato
A competição tem duas fases: a interna, aplicada em cada universidade, e a nacional, com os cinco melhores classificados na primeira etapa de cada instituição. Os participantes respondem a questões objetivas elaboradas por professores, seguindo metodologia similar à usada em provas do Cebraspe (Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos), antigo Cespe. Os itens abordam os conteúdos obrigatórios do curso de contabilidade.

Acompanhe informações sobre a Olimpíada Brasileira de Contabilidade no site

Fonte: aqui


Sorteio: Contabilidade Pública 3D


Esta semana sortearemos o livro Contabilidade Pública 3D do professor Giovanni Pacelli. Se você quiser ler uma resenha sobre o livro, clique: aqui.

Para participar é necessário colocar o seu nome e e-mail no formulário, disponível abaixo, ou: aqui. A participação estará aberta até as 23h do dia 21/03 e o ganhador será divulgado no dia 22/03.




Estará apto apenas quem preencher corretamente as perguntas. Aos autores são reservados direitos de substituir um ou todos os prêmios por outro de valor igual ou superior caso algum prêmio divulgado se torne indisponível. Os sorteados serão notificados por meio do e-mail cadastrado e devem responder em até 3 dias (72 horas) com um endereço de envio de correspondência válido no Brasil ou estará abrindo mão do prêmio e um novo participante será selecionado. Ao aceitar o prêmio, todos os participantes concordam que os autores do blog poderão postar o seu nome em páginas e textos relacionados a "sorteios anteriores" e em qualquer outro tipo de publicidade sem qualquer compensação ou consideração adicional, a não ser que a lei proíba.

Disclosure: O livro do sorteio foi disponibilizado pelo autor. Se você estiver interessado em adquirir uma edição, clique aqui.

O professor Giovanni também está disponível no Instagram e no YouTube. Segue lá!

É possível investir em ações, mesmo ganhando pouco dinheiro?

Será que mesmo quem não é rico consegue investir em ações e formar um bom patrimônio no longo prazo?

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

17 março 2018

Mariano Sigman e Dan Ariely: como os grupos tomam boas decisões?

Sabemos que quando tomamos decisões em grupo, nem sempre as coisas terminam bem. Às vezes terminam muito mal. Como grupos chegam a tomar boas decisões? Junto a Dan Ariely, seu colega, o neurocientista Mariano Sigman investiga em experimentos ao redor do mundo, ao vivo, como grupos devem interagir para tomar decisões. Nesta explicação descontraída e cheia de fatos, ele compartilha resultados interessantes -- e também alguns efeitos que podem impactar nosso sistema político. Atualmente, as pessoas estão mais polarizadas do que nunca, diz Sigman, e entender melhor como grupos interagem e decidem pode despertar novas maneiras de construir uma democracia mais saudável.

Rir é o melhor remédio


16 março 2018

Mapa da Excelência acadêmica

Eis o mapa da excelência acadêmica no Brasil:
Somente os programas com nota 7. Somente 7 unidades da federação tiveram este privilégio.

Salário do profissional contábil

Quando usamos uma série histórica longa é possível perceber como o salário do profissional de contabilidade perdeu peso ao longo dos últimos anos. Usando dados oficiais do Ministério do Trabalho e considerando como profissional contábil o técnico em contabilidade, o escriturário, o contador e auditor, temos o seguinte panorama:

Em 2003, um trabalhador contábil recebia 7,15 salários mínimos em média. No final de 2016, o salário era de 4,54 salários mínimos.

É bem verdade que neste período tivemos um populismo que aumentou o salário mínimo. Outra forma de comparar é verificar o salário do profissional contábil com todos os trabalhadores. E o resultado continua sendo muito ruim. Em 2003, o profissional contábil recebia 74% a mais que o salário do trabalhador brasileiro: 7,15 versus 4,10. Já em 2016 a diferença caiu para 46%: 4,54 versus 3,10 salários mínimos.

15 março 2018

Como é trabalhar com contabilidade na Inglaterra

Sobre o curso, certificações, provas e outras particularidades da profissão de contador na Inglaterra:



Novamente deixo a dica de aumentar um pouco a velocidade do vídeo: basta ir na engrenagem que aparece na parte inferior direita do vídeo quando o ponteiro do mouse está em cima do vídeo e selecionar a velocidade desejada.

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

14 março 2018

Criptomoedas 2

O Google está mudando as regras do AdWords, o serviço de publicidade que é a principal fonte de receita da companhia. A partir de junho, anúncios feitos para promover criptomoedas e ICOs (ofertas iniciais de moeda, na sigla em inglês) não serão permitidos na plataforma. A nova diretriz também proíbe propagandas de opções binárias e aumenta as exigências para outros tipos de movimentações financeiras consideradas de alto risco.

Fonte: Aqui

Rir é o melhor remédio

Pergunte a outro...

Fonte: Aqui

13 março 2018

He for She: Se não eu, quem? Se não agora, quando?

A Emma Watson fez um discurso nas Nações Unidas em 2014 que ainda é muito atual e válido. Pensei em colocar aqui após ter lido a postagem que o professor César publicou sobre preconceito.

Abaixo a versão legendada. A original pode ser encontrada: aqui.



Fidelidade de 109 anos

A General Electric não tem sido uma boa notícia para os investidores. Mas não se pode dizer que não seja uma empresa fiel. Há 109 anos usa os serviços da KPMG (aqui também)

Preconceito

Duas notícias sobre preconceito. A primeira, a atriz Claire Foy (fotografia), que faz a rainha Elizabeth II na série The Crown, recebe menos que o ator que faz o príncipe Philip. Na sua segunda temporada, a série, uma produção da Netflix, mostra a trajetória da rainha. Como consequência, o papel mais importante seria o da rainha. Na próxima temporada, Foy (e o ator que faz o príncipe) deverá ser substituída por uma atriz mais velha. (Por sinal, assistam. Vale a pena)

Os dados da Forbes mostram que os dez atores mais bem pagos receberam quase 500 milhões de dólares, versus 172 milhões das dez atrizes mais bem pagas.

A segunda notícia é que a revista National Geographic admitiu  que por décadas teve uma postura racista. Até os anos 70, por exemplo, a revista ignorou as pessoas de cor que viviam nos Estados Unidos. E as fotografias de "nativos" eram quase sempre como exóticos, geralmente sem roupa, parecendo selvagens.
Faleceu o "contador" Oskar Gröning. Durante a segunda guerra mundial, ele ficou conhecido por pertencer a SS no campo de Auschwitz. Seu trabalho era contar e classificar o dinheiro retirado dos prisioneiros. Também presenciou mortes em massa no campo. Apesar de ter sido capturado pelos aliados, levou vida normal após a guerra. Mais recentemente, fez campanha contra as pessoas que negavam a existência dos campos de concentração.

Em 2014 foi acusado pela justiça alemã de participar da morte de 300 mil pessoas. O julgamento foi realizado em 2015 e considerado culpado. Ele realmente trabalhou como contador na SS até 1942. Em Auschwitz, ele contava as moedas tomadas dos prisioneiros para enviar à Berlim.

Links

Starbucks tentando se expandir no Brasil: aqui. A empresa de investimento SouthRock passou a ter o direito exclusivo de operar e desenvolver as lojas no país

Novo grupo para analisar Estoque de Dívida Pública Federal: aqui. Grupo de trabalho do Tesouro Nacional terá como tarefas analisar a unificação das metodologias de apuração do estoque da Dívida Pública Federal (TIR e apropriação) e definir a contabilização dos encargos negativos.

Oferta de criptomoeda no Brasil: aqui. ICOs (oferta inicial de moeda, na sigla em inglês) começam a chegar ao Brasil.

Gina Haspel: primeira mulher diretora da CIA: aqui.

Eletricidade no Brasil, segundo o Fórum Econômico Mundial:

Sistema de Justiça de Portugal não tem a confiança da Justiça

Sobre o caso dos e-mails do futebol português (vide aqui postagem explicando o assunto), o judiciário do país europeu decidiu tramitar o processo fora do sistema onde correm os processos. É um tentativa de evitar que informações sobre o escândalo sejam de acesso de terceiros. Em Portugal o nome do hacker é "toupeira" e por este motivo o acesso aos documentos recebeu o nome de "e-toupeira".

A decisão estende-se a diversos magistrados do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa e de outras comarcas. O CM refere que já há procuradores e juízes a não colocar peças processuais no Citius, por não confiarem no programa criado para unificar a Justiça nacional.

O pseudônimo de Elena Ferrante

Sobre uma autora italiana que usava um pseudônimo para publicar os seus livros:
[...] Desafiado, o jornalista Claudio Gatti entregou-se a uma minuciosa investigação sobre a identidade real de Elena. E anunciou num artigo publicado no caderno cultural do jornal Il Sole 24 Ore: Elena Ferrante era, na verdade, Anita Raja, tradutora que trabalhava na mesma editora que publicava os livros de Ferrante, a Edizione E/O, de Roma. Para chegar a essa conclusão, Gatti usou método pouco ortodoxo. Pesquisou a contabilidade de Anita, e a de seu marido, o também escritor Domenico Startone, e verificou que as finanças do casal tiveram um pico por ocasião da publicação de A Amiga Genial. Mantiveram-se no topo ao longo dos outros romances da série, enquanto o casal comprava casas de luxo e apartamentos à beira-mar. [...]

Não imagino como o jornalista conseguiu "pesquisar a contabilidade" de seus suspeitos... Mas gostei da forma como ele raciocinou para resolver o problema.

Criptomoeda

Sobre a mania das criptomoedas...

Em inglês sem legendas.

Rir é o melhor remédio


12 março 2018

Usando a Cruz Vermelha para importar bens

Nascida em 1973 e uma fortuna estimada em 3 bilhões de dólares, Isabel dos Santos talvez seja a mulher mais rica da África. Filha do ex-presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, que comandou aquele país por décadas, Santos aproveitou esta relação familiar para fazer investimentos em telecomunicações, energia, instituição financeira e varejo, em Angola e Portugal.

Em Portugal, Isabel dos Santos não é bem vista, talvez pela postura agressiva como empresária. No seu país, com a saída de seu pai da presidência, ela tem gradativamente perdido poder. Inicialmente foi destituída do Conselho de Administração da Sonangol, a empresa de petróleo estatal de Angola.

No final de fevereiro, Isabel perdeu o cargo de presidente da Cruz Vermelha de Angola. Em um encontro de funcionários e voluntários, realizado em Luanda, capital do país, uma queixa sobre salários em atraso foi apresentada a João Lourenço, o Chefe de Estado de Angola, que substituiu o pai de Isabel no poder. Haverá uma mudança gerencial, que passa pela mudança bancária, levantamento de inventário, investigação de fuga ao fisco, entre outras medidas. O secretário da ONG foi acusado de desviar 200 mil euros. Além disto, parece que a ONG foi usada por Isabel para importar bens que estão, hoje, na sua operadora de telecomunicações, a Unitel. Sem pagar impostos. Ou seja, Isabel usou a Cruz Vermelha para não pagar impostos de bens para sua empresa.

Bruxos e previsões

Em 2011 postamos sobre a atividade de bruxaria na Romênia. A postagem era a seguinte:

Na Romênia, a atividade de bruxaria é tão popular que o governo resolveu taxar os serviços prestados pelos profissionais. Isto naturalmente gerou uma revolta entre os bruxos. Agora um novo projeto prevê permitir punição para os erros nas previsões, incluindo multas e prisão. Mas, como pergunta o Freakonomics, será que todos os adivinhos estarão sujeitos a esta lei?

O tempo passou e a atividade de bruxaria permanece forte naquele país. E o assunto não foi adiante:

Alin Popoviciu do Partido Liberal Democrático, que propôs a lei, disse que o senado tem medo de ser amaldiçoado. Se você acha que isto é absurdo, um fato próximo parece que já ocorreu no Brasil. Existe um boato que quando um político brasileiro faleceu e deixou o cargo para ser ocupado por outro, os tambores de uma cidade muito conhecida por seus macumbeiros tocaram a noite toda.

Qualidade do trabalho do auditor

Recentemente postamos sobre a questão da qualidade do trabalho do auditor. Temos uma grande dificuldade de saber se o volume de erros é grande ou não, já que também não sabemos a quantidade de acerto. Fizemos então uma simplificação da questão usando o termos da estatística - erro tipo I e tipo II.

Uma pesquisa do International Forum of Independent Audit Regulators feita com 918 auditores de 120 empresas em 33 jurisdições mostra que o número de erros. Segundo o relatório (via aqui), 40% dos trabalhos tinham pelo menos uma deficiência, sendo que o problema mais comum era a incapacidade de avaliar se as hipóteses usadas eram razoáveis. Outros problemas também foram relatados, como a falta de independência na verificação. 

Tapiwa Chiwewe: Você não precisa ser um especialista para resolver grandes problemas


Ao dirigir em Joanesburgo um dia, Tapiwa Chiwewe percebeu uma nuvem gigantesca de poluição atmosférica pairando sobre a cidade. Ele estava curioso e preocupado, mas não era especialista ambiental - então ele fez umas pesquisas e descobriu que quase 14% de todas as mortes no mundo em 2012 foram causadas por poluição atmosférica doméstica e ambiental. Com este conhecimento e um impulso para fazer algo sobre isso, Chiwewe e seus colegas desenvolveram uma plataforma que revela tendências em poluição e ajuda planejadores urbanos a tomarem melhores decisões. "Às vezes apenas uma nova perspectiva, novas habilidades, podem tornar as condições corretas para algo marcante acontecer" Chiwewe diz. "Mas você precisa ser corajoso o suficiente para tentar."

Rir é o melhor remédio


11 março 2018

Odebrecht e América Latina

O esquema de corrupção da empresa Odebrecht não se restringiu ao Brasil. Apesar das investigações brasileiras terem levado à punição de executivos e políticos no Brasil, a construtora também aprontou no exterior. Entretanto, tudo leva a crer que as investigações fora do Brasil estão atrasadas. A própria Transparência Internacional, uma ONG voltada para a luta contra a corrupção, está questionando alguns governos e o atraso nas punições.

No México, por exemplo, sabe-se que a empresa corrompeu um ex-executivo da empresa de petróleo Pemex. E que o dinheiro pode ter chegado ao presidente Pena Nieto (fotografia). Mas ninguém foi punido. O mesmo está acontecendo no Panamá, Venezuela e Argentina.

Rir é o melhor remédio

Piadas de contador, sem legendas


10 março 2018

Lojas de brinquedos


A Toys 'R' Us Inc, aquela loja de brinquedos que aparece no filme “Quero Ser Grande, com o Tom Hanks, está quebrando. Nos últimos anos, o comércio lento e a mudança online tiveram o seu impacto. Poucos dias atrás foi iniciado um processo de insolvência no Reino Unido.

A Toys ‘R' Us é responsável por 15% das receitas com brinquedos nos EUA, mas em setembro de 2017 entrou com pedido de falência. A administração segue com uma visão otimista, na expectativa de que não entre na fase de liquidação, mas se prepara para fechar 180 lojas em uma tentativa de se reestruturar.

Em 2016 foram gerados US$ 11,5 bilhões em vendas líquidas. Mesmo que a empresa não tenha apresentado lucro desde 2013 em decorrência de pagamento de juros, seu lucro operacional cresceu para US$ 460 milhões.

No Brasil, a loja de brinquedos Ri Happy tenta um IPO.

Rir é o melhor remédio


09 março 2018

Coisas que os contadores não deveriam dizer

Via aqui

Divulgação de E-mails e uso ao computador da justiça: assim é o futebol português

Este caso envolve corrupção passiva, favorecimento pessoal, peculato, burla informática, falsidade informática, nove crimes de acesso ilegítimo e mais quatro crimes de violação de segredo de justiça. E dois dos maiores clubes de futebol de Portugal.

Tudo começou em abril de 2017, quando o FC Porto, um dos maiores clubes de futebol de Portugal, começou a divulgar alguns e-mails originários do seu grande rival da equipe, o Benfica. Nos e-mails, parece que o Benfica contrata pessoas para ajudar na compra, ou melhor corrupção, de juízes de futebol, para lhe favorecer. Inicia-se uma luta judiciária. O Benfica tenta impedir a divulgação dos e-mails por parte do Porto. O caso começa a ser investigado pela justiça, com buscas de provas no Benfica e nas casas dos denunciados. Inicialmente, a justiça impediu a censura aos e-mails, mas depois a decisão foi revertida. O Porto afirma que irá recorrer à Comunidade Europeia.

Temos agora uma segunda fase. Numa operação da Polícia Judiciária, pessoas ligadas ao Benfica são presas. A acusação é o uso de uma senha para ter acesso ao processo dos e-mails. Usando um computador de uma pessoa com credencial em Lisboa. Assim como no Brasil, a operação recebeu um nome; no caso, “operação e-topeira”. Os acusados da operação ficaram em silêncio.

Como o Benfica tem ação negociada em bolsa, desde o início de março o preço dos papéis estão em queda. E o valor da marca deve reduzir, segundo especulação do Jornal Econômico.

Parece que o presidente do Benfica subornou funcionários do judiciário. Antes disto, outro cartola tinha acusado o Benfica de suborno dos juízes de futebol.

Nas últimas quatro temporadas, o Benfica foi campeão português, depois de um domínio do Porto.

O que faz um escritório de contabilidade?

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

08 março 2018

Impacto econômico da discriminação de gênero

O estatístico Rafael Ribeiro dos Santos decidiu calcular o impacto econômico da discriminação de gênero no mercado de trabalho brasileiro. Agora mestre em economia pelo Insper (São Paulo), o pesquisador descobriu que uma média salarial mais baixa para as mulheres reduz o crescimento do país.

De acordo com os resultados de sua tese, entre 2007 e 2014, cada 10% de aumento na diferença entre salários reduziu em cerca de 1,5% a expansão do PIB per capita dos municípios brasileiros.

Para chegar a esse percentual, o estatístico utilizou dados do mercado formal de trabalho da RAIS (Relação Anual de Informações Sociais), e isolou o impacto de outros fatores que influenciam salários, como escolaridade, ocupação, tempo de empresa, raça e religião. Logo, as diferenças salariais encontradas não podiam ser explicadas porque o homem era mais qualificado do que a mulher, por exemplo.

Segundo informações veiculadas pelo jornal Folha de S. Paulo, entre todas as capitais do país, Curitiba tinha a maior diferença salarial entre homens e mulheres em 2007, seguido de Manaus e São Paulo.

Em números, isso significa que, em Curitiba, o sexo do trabalhador explicava 28% da diferença em remuneração entre mulheres e homens em 2007. A menor diferença foi observada em Boa Vista, de 11,3%.

Para se ter uma ideia do efeito econômico que isso causa, caso São Paulo, que exibia um indicador de 23% em 2007, tivesse uma média menor como a de Florianópolis, de 15,4%, no mesmo ano, a renda média dos paulistanos subiria de R$ 52.797 para R$ 53.258 em 2014.

Enquanto essa diferença de remuneração tem diminuído ao longo do tempo em vários países, incluindo o Brasil, diversas outras pesquisas chegaram a conclusões semelhantes.
[...]

Fonte: Aqui

Como é trabalhar com contabilidade na Irlanda

A Thavane trabalha com contabilidade desde os 16 anos. Ela chegou a trabalhar em uma multinacional aqui no Brasil, mas não falava nada de inglês e sentiu falta disso. Ela escolheu ir estudar a língua por um ano na Irlanda...