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12 outubro 2012

Evidenciação

Aparentemente melhorar a evidenciação traz benefícios para o mercado acionário de diversas formas. A quantidade de pesquisas sobre o assunto é enorme. Observe o leitor o gráfico abaixo:


Este gráfico foi construído a partir de milhares de observações obtidas em quarenta países, inclusive o Brasil. Em cada país foi calculado o nível de evidenciação do mercado (dados do Global Competitiveness Report) e o risco do mercado, obtido pelo desvio padrão anualizado do mercado acionário. É possível perceber que mercados com níveis elevados de risco possuem baixa evidenciação: a correlação estatística é de -0,43, significativa a 5%. Dos países que participaram da amostra, o Brasil é o sétimo de maior risco no período analisado e o 31o em evidenciação.

O gráfico seguinte relaciona o índice M/B pela evidenciação.

O índice M/B traduz a relação entre o preço da ação ordinária no mercado e o valor contábil. Mercados que evidenciam melhor tendem a ter uma valorização maior dos papéis: neste caso, a correlação foi de 0,569, também significativa. O Brasil, que ocupa a 31o posição na evidenciação é 47º no índice.
Os dados foram obtidos do artigo Why Are US Stocks More Volatile?, publicado no Journal of Finance de agosto de 2012, de autoria de Bartram, Brown e Stulz. 

Hiperinflação

A Venezuela é um dos três países atualmente considerados "hiperinflacionários" sob normas  de contabilidade dos EUA e internacionais, o que significa que as empresas têm de converter as demonstrações financeiras de suas operações na Venezuela em dólares americanos, e refletir as perdas e ganhos da taxa de câmbio em seus ganhos atuais.

Venezuelan Hyperinflation Accounting Hassles to Persist - Emily Chasan - WSJ

Vinhos 2

Ainda sobre Os vinhos do Banco Santos:

O ex-banqueiro Edemar Cid Ferreira [foto] não é reconhecido apenas por falir o Banco Santos, liquidado em 2004, com um rombo de R$ 2,3 bilhões, e por ficar preso por 15 dias na época. Ele se tornou famoso também por ser uma combinação de mecenas das artes e de bon vivant (uma de suas empresas, a Brazil Foundation, organizou a mostra do Redescobrimento, em 2000, em São Paulo), que reuniu em sua faraônica residência mais de 1,8 mil obras, entre quadros, esculturas, uma alentada biblioteca e uma adega de vinhos finos. Trata-se de um conjunto avaliado em pouco mais de R$ 40 milhões. O valor é quase suficiente para comprar a mansão — de R$ 50 milhões — que abriga o acervo, da qual Ferreira foi despejado há sete anos. Para desgosto do banqueiro, a Justiça resolveu começar a leiloar parte do seu patrimônio pessoal, como uma forma de pagar pelo menos parte dos credores lesados pela quebra do Santos.

A primeira a sofrer a investida dos leiloeiros será a adega, com 1.200 rótulos. O vinho mais caro é o Petrus magnum (1,5 litro), safra 1988, cujo lance inicial será de R$ 5 mil – uma pechincha. O leilão, realizado apenas pela internet, começa no dia 22 e termina em 24 de outubro. “A adega está avaliada em R$ 430 mil, mas a expectativa é de que esse valor dobre ao final do leilão”, afirma Alexandre Travassos, gerente operacional da Superbid Judicial, entidade que organiza o evento. Segundo Travassos, serão vendidos 143 lotes, mas, no caso de não haver a liquidação do total, será realizado um segundo leilão, entre 25 de outubro e 15 de novembro, para os itens restantes.

“Nesse caso, pode haver um desconto de 40% no preço de avaliação.” 

A ressaca do Banco Santos - Por Fernando TEIXEIRA - Isto é Dinheiro

Um exemplo de custo histórico, valor de mercado e valor de liquidação.

Robert Kiyosaki falido

Robert Kiyosaki está falido! Quem é Kiyosaki? Já citamos ele no blog, num teste, na relação dos livros de negócios superestimados e nas dicas de leitura. Quando ministrei a disciplina de Finanças Pessoais recebi a recomendação de ler o "Pai Rico, Pai Pobre": detestei.

A notícia é que o famoso escritor de conselhos financeiros perdeu um julgamento e por isto entrou com um pedido de proteção Chapter 7. O julgamento deverá levar 24 milhões de dólares de uma fortuna estimada em 80 milhões, segundo o Business Insider. Kiyosaki não repassou parte do dinheiro que ganhou para a empresa Learning Annex, que era responsável por suas palestras e publicação dos primeiros livros.

Antes do pedido, o livros de Kiyosaki já eram criticados pela superficialidade, conselhos questionáveis, entre outros aspectos.

Sustentabilidade

Um modelo preliminar preparado pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) sobre os relatórios integrados "que unem dados de sustentabilidade ambiental e social com números econômico-financeiros" deve ficar pronto até outubro do ano que vem. (...)

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) está discutindo o assunto com o CPC. No entanto, não há ainda qualquer sinalização de que se publicará uma instrução que padronize as práticas (...)

Fonte: UOL Economia

Disney e o dever de pagar impostos

No espírito do dia das crianças (a parte da Disney e não a da guerra...), um desenho com o Pato Donald vinculado na época da Segunda Guerra, ressaltando a importância do pagamento de impostos.

"Não é apenas um dever, mas também um direito".

O rádio ainda ensina Donald a preencher o formulário de renda simplificado.

"Funded and approved by the US Department of Treasury in 1943, this Disney featurette called "The New Spirit" was to encourage every good American to do his "duty" and pay his taxes, which, at this time, were at an all time high. Those who do not wish to pay or don't pay it gladly are depicted as friends of Hitler and enemies of liberty and democracy."

Frase

Leia a frase a seguir:

"Transparência nos dados é o rei; mas transparência nos dados, juntamente com conteúdo é ainda maior"

O mais surpreendente é quem disse a frase. Três possibilidades:

Arnold Schwarzenegger, ator e ex-governador
Cesc Fabregas, jogador de futebol
Will.i.am, cantor de rapper do Black Eyed Peas

(A resposta nos comentários)

11 outubro 2012

Rir é o melhor remédio

Um dia antes da Auditoria      No dia da auditoria








Enviado por Alexandre Alcantara, grato.

Cozinhando os livros 2

Abaixo uma mensagem do Twitter de Jack Welch:

Welch foi ex-presidente da GE durante muitos anos, quando a empresa aumentou suas receitas em 385% e o valor de mercado em 4000%. É um gestor admirado por muitos. Mas vejam a figura a seguir:
Na primeira parte da figura, o resultado da GE durante a gestão de Welch. E a seguir o resultado obtido pelo sucessor. É visível a mudança no padrão. Se você não sabia o que é "cozinhar os livros", agora sabe.

Cozinhando os livros

Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos por professores de finanças chegou a uma constatação preocupante: pelo menos 20% das empresas "gerenciam resultados", usando técnicas contábeis agressivas.

O gerenciamento de resultados pode ser feito fazendo escolhas contábeis mais agressivas, que mudar o resultado. E estas escolhas são perfeitamente legais. Em muitas empresas (40%), a mudança é no sentido de reduzir o lucro para que, no futuro, possa fazer o contrário.

O importante da pesquisa é que o questionário garantiu o anonimato.

Bancos perdem 13 bi

Os bancos tiveram mais um dia de perdas na bolsa ontem, com desvalorizações que chegaram a 3,07% no caso do Bradesco,após os concorrentes Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal anunciarem na véspera redução de tarifas. Com quedas consequentes nas cobranças, as quatro maiores instituições financeiras — BB, Bradesco, Itaú e Santander — perderam R$ 13,8 bilhões em valor de mercado no ano.

Daqui para frente, no entanto, a expectativa de analistas é de que os papéis ainda caiam um pouco, para então sofrerem uma acomodação. “O viés para o setor na bolsa não é positivo”, afirma o analista da Futura Investimentos, Adriano Moreno. Ele acredita que as quedas de ontem foram causadas não pela redução das tarifas em si por parte dos bancos públicos, mas pela sinalização do governo de uso destas instituições financeiras no sentido de redução de custos da economia, a exemplo do que ocorreu com tarifas elétricas.(...)

Luis Miguel Santacreu, analista de instituições financeiras da Austin Rating, ainda justifica a queda das ações de bancos na bolsa com o maior volume de provisões para fazer frente à inadimplência em meio a um cenário em que as carteiras de crédito não têm crescido como no ano passado. “Além disso, a queda da Selic em si também remunera menos os ativos das aplicações financeiras”, pondera. “Aqueles que estavam aplicando em ações de bancos podem estar eventualmente realizando lucros.”

Neste ambiente de maior competição, os próximos trimestres vão ser claros quanto às estratégias de cada instituição financeira em relação à adesão ao modelo de gestão bancária voltada para a redução de tarifas e juros. “O mercado reage com mais impulsividade, mas pode ser que os balanços surpreendam com sinalização de aumento do volume de crédito que compense a queda do juro”, diz Santacreu. (...)


Fonte: Aqui

SASB

O SASB é Sustainability Accounting Standards Board, uma entidade criada para cuidar da comunicação da informação não-financeira das empresas. Seu campo de atuação é a padrões contábeis de sustentabilidade.

Já existem em Londres o International Integrated Reporting Council. Outro grupo é o Global Reporting Initiative. O SASB tem sede em São Francisco. Seu foco é complementar o trabalho realizado pelo Financial Accounting Standards Board. Ou seja, tem um foco local.

O primeiro trabalho do SASB é produzir o "mapa da materialidade", com as prioridades sobre as questões de sustentabilidade em dez setores.

Leia mais aqui

(Observe o leitor a  grande  quantidade de entidades contábeis com ASB no nome: Fasb, Iasb, Gasb e, agora, SASB. Falta o BASB, Brazilian ...)

Aposta do Nobel

Perto da escolha do Nobel de Economia, eis as apostas da Thomson Reuters:

1. Sir Anthony Atkinson (inglês) e Angus Deaton (EUA) por pesquisa sobre salários, estado do bem-estar  social, pobreza etc
2. Stephen Ross - finanças
3. Shiller - finanças, com estudos sobre dinâmica de preços e volatilidade.

Será confiável? Nos três casos anunciados até agora, a Thomson Reuters errou todos.

Concorrência em auditoria

A Comissão de Concorrência da Grã-Bretanha, que está analisando o oligopólio do setor de auditoria, divulgou documentos preliminares sobre a investigação. Nestes documentos a Comissão afirma que a competição do setor seria restringida pelos envolvidos na escolha dos auditores. Pesquisando os presidentes de comitê de auditoria, a maioria deles já havia trabalhado para uma das grandes empresas.

Ou seja, os envolvidos na escolha dos auditores possuem antecedentes que pode revelar a preferência por uma das Big Four.

Leia também aqui

Dedicação

Trabalho árduo supera o talento, quando o talento não trabalha arduamente.
Dedicação é a capacidade de se entregar à realização de um objetivo. Não conheço ninguém que tenha progredido na carreira sem trabalhar pelo menos doze horas por dia nos primeiros anos. Não conheço ninguém que conseguiu realizar seu sonho sem sacrificar sábados e domingos pelo menos uma centena de vezes.
Da mesma forma, se você quiser construir uma relação amiga com seus filhos, terá de se dedicar a isto, superar o cansaço, arrumar tempo para ficar com eles, deixar de lado o orgulho e o comodismo. Se quiser um casamento gratificante, terá de investir tempo, energia e sentimentos nesse objetivo. O sucesso é construído à noite! Durante o dia você faz o que todos fazem. Mas, para conseguir um resultado diferente da maioria, você tem de ser especial. Se fizer igual a todo mundo obterá os mesmos resultados.
Não se compare à maioria, pois, infelizmente, ela não é o modelo de sucesso. Se você quiser atingir uma meta especial, terá de estudar no horário em que os outros estão tomando chope com batatas fritas. Terá de planejar, enquanto os outros permanecem á frente da televisão. Terá de trabalhar, enquanto os outros tomam sol à beira da piscina.
A realização de um sonho depende da dedicação. Há muita gente que espera
que o sonho se realize por mágica. Mas toda mágica é ilusão. E ilusão não tira ninguém do lugar onde está.

Roberto Shinyashik

10 outubro 2012

Rir é o melhor remédio

Jornal de Wall Street

Lojas Americanas: Falência?


O fornecedor "Athenabanco Fomento Mercantil" pediu a falência das Lojas Americanas na 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro. O pedido foi divulgado ontem (9/10/2012) na seção 'Falências Requeridas' do jornal Valor Econômico.

“A BM&FBovespa está consultando a empresa sobre requerimento de falência veiculado na imprensa em 09/10/2012”, informou a bolsa em nota.

Procurada, a Lojas Americanas informou que o Tribunal de Justiça do Rio ainda não disponibilizou acesso ao processo. Em nota, a empresa esclarece ainda que “todos os valores, negociados por fornecedores da companhia com a factoring Athenabanco, que a empresa tem conhecimento, estão pagos. Além disso, os valores não são significativos e não comprometem a saúde financeira da empresa”.

Minoritário e Tim

Uma noticia destaque na imprensa é que um acionista minoritário da Tim, a JVCO, processa a empresa por abuso de poder da controladora. Entre as acusações, problemas relacionados ao reconhecimento contábil de passivos.

Um aspecto pouco divulgado na notícia é que a JVCO é uma empresa de Nelson Tanure. Quem é Tanure? Na Wikipédia mostra que este empresário gosta de situações complicadas. No seu currículo, Tanure foi o último gestor do jornal Gazeta Mercantil e do Jornal do Brasil. Deixou dívidas enormes.  Seria um minoritário injustiçado ou somente uma pessoa interessada em aproveitar da situação?

Rossi

Com 49 dias de prazo na apresentação do balanço do segundo trimestre, a Rossi Residencial divulgou, no fim da noite de quarta-feira, uma revisão dos dados do resultado prévio do período, entregue em 15 de agosto. O novo balanço teve alterações em praticamente todas as linhas contábeis e ainda não passou pela auditoria independente, assim como a prévia apresentada há um mês e meio.

Em comunicado enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a empresa afirmou que modificou suas práticas contábeis para um padrão mais "conservador". A adoção de tais práticas levou a empresa a revisar os resultados não apenas do segundo trimestre, mas todos desde 2009, já que o ciclo da construção é, em média, de três a cinco anos.

As informações trouxeram alguma luz, mas levantaram ainda mais dúvidas entre analistas e investidores sobre a real situação das finanças da Rossi. A incorporadora informou ter realizado ajustes totais de R$ 715,3 milhões em 30 de junho. O grosso dessa revisão, 85%, veio de uma mudança cobrada pela Deloitte, sua nova auditoria. Até o período anterior, a Rossi era auditada pela Ernst & Young Terco.

O prejuízo líquido do segundo trimestre, de R$ 9,06 milhões, virou lucro de R$ 51,3 milhões

A apropriação dos resultados e custos da parte do terreno e da incorporação de um mesmo empreendimento eram feitas de forma separada. Os números das duas etapas entravam em momentos distintos no balanço e elas tinham até margens operacionais diferentes, por serem registradas por SPE's (Sociedades com Propósitos Específicos) diferentes. Agora, as receitas e custos presumidos de um mesmo empreendimento passam a entrar juntos. A nova regra é retroativa aos últimos três anos.

Com isso, a empresa melhorou os resultados da primeira metade deste ano, mas piorou os dados referentes a 2011, 2010 e 2009. "Na prática, eles tiraram receita do passado e jogaram mais receita no presente", afirma Flávio Conde, analista da CGD Securities.

(...) O impacto negativo dos reajustes foi sentido diretamente no patrimônio líquido. Os lucros contabilizados em anos anteriores, partindo de receitas presumidas, foram estornados. Em 30 de junho, o patrimônio líquido, de R$ 2,79 bilhões na prévia de agosto, caiu para R$ 2,075 bilhões, queda de 25%. "A conclusão é que a empresa vale R$ 700 milhões a menos", afirma Conde.

Esse é o ponto mais grave também na visão de Eduardo Silveira, analista da BES Securities. "Essa baixa no PL foi maior do que a gente esperava". O analista comparou com empresas que passaram por problemas financeiros semelhantes recentemente e que estão fazendo operações de aumento de capital em valores equivalentes aos impactos dos estouros de orçamentos. A Brookfield faz uma capitalização de R$ 400 milhões, enquanto a PDG realiza uma operação de R$ 800 milhões. Como a Rossi anunciou que prepara um aumento de capital de R$ 500 milhões, o mercado esperava, no máximo, reajustes dessa ordem.

Outro índice que chamou a atenção do analista foi a alavancagem (endividamento líquido sobre patrimônio líquido). Como as dívidas foram ajustadas para cima e o patrimônio líquido para baixo, esse índice subiu. No segundo trimestre, foi revisado de 108% para 148,5%.

Rossi Residencial muda balanço e adota "padrão mais conservador" - 5 de Outubro de 2012 - Valor Econômico - Ana Fernandes

Ainda segundo o Valor Econômico (De olho no futuro se esquece o passado - Fernando Torres)

Tudo indica que não foi a Rossi que escolheu mudar suas práticas contábeis. Afinal, ter de republicar balanços não é algo desejável para nenhuma companhia. Se ela fez isso, portanto, foi por conta de pressão do auditor. (...)

Nos últimos anos, a empresa usou um sistema de reconhecimento de receita que a favoreceu. Ela divulgou margens brutas compatíveis com a das concorrentes, mas usando um critério que a favorecia perante as rivais.

Como os terrenos são registrados no balanço pelo custo histórico, a margem ligada a eles já costuma ser maior que a do serviço de incorporação. Com o salto recente no valor de mercado dos terrenos nas grandes cidades, e com a queda nas margens de incorporação por conta da elevação dos custos de mão de obra, essa diferença foi duplamente acentuada nos últimos anos.

Enquanto as rivais amargavam quedas de margem por conta de estouro de orçamento na incorporação, a Rossi tinha no reconhecimento antecipado dos terrenos, com margem maior, um fator que sustentava seus resultados na parte superior da média do mercado.

Agora que se aproxima o período da entrega da maior parte dos empreendimentos, em que a tendência das margens era diminuir (para abaixo da média do setor, para compensar o efeito positivo anterior), já que o peso da incorporação seria maior no resultado total, em detrimento dos terrenos, ela muda a prática contábil.

Fazendo o ajuste retroativo, quem olhar o passado verá que as margens da empresa não eram tão boas quanto pareciam. Mas passado é passado. Daqui para frente, chamarão mais atenção as novas margens que serão divulgadas.


Outro texto explora a questão da bolha (A bolha estourou e acabou a folia contábil no setor - Nelson Niero)

Não se sabe ainda se existe uma bolha no setor imobiliário brasileiro, mas uma coisa parece certa: existia uma bolha contábil e ela já estourou. (...)

Um auditor se abstém de dar opinião quando não obteve comprovação suficiente para fundamentar seu parecer. Ou seja, depois de quase 50 dias, a Deloitte não sabia ainda o que fazer dos números da Rossi.

Lucros Cessantes

A BMW do Brasil foi condenada a pagar a uma antiga concessionária indenização por lucros cessantes no valor de R$ 13,1 milhões. A decisão favorece a Nett Veículos, que atuava na cidade de São Paulo. A concessionária decidiu ir à Justiça depois de a montadora cancelar contrato para revenda exclusiva de veículos da marca. Depois de 14 anos de tramitação no Judiciário, o processo transitou em julgado no dia 13 de setembro.

De acordo com os advogados da Nett, o valor já foi penhorado na conta bancária da BMW. "Estamos esperando o levantamento do dinheiro", diz Ronaldo Vasconcelos, sócio do Lucon Advogados. Firmado em janeiro de 1996, para vigência de cinco anos, o contrato foi rescindido em abril de 1998. "A loja teve que fechar de um dia para outro."

(...) Segundo o acórdão do TJ-SP, a lei proíbe a rescisão unilateral. "Essa vedação é compreensível em pactos dessa natureza, eis que se cuida de negócio que exige vultoso investimento, cujo retorno não ocorre em curto prazo", afirma na decisão o relator do processo, desembargador Arantes Theodoro, acrescentando ainda que a BMW teria descumprido a cláusula que estabelecia prazo de doze meses para o aviso prévio da rescisão ao concessionário. Com isso, o TJ fixou indenização de 4% sobre o faturamento da concessionária projetado até o término do contrato, ou seja, até 2001. (...)


Montadora é condenada em R$ 13 milhões - 9 de Outubro de 2012 - Valor Econômico - Bárbara Pombo

Novo Doutor

O blogueiro Orleans Silva Martins é o doutor mais fresco em contabilidade do Brasil. Na segunda-feira (8/10/2012), sua tese, denominada, "Relações entre a Assimetria de Informação e as Características das Empresas no Mercado Acionário Brasileiro" foi aprovada no Programa Multi-institucional e Inter-regional de Pós-graduação em Ciências Contábeis UnB/UFPB/UFRN.

Da esquerda para a direita:
Dr. Fábio Moraes da Costa (membro externo), Dr. Edilson Paulo (orientador), Dr. Orleans Silva Martins, Dr. Wagner Moura Lamounier (membro externo), Dr. Ivan Ricardo Gartner (membro interno) e Dr. Anderson Luiz Rezende Mol (membro interno)




Bom gestor sabe arrecadar e aplicar recursos

Segundo José Matias Pereira, na hora de escolher um candidato, eleitor deve levar em consideração a situação financeira da cidade e a forma como os políticos envolvidos na disputa vão aplicar a verba.



Fonte: CBN

Vinhos

O ex-dono do Banco Santos, Edemar Cid Ferreira, desencadeou nesta terça-feira uma batalha pessoal para tentar evitar a venda das quase 1,2 mil garrafas de vinho que colecionava na adega de sua mansão. (...)

A peça fundamental da acusação é o laudo de um perito, contratado pelo gestor da massa falida, que diz que “garrafas de vinho da adega, algumas de alto valor, apresentam redução do líquido, enquanto outras já se encontram vazando e mais outras apresentando início de deterioração”. O documento, assinado por Oliver Smith, segue sugerindo a venda o mais rápido possível da bebida, sob pena de perda de qualidade e de valor da coleção.

O especialista em vinhos, por sua vez, diz que das 1192 garrafas que avaliou, menos de 15 garrafas apresentam problemas de conservação. E que o problema não foi necessariamente causado após a saída de Ferreira da casa. Em alguns casos, trata-se de rolhas com décadas, que se deterioraram naturalmente e já deveriam ter sido trocadas. Há o caso de uma garrafa com duas rolhas. Porém, na maior parte dos casos, o vinho permanece em perfeito estado, afirma Smith. Segundo ele, além disso, a adega é bem protegida do sol e, nos cinco dias em que levou para avaliar o lote, o ar-condicionado esteve sempre ligado. (...)


Fonte: aqui

O que o seu "rastro" diz sobre você?



Um vídeo que me surpreendeu pelas pessoas realmente acreditarem e se assustarem com o médium. Saber o número da sua conta é um tanto exagerado né?

Com as faturas de cartão de crédito (que talvez você jogue fora sem rasgar) é possível saber seu estilo de vida: se você mora sozinho ou tem filhos, tem carro, viaja (fica em hotel cinco estrelas?), compra muitas roupas ou vai a bares e boates. Com as redes sociais ficou ainda mais fácil traçar o seu perfil – o que você compartilha? Quais fan pages (ou contas no twitter, instagram, pinterest)“curte” ? Quantos “amigos” tem? Como é a sua interação nesse ambiente?

Isso pode ser usado para o seu “bem” – com base no seu perfil, são direcionados anúncios que possam te interessar, ou para o seu mal – um médium tirando o seu dinheiro ou a orientadora que te adiciona para saber se você está terminando o trabalho ou se está na festa é o mais simples. Tenho certeza que coisas mais elaboradas virão à sua mente...

Indicado por Ednilto Tavares Júnior, a quem agradecemos.

BM&FBovespa: Horário de Verão

A BM&FBOVESPA informou o horário de negociação dos segmentos Bovespa e BM&F que irão vigorar a partir de 22 de outubro, devido ao início do horário brasileiro de verão, em 21 de outubro.

Principais destaques em relação aos horários de negociação:

- Não haverá alteração do pregão regular no mercado Bovespa, ou seja, permanece em sessão contínua das 10h às 17h;

- Será estendido o call de fechamento para todo o mercado de balcão organizado e para todos os Fundos de Investimento Imobiliário de Bolsa;

- Será criado o call de fechamento para opções de IBOVESPA a partir das 16h50, com encerramento estendido em dois minutos a partir do encerramento do último call de ação;

- A negociação de contratos de Índice Bovespa Futuro, que começa às 9h, será estendida até as 17h55;

- O call de fechamento será das 17h55 até as 18h;

- A partir de 5 de novembro, deixa de existir o pregão After Hours para o contrato futuro de soja com liquidação financeira.

Confira os horários de negociação: aqui.

Fonte: BM&FBovespa

09 outubro 2012

Rir é o melhor remédio


Contabilidade criativa e os repasses do BNDES

Editorial O Estado de S.Paulo
04 de outubro de 2012

O Tesouro Nacional deverá liberar entre R$ 20 bilhões e R$ 25 bilhões nos próximos dias para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a fim de que este possa prosseguir nas suas operações com empresas, inclusive do governo.

É um expediente que já foi denunciado, no passado, pela economista do Fundo Monetário Internacional (FMI) que acompanhava a economia brasileira. No entanto, é apresentado pelas autoridades monetárias brasileiras como "contabilidade criativa".

No fundo, trata-se de uma operação de triangulação em que o Tesouro empresta recursos ao BNDES sem que, pelas normas contábeis, isso represente aumento da dívida líquida, pois são recursos repassados pelo banco de desenvolvimento a empresas controladas direta ou indiretamente pelo governo, que pagam dividendos ao Tesouro e, portanto, ajudam a elevar de modo sensível o superávit primário.

Fugindo das normas da transparência, nunca se explicou com clareza o custo dessas operações para o Tesouro. Na realidade, este paga juros mais elevados pela dívida que contrai do que os praticados pelo BNDES, e os dividendos que recebe parecem inferiores aos juros que paga. Os repasses ao BNDES não aparecem como despesas do governo, enquanto os dividendos que o Tesouro recolhe são incluídos nas receitas - um dos pontos altamente criticados.

Num momento em que o governo reconhece que não poderá alcançar a meta cheia de superávit primário do governo central - e terá de emitir mais títulos da dívida pública, sobre os quais incidirão mais juros -, essa "contabilidade criativa" apresenta graves inconvenientes.

É somente por causa de convenções contábeis que a dívida pública não está aumentando. Na realidade, ela cresce e exige o pagamento de juros, que é feito com emissão de novos papéis da dívida. Serão juros sobre os quais incidirão mais juros.

Por outro lado, desde que começou a campanha eleitoral, os governos estaduais foram autorizados a aumentar seus empréstimos, o que representa nova fonte de juros a pagar.

Por enquanto, a dívida pública está num nível administrável, mas poderá chegar a um ponto em que o País será forçado a pagar juros mais altos por sua rolagem, especialmente se a liquidez internacional - que vem sendo objeto de alertas pela presidente Dilma Rousseff - voltar a se estreitar.

De qualquer maneira, o fato de a equipe econômica estar anunciando que o superávit primário não será atingido já deve levar a um aumento dos juros que o Brasil está pagando.

Que tipo de financiamento para a sua empresa?

"Em recente matéria, a revista Exame lista Seis motivos para desconfiar de um investidor-anjo. O texto tem ótimas dicas para quem considera atrair um sócio-investidor para o seu negócio, mas os alertas focam questões de cunho basicamente jurídico e societário. Não há uma análise sob a ótica estratégica.

Minha dica vem de The Innovator's Solution: Creating and Sustaining Successful Growth, (Harvard Business School Press, 2003), de Clayton Christensen. Segundo o professor de Harvard, há que se diferenciar o Dinheiro bom do Dinheiro ruim.

Para o autor, Dinheiro bom é impaciente por lucro e paciente por crescimento, ao passo que o Dinheiro ruim é o paciente por lucro e impaciente por crescimento.

A explicação é bem direta: nas start-ups, especialmente aquelas focadas em Inovações Disruptivas, o lucro da operação é o melhor indicador de que um modelo de negócio é viável e sustentável. Já o crescimento, por sua vez, não ocorre da noite para o dia quando se persegue novos mercados, ou quando o público-alvo é formado por não-consumidores.

Se a empresa demora a atingir seu break even - e ainda cresce rapidamente, acelerando o aumento do rombo - ela corre o risco de transformar-se numa máquina de moer dinheiro e esgotar seus recursos, antes mesmo de ter a chance de tornar-se efetivamente sólida.

Por este motivo, até, Christensen sugere que o preço de um produto inovador deve ser determinado antes mesmo de se saber seu custo - e não o contrário. Se o preço que seu cliente está disposto a pagar pelo seu produto (você pesquisou isso, certo?) não cobre seus custos, então esqueça, pois seu negócio não é viável. E não é cobrando mais caro que você vai consertar isto."


Dinheiro Bom e Dinheiro Ruim - Rodolfo Araújo em "O Líder Acidental".
Imagem: Yonil

Ebitda

A Comissão de valores mobiliários (CVM) editou ontem instrução que uniformiza (1) o cálculo do lucro operacional antes de juros, impostos, depreciação e Amortização (Ebitda, na sigla em inglês) entre as empresas abertas brasileiras. A medida foi bem recebida pelo mercado, e poderá facilitar a análise de investimento, já que atualmente cada companhia tem sua própria metodologia, afirmaram gestores ouvidos pelo Valor. (...)

"Existe um cálculo tradicional para o Ebitda, que está nos livros de finanças (2), e ele tem de ser atendido", explicou o superintendente. A empresa está autorizada a divulgar um Ebitda ajustado, calculado pela metodologia que achar mais adequada, desde que também publique o tradicional.

Ao escolher publicar os dois indicadores, a companhia também deve informar a metodologia. "Tem que divulgar tudo o que for necessário para que o investidor entenda como o Ebitda foi ajustado e possa refazer a conta se achar necessário", disse.

A instrução foi elogiada por gestores de investimentos (3), que consideraram a regra positiva e necessária para pôr fim à "bagunça" quando se refere ao cálculo usado pelas companhias para chegar a esse indicador.

Segundo André Querne, analista da Rio Gestão, o Ebitda é relevante para a análise de investimentos (4). "É coerente [a nova regra], pois se cada empresa fizer um ajuste diferente no Ebitda, acaba sendo um indicador não comparável", explicou.

O analista lembra que um dos métodos mais utilizados por gestores é o chamado "valor da firma", que é o FV/Ebitda - a soma do valor de mercado da companhia com sua dívida líquida sobre o Ebitda. Esse cálculo substituiu o P/L, a razão entre o patrimônio e o lucro líquido, indicador utilizado no mercado em meados dos anos 1990 (5).

Querne indica que, atualmente, cada empresa adiciona indicadores ao Ebitda para melhor refletir as características do negócio em que atua. "Existem ajustes inerentes de cada empresa e de cada setor. A maior parte das empresas só divulga o ajustado, e não o tradicional", disse.

"A medida é positiva, porque não impede a empresa de divulgar o ajuste. Por outro lado, mostra qual é o padrão", completou. Além disso, a padronização também facilita a comparação com empresas estrangeiras.

Para um analista de gestora que não quis se identificar, hoje o cálculo do Ebitda é "uma bagunça, pois cada empresa calcula da maneira que lhe convém".

Por outro lado, na opinião de Reno Azevedo, analista da JGP Gestão de Recursos, a instrução editada pela CVM não terá impactos. "Não faz muita diferença. O que importa são as informações divulgadas pela empresa, pois nós mesmos fazemos o cálculo do Ebitda, com a nossa própria metodologia (6)", disse.

A mudança passou por extenso debate no mercado. Segundo a CVM, a discussão foi bem recebida a colaboração dos interlocutores "influenciou muito a minuta final".

Fonte: Aqui

(1) É interessante que esta uniformização já era discutida desde 2006. Veja para isto o livro Teoria da Contabilidade, Niyama e este blogueiro, página 27, exercício 8.
(2) Livro de finanças decente não possui cálculo do Ebitda. Possui uma crítica feroz a este índice.
(3) É triste imaginar que estes gestores tomam decisão de investimento baseado nesta "coisa" chamada Ebitda. O leitor deveria aproveitar e anotar estas empresas para não ser clientes delas.
(4) Como este índice pode ser relevante para análise de investimento? Não faz sentido: não é caixa, não é lucro, não é nada.
(5) O P/L tem um suporte teórico, frágil é verdade, mas possui.
(6) Por um lado este gestor afirmou que acha isto tudo uma bobagem. E é. Mas afirmou que usa o índice.

Certificação Digital

Aos poucos, livros de centenas de páginas com a contabilidade das empresas são substituídos por arquivos digitais assinados e transmitidos digitalmente. Isso desde o início do Sped, (Sistema Público de Escrituração Digital), que começou em 2005 com a nota fiscal eletrônica.

Uma nova etapa de transição começa em outubro para cerca de 40 mil empresas paulistas. Elas terão de enviar arquivos digitais com informações de ICMS e IPI.

Não há uma regra para saber qual empresa está obrigada. A lista completa está disponível no site da Secretaria Estadual da Fazenda.

A transição é complexa, mas aponta para resultados positivos, segundo Roberto Dias Duarte, professor de gestão contábil eletrônica na PUC-MG. O mais óbvio é a economia com impressões e encadernações.

"É como comparar um computador com uma máquina de escrever", diz Duarte. Porém, ele diz que nem sempre o computador é mais rápido, pois a pessoa tem de aprender a usá-lo, compara.

Entre as vantagens do Sped, Duarte aponta a obrigatoriedade de uma melhora na gestão que a digitalização obrigará. Na escrituração digital, informações como controle detalhado do estoque, cadastro de produtos e fornecedores --informações que ficavam em livros de contabilidade-- estarão à disposição do Fisco instantaneamente.

Geuma Nascimento, sócia da Trevisan Gestão Consultoria diz que o Sped é uma realidade irreversível, da qual não adianta reclamar. Pelo contrário, o importante é se preparar e perceber as vantagens futuras que podem vir da implantação, como a diminuição da sonegação.


Folha de S Paulo, 8 de outubro de 2012

Jogadores mais bem pagos

Eis a lista dos jogadores de futebol mais bem pagos do mundo:

10. Cristiano Ronaldo - Real Madrid - 12,9 milhões de dólares
9. Messi - Barcelona - 13,6 milhões
8. Conca - Guangzhou - 13,7 milhões
7. Torres - Chelsea - 14 milhões
6. Drogba - Shanghai Shenhua - 15,6 milhões
5. Aguero - Manchester City - 16,2 milhões
4. Yaya Toure - Manchester City - 16,8 milhões
3. Wayne Rooney - Manchester United - 17,9 milhões
2. Ibrahimovic - PSG - 18,8 milhões
1 - Eto´o - Anzhi Makhachkala - 25,9 milhões

É interessante que os dois melhores jogadores do mundo são 9o. e 10o. colocados. Parte da lista pode ser explicada por jogadores que atuam em países com pouco espaço na mídia internacional e abrem mão da fama pelo dinheiro. É o caso de Conca, Drogba e Eto´o. Aguero e Yaya vestem a  camisa do City, que pagou um bom dinheiro para reforçar o time para ganhar o campeonato inglês. O PSG, o clube que mais contratou na temporada, possui o segundo lugar, com o sueco Ibrahimovic.

Likes

Recentemente o Facebook deletou os Likes falsos na rede social, gerados por malwares e contas falsas. Eis a lista de quem mais perdeu:

1. Kit Kat perdeu 3,012,539 Likes em 1 dia
2. Facebook perdeu 124,919 Likes em 1 dia
3. Red Bull perdeu 117,780 Likes em 1 dia
4. MLB perdeu 116,119 Likes em 1 dia
5. Dell perdeu 107,889 Likes em 1 dia
6. Coca-Cola perdeu 96,445 Likes em 1 dia
7. Farmville perdeu 61,225 Likes em 1 dia
8. CityVille perdeu 58,214 Likes em 1 dia
9. Samsung Mobile perdeu 52,717 Likes em 1 dia
10. Twitter perdeu 51,123 Likes em 1 dia

Fonte: Business Insidere, via aqui

Lehman Brothers

O banco norte-americano Lehman Brothers anunciou na sexta-feira que chegou a um acordo de princípios que põe fim ao seu litígio com seu braço europeu, o Lehman Brothers International (Europe), por ações que somam US$38 bilhões.

"James Giddens, que supervisiona a liquidação do Lehman Brothers e Tony Lomas, o liquidador do Lehman Brothers International (Europa) anunciaram o acordo para resolver todos os conflitos entre suas respectivas entidades", diz o comunicado.

Falta agora a aprovação do juiz de falências dos Estados Unidos, James M. Peck, assim como da Alta Corte Inglesa.

"Caso (o acordo) seja aprovado, os ativos poderão ser distribuídos aos clientes e credores do Lehman", aos quais já foram distribuídos mais de US$90 bilhões, diz o comunicado.

As duas entidades disputam uma grande quantidade de ativos, que devem ser distribuídos aos investidores que perderam dinheiro com a maior quebra bancária na história dos Estados Unidos.

O Lehman Brothers declarou falência no dia 15 de setembro de 2008, dando início a uma crise mundial sem precedentes.


Fonte: aqui

08 outubro 2012

Rir é o melhor remédio

VALOR

Fonte: 9GAG

Skol no Vale do Silício

A Ambev mantém desde maio uma operação avançada em Palo Alto, no Vale do Silício norte-americano, voltada para projetos de inovação relacionados à marca Skol. Batizada de Garagem Skol, a estrutura funciona dentro de um centro de desenvolvimento de tecnologia da Anheuser-Busch Inbev e tem como missões criar projetos inovadores para a comunicação da marca, indicar novas tecnologias que podem ser aplicadas no Brasil e fazer ponte entre profissionais da companhia com empresas da região, como Google e Twitter.

À frente da unidade está Harry Lewis, que antes ocupava a gerência de marketing da plataforma jovem da marca no Brasil. O trabalho resultou em novos formatos, como um pocket show virtual na campanha de lançamento da nova embalagem da cerveja.

Fonte: Eduardo Duarte Zanelato

Frase

I think they were probably lovers.

(Jane Gleeson -White, autor de Double Entry: How the Merchants of Venice Created Modern Finance, sobre Pacioli e Da Vinci: Acredito que eles provavelmente eram amantes)

07 outubro 2012

Rir é o melhor remédio

Amigos Imaginários

Fonte: Dan Piparo

Cegueira conveniente ou desonestidade proposital?

Vocês já leram as postagens do professor César (aqui e aqui) e do Rodolfo (aqui) sobre o livro “A Mais Pura Verdade Sobre a Desonestidade”, mas ao devorar a introdução não pude me conter. Tive que ressaltar o início do livro por causa de um debate em uma das minhas aulas de governança.

Quando, em sala de aula, falávamos sobre fraude, surgiu a dúvida “filosófica” sobre a extensão do conhecimento das fraudes por empregados da Enron e do banco Panamericano. Não se trata de responsabilidade ou de inocência, mas do simples ato de saber. Conversamos um pouco sobre isso mas é difícil chegar a alguma conclusão.

O interessante é que já no início do livro, Dan Ariely fala sobre John Perry Barlow, um amigo que trabalhou como consultor para a Enron. Ariely comenta: “enquanto eu conversava com John estava interessado, especialmente, na descrição sobre sua própria cegueira conveniente”. Embora John fosse um consultor para a empresa em um momento em que a Enron estava perdendo o controle, ele não observou nada anormal. Muito pelo contrário. Como qualquer bastidor, John acreditou que a Enron era uma empresa líder e inovadora na nova economia.

A partir disso pondera-se até onde ocorreu (e ocorre) a cegueira conveniente. Se estivéssemos em uma dessas empresas, como reagiríamos? Até que ponto inventamos cenários para que as mentiras nos pareçam toleráveis e justificadas?
E bem no estilo “House” de ser, o livro de Dan Ariely defende que “todo mundo mente”. Você sabe quando está mentindo pros outros. Mas e pra você?

Corruptos na prisão

"Nos Estados Unidos, o preso tem direito a pedir para cumprir a pena em determinada penitenciária. O juiz pode aceitar o pedido, mas a palavra final é do Federal Bureau of Prisons, órgão que administra o sistema penitenciário federal. Em sua decisão, o FBP leva em conta se o grau de periculosidade do condenado combina com o nível de segurança da prisão. Blagojevich escolheu Englewood porque é uma prisão razoável. É lá que Jeffrey Skilling, o ex-presidente da Enron, ex-gigante do setor de energia, está cumprindo sua pena de 24 anos. Skilling foi condenado por sua participação no enorme escândalo contábil que acabou levando a Enron à falência, em 2001.

[...]

Não existe prisão feliz, mas existem prisões que punem com a perda da liberdade, como deve ser, e não com a perda da dignidade humana. Nos Estados Unidos, a crise que estourou em 2008 chegou às prisões, que estão cada vez mais superlotadas e com menos dinheiro. Na Califórnia, o custo das penitenciárias pressiona os gastos com as escolas e o sistema universitário. Para aliviar o peso orçamentário das prisões estaduais, o governo criou um programa para que mais criminosos cumpram pena nas cadeias municipais. Há casos de cidades que estão cobrando dos presos pelos gastos com comida, roupa e saúde. Os pobres não pagam nada.

[...]

Nos Estados Unidos, 1 000 americanos em média são condenados por corrupção a cada ano nas cortes federais (veja o quadro). No Brasil, contam-se nos dedos. Um levantamento feito por seis estudiosos da Universidade de Illinois mostra que Chicago é a cidade com mais corruptos - ou que mais prende corruptos. De 1976 até 2010, foram mais de 1 500 condenados. A segunda cidade é Los Angeles, com quase 1 300 presos, seguida de Nova York, com 1 200. A capital, Washington, é apenas a quarta na lista, com 1 000 corruptos presos em 34 anos."

Fonte: André Petry

Apoio à gestão privada e pública no Brasil

O Movimento Brasil Competitivo é uma organização (OSCIP) criada em novembro de 2001 e orientada ao estímulo e ao fomento do desenvolvimento da sociedade brasileira. Congrega as funções do Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade (IBQP) e do Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade (PBQP). O movimento tem como objetivo principal viabilizar projetos que visam ao aumento da competitividade das organizações e da qualidade de vida da população.

O Movimento Brasil Competitivo vem apoiando trabalhos que estão contribuindo para transformar a gestão pública em diversos estados, como por exemplo, Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo, Pernambuco, Rio de Janeiro, Sergipe e Distrito Federal. Nessas ações, estão sendo aplicados conceitos básicos da administração, como o controle das despesas, estabelecimento de metas de trabalho, planejamento dos investimentos visando resultados, dentre outros. Ressalta-se que os recursos do MBC provêm da iniciativa privada, que espera ser beneficiada com a melhoria na qualidade dos serviços e a desburocratização da máquina pública.

[...]

Destaca-se, nas atividades daquela instituição, a implementação do Programa Modernizando a Gestão Pública (PMGP), a partir de 2005, em alguns estados brasileiros. O objetivo do MBC, conforme assinala Johannpeter (2009), é promover um aumento radical da competitividade das organizações privadas e públicas brasileiras, de maneira sustentável, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida da população.

MATIAS-PEREIRA, José. A Governança Corporativa Aplicada No Setor Público Brasileiro, Administração pública e gestão social, v. 2, n. 1, p. 110-135, jan./mar. 2010.

06 outubro 2012

Pense Nerd: The Blog

A loja Thinkgeek (que é super legal e já foi objeto de outras postagens – não, não recebemos comissão – infelizmente) está com uma camiseta interessante e por tempo limitado:

Camiseta “The Blog” escrita no estilo de filme de horror dos anos 50:

Segundo o site, os blogs são formidáveis porque permitem que “pessoas normais” opinem sobre tópicos geralmente reservados para a mídia tradicional (ou sobre tópicos negligenciados pela mídia tradicional). Sabe o que torna os blogs terríveis? Eles permitem que “pessoas normais” soltem suas opiniões por aí.

Aqui uma lista de coisas irritantes (divulgadas pelo site), sem ordem específica:

- Erros gramaticais – Veja bem, você escolheu se comunicar via palavra escrita. Aprenda-a! Não importa o quão passional você seja sobre determinado assunto, a sua postagem merece ser revisada antes das massas serem sujeitas a ela. E se as palavras não são o seu forte, talvez seja melhor você ficar apenas com o Tumblr (ou o Instagram).

- Comunicação "via única" – Isso não é um diário. Você posta algo cheio de opiniões que aparenta encorajar a discussão interativa, mas os comentários estão desativados? Você perde.

- Ausência – Todos nós caímos nessa eventualmente, mas postar uma lista de desculpas sobre o porquê da sua não postagem não se qualifica como uma verdadeira postagem. Se você não tem tempo, troque para o Twitter ou qualquer outra alternativa micro-blogging.

A camiseta está a venda por tempo limitado. ^.^

Rir é o melhor remédio


Fonte desconhecida

Fato da Semana

Fato da Semana: Doutorado da Unisinos

Qual a importância disto? O número de doutores em contabilidade no Brasil é muito reduzido. Até recentemente somente a Universidade de São Paulo formava doutores. Depois da chegada dos programas da UnB-UFPB-UFRN, Furb e Fucape, mais um doutorado é aprovado pela Capes. A aprovação da Unisinos é bem vinda já que o programa de mestrado desta universidade é um dos pioneiros na área.
A criação de mais um curso pode melhorar a produção científica da área. Mais uma universidade com um curso de doutorado tende a melhorar o debate acadêmico, com a possibilidade de abarcar áreas de pesquisas que atualmente não são contempladas pelos outros programas. Como o número de mestres existentes no Brasil é muito superior ao de doutores, existe uma demanda reprimida que pode ser atendida pela Unisinos.

Positivo ou negativo? – Positivo. A autorização irá significar mais pesquisadores na área.

Desdobramentos – A tendência é que outros programas que atualmente somente possuem o curso de mestrado sigam o caminho da Unisinos.

Aumento de estudos científicos fraudulentos

Segundo um novo estudo publicado no Proceedings of the National Academy of Sciences, a fraude é um verdadeiro problema em publicações científicas e tem aumentado no decorrer das décadas.

O estudo analisou 2.047 artigos sobre pesquisas biomédicas (desde 1973) que foram mais tarde desacreditadas e retiradas de publicações científicas - constatou-se que a principal razão para a retratação não foram erros honestos (não propositais), mas sim fraude.

Mais de 40% das retratações foram devido à descoberta de fraude e 23% de plágio. A taxa de retratações de artigos publicados, apesar de pequena em porcentagem (cerca de 2.000 entre dezenas de milhões publicados nas últimas quatro décadas), está crescendo: aumentou cerca de 10 vezes nos últimos 37 anos.

Essa tendência é preocupante, porque mesmo um número muito pequeno de artigos fraudulentos pode acarretar enormes danos. A maior fraude mencionada no estudo é do Dr. Andrew Wakefield, um inimigo de vacinação. Seu trabalho científico falso relatava uma ligação entre autismo e vacinas, o que teve um impacto devastador sobre a saúde e o bem-estar de bebês e crianças de todo o mundo, pois as mães entraram em pânico e não quiseram vacinar seus filhos com medo deles ficarem doentes. Apesar do artigo ter sido retratado e desacreditado, muitos ainda continuam achando que Wakefield estava certo.

Recentemente, um médico britânico, Benjamin Goldcare, denunciou uma prática da indústria farmacêutica de omitir resultados negativos de novos remédios para vendê-los como se fossem eficazes. A cada ano, são testados e lançados uma infinidade de novos medicamentos. O sistema de teste e aprovação desses remédios coloca controle excessivo nas mãos dos fabricantes, de forma que eles quase sempre podem definir qual o veredicto sobre qualquer medicamento em fase de experimentos. Em busca de proteger os próprios interesses econômicos, os laboratórios farmacêuticos nem sempre liberam os remédios ao mercado com a garantia de que farão bem aos pacientes. Esse mecanismo coloca uma série de medicamentos no mínimo ineficazes no mercado. Além de não surtirem o efeito esperado, podem ocasionar novos problemas no organismo.

Com tudo isso, nos perguntamos: até que ponto devemos confiar em pesquisas científicas e na indústria farmacêutica?

Arthur Caplan, chefe da Divisão de Ética Médica do Centro Médico Langone da
Universidade de Nova York (EUA), acredita que denúncias são um grande passo para acreditarmos nos médicos e cientistas. A capacidade de admitir que há fraudes e “maçãs podres”, significa que o meio está alerta e consciente da necessidade de mais esforços para mudar esse cenário.

Caplan suspeita que a natureza cada vez mais competitiva da ciência, o desejo de garantir mais subsídios, patentes e patrimônios, a proliferação de revistas que não estão fazendo um bom trabalho de revisão também são culpados pelo aumento das fraudes. Segundo ele, a biomedicina tem de agir para deter essa tendência crescente. Mais educação para jovens investigadores científicos, sanções mais duras para fraude, e aumento dos recursos e recompensas para revisão científica podem ajudar a interromper essa onda.

Fontes: dth media, BBC News e HyperScience

The Honest Truth About Dishonesty

Mais um vídeo da RSA Animate - desta vez retratando o novo livro de Dan Ariely.



05 outubro 2012

Professor

"Uma das minhas responsabilidades é ajudar os estudantes a se prepararem mentalmente para a semana de provas. Eu sempre acreditei que devo ajudar a motivar os alunos. E porque não? Eu sou treinador e mentor. Se os alunos não recebem encorajamento da minha parte, então de onde irão receber?"

David Albrecht - Pondering the Classroom

Rir é o melhor remédio



Você sabe a diferença entre Incerteza e Risco?

Texto escrito por Rodolfo Araújo

À primeira vista estes conceitos parecem tão intimamente ligados que, escrever sobre eles, soa redundante ou mesmo inútil.

Como veremos, entretanto, há pequenas porém importantes diferenças entre Incerteza e Risco e, desconhecê-las, pode levar a decisões incorretas.


Risco é quando todas as variáveis de uma situação são conhecidas e você consegue calcular as probabilidades de cada uma delas acontecerem. Depois, ao combinar os resultados, você tem uma medida precisa das chances de aquilo resultar em algo bom ou ruim.

Mas quando uma ou mais variáveis são desconhecidas - ou quando não se sabe o impacto real que cada uma delas pode ter - então estamos tratando de uma situação de Incerteza.

Isto posto, já dá para perceber que, na vida real, a maioria das situações nas quais avaliamos Riscos estamos, na verdade, falando de Incertezas - especialmente no mercado financeiro.

Ocorre, no entanto, que cada um dos termos causa reações diferentes em quem os escuta.

Num cenário de "Incerteza", parece que alguém não sabe o que está fazendo. A falta de certeza não sugere um ambiente complexo demais ou um problema matematicamente intratável. Ao contrário, parece demonstrar incompetência - o que, vimos, não é o caso.

Já "Risco" é visto como algo controlado e previsível - como de fato é. Mas quando você tem uma visão de Risco sobre algo que é Incerto, estará sendo levado ao erro de trocar o quase certo pelo totalmente duvidoso.

Os mais bem pagos


Fonte: Revista Fortune via Radar Econômico

Novas normas

O CPC divulgou as novas audiências públicas para revisão de CPC´s, de acordo com o sitio:

"O Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) oferecem à Audiência Pública Conjunta a revisão de quatro documentos:
CPC 19 - Negócios em conjunto;
CPC 35 - Demonstrações Separadas;
CPC 17 - Contratos de Construção;
CPC 30 - Receitas."
A minutas estão disponíveis no sitio do CPC em Audiência Públicas.

Via Caminhos do Saber

Violência



Frase

"I maybe need to get a new accountant.

(Romney para Obama, no primeiro debate da eleição presidencial)

PwC

A empresa PwC teve $ 31,5 bilhões de dólares em receitas em 2012. O aumento na receita foi ajudado pelos trabalhos de consultoria, que aumentaram 17%. Já a receita de auditoria aumentou 3%. Da receita, cerca de 12 bilhões são provenientes da Europa Ocidental e 11,5 bilhões dos EUA, informou a Reuters.

04 outubro 2012

Doutorado em Contabilidade na Unisinos

A 139ª Reunião do Conselho Técnico-Científico do Ensino Superior (CTC/ES) aprovou mais um doutorado em Ciências Contábeis:

Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Rio Grande do Sul.

A Unisinos também recebeu aprovação para o mestrado em gestão educacional, doutorado em engenharia de produção e sistemas e doutorado em psicologia.

Ademais, autorizaram mais um doutorado em administração no Rio de Janeiro (UNIGRANRIO - Universidade do Grande Rio - Prof. José de Souza Herdy).

Veja os demais cursos autorizados aqui.

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

Cruzeiro do Sul

A investigação dos motivos que levaram à liquidação do banco Cruzeiro do Sul continua revelando informações pitorescas.Segundo a Polícia Federal, Luis Octavio índio da Costa e seu pai, Luis Felippe, controladores do banco, usaram uma empresa para esconder bens que haviam adquirido ilegalmente.A empresa, batizada de Star, teve seu capital multiplicado por 160% em dois anos. O curioso é a forma como esse crescimento foi alcançado.Os índio da Costa aportaram até mesmo um Porsche Cayenne, carrão avaliado em 500.000 reais, no capital da empresa.

Fonte: Exame

Careca

Homens com cabeças raspadas são percebidos como mais masculino, dominante e, em alguns casos, possuem maior potencial de liderança do que aqueles com vastos cabelos ou com queda de cabelo, de acordo com um estudo recente realizado pela Universidade de Wharton, na Pensilvânia.

Fonte: WSJ

TIM

A TIM Participações esclareceu, em relação à nota publicada pelo colunista Lauro Jardim no Radar On-line da revista Veja, que os R$ 6,6 bilhões mencionados na coluna não correspondem a dívida, mas a contingências.

"Não há dívida de R$ 6,6 bilhões como informou o artigo. Conforme apresentado em nossas demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2011, este montante refere-se a contingências cujo grau de risco, segundo avaliação interna e de profissionais independentes, não exige provisionamento segundo as normas contábeis aplicáveis à matéria", diz o diretor de Relações com investidores da TIM, Rogerio Tostes Lima, em comunicado.

A empresa diz ainda que "todas as premissas de avaliação de risco adotadas pela companhia, que resultaram nas provisões de contigências reportadas nas suas demonstrações financeiras, inclusive aquelas de ordem tributária, foram feitas em estrito cumprimento de todas as regras contábeis aplicáveis".

Sobre a alegação de abertura de uma investigação por parte da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e da Securities and Exchange Commission (SEC), Lima diz que a companhia tem ADRs listados na NYSE e está adicionalmente sujeita aos controles e procedimentos da Lei Sarbanes-Oxley (SOX). "A Seção 404 da SOX, por exemplo, determina uma avaliação anual dos controles e procedimentos internos, que vem sendo feita regularmente, para a emissão de relatórios financeiros, entre os quais se incluem aqueles relacionados à contabilização de nossas provisões para contingências", diz.

Segundo Lima, nos exercícios financeiros de 2009, 2010 e 2011, auditores independentes executaram procedimento específicos, testando os métodos utilizados pela TIM e emitiram relatórios, sem ressalvas, atestando tanto a razoabilidade das demonstrações financeiras quanto a eficácia dos controles internos e dos procedimentos executados para a emissão dos relatórios financeiros.

Em relação à CVM, Lima diz que a TIM tem conhecimento de uma reclamação feita junto à autarquia pelo acionista minoritário JVCO Participações Ltda., empresa do grupo Docas Investimentos controlada por Nelson Tanure, a respeito do tema tratado na coluna de Lauro Jardim. Segundo Lima, a TIM já se manifestou há tempos junto à própria CVM.

"A companhia esclarece que a CVM ainda não se pronunciou acerca da reclamação feita por aquele acionista ou mesmo das informações prestadas pela companhia, que continua pronta a demonstrar a correção do procedimento adotado e das demonstrações financeiras publicadas e informadas ao mercado. Da mesma forma, a companhia não tem nenhuma informação, e nem foi solicitada pela SEC, a se manifestar acerca de qualquer procedimento ou investigação a respeito da mesma matéria", diz Lima.

O executivo diz que são absolutamente inverídicas, equivocadas e falaciosas as afirmações feitas na coluna ou mesmo na reclamação feita pela JVCO. Por isso, diz, a TIM está avaliando as medidas jurídicas a serem adotadas para a preservação dos interesses da companhia e de seus demais acionistas.


Valor de R$ 6,6 bi é contingência e não dívida, esclarece TIM - 3 de Outubro de 2012 -  Estadão.com.br

Ágio

Tudo indica que o esforço dos contribuintes para conseguir manter o benefício fiscal da amortização de ágio gerado em aquisição surtiu resultado. O texto de uma minuta da medida provisória que determinaria o fim do Regime Tributário de Transição (RTT), a qual o Valor teve acesso, traz novas regras, restringindo o uso do benefício, que reduz o Imposto de Renda (IR) e a CSLL a pagar.

A Receita Federal queria simplesmente acabar com o ágio, que tem gerado inúmeros casos de autuações bilionárias. Mas após negociações entre empresários e governo, essa solução intermediária é a que tem mais chances de prosperar.

De acordo com o Subsecretário de Tributação e Contencioso da Receita, Sandro de Vargas Serpa, a proposta de MP seria encaminhada à presidente Dilma Rousseff até sexta-feira. Serpa admite, entretanto, que o prazo poderá ser estendido, já que depende da agenda da Fazenda.

Antes da publicação, detalhes finais ainda seriam debatidos. "Esse projeto foi feito no âmbito da Receita Federal, e logicamente colhemos impressões, tivemos contato com alguns tributaristas de forma informal. Agora que a minuta está pronta, o Ministério da Fazenda chamará alguns institutos e federações para conversar em cima de algo mais concreto", disse Serpa, em um evento na semana passada.

Há certa urgência para a publicação da MP, já que alguns prazos devem ser cumpridos para que as normas entrem em vigor a partir do início de 2013. Com base na Constituição, a medida provisória deve ser publicada até o fim deste ano para ter efeitos em relação às mudanças no IR. Já em relação às contribuições, as alterações passam a ter efeitos práticos após 90 dias a contar da sua edição. Porém, a Constituição também estabelece que a MP deverá ser convertida em lei ainda neste ano para valer em 2013, caso majore o IR a pagar.

Com eleições e o julgamento do mensalão, especialistas acreditam que é improvável que isso seja possível. "O que pode acontecer é que o governo diga que não se trata de uma majoração, como aumento de alíquota ou da base de cálculo", diz o advogado Luiz Rogério Sawaya Batista, do escritório Nunes e Sawaya Advogados.

Conforme o texto, a dedutibilidade fiscal do ágio será proibida em operações dentro do mesmo grupo econômico. Outra mudança tem relação com o cálculo do ágio em si. Até 2007, ele era obtido pela diferença entre o preço pago e o patrimônio líquido contábil da empresa adquirida. Agora, fica claro que ele será composto pela diferença entre o preço de aquisição e o valor justo dos ativos líquidos comprados. "Com isso, o valor do ágio vai diminuir", afirma Sawaya. Quanto menor o ágio, menor o benefício fiscal.

Outra mudança, que ainda não estaria totalmente definida, tem relação com o prazo. Hoje o ágio é amortizado num intervalo de cinco a dez anos, a partir do momento da incorporação da empresa adquirida. Mas, na prática, quase todas as empresas usam o prazo mais curto.

Pelo texto da minuta, a amortização só começaria a ocorrer a partir do quarto ano da aquisição, também por um mínimo de cinco anos dali em diante. Com a dilatação do prazo para nove anos, o valor presente do benefício fiscal será menor.

Esse prazo de quatro anos para início da dedução foi considerado muito longo por Pedro Cesar da Silva, da ASPR Auditoria e Consultoria. "Evidentemente que o setor empresarial deverá tentar reduzir isso no Congresso", diz. Por outro lado, Silva diz que a solução "foi um alento para o setor empresarial", se for levado em conta que o Fisco queria acabar totalmente com o benefício.

O presidente da Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca), Antonio Castro, diz que o órgão não foi procurado formalmente pela Fazenda para discutir a minuta. Mas adianta que vê com preocupação a mudança no prazo para amortização do ágio. "Nesse momento, vemos com preocupação medidas que possam ser inibidoras de aquisições, porque o benefício, nesse caso, estaria sendo mandado para o futuro", afirma.

O rigor na fiscalização de operações que gerem ágio também deve ficar maior caso essa minuta seja aprovada, segundo Silva. Isso porque o texto prevê que os laudos usados na incorporação deverão ser registrados em cartório, o que não era exigido até então. Além disso, deve haver uma aceleração nos processos de incorporação que estão em curso. Isso porque o texto prevê que as incorporações feitas até 31 de dezembro de 2012 seguirão as regras já existentes.

Para Eduardo Kiralyhegy, do Negreiro, Medeiros & Kiralyhegy Advogados, a mudança no ágio deve dar fôlego à arrecadação e ao mesmo tempo inibir as operações de incorporações. "Virou uma febre fazer operação societária como forma de planejamento fiscal e ter um ganho imediato", diz. Por essa nova maneira proposta na minuta, essas incorporações terão que ser consideradas na sua essência e pensando na sua continuidade, de acordo com Kiralyhegy.

Além da questão do ágio, a MP traz todas as regras que deverão ser seguidas para apuração do lucro real, com o fim do RTT. Segundo Kiralyhegy, a minuta preserva a neutralidade fiscal. Mas em vez de se fazer os ajustes em uma declaração separada (Fcont), como ocorreu entre 2008 e 2012, passa-se a fazer agora no e-Lalur. "É uma saída razoável porque não se criou uma nova regra. Não deve elevar a carga tributária."

Além do fim do RTT, a MP traz uma definição de "receita bruta", que é base para incidência de tributos como PIS, Cofins e contribuição previdenciária. Além da receita de venda de bens e serviços, o texto considera como faturamento "as receitas da atividade ou objetivo principal da pessoa jurídica", que não sejam de vendas de bens e serviços.

Para Sawaya, o novo texto não afeta a discussão, em andamento no Judiciário, sobre o que entra na base de cálculo do PIS e da Cofins para as instituições financeiras. "Mas o novo conceito aumenta a base de cálculo das empresas que recolhem o PIS e a Cofins cumulativos pelo regime do lucro presumido", afirma.

A Receita tentou incluir um conceito de receita bruta mais amplo na Lei 12.715, mas a definição foi vetada pela presidente Dilma após reclamação de empresários, para que houvesse uma discussão mais profunda sobre o tema. Na versão vetada, seria considerado receita bruta "o ingresso de qualquer outra natureza auferido pela pessoa jurídica, independentemente de sua denominação ou de sua classificação contábil, sendo também irrelevante o tipo de atividade exercida pela pessoa jurídica".

Um assunto da minuta que ainda gera mais controvérsia entre o Fisco e as empresas é a tributação de aquisições com deságio, ou seja, quando ocorre o que os técnicos chamam de compra vantajosa. Nesse tipo de transação, o preço pago pelo comprador é inferior ao valor atualizado dos ativos líquidos recebidos.

Pela contabilidade societária, quando isso ocorre a empresa compradora deve registrar um lucro, correspondente a essa diferença, de uma única vez. A Receita entende que se aquele lucro servirá como base de pagamento de dividendos, a tributação de todo esse ganho deve ocorrer também de uma única vez.

Mas como esse é um lucro não realizado do ponto de vista de caixa, as empresas tentam convencer o Fisco de que a tributação desse ganho na compra vantajosa ocorra conforme os ativos adquiridos sejam vendidos ou baixados. "Apesar dessas operações serem mais difíceis de ocorrer, deve trazer um impacto financeiro grande para as companhias que fizerem essa operação", diz Silva, da ASPR.


Receita deve alterar regras para ágio em aquisições - 3 de Outubro de 2012 - Valor Econômico - Bárbara Mengardo, Adriana Aguiar, Laura Ignacio e Fernando Torres | De São Paulo

Revolução

Se você, leitor, não consegue se imaginar trabalhando sem uma máquina de xerox por perto, é bom se preparar: estudo recente com mais de 7,2 mil profissionais do mundo todo feito por pesquisadores do LinkedIn apontou 13 itens (inclusive o xerox) que, da mesma forma que os disquetes e a internet discada, deverão “sumir” dos escritórios nos próximos anos.

Confira a lista:

Gravador de fita;
Fax;
Arquivos com fichas de papel;
Horário de trabalho padrão;
Telefone de mesa;
Computadores de mesa;
Roupa de trabalho formal (terno, gravata etc);
Escritório especial para gerentes/executivos;
Cubículos;
Pen-drive;
Escritórios com porta;
Cartão de visita;
Máquinas de xerox (em tempo: o termo mais preciso é “fotocopiadora”; “xerox” é uma marca).

Fonte: Alexandre Alcantara