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12 outubro 2011

Governança Corporativa: Conselheiros mais ocupados

É um mundo pequeno onde vivem os conselheiros de administração de companhias de capital aberto brasileiras. Essa é a constatação de estudo feito por Wesley Mendes da Silva, professor e pesquisador do departamento de Contabilidade, Finanças e Controle da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Mendes da Silva analisou a composição dos conselhos de 415 empresas não financeiras listadas na BM&FBovespa no período 1997-2007. Identificou que um número pequeno de pessoas está espalhado nos conselhos de diversas companhias. Esse grupo tem presença marcante como conselheiros e alguns laços que os unem. Esses profissionais vêm das mesmas escolas, notadamente USP ou PUC-Rio, trabalharam juntos, em outras companhias ou no governo, ou se conhecem de outros conselhos.

Ao longo dos 11 anos estudados, o pesquisador identificou que os conselheiros que compõem essa rede a principal de relacionamentos tem destacada reputação e representam acesso a recursos, experiência ou conhecimento. “A difusão das informações no âmbito corporativo está acontecendo em velocidade mais acelerada que no passado”, explica Mendes da Silva. Em tese, como os integrantes estão interligados, as informações sobre as empresas tendem a circular em velocidade mais acelerada.

Nos últimos anos, ele avalia, aumentou essa chamada “força de mundo pequeno” (“small world”, na expressão em inglês), termo usado para classificar atual rede de relações existente entre conselheiros das diversas empresas. No entanto, diante do histórico ainda pequeno para pesquisa, não é possível criar conclusões sobre aspectos positivos e negativos dessa característica.

Pela teoria, o processo de contágio entre os integrantes se dá por conta das constantes reuniões e da divisão de conhecimentos e ideias possivelmente obtidas em outro conselho, a partir da discussão com outros colegas. As relações entre conselheiros têm impacto no fluxo de informações entre as empresas e mudanças na estrutura das redes tendem a ter consequências importantes para as estratégias, inclusive as financeiras, adotadas pelas organizações.

Marco Geovanne Tobias da Silva, diretor de participações da Previ, fundo dos funcionários do Banco do Brasil, destaca que nos últimos anos muitas novas companhias acessaram a bolsa com uma estrutura de governança do Novo Mercado. “Naturalmente, houve um aumento de posições para conselho de administração e fiscal. Mais de cem companhias abriram capital nos últimos anos. Essa pode ser também uma das razões para o aumento das interconexões, já que alguns conselheiros passaram a ser mais procurados”, diz.

Ao mesmo tempo, ele ressalta que a tendência de profissionalização de conselheiros está ao mesmo tempo se consolidando, em função da certificação oferecida pelo Instituo Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC).

A pedido do Valor, o professor Mendes da Silva atualizou a lista de conselheiros em 2010 – Geovanne, da Previ, que não aparecia em 2007, está entre os mais ocupados. Ele está nas empresas representando os cotistas de seus fundos e, ao comparar a lista de 2007 e 2010 é possível notar um aumento de investidores acumulando conselhos: Guilherme Affonso Ferreira (Bahema) Antonio Carlos Bonchristiano (GP Investimentos), Luiz Alves Paes de Barros (Poland) e Pedro Andrade de Faria (Tarpon).



Outras figuras conhecidas mantêm-se entre os conselheiros mais procurados, como os ex-ministros Maílson da Nóbrega e Alcides Tápias. Também aparecem executivos que acumulam conselhos de um mesmo grupo de empresas, com Britaldo Soares, na AES e vários que estão nos conselhos das empresas X, caso do próprio Eliezer e Eike Batista, Samir Zraick e Paulo Barbosa Monteiro Filho.

Geovanne conta que a Previ costuma indicar conselheiros para empresas, não apenas de capital aberto, em que investe. “Preferencialmente indicamos funcionários aposentados do Banco do Brasil. Eles mesmos podem ser um “small world” no mundo dos conselhos. Eles já estão acostumados com a nossa metodologia, tem requisitos acadêmicos, profissionais e de gestão”, afirma Geovanne.

Ele destaca que a Previ pode ser considerada uma referência no mercado para os conselheiros. Apenas em 2010, o fundo indicou 167 pessoas para atuar como suplentes e conselheiros de administração fiscal em companhias fechadas ou abertas.

O ex-ministro Alcides Tápias está em seis conselhos de administração – manteve esse número nas contagens referentes a 2007 e 2010. Para ele, as relações entre os conselheiros, bem como as experiências acumuladas em outras empresas são observadas pelas companhias no momento de fazer convites para novos conselheiros.

“O fato de estar ou de ter passado por vários conselhos ajuda porque os mesmos problemas surgem com roupas diferentes. Se eles forem semelhantes, você já consegue imaginar quais seriam as soluções”, diz.

Após 40 anos no Bradesco, onde entrou como contínuo e chegou à vice-presidência, Tápias foi presidente do grupo Camargo Corrêa antes de ser ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do governo FHC, 1999 a 2001. Logo após deixar o ministério e apesar de ter o Bradesco em seu DNA, Tápias foi convidado pelos Setúbal para, no ano seguinte, integrar o conselho do Itaú.

“Atuo com toda a independência, até mesmo porque, quando fui para o Itaú já estava longe do Bradesco há mais de três anos, tempo suficiente para que você não tenha mais conhecimento de nenhuma informação privilegiada ou estratégica sobre a companhia”, diz Tápias.

O cuidado da quarentena é comum aos diversos conselheiros, assim como o de não atuar, ao mesmo tempo, em empresas do mesmo setor, o que é inclusive sugerido pelo IBGC.

“Não é possível negar que práticas são disseminadas por meio dessas redes corporativas”, afirma Heloisa Bedicks, superintendente do IBGC. De acordo com ela, o que é preciso é analisar se essa atitude será construtiva ou não para empresa.

“Uma empresa do setor aéreo pode estar adquirindo um produto ou serviço de um fornecedor internacional a um preço determinado e pode obter informações importantes que a levem a conseguir um preço melhor”, diz Heloísa, citando um exemplo de uso produtivo da troca de informações entre conselheiros.

Ela defende que, independentemente dessas conversas, o conselheiro precisa cumprir sua função e analisar com cuidado as ideias antes de sugeri-las durante uma reunião na empresa. “Não é porque empresas estão obtendo vantagens com determinada estratégia que devo apresentá-la a outros conselhos”, alerta.

Fonte: Ana Paula Ragazzi e Ana Luísa Westphalen, Valor Economico

Faltam contadores para atender o mercado

Atualmente há no País cerca de 500 mil profissionais inscritos no conselho da categoria; segundo especialista, se o número fosse 50% maior ainda assim todos estariam empregados

Profissionais de contabilidade estão entre os mais disputados do mercado brasileiro. Mas não é só no Brasil. A demanda por estes profissionais é tão grande que vários países, entre eles a Austrália, Espanha, Estados Unidos e a Coréia do Sul, estão importando profissionais para trabalharem em suas empresas. '"Só a Austrália abriu duas mil vagas para profissionais da contabilidade de fora do país'", diz o professor e doutor em contabilidade da Universidade de São Paulo (USP) José Carlos Marion.

Hoje no Brasil existem cerca de mil cursos de contabilidade. Apenas administração tem mais cursos no País. E ainda há mercado para muitos mais. Segundo Marion, que esteve na quarta-feira proferindo uma palestra durante a Semana de Estudos Contábeis promovida pela Universidade Estadual Norte do Paraná, com o apoio do Sescap-Ldr, há no Brasil 500 mil contadores inscritos no Conselho Federal de Contabilidade. Mas, conforme Marion, se este número fosse 50% maior, ainda assim todos estariam empregados. '"É um dos cursos universitários com maior empregabilidade do mercado. É raríssimo encontrar um contador desempregado'", comenta Marion.

A valorização do profissional de contabilidade aumentou significativamente a partir do crescimento do mercado e do aparecimento de novas tecnologias que exigem um profissional cada vez mais qualificado para a função. '"Há um bom tempo o contador deixou de ser o 'guarda-livros''. Hoje ele é um consultor empresarial e dos mais requisitados. E o motivo é evidente. É o contador que dispõe de todos os números da empresa. Portanto, na hora de ampliar o negócio, redirecionar o posicionamento da empresa, decidir se é o momento de abrir filiais ou não, o empresário é assessorado pelo contador", explica o presidente do Sindicato das Empresas de Consultoria, Assessoria, Perícias e Contabilidade de Londrina - Sescap-Ldr, Marcelo Odetto Esquiante.

O professor José Carlos Marion dá outros números que reforçam esta procura por profissionais da contabilidade. Segundo ele, duas disciplinas são as que mais reprovam candidatos em concursos públicos: língua portuguesa e contabilidade. Ou seja, o contador leva certa vantagem sobre os demais concorrentes nestes concursos.

"O profissional de contabilidade não trabalha apenas a organização dos números da empresa. Até recentemente, todas as empresas com faturamento superior a R$ 300 milhões/ano, eram obrigadas a realizar auditorias internas e externas. Com o crescimento econômico, já são mais de dez mil empresas com esse faturamento no Brasil. E este trabalho é executado por contadores", explica Marion.

Outro fator que está mudando este mercado é a implantação do Padrão Internacional de Contabilidade por vários países. O objetivo é harmonizar as regras para que todas as empresas apresentem números claros em seus balanços sendo entendidos independentemente do país de origem.

Os países da União Européia deram início a implantação das normas internacionais em 2003 e os Estados Unidos prevêem que até 2014 também estarão adequados às normas. No Brasil todas as empresas de capital aberto já são obrigadas a seguir as novas regras. No setor público as normas devem ser implantadas até o final do próximo ano. "É um novo mercado. É a globalização da contabilidade e dos profissionais da contabilidade", comenta o presidente do Sescap-Ldr, Marcelo Esquiante.

Fonte: Sindicato das Empresas de Consultoria, Assessoria, Perícias e Contabilidade de Londrina - Sescap-Ldr via CFC

O fim da ilusão do Bric

Marcelo Coutinho
O Globo, 9/10/2011

Em 1499, Américo Vespúcio passou próximo à costa norte da América do Sul, a caminho das Índias Ocidentais, como então era chamado o continente americano. Só anos depois, quando o navegador florentino regressava de uma viagem ao Brasil, concluiu que não podíamos ser um prolongamento da Ásia.


Mesmo após tal descoberta, o termo Índias Ocidentais continuou a ser utilizado pela Companhia Holandesa, entre outras. Responsável pela ocupação do Nordeste brasileiro no século XVII, essa empresa desenvolveu uma organização mais capitalista no comércio internacional, cuja origem antiga remonta às redes fenícias de cidades mercantes, centenas de anos antes de Cristo.

Os Países Baixos apenas iniciariam a transição do mercantilismo para os mercados modernos. Estes se globalizaram, se desglobalizaram e se globalizaram novamente. Mas nunca estiveram tão perto de ver a Ásia predominar. Estamos entrando na Era do Dragão. E talvez em um neomercantilismo.


Países como China e Índia se distanciaram muito daquelas antigas fontes de bens primários e bugingangas. A Chíndia exporta também em massa produtos e serviços de alta qualidade. Não há nenhum outro país ou região comparável. O acrônimo Bric equivale à confusão criada com as Índias Ocidentais na geografia comercial.
O Brasil voltou a ser confundido com a Ásia. Ninguém acredita que somos a costa oriental do Sudeste Asiático como na época de Vespúcio, mas de alguma forma nos igualamos a partir de uma invenção do sistema financeiro. Sonhamos em ser um dos grandes emergentes que dominarão a economia no mundo. É o nosso excepcionalismo.


Quanto mais cedo despertarmos, melhor. Em comum com a Chíndia, o Brasil tem apenas o tamanho. Nos últimos três anos, crescemos em média 1/3 do que cresceram as potências orientais. Por outro lado, quando o Ocidente entrou em recessão em 2008, acompanhamos a queda, ainda que numa intensidade menor (-0,6%). O mesmo ambiente de forte desaceleração parece acontecer agora no fim de 2011.

Em matéria de dinamismo econômico, o Brasil é um país dividido. Seus setores industriais mais avançados seguem padrões ocidentais de derretimento. Já os setores tradicionais ligados às commodities ancoram-se na demanda do Oriente. O resultado é um crescimento intermediário entre os dois grupos, porém mais próximo dos baixos níveis dos países já desenvolvidos.

A pauta do que exportamos se concentra nos itens básicos. Somos menos diversificados do que éramos há dez anos. A substituição dos EUA pela China não trouxe vantagens. A indústria nacional desenvolveu dependência estrutural das importações, de modo que mudanças abruptas no câmbio não ajudam, mesmo quanto ocorre desvalorização.

O peso do Brasil no comércio é residual e vem caindo. O Brasil responde por 1% do fluxo comercial global, ou seja, bem menos do que há 50 anos, e um décimo hoje da Chíndia, com seus 2,5 bilhões de pessoas. Por sua vez, a importância brasileira no PIB do mundo em PPP representará em 2011 só 1/6 da participação chinesa e 40% da indiana. O mero ranqueamento que nos coloca entre as maiores economias gera, como se percebe, falsas impressões.

Se o critério utilizado para o acrônimo da Goldman Sachs é político, a situação fica ainda mais complicada. China e Índia têm armas nucleares, a primeira é autoritária e a segunda tem indicadores sociais piores que os do Maranhão. A China não apoia nosso assento fixo na ONU. A Índia encontrou sozinha aprovação dos EUA. As visões na OMC tampouco coincidem. Isso tudo sem falar da Rússia.

O fim da ilusão chamada Bric não deve estimular, todavia, comportamentos orientalófobos. O novo protecionismo pune os consumidores sem gerar compensações à altura em empregos locais. Mal ou bem, os asiáticos são agora atores imprescindíveis. Constatar que não somos a extensão deles é o início para nos inserirmos conscientes das novas rotas do comércio, da nossa menor importância relativa e dos desequilíbrios na condição de global players. Não somos China nem Índia ocidentais.

11 outubro 2011

Rir é o melhor remédio


Fonte: Aqui

Links


Consumo conspícuo

Cards que valem mais de 1 milhão (foto)

Avião dos sonhos dos milionários (dica, Ed Jr)

Ambiente Regulatório

Aumenta o spread bancário no Brasil

O que falta para a Constituição entrar em vigor

Contabilidade

Trem da RFFSA era vendido como sucata

Novas regras contábeis alteram a cultura da empresa

Valor Econômico: Auditoria e consultoria nas big four

Crime

Pistoleiro forja crime com Ketchup (dica de Alexandre Alcantara)

Estudante admite que não criou o logo da Apple mais Jobs

Curiosidade

África do Sul empata no futebol, comemora a classificação mas não leram o regulamento sobre o critério de desempate e ficaram de fora

Efeito McGurk sobre os sentidos

Gráficos inusitados

Nobel

Os favoritos ao Nobel de Economia

Mas os ganhadores foram esses (aqui também)

Niels Bohr dissolveu a medalhas do Nobel

O resultado do Nobel de Literatura vazou (efeito sobre as apostas)

Relembrando alguns aspectos das regras ABNT

Normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas): NBR 14724 (trabalhos acadêmicos), NBR 10520 (citações em documentos) e NBR 06023 (referências – elaboração).



Hoje vamos relembrar alguns pontos importantes das normas da ABNT que estão vivas e vigorosas:

- Ilustrações (quadro, desenho, gráfico, ilustração, etc.): A identificação aparece na parte superior (ex. Quadro 1: Relação de blogs de contabilidade). Após a ilustração, deve haver a indicação da fonte consultada - inclusive quando elaborada pelo próprio autor. Legendas, notas e observações também vêm após a ilustração. Tudo isso com fonte em pontuação menor que a do corpo do trabalho (Por exemplo, formate em Times New Roman tamanho 10). Observe ainda que: um trabalho acadêmico é formatado com espaçamento 1,5 entre linhas. Todavia, para as ilustrações, seus títulos e observações, o espaçamento é simples.

- Tradução: quando a citação incluir texto traduzido pelo autor, deve-se incluir, após a chamada da citação, a expressão tradução nossa, entre parênteses. [Exemplo: “para tamanhos amostrais suficientemente grandes, a violação da premissa de normalidade é virtualmente inconsequente.”(BROOKS, 2002, p. 264, tradução nossa)]. Além disso é aconselhável colocar o texto original (sem tradução) na nota de rodapé.

- A nota de rodapé tem a segunda linha alinhada à primeira letra da primeira linha (de forma a destacar o expoente). Deu pra entender? Isso é uma configuração feita com a régua no programa Word. Se precisar, nos peça ajuda nos comentários que explicaremos melhor. Ademais, o espaçamento entre linhas é simples e em pontuação menor que a do corpo do texto. (O corpo do seu trabalho é formatado com a fonte Times New Roman, tamanho 12. Assim, a nota de rodapé deverá ser formatada em Times New Roman tamanho 10, por exemplo).

- Quando se utiliza citação direta, é obrigatório colocar o número da página, assim: (SILVA, 2011, p. 65), por exemplo. E para página é só um P ok? “p.” e não “pg.”.

- et al (quando existem mais de três autores) e apud (citado por) não são formatados em itálico. Nas referências também não se coloca itálico para nomes estrangeiros.

- Os títulos, sem indicativo numérico [agradecimentos, lista de ilustrações, lista de abreviaturas e siglas, resumos, sumário, referências, apêndice(s), anexo(s)] devem ser centralizados.

- Nas referências você destaca o nome da revista (ou journal) e não do artigo. Em livros, o título principal é destacado (e o subtítulo não) . Em congressos você destaca “Anais...” (ou anais eletrônicos...). Verifiquem bem as regras. A separação entre um autor e o outro é feita por ponto e vírgula.

Exemplos:

Revista: RODRIGUES, Fernanda Fernandes; DE MEDEIROS, Otávio Ribeiro. Questionando Empiricamente a Validade do Modelo Fleuriet. Revista de Administração e Contabilidade da Unisinos, v. 1, n. 2, p. 25-32, 2004.
[Perceberam a ordem? Autores - Título do Trabalho - Nome da Revista (em negrito) - Volume ("v.") - Número ("n.") - Páginas ("p.") - Ano de Publicação].

Livro: VOGELVANG, B. Econometrics: theory and applications with EViews. Inglaterra: Pearson, 2005. [Como comentamos, quando o título é "composto" (título e subtítulo), apenas o título principal recebe destaque].

Dissertação: FERNANDES, Bruno Vinícius Ramos. Evidências de bolhas de preços no mercado acionário brasileiro. 2008. 99 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Contábeis) – Programa Multiinstitucional e Inter-Regional de Pós-Graduação em Ciências Contábeis da Universidade de Brasília, Universidade Federal da Paraíba e Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2008.

Congresso: LUSTOSA, Paulo Roberto Barbosa. A (in?) justiça do valor justo: SFAS 157, Irving Fisher e Gecon. In: CONGRESSO USP DE CONTABILIDADE E CONTROLADORIA, X., 2010, São Paulo. Anais eletrônicos... São Paulo: 2010. Disponível em: http://www.congressousp.fipecafi.org/artigos102010/172.pdf. Acesso em: 2 fev. 2011.

Blog: SILVA, César Augusto Tibúrcio. Congresso USP 4 (27 Abril 2010). In: Contabilidade Financeira (blog). Disponível em: http://contabilidadefinanceira.blogspot.com/2010/04/congresso-usp-4.html. Acesso em 20 nov. 2010.


LEI:

É trabalhoso citar lei, mas se faz assim:

No texto:
A lei 11.638 (2007) e a lei 11.941 (2009) alteraram a Lei das Sociedades por Ações (BRASIL, 1976).

Nas referências:
BRASIL. Lei n.º 11.638 de 28 de dezembro de 2007. Altera e revoga dispositivos da Lei n.º 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e da Lei n.º 6.385, de 7 de dezembro de 1976, e estende às sociedades de grande porte disposições relativas à elaboração e divulgação de demonstrações financeiras. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 28 de dez. 2007. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11638.htm. Acesso em 10 jan. 2011.

BRASIL. Lei n.º 11.941 de 27 de maio de 2009. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 28 de maio 2009. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/lei/l11941.htm. Acesso em: 11 jan. 2011.

BRASIL. Lei n.º 6.404 de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as sociedades por ações. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 15 de dez. 1976. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6404consol.htm. Acesso em: 12 jan. 2011.

Você tem alguma dúvida ou quer ressaltar algo sobre a ABNT? Participem nos comentários!

Por Isabel Sales.

Petrobras e PDVSA


Sobre a parceria entre a Petrobrás e a PDVSA, eis uma notícia interessante:

A estatal brasileira cobra da PDVSA o pagamento até 30 de novembro de 40% do que já gastou na obra. Mas, antes de quitar a dívida, a companhia da Venezuela pretende esmiuçar a prestação de contas que será apresentada pela parceira do Brasil. 


Firmada em 2005 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez, a aliança entre Petrobrás e PDVSA acaba de receber o aval do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A instituição aprovou as garantias apresentadas pelos venezuelanos para participar de 40% da sociedade empresarial que constrói a refinaria. 


Agora, a Petrobrás quer receber os 40% do dinheiro que já gastou, fora os valores do empréstimo de R$ 10 bilhões contraído em 2009 no BNDES. 


Nos contatos com a parceira, a companhia estatal da Venezuela reconhece a condição de devedora, mas avisa que checará os valores fixados. A Petrobrás ainda não revelou o total das despesas que teve. 


Assim que o fizer, a PDVSA planeja examinar a razão dos gastos e as fórmulas que embasaram os cálculos. Ao longos dos últimos anos, Petrobrás e PDVSA já discordaram dos valores de compra de equipamentos. (...)


Em julho, o Estado revelou que a estatal da Venezuela questionava, nas mesas de negociação com os representantes da Petrobrás, os custos apresentados para a construção da refinaria. Em 2006, quando do anúncio da parceria, o empreendimento foi orçada em US$ 4,4 bilhões. Hoje, extraoficialmente, a Abreu e Lima custará cerca de US$ 15 bilhões. 


A exigência do pagamento de 40% dos gastos foi repetida na semana passada pelo diretor de Abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa. Ao Estado, o executivo disse que não basta à PDVSA, para ser aceita na sociedade que constrói a refinaria, ter apresentado as garantias bancárias que a habilitam a participar do negócio. Será preciso pagar o equivalente a 40% do dinheiro gasto pela Petrobrás até agora. E a data-limite é o próximo 30 de novembro. 


Costa não disse qual será o valor. Segundo ele, as quantias ainda estão sendo avaliadas. No primeiro semestre deste ano, a Petrobrás calculou que o dinheiro do BNDES acabaria em agosto. O mercado avalia que, passados dois meses, pelo menos mais US$ 1 bilhão (cerca de R$ 1,8 bilhão) já foi gasto pela brasileira. 

É estranho que os valores gastos ainda não estejam prontos. Seria uma forma da empresa E como o prazo é 30 de novembro para a PDVSA participar com as garantias, e dado que os valores ainda não foram estimados, isto é sinal de problemas adiante.

(Foto: Chavez, presidente da Venezuela, e o presidente da Petrobras, aqui)

Convenção

Entre 13 e 15 de novembro irá ocorrer na Bahia a 10a. Convenção dos Contabilistas. Será em Ilhéus. A programação, e outras informações, encontra-se aqui

TCU fiscaliza o lucro

O Tribunal de Contas da União (TCU) baixou um acórdão estabelecendo o teto de Bonificação e Despesas Indiretas (BDI) para serviços e obras públicas de engenharia. O BDI é a soma do lucro, dos impostos e das despesas indiretas que um empreendedor tem na obra. Junto com os custos diretos, ele compõe o preço global do empreendimento. (...) 

TCU aponta teto para lucro em obra pública - Valor Econômico (via aqui) - 7 out 2011 - Imagem aqui

O TCU adota uma estratégia errada. Em lugar de batalhar para aumentar o número de concorrentes participantes numa obra pública, a imposição de regras e tabelamentos de lucro é nociva. Parece uma visão arcaica de que o lucro é algo imoral.

Influentes


Na eleição dos 100 contadores mais influentes, Albrecht faz um destaque interessante sobre as pessoas constantes da lista. Nos últimos anos quatro tipos de profissionais eram lembrados: executivos de grandes empresas de CPA; reguladores governamentais; executivos da AICPA; e CEO de grandes empresas relacionadas ao trabalho do contador.

Na versão do último ano aparece uma nova categoria: professores e blogueiros.

(Agradeço ao Pedro Correa pela lembrança).

Imagem: aqui

Inflação aumenta a receita do governo


Um texto do Estado de São Paulo (Governo 'ganha' R$ 10 bi com inflação. Fabio Graner, Adriana Fernandes) mostra que o aumento da taxa de inflação pode ajudar na obtenção da meta fiscal, aumentando a receita entre 6,5 bilhões a 10 bilhões. Em doze meses a inflação já atingiu a 7,31%, apesar a projeção entre 4 a 6%.

Ao encarecer os produtos, a inflação aumenta a base de tributação, ajudando a arrecadação federal, ao mesmo tempo em que reduz o poder de compra da população. O impacto também se dá na despesa do governo, mas esse movimento não ocorre na mesma intensidade e velocidade, deixando no curto prazo um saldo fiscal mais favorável para as contas públicas.

Entretanto, esta estratégia é arriscada e pode trazer problemas no médio e longo prazo.

Os tributos mais sensíveis à inflação são a Cofins e o PIS. Mas a inflação também tem impacto sobre outros indicadores, como a taxa Selic, que tem influência direta, por exemplo, na arrecadação do Imposto de Renda sobre ganho de capital nas operações financeiras.


Imagem: aqui

Como os vencedores do Prêmio Nobel de Física descobriram a aceleração cósmica?

O Prêmio Nobel de Física de 2011 foi atribuído conjuntamente a três cientistas que descobriram que a expansão do universo está acontecendo de maneira acelerada. Esse fenômeno é atribuído a uma força misteriosa chamada de energia escura. E como é que os cientistas descobriram isso?

Desde os anos 90, os vencedores do Nobel, os físicos Saul Perlmutter, Brian Schmidt e Adam Riess, estudam as supernovas do tipo Ia – as violentas explosões resultantes da morte de estrelas anãs brancas.

Quando uma estrela de pequena massa (como o nosso sol) funde todo seu hidrogênio em hélio, ela se expande em uma gigante vermelha e começa a fundir o hélio em carbono e oxigênio. Então, a estrela lança suas camadas exteriores formando uma nebulosa planetária, deixando para trás o denso núcleo de carbono e oxigênio. Este núcleo morto é chamado de anã branca, que normalmente tem o tamanho da Terra com a mesma massa do nosso sol.

Se uma anã branca tem uma companheira estelar, ela pode sugar material de seu vizinho. Com o acréscimo de matéria na anã branca, a pressão e a densidade também aumentam e a temperatura fica maior. Quando a anã branca acresce muito material a si mesma, a temperatura aumenta dramaticamente até acontecer uma violenta explosão estelar, conhecida como supernova.

Supernovas do tipo Ia são úteis para os astrônomos por causa das semelhanças em suas curvas de luz, que são gráficos da intensidade de uma certa onda eletromagnética de um objeto celeste em função do tempo. As supernovas do tipo Ia são tão parecidas que os astrônomos usam essas explosões como uma “vela padrão” para medir as distâncias de objetos no universo.

Os vencedores do Nobel de Física mediram a maneira como a luz de supernovas Ia se distorciam para ver a rapidez com que as galáxias estão se afastando umas das outras. Em outras palavras, o quão rápido o universo está se expandindo.

A partir da análise da cor luminosa, em que foi observado que a luz percorria uma distância maior por um maior período de tempo, foi concluído que todas as estrelas, galáxias e aglomerados de galáxias estão se movendo cada vez mais rápido.

Ao contrário do que pode se induzir, a expansão do universo não está se abrandando devido à gravidade. Os astrônomos acreditam que há outra força misteriosa por trás do comportamento inesperado do universo: o que eles chamam de energia escura.

Postado por Isabel Sales. Fonte: Aqui.

10 outubro 2011

Rir é o melhor remédio

Refeição: ruim do lado esquerdo e balanceada do lado direito.

Nobel por país

A figura (clique nela para ver melhor) mostra o prêmio Nobel por país e por tipo. Nos últimos anos os Estados Unidos dominam os prêmios de física, química, medicina e economia (os quatro primeiros). O prêmio de literatura e da paz, de escolha mais subjetiva e política, não tem um país dominante.

A Suécia vencia muitos prêmios no início, talvez pelo caráter mais regionalista da distribuição. Nos últimos anos apareceu o Japão, a Rússia e a China, nos prêmios científicos.

Periódicos

Como os periódicos brasileiros de contabilidade julgam os artigos submetidos? Um artigo recente (Avaliação de Artigos Científicos: uma análise de formulários utilizados em periódicos da área de contabilidade e finanças no Brasil, Revista de Contabilidade do Mestrado em Ciências Contábeis da UERJ, Bruno Vinícius Ramos Fernandes, José Marilson Martins Dantas, César Augusto Tibúrcio Silva e Claudio Moreira Santana, v. 16, n. 2, p. 2 - p. 12, maio/ago., 2011), mostra algumas coisas interessantes, a partir da ficha de avaliação:

Todas as fichas analisadas possuíam critérios subjetivos de avaliação, dentre estes 69% são sugestões de pontos fortes e fracos e 75% sugestões de alterações e comentários sobre o título, resumo ou conteúdo do artigo. Três periódicos possuíam avaliação totalmente subjetiva: Contabilidade, Gestão e Governança; Revista Brasileira de Finanças e Revista de Contabilidade do Mestrado em Ciências Contábeis da UERJ.


A maioria dos periódicos analisados recebem as avaliações dos avaliadores via e-mail, cerca de 69%, o restante 31% utiliza sistema on-line de avaliação, o que possivelmente agiliza o processo de avaliação.


(...) Nos critérios de avaliação objetiva verificou-se que 31% dos formulários analisados possuíam alguma preocupação quanto ao título e análise de dados, principalmente com relação ao segundo pode ser considerado um baixo percentual, visto que grande parte dos artigos submetidos a estes periódicos são quantitativos e necessitam de análise de dados. Em torno de 44% das fichas exigiam avaliação do resumo e da originalidade do artigo, sendo este quesito importância para a contribuição do trabalho ao desenvolvimento da ciência.


Metade das fichas possuía tópico de avaliação sobre a qualidade da redação e organização do texto e a qualidade do referencial teórico utilizado, 63% continham o tópico “contribuição do artigo a aplicação de conhecimento para a área” e avaliação sobre a metodologia utilizada contendo propriedade, qualidade e nível de sofisticação.


Por fim, 69% questionam sobre a atualidade do tema e 75% sobre as conclusões, seu fundamento e coerência. Observa-se, pois, a preocupação dos periódicos quanto às conclusões que das pesquisas que os artigos apresentam e a atualidade do tema abordado, e menor preocupação com a originalidade, tal aspecto releva que temas da moda ou já encontrados podem ter seu lugar de divulgação. (...)

Mensuração de ativos biológicos

Relevantes discussões estão, ainda, acontecendo no Brasil quanto à mensuração a valor justo, principalmente, quando falamos de ativos biológicos.

Ativos biológicos: talvez este seja o principal desafio para as empresas brasileiras que atuam neste segmento, ou seja, na transformação biológica de animais vivos ou plantas para a venda. A mensuração dos ativos biológicos durante o período de crescimento, produção e procriação é o grande desafio a ser vencido pelas empresas.

Conforme definido, os ativos biológicos estão divididos em consumíveis, que são gados destinados a produção de carne, gado para venda, plantação de milho, trigo e árvores para obtenção de madeiras. Já os ativos de produção não são diretamente consumíveis, por exemplo: gado leiteiro, árvores de fruto e árvores para produção de lenha sendo que as matrizes permanecem ainda vivas.

Na atividade agrícola, as mudanças físicas de um animal ou planta aumenta ou diminui diretamente os benefícios econômicos da empresa, pois essas mudanças aumentam o estágio de maturidade desses ativos, tornando-os mais valiosos para os negócios empresariais.

Antes da vigência da norma que trata de ativos biológicos, o custo histórico era o critério contábil adotado pelas empresas. Por exemplo: uma empresa de reflorestamento não poderia reconhecer quaisquer resultados até que fosse feito o primeiro desbaste e a sua respectiva venda. Todavia, conforme estabeleceram as normas – IAS (International Accounting Standard 41 e CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis) 29 - os ativos biológicos são inicialmente mensurados a valor justo, e não mais a valor histórico. Isto quer dizer, também, que a cada encerramento de exercício a empresa deve avaliar os seus ativos utilizando a mesma metodologia do valor justo, de modo a reconhecer o valor do ajuste diretamente no resultado do exercício. O principal dilema da administração é decidir qual a metodologia para apurar o valor justo, ou seja, quais as técnicas de mensuração, haja vista que os ativos biológicos são provenientes de várias espécies e formas como: plantas, árvores de frutos, arbustos, reflorestamentos, gado produtor de leite, gado para corte, aves, peixes, porcos e etc.. Em alguns casos o mesmo ativo biológico pode gerar diferentes produtos agrícolas. Por exemplo: o eucalipto pode gerar carvão ou ser utilizado na produção de celulose, interferindo diretamente no cálculo do valor justo.

Outro ponto importante a destacar, é que esses ativos geram, naturalmente, produtos agrícolas como troncos, leite, frutos, folhas, etc., que por outro lado, após o processamento, resultam em novos produtos. Portanto, a mensuração a valor justo é fundamental para se ter demonstrações contábeis apresentando maior consistência com o novo conjunto de práticas contábeis adotados no Brasil.
Segundo, ainda, a IAS 41 e o CPC 29:

“Valor justo é a quantia pela qual um ativo pode ser trocado, ou liquidar um passivo, entre partes conhecedoras e dispostas a isso, numa transação em que não há relacionamento existente entre as partes”.

As atividades agrícolas cobrem, ainda, diferentes atividades, tais como: silvicultura (método natural e artificial de regenerar e melhorar as florestas naturais), safra anual que dure muitos anos, cultivo de pomares e floricultura. As principais características desta diversidade incluem a capacidade de alterações, ou seja, os animais e as plantas são capazes de transformação biológicas. A gestão dessas alterações pode facilitar e melhorar a qualidade pelo aumento ou estabilização do processo. Portanto, a gestão distingue a atividade agrícola de outras atividades similares. Exemplificando: pesca em alto mar não é uma atividade agrícola, pois ela não sofre um processo de gestão, ela surge naturalmente.

A transformação biológica resulta em alterações dos ativos por meio de crescimento que representa o aumento da quantidade ou aprimoramento na qualidade de um animal ou planta; esses ativos podem, também, diminuir sua qualidade (no caso de animal ou planta) e/ou quantidades, por degeneração.

Lembramos, todavia, que a empresa somente pode reconhecer ativo biológico, quando ela detém o seu controle e que eles possam gerar benefícios econômicos futuros para a empresa, mediante a entrada de caixa ou equivalente de caixa (IAS 41 e CPC 29).

Como comentado anteriormente, o ativo biológico deve ser inicialmente e em cada fechamento de balanço patrimonial mensurado pelo seu valor justo menos os custos estimados no ponto de venda. Os custos no ponto de venda incluem comissões, taxas de agências reguladoras, bolsas de mercadorias e não incluem custo de transportes e outros necessários para levar os ativos para o mercado.

Se existir um mercado ativo para o ativo biológico, o preço cotado neste mercado pode ser a base apropriada para determinação do valor justo. Entretanto, caso existam diferentes mercados a empresa deve utilizar o mais relevante.

Em algumas situações o valor de mercado pode não ser facilmente encontrado para determinados ativos, no estágio em que se encontram. Nesta situação, a empresa pode utilizar o cálculo de valor presente dos fluxos de caixa líquidos descontados por uma taxa, na determinação do valor justo, o que não é muito simples de se apurar, podendo, em alguns casos, levar a uma certa dose de subjetivismo por parte dos administradores, que são sempre otimistas, por tendência natural de sua função.

É importante, também, comentar que os efeitos apurados à valor justo têm os seus reflexos iniciais nos registros contábeis das empresas, no ativo não circulante, no patrimônio líquido e os correspondentes impostos diferidos; todavia, os efeitos posteriores devem afetar o resultado do exercício. Um cuidado especial que deve ser avaliado pela administração, são os efeitos dos dividendos sobre tais ajustes.

Em face das premissas que envolvem a mensuração a valor justo, quando trata-se da transformação dos ativos biológicos, em produtos agrícolas, surge a seguinte situação problema, que merece ser melhor estudada por todos os profissionais que se interessam pelo tema:

Como apurar corretamente o valor justo que permitem às empresas que exploram atividades agrícolas a reconhecer e mensurar os seus ativos por esse valor no inicio das atividades de transformação e, também, nas suas fases de maturação, de modo a que os valores contabilizados estejam confiavelmente mensurados.

Considerando que os objetivos da IAS 41 e CPC 29 é o de estabelecer, entre outros, o tratamento contábil, eles orientam as empresas a divulgar em nota explicativa os métodos e os pressupostos significativos aplicados na determinação do valor justo de cada um dos produtos no ponto de colheita e de cada um dos grupos biológicos.


A empresa deve, também, divulgar uma reconciliação das alterações dos valores contabilizados dos ativos biológicos no inicio e no final do exercício, informando as seguintes alterações:
O ganho ou a perda proveniente de alterações no valor justo menos os custos estimados no ponto de venda;
Aumentos dos ativos adquiridos no exercício;
As diminuições atribuíveis a vendas e a ativos biológicos classificados como detidos para venda;
Diminuições pelas colheitas;
Finalizando, os profissionais brasileiros, talvez sejam aqueles que mais podem contribuir com a comunidade internacional em modelos de avaliação de ativos biológicos, pois o nosso país tem vocação natural na exploração de negócios que envolvem ativos biológicos e temos vários segmentos no ramo de agronegócios em pleno desenvolvimento. É sabido que somos lideres na produção de vários tipos de ativos biológicos, quer seja na área de agricultura e/ou na agropecuária, por exemplo: soja, laranja, produção de carnes, leites, cana de açúcar, etc.


* Diretor da Moore Stephens Auditores e Consultores via Orleans Martins

10 notáveis vencedores do Prêmio Nobel

Os Prêmios Nobel 2011 estão sendo entregues esta semana. Até agora, o prêmio de Fisiologia ou Medicina foi para um trio de pesquisadores que descobriu vários aspectos da natureza da imunidade, e o prêmio de Física foi para um trio de físicos que descobriu na década de 1990 que a expansão do universo está acelerando.

Essas conquistas são de fato incríveis. Esses vencedores juntam-se a uma lista de alguns dos melhores representantes da humanidade; confira uma amostragem de notáveis ganhadores do Prêmio Nobel do passado, e o que eles conquistaram:

1 – Albert Einstein

Quem melhor para começar esta lista do que talvez o cientista mais famoso da história do mundo?

Albert Einstein ganhou o Prêmio Nobel de Física em 1921 por descobrir a causa do “efeito fotoelétrico”. Este é um fenômeno desconcertante de átomos que, quando bombardeados com luz, emitem elétrons.

Em 1905, Einstein argumentou que a luz era dividida em pacotes discretos (que hoje chamamos de fótons). Ele teorizou que, quando esses pacotes de luz atingiam os átomos, os elétrons nesses átomos os absorviam, e, com energia extra, se desprendiam.

O fato de que a luz é composta de partículas que são absorvidas e emitidas por átomos foi apenas uma das muitas descobertas revolucionárias de Einstein. Ele também fez as teorias da relatividade especial e geral, e descobriu que a matéria e a energia são equivalentes (tal como consagrado na equação E = mc²).

Einstein até escreveu um artigo explicando por que a média da relação do comprimento e distância entre a nascente e a foz de um rio em linha reta é igual a pi.

2 – Marie Curie & Co.

Marie Curie foi a primeira pessoa a ganhar dois prêmios Nobel, e é uma das duas únicas pessoas na história do Nobel que ganhou prêmios em dois campos diferentes.

Ela e seu marido Pierre, juntamente com Henri Becquerel, receberam o Prêmio de Física em 1903 pela descoberta da radioatividade. Ela, então, ganhou o Prêmio de Química em 1911 pela descoberta dos elementos rádio e polônio e por investigar suas propriedades.

O casal Curie são os queridinhos dos Prêmios Nobel. Além de Marie e Pierre, sua filha Irene Joliot-Curie recebeu o Prêmio de Química em 1935 junto com seu marido, Frédéric. E Henry Labouisse, o marido da segunda filha de Marie Curie, era diretor do Unicef quando a organização internacional ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1965.

3 – Sir Alexander Fleming & Co.

O Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina de 1945 foi para o Sir Alexander Fleming, Ernst Chain e Sir Howard Florey pela descoberta da penicilina, um fungo, e seu uso como antibiótico.

A sabedoria comum diz que Sir Alexander fez a descoberta acidentalmente quando comeu um pedaço de pão bolorento e se curou de uma doença infecciosa.

O grão de verdade nessa história é que a descoberta foi de fato um acidente. Fleming saiu em férias em agosto de 1928 e retornou ao seu laboratório no início de setembro para descobrir que um fungo se desenvolveu em uma pilha de placas de
Petri contendo bactérias. As bactérias tinham morrido nas imediações do fungo, enquanto que as bactérias nos pratos mais longe não foram afetadas.

Fleming passou o próximo par de décadas investigando os efeitos antibacterianos do que ele inicialmente chamou de “suco de molde” e, mais tarde, denominou “penicilina” em homenagem ao gênero do fungo (Penicillium).

Chain e Florey contribuíram através da realização de rigorosos estudos clínicos que comprovaram a grande utilidade da penicilina e descobriram como purificar e produzi-la em massa.

A penicilina cura infecções por estafilococos, escarlatina, gonorreia, pneumonia, meningite, difteria, sífilis e outras doenças infecciosas graves.

4 – Hermann Muller

Em 1946, um americano chamado Hermann Muller recebeu o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina pela descoberta de que a radiação causava mutações.

Biólogo por formação, ele passou a década de 1920 investigando os efeitos dos raios-X em vários organismos, e em 1926
encontrou uma ligação clara entre a exposição à radiação e mutações letais.

Nos anos seguintes, Muller trabalhou incansavelmente para divulgar os graves perigos da exposição à radiação. Quando seu trabalho foi reconhecido pelo Comitê Nobel, chamou a atenção pública para os efeitos na saúde da precipitação nuclear, especialmente na esteira dos bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki de 1945.

Pelo restante de sua vida, Muller foi uma voz de liderança na campanha contra os testes de armas nucleares, trabalhando para difundir a ameaça da guerra nuclear.

5 – Watson, Crick e WilkinsFrancis

Crick e James Watson ganharam o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina em 1962 pela descoberta de que o DNA tem a forma de uma dupla hélice.

Maurice Wilkins dividiu o prêmio com eles pela produção de algumas das primeiras evidências em apoio da descoberta – ele usou uma técnica chamada cristalografia de raios-X para mapear a forma da molécula de DNA.

O prêmio permanece controverso por causa de quem foi deixado de fora da lista de homenageados. Watson e Crick formaram sua hipótese sobre a forma do DNA em 1953, só depois de analisar uma imagem de difração de raios-X de DNA feita pela biofísica Rosalind Franklin no ano anterior. A imagem foi mostrada para Watson e Crick sem o seu conhecimento.

Franklin já havia escrito um rascunho de seu artigo sobre a forma helicoidal de DNA antes de Watson e Crick escrever o deles, mas suas contribuições foram negligenciadas por anos. Franklin nunca foi capaz de fazer o seu caso ao Comitê Nobel. Watson, Crick e Wilkins receberam a honra quatro anos depois que ela morreu.

6 – Cruz Vermelha

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha ganhou mais prêmios Nobel do que qualquer entidade ou pessoa. Ganhou os Prêmios da Paz em 1917 e 1944 por seu trabalho durante as Guerras Mundiais (Primeira e Segunda), e um terceiro Prêmio da Paz em 1963, juntamente com a Liga das Sociedades da Cruz Vermelha, marcando o 100º aniversário de sua fundação.

Durante as guerras mundiais, a Cruz Vermelha visitou e acompanhou os campos de prisioneiros de guerra de todas as partes beligerantes, ofereceu ajuda humanitária para as populações civis, e organizou e administrou a troca de mensagens sobre centenas de milhares de prisioneiros e desaparecidos.

7 – Martin Luther King Jr.

Aos 35 anos, o reverendo Martin Luther King Jr. se tornou a pessoa mais jovem a receber o Prêmio Nobel da Paz, quando seu trabalho para acabar com a discriminação racial nos Estados Unidos através de meios não violentos foi reconhecido em 1964.

Seu discurso “Eu tenho um sonho”, feito um ano antes no Memorial Lincoln a uma multidão de 200.000 pessoas, foi apenas um dos muitos discursos famosos e influentes que Martin deu como um líder no movimento pelos direitos civis.

8 – Werner Heisenberg

Heisenberg recebeu o Prêmio de Física em 1932 por descobrir os princípios fundamentais da mecânica quântica, as regras que governam o comportamento das partículas subatômicas.

A mecânica quântica mudou completamente a nossa compreensão da realidade. Ela diz que a luz, os elétrons, os átomos e, de fato, todas as coisas agem simultaneamente como partículas e ondas.

O chamado “princípio da incerteza” que decorre da teoria afirma que é impossível saber com exatidão a posição de uma partícula e sua velocidade. Se você sabe onde uma partícula está, não tem ideia para onde está indo, ou o quão rápido.

Ainda um outro aspecto curioso da mecânica quântica é que ela mostra que não existe uma realidade – pelo menos não na escala atômica – que existe independentemente de nossas observações dela.

9 – Jean-Paul Sartre

Sartre foi uma das principais figuras do século 20 da filosofia francesa, especialmente graças ao marxismo e existencialismo. Ele foi agraciado com o Prêmio Nobel de Literatura em1964, mas o recusou, dizendo que não queria ser “transformado” por esse prêmio e que não queria tomar partido numa luta cultural entre Oriente x Ocidente aceitando um prêmio de uma instituição cultural ocidental.

Sartre publicou seu tratado sobre o existencialismo, “O Ser e o Nada”, em 1943. Juntos, ele e o escritor francês Albert Camus (que ganhou o Prêmio Nobel de Literatura em 1957) popularizaram o movimento existencialista, que destacou a experiência de viver ao invés de focar em verdades universais ou obrigações morais.

10 – Madre Teresa

Madre Teresa, uma freira católica romana de etnia albanesa e cidadania indiana, fundou as Missionárias da Caridade em Calcutá, na Índia, em 1950. Ela passou os próximos 45 anos ministrando aos pobres, doentes, órfãos e moribundos, enquanto supervisionava a expansão das Missionárias da Caridade ao longo de toda a Índia e além.
No momento da sua morte em 1997, já havia 610 missões em 123 países, incluindo hospícios e lares para pessoas com HIV, hanseníase e tuberculose; cozinhas para dar comida aos pobres; programas de aconselhamento familiar, orfanatos e escolas.
Madre Teresa ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1979. Após sua morte, ela foi beatificada pelo Papa João Paulo II – feita uma santa – e ganhou o título de Beata Teresa de Calcutá.

Fonte: Aqui.

Sensibilidade do investimento a variações no fluxo de caixa nas empresas brasileiras e argentinas

A dissertação de mestrado de Alan Nader Ackel Ghani, defendida dia 11 de agosto, analisa a evolução do grau de restrição de capital (dívida ou emissão de ações), sob a abordagem da relação entre fluxo de caixa e investimento ("cash flow sensitivity"), para empresas brasileiras e argentinas, em quatro períodos macroeconômicos distintos.

Estimou-se essa relação por meio de análise econométrica de painel para empresas de dois países: Brasil e Argentina. Espera-se que, na presença de imperfeições de mercado, ocorra restrição de capitais (financiamento externo), que se manisfeta por meio de uma relação positiva e significante entre o fluxo de caixa e o investimento.

Os resultados mostram que a sensibilidade do investimento a variações no fluxo de caixa segue trajetória muito parecida nos dois países. De 1995 a 1997, período de estabilização econômica e crescimento em ambos os países, a relação foi positiva e significante, mostrando haver significativa restrição de capital. De 1998 a 2003, os anos das multi crises externas e internas, a relação entre as duas variáveis não foi estatisticamente significante. É um período em que as empresas utilizam as fontes de capital mais para assegurar a própria sobrevivência do que para crescer. De 2004 a 2007, os anos de recuperação da economia mundial, o coeficiente volta a ter relação positiva e significante, mas menor comparativametne ao período base (1995 a 1997).


No Brasil, esse período foi caracterizado pelo fortalecimento dos mecanismos de governança corporativa, que aliados ao crescimento econômico e à oferta de capitais internacionais propiciaram uma onda de aberturas de capital de empresas. De 2008 a 2009, período da crise financeira global, essa relação sofre um ligeiro acréscimo em ambos os paises. Apesar da vasta literatura sobre o tema, poucos trabalhos abordam a evolução da sensibilidade do investimento ao fluxo de caixa no tempo. Este trabalho visa a preencher esta lacuna para o Brasil e para a Argentina.

Fonte: aqui

Títulos soberanos

Segundo o Financial Times (Accounting for sovereign stress, 7 out 2011, Joseph Cotterill e Pollack Lisa) a Autoridade Bancária Européia (European Banking Authority, EBA) negou que irá fazer novos testes de stress nos bancos para adequar a questão da dívida dos países e verificar a necessidade de mais capital.

Pelas normas internacionais de contabilidade (IAS 39), uma entidade deve calcular a imparidade quando existir diferença entre o valor contábil do ativo e o valor presente dos fluxos de caixa estimados. Este provavelmente é o caso dos títulos gregos. E talvez seja o caso da Itália.

Imagem, aqui

Informação sigilosa


A Comissão de Valores Mobiliários está investigando o uso de informação privilegiada por investidores antes da divulgação de balanços trimestrais pelas empresas de capital aberto.


"Estamos adotando uma nova linha de investigação com foco na divulgação de resultados", disse a presidente da autarquia, Maria Helena Santana, em entrevista hoje na Bloomberg em São Paulo.


A preocupação da CVM surgiu a partir de uma base de "casos específicos", disse Maria Helena, sem citar nomes de empresas ou quantidade de casos em análise.

Fonte: Aqui

09 outubro 2011

Rir é o melhor remédio

Seja diferente

Os SOES bandits da Nasdaq

A bolsa de valores da Nasdaq difere de outros mercados de ações, como a NYSE, por incluir diversos corretores que negociam uma mesma ação. Por exemplo, em determinado dia, dez ou mais corretores podem indicar preços pelos quais querem negociar as ações da Apple Computer (AAPL). A Nasdaq também possui um Sistema de Execução de Pedidos Pequenos(Small Order Execution System, ou SOES), que permite que investidores individuais executem negócios de até 1000 ações instantaneamente através de um sistema eletrônico.

Um tipo de negociante às vezes chamado de "SOES bandit" explora a capacidade de explorar negócios instantaneamente. Estes negociantes observam as cotações de diferentes corretores, esperando que surjam oportunidades de arbitragem. Se um corretor estiver negociando vender AAPL por 20,25 dólares e outro estiver disposto a comprar 20,30, o "SOES bandit" pode lucrar comprando 1000 ações instantaneamente a 20,25 dólares do primeiro corretor e vendendo 1000 ações por a 20,30 para o segundo corretor. Tal transação gera um ganho de arbitragem de 1000x0,05 = 50 dólares.

No passado, estes negociantes conseguiam ganhar uma boa quantia de dinheiro realizando transações como estas muitas vezes ao dia. Não demorou muito para que essas atividades forçassem os corretores a monitorar suas próprias cotações muito mais ativamente, de modo a evitar se pego por eles. Hoje, este tipo de oportunidade de arbitragem raramente aparece.

Fonte: "The Trading Profits of SOES bandits", Journal of Financial Economics 50 (2)(October 1998),pp:38-62.

Apontamentos com estilo

A arte de escrever pesquisa vem com alguns detalhes que às vezes fazem toda a diferença. Por isso tenho o costume de prestar atenção em dicas pessoais, além de tudo aquilo que aprendemos em aulas de metodologia, em livros, ou aqui no blog! :)

Eu tive um professor que nos ensinou que deveríamos deixar um caderninho sempre a mão. Às vezes acordamos no meio da noite com uma ideia genial para a nossa dissertação! E então, na manhã seguinte, já não nos lembramos de nada. O professor pegou, à vista disso, o costume de anotar ideias a todo o momento. E isso pode acontecer quando você está conversando com alguém ou assistindo a um filme. O descanso é essencial, mas sabemos que nosso subconsciente continua trabalhando, aí vem lampejos de criatividade ou respostas tão procuradas, mas não temos como parar tudo aquilo e ir para o computador escrever.

Existe uma linha super notória de cadernos italianos que se chama Moleskine. Não sei se vocês já ouviram falar. O material é ótimo, mas aparentemente a fama (e consequentemente, os preços) se dá por ter sido utilizada por cientistas e pesquisadores renomados. (Uma curiosidade: no filme Indiana Jones e a Última Cruzada, o pai de Indiana, o professor Henry Jones, mantém suas anotações de pesquisa em um Moleskine).

No Brasil há uma linha artística, sustentável e bem mais em conta. Os meus cadernos de anotações são da Corrupiola, super fofos e charmosos. Recomendo para os seus apontamentos de pesquisa ou de “lista de afazeres”. Os cadernos são costurados a mão (então não se estraçalham) e sem pauta – o que eu acho perfeito (mas há os com pauta). Que tal personalizar o material para ver se o seu espírito é renovado (especialmente naqueles momentos em que o cansaço toma tanto conta do nosso corpo que não sabemos como continuar)?
(Pros meninos: recomendo um mini caderno que é show e cabe na carteira! Fantástico!).

Fica a dica. Boa pesquisa a todos!


P.S. - Eu não conheço todos, mas recebi indicações de algumas outras cadernetas disponíveis: aqui, aqui e aqui. Para quem faz questão de um moleskine, comprar pela Amazon fica mais em conta que nas papelarias brasileiras. Quem conhecer e tiver feedbacks, por favor, participe nos comentários!

08 outubro 2011

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

Entrevista BBC a Alessio Rastani: O mundo vai acabar! (Portuguese subbed)



Sugestão de Rafael Ourique, grato. Observem que no final ele diz que a GS não está interessada no salvamento. Segundo comentário de Rafael:

Os erros de português podem fazer os olhos sangrarem, mas é uma visão interessante da situação e pode gerar boas discussões. De qualquer forma, melhor tentar compartilhar e arriscar que a contribuição não seja aceita do que não tentar e ter certeza que não será aceita. NOTA: não, não legendei o vídeo


P.S. Eis o que li hoje, após postar o vídeo, na Folha:

A sinceridade provocou suspeitas e o jornal "Telegraph" descobriu que Rastani, autor de um blog sobre finanças, não tinha autorização para trabalhar na City londrina.

Bebe globalizado

Adquira o óvulo em um país, faça a fertilização em outro e contrate a mãe de aluguel num terceiro. Está pronto o seu filho – com muita economia.

Seu celular é made in China. A camiseta foi produzida no Vietnã. O vinho que você bebe veio da Argentina. Se tudo é globalizado, por que o seu filho não pode ser? A nova moda entre os casais que precisam de ajuda ara ter filhos é recorrer a países como índia, Grécia e Pana,á, onde é possível comprar óvulos ou esperma, fazer a inseminação, alugar uma barriga e até fazer o parto. A vantagem é que isso fica bem mais barato e permite realizar legalmente procedimentos que são proibidos em muitos países – como o comércio de óvulos e esperma e a barriga de aluguel remunerada.

O negócio é explorado por empresas como Planet Hospital, cujo site (www.planethospital.com) o cliente pode escolher de qual país virá o óvulo e/ou esperma, onde nascerá o bebê, onde vai morar a mãe de aluguel e até selecionar o sexo da criança. Dos clientes da Planet Hospital, 40%são casais homossexuais que querem ter filhos biológicos. Os outros são casais heterossexuais, geralmente com mais de 40 anos. A prática é legal, mas é vista com maus olhos por alguns cientistas. “Por mais que seja aceitável do ponto de vista médico, isso é exploração da pobreza [da mãe de aluguel]”, diz o especialista em reprodução, Carlos Petta, da Unicamp.



Postado por Isabel Sales. Fonte: Superinteressante, ed. 269.

07 outubro 2011

Rir é o melhor remédio










Vida (Life). Mais aqui

Rir é o melhor remédio



Fonte: Aqui

Fonte: aqui

Links


Economia e Finanças

A China não irá substituir os EUA como potência mundial

The Telegraph: a crise financeira é a pior que o mundo já enfrentou

Casino aumenta a participação do Pão de Açúcar

Listas

USP está entre as 200 melhores universidades

Os melhores lugares para a mulher (Brasil é 82o., com péssima pontuação em política)

Os países mais desiguais do mundo (Brasil é 12o.)

Os maiores salários do esporte automotivo

Arte

Homenagem de estudante de Design a Jobs vira hit (ao lado)

A vibração dos suecos com o Nobel de Literatura

Teste 526


O teste de hoje corresponde a três questões que preparei para um prova, mas acabei não usando. Vamos lá:

A figura a seguir apresenta a relação entre a margem bruta e a margem líquida de dezoito empresas de varejo com ações negociadas na bolsa de valores em 31 de dezembro de 2010.





Com base na figura é possível afirmar que:

a) O lucro bruto é menor que o lucro operacional
b) O valor maior da margem bruta pode ser explicado pelo desempenho da receita
c) Quanto maior a margem líquida maior a margem bruta
d) Quanto menor a margem líquida maior a margem bruta
e) Uma redução na margem bruta deve aumentar a margem líquida

A figura a seguir apresenta a relação entre o endividamento e a liquidez corrente de dezoito empresas de varejo com ações negociadas na bolsa de valores em 31 de dezembro de 2010.





Com base na figura é possível afirmar que:

a) Empresas com alto volume de capital de terceiros tendem a ter liquidez reduzida
b) Empresas com maior ativo possuem maior liquidez corrente
c) O passivo de curto prazo ajuda a explicar a relação inversamente proporcional entre os dois índices
d) O passivo de longo prazo ajuda a explicar a relação inversamente proporcional entre os dois índices
e) Quanto maior o endividamento, maior a liquidez corrente

A figura a seguir apresenta a relação entre a relação entre fornecedores/ativo e estoques/ativo de dezoito empresas de varejo com ações negociadas na bolsa de valores em 31 de dezembro de 2010.






Com base na figura é possível afirmar que:
a) A grande maioria das empresas apresentava valores de estoques abaixo de 10% do seu ativo
b) Em empresas de comércio o volume de recursos em estoques é reduzido
c) Esta relação é inesperada já que a dívida com fornecedores é decorrente das vendas a prazo
d) Existe uma relação direta entre a conta do passivo e a conta do ativo
e) Quanto maior o volume de recursos em estoques, menor as dívidas com fornecedores

Resposta do Anterior: A resposta do anterior está nesta postagem, na ordem das perguntas, em negrito. 

Capital de Giro

Estamos, eu e meu eterno orientador, Alexandre Assaf Neto, finalizando a quarta edição do livro Administração do Capital de Giro. Terminei ontem a revisão dos exercícios e as soluções. Na nova edição teremos:

=> ao final de cada capítulo, exercícios e estudos de casos

=> Sincronia do ciclo financeiro e necessidade de capital de giro

=> Risco na decisão de crédito (RAROC e Duration)

Para manter o número de páginas, abreviamos a abordagem de inflação e estoques. Espero que ainda este ano o livro esteja à venda.

Hans nos EUA

Sobre a presença do presidente do Iasb nos EUA:

[Ele] também prometeu que os EUA continuam a desempenhar um papel crucial na formação de normas contábeis globais se formos adiante e confiar neles e adotar [as normas internacionais] agora. Não está claro se isso foi ou não uma ameaça, como também não é claro se ele realmente pensa que nós somos burros.

 Fonte: aqui

Frase

Linus Pauling, duas vezes vencedor do Nobel, afirmou que não havia "quase-cristais, apenas 'quase-cientistas'"


O vencedor do Nobel de Química, Daniel Shechtman, descobriu uma classe nova de material sólido em 1982 (foto). Conforme reportagem do Estado, as pessoas, inclusive o Linus Pauling.

Ontem, Shechtman se disse "animado", mas enfrentava dificuldades para elogiar seus colegas, muitos dos quais um dia duvidaram de sua descoberta. 


Nas últimas décadas, poucos cientistas tiveram de enfrentar uma incredulidade tão forte quanto o israelense. "Ele lidou com o ceticismo de uma maneira muito científica e cavalheiresca e respondeu a seus críticos como um cientista deve fazê-lo: por meio da ciência", disse Ron Lifshitz, professor de Física da Universidade de Tel Aviv.

Pior Banco Central

A presidenta do Banco Central da Argentina, Mercedes Marcó del Pont, ganhou o título de Worst Central Bankers In The World. Sua nota foi “D”, repetindo a nota do ano anterior. Sua gestão produziu inflação alta e juros negativos.

Estão na lista o presidente do Catar, da Coréia do Sul, do Japão, da Hungria, dos Estados Unidos, da Índia, da Suiça e da Comunidade Européia.

Fonte: aqui

Os 100.000 da USP

Em comemoração à marca de 100 mil títulos conferidos em seus programas de pós-graduação, a Universidade de São Paulo (USP) realiza, entre os dias 9 a 11 de outubro, o evento "A Pós-graduação construindo o futuro". A solenidade de abertura das atividades acontecerá no dia 9 de outubro, às 19h, no Memorial da América Latina, no Auditório Simon Bolívar. Palestras, premiações e homenagens estão entre as atrações programadas pela pró-reitoria de pós-graduação da USP.

Acesse a
programação.

Postado por Isabel Sales. Fonte: Aqui.

06 outubro 2011

Rir é o melhor remédio

Orientação: dica de Alexandre Alcantara, grato.

Teste 525



Com a crise financeria, o banco Citibank criou uma unidade com “ativos” indesejáveis. Conforme um artigo publicado no Wall Street Journal (Faxina do Citi fica mais complicada) 40% “é formado por créditos imobiliários”. Ainda segundo o texto:

“Pouco mais de um terço desses empréstimos são linhas de crédito ligadas ao valor do imóvel. Como são considerados menos importantes que a hipoteca principal, esses empréstimos podem perder totalmente o valor quando o imóvel do devedor entra em execução judicial”

O problema é a falta de compradores. O texto prossegue com:

Mesmo encolhida, a Citi Holdings, que é separada do Citigroup, ainda seria o sétimo maior banco dos EUA em ativos, segundo a firma de pesquisa SNL Financial.


A analista Betsy Graseck, do Morgan Stanley, calcula que pode demorar até 2017 para liquidar inteiramente a Citi Holdings. Embora esse prazo seja dois anos antes do que ela previa inicialmente, significa que alguns dos ativos problemáticos do Citigroup continuarão no banco por anos.

As questões deste teste:

1) O termo “crédito” tem sido usado fora do contexto da partidas dobradas. No jornal, “créditos imobiliários” diz respeito a qual conceito?

2) Os tais créditos imobiliários não deveriam ser avaliados pelo valor de custo histórico em razão de que “conceito” (ou princípio ou característica da informação contábil)?

3) A Citi Holdings é separada do Citigroup. Assim, a contabilidade deve também ser separada. Isto diz respeito a qual “conceito” contábil.

4) O texto informa os planos para a Citi Holdings.

a) Qual o “conceito” contábil que deve ser usado?
b) Qual o efeito sobre o valor do ativo?
c) Que documento deve informar isto para o usuário?


Resposta do Anterior: a) ponto de equilíbrio; b) 16 meses ou 32 bilhões/0,2 x 10; c) Com esta margem, para cada avião a empresa tem um lucro de 7,7% x 200 = 15,4 milhões. O tempo seria 32 bilhões/0,0154 x 10 = 207 meses ou 17 anos; d) o lucro de cada unidade é 14% x 200 = 28 milhões. O tempo seria 32 bilhões / 0,028 x 10 = 114 meses ou 9 anos e meio; e) trata-se de achar o valor presente de uma periodicidade, com taxa de 0,5%. A periodicidade é de 280 milhões e o valor presente é de 32 bilhões. O tempo seria de 153 meses, que corresponde a quase 13 anos; f) 1530 ou 153 meses vezes dez aviões por mês. 


Resposta do Teste 523: Índia não adota as IFRS

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