21 abril 2011
Remuneração e desempenho
As dez maiores empresas em remuneração média aos diretores foram:
Itaú Unibanco = 14,4
OSX = 13,3
HRT = 11,6
Vale = 11,3
OGX = 9,9
Ultrapar = 9,1
PDG = 9,1
MPX = 6,2
AmBev = 5,3
ABC Brasil = 4,9
Entretanto, comparar somente os dados brutos pode ser enviesado. Para se ter uma idéia melhor, fiz um confronto entre a remuneração média e a agregação de valor. Os valores estão no gráfico abaixo. (Fiz uma simplificação de somente considerar as empresas que tinham valor de mercado no final de 2009 e 2010; isto significa que não computei os dados da OSX e da HRT. Além disto, considerei somente um ano de desempenho. Outra simplificação da análise a seguir é que estamos falando de remuneração média: uma empresa poderá ter 20 diretores e outra 3, por exemplo)
Observe que a melhor relação é da Ambev. Esta empresa agregou 46 bilhões de reais de valor e remunerou seus diretores em 5,3 milhões no ano. A seguir, destaca-se a Vale, que agregou 32 bilhões de valor e remunerou seus diretores em 11,3 milhões. Os dois piores desempenho foram da MPX e da ABC.
A importância da contabilidade e da previsão para o capitalismo
20 abril 2011
Links
Brasileira Maria Helena irá presidir o Iosco
Vídeo: Contabilidade na China
Vídeo: o segredo dos bancos suíços
Pringles, desenho do produto e Einstein explicando seu sucesso
A psicologia da fraude: justifica-se quando a pessoa se sente injustiçada
Encontre o sítio onde a imagem foi publicada TinEye
A força do pensamento negativo
Os maiores exércitos do mundo
O valor de um comercial no programa da Oprah
Celebridades com problemas com o fisco
Uma tenista com QI de 175
A lógica do Valor justo
valor pelo qual um ativo pode ser negociado, ou um passivo liquidado, entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e independentes entre si, com a ausência de fatores que pressionem a liquidação da transação ou que caracterizem uma transação compulsória.Uma das críticas ao valor justo diz respeito a mensuração do valor justo. Um exemplo interessante apresentado por Tom Selling de um leilão de uma pintura de Picasso.
Num leilão de um quadro de Picasso, o lance inicial é de 25 milhões de dólares. Cada novo lance aumenta o valor em 1 milhão. Quando o lance chega a 29 milhões, existem somente dois interessados. Um deles aumenta o lance para 30 milhões e o outro desiste. Qual o valor da pintura?
A princípio a resposta seria 30 milhões, o valor obtido na transação. Entretanto, uma das condições para existência do valor justo é a presença de mercado. Neste sentido, o mercado só existiu quando a pintura estava com um preço de 29 milhões. Faz sentido? Aparentemente não, mas esta é a posição do Fasb e, por conseqüência, das normas contábeis, que usam o conceito do Fasb na avaliação.
Internet no Brasil
Conselhos de adminstração têm efeito manada
Segundo o professor Alexandre Di Miceli, esse tipo de comportamento pode se repetir em conselhos de administração, assim como o de obediência a um líder.
Isso pode ser verificado, segundo ele, no teste de Milgram. No experimento, pessoas comuns são requisitadas a acionar uma máquina que dá choques em outro indivíduo – no caso um ator – quando ele erra em um teste de memória. A intensidade do choque aumenta a cada erro. Orientadas por um cientista – também ator – cerca de dois terços das pessoas são capazes de dar choques letais no outro, apenas por confiarem no “especialista”.
Fonte: Catherine Vieira e Fernando Torres, Valor Economico
Liberdade na Internet
Fonte: The Economist
JIT e ROI
19 abril 2011
Teste 463
Resposta do Anterior: 29 milhões.
Informações Financeiras segmentadas em Relatórios Externos
Segundo Garrison, Norren e Brewer:
"O FASB exige atualmente que empresas que operam nos EUA incluam todos os dados financeiros e outras informações segmentadas em relatórios anuais, e que os relatórios segmentados elaborados para a distribuição ao público externo usem os mesmos métodos e definições que as empresas adotam em relatórios segmentados internos elaborados como ajuda à tomada de decisões. Esta é uma exigência incomum. As empresas não são totalmente obrigadas a divulgar os mesmos dados a usuários externos que são distribuídos internamente para fins de tomada de decisão. Pode paracer uma exigência razoável do FASB, mas apresenta algumas desvantagens importantes:
1º- Os dados segmentados geralmente são de importância para crítica, e as empresas relutam em divulgá-los ao público, pelo simples motivo de que seus concorrentes passarão a ter acessos a esses dados. [1]
2º- As demonstrações segmentadas que são elaboradas de acordo com USGAAP não distinguem entre custos fixos e custos variáveis, e entre custos vinculáveis e custos comuns."
[1] O comentário de Paul Sutcliffe, sócio de auditoria da Ernst & Young Terco, mostra esta desvantagem na prática:"Nunca vi um cliente comentar: ‘Essa informação por segmento é muito legal e vai ajudar o meu acionista’. O mais comum é ele dizer que não quer divulgar porque o concorrente vai se aproveitar dessa informação”.
Leia mais sobre Informações por Segmento: Aqui e aqui.
Ontem o blog IFRS Brasil postou uma excelente explicação teórica do IFRS 8. Confira.
Econometria
Contrata-se Contador
Uma reportagem do Estadão intitulada "Emprego: os seis setores mais atraentes de 2011" fala que o bom momento econômico do País e a falta de mão de obra devem manter o mercado de trabalho aquecido este ano.
Os seis “setores” mais atraentes, mencionados na reportagem são (sem ordem de prioridade):
- Turismo;
- Petróleo;
- Engenharia;
- Serviços;
- Tecnologia da informação;
- Contabilidade.
A justificativa para a demanda por contadores se dá na necessidade das empresas em se adaptarem ao IFRS e na falta de profissionais qualificados para isso no mercado.
A China agrega pouco valor aos produtos
Estudo derruba mitos sobre a crescente exportação chinesa :
"Um deles: ao contrário do que muitos pensam, a China agrega pouco valor aos produtos, mesmo quando exporta mercadorias de tecnologia avançada, como o iPhone.
As peças chegam prontas às fábricas chinesas, que apenas montam o produto. No caso do telefone da Apple, por exemplo, os trabalhadores chineses contribuem com apenas 3,6% do custo de produção. Ou seja, de US$ 2 bilhões que os americanos gastam importando iPhones, apenas US$ 73 milhões correspondem ao valor que a China agrega ao produto. "
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18 abril 2011
Teste 462
Resposta do anterior: meio milhão de dólar. Fonte: aqui
Olho do dono 2
A ofensiva contra a corrupção empresarial já desvendou casos que desafiam a imaginação. Em uma empresa telefônica, por exemplo, o chefe do serviço de atendimento ao consumidor alterava nomes de clientes do cadastro incluindo um palavrão entre os seus sobrenomes. Ocorre que os tais clientes agiam em conluio com o criminoso e, ao receberem a fatura adulterada, fingiam indignação e processavam a empresa. A indenização era certa e o lucro era dividido com o funcionário – demitido e já condenado em primeira instância. No Pará, uma bilheteira de estação ferroviária cancelava, após a partida do trem, parte das passagens vendidas. Embolsava a diferença, como se os passageiros tivessem desistido da viagem e recebido de volta o dinheiro do bilhete. Desviou mais de 1 milhão de reais e foi condenada a dois anos de prisão e à devolução do dinheiro. Em uma fábrica de cosméticos, um supervisor alterou o endereço de entrega de mercadorias solicitadas pelos vendedoras, de maneira que passassem a chegar à casa de seus comparsas. Desviou assim mais de 2 milhões de reais. Teve a prisão decretada e está foragido. Noutro caso, o diretor de investimentos de uma indústria de papel, de posse de informações sobre os locais onde a empresa iria se instalar, comprava terras em nome de laranjas, esperava sua valorização e as revendia à própria fábrica. Foi demitido e responde a processo.
Nos Estados Unidos, 85% das empresas foram afetadas por fruades nos últimos três anos, segundo estudo da consultoria Kroll. O valor médio perdido chegou a 5% do faturamento das companhias. No Brasil, um levantamento da Fiesp estimou que o dinheiro que escoa pelos ralos da corrupção chega a 50 bilhões de reais ao ano. O esforço das empresas para proteger seus cofres de tamanho assalto é louvável e deve ser copiado pelo setor público. Mas os empresários não podem perder de vista que é a iniciativa privada que movimenta a ladroagem nos governos. Financiamento ilegal de campanha, superfaturamento e desvios no orçamento – as modalidades mais frequentes de corrupção – só são possíveis porque existem empresas dispostas a corromper. A moralidade não pode valer apenas da porta para dentro.O dono está de Olho - Veja, 20 de abril de 2011 p 104-106
Risco moral na Tepco
(...) O Japão moderno simplesmente não tem como funcionar sem a Tepco. Assim como os grandes bancos, a Tepco é indispensável. Se foi negligente em seu planejamento contra (e na reação ao) desastre de março - e há amplas evidências -, é possível atribuir isso em grande parte a seu status de empresa de serviços públicos grande demais para falir. O "risco moral" não se restringe apenas aos bancos. Uma explicação para o histórico da Tepco é o sistema "amakudari" (descendo do paraíso), pelo qual funcionários públicos ganham empregos fáceis em setores que eles costumavam fiscalizar. Toru Ishida, ex-autoridade do setor de energia no ministério que regula a energia nuclear, ganhou uma alta posição de consultoria na Tepco. Masataka Shimuzu, presidente da Tepco que saiu de cena depois que a usina de Fukushima começou a vazar radiação em março, é o vice-presidente do Keidaren, sinal da imensa influência da Kepco. O número de pessoas que passam dos órgãos reguladores para o setor privado pode até não ser muito grande. Mas os laços entre reguladores e regulados são bem próximos. Estruturalmente, isso ocorre porque o regulador do setor nuclear faz parte do Ministério do Comércio, que vê seu trabalho de promover o uso de energia nuclear como uma forma fácil de livrar o país da necessidade de petróleo estrangeiro. Ainda mais importante, Tepco e governo estão do mesmo lado. Depois do primeiro choque do petróleo, a opinião pública superou sua antipatia pela energia nuclear, cujas origens remontavam à experiência japonesa em Hiroshima e Nagasaki. Os acidentes em Three Mile Island e Chernobyl, no entanto, afetaram o apoio público. Em resposta, tanto o órgão regulador como o setor nuclear minimizaram a importância dos riscos, uma situação quase ideal para encorajar o tipo de comportamento relaxado do qual a Tepco é culpada. Como os bancos, a Tepco presumiu que, se algo saísse errado, o governo assumiria o problema. A empresa já pressiona por uma interpretação favorável dentro da lei, o que poderia absolvê-la dos passivos decorrentes de desastres naturais. Sem isso, a Tepco parece estar condenada. Sua proporção de dívida em relação ao patrimônio é próxima a 300%, o triplo da média no setor. A menos que consiga elevar os preços da eletricidade, é difícil ver como poderá gerar fluxo de caixa suficiente para pagar pelo descarte de reatores velhos e construção de novos, enquanto assegura fontes de energia alternativas. Do ponto de vista dos acionistas, a Tepco pode seguir o caminho da British Petroleum ou da Enron. Quem comprou ações da BP tem agora uma alta de 70%. A Enron, claro, quebrou. A indústria nuclear japonesa se juntará aos bancos ocidentais como um caso de lucros privados e prejuízos socializados, a menos que a deixem seguir a trilha da Enron.Crise da Tepco no Japão faz o Lehman Brothers parecer uma ninharia - Valor Econômico - Traduzido do Financial Times - David Pilling - Crise da Tepco no Japão faz o Lehman Brothers parecer uma ninharia
Analfabetismo funcional
NASCIMENTO, Joao Carlos H Bernardes; GALVÃO, Romério P.; REIS, Juliana da Silva. O analfabetismo funcional e seu impacto à utilização das informações contábeis. RBC, Nov/dez 2010, p 38-51
Comportamento e o Mundo Real
Para os decisores, o fascínio é evidente. A economia comportamental promete ajudar a resolver difíceis problemas sociais, de consumo de energia a epidemia de obesidade, com custos relativamente limitados, sem taxas adicionais ou regulamentações onerosas.
É sempre encorajador ver políticos abraçar as idéias da ciência, a procurar aplicações práticas para as pesquisas mais recentes. Devemos querer nossas leis e regulamentos que devem ser fundamentadas em uma visão exata de como tomamos decisões.
E os resultados iniciais de muitas dessas políticas têm sido humilhante. Considere os novos regulamentos em Nova Iorque exigindo a lista de restaurantes o conteúdo calórico de todos os itens do menu. (...) Em vez disso, as primeiras análises por pesquisadores da Universidade de Nova York e de Yale descobriram que, uma vez que a lei foi promulgada, a média do freqüentador dos restaurante foi realmente comprar um pouco mais de calorias. (...)
Enquanto as contas de energia tradicionais informam aos clientes apenas o seu próprio consumo, estas contas comparam diretamente com seus vizinhos. A esperança era que o proprietário iria competir para consumir menos energia. Mas o uso caiu apenas 1,5%. Isso não vai fazer muito para a independência energética e de combate às alterações climáticas.
Há dois problemas com essas reformas inspiradas economia comportamental. A primeira é que os nudges dos decisores políticos têm de competir contra os nudges do mercado. Uma refeição fast-food pode conter um número assustador de calorias, mas também é deliciosa. Nestes casos, o empurrão que apela para o nosso lado irresponsável muitas vezes ganha.
O segundo problema é que esses toques são mal equipados para resolver problemas espinhosos da sociedade. Tome o consumo de energia. Como os economistas comportamentais George Loewenstein e Peter Ubel têm apontado, a maneira mais eficaz de reduzir o consumo de energia é aumentar o seu custo através de altos impostos sobre o carbono. Esta solução, evidentemente, não é popular ou moda, que é por isso que a maioria dos políticos não estão interessados. (...)
Nunca é fácil para aplicar a mais recente teoria da natureza humana para seres humanos reais.Só porque temos uma melhor compreensão de como a mente funciona, não significa que pode sempre fazê-lo funcionar da maneira que queremos.
Is 'Nudging' Really Enough? – Wall Street Journal - 16 Abr 2011
Links
A Índia cresceu mais que a China em 2010.A Contabilidade Nacional explica o porquê.
Entrevista com a presidente do FASBQuanto vale um funcionário de alto escalão do Google?
Entrevista com a presidente do FASB e o presidente do IASB
Felix Salomon comenta sobre os ativos financeiros insensíveis à informações.
Um dos melhores sites sobre Finanças Comportamentais.
Processo de convergência entre FASB e IASB adiado.
Por que os brasileiros emigram pouco?
Desigualdade nos Estados Unidos - Texto de Joseph Stiglitz
A estranha economia da água
O que a batata Pringles tem a ver com a teoria da relatividade?
A bolha imobiliária chinesa começou a estourar?
O excepcional e estranho lucro do BNDES em 2010.
China altera o disclosure do seu PIB.
Blogs da Academia
O The New York Times divulgou reportagem com os blogs mais interessantes da academia, particularmente aqueles focados em economia, direito e política.
17 abril 2011
Olho do dono
Hoje, na Vale, por exemplo, uma das empresas de aderiram ao programa, funcionários pegos cometendo um delito são dispensados sumariamente e sua demissão é divulgada para os colegas, à fim de desencorajar outros crimes. “É um erro querer esconder os crimes internos”, avalia Ricardo Gruba Pereira, direto de segurança empresarial da Vale. Em 2006, a empresa criou uma diretoria específica para o combate à corrupção. Desde então, detectou 980 desvios, o que provocou 386 demissões por justa causa. Apenas no ano passado, os desvios somaram 40 milhões de reais, dos quais 30 milhões foram recuperados. Entre os mecanismos de prevenção adotados, estão quatro salas de controle em que funcionários monitoram em tempo integral as operações da companhia em mais de vinte países. Fiscalizam de caminhões sendo carregados com minério no interiro de Angola a operários entrando pela portaria em Parauapebas, no Pará. Flagrantes de desvios são divulgados na rede interna de comunicação e tanto fornecedores como prestadores de serviços apanhados corrompendo jamais voltam a firmar contratos com a companhia. Outra iniciativa adotada pela empresa foi a premiação de empregados que contribuem para a descoberta de irregularidades.
(...) No que se refere aos métodos de desvio, os esquemas de corrupção em empresas privadas e no setor público são semelhantes. Em ambos, a área de licitações é a mais visada pelos bandidos. Para especialistas, é mais fácil detectar corrupção no setor público, já que os esquemas envolvem mais gente, os recursos são maiores e há mais órgãos de vigilância, como auditorias, corregedorias, tribunais de contas e o Ministério Público. A punição, porém, é mais difícil, graças à legislação que protege a estabilidade do servidor público e às diversas possibilidades de recurso, inclusive no âmbito administrativo, à disposição do acusado. “A diferença é que no serviço público a complacência é maior, o que aumenta a impunidade”, diz o cientista político Ricardo Caldas. (...)
O dono está de Olho - Veja, 20 de abril de 2011 p 104-106
Nova Lei
(...) cerca de 70% das companhias optaram por estornar ou manter os saldos do Ativo Diferido. Na reserva de reavaliação, 55% das instituições preferiram continuar a amortização dos saldos e 45% optaram pelo estorno. No teste de impairment, apensas 8 companhias [de um total de 50] reconheceram perdas em seus ativos em torno de 77,27%, quanto aos contratos de leasing financeiro, e 22 empresas evidenciaram esses contratos no balanço.SANTOS, Rafael; NIYAMA, Jorge K; RODRIGUES, Jomar. Analise das demonstrações contábeis das companhias listadas na Bovespa: uma abordagem sobre os impactos decorrentes das modificações introduzidas pela Lei 11638/07. Revista Brasileira de Contabilidade, Nov/dez 2010
As conclusões são preocupantes já que são grandes empresas e, conforme afirmam os autores, “essas normas alcançam uma pequena parcela das instituições empresariais”.
16 abril 2011
Ação popular tenta reaver prejuízos com Panamericano
Uma ação popular movida pelo desembargador Walter do Amaral, 66 anos, tenta reaver prejuízos supostamente causados pelo rombo do Banco Panamericano ao patrimônio público. A ação propõe que a conta - calculada em pelo menos R$ 695 milhões - seja dividida entre o ministro da Fazenda, Guido Mantega; pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini; pela ex-presidente da Caixa Maria Fernanda Coelho; e pelo empresário Silvio Santos - todos citados como réus. No centro dos argumentos está a compra de 49% do Panamericano pela Caixa Econômica Federal por R$ 739 milhões.
Fonte:Estadão
15 abril 2011
Origem do termo capital de giro
Segundo Eugene Brigham e Michael Ehrhardt: " o termo capital de giro[1] originou-se do velho vendedor ianque que carregava a sua carroça para então, sair vendendo as suas mercadorias . A mercadoria era chamada de capital de giro porque era exatamente isso que o que ele vendia , ou fazia "girar" para produzir seus lucros. A carroça e o cavalo eram seus ativos permanentes. Ele geralmente era o dono do cavalo e da carroça, portanto, ambos eram financiados com capital próprio;no entanto,o ambulante tomava emprestado os fundos para comprar a mercadoria. Esses empréstimos eram denominados empréstimos de capital de giro e tinham de ser reembolsados depois de cada viagem para demonstrar ao banco que o crédito que era seguro. Se o vendedor conseguisse pagar o empréstimo, o banco poderia conceder outro, e dizia-se que os bancos que seguiam esse procedimento estavam empregando "prática bancárias justas"."
[1] De acordo com Assaf Neto e César Tibúrcio, na obra Administração do Capital de Giro : "O capital de giro ou capital circulante é representado pelo ativo circulante, isto é, pelas aplicações correntes, identificadas geralmente pelas disponibilidades, valores a receber, estoques. Num sentido mais amplo, o capital de giro representa os recursos demandados por uma empresa para financiar suas atividades operacionais identificadas desde a aquisição de matéria-primas até o recebimento pela venda do produto acabado."
Não existe almoço (nem grande ideia) grátis
No mercado financeiro costuma-se dizer que não existe almoço grátis, frase atribuída ao economista Milton Friedman, prêmio Nobel de 1976. Na coluna de Elio Gaspari publicada no Jornal Folha de São Paulo de 09/08/1998 com o título "Não existe alomoço (nem grande ideia) grátis", o jornalista informa que essa frase é do economista alemão Gustav von Schmolder. A métafora econômica é do Vilfredo Pareto, que desenvolveu o ótimo de pareto.
Texto de Juan Carlos Laponni in Projetos de Investimento
LDO de 2012 deve flexibilizar licitações para obras da Copa e das Olimpíadas
O governo deve fixar no projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2012, que será enviado nesta sexta-feira ao Congresso Nacional, regras mais flexíveis[1] para a realização das obras da Copa do Mundo e das Olimpíadas. A intenção é dar tratamento especial a obras públicas relacionadas a eventos especiais, como aeroportos, estradas e metrôs, para que, com o controle flexibilizado[1], elas andem com mais agilidade e não sejam interrompidas a todo momento.
Para 2011, o governo já havia modificado algumas regras favorecendo esse tipo de obra, principalmente em relação à tabela de preços usada nas licitações, além de ter estabelecido um diálogo maior com o Tribunal de Contas da União (TCU), que fiscaliza as obras públicas.
Fonte: O Globo
[1]O país tem uma série de normas e regras, que além de serem falhas são flexibilizadas para compensar erros de planejamento.Assim, quanto mais permissivo e flexível forem estas regras maior será o sentimento de impunidade. A falta de planejamento foi atropelada juntamente com o controle da gestão das obras da copa do mundo.Nos resta aguardar qual será o resultado disto.
Definição de segmento será verificada pela CVM
IPO de uma empresa latino-americana mais bem-sucedido desde a crise financeira internacional
A Arcos Dorados, empresa que opera franquias do McDonald’s [1]na America Latina, fez uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na bolsa de Nova York, na qual levantou US$ 1,25 bilhão. A companhia tem como um dos sócios a Gávea Investimentos, do ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga. A Arcos Dorados é a maior franquia do McDonald’s do mundo
O jornal britânico “Financial Times” observa que este foi o mais bem sucedido IPO de uma empresa latino-americana desde a crise financeira internacional. Pela primeira vez desde 2007, uma companhia da região vende, na oferta pública, ações com preço acima do intervalo previsto.
O valor esperado do papel era de US$ 13 a US$ 15, mas na oferta acabou saindo por US$ 17, devido à forte demanda. E a euforia não acabou. Nesta quinta-feira, primeiro dia de negociação na bolsa de Nova York, as ações da Arcos Dorados subiam 27,7% por volta das 12h (de Brasília), a US$ 21,71.
Texto de Sílvio Guedes Crespo
[1] É interessante observar que entrar na Universidade do Mc Donald's , localizada na China,é mais difícil que entrar em Harvard. Leia aqui.
Petrobras é a segunda empresa mais lucrativa de capital aberto na América Latina e EUA, diz Economatica
BC estimula consolidação de bancos
O Banco Central, com uma ajuda do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), está “estimulando” uma consolidação no sistema financeiro nacional, segundo executivos de bancos. Tem chamado informalmente instituições financeiras em situação mais confortável a comprar os bancos com mais necessidade de capital e perdas recorrentes. Em troca, o FGC oferece empréstimos com juros mais baixos do que os do mercado. Muitas vezes os empréstimos se tornam dívida subordinada, que entra como capital no balanço da instituição financeira compradora, ajudando a dar para a instituição compradora mais espaço para criar ativos e emprestar.
Razões políticas, econômicas e pressões diversas podem levar o banco consolidador a concordar com a aquisição. Fundos de private equity estrangeiros interessados em bancos médios, que têm visto o preço de suas ações cair, podem ajudar no processo de consolidação. Até mesmo a investidores estratégicos nacionais e estrangeiros o BC tem oferecido bancos menores em situação mais difícil e com pouco capital em troca de uma licença imediata. O processo de aprovação de licença de um banco pelo BC, depois de colocado o pedido, pode durar mais de um ano.
Segundo apurou o Valor, o estímulo do BC é parte determinante no processo de compra de diversos bancos médios como:o Banco Schahin que estava com o índice de Basileia de 10,97% em dezembro;O Banco Morada que tinha o índice de alavancagem de 11% e patrimônio de R$ 69,4 milhões em dezembro;O Banco Matone, comprado pelo JBS em março, estava em dezembro com um índice de Basileia de 4,3%, muito abaixo do mínimo exigido pelo BC.
...O caso do Banco Panamericano e o aperto de liquidez decorrente para os bancos pequenos e médios, principalmente os que fazem cessão de carteiras de crédito consignado, só tornou o processo mais urgente. A retirada imediata de estímulos à captação dos bancos menores colocados na época da crise de 2008 tem agravado a preocupação mais urgente com o caixa dessas instituições financeiras no curto prazo e acelerado o processo de consolidação. Para completar, mudanças contábeis previstas para o início de 2012 vão apertar mais o patrimônio dos bancos que vivem de conceder crédito consignado e vender carteiras.
...Em janeiro do ano que vem, os bancos médios terão ainda de reduzir em 20% ao ano os limites de captação dos depósitos a prazo com garantia do FGC. O estoque dessas transações era de mais de R$ 20 bilhões em abril. Para completar, os bancos médios têm de lidar com medidas macroprudenciais do BC, que impactam o crédito de longo prazo, e mudanças contábeis que vão impedir o negócio no qual se especializaram: produzir crédito consignado para vender e contabilizar os ganhos na hora da venda.
Fonte: Cristiane Perini Lucchesi, Valor Economico via Marcos Assis
14 abril 2011
Você gostaria de entrevistar Gary Stanley?
O blog Freakonomics irá entrevistar o Nobel de Economia (1992) Gary Stanley e está convidando os leitores a participarem sugerindo perguntas: Aqui. Que tal experimentar como o maior economista vivo poderia te responder? Caso não saiba inglês, nos envie suas participações que estamos disponíveis para ajudar essa interação.
Auditorias não podem atuar como polícia, afirma Ibracon
Fonte: Jornal DCI via blog do Lino Martins
Táxi em SP custa metade do de Tóquio e triplo de Buenos Aires
Por que os juros reais são tão altos no Brasil?
Tyler Cowen responde esta pergunta:
The “crude” analysis is that the Brazilian savings rate is very low for a developing country (about fifteen percent of income), the size of the Brazilian government is very high for a developing country (about forty percent of gdp), and the productivity of real investment here is high because of lots of low-hanging fruit (literally and figuratively, not just tasty bananas but add on soya and off-shore drilling and other resources). Yet bad mercantilist policies, bad labor law, and the pressure of government spending on savings all mean that the return on capital does not fall so much at the margin. There remain many underexploited opportunities, and thus one can be a Brazil optimist while seeing only a tolerably good policy environment, but tolerably good it seems to be.
Brasil, Economia e Governo
120 anos de preços de imóveis nos EUA
13 abril 2011
Teste 460
Links
O dia mais chato da história: 11 de abril de 1954
Petróleo, fornecedor e consumidor: mapa
Impacto do algoritmo no mercado acionário
As empresas que geram caixa com poucos produtos e não tem disciplina
A letra Times é mais engraçada que a Arial
Páginas da Playboy, análise da genitália e ideais físicos: IgNobil?
Como mudaram os exames de sangue
Pais mais velhos são mais felizes que pais novos
As confissões de Madoff
Big Mac e a instabilidade no Brasil
Pessoas com QI elevado
Presidente Obama no Brasil: Cordel
12 abril 2011
Nova Bolha?
Johnson & Johnson é condenada por suborno
A Securities and Exchange Commission condenou a Johnson & Johnson (J & J) por ter subornado médicos públicos em vários países europeus e por ter pago propina ao Iraque para obter negócios ilícitos. A conpanhia concordou em pagar 70 milhões de dólares para arqueivar todas as acusações.
Mais detalhes aqui.
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A gigante de commodities ,Glencore, deve fazer esta semana o maior IPO da história da bolsa de Londres
Por que os judeus alcançaram o sucesso?
Se você quer ser bem sucedido nos negócios não faça um MBA em Administração. Estude Filosofia
Polônia irá adotar o euro
A Polônia se tornará uma potência europeia?
Má distribuição de renda também nos salários de executivos brasileiros
A maneira mais fácil de investir na China.
Homem vs Máquina em Wall Street: Como os computadores vencem o mercado?
Inflação na Argentina é quase igual à da Venezuela
Segundo estudo da London School, o compartilhamento de música não afeta o rendimento dos autores.
Os CEO's americanos estão cada vez mais ricos.
11 abril 2011
Rir é o melhor remédio
A charge é de janeiro, mas ainda é atual. O movimento democrático nos países arábes é acompanhado com simpatia até o momento que se chega na bomba de combustível.
Como gostar de Métodos Quantitativos?
1. Pense que você não está sozinho – Muitas pessoas possuem a mesma dificuldade. É muito mais comum encontrar alguém que seja ruim em números do que uma pessoa que seja analfabeta. Mesmo aquela pessoa que parece saber muito sobre o assunto, provavelmente não conhece tudo, tem dificuldades e já teve barreiras. Saber que você não está sozinho é importante para sua auto-estima.
2. Tente vencer o obstáculo aos poucos – Você não conseguirá aprender métodos quantitativos de uma vez. Esqueça isto. Então comece com um passo de cada vez.
3. Comece com um bom livro ou um bom filme – Métodos quantitativos podem ser interessantes. É verdade, acreditem. Para que você possa ter a mesma opinião, comece com lendo um livro que seja acessível ou assista a um bom filme.
4. Em geral aulas da pós-graduação tende a ser mais focada do que aulas de graduação (esta dica eu li no Marginal Revolution) e a qualidade depende do instrutor. Por isto, procure o professor que irá ensinar da forma como você gosta. Em métodos quantitativos existem dois tipos de métodos de ensino: os professores que dedicam a ensinar a essência do método, enfatizando deduções teóricas pesadas; e os professores que ensinam a usar um software estatístico ou matemático. (Na realidade, a maior parte dos professores está num meio termo, apesar do segundo tipo ser muito criticado na academia). Escolha seu professor conforme o estilo dele e seu gosto.
5. Tente não parar de estudar – Continue o aprendizado. Depois de aprender sobre regressão, você pode estudar programação linear, por exemplo. Continue estudando sempre.
6. Tenha um bom companheiro de estudo – O seu companheiro poderá dar um incentivo adicional: o material didático. Já existem no mercado excelentes livros. Se você está estudando regressão múltipla e não entendeu os ensinamentos do Hair (um dos bons livros da área), tente o Field ou Stevenson ou outro qualquer. Às vezes a forma de exposição da idéia por parte de um autor pode ser mais clara do que outro.
7. A melhor forma de vencer o obstáculo é saber que você tem uma necessidade. Lembre-se de que você precisa de métodos quantitativos. Isto pode ser uma motivação adicional para vencer.
Para quem quer começar a gostar de métodos quantitativos, recomendo o seguinte:
a) Numb3rs – Trata-se de uma série de investigação que passou na televisão a cabo brasileira e foi lançada no mercado de vídeo. Em cada episódio, o FBI estava diante de um problema e um grande matemático ajudava o Bureau. Em cada episódio, pelo menos um novo método. Nos Estados Unidos a série era acompanhada de um material didático, com aplicações e exercícios. Mas mesmo sem esta ajuda, é muito interessante acompanhar os irmãos Eppes nas aventuras da série.
b) Último Teorema de Fermat – Este livro, de Simon Singh, conta a história da prova, feita por um inglês, do último teorema de Fermat.
c) O Teorema do Papagaio – É um livro de ficção, de Denis Guedj, também sobre o Teorema de Fermat. É um pouco longo, mas também é didático.
d) Uma Senhora Toma Chá – Também um livro didático, sobre a história da estatística.
e) O Andar do Bêbado – Achei que este livro não deu o devido destaque aos fatos mais recentes. Mesmo assim, é bem escrito e didático
f) O Homem que Calculava – Já estava cometendo uma injustiça, esquecendo de citar Malba Tahan. O homem que calculava é um livro mais juvenil, mas muito interessante. Quem já leu este livro e não gostou?
Basileia e Crise Financeira
A atual crise financeira começou com dívidas hipotecárias ruins, se espalhou para a dívida bancária ruim e agora engloba a dívida soberana ruim. Cada uma destas categorias foi dada ponderação capital preferencial ao abrigo dos Acordos de Basileia, e agora todos são hemorragias, feridas abertas no sistema financeiro e à estabilidade dos governos excessivamente endividados.
Não só os coeficientes de Basileia promoveram a avaliação de risco pobres, contribuiu diretamente para a capitalização inadequada dos bancos para os riscos que assumiram.Fonte: aqui
Balanços de 2011
= ) As normas internacionais provocaram efeitos sobre o lucro, que variou de empresa a empresa. Em alguns casos, por exemplo a Oi, o prejuízo transformou-se em lucro (de 435 milhões de reais para lucro de 4,27 bilhões)
= ) O lucro das cem maiores foi de 129 bilhões em 2010, com um crescimento de 37% em relação a 2009, pela regra antiga, ou 28% pela IFRS
= ) Das cem empresas, 54 melhoraram o lucro e 42 registraram redução
= ) A receita líquida cresceu 23%, para 990 bilhões de reais
= ) Entre as regras que foram adotadas, a que causou mais impacto foi a que trata de fusões de aquisições. Neste caso, o conceito de “valor justo”
= ) “O sistema brasileiro de contabilidade antigo era mais conservador, assim como as normas usadas em países da Europa continental antes do IFRS”
= ) A rentabilidade, medida pela margem líquida, ficou estável: 13% em 2010 versus 12,5% em 2009
Revisão da SEC
As empresas americanas que adotarem as normas internacionais pela primeira vez terão suas demonstrações contábeis revisadas pela SEC.Segue a lista com os IFRS que serão revisados neste ano:
1. Instrumentos Financeiros – IAS 39, 32 e IFRS 7
2. Impairment de Ativos – IAS 36
3. Apresentação de demonstrações financeiras -- IAS 1 & 7
4. Segmentos Operacionais – IFRS 8
5. Receita -- IAS 186. Impostos sobre renda – IAS 12
7. Terenos, instalações e equipamentos – IAS 16
8. Benefício aos empregados – IAS 19
9. Provisões e passivos contingentes – IAS 37
10. Demonstrações financeiras consolidadas -- IAS 27
Fonte:AICPA National Conference on Current SEC and PCAOB Developments.
Contador do Pan fala
SÃO PAULO - Relato do contador do Panamericano aponta a rotina do banco nos anos que antecederam o rombo bilionário e revela como ruiu a instituição financeira de Silvio Santos. Marco Antonio Pereira da Silva, que trabalhou 31 anos no grupo, assumiu o papel de colaborador da Polícia Federal. Ele atribui diretamente ao ex-diretor financeiro, Wilson de Aro, a responsabilidade pelo malogro da política de captação e pelas operações que afundaram o banco.
O depoimento do contador foi filmado e gravado pela PF em 15 de dezembro. Ocupa dois DVDs. As revelações, transcritas, preenchem 87 páginas. Representam a mais importante prova da PF no inquérito que rastreia um capítulo de desvios no Panamericano. Gestão fraudulenta, crimes financeiros, ocultação de recursos e evasão de divisas são o alvo dos federais.
O relato do contador deu base à Justiça para decretar a quebra do sigilo bancário e fiscal de toda a cúpula do banco e autorizar buscas nos endereços residenciais e comerciais dos investigados. Silva decidiu espontaneamente delatar o que viveu e os procedimentos a que teria sido obrigado a seguir.
No auge da crise, quando o Banco Central fez uma devassa nas contas do Panamericano, Aro o teria orientado a resistir. "Tudo que eu passava para o Banco Central tinha de mostrar para ele (Aro). Tinha coisa que ele falava: ‘Não Marco, não mostra isso’. Aí eu falava: ‘Mas vou mudar?’ Ele falava: ‘Não, não muda. Só não passa, é diferente’."
Ele não imputa práticas ilícitas a Rafael Palladino, mas cita o ex-presidente do banco. "Parece que eles (diretores) tiveram comissões, bônus altíssimos. O Wilson parece que recebeu R$ 7,5 milhões em 2009. O presidente? Aí tinha lá R$ 10 milhões que eu não sei se era do Sandoval ou se era do Rafael, eu não vi, porque era uma relação que uma pessoa tava falando comigo. Fora o salário deles. Só bonificação."
Sandoval, a que se refere o contador, é Luís Sandoval, do conselho de administração. Ele não era diretor executivo do banco, mas presidente da holding. Nessa condição, segundo avalia a PF, era normal receber tais gratificações. Quando eclodiu o escândalo, Sandoval deixou o grupo e 40 anos de parceria com Silvio. No momento mais tenso da demanda, segundo o contador, Sandoval foi para cima de Aro: "Você é um irresponsável".
Na casa de Silvio.
O contador narra como foi a reunião na casa de Silvio Santos. "O Silvio me chamou. Me recebeu muito educadamente e falou: ‘Marco, eu não quero saber quem foi e como foi, eu quero saber qual a proposta de solução, eu preciso saber qual caminho tomar’. Eu dei algumas ideias. A primeira, vender o banco. Aí a ideia era o Bradesco comprar, porque o Bradesco sempre quis comprar o Panamericano e o Silvio nunca quis vender."
Sobre as causas do rombo, o Silva diz: "Em 2008, veio essa crise e o banco começou a dar prejuízo. O Wilson, no desespero, falava: ‘Marco, o banco sem caixa não funciona, sem resultado ainda anda, mas sem caixa não. Mas para eu ter caixa eu preciso de resultados. Quem vai botar dinheiro em um banco que não tá dando resultado? Então, você vai fazer o seguinte, você antecipa algumas receitas de cessões de crédito, que lá na frente eu faço e você amortiza depois’".
Silva disse a Aro que não sabia fazer esse tipo de operação. "Ele (Wilson) falou: ‘Recompra o contrato, pega na condição de cedido, faz uma recompra e aí você vai ter ativo’. Aí já virou uma prática. A intenção dele era antecipar receita de cessão e recomprar contratos. Só que em 2009 a situação piorou, o banco não produziu. A entrada de caixa continuou dificultosa, começou a criar uma dependência de ficar recomprando contrato e gerando receita, antecipando receita. 2009 foi o pior ano, essa conta do passivo tinha sido usada para outra finalidade. Quando começou a cair o fluxo de pagamento de cessão a outros bancos, eu não tinha mais passivo."
O rombo: "R$ 1,4 bi mais R$ 670 milhões, R$ 700 milhões, dessa situação que eu fui usando o passivo para liquidar compromisso da administradora. Aí deu R$ 2,1 bi, R$ 2,7 bi, um negócio assim. Essa foi a diferença do Banco Central. Dos R$ 2,1 bi para os R$ 2,5 bi. A negociação com o fundo garantidor que o Silvio fez foi de pegar um recurso maior para poder também ajustar a situação da administradora". (No final, o rombo do Panamericano chegou a R$ 4,5 bilhões.)
Silva reclama de "pressão muito forte". Se diz isolado e teme retaliações. "Tenho preocupação de jogarem isso em cima de mim. Sou fraco perante eles, nem recursos financeiros eu tenho. Nunca trabalhei em outra instituição. De repente, não sei o que aconteceu."
10 abril 2011
Neurocontabilidade
Fractais e Análise gráfica
Bolsa de Minas Gerais
09 abril 2011
Proteção do setor financeiro em excesso é ruim
Arcand, Berkes e Panizza autores do paper: Has finance gone too far?mostraram que sistemas financeiros excessivamente protegidos se tornam grandes demais para falir, mas acabam falindo de qualquer maneira. O que implica que, a proteção do sistema financeiro em excesso é ruim.
Segue alguns trechos:
We build a simple model finding that, even in the presence of credit rationing, the expectation of a bailout may lead to a financial sector that is too large with respect to the social optimum...
Our results show that the marginal effect of financial development on output growth becomes negative when credit to the private sector surpasses 110% of GDP. This result is surprisingly consistent across different types of estimators...
All the advanced economies that are now facing serious problems are located above our “too much” finance threshold.
08 abril 2011
Teste 459
O último ano do Fernando Henrique Cardoso
O ano de 1992 do Fernando Collor de Mello e de Itamar Franco
Os últimos oito anos do governo Lula